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OBS:

1- Se os sedimentos passarem pelo fenómeno da diagênese, originam rocha sedimentar consolidada

2- Diagênese – Conjunto de modificações químicas e físicas sofridas pelos sedimentos, desde a deposição, até a
consolidação e transformação em rocha sedimentar agregada
ROCHA SEDIMENTAR DETRÍTICA
As rochas sedimentares detríticas classificam-se em dois tipos: as detríticas não consolidadas e as detríticas
consolidadas.
As rochas sedimentares detríticas não consolidadas correspondem a depósitos de sedimentos que não
sofrem diagénese. Incluem-se neste grupo:
- Balastros, sedimentos com formas e dimensões muito variadas que ficam progressivamente mais rolados
(blocos, seixos, calhaus, godos, cascalho e areão).
- Areias, rochas desagregadas de pequenas dimensões (entre os 1/16mm e os 2 mm), com composição
variada, o que fornece indicações sobre os materiais que as constituem e sobre os processos de formação.
As areias podem ser calcárias (brancas) ou basálticas (negras), embora as areias mais comuns sejam as
quartzosas, de cor clara.
- Siltes, partículas de dimensões reduzidas (entre 1/16 e 1/256 mm), que se depositam por correntes de
baixa energia.
- Argilas, materiais de dimensões reduzidas (inferiores a 1/256 mm), finos e pulverulentos, onde
predominam os chamados minerais de argila.

O grupo das rochas sedimentares detríticas consolidadas engloba:


- Rochas conglomeráticas, que resultam da cimentação de calhaus rolados que formam rochas
consolidadas; a matriz inclui elementos de menores dimensões aglutinados pelo cimento (ex.: brechas).
- Arenitos, também designados por grés, que resultam da consolidação de areias. Possuem, geralmente,
apenas um tipo de mineral, sendo o quartzo o mais abundante. Tendo em conta a natureza do cimento, os
arenitos são chamados arenitos siliciosos, arenitos argilosos, arenitos calcários e arenitos ferruginosos.
- Siltitos, que resultam da consolidação de siltes, apresentando uma composição mineralógica variável.
- Argilitos, com origem na consolidação de argilas formadas pela meteorização química de vários silicatos.
Quando puros, os argilitos são bancos e designam-se por caulino. Normalmente, apresentam minerais
associados, como feldspatos, micas e até quartzos.

A classificação das rochas sedimentares detríticas pode basear-se no tamanho das partículas. Se este é
inferior a 1/256 mm, denominam-se argilas. Se o tamanho está compreendido entre 1/256 e 1/16 mm,
denominam-se silte. Os sedimentos constituídos por partículas argilosas e de silte denominam-se limo e a
rocha resultante pode ser um xisto argiloso. Se o tamanho dos detritos está compreendido entre 1/16 e 2
mm, a partícula denomina-se areia e os sedimentos são constituídos por areias; a rocha resultante pode
ser um arenito. Se o tamanho está compreendido entre 2 e 4 mm, a partícula denomina-se grânulo, se
entre 4 e 64 mm denomina-se seixo, se o tamanho varia entre 64 e 256 mm designa-se godo e se for maior
que 256 mm designa-se bloco. Os sedimentos constituídos por estes detritos de tamanho compreendido
entre 2 e 256 mm denominam-se cascalho, e as rochas resultantes podem ser conglomerados (pudim ou
brechas, conforme os detritos são arredondados ou não).

O tamanho das partículas das rochas sedimentares detríticas também fornece informação acerca do meio
onde ocorreu a deposição. A água e o vento arrastam os detritos em função do tamanho. Quanto mais
forte for a corrente, maior é o detrito que pode ser arrastado. Por exemplo, os cascalhos são transportados
pelas correntes dos rios bem como pelos glaciares. Menos energia é gasta para transportar areias, que
podem ser transportadas pelo vento, originando dunas e praias. Como as partículas de argila se depositam
muito lentamente, a sedimentação destes detritos está normalmente associada a águas, mais ou menos
paradas, de lagos, lagunas, pântanos e certos meios marinhos.

ROCHA SEDIMENTAR QUIMIOGÉNICA OU DE PRECIPITAÇÃO


Rocha sedimentar formada a partir de um processo de precipitação de substâncias químicas dissolvidas numa
solução aquosa - sedimentos quimiogénicos. A precipitação destas substâncias pode dever-se à evaporação da água,
formando-se cristais que se acumulam e que constituem os evaporitos ou precipitados. Também se pode dever a
outras reações químicas desencadeadas pela alteração das condições do meio.
Alguns exemplos importantes de rochas de origem química são os calcários de precipitação e as rochas salinas
(evaporitos como o gesso e o sal-gema).

O sal-gema e o gesso são rochas sedimentares que se formam por evaporação de águas salinas, sendo, por isso,
designados evaporitos. A evaporação origina depósitos de cristais de halite (cloreto de sódio, o sal de cozinha
vulgar).

Os calcários são rochas sedimentares muito vulgares em Portugal. Apresentam variadas cores, sendo geralmente
claros, mas também existem negros. Identificam-se por fazerem efervescência com os ácidos. O calcário é
constituído por um mineral denominado calcite (carbonato de cálcio).

As estalagmites e as estalactites são exemplos de rochas que têm origem em substâncias dissolvidas na água.

As Grutas de Santo António e de Alvados, perto de Fátima, formaram-se a partir de uma


solução de água e bicarbonato de sódio que, ao longo de milénios, se foi infiltrando no
subsolo, formando grutas; pingando lentamente, gota a gota, do seu teto, originou
estalactites e estalagmites. Quando uma estalagmite se une a uma estalactite forma-se
uma coluna.

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