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Mauro Biglino

ISBN 978-88-903697-7-3
© 2010 Infinito Editori
Primeira ediçã o: abril de 2010
Reimpressã o: setembro de 2010
Todos os direitos reservados
Fotocó pias para uso pessoal do leitor podem ser feitas no limite de 15% de
cada volume / emissã o de perió dico mediante o pagamento à siae da
remuneraçã o prevista no art. 68, pará grafos 4º e 5º, da lei de 22 de abril de
1941 n. 633.
As reproduçõ es para fins profissionais, econó micos, comerciais ou em
qualquer caso para uso diverso do pessoal podem ser efectuadas mediante
autorizaçã o específica da aidro, corso di Porta Romana 108, Milã o 20122, e-
mail segreteria @ aidro.org e site www.aidro .org Ediçã o: Andrea Cogerino
Capa: Monica Farinella
Ilustraçõ es: cortesia de Maria Cristina Mondani Layout: Monica Farinella
www.infinitoeditori.com

Índice

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VIII
Prefácio do editor
XII

Introdução 17
1. Anaqites: os Anunnaki? 18
A hipó tese bá sica 28
O grande dilúvio 34
Os sumérios 36
Religiosidade 37
Testemunhos indiretos? 38
Ciência e Arqueo-antropologia 39
Filosofia, mitologia 40
Sumerology 41
Breve reflexã o conclusiva ... 42
... e declaraçã o metodoló gica 43
2. Gênesis: "No princípio ..." 47
O tselèm (rWb) 49
E, depois de Adám ... Khawwáh (Eva) 52
Breve conclusã o de "controvérsia" ... 54
3. Os gigantes? 59
Nefilim (rSWS` [) 60
Anaqìm (rSd [_), Refaìm (rSÀ f), Emìm (rSYA), Zamzummìm (rSYMYM) 67

3
Davide e Goliat 68
Arqueologia em Israel ... 70
... e testemunhos diferentes
4. Anjos? 74
Zacarias e o Malakhìm 76
Abraã o, o "Senhor" e o malakhìm 79
Os "anjos" em Sodoma 81
Tobias e o anjo "contratado" 84
O anjo exterminador 84
O anjo no egito 84
O cerco de Senaquerib 85
A praga sobre Israel 87
Consideraçã o final breve e "concreta" ... 88
5. A "glória"? noventa e dois
O kevò d 98
Suposiçõ es e conclusõ es "gloriosas" 100
6. Os "Dez Mandamentos"? 110
Conclusõ es inevitá veis ... 111
7. A "bênção" 113
Alguns exemplos... 113
Jacó abençoa os filhos de José 114
A bençã o para os campos 116

4
Jacó e Esaú 120
Conclusã o muito curta ... 121
8. Profetas e máquinas alienígenas 124
Ezequiel 131
O kevòd vai embora ... 132
... e retorna ao santuário de Jerusalém 134
Primeira breve observaçã o final 136
Elijah 136
O sequestro de Elias 140
EU' rapto de Enoch 142
Segunda breve observaçã o final 142
Zacarias 143
O meghillàh e o efàh: objetos voadores não identificados ... 146
Os carros voadores 147
Terceira (e ú ltima!) Observaçã o curta de conclusã o. .
9. Elohìm morre (!?) 153
Um achado controverso
156 10. Inspirado por Deus ou por Thoth? 156
A Igreja e os extraterrestres ... 159
Helenismo 161
Resumindo... 162
Novas necessidades ... 162

5
Testemunhos latinos ... 163
Esoterismo 163
O Corpus Hermeticum 164
O Poimandres 166
Tradição e João Evangelista 169
Possíveis influências? 171
As diferenças 172
Breves reflexões sobre o esoterismo na doutrina judaico-cristã 172
Matteo 173
Resumindo 174
Thoth e pensamento judaico-cristã o 176
Dú vida e a hipó tese "inaceitá vel" 179 11.
Em conclusã o ... 180
A memó ria dos "seres superiores" ... 181
Reflexõ es finais (e uma pergunta ...) 185 Anexo 1
Cronologia 203 Apêndice 2
Glossá rio essencial
210 Apêndice 3
O Corpus Hermeticum
212 Apêndice 4
Lista de abreviaçõ es
215 Bibliografia essencial

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Prefácio do editorTudo o que você ouviu sobre religião, ou leu, deve ser posto
de lado de uma vez por todas.
Somente se você se apresentar com clareza, com consciência livre até mesmo
do menor sinal, você conhecerá a religião.
As chamadas religiões fazem exatamente o oposto, e você pode ver por si
mesmo quais resultados elas obtêm.
O mundo inteiro vive dividido em religiões: há quem vai à sinagoga, quem vai
ao templo e quem vai à igreja.
Mas você pode ver um vislumbre de religiosidade em algum lugar?
Osho Rajneesh
Desde a infâ ncia, como todas as crianças, sempre me questionei sobre os
mistérios da vida, palavras como deus, religiã o, universo, infinito sempre
geraram outras perguntas e as respostas obtidas foram sempre vazias, sem
razã o, insuficientes para explicar as verdadeiras. questõ es existenciais.
Para mim, simplesmente acreditar nunca foi a resposta e logo ficou claro que
as respostas dadas nada mais eram do que a projeçã o de um estado de
espírito alterado pelo medo da vida e consequentemente pela crença em
algo que pudesse preencher esse vazio.
Todas as crianças, em todo o mundo, sã o criadas e condicionadas em nome
de pertencer a uma sociedade, uma religiã o, uma ideologia, mentes puras
repletas de conceitos antes mesmo de fazer perguntas.
Desta forma, a capacidade de formular questõ es existenciais espontâ neas é
totalmente reprimida e as doutrinas mais absurdas sã o inculcadas.
A maior parte da humanidade ainda vive confinada nessas caixas fechadas
cheias de todo tipo de crenças e mesmo quando alguém consegue sair delas
é fá cil cair em outra caixa, passamos da ressurreiçã o à reencarnaçã o, da
teoria à teoria, sem nunca ter tido uma experiência direta, falar disso apenas
como consequência de ter ouvido ou lido algo ...

7
PREFÁ CIO DO EDITOR
IX
O jogo preferido da mente humana é o "projetar e interpretar" e as respostas
dadas pelas religiõ es nã o escapam a esta lei.
A estratégia manipuladora é idêntica em todas as latitudes, do judaísmo ao
cristianismo, do islamismo ao hinduísmo, do budismo doutriná rio à s
religiõ es menos difundidas, até a nova era, a nova panacéia contra
ansiedades existenciais que nunca foram resolvidas.
Muitos já o disseram, "a fé é cega", porque se baseia em necessidades
inconscientes, todos nó s fomos criados na falta de respostas sá bias e
inteligentes, e ainda hoje as crianças sã o bombardeadas por instituiçõ es com
mentiras expressas em todos os níveis. vida de existência (psíquica, interior,
afetiva, religiosa, física, científica ...).
Todas as crenças religiosas sã o cegas e baseadas na imaturidade subjacente
da mente humana.
Quando formos realmente capazes de cuidar de crianças como adultos
responsá veis, de uma forma nã o especulativa, mas em prol da evoluçã o e da
Verdade, algo começará a mudar na mente humana e a evoluçã o se tornará
uma consequência do desenvolvimento da consciência e, portanto ... um
fenô meno consciente, porque até agora sempre chafurdamos na lama do
inconsciente.
As teologias nasceram para aliviar esse sofrimento e nossa mente agora está
em dificuldades e incapaz de ir além das respostas sempre dadas.
Alguém se pergunta: quem é o arquiteto do universo? Qual o significado da
vida?
Por que existe?
A mente deve ter um começo, um fim, uma histó ria; nã o posso imaginar um
nã o-começo, um nã o-fim, deve estabelecer limites, deve ter referências,

8
personagens, algo em que acreditar e anexar ... um deus todo-poderoso que
criou tudo mas nã o foi criado por ninguém, apenas se perdeu no universo ...
O infinito é difícil de contemplar e assusta, cada fase da evoluçã o é
acompanhada por um medo bá sico de enfrentar o novo, mas com um pouco
de atençã o podemos deduzir logicamente que a histó ria conhecida foi
artisticamente construída: ora involuntariamente na dificuldade objetiva de
compreender os acontecimentos, ora voluntariamente para propó sitos nã o
muito nobres ...
A principal característica de uma mente condicionada é a presunçã o, a
crença de que você sabe tudo.
A principal característica de uma mente pura é a intuiçã o, mas ela nã o é
usada há séculos: a irracionalidade (que à s vezes chamamos de ló gica) é o
guia de nossos pensamentos.
Nã o podemos imaginar a verdade além de nossos olhos, nossos sonhos se
perdem em nossas necessidades e nunca olham para o ilimitado.
No universo, estima-se que existam mais de 100 bilhõ es de galá xias, nosso
pequeno planeta faz parte de um pequeno sistema solar dentro de uma
pequena galá xia composta por um nú mero de estrelas que variam entre 400
bilhõ es e 200 bilhõ es ...
Agora a questã o é: quantos sistemas solares semelhantes ao nosso existem?
E quantos planetas semelhantes ao nosso? E quantas civilizaçõ es? A ló gica
imaginativa diria "infinito", o medo sonhador ...
"Somos só nó s."
O livro de Biglino, quando lido com a mente livre e pura, é esclarecedor.
A passagem obrigató ria neste período evolutivo é a demoliçã o total dos
velhos quadros de referência e das velhas ideologias, porque como dizia um
grande e livre pensador, «o novo ... nã o é um aperfeiçoamento do antigo».
Vida longa e pró spera
O editor

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Deus do sol
Frequentemente você me disse do que o sol nã o pode ser feito
magoar:
morre.
(Ao pô r do sol, mas por algumas horas)
Andrew *
* In Of Spirit and Love (obra nã o publicada)

Introdução
Muitos textos foram escritos que abordam a questã o da possibilidade de
contatos com civilizaçõ es extraterrestres; livros que formularam a hipó tese
de que essas civilizaçõ es estã o na origem de nosso nascimento e de nossa
evoluçã o física e cultural. Esta produçã o de livro muito rica aborda o assunto
citando e analisando algumas passagens do Antigo Testamento com base nas
traduçõ es conhecidas das versõ es da Bíblia que todos nó s possuímos.
Mas existe a possibilidade de saber mais, de se aprofundar, de transformar
as hipó teses em certezas confirmadas, de ter resultados precisos?
A partir do Antigo Testamento, essas páginas contam o que não foi contado, e
o fazem com uma operação muito simples: escrever exatamente o que narra o
texto bíblico lido nos mais antigos códigos hebraicos.
Daí as surpresas que confirmam as hipó teses de que a Igreja nã o pode falar
porque minariam os pró prios fundamentos da fé, minariam aquele "credo"
que se inventou e que fala de um Deus que nos criou à sua imagem e
semelhança.
Todas as passagens em que as referências à vida alienígena estã o claramente
presentes sã o relatadas na língua original com a traduçã o literal fielmente
indicada "palavra por palavra" com um sistema grá fico que faz referência

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0
imediata ao texto original, oferecendo ao leitor a possibilidade de ter acesso
direto acesso ao texto bíblico.
Além da visã o de Ezequiel da carruagem celestial (OVNI?) Ou a histó ria da
abduçã o (abduçã o?) De Elias, as visõ es de Zacarias sã o analisadas, o "kevò d"
(gló ria de deus?), O conceito de “Berakhàh”, as passagens bíblicas relativas
aos “anjos” ... mas acima de tudo você encontrará a traduçã o literal dos
versículos em que se narra a "criaçã o" do homem: uma traduçã o que
confirma uma possível verdade surpreendente, fascinante e inesperada,
dado o texto em que está contida: a Bíblia.
Outra revelaçã o surge da traduçã o de outra passagem do Antigo Testamento
- da qual, por razõ es ó bvias, nenhum nunca fala ... - que contém uma
afirmaçã o desconcertante e que, como se verá no capítulo pertinente, nã o
requer interpretaçã o: DEUS MORRE!
Este trabalho parte de uma aná lise cuidadosa do texto, do recurso ao sentido
original das raízes consonantais que estã o na base das palavras hebraicas;
um significado que é indicado nos dicioná rios de hebraico bíblico e aramaico
usados em todo o mundo.
Significados nos quais normalmente nã o nos detemos ou que
deliberadamente nã o sã o levados em consideraçã o.
Também veremos o que dizem os expoentes da Igreja que lidam com essas
questõ es extremamente delicadas e potencialmente arriscadas para a
teologia judaico-cristã . Tudo se enriquece com a aná lise de documentaçã o
externa ao Antigo Testamento: textos e histó rias que confirmam o que a
Bíblia nos diz.
O texto original em hebraico, a literalidade das traduçõ es, a quantidade e
tipologia das passagens citadas, fazem dessas pá ginas uma pesquisa
empolgante, escrupulosa e cuidadosa: certamente também adequada para o
leitor que se aproxima do assunto pela primeira vez.
O livro se encerra com uma hipotética reconstruçã o histó rica dos
acontecimentos, formulada a partir das novas informaçõ es decorrentes
desse acesso direto à s fontes originais: uma espécie de “Nova Histó ria”.

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Uma leitura ágil
Os capítulos sã o construídos de forma que também possam ser lidos
separadamente, sem a necessidade de seguir sua sucessã o numérica,
podendo, portanto, ser utilizados como um meio fá cil de comparaçã o e
consulta.
As aná lises analisadas levantam, portanto, uma dú vida mais do que legítima:
se o deus descrito pela Bíblia nã o é um deus espiritual e transcendente, que
sentido tem para falar de uma inspiraçã o divina de textos ditos "sagrados"?
De onde eles se originam?
No décimo capítulo deixamos o Antigo Testamento e mergulhamos no texto
cristã o canô nico universalmente considerado o mais "místico e inspirado": o
Evangelho de Joã o. E aqui também o leitor terá algumas surpresas, alguns
indícios para trilhar o caminho do caminho livre.
Tenha uma boa viagem.
XIV
Indicaçõ es para a leitura das passagens citadas em hebraico com a traduçã o
literal Na transcriçã o do texto hebraico, apenas as consoantes foram
indicadas, levando-se em conta a fonte original como era antes da
intervençã o de vocalizaçã o realizada pelos "massoretas" e pelos "ponteiros".
De olho na curiosidade daqueles que amam ouvir o som das línguas, algumas
indicaçõ es simples da pronú ncia do hebraico foram relatadas sem seguir as
regras de transliteraçã o que seriam difíceis de entender para nã o
especialistas.
A tabela mostrada aqui exemplifica o que queríamos fornecer ao leitor:

nu-
nu-

1
2
como a nossa semelhança nossa-imagem-com
1) a primeira linha contém o texto hebraico surdo que é lido da direita para a
esquerda;
2) a segunda linha contém a pronú ncia em italiano: a leitura da frase
procede da direita para a esquerda, mas cada elemento da palavra
identificada pelo hífen deve ser lido normalmente, da esquerda para a
direita (por exemplo, a primeira caixa do à direita do diagrama, você lerá
betsalménu e a segunda palavra kidmuténu). A divisã o com os traços serve
para destacar os componentes ú nicos da palavra que devem ser levados em
consideraçã o ao fazer uma traduçã o literal;
3) a terceira linha contém a traduçã o literal, procedendo também da direita
para a esquerda, e, também nesta, todos os elementos da palavra
identificada pelo hífen devem ser lidos normalmente da esquerda para a
direita.
1 Ver o Apêndice 2 sob as entradas "Bíblia Stuttgartensia" e "Massoretes".

1
3
figura 1 Os lugares onde tudo aconteceu.

( anaqìm)

Anaqites: os Anunnaki?
Para analisar os escritos do Antigo Testamento, certamente é ú til saber que
eles derivam, em parte nã o indiferentemente, de histó rias produzidas por

1
4
outros povos, como os sumérios, e cujo exame levou à elaboraçã o de teorias
que normalmente sã o definidas como alternativas, com um termo que, no
entanto, nã o dá crédito à concretude dos seus conteú dos.
Este primeiro capítulo pretende ser uma síntese dessas teorias - ou talvez
seja melhor dizer a verdade - que quando forem definitivamente
confirmados determinarã o o fim de uma grande ilusã o: o fim de um
pensamento religioso baseado em conceitos elaborados por homens que
usaram textos supostamente definidos como "sagrados" em a fim de
construir uma estrutura de poder e controle das consciências.
Precisamente para afirmar desde já a liberdade que será alcançada naquele
momento, no título utilizamos o termo hebraico Anaqìm: o que nos interessa
é saber como, onde e quando a Bíblia fala destes seres materiais que vieram
de outros mundos. (fato também reconhecido pela Igreja Romana: o leitor
verá a esse respeito a Caixa inserida no décimo capítulo) e que somente o
pensamento religioso subsequente foi enganosamente apresentado como
entidades espirituais.
Analisamos aqui o Antigo Testamento e, portanto, os identificamos com seu
nome hebraico (Anaqiti) antes mesmo do termo com o qual sã o
universalmente conhecidos, os ANUNNAKI: termo sumério com o qual
indicavam "Aqueles que desceram do céu na Terra".
Um dos novos elementos encontra-se em encontrar a evidência desta
histó ria aparentemente fantá stica exatamente onde jamais pensaria, ou seja,
no texto sagrado da religiã o mais difundida do mundo: o Cristianismo.
Uma histó ria que para alguns pode ser desconcertante, mas que para todos é
certamente cheia de encanto e portadora de um extraordiná rio potencial
libertador para quem adora percorrer os caminhos do pensamento livre de
dogmas, ilusõ es, interpretaçõ es forçadas adaptadas a uma visã o de
divindade pré-constituída: aquilo que, na presença do termo "Deus", nos faz
pensar imediatamente na transcendência, em um "outro" mundo, em uma
divindade distante do homem em substâ ncia e forma, indefinível,
irrepresentá vel ...

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5
Em breve veremos que a Bíblia fala de muitas outras "divindades" em seus
textos mais antigos, aqueles que contam a histó ria das origens do homem e
do povo judeu. Os textos cujos acontecimentos sã o os mais pró ximos
daqueles períodos da histó ria em que os homens ainda caminhavam com os
deuses (os Anaqìm / Elohìm na verdade): falavam e comiam com eles,
estipulavam acordos, serviam-nos mas mesmo que os usassem, traíam eles,
eles os seguiram e os abandonaram, de acordo com os interesses do
momento e situaçõ es contingentes.
Um período histó rico em que os homens escolheram seus "deuses" entre os
tantos possíveis, sem nunca se perguntar o problema do deus ú nico.
Em suma, uma visã o do divino totalmente diferente daquela que se
construiu posteriormente, quando o contato direto foi perdido.

A hipótese básica
Ao reconstruir a histó ria do homem, os estudiosos retrocederam
progressivamente as origens da civilizaçã o: primeiro considerados como
fruto da cultura grega, foram entã o encontrados na grandeza do antigo Egito,
pelo menos até que fosse reconhecida a Babilô nia e a Assíria, mas acima
todos os sumérios dos quais sã o filhas datam de períodos ainda anteriores:
cerca de 3000 aC
E os sumérios sã o a fonte dessas teorias2 mencionadas no início do capítulo.
2 A esse respeito, ver os textos do sumeró logo Zecharia Sitchin (nascido em
Baku, Azerbaijã o, em 1922 e mais tarde mudou-se para a Palestina, onde
aprendeu o conhecimento do hebraico moderno e antigo e de outras línguas
europeias e semíticas) citados na Bibliografia, que constituem a fonte
primá ria e insubstituível do que mais tarde foi dito sobre os sumérios e suas
histó rias: uma série de livros que fazem parte de um projeto editorial
iniciado em 1976 e denominado The Earth Chronicles, "The Chronicles of the
Earth".
• O que os fundadores de toda a civilizaçã o humana nos dizem entã o?

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Eles nos dizem que existe um planeta no Sistema Solar do qual oficialmente
ainda nã o sabemos a existência; um planeta denominado NIBIRU que tem
uma ó rbita retró grada em relaçã o a todos os outros planetas e cuja duraçã o
é igual a 3.600 anos terrestres.
O nome NIBIRU significaria "Planeta da travessia" precisamente porque esse
corpo celeste cruza na direçã o oposta à s elipses percorridas por seus
"colegas" (as de Marte e Jú piter em particular).
A ó rbita retró grada nos faz pensar que NIBIRU nã o poderia ter sido gerado
com o Sol, como os outros planetas, por isso deve necessariamente ter sido
"atraído e capturado" pelas forças gravitacionais de nosso Sistema Solar: é
exatamente isso que afirmam as histó rias dos sumérios (de acordo com as
interpretaçõ es dos autores considerados "alternativos" à ciência oficial).
Um satélite deste planeta teria até colidido com a Terra, produzindo a
grande depressã o que se localiza sob o oceano Pacífico: no decorrer desse
confronto de dimensõ es có smicas, teria se originado a atual ó rbita da Lua e
do cinturã o de asteró ides.
Mas o que diz a ciência moderna?
Aqui está um breve resumo das descobertas e posiçõ es oficiais da
comunidade científica que de alguma forma confirmam as hipó teses
astronô micas "incríveis" e "inaceitá veis" que acabamos de expor.
• Em 1999, Mario Di Martino, astrô nomo do Observató rio Astronô mico de
Torino, descobriu que os desvios da ó rbita de 82 cometas (incluindo os
"famosos" Cometa Halley) sã o devidos a um planeta cerca de três vezes o
tamanho de Jú piter, com uma ó rbita retró grada inclinada em relaçã o aos
planos orbitais dos outros planetas a 25 UA (unidades astronô micas) do sol.
• Durante 1972, examinando a trajetó ria do cometa Halley, J. Brady (do
Laborató rio Lawrence Livermore, Califó rnia) descobriu que a ó rbita desse
cometa, como as de Urano e Netuno, também foi perturbada.
Para explicar este fenô meno, ele hipotetizou a existência de um

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"Planeta X" a uma distâ ncia de 64 UA do Sol (Plutã o tem 39), com um
período orbital de 1.800 anos terrestres (metade da duraçã o indicada pelos
Sumérios ...), com uma ó rbita retró grada.
• Os dados coletados pelas missõ es Pioneer da NASA confirmaram
substancialmente que deve haver um corpo celeste, com cerca de duas vezes
o tamanho da Terra, em ó rbita solar, a uma distâ ncia de pelo menos 2,4
bilhõ es de km além de Plutã o e com um período orbital maior que 1000
anos.
• James Christie, do Observató rio Naval dos EUA, levantou a hipó tese de que
a inclinaçã o de Plutã o e Urano, o deslocamento de Plutã o e a ó rbita
retró grada de Tritã o (uma lua de Netuno) sã o devidos à passagem de um
"planeta intrusivo" no sistema solar: dois a cinco vezes o tamanho da Terra,
com uma ó rbita inclinada, localizada a uma distâ ncia de cerca de 2,4 bilhõ es
de km além de Plutã o.
• Ray Reynolds, do Ames Research Center, argumenta que "os astrô nomos
estã o tã o certos da existência do Planeta X que tudo o que resta é dar um
nome a ele" ...
Chama-se Planeta X nã o apenas porque ainda é formalmente desconhecido,
mas porque seria o décimo planeta do Sistema Solar depois dos nove já
conhecidos: Mercú rio, Vênus, Terra, Marte, Jú piter, Saturno, Urano, Netuno,
Plutã o.
• No seguimento da investigaçã o efectuada com o IRAS (Infrared
Astronomical Observatory), foi detectada com calor a presença de um
grande corpo na zona da constelaçã o de Orion, que se move muito
lentamente. Em 1983, durante entrevista concedida pelos gestores do
projeto IRAS à coluna científica do "Washington Post",
A notícia foi dada, imediatamente noticiada por vá rios jornais americanos
com expressõ es de grande efeito: eles escreveram que os astrô nomos
estavam "confusos" por um objeto gigantesco, um misterioso corpo celeste
presente no sistema solar e que representa um enigma de dimensõ es
có smicas.

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Na ocasiã o, o diretor do Projeto IRAS, G.
Neugebauer, alegou nã o saber o que era, mas a NASA divulgou um
comunicado no qual afirmava que o objeto celeste detectado pelo IRAS
"Pode estar se aproximando da Terra e pode ser o décimo planeta que os
astrô nomos estã o procurando há algum tempo."
• William Gutsch, presidente do Planetá rio de Nova York, argumenta que é
possível que um décimo planeta já tenha sido encontrado, mesmo que ainda
nã o tenha sido observado com telescó pios ó pticos. O planeta é pesquisado
nos céus do sul a uma distâ ncia igual a cerca de 2,5 vezes a de Netuno. Um
corpo celeste escuro (planeta ou estrela anã marrom?) Também foi visto
orbitando na á rea de Sigma Orionis: foi chamado de "S.ori72".
• Pesquisadores do Southwestern Research Institute (Colorado) e da
University of California (Santa Cruz) em agosto de 2000 desenvolveram
modelos de simulaçã o de computador que mostram que cerca de 4,5
bilhõ es de anos atrá s, a Terra foi atingida por um corpo celeste pelo menos
tã o grande quanto Marte (ou talvez ainda maior!): a Lua teria nascido com o
impacto e uma grande quantidade de detritos teria sido projetada no espaço.
• J. Murray (da Open University do Reino Unido) e J. Matese (University of
Louisiana) argumentam que a saída de sondas terrestres do sistema solar
seria severamente retardada pela gravidade exercida por um corpo
atualmente invisível, mas grande.
Este planeta, continuam os contos sumérios, seria habitado por aqueles que
eles chamam de ANUNNAKI (Sitchin traduz literalmente este termo com
uma expressã o que indica “Aqueles que desceram do céu à terra”,
correspondendo ao Anaqìm da Bíblia).
Esses indivíduos teriam vindo ao nosso planeta em busca de ouro porque
esse metal foi essencial para criar uma espécie de efeito estufa no planeta:
pulverizado e difundido na atmosfera, teria desacelerado o processo de
resfriamento progressivo pelo qual NIBIRU estava passando.

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Como nã o pensar imediatamente nos mitos difundidos em quase todos os
cantos da Terra (no Ocidente lembramos Hesíodo, Platã o, Ovídio ...) que
afirmam que houve uma "Idade de Ouro" nã o especificada, a era dos deuses,
o tempo em que Eles estiveram aqui entre nó s ...
Se esses contos forem verdadeiros, seria fá cil identificar esse tempo
primordial como aquele em que os "deuses", ou seja, esses seres que vieram
de cima, estavam na Terra em busca de ouro!
Nesse caso, nã o seriam elaborados mitos para fantasiar sobre uma época
feliz inexistente, mas desejada, mas a memó ria de acontecimentos precisos,
a memó ria de quando os "deuses" estiveram realmente na Terra e o ouro
fosse a razã o concreta de sua presença. Uma era inteiramente dedicada à sua
pesquisa, extraçã o e processamento; uma idade em que os homens tinham
uma relaçã o direta com eles.
Segundo essas teorias "incríveis", os ANUNNAKI / ANAQITI desceram ao
nosso planeta em grupos de 50 (até atingir o nú mero total de 600, para um
total final de 12 grupos) e construíram sua primeira base em ERIDU: um
posto avançado localizado no extremo sul da Mesopotâ mia e cujo nome
significaria, segundo o estudioso citado, "casa do mundo distante" ou "casa
longe de casa" .3
Ela ficava em uma colina artificialmente erguida na foz do Eufrates: pode ser
essa a memó ria de quando o Deus do Gênesis bíblico (ver capítulo 1) dividiu
as á guas para obter secura e tornar possível a vida na terra, tornada assim
disponível?
3 Consulte o Apêndice 2, p. 203
O subsolo, como todos sabemos, era rico em petró leo e, portanto, uma
preciosa fonte de energia para as estruturas a serem construídas. Além
disso, as amplas planícies favoreceram a construçã o de verdadeiros campos
de pouso ...
O comando de toda a expediçã o era chefiado pelo que poderíamos
considerar uma espécie de imperador, ANU, o governante absoluto que
residia em NIBIRU.

2
0
A gestã o operacional foi inicialmente confiada a um dos seus dois filhos,
ENKI, a quem se juntou e substituiu o irmã o ENLIL.
Esta mudança de comando deu-se quando a ENKI passou a controlar as
operaçõ es de escavaçã o das minas de ouro localizadas na Á frica Austral, no
territó rio que corresponderia ao actual Zimbabué.
Os sumérios nos contam que os ANUNNAKI envolvidos no trabalho de
escavaçã o muito cansativo, depois de algumas dezenas (de milhares!) De
anos terrestres, se rebelaram e pediram para ser dispensados.
Apó s vá rias tentativas de compor o que tinha todo o ar de ser o que
chamaríamos de uma verdadeira "disputa sindical", ENKI conseguiu
hipotetizar e elaborar uma soluçã o alternativa que se revelou
verdadeiramente decisiva: nã o só para eles, mas também para nó s. ,
podemos dizer agora!
Durante sua estada naquele territó rio, o comandante ENKI teve de fato a
oportunidade de observar alguns pequenos hominídeos (Homo erectus?
Homo habilis?) E pensou que eles poderiam ser transformados e usados
para substituir os ANUNNAKI, cansados e em perene estado de protesto e
revolta.
O mito sumério conta que os deuses, forçados a cavar e empilhar terra,
reclamaram de sua vida e consideraram ENKI culpado de sua situaçã o
penosa.
A mã e de ENKI entã o exorta seu filho a intervir para ajudar os ANUNNAKI
que trabalham demais: ela o convida abertamente a criar um substituto - um
duplo - para os deuses para que eles possam se libertar do fardo do
trabalho ... ela sugere que ele servos do molde. O filho responde que a
criatura que ela indicou já existe e pede que fixe nela a imagem dos deuses.
Graças ao seu conhecimento científico, esses ANUNNAKI realizaram uma
série de experimentos manipulando geneticamente os hominídeos,
enxertando uma porçã o de seu DNA.

2
1
Este projeto foi realizado em colaboraçã o com NINHURSAG, esposa de ENKI,
conhecida mais tarde - nã o por acaso! - como "Deusa Mã e" (ou "Mami") ou
também como "Aquela que dá vida".
Operando em seu laborató rio, conhecido como "Câ mara das Criaçõ es", apó s
vá rias tentativas - das quais muitos fracassos ... - produziram a nova criatura
chamada LULU, que é "o misto, o misto", produto de uma mistura de ativos
genéticos.
Essa nova criatura também foi chamada de ADÁ MÁ , a partir da qual o ADÁ M
bíblico, "o da terra", "o terrestre" ... Esses seres (deuses? Anunnaki /
Anaqiti?), Descenderam do céu à Terra, em suma geraram o Homo sapiens.
Tudo isso teria acontecido há cerca de 300.000 anos no norte do Zimbábue e,
tanto quanto se sabe, foi precisamente naquela época e naquela parte da
África Oriental que os paleoantropólogos traçariam o aparecimento do Homo
sapiens.4
Os ANUNNAKI produziram, assim, uma raça de trabalhadores resistentes e
inteligentes o suficiente para entender as necessidades e ordens de seus
criadores / mestres.
A expressã o que diz que "fomos criados para amar e servir a Deus" vem à
mente: talvez contenha muito mais verdades do que você pensa! Esses
"deuses" teriam criado uma verdadeira raça destinada ao trabalho servil.
Podemos pensar que é trivialmente uma coincidência ou uma coincidência
curiosa que Gênesis (2: 2) literalmente nos diga que depois de criar o homem:
"Elohìm desistiu de todas as suas obras"?
Não era esse apenas o propósito declarado dos Anunnaki?
4 Veremos no capítulo 2 como esse evento está extraordinariamente
presente também no relato da Criaçã o relatado no livro do Gênesis, de cujo
texto o leitor verá que obtivemos referências também para este capítulo,
porque sã o ú teis. para aprofundar e compreender a histó ria suméria.

2
2
Figura 2 Reproduçã o de um selo sumério com divindades observando uma
ampola e o prová vel produto de seu "experimento".
Duas breves notas
1) A figura da Deusa Mã e - que é estudada, analisada, interpretada
simbolicamente, explicada psicanaliticamente, identificada com a Mã e
Terra ... - na verdade, seria simplesmente esta ANUNNAKI fêmea, uma
médica especialista em engenharia genética, que pode ser considerada, com
razã o, "a mã e de toda a humanidade"!
2) Os geneticistas nos dizem que nosso DNA difere daquele das espécies de
primatas mais pró ximas de nó s por uma porcentagem realmente
desprezível, menos de 2%.
Talvez tenha sido essa parte inserida nos hominídeos que determinou o
rá pido desenvolvimento evolutivo que levou nossa espécie aos resultados
que conhecemos (enquanto nossos parentes mais pró ximos conheceram

2
3
uma lenta evoluçã o cultural e técnica a tal ponto que nã o pode ser nem
remotamente comparada com a nossa) ?
Temos realmente “algo” dentro, muitas vezes referido como “divino”, que na
realidade nã o seria nada mais do que uma porçã o do DNA pertencente
à queles indivíduos que vieram de cima e nos produziram?
Esse escravo era entã o usado na á rea de mineraçã o na Á frica do Sul, ou seja,
naquela parte do continente que, para quem tem sua base no norte, na
Mesopotâ mia, fica obviamente "embaixo".
Citamos a expressã o "abaixo" porque, neste ponto, é interessante e ú til
considerar os conceitos que no passado se desenvolveram em relaçã o à
divindade.
ENKI, que presidiu os trabalhos nas minas da parte "inferior" da Á frica, ele
também foi definido como senhor "da APSU", ou seja, senhor "das partes
inferiores". Do termo APSU / ABSU deriva-se o conceito de "Abismo"
entendido como "reino inferior", que posteriormente se desenvolveu em
"reino do Submundo".
Também aqui a explicaçã o parece cada vez mais simples do que todas as
elaboraçõ es que as religiõ es, antropologias, psicaná lise, etc., têm produzido
ao longo do tempo e que conhecemos como as descriçõ es reais ou
psicanalíticas de abismo, inferno, inferno, subconsciente ... com todas as
teorias que se seguiram e com base nas quais conceitos como recompensa
ou puniçã o em um inferno eterno foram inventados, etc.
O “senhor da APSU (abismo)” nã o era outro senã o o comandante das obras
que se realizavam “embaixo”, nas profundezas das minas e no Sul, ou seja, na
parte do planeta que é obviamente ” abaixo "para quem vive no hemisfério
norte.
A eficiência deste trabalhador tornou sua presença ú til também na terra da
Suméria (Shin'ar para a Bíblia).
O Homo sapiens trabalhou assim para os ANUNNAKI prestando serviços
cada vez mais sofisticados: de simples e feio escavador de terra, graças à

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4
inteligência adquirida com a nova porçã o de DNA, tornou-se um verdadeiro
servidor ú til para todo tipo de dever. .
Esta criatura agia, portanto, sob o controle e vigilâ ncia dos “deuses”, e talvez
seja exatamente por isso que o termo Suméria - nome dado ao territó rio
localizado no centro-sul da Mesopotâ mia - significava “Terra dos guardiõ es”.
Aqui encontramos uma correspondência interessante com os contos
egípcios que remetem ao chamado Zep Tepi, o "tempo do início", a era
primordial durante a qual na Terra existiam os Neteru, ou seja, os
"guardiõ es": parece existir nas culturas do Oriente Médio, uma espécie de
lembrete comum de uma era em que os "deuses" estavam na Terra e
cuidavam dos homens que trabalhavam para eles e os serviam.
O homem também foi levado à quele laborató rio experimental para o cultivo
de espécies de plantas que os seres que vieram de cima plantaram no
oriente, no EDEN (EDIN, a "casa dos justos", a "casa dos deuses", segundo a
Sitchin) onde fizeram germinar todo tipo de á rvore, agradá vel de ver e boa
de comer (Gn 2: 8-14) .5
Esta nova criatura estava sendo produzida em massa.
5 Consulte o Apêndice 2, p. 203
O DNA foi retirado do sangue da jovem ANUNNAKI e o ó vulo do hominídeo,
uma vez recebido o novo material genético, foi implantado no ú tero de
fêmeas ANUNNAKI que viveram durante a gestaçã o e o parto : seria esta
funçã o deles que deu vida à figura das Deusas-Mã es presente em tantos
mitos!
Com esta técnica de engenharia genética foram produzidos machos e fêmeas,
mas este novo ser, o ADÁ M da Bíblia - o termo significa "aquele do ADÁ MÁ H"
(a "terra"), o "terrestre" portanto, evidentemente para distingui-lo de que
nã o era terrestre ... - era um híbrido e, como tal, incapaz de procriar: nã o
possuía aquele Conhecimento que o tornaria semelhante aos deuses, ou seja,
a capacidade de dar vida a outro ser como ele.

O dilúvio Universal

2
5
Entre ENKI e ENLIL, os dois filhos do senhor do império, havia uma
rivalidade contínua e isso também produziu consequências sobre as novas
espécies desejadas e criadas pelo primeiro em resposta à s necessidades de
seus subordinados, os ANUNNAKI que trabalhavam no minas.
ENKI amou a sua criatura e decidiu dar-lhe o "saber", o definitivo, aquele que
a teria libertado dos seus criadores, graças à possibilidade de se reproduzir:
em suma, esse saber / capacidade que a teria tornado semelhante para os
"deuses".
Ele o fez sem exigir a aprovaçã o do irmã o, que era hierarquicamente
superior.
Relatamos aqui um elemento que nos reconecta de imediato à s histó rias
bíblicas: ENKI também foi retratado como uma cobra, a criatura que,
vivendo em tocas cavadas na terra, conhece seus segredos profundos e é
justamente essa "divindade / cobra", que é ENKI, que para Eva tem a
capacidade de se reproduzir.
Gênesis (ver capítulo 3) lembra perfeitamente esse acontecimento na
histó ria da serpente tentando a fêmea, estimulando-a a acessar o
conhecimento, ou seja, a dar aquele passo que os deuses nã o queriam
porque sabiam que conduziria o homem (ADÁ M, a "Terrestre") no caminho
da emancipaçã o e da liberdade definitivas.
ENLIL, o irmã o mais velho, ao saber disso, matou o homem e a mulher
daquele lugar protegido em que viviam (Paraíso, termo que deriva da
iraniana pairidaesa, "Lugar fechado") e os condenou a buscar comida por
conta pró pria. Ele também disse à fêmea que "ela" teria procriado com dor, e
isso é compreensível se pensarmos que até aquele momento a criaçã o dos
homens era prerrogativa das mulheres ANUNNAKI: os homens nã o davam à
luz e, portanto, nã o conheciam o físico. sofrimento associado a esse evento.
Os homens, portanto, começaram a se multiplicar por conta pró pria e a
povoar o territó rio. Neste ponto a Bíblia nos diz que os filhos dos "deuses",
cujas mulheres eram raras por motivos ó bvios, viram as filhas dos homens
(as ADÁ M, os terrá queos) e se apaixonaram por elas, juntaram-se a elas e

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6
procriaram por sua vez ( Gn 6: 1-8), porque as duas espécies eram
obviamente compatíveis.
Este fato despertou a ira de ENLIL, que nã o amava a nova criatura e que
condenou abertamente esta mistura racial. Nesse ínterim, também havia se
tornado decididamente difícil administrar os problemas decorrentes de uma
massa populacional que crescia de forma descontrolada. Diante dessas
situaçõ es problemá ticas, ENLIL decidiu usar um evento natural que estava
para ocorrer, a fim de eliminar o ADÁ M e os seres nascidos das relaçõ es
estabelecidas entre as duas espécies.
Os ANUNNAKI sabiam que uma enorme e inevitá vel catá strofe estava para
atingir a Terra causada pela força gravitacional exercida pela proximidade
de NIBIRU: o deslizamento das calotas polares cujas consequências
desastrosas teriam afetado todo o planeta.
A coisa toda teria acontecido aproximadamente 13.000 anos atrás, no final da
última grande era do gelo, e o evento é conhecido em todos os mitos do mundo
como o Grande Dilúvio.
Os ANUNNAKI estavam, portanto, cientes disso e ENLIL queria aproveitar
para atingir seu objetivo à s custas da humanidade: ele decidiu abandonar
temporariamente o planeta sem avisar o homem, condenando-o assim à
extinçã o, junto com os animais que viviam com ele no planeta.
Na verdade, os "deuses" partiram em seus navios e só voltaram quando a
situaçã o foi restaurada.
Dissemos, porém, que o "criador" do homem, que é ENKI, amou sua criatura
e, movido por esse sentimento, decidiu salvar pelo menos uma
representaçã o. Ele entã o informou um homem (Uta-Napishtim, o sumério
"Noé") do perigo iminente e deu-lhe as instruçõ es necessá rias para resgatar
a si mesmo, sua família e alguns animais ú teis para a sobrevivência,
enquanto se aguarda o retorno à s condiçõ es normais de vida. A divindade,
assim, forneceu as informaçõ es necessá rias para a construçã o de uma arca
capaz de preservar espécies de desastres iminentes.

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7
É curioso notar como os editores da Bíblia, preocupados em afirmar a
unicidade de Deus, revisitaram esse conflito entre as duas divindades,
transformando-o em uma espécie de conflito interior vivido pelo ú nico Deus
(cf. Gn Cap. 6) : Ele decide apagar a humanidade da face da Terra, mas tem
uma espécie de repensar e opta por deixar viver um homem justo e integral,
que encontrou graça em seus olhos e com quem estabelece um novo pacto.

Noé entre os diferentes povos


Este homem é conhecido nos mitos ao redor do mundo por vá rios nomes:
Noah (Noah) na Bíblia, Utnapistim no épico babilô nico de Gilgamesh,
Ziusudra para os sumérios, Cox Cox para os astecas, Powaco para os índios
de Delaware, Manu Yaivasata em Hindostan, Dwytach para os celtas, Sze Kha
para os patagons, Noa para os habitantes da Amazô nia, Nu-u no Havaí,
Nuwah para os chineses ... mesmo com semelhanças curiosas nos nomes.
Os egípcios atribuem esse desejo de obliterar a humanidade a Thoth. O Livro
dos Mortos faz com que o deus diga: «Vou apagar tudo o que criei. A terra
entrará no abismo das á guas do dilú vio e voltará calma como nos tempos do
princípio ».
Em suma, toda a humanidade se lembra desse acontecimento narrado pela
primeira vez pelos sumérios, ou seja, por aqueles que tiveram o privilégio de
caminhar com os “deuses”, de conviver com eles, de receber, depois da vida,
também as ferramentas para proceder autonomamente, ao longo do caminho
que teria produzido a evolução civil e cultural do homem.
Vamos continuar com nosso rá pido resumo.
Apó s o dilú vio, o curso da evoluçã o humana recomeça: o
"Deuses" estabelecem novas cidades, novos centros de comando, realizam
colossais obras de recuperaçã o para tornar habitá veis e utilizá veis partes do
territó rio, constituem lugares elevados livres de lama (o mesmo nome Egito
significa "terra elevada") e dividem o planeta em á reas de influência
atribuída aos vá rios filhos do senhor do império. Em particular, foram
escolhidas três á reas de desenvolvimento nas quais a arqueologia descobriu

2
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a existência das três grandes civilizaçõ es humanas: a baixa Mesopotâ mia
(Suméria), o Vale do Nilo e o Vale do Indo.
Também foi identificadouma quarta área, definida como “sagrada”, isto é
“Dedicado”, reservado aos ANUNNAKI e aos quais os ADÁMs nãoeles poderiam
acessar. Foi provavelmente o territó rio que corresponde ao atual Sinai. Nos
mitos egípcios das origens, é dito que Ptah (nome semítico e nã o egípcio ...)
veio de "além do mar" (o estreito do Mar Vermelho), também chamado de
Ta-Neteru: a "terra dos guardiõ es ", a terra que sã o os" deuses "primordiais
(conhecidos como TILMUN, que Sitchin traduz como "Local de má quinas
voadoras"). Em suma, era a nova base espacial construída para substituir a
anterior, destruída pela enchente, e que tinha sede em Jerusalém.
Jerusalém tornou-se assim uma espécie de umbigo do mundo, centro das
missõ es relacionadas com o planeta Terra, e sobre ela, no tempo de Abraã o,
reinava Melkitsedeq, o "rei da justiça", o "rei justo", como conta o capítulo
nó s, 14 de Gênesis.
Nos novos assentamentos, os ANUNNAKI escolheram os ADÁMs para
receberem a tarefa de governar em seu lugar, e passaram a transferir parte de
seus conhecimentos científicos, botânicos e astronômicos. E os sumérios, por
coincidência, dizem que, muito depois do dilúvio, o comando foi trazido à
Terra: estamos por volta de 3670 aC, data que corresponde ao início do
cálculo dos dias para os sumérios e ao início do calendário hebraico!
Assim nasceu a casta dos reis-sacerdotes: personagens particularmente
habilidosos, escolhidos pelos ANUNNAKI para reinar sobre a ADÁM.
Originalmente eram semideuses reais, indivíduos que tinha nas veias uma
parte do sangue ANUNNAKI de filhos de uniõ es entre a ADÁ M e os “deuses”.
Eles adquiriram aquele poder que vem do conhecimento; na verdade, foi um
conhecimento que foi transferido para poucos, para aqueles que deveriam
atuar como intermediá rios entre os ANUNNAKI e as novas espécies
terrestres.
Lembramos que todos os povos antigos afirmam ter recebido conhecimento
diretamente dos "deuses" e as tradiçõ es de iniciaçã o se desenvolveram entre

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muitas populaçõ es: aquele sistema de transmissã o de conhecimento que
distribui conhecimentos fundamentais apenas para alguns selecionados, ou
seja, para alguns indivíduos considerados dignos .para recebê-los e ser capaz
de compreendê-los e gerenciá -los.
Ao contrá rio do que foi posteriormente afirmado, porém, é preciso saber que
se tratava de conhecimentos decididamente prá ticos, isto é, relativos ao
desenvolvimento técnico e cultural das populaçõ es que era necessá rio
governar: técnicas de construçã o, cultivo e melhoramento, conhecimentos
matemá ticos, científicas e astronô micas, habilidades e aptidõ es que
poderiam parecer “má gicas” aos olhos de pessoas deliberadamente
mantidas na ignorâ ncia; enfim, nada espiritual, mas aquele conhecimento
que garantia o exercício do poder por meio do controle das atividades
prá ticas necessá rias ao desenvolvimento das populaçõ es subjugadas!
Esses representantes dos "deuses" também cuidavam de tarefas
decididamente prá ticas: administravam seus bens, suas riquezas,
administravam sua vida cotidiana e, como professores da casa, também
cuidavam das "casas" que eram os lugares em ao qual o culto foi pago: o que
definimos como "centros templá rios imponentes" ...
Os reis-sacerdotes sabiam antes de mais nada astronomia: uma ciência
fundamental para os ANUNNAKI, que tiveram que levar em consideraçã o as
ó rbitas planetá rias para planejar viagens de e para seu planeta natal!
Costuma-se dizer que o conhecimento astronô mico dos povos antigos era
funcional para a agricultura, mas todos nó s sabemos que a informaçã o
astronô mica ú til para o cultivo de campos é muito limitada e limitada a
eventos que dizem respeito, no má ximo, à previsã o do tempo e
possivelmente à s fases de a lua!
Em vez disso, eles possuíam o que foi chamado de "Tabelas de destinos":
mapas astronô micos que indicavam o que estava para acontecer nos céus. E
sabemos muito bem que os cientistas podem prever com precisã o o que
deve acontecer nos céus, mesmo a uma distâ ncia de milênios: posiçõ es de
planetas e estrelas em cada período preciso, eclipses, passagens de
cometas ...

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0
Astronomia e astrologia
Para os ANUNNAKI esta habilidade / necessidade de "prever o futuro" era
um requisito vital, pois era a condiçã o essencial para longas viagens no
espaço interplanetá rio, como bem sabem os especialistas dos atuais centros
espaciais que enviam sondas dentro e fora do sistema solar. Quem possuía e
controlava as Tabelas dos Destinos, portanto, detinha o poder.
Esse conhecimento astronô mico foi progressivamente transferido para os
reis-sacerdotes, que assim adquiriram a capacidade de "prever o futuro":
isto é, eles sabiam o que estava para acontecer nos céus.
Este conhecimento "eficaz" é talvez a base do que mais tarde se tornaria a
astrologia: uma forma de pseudo-conhecimento que, tendo perdido as suas
verdadeiras capacidades científicas iniciais, procurou reconstruir em bases
hipotéticas o que ainda estava presente na memó ria de um tempo em que os
"deuses" e os seus representantes humanos sabiam realmente prever o que
aconteceria nos céus.
Hoje a astrologia se tornou o que conhecemos: uma forma de tentar prever o
futuro dos indivíduos. Quã o distantes estamos do conhecimento científico de
quem possuía as Tabelas dos Destinos, caracterizadas pela precisã o do
conhecimento astronô mico ú til para quem tinha que viajar grandes
distâ ncias nos céus!
Os homens também atribuíram aos "deuses" possuidores do conhecimento a
característica da imortalidade. Podemos entender facilmente como isso
aconteceu se considerarmos que - sempre mantendo válida a hipótese que
estamos resumindo aqui - a vida dos ANUNNAKI foi baseada no ciclo orbital de
NIBIRU que corresponde a 3.600 anos terrestres, portanto a duração de sua
vida foi muito longo em comparação com o de ADÁM.
Cada um desses "deuses" viveu por períodos que corresponderam a
diferentes geraçõ es humanas e cada ADÁ M nã o viu seu "deus" morrer, pelo
contrá rio, ouviu falar dos feitos transmitidos por geraçõ es e geraçõ es dos
ancestrais: aqui nasceu o conceito de imortalidade dos deuses (veremos em
um capítulo especial como a pró pria Bíblia diz que eles também morreram
como todos os outros homens).

3
1
Esses "personagens", porém, possuem outras características, muito mais
humanas.
Seres de carne e osso, lutam pelo poder: suas guerras sã o mortais, produzem
"ventos que fazem o cabelo cair, descascar a pele, levar à morte sem causar
feridas aparentes" ... Os seguidores de ENKI e ENLIL portanto, eles disputam
o poder, e até mesmo o Abraã o bíblico está envolvido em uma dessas
guerras, tã o devastadoras a ponto de destruir cidades inteiras como Sodoma
e Gomorra (cf. Gn 13-19)!
Depois dos acontecimentos narrados, o comando foi transferido, os homens
receberam os conhecimentos necessá rios para continuar por conta pró pria,
os “deuses” tendo abandonado a Terra. E a partir desse momento, ao longo
dos séculos e na ausência de contato direto, o homem começou a elaborar
uma visã o espiritualista da divindade e a formular hipó teses sobre o
momento em que ocorrerá o reencontro entre criatura e criador.
Na verdade, NIBIRU, o planeta dos ANUNNAKI, retorna a cada 3600 anos,
sua ó rbita elíptica o faz cruzar com nosso sistema solar e isso o tornaria, na
verdade, um planeta de nosso sistema. Seria também retornar à Terra, como
já fez vá rias vezes no passado: apó s atingir o ponto mais distante do Sol em
1000 DC, NIBIRU já teria percorrido mais da metade da jornada em direçã o à
Terra ...
Enquanto isso, os sumérios permaneceram na Terra.

Os sumérios
Este povo aparece de repente por volta de 3800 AC já dotado de sua cultura
quase formada e completa de conhecimentos científicos, astronô micos,
matemá ticos e linguísticos!
Pode-se dizer com justificada certeza que conheciam o sistema heliocêntrico
(aquele "descoberto" por Galileu ...), os movimentos e as dimensõ es da Terra,
a distâ ncia da Lua, a distâ ncia quase infinita das estrelas; eles conheciam
cometas e previram eclipses, cujas causas também sabiam; enfim, estavam
cientes do fenô meno muito complexo da precessã o dos equinó cios, que

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2
requer observaçõ es muito detalhadas, e espalhadas por vá rios séculos, para
poder ser destacado (um ciclo completo dura cerca de 26.000 anos!).

Precessão dos equinócios


Essa expressã o indica o fenô meno celeste originado da oscilaçã o do eixo da
Terra que faz um lento movimento circular semelhante ao de um piã o.
A oscilaçã o determina um aparente recuo das constelaçõ es na esfera celeste.
Isso acontece porque a linha imaginá ria que une os equinó cios da primavera
e do outono no plano da eclíptica se move um grau a cada 71 anos ou mais.
Os doze signos do zodíaco que formam todo o arco celestial de 360 ° cobrem,
cada um, um período de 2.160 anos, que correspondem ao que na astrologia
sã o identificados como "as idades": Era de Á ries, Era de Touro e assim por
diante. dizendo.
O ciclo completo de 360 °, portanto, requer pouco menos de 26.000 anos
(2160 x 12). Daí a dificuldade em observá -lo e calculá -lo.
Esse longo período, chamado de "grande ano", foi conhecido por muitas
civilizaçõ es em diferentes partes do mundo - Vale do Indo, Egito, América
Central ... - e ainda se questiona qual foi a utilidade de calcular sua duraçã o
para uma civilizaçã o de nô mades , pastores ou rancheiros! Foi talvez usado
pelos "deuses" ANUNNAKI para calcular os tempos orbitais de seu planeta
de origem e para planejar suas viagens espaciais que necessariamente
tinham que ter duraçõ es muito longas? Talvez a resposta para tantos
mistérios esteja em aceitar essa possibilidade ...
Apesar desses conhecimentos avançados, os sumérios parecem surgir do
nada, mesmo que nã o seja: a cidade de Jericó , a cultura de Tell Ghassul, o
turco Catal Huyuk , por exemplo, foram centros de cultura e civilizaçõ es
anteriores, mas isso por si só nã o invalida a teoria, pois poderiam ter sido
fundados pelos pró prios ANUNNAKI.
Os sumérios inventaram a escrita, eram conhecedores de matemá tica e
astronomia, parecem ter sido os criadores das primeiras formas de governo
parlamentar, escolas, leis e normas sociais avançadas, muitas das quais

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3
foram posteriormente retomadas na legislaçã o do povo de o Antigo
Testamento, como as regras para a proteçã o dos fracos, viú vas e ó rfã os.
Eles adotaram o sistema de queima de tijolos com o qual também
construíram o Zigurate, edifícios com diferentes andares, usados como um
templo e um observató rio para os sacerdotes, que, como mencionado,
também eram astrô nomos eruditos. O ú ltimo andar do Zigurate era
geralmente a "morada dos deuses", colocado no alto para facilitar o acesso
aos ANUNNAKI.

Religiosidade
A religiã o dos sumérios - se pudermos realmente defini-la dessa forma - era
obviamente politeísta: muitos eram na verdade os ANUNNAKI que
administravam o poder dividido em vá rios territó rios.
Os deuses eram, portanto, necessariamente divindades locais.
Já dissemos que o senhor do império era ANU, cuja apariçã o remonta ao
quarto milênio aC No todo, sua figura era decididamente evanescente e
abstrata; ele nã o era um criador (na verdade, vimos como o criador era
ENKI); ele nã o era objeto de um culto concreto e contínuo como os outros
"deuses". Seu templo estava localizado na cidade de Uruk (Ur ou Erek da
Bíblia?) E se chamava EANNA, "Casa do Céu" .6
O poder dos "deuses" e reis que foram escolhidos para representá -los
quando "a ordem foi enviada do céu à terra" veio diretamente de ANU, por
esta razã o apenas os soberanos e nã o os sú ditos podiam se voltar para ele.
Daí, talvez, o conceito de distâ ncia divina e inacessibilidade, desenvolvido no
curso 6 Ver Apêndice 2, p. 203 das elaboraçõ es teoló gicas desenvolvidas nos
séculos seguintes.
ANU morava no alto, muito longe, em NIBIRU e, de acordo com os contos
sumérios, ele desceu à Terra apenas uma vez, ou talvez duas vezes, para ver
o trabalho de seus filhos. Já falamos sobre eles: ENLIL
(senhor do alto, do ar, ou das partes superiores) e ENKI (senhor da terra, das
partes inferiores e da á gua: o criador do homem).

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4
Uma divindade feminina muito importante foi INANNA, mais tarde
conhecida como Ishtar, Astarte, Ísis, Afrodite e Vênus nas vá rias culturas da
á rea do Oriente Médio e do Mediterrâ neo.
Esta divindade gostava muito de viajar em sua má quina voadora, entã o ela
foi representada com um traje de piloto e um capacete!
É preciso dizer que o conceito de "espaço" era o fundamento de tudo o que
dizia respeito ao divino: o termo sumério para divindade, DINGIR, na
verdade se referia ao significado de "Apariçã o celestial" e marcou a
característica de brilho, de brilhar; este termo, portanto, lembraria os
senhores das má quinas voadoras que obviamente pareciam brilhantes e
cintilantes nos céus. O ideograma que o representava representava uma
estrela e sua pronú ncia indicava um "ser de cima".
Nós imediatamente notamos que este é exatamente o mesmo significado do
termo bíblico ELOHÌM, "os senhores do alto": um termo que vem normalmente
- mas erroneamente! - traduzido para o singular para manter o conceito da
unicidade de Deus.

Testemunhos indiretos?
Neste capítulo, resumimos as teorias que estã o se difundindo amplamente
com o propó sito exclusivo de abordar, posteriormente, a leitura de
passagens do Antigo Testamento cujo significado literal parece lembrar uma
visã o da divindade muito concreta, material e prová vel origem nã o terrestre.
Para completar esta apresentação, no entanto, relatamos aqui uma série de
declarações e informações retiradas de áreas não relacionadas à literatura
alternativa ou ufológica.
7 Consulte o Apêndice 2, p. 203

Ciência e Arqueo-antropologia
• A pesquisa de geneticistas bioló gicos moleculares sobre mitocô ndrias
remonta a 300-250 mil aC o aparecimento da primeira ancestral feminina de
todas as mulheres (a chamada "Eva mitocondrial"), bem como de todos os
homens cujas mitocô ndrias, 8 como sabemos, pode ser transmitido apenas

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5
por ó vulos femininos, pois sã o muito grandes para serem contidos nos
espermatozó ides.
A quantidade de material genético que nos distingue de Pan paniscus e Pan
troglodites (as duas espécies de chimpanzés mais semelhantes a nó s) é
menos de 2% do DNA!
E os evolucionistas ainda se perguntam sobre a extrema rapidez com que o
hominídeo procedeu em sua evoluçã o em comparaçã o com seus primos; a
resposta nã o é fá cil e ainda nã o foi encontrada: será encontrada na
hipotética intervençã o de engenharia genética realizada pelos ANUNNAKI
que teria acelerado o processo evolutivo, beneficiando uma espécie em
detrimento das outras?
• O professor. Umberto Galimberti, professor de Filosofia da Histó ria da
Universidade de Veneza, escreve9 que, em determinado momento de seu
desenvolvimento, o ser humano passou por uma espécie de "involuçã o", uma
interrupçã o no processo evolutivo decorrente da perda da estabilizaçã o. que
para ele, como para todos os outros animais, era fornecido pelo instinto. A
partir desse momento o homem nã o teve mais uma relaçã o específica com
um determinado meio ambiente, mas teve que se abrir para o mundo e
construir seu pró prio meio no qual viver: o homem está aberto a todos os
ambientes, pois nã o é mais adequado para ninguém .
O reflexo dessa necessidade de construir um mundo mudando os ambientes
teria dado origem a “Consciência” (notamos, no entanto, que Galimberti nã o
explica a origem e o momento em que o homem perdeu a estabilizaçã o
instintiva ... Um mistério!).
8 Consulte o Apêndice 2, p. 203
9 Veja a bibliografia.
• Recentes descobertas arqueoló gicas datam do início da produçã o artística
de 35 a 77 mil anos atrá s: 300 fragmentos de ocre vermelho e amarelo
descobertos na Zâ mbia chegam a trazer o início para 350-400 mil anos atrá s.
28 ferramentas de osso e milhares de fragmentos de ó xido de ferro
(produçã o de ocre) descobertos na Á frica do Sul revelam que há mais de

3
6
200.000 anos o homem trabalhava seus objetos com propó sitos que
transcendiam a funçã o puramente utilitá ria: eram refinados, decorados,
polidos e gravados com sinais que identificou-os.
• O Dr. Steven Scherer, diretor do projeto de mapeamento genético humano
no Centro de Genoma Humano do Baylor College of Medicine em Huston,
escreveu em 2001 que no genoma humano existem pelo menos 200 genes
que parecem ser "estranhos" a todo o patrimô nio que une humanos a outros
vertebrados.
Esses genes nem mesmo pertencem a invertebrados e, portanto, foram
"adquiridos posteriormente na escada evolutiva de uma forma
completamente inexplicá vel".
• Tim Crow, professor de psiquiatria em Oxford e membro do Conselho de
Pesquisa Médica da Inglaterra, acredita que cerca de 150.000 anos atrá s o
homem deu um "salto evolutivo" ao adquirir a habilidade de falar graças à
translocaçã o de um gene no cromossomo Y.

Filosofia, mitologia
Giovanni Reale, professor de Histó ria da Filosofia da Universidade Cató lica
de Milã o, explicando a origem do conceito de "Soul" que se desenvolveu no
mundo grego no período entre Homero e Platã o, 10 relata algumas
declaraçõ es muito interessantes em referência à relaçã o entre homens e
deuses no mundo natal ...
• O estudioso enfatiza que os deuses possuem toda a gama de vícios
humanos e têm um cará ter ambivalente, começando com a tríade Zeus,
Apolo, Atenas: Zeus pró -10 Ver Bibliografia, coloca e nã o guarda, Zeus pode
ser facilmente enganado enquanto Apolo intervém diretamente na batalha e
lembra a Diomedes que ele nã o deve se igualar aos deuses, pois a linhagem
nã o é igual a eles dos homens caminhando no chã o ...
Entã o lembre-se, entre as muitas, duas passagens da Ilíada que
consideramos muito interessantes se lidas em relaçã o à hipó tese de que os
deuses eram indivíduos em carne e osso e que na época das guerras de Tró ia
eles poderiam realmente ainda estar na Terra ( já que um deles estabeleceu

3
7
uma aliança com Moisés em um período histó rico quase correspondente
à quele em que os eventos descritos na Ilíada aconteceram ...).
• Elena se parece muito com as deusas imortais ...
• O deus Poseidon disfarça-se de adivinho Calcante e fala com Ajax Oileo que,
no entanto, o reconhece e diz: «Certamente nã o é Calcante, logo vi atrá s dele
as pegadas e os passos que ia saindo; os deuses sã o bem conhecidos! ».

Sumerology
• Escreve Giovanni Pettinato, professor de Sumerologia da Universidade
Sapienza de Roma: 11
Até agora se considerava que as epopéias sumérias nã o tinham confirmaçã o
histó rica e que eram apenas uma projeçã o no passado de realidades só cio-
políticas presentes durante a terceira dinastia de Ur (2150 aC) [...] a mençã o
[.. .] nos obriga a rever todos os nossos modelos de sociedade e gestã o de
energia ...
• Diz ainda que há muito tempo existe o há bito de considerar todos os
edifícios de dimensõ es considerá veis como locais de culto e que, nesta
interpretaçã o erró nea, foram elaboradas complexas construçõ es teó ricas
que agora se revelaram sem fundamento e que devem ser revisto à luz de
novas descobertas e novos conhecimentos.
11 Em Pettinato G., mitologia Suméria, UTET, Torino 2001 (ver também a
Bibliografia).

Breve reflexão conclusiva ...


As hipó teses que propomos sã o certamente fascinantes, mas sã o sobretudo
sustentadas por mais do que curiosas correspondências em textos que, na
sua maioria, foram considerados acima de qualquer suspeita, como o Antigo
Testamento, inspirado directamente por Deus!
É certo que muitos sã o os partidá rios e muitos detratores desta
reconstruçã o da origem da humanidade, e estes ú ltimos encontram-se
sobretudo na Igreja, a organizaçã o que mais teria a perder se se confirmasse

3
8
que a Bíblia conta uma histó ria. isso tem muito pouco a ver com isso. o que
fazer com a doutrina religiosa que queríamos construir sobre ela ...
Já dissemos que veremos mais tarde como a Igreja ainda é forçada a admitir
que a Bíblia conhecia esses indivíduos, mas queremos relatar aqui uma
curiosidade notá vel: a NASA lançou as sondas Voyager I e II com imagens e
sons da Terra e um disco contendo saudaçõ es gravadas em 55 línguas
terrestres: a primeira saudaçã o foi gravada na língua suméria!
É apenas uma coincidência ou alguém realmente sabe mais?

... e declaração metodológica


Passemos agora à Bíblia e - a respeito daquele “pensamento livre” a que este
texto se refere - nos pró ximos capítulos abordaremos o tema, colocando
nosso ponto de observaçã o no Antigo Testamento, em sua traduçã o literal.
Em seguida, relataremos o texto hebraico de uma primeira série de
passagens bíblicas e a traduçã o palavra por palavra, também representando
graficamente a correspondência entre os termos.
Descobriremos assim o que nã o queremos ser dito.

3
9
Figura 3 Reproduçã o do detalhe do selo acadiano VA243 conservado no
Museu do Estado de Berlim, com a representaçã o do Sol com 11 corpos
celestes: o 9 planetas conhecidos, a Lua e… Nibiru?

Gênese: "No início ..."


O que tem sido feito pelas vá rias Igrejas - sejam elas cristã s, cató licas ou
protestantes - representa uma verdadeira manipulaçã o dos textos visando a
difusã o de um credo que nã o se reflete nos livros em que se baseia
propositalmente.

4
0
Se a Bíblia for lida em seu significado literal, nã o pode ser usada como base
para a construçã o de uma religiã o.
No primeiro capítulo relatamos a hipó tese da criaçã o dos ADÁ M (s) (rFA),
que parece brotar dos contos dos sumérios, pelo menos nas interpretaçõ es
que se espalham pelo mundo há algumas décadas: a intervençã o de
engenharia genética conduzida pelos ANUNNAKI para melhorar uma espécie
de primata já existente na Terra e transformá -la em uma raça de
trabalhadores para ser usada nas tarefas mais exigentes.
Agora, vamos entrar nos detalhes da narrativa suméria da criaçã o do
homem.
Usamos aqui, parafraseando, a traduçã o das passagens feitas por Giovanni
Pettinato, professor de Sumerologia da Universidade Sapienza de Roma, 12
para notar com que frequência o que é escrito por acadêmicos
universalmente aceitos pode concordar com as teorias dos chamados
autores "alternativos".
Estamos em um banquete da ANUNNAKI e NINMAH (a Deusa Mã e que já
mencionamos) sugere a ENKI que crie um substituto para os deuses para
que eles possam se libertar do peso do cansaço e diz a ele que a
"conformaçã o" da humanidade está em suas mã os.
12 Veja a bibliografia.
O mito sumério narra que os deuses, forçados a cavar e empilhar terra,
reclamaram de sua vida e consideraram ENKI culpado de sua situaçã o
penosa. A mã e de ENKI entã o exorta seu filho a intervir para ajudar os
ANUNNAKI que trabalham muito: ela o convida abertamente a criar um
"substituto" - um "duplo" - para os deuses, para que eles possam se libertar
do peso do trabalho. servos do molde. O filho responde que a criatura que
ela indicou já existe e pede que fixe nela a imagem dos deuses.
A experimentaçã o é, portanto, iniciada, e deve-se reconhecer que os
sumérios estavam decididamente corretos, eles nã o atribuíram onisciência e
onipotência a esses "deuses", em vez disso, eles também explicaram os
experimentos fracassados.

4
1
Os primeiros homens produzidos tinham, de fato, nã o poucos defeitos:
• nã o se conseguia fechar as mã os, que estavam sempre abertas;
• um segundo tinha os olhos sempre abertos e refletia a luz;
• outro tinha pés inchados e paralisados;
• entã o nasceu um homem com problemas psíquicos, definido "idiota";
• outro homem nã o conseguiu segurar a urina;
• uma mulher incapaz de dar à luz foi entã o produzida;
• finalmente, o NINMAH produziu um indivíduo desprovido de ó rgã os
genitais.
Fala até de um nascimento prematuro ocorrido com o sêmen do pró prio
ENKI: nasceu um ser cabeludo, de garganta fechada, olhos imperfeitos,
costelas torcidas, espinha paralisada; coraçã o dolorido, cabeça e intestinos,
mã os incapazes de levantar e pegar qualquer coisa ...
Em suma, antes de poderem produzir o ser certo, as "divindades" tiveram
que fazer muitas tentativas, cometendo inú meros erros! A tal ponto que
NINMAH teme ser expulso por essa aparente incapacidade, mas é consolado
por ENKI, que a tranquiliza.
Finalmente, a operação dá frutos e a "Deusa" apresenta o novo ser, o ADÁMA
(o ADÁM da Bíblia), o LULU (a "mistura-para").
De acordo com a interpretaçã o de Sitchin, a intervençã o consistiu em
"Purifique" o sangue dos ANUNNAKI masculinos para obter o elemento que
contém a essência do indivíduo (DNA) e infunda-o no hominídeo que foi
identificado.
Gênesis nos conta o acontecimento da criaçã o do homem, dizendo que,
depois de haver produzido as á guas e as ter separado da terra, deixando sair
a terra seca, depois de ter colocado as plantas e os animais sobre ela
(Gn 1:26):

4
2
como a nossa semelhança nós-da-imagem-com
Mas o editor da histó ria parece sentir a necessidade de sublinhar um aspecto
que o leitor deve compreender absolutamente: nã o deve haver nenhuma
dú vida porque obviamente se trata de um acontecimento extraordiná rio, e
logo entenderemos por quê.
Na verdade, no verso seguinte (1:27), parece que ele deseja especificar:

elas ele fez feminino-e macho

4
3
Em suma, o autor quer nos dizer que Elohìm (termo no plural com o qual os
"senhores do alto" se identificam nas línguas semíticas) fez o homem usando
seu "tselèm" (rWb) .
• Mas o que é tselèm (rWb)?
• E por que parecia tã o importante enfatizar esse detalhe mais duas vezes?
Antes de ver o significado mais profundo desta raiz semítica, destacamos
que a Bíblia nos diz como a decisã o foi tomada pelo Elohim e como eles
pró prios se disseram
“Nó s fazemos”, usando uma forma verbal que é definida
“Coortativa”: forma que contém o valor de uma exortaçã o, de um convite a
fazer, de uma solicitaçã o.
Nesta coortativa podemos ver uma espécie de síntese das vá rias discussõ es,
hipó teses e propostas que ENKI deve ter feito aos seus colaboradores para
encontrar uma soluçã o para o problema do trabalho que ilustramos no
capítulo anterior.
O Gênesis nos dá o resultado final desta coortativa: "Vamos lá , vamos lá ,
vamos prosseguir ...".
Também a questão do prazo Elohìm - no plural - não pode ser descartado tão
simplesmente. Nós, que tentamos praticar o pensamento livre e não temos
dogmas monoteístas para defender, podemos prosseguir com tranquilidade ao
considerar esses Elohim como uma pluralidade efetiva de pessoas.
E que a questã o nã o pode ser subestimada também era bem conhecido pelos
antigos comentaristas, que tentaram de vá rias maneiras dar uma explicaçã o:
os siríacos falavam de um concílio realizado com as "assembléias sublimes";
“Fale com os Anjos”, argumentaram outros; Basílio de Cesaréia dizia "como
pode falar assim se nã o tem quem trabalhe com ele?"
Claro, os sumérios nos permitem uma leitura mais fá cil deste plural quando,
de forma muito simples, eles explicam a conversa de ENKI com aqueles que
tiveram que agir junto com ele no início do experimento.

4
4
O tselèm (rWb)
Lembre-se de que os sumérios disseram, de acordo com Sitchin, que o
homem foi produzido purificando o sangue do jovem ANUNNAKI e extraindo
o que deveria ser inserido no hominídeo escolhido.
Os tradutores gregos desta passagem do Gênesis (o assim chamado
"Versã o dos Setenta" 13) certamente nã o conhecia os contos sumérios e de
qualquer forma nã o poderia ter nenhuma noçã o sobre as possibilidades da
engenharia genética, portanto traduziram da seguinte forma: 14

Nós fazemos : Deus-o disse-E

similaridade-segundo-e nossa-segunda-imagem

Existem alguns elementos a sublinhar: os gregos, em primeiro lugar, usaram


termos cujo valor é duplo:
• A homò iosina tem um valor abstrato e representa efetivamente o conceito
de similaridade.
• Eikò na, ao contrá rio, tem um valor mais concreto e indica qualquer objeto
que contenha a imagem de algo ou de alguém: uma pintura, uma escultura,
um baixo-relevo, uma incrustaçã o ou bordado ...

4
5
Aqui, devemos reconhecer que, na traduçã o de tselèm com a palavra eikò na,
os gregos chegaram muito perto do significado semítico mais profundo
dessa raiz consonantal.
Tselèm na verdade, nã o indica o conceito abstrato de imagem, visto que é
interpretado de maneiras variadas pela literatura religiosa e pela 13 Ver
Apêndice 2, p. 203
14 As instruçõ es para a leitura deste e das tabelas a seguir sã o fornecidas na
pá gina XIV.
Teologia tradicional, que tenta fornecer as mais diversas explicaçõ es: indica,
ao invés, especificamente, “um quid de material que contém a imagem”.
Na traduçã o, os gregos entã o mantiveram o mesmo valor para os dois
prefixos que em hebraico têm significados decididamente diferentes: no
texto bíblico os dois termos que indicam a imagem e a semelhança sã o de
fato precedidos por dois prefixos B (ser) e U ( ki), que têm um significado
diferente; e a diversidade nã o é de pouca importâ ncia:
B (ser) de fato significa "com, por meio de ...".
U (ki) significa "como, de acordo com ...".
A traduçã o de "ki-dmuté-nu" com o termo é, portanto, correta “Katà
omò iosin”, que significa “segunda semelhança”.
Menos correta é a traduçã o de "be-tsalmé-nu" com “Katà eikò na” porque o
prefixo hebraico nã o tem o significado de “Segundo a imagem” mas o preciso
de “com a imagem” ou melhor: “com - por meio - daquele quid material que
contém a imagem”.
Portanto, teríamos sido criados não "à imagem" do Elohìm, mas "com aquele
algo material que contém a imagem" do Elohìm. Uma diferença linda e
substancial!
Aqui está o elemento concreto, novo, sempre esquecido pelas interpretaçõ es
religiosas tradicionais porque nã o é compatível com a doutrina que se
pretende difundir e continuar a sustentar ...

4
6
Deve-se notar também que o Gênesis também diz que todas as criaturas
"foram feitas de acordo com sua espécie", só para o homem isso nã o é
afirmado: sua espécie no final da intervençã o "Divino" é diferente do que era
seu e original!
Mas há mais (e continuando sempre temos em mente os contos dos
sumérios, que dizem como o elemento a ser inserido foi removido do sangue
purificado dos ANUNNAKI ...). O termo tselèm de fato indica nã o apenas um
quid de concreto e material, mas também contém, no sentido original da raiz
semítica, o conceito de "cortado de ...".
O dicioná rio “Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon” 15 de
Hebraico Bíblico e Aramaico sob o título “tselèm” (rWb) relata a seguinte
indicaçã o: “algo cortado”.
O radical verbal rWb é traduzido como "cortar".
• E o que é que contém a imagem de alguém que pode ser “recortada,
recortada, arrancada”?
Apenas uma resposta vem à mente: DNA!
Se for esse o caso, então, pode-se entender bem por que o editor do Gênesis
sentiu necessidade de reiterar duas vezes que fomos feitos "com seu tselèm ...
com o Elohìm tselèm" ... Queria ter certeza de que o leitor entendia a
concretude do acontecimento, o extraordinário de um ato resultante de uma
decisão dos Elohìm (os senhores que vieram de cima) para introduzir algo
"verdadeiramente seu" nesta criatura, que assim recebeu sua vida, seu novo
fôlego vital, diretamente dos "deuses".
Seria esse extraordiná rio difícil de aceitar que levou os maiores
comentaristas judeus da antiguidade a argumentar que o relato da criaçã o
do homem devia ser lido e explicado apenas para poucos que tinham a
capacidade de compreender?
E, depois de Adám ... Khawwáh (Eva)
Já falamos sobre a formaçã o de uma mulher que nã o podia dar à luz, e
Gênesis também nos fala sobre a formaçã o de uma mulher: o capítulo 2

4
7
narra que Elohìm sentiu a necessidade de dar uma ajuda a ADÁ M e, para
isso, realizou uma operaçã o, pelo menos estranha, se pensarmos sobre o que
tradicionalmente se acredita sobre a onipotência criativa de "deus".
O versículo 21 diz:

15 Veja a bibliografia.

-Va
Elohìm
Yahweh
queda-fez-E
15 Veja a bibliografia.

4
8
sjSSJ
rFAH-W_
HYFfl
jisciàn-va
adàm-ha-al
tardemàh
dormiu
adà m-lo-su
sono profundo
JSl_WbY
10A
OdSJ
aw-tsalot-mi
achàt
jiqqàch-va
suas costelas
uma
soquetes e
H [10l
fhB
fD] SJ
àh-tachtenn

4
9
vasàr
jisgòr-va
isto-abaixo
eu no
fechado-e
Portanto, esse Elohìm que se autodenominava Yahweh precisa fazer o ADÁ M
adormecer para realizar uma intervençã o nele, uma operaçã o, enfim alguma
forma de manipulaçã o que certamente deve ter sido dolorosa se exigia que o
sujeito dormisse um "sono profundo "
Tudo isso nos lembra uma anestesia normal que permite a retirada de
células (?) Do que normalmente se traduz por "costelas", mas que na
realidade talvez fosse algo diferente ...
O termo "tselà " (_Wb) também significa "parte lateral" e com este significado
preciso é usado em vá rias passagens do Antigo Testamento: há partes
laterais do Templo, de gabinetes, de altares ...
Lembro-me da retirada das células-tronco hematopoéticas, que é feita em
modernos laborató rios a partir da parte lateral dos ossos ilíacos: operaçã o
feita sob anestesia, porque é dolorosa. As células sã o entã o utilizadas para
transplantes na terapia de patologias específicas, e sabe-se que as células-
tronco também podem ser direcionadas apropriadamente para vá rias linhas
de desenvolvimento.
Então Elohìm pode ter tomado células de um lado do corpo do ADÁM
masculino para clonar / formar um ADÁM feminino.
Lembramos também que a palavra ADÁ M costuma ser escrita com o artigo
(Ha-Adà m, “lo Adà m”), para indicar que nã o é um nome pró prio, mas
genérico; indica, portanto, uma tipologia de seres vivos, os de ADÁ MÁ , a
Terra: os “terrestres” portanto.
O terrestre que também foi identificado com um aspecto somá tico evidente:
essas criaturas eram na verdade definidas "cabeças negras" 16,

5
0
característica que evidentemente os distinguia de seus "criadores" (nã o teria
feito sentido sublinhar este aspecto se ele nã o o tivesse tinha um valor
distintivo claro em comparaçã o com indivíduos que nã o tinham cabeça
preta).
E o termo KHAWWÁ H atribuído à nova criatura significa o "vivente", a "mã e
dos viventes"; assim como já dissemos ser chamada de "Deusa" ANUNNAKI
que produziria a nova espécie: Homo sapiens.
Lemos em Gênesis (3:20):
JljA rj rFAH AfdSJ tò -isc scèm adà m-ha jiqra-Va mulher dele nomeado
adà m-lo chamado-E HlSH AJH PRA CIMA HJO hajetà h oiwà ki khawwah
(era-é) era isto contanto que eva SO-WU rA khai-kol sou (vivendo) vivo-
todos mã e
Na verdade, é ó bvio para a ciência que necessariamente deve ter havido uma
mã e para todos os homens, porque as mitocô ndrias, um dos componentes
fundamentais de nossas células, só podem ser transmitidas por ó vulos
femininos, pois sã o grandes demais para serem contidos. em
espermatozó ides masculinos. Portanto, é inevitá vel pensar no primeiro
ancestral fem 16. Ver o poema de Lugalbanda e Hurrum (Cfr. Pettinato G., na
Bibliografia final).
mina todas as mulheres e todos os homens, aquele que iniciou o
desenvolvimento da espécie humana: muitos geneticistas, não
surpreendentemente, concordaram em chamá-la de "Eva mitocondrial", como
vimos. E sua pesquisa rastreia o surgimento dessa mãe dos vivos desde 300-
250 mil aC: uma data consistente com a reconstrução feita por Sitchin!
Por sua vez, os paleoantropólogos nos dizem que o sapiens se desenvolve a
partir do Homo erectus com uma velocidade evolucionária inexplicável. Todas
as outras formas pertencentes a nossos parentes mais próximos, na verdade,
tiveram tempos de evolução muito mais longos: os chimpanzés são quase os
mesmos há cerca de 5 milhões de anos; o erectus permaneceu quase o mesmo
por cerca de 1,3 milhão de anos e, à medida que desaparece, produz sapiens,
cuja capacidade craniana aumenta rapidamente em 50%!

5
1
Breve conclusão de "controvérsia" ...
Estamos, portanto, diante de eventos que encontrariam uma explicação,
conforme contada por essa leitura particular do mito sumério e do Gênesis
bíblico.
Goste ou não, confortável ou desconfortável que possa parecer, os sumérios e o
Antigo Testamento parecem estar muito próximos.
Na verdade, a Bíblia parece nos contar a mesma história retrabalhada à luz de
uma visão monoteísta que não lhe pertencia e que só amadureceu nos séculos
seguintes. A pluralidade do Elohìm e a concretude material do que esses
"deuses" teriam usado para criar o homem "com" sua imagem e semelhança
permaneceram da história original.
O Deus espiritual, transcendente e único, portanto, não pertencia à experiência
dos autores bíblicos, que ao invés nos contaram uma história muito concreta,
usando naturalmente as ferramentas culturais de que dispunham na época.
E nenhuma igreja tem o direito de distorcer uma história para construir um
sistema de controle da consciência a partir de uma visão alheia aos textos que
foram definidos como sagrados, mas que depois foram reinterpretados pelos
detentores do poder.
Não é de surpreender que a leitura direta tenha sido desencorajada por
séculos, se não explicitamente proibida ...

5
2
GÊNESE: "NO COMEÇO ..."
53
Figura 4 Reprodução de uma foca com uma divindade masculina, uma
divindade feminina, a árvore com sete ramos, a cobra colocada atrás da
divindade feminina: o EDEN bíblico?

3
rSÀf rSWS` [rSd [_
(refaìm nefilìm anaqìm)
Os gigantes?

5
3
Ao narrarmos os acontecimentos da ADÁM (rFA) relatamos como, em
determinado momento de convivência com os ANUNNAKI, estes passaram a se
interessar pelas fêmeas terrestres, considerando-as agradáveis e desejáveis.
Abordemos agora um assunto que sempre causou grande perplexidade nos
comentaristas oficiais; um tema que a religião tradicional tende a esquecer ou
a interpretar em um sentido alegórico e metafórico.
Na verdade, percebemos que, para os adeptos de uma religião que às vezes
considera "pecaminosa" o que tem a ver com a matéria (e especialmente com
o sexo!), Não é fácil aceitar o significado concreto do que Gênesis narra no
capítulo 6.
Após a criação de ADÁM e KHAWWÁH, Gênesis nos conta os eventos da
expulsão do Paraíso terrestre (EDEN, EDIN:
"Casa dos justos, casa dos tutores") e apresenta a rica e elaborada genealogia
dos descendentes do primeiro casal, começando com o filho Set gerado após a
morte de Abel e a expulsão de Caim: Set, Enos, Chenan, Maalaleel, Jared,
Enoque, Matusalém, Lameque, Noé ... e então o dilúvio.
Também de Set se diz que foi gerado por ADÁM “à sua imagem e semelhança”:
talvez uma forma de lembrar que também este filho foi produzido com uma
intervenção extraordinária?
O texto não o especifica, mas diz-nos que, depois de ter gerado outros filhos e
filhas, ADÁM morre aos 930 anos!
Essa idade não deve nos surpreender, porém, se continuarmos a manter válida
a hipótese sobre a qual procedemos: sendo produto direto da enxertia de
material genético pelos ANUNNAKI / ELOHÌM, podemos tentar supor que nele
-

OS GIGANTES?
55

5
4
como em todos os patriarcas antediluvianos subsequentes - havia também a
característica de longevidade emprestada dos criadores.
Deve ser dito que mesmo neste elemento o Elohìm intervém e decide encurtar
a idade do Adàm; a Bíblia da Concordata (cf. Gn 6,3) relata a determinação da
divindade que diz: “O meu espírito não contenderá para sempre com o homem,
porque ele é carne; seu tempo será de 120 anos ».
Posteriormente (Gn 6: 1-8), é dito que os ADÁM (os terrestres) começaram a se
multiplicar na face da Terra e que é claro que também tinham filhas. Os
ANUNNAKI que vieram a este planeta para trabalhar provavelmente eram na
maioria homens; fêmeas dessa espécie eram escassas. Não nos é difícil
imaginar que as necessidades naturais, e talvez até o desejo de dar uma nova
estabilidade à vida que agora se passava inteiramente neste planeta, devam
ter despertado a atenção desses indivíduos para a metade feminina das novas
criaturas. .
Então deve ter acontecido, e de fato - com absoluta naturalidade!
- os editores do Genesis nos dizem (6,2): rFAH
lJ [B-la
rSHWAH-S [B
JAfSJ
adàm-ha
benòt-et
Elohìm-vené
jiàru-Va
adàm-lo
filhas
Elohìm-the-children

5
5
eles viram-E
JOdSJ
H [H
lBQ
PRA CIMA
jiqqehù-va
hena
tovòt
ki
eles pegaram e
elas
(bom bonito
que
WUY
rSj [
rHW
khol-mi
nascido
hem-la
(todos) todos- (entre) de
(mulheres) mulheres
eles-para

5
6
JfOB
fjA
bacharù
ascèr
eles escolheram
que (aqueles)

56
Enquanto isso, especificamos que o termo tovòt (lBQ) é normalmente
traduzido como "belo", mas também tem o significado de
"Bom" entendido como "capaz, idôneo" (com aquele significado inerente, por
exemplo, na forma de dizer "bom para nada", isto é, incapaz, impróprio). Pois
bem, com o valor oposto, essas mulheres deviam parecer "boas" que fossem
"idôneas" para o estabelecimento de relações de casal, para a constituição de
famílias: em suma, adequadas para a prática das relações sexuais e a
conseqüente reprodução.
Em seguida, o texto continua narrando a raiva e a tristeza do "deus"
que, ao ver esta barbárie, decide varrer a humanidade da face da terra.
Reproduzimos na íntegra a passagem tirada da Bíblia da Concordata:
Portanto, o Senhor viu que a maldade dos homens na terra era grande e que as
aspirações dos pensamentos de seus corações se voltaram continuamente para
o mal e o Senhor se arrependeu de ter feito o homem na terra . terra,
entristeceu-se no seu coração e disse: "Vou exterminar da face da terra o
homem que criei, desde o homem aos animais domésticos, aos répteis e até aos
pássaros do céu, porque sou desculpe por tê-los feito ".
Lendo esta passagem, não podemos deixar de nos fazer algumas perguntas:
• Mas esse Deus onisciente não poderia prever o que aconteceria a seguir?

5
7
• Ele não sabia que o comportamento de suas criaturas dependia das
características que ele próprio lhes atribuía?
• Que sentido faz para dotar uma criatura com a liberdade de decidir sobre
seu destino e depois puni-la porque suas decisões não correspondem à vontade
de seu criador? Isso não é crueldade absolutamente gratuita?
• Pode um "deus" espiritual odiar sua criatura a ponto de desejar sua morte?
• Que sentido teve finalmente exterminar animais por pecados atribuíveis
apenas ao homem?
Em suma, a tese da existência de um Deus espiritual - capaz de criar tudo do
nada, mas que não pode prever a conseqüência - EBook comprado por Alberto
Risso - www.unoeditori.com
OS GIGANTES?
57
os erros que comete e, portanto, é forçado a pensar e correr para se esconder -
tem alguns aspectos decididamente curiosos! Com certeza, poderíamos dizer
que estar nas mãos de tal Deus pareceria no mínimo "preocupante" ...
Mas em nossa hipótese tudo isso pode ser explicado simplesmente: o Elohìm (o
Elohìm) que formou o homem pertencia a uma raça de indivíduos
tecnologicamente muito avançados, mas certamente não dotados de
onisciência e onipotência.
O Elohìm, portanto, que se "arrepende" é provavelmente o ANUNNAKI
chamado ENLIL, aquele dos dois filhos do senhor do império que já
conhecemos e que não amava a criatura terrestre ...

Os apócrifos
Essa história também é narrada por um dos textos apócrifos mais famosos do
Antigo Testamento: "O Livro Etíope de Enoque" .17
Na primeira parte fala-nos da “queda dos filhos do céu”, que viram que as
filhas dos homens eram desejáveis e decidiu tomá-las como companheiras.

5
8
Duzentos foram os que concordaram com esse efeito; seu líder direto, um certo
Semjasa, sabia que o que estavam prestes a fazer despertaria a ira dos
senhores do império; ele temia ser considerado o único responsável e ter de
pagar sozinho pelas consequências previsíveis dessa decisão.
Seus companheiros decidiram então compartilhar a responsabilidade: eles se
encontraram no Monte Hermon - um maciço montanhoso localizado a sul-
sudeste do Anti-Líbano - e juraram não desistir do projeto e executá-lo sem
hesitar.
Passaram então a freqüentar os terráqueos, a transmitir-lhes conhecimentos
práticos como o cultivo e a colheita de hortaliças, sua utilização para fins
terapêuticos ... Em suma, diz o texto, eles ensinaram os "segredos dos tempos
iniciais".
Assim, eles começaram a ter relações sexuais e os deuses nasceram "Gigantes",
que consumiam os produtos dos homens.
Avisado do que estava acontecendo, o Altíssimo decide exterminar a
humanidade com um dilúvio e avisa o "filho de Lameque" para que ele possa se
salvar e com seus descendentes garantir a retomada da vida na Terra.
17 Consulte o Apêndice 2, p. 203
Parece-nos interessante notar como o senhor do império diz que a Terra foi
abalada pelos segredos e mistérios que "Vigilantes" passaram para seus filhos.
O termo "Vigilanti" lembra os Neteru ("guardiões" egípcios do tempo do início)
e o significado da Suméria como "terra dos guardiões" ...
Nesse ponto, o editor do Gênesis interrompe o fluxo principal da narrativa,
para inserir uma espécie de anotação marginal uma da outra, uma espécie de
contextualização de ordem temporal - quase um lembrete para quem estava
ciente dos acontecimentos -e com uma expressão muito coloquial (versículo 4)
diz que: rSYSB
ufAB
JSH

5
9
rSWS` [H
Jamìm-ba
àrets-ba
hajù
nefilim-ha
dias-e-em
terra-la-su
eles eram
Nefilim-i
fjA
sU-SfOA
rDJ
rHH
ascèr
khen-acharé
gama
hem-ha
que (isto) depois
também-e
aqueles-eu
rSHWAH
S [B

6
0
JABS
Elohìm-ha
Nós vamos
Javu
Elohìm-gli
filhos
(entrou-foram) entrou
JFWSJ
rFAH
lJ [B-WA
jialdù-ve
adàm-ha
Benòt-el
deu à luz-tinha-e
adàm-lo
de-filhas-de
rSfBDH
HYH
rHW
ghibborìm-ha
hemmàh
hèm-la

6
1
(heróis, bravos) strong-i
elas
eles-um
rjH
Sj [A
rWJ_Y
fjA
scèm-ha
anscé
olàm-me
ascèr
(famoso) nome - o
de homens
sempre de
que

OS GIGANTES?
Um primeiro problema apresentado pelo texto é constituído pela escassa
clareza com que o editor insere a gravura.
No fundo, não está claro com certeza absoluta se os Nefilìm foram produto dos
sindicatos ou existiram independentemente deles: evidentemente o leitor da
época não tinha tais dúvidas, para ele os fatos narrados e os tempos de
referência deviam ser claros em si mesmos. . A incisão representava uma

6
2
referência simples a algo conhecido e, portanto, não exigia maiores
explicações.
A anotação é tanto mais estimulante se considerarmos que o problema não é
apenas de ordem temporal - já existiam ou são produto dos cruzamentos? -
mas também diz respeito ao próprio significado do termo "Nefilìm".
O livro dos Jubileus 18, pertencente à literatura hebraica extrabíblica, diz
expressamente (5,1) que os Nefilim eram filhos dessas uniões. O escritor judeu
romanizado Josefo19 também nos fala deste evento onde, em seu livro
Antiguidades Judaicas 20 (1.73), ele diz que os "anjos de Deus" unidos às
mulheres e filhos ímpios, orgulhosos, arrogantes e confiantes nasceram.
Exclusivamente de o seu poder: sublinha que tinham todas aquelas
características que os gregos atribuíam aos gigantes.
Mas a explicação ainda pode ser diferente ...
Nefilim (rSWS` [)
Tradicionalmente, este termo é traduzido por "gigantes": é assim que já
faziam os gregos da "Versão dos Setenta", que falavam expressamente de
ghigantes.
A raiz hebraica do verbo nafàl, entretanto, da qual deriva o termo Nefilìm,
indica “cair, descer, descer” ou também, por extensão, “decair”. Portanto, o
versículo citado poderia (deveria!) Ser traduzido mais corretamente com o
seguinte significado: "Naquele tempo na Terra havia aqueles que haviam
descido, haviam descido". Nestes novos termos o problema interpretativo
desapareceria porque, por não serem gigantes, não seria necessário
estabelecer sua origem, isto é, entender se foram ou não produto das novas
travessias: simplesmente a Bíblia 18 Ver Apêndice 2, pág. 203 nos diz que
naquela época ainda havia aqueles na Terra que "desceram" dos céus.
Uma outra interpretação possível poderia indicar que esses seres que vieram
do céu conduziram uniões impróprias produzindo uma bastardização da
pureza original: eles seriam, portanto, indivíduos decadentes, "bastardos
contaminados" por essas uniões impróprias, "corruptos, perversos, impuros,
comprometidos com fornicação, réprobos, filhos da prostituição », para usar

6
3
expressões do já mencionado" Livro de Enoque da Etiópia ". E mesmo nos
tempos modernos falamos de "nobreza caída, caída" ...
Mas a questão se amplia, porque a Bíblia retoma o conceito de "gigantes" em
outras passagens, e os define com outros nomes ...
Anaqìm (rSd [_), Refaìm (rSÀf), Emìm (rSYA), Zamzummìm (rSYMYM) No
capítulo 13 do Livro dos Números, o quarto na sucessão de textos do Antigo
Testamento, fala de Moisés enviando exploradores à Terra Prometida.
O povo ainda estava no deserto do Paràn, e a conquista das terras de Canaã
exigia um planejamento cuidadoso: era preciso conhecer suas características,
saber quem vivia ali (se eram fortes ou fracos), se os habitantes eram
numerosos ou raros. ; o tipo de defesas que as cidades tinham, a localização
dos acampamentos, o tipo de vegetação que havia ali ...
Em suma, mesmo que fosse uma terra prometida por "deus", Moisés sabia bem
que seria preciso conquistá-la com armas, por meio de estratégias astutas e
bem planejadas.
Deus era certamente poderoso, mas não onipotente, neste aspecto Moisés não
tinha dúvidas e sabia que era preciso conquistar os objetivos contando com as
próprias forças.
Ele, portanto, envia batedores para obter as informações necessárias.
Depois de quarenta dias voltam com o que lhes foi pedido: novidades e
produtos locais. Eles relatam que a terra é realmente muito saborosa, mas que
é habitada por populações fortes e agressivas; alguns dos correspondentes até
apóiam EBooks comprados por Alberto Risso - www.unoeditori.com
OS GIGANTES?
61
que é uma tarefa impossível e afirmam (Nm 13,28): rj
J [SAf
d [_H

6
4
SFWS-rDJ
Farsa, falso
raìnu
anàq-ha
Jeldé-gam-ve

nós vimos
Anàq-lo
di-nascido-também-E
Estes exploradores fazem uma lista dos vários povos que encontraram, mas
sentem necessidade de sublinhar com particular ênfase que viram "também"
os filhos de Anaq, ou seja, os Anaqites. Porque?
Eles explicam isso claramente, dizendo que observaram bem a terra a ser
conquistada (Nm 13,32-33): HUJlB
J [SAf-fjA
Y_H-WUJ
ah-tokh-be
raìnu-ascèr
ham-ha-khol-ve
meio dentro
nós vimos isso
pessoas-o-todo-e
lJFY

6
5
Sj [A
middot
anscé
estatura
de homens
rSWS` [H-la
J [SAf
rjJ
nefilim-ha-et
raìnu
Sham-ve
Nefilim-i
nós vimos
oe
rSWS` [H-sSY
d [_
S [B
nefilim-ha-min
anàq
Nós vamos
Nefilim-i-da
Anàq

6
6
filhos
rSBDOU
J [S [S_B
SH [J
chagavìm-ka
nu-enné-ve
nehì-va
gafanhoto
nossos-olhos-um
nós éramos e
rHS [S_B
J [SSH
sUJ
hem-enné-ve
hajjìnu
khèn-ve
seus-olhos-um fomos então e
Os exploradores expressam seu medo dizendo que viram homens de “tamanho,
estatura” incomuns, tão extraordinários que devem ser relatados.
Afirmam, portanto, que aos olhos dos Anaqìm - pertencentes à linhagem dos
Nefilim - devem ter aparecido "como gafanhotos", visto que eles próprios se
viam na presença daqueles indivíduos.
Certamente a comparação com os gafanhotos não poderia se referir ao
número, que neste caso teria sido uma vantagem para os israelitas, mas ao

6
7
tamanho: esse foi o motivo do medo que atacou os mensageiros. Os
exploradores então concluem o relatório dizendo que as pessoas são mais
fortes do que eles.
O mesmo evento é retomado em Deuteronômio.
Quando o povo está no Arava, além do Jordão, Moisés faz um discurso no qual
relembra os acontecimentos ocorridos durante a peregrinação no deserto e
também lembra os momentos em que os israelitas se rebelaram contra a
vontade do Elohim que os guiou. . Em Dt 1:28 ele diz que o povo murmurou e
não quis prosseguir na conquista de Canaã, pois ele disse: rfJ
WJFD
r_
ram-va
gadòl
sou
alto-essencial-e
ótimo
pessoas
lWFD
rSf_
J [YY
ghedolòt
arìm
nu-mimmé
ampla

6
8
cidade
, nós de (mais)
rSYjB
lfJbBJ
sciamàim-ba
Betsuròt-u
céus-i- (para cima) em
inacessível-e
rj
J [SAf
rSd [_
S [B-rDJ
Farsa, falso
raìnu
anaqìm
vené-gam-ve

nós vimos
Anaqiti
de-filhos-também-e

OS GIGANTES?

6
9
63
Moisés então se lembra de como seu Elohìm - que se chamava Yahweh - lutou
por eles muitas vezes, diante de seus olhos.
A esse respeito, não podemos deixar de expressar nossa decepção pela perda,
aparentemente definitiva, de um livro extra-bíblico denominado Livro das
Guerras de Yahweh (citado em Nm 21.14) que talvez pudesse nos ter
esclarecido sobre a concretude do que este Elohim fez. nas batalhas travadas
pelo povo com quem havia estabelecido um pacto privilegiado.
Infelizmente, a Bíblia guarda apenas uma vaga memória dessas batalhas:
evidentemente, tudo era amplamente conhecido porque foi narrado no livro
perdido e, portanto, não foi considerado necessário relatá-lo em detalhes.
Vamos agora fazer algumas perguntas que expressam uma dúvida
fundamental:
• As guerras deste Livro de Yahweh realmente desapareceram?
• Ou foi feito para desaparecer deliberadamente?
• É guardado por aqueles que não podem permitir que tais contos precisos
levantem mais dúvidas sobre a espiritualidade de um Deus cuja figura foi
criada artificialmente?
• Os relatos de como Yahweh lutou não seriam compatíveis com o que a Igreja
afirma sobre a bondade infinita e universal desse Deus?
Javé apenas para judeus?
No antigo território que corresponde aos atuais Líbano e Síria, antes do
aparecimento dos judeus na Palestina uma civilização conhecida como
"cultura ugarítica" havia se desenvolvido, a partir do nome da cidade de
Ugarit, 21 seu centro urbano mais importante, que corresponde ao atual Ras
Shamra, localizado no Mediterrâneo.
A esta civilização pertencem os ostraka, seixos de cerâmica contendo escritos
auspiciosos, encontrados por arqueólogos.

7
0
Em alguns deles nos dirigimos a viajantes que estavam para descer para o sul
e a quem se diz: "Que o Senhor do temàn e sua Aserah vos acompanhem".
Na verdade, existem duas indicações surpreendentes nesses escritos
aparentemente triviais.
21 Consulte o Apêndice 2, p. 203

64
Em primeiro lugar, a cultura ugarítica conhecia Yahweh como
“Senhor do temàn”, termo que na língua semítica indica o Sul, e sabe-se que
Israel e o Sinai estão localizados ao sul do Líbano e da Síria. Portanto, os
viajantes que iam a esses territórios foram confiados à proteção daquele
Elohim que os governava. Mas também é dito que o Elohìm chamado Yahweh
tinha uma Aserah, ou seja, uma "companheira".
Uma descrição que se ajusta perfeitamente à figura dos ANUNNAKI, que
dividiram os territórios de competência, sobre os quais governaram com suas
respectivas esposas.
Além disso, o nome Yahweh é atestado no território do sul da Palestina (Negev
e Sinai) desde o terceiro e segundo milênio AC, nas formas Ya, Yaw, Yahu, Yah:
ele era, portanto, um (deus) governador conhecido e adorado localmente. As
inscrições com o tetragrama de Yahweh (YHWH) e com a escrita Yaw-rad que
significa "descida" pertencem a este período (muito tempo antes de Moisés e
do êxodo dos judeus ...). E Yeh-red é o nome de um patriarca nascido "nos dias
da descendência" ...
Em Deuteronômio 2,9 Moisés continua seu relato enunciando as ordens
recebidas de Yahweh: em particular, ele não teve que lutar contra Moabe22
porque os filhos de Ló, neto de Abraão, já possuíam a "terra de Ar".
E diz que nesta terra de Ar (2,10):
HB

7
1
JBjS
rS [`W
rSYAH
Bah
jascvù
fanim-le
emìm-ha
em
eles viveram
(primeiro) enfrenta-a
Emìm-gli
Mas quem eram esses Emìm?
Vamos continuar lendo ...
BfJ
WJFD
r_
Rav-ve
gadòl
sou
muito-e
ótimo
pessoas

7
2
22 Consulte o Apêndice 2, p. 203

OS GIGANTES?
65
rSd [_U
rfJ
anaqìm-ka
ram-va
Anaqiti-gli-how
alto-essencial-e
A história continua, no próximo versículo, com mais um esclarecimento:
rH-tA
JBjOS
rSÀf
hem-af
Jechascvù
refaìm
eles também
considerado-eram
(? gigantes) Refaìm
rSd [_U
anaqìm-ka

7
3
Anaqiti-gli-how
Os Emìm eram, portanto, altos e, portanto, considerados Refaìm como os filhos
de Anàq, da linhagem dos Nefilìm: o próprio termo talvez signifique "terrível".
Segue-se então uma exortação que parte da consciência desta situação: Moisés
reconhece a dificuldade objetiva, mas exorta seu povo a não ter medo porque
seu Elohim lutará diante dele e destruirá os inimigos (Dt 9: 2-3) mesmo que eu
seja - mesmo que sejam ...
rfJ
WFD-Y_
ram-va
gadòl - am
alto-essencial-e
Ótimas pessoas
... que os israelitas sabem, e do que ouviram: d [_
S [B
S [`W
BbSlS
SY
anàq
Nós vamos
fné-li
itiatsèv
mim
? Anàq

7
4
filhos
de-faces-a
vai resistir
Quem
Portanto Anaqiti, Refaìm e Emìm estão sempre colocados em paralelo,
identificados entre si e consequentemente todos consideram o

66
rati da linhagem Nephilim: seres altos caídos / descidos de cima.
Indivíduos poderosos e fortes que instilaram o terror e cuja suposta
invencibilidade induziu o povo de Israel a desistir da conquista.
Mas o livro de Deuteronômio também nos lembra o nome e o tamanho de um
desses Refaìm.
No capítulo 3 continua aquele tipo de resumo da longa guerra travada para
tomar o território de Canaã -
uma guerra que durou muitas décadas - e o texto fala da conquista de todas as
cidades do planalto, todas Gileade e todo Basã, o reino de Og. Ele nos diz que
naquele momento (versículo 11): fAj [
DJ_-df
PRA CIMA
nisciàr
Og-raq
ki
(sobreviveu) viveu

7
5
Og-sozinho
(desde) de fato
H [H
rSÀfH
flSY
hinnéh
refaìm-ha
ietèr-mi
Olha Você aqui
.Refaìm-i
de-resto-de
WMfB
hf_
Jhf_
Barzèl
ères
ò-ars
ferro
da cama
sua cama
HUfA
lJYA

7
6
_jl
h-arkà
ammòt
teshah
seu comprimento
côvados
nove
HBOf
lJYA
_BfAJ
h-rachba
ammòt
arbah-ve
sua largura
côvados
quatro-e
Sabendo que o côvado mede a distância do cotovelo às pontas dos dedos (ou
seja, cerca de 45 cm), temos uma cama de 4,5
metros de comprimento por 2 de largura!

OS GIGANTES?
67

7
7
O narrador então lembra que a cama, na época da história, ainda estava em
Rabá, no território dos amonitas.
Evidentemente, ele ainda podia ser visto ...

Davide e Goliat
O primeiro livro de Samuele contém a história que todos conhecem, uma das
anedotas mais difundidas também na literatura religiosa infantil: a história de
Davide e Golias.
O texto narra um dos muitos confrontos entre israelitas e filisteus na luta pelo
controle do território de Canaã.
Na Bíblia - Nova versão dos textos originais (Ed. San Paolo), lemos (1Sm 17,1-
11):
Os filisteus reuniram suas tropas para a guerra: eles se reuniram em Soco de
Judá, e acamparam entre Soco e Azeka em Ephes-Dammim. Saul e os homens
de Israel se reuniram e acamparam no vale do Terebinto e travaram batalha
contra os filisteus [...]. Um guerreiro chamado Golias de Gate saiu do
acampamento dos filisteus [...] e parou e gritou para as hostes de Israel: «Por
que vocês saíram para preparar uma batalha? [...]
Escolha um homem que entre em campo comigo! Se ele tiver força para lutar
comigo e me vencer, seremos seus escravos, mas, se eu prevalecer sobre ele e
vencê-lo, vocês serão nossos escravos e nos servirão "[...] Saul e todo o Israel
ficaram consternados e com muito medo.
Resumindo, o filisteu aterrorizava os judeus e constantemente os desafiava
para um duelo. Depois de quarenta dias, o jovem pastor Davi aceita o desafio e
consegue derrotar o adversário: primeiro o nocauteia com uma pedra atirada
de uma funda e depois o decapita com a mesma espada do filisteu.
Este Golias de Gate foi capaz de causar terror porque (1Sam 17,4): lfMJ
lJYA
jj

7
8
JHBD
tsaret-va
ammòt
scesc
hò-gav
palm (a) -e
côvados
seis
Sua Majestade

68
Tinha pouco mais de três metros de altura!
Sua altura correspondia a uma armadura poderosa: na verdade, ele usava um
elmo de bronze e uma couraça de placa pesando cinco mil siclos de bronze.
Suas pernas eram protegidas por grevas e armadas com um dardo de bronze:
a lâmina pesava seiscentos siclos de ferro (cf. 1Sm 17,4-7).
O peso do siclo variava entre 10 e 13 gramas, então a armadura pesava cerca
de 50 kg e a lâmina da lança pesava 6.
Um verdadeiro gigante?
Sabemos com certeza que pertencia a uma das populações residentes nos
territórios a serem conquistados, como os Refaìm, os Emìm e os Anaqiti,
descendentes dos Nefilìm.
Portanto, temos vários testemunhos bíblicos que nos falam de indivíduos com
características físicas excepcionais e pertencentes a uma linhagem cuja
presença sem dúvida despertou espanto e terror.

7
9
Mas o que a ciência oficial sabe sobre esses povos?

Arqueologia em Israel ...


As escavações realizadas nas margens do Jordão e de forma mais geral nos
territórios afetados pelos eventos narrados mostram como foram controladas,
pelo menos desde o quarto milênio aC, por raças fortes que produziram uma
civilização megalítica capaz de criar construções ciclópicas: pense no incrível
local de Baalbek (no vale de Bekaa, Líbano), para onde monólitos pesando
centenas de toneladas cada um foram movidos!
A mesma arqueologia documenta que essas raças foram progressivamente
suplantadas pelos novos ocupantes ...
Já os anaquitas (homens de “pescoço comprido”) ocuparam o território de
Hebron e a região que mais tarde seria conquistada pela tribo de Judá.
Eles são lembrados de três chefes - cujos nomes Ahiman, Sesay e Talmay são de
origem aramaica - que foram derrotados por Caleb quando a cidade de
Hebron se rendeu a ele. Eles foram então destruídos por Josué, deixando
vestígios de si mesmos em Gaza, Ashdod e Gate (a cidade do gigante Goliat!
Talvez não seja uma simples coincidência ..).

OS GIGANTES?
69
O Refaìm (ao qual Og pertencia) ocupou a Transjordânia, do Monte Hermon a
Ammon; como os anaquitas, eles foram derrotados por Josué nas guerras de
conquista, embora Davi ainda se enfrentasse com alguns deles que viviam na
Cisjordânia (cf. 2 Sm 21: 15-21).
Eles também estavam presentes em Gileade, que foram aniquilados pelos
amorreus.
Os Zamzummìm também pertenciam aos Refaìm, que viviam na região de Amã
(Transjordânia) e foram derrotados pelos amonitas, 23 que tomaram posse do

8
0
seu território: também se diz deles (Dt 2,20-23) que foram pessoas de
"estatura alta", como os anaqitas.
O nome Refaìm já estava presente nos contos cananeus antes do período da
conquista pelos judeus.
A etimologia é incerta. Para alguns, seu nome remete ao conceito de "cura",
contido na raiz rafah: o fato de os ANUNNAKI serem dotados de
conhecimentos médicos particulares é parte fundamental de todo o sistema
em que se baseia a hipótese em discussão.
É curioso notar que o termo Refaìm também indicava os habitantes de sheòl,
"o outro mundo", o mundo da vida após a morte: que podemos hipotetizar
uma ligação com a memória de que os ancestrais desses indivíduos vieram de
outro mundo, concreto e não imaginário?
O Emìm finalmente viveu no território de Moabe (leste-sudeste do Mar Morto)
e foram os Moabitas que os chamaram assim, como também eram conhecidos
como Refaìm. De acordo com Gênesis 14,5, eles foram derrotados por
Kedorlaomer e seus confidentes na planície de Qiriatàyim; a cidade foi
destruída e reconstruída pela tribo de Rúben (cf. Nm 32,37 e Jos 13,19).
Também há vestígios dos nomes desses povos também em uma comparação
geográfica: o “Vale do Refaìm”, que se identifica com a planície de El-Beqa, a
sudoeste de Jerusalém.
23 Consulte o Apêndice 2, p. 203

70

... e testemunhos diferentes


Achados de esqueletos, partes deles ou pegadas de indivíduos gigantes - com
mais de três metros de altura até mais de cinco metros! - foram realizados em
diferentes partes do mundo: Mesopotâmia, Gargayan (Filipinas), Ceilão, China,
Paquistão Ocidental, Java, Tibete, África do Sul, Sudeste da Austrália; América

8
1
do Norte, Central e do Sul, Califórnia, Ilhas Aleutas, Marrocos, Cáucaso, Glozel
(França), Lucerna (Suíça), Irlanda, Inglaterra ...
Alguns achados arqueológicos sugerem o tamanho das armas de Golias: em
Marrocos, foram encontradas algumas ferramentas que só podem ser usadas
por indivíduos com pelo menos 4 metros de altura; 500 eixos duplos pesando
um único peso de 8 kg foram descobertos na China!
Até o historiador Heródoto, em suas Histórias (1-68), conta a descoberta de
um gigante com cerca de 3,10 metros de altura.24
Em suma, as evidências da existência real de uma antiga raça de "gigantes"
parecem emergir de múltiplas fontes e de todo o mundo - para o livre
pensador, sem preconceitos.
24 Para encontrar depoimentos sobre o assunto, basta viajar pela internet e
pelo YouTube; os sites disponíveis para os itens relativos são centenas.

OS GIGANTES?

8
2
71
Figura 5 Quem instalou esses monólitos gigantescos no centro templário de
Baalbek (Líbano)?

4
rSUAWY
(malakhím)
Anjos?
Muito tem sido escrito sobre essas figuras não facilmente definidas; a única
certeza é que o termo "anjo" deriva do grego
“Àgghelos” e significa “mensageiro, núncio, enviado”.
A literatura religiosa tradicional lembra que nas Sagradas Escrituras são
descritos como seres inteligentes, superiores aos homens e subordinados a
Deus, muitas vezes também chamados de "filhos de Deus",
"Habitantes dos céus", etc.
A mesma tradição religiosa os une a várias figuras descritas nas histórias das
mais diversas culturas: os "anunnaki" dos sumérios, os "demônios" dos gregos,
os "gênios" dos romanos, os "espíritos" do zoroastrismo. ..
No Antigo Testamento essas figuras já estão presentes desde os primórdios da
vida humana e aparecem como guardiãs do Éden após a expulsão dos
primeiros homens (Gn 3, 24); também estão presentes, sempre como
mensageiros do Elohìm, em numerosos acontecimentos na história do povo de
Israel: intervêm para ajudar Agar, a serva de Abraão (Gn 16.9;); eles se
apresentam ao próprio Abraão (Gn 18: 2) e seu sobrinho Ló (Gn 19: 1) e um
anjo precede o povo de Israel durante a peregrinação no deserto do Êxodo (Ex
23:23) ...
Porém, é sempre uma questão de presenças pessoais concretas, muito

8
3
“Humano” na forma de se manifestar e se relacionar com os interlocutores aos
quais foi enviado para exercer uma função.
Não queremos fazer aqui o compêndio da angelologia que se desenvolveu ao
longo dos séculos, porque há uma vasta literatura sobre o assunto: queremos
apenas fornecer alguns conceitos essenciais úteis para compreender as
diferenças entre a literalidade concreta do texto e a imensa superestrutura
conceitual que foi sobreposta.

ANJOS?
73
A elaboração teve início no chamado "período pós-exílio", ou seja, após a
deportação ocorrida no início do século VI aC por Nabucodonosor II, e a
consequente permanência do povo judeu em território babilônico, com as
conseqüentes contaminações culturais.
Já dissemos que os nomes em grego e hebraico (àgghelos e malàkh) definem a
função e não a essência desses caracteres, e isso, em nossa opinião, tem uma
explicação muito simples e imediata: os autores dos textos não perceberam a
necessidade de analisar a sua natureza, porque era clara, evidente para todos,
absolutamente semelhante à humana, e não exigia especulação de qualquer
espécie! Veremos isso melhor apresentando algumas histórias em sua versão
literal.
Para voltar a completar as breves dicas sobre angelologia, digamos que a
concepção de um mundo espiritual dividido em várias hierarquias, portanto,
revela a influência da Mesopotâmia e da Pérsia: entrando em contato com
essas crenças, o pensamento judaico desenvolve sua doutrina, usa um
simbolismo estranho à sua cultura original e também a usa para sistematizar
sua própria representação do mundo angelical.
Mesmo os comentaristas posteriores, e depois toda a tradição cristã,
precisaram tornar essas figuras consistentes com a visão monoteísta espiritual
e transcendente do divino.

8
4
Intérpretes, exegetas, padres da Igreja e teólogos achavam que não podiam
escapar à tarefa de fazer uma descrição dessas figuras. Portanto, foi dito e
escrito que eles são seres espirituais, não dotados de um corpo material, que
assumem aparências visíveis apenas quando necessário, que quando comem
ou caminham o fazem apenas de forma aparente e não real, que realizam
tarefas de intermediação, que podem, se necessário, ser utilizadas pela
divindade para punir ou ajudar ...
As descrições fornecidas pela Bíblia, no entanto, ainda determinavam a
necessidade de reconhecer uma certa corporeidade, e então também se chegou
a afirmar que eram dotadas de uma espécie de "corpo etéreo, aéreo, ígneo":
em suma, um aglomerado de foram formuladas hipóteses que a Igreja decidiu
pôr fim durante o quarto Concílio de Latrão (1215), definindo de uma vez por
todas a essência espiritual destes seres.

74
Presentes em grande número, seriam divididos em nove coros (querubins,
serafins, tronos, virtudes, poderes, dominações, principados, arcanjos e anjos),
distribuídos em três hierarquias.
Mas então nos perguntamos:
• Tudo isso é justificado pelas figuras dos “Mensageiros do Elohìm” descritos
no Antigo Testamento?
• Temos certeza de que esta visão corresponde ao que nos dizem os textos, que
relatam os acontecimentos ocorridos ao
“Adão” nos períodos históricos em que eles ainda estavam em contato próximo
com “deus” e com seus Anjos?
Fiéis ao nosso compromisso, procuremos ler o que dizem literalmente alguns
textos que contam os acontecimentos dos tempos mais antigos, aqueles que
precedem qualquer elaboração ou influência pós-exílica ...

Zacarias e o Malakhìm

8
5
Em nosso exemplo de como os "anjos" são realmente representados no Antigo
Testamento, damos imediatamente uma breve menção a uma passagem muito
curiosa contida no livro do profeta Zacarias, à qual nos referiremos mais
extensivamente a seguir para examinar alguns decididamente " visões
"interessantes e das quais pouco - na verdade, quase nunca ... - se fala.
No primeiro capítulo do livro de mesmo nome, o profeta fala de uma "visão"
em que testemunha um diálogo entre um homem que estava em profunda
depressão, sobre um cavalo baio, no meio de murtas, e outros que estavam
atrás dele, sempre entre as murtas. Enquanto isso, registramos uma primeira
curiosidade: esse personagem no versículo 1.10 é definido isc, "homem" (jSA),
portanto um indivíduo de carne e osso, e no verso seguinte ele é identificado
como um "anjo", quando seus outros pares dirija-lhe palavra:
HJHS
nAWY-la
J [_SJ
Yahweh
malàkh-et
jiaànu-vav
Yahweh
di-angelo-a
respondeu-e

ANJOS?
75
rS] FHH
sSB

8
6
FY_H
adassìm-ha
Nós vamos
omèd-ha
murtas-eu
meio dentro
por causa disso
No segundo capítulo a situação torna-se mais "dinâmica", onde Zacarias
afirma (2,7):
SB
fBFH
nWAYH
H [HJ
bi
dovèr-ha
malàkh-ha
hinnéh-ve
me-con
falando o
anjo-lo
aqui-ed
fOA

8
7
nWAYJ
Abdômen
achèr
malàkh-u
jotsé
outro
angel-e
emergente
JlAfdW
Abdômen
ò-qerat-li
jotsé
ele-encontrar-para
emergente
Este segundo mensageiro ordena ao primeiro que transfira informações sobre
Jerusalém para o jovem profeta.
Mas a forma como ela o convida a fazê-lo definitivamente não é "espiritual",
na verdade ela lhe ordena:
f_ [H-WA
fBF
uJf
naàr-ha-el
dabbèr

8
8
sulcos
jovem-o-um
fala
Corre
Nesta curta passagem, mais uma vez percebemos a necessidade evidente do
narrador de dar uma descrição precisa do lugar e da situação: uma depressão
profunda, uma extensão de murtas, esse malàkh que fica no meio dos arbustos
de onde depois emerge , e outro malàkh que faz o mesmo movimento para
encontrá-lo e o convida a ir "correr" para falar com o jovem ...

76
E então naturalmente nos perguntamos:
• Se não é a descrição de uma cena que realmente aconteceu, que necessidade
o narrador teve de reiterar várias vezes que o malàkh estava "entre / entre /
entre" arbustos de murta?
• Que necessidade ele teve de mover os dois malakhìms para permitir que se
comunicassem?
• Qual é o sentido de um espírito falar a outro espírito de
"Corre" para falar com alguém?
É difícil não ver a materialidade das ações realizadas pelos protagonistas, cuja
localização física e cujos movimentos em cena dificilmente se atribuem a uma
leitura espiritual de toda a situação: uma leitura espiritual que certamente
não pertenceu ao autor de o texto.
Abraão, o "Senhor" e o malakhìm
Examinemos agora uma história em que a presença dos malakhìm é
decididamente importante: eles são, de fato, os protagonistas de toda a
história.

8
9
Dissemos antes que a necessidade de definir esses seres como "espirituais"
levou os exegetas a afirmar, entre outras coisas, que quando comem e se
movem o fazem "apenas na aparência".
Vejamos o capítulo 18 do livro do Gênesis e julgamos essa suposta "aparência",
junto com outros comportamentos decididamente singulares se atribuídos a
"espíritos puros".
Abraham está localizado perto dos carvalhos de Mamré, uma cidade no sul da
Palestina, na estrada que ligava o norte do país a Hebron; o patriarca senta na
sombra da tenda porque é a hora mais quente do dia, ele levanta os olhos
(18,2) ...
rSBb [
rSj [A
HjWj
H [HJ
nitsavìm
anascim
escolha
hinnéh-ve
(pés para dentro) em pé
homens
três
aqui-ed

ANJOS?
77

9
0
ufSJ
AfSJ
JSW_
jiàrats-va
jiàre-va
àv-al
ran-e
saw-e
ele-de- (em) em
WHAH
Ol`Y
rlAfdW
ohèl-ha
petach-mi
am-qerat-li
cortina-la
de-entrada-de
eles se encontram para
Temos, portanto, um Abraão acalorado que, enquanto se abriga na sombra de
sua casa, vê três indivíduos à sua frente e corre para encontrá-los: uma
descrição muito detalhada de uma situação absolutamente normal naquele
contexto.
A história continua especificando que Abraão reconhece a particularidade
desses indivíduos e se prostra no chão, dirigindo-se a eles, chamando-os de

9
1
"meu Senhor" (adoni) e pedindo-lhes que parem. Enquanto isso, é difícil para
nós pensar que alguém possa recorrer a uma "visão" de ordem espiritual
pedindo que ela pare antes de continuar (18,3)!
Mas tem muito mais ...
Diz-lhes que mandará trazer água para lavar os pés e convida-os a deitar-se à
sombra das árvores: evidentemente, estes mensageiros "divinos" devem ter
parecido sujos, poeirentos e quentes; ou seja, eles devem ter tido o aspecto
esperado em indivíduos de carne e osso que estão caminhando em uma área
quase deserta nas horas mais quentes do dia!
Depois do descanso, Abraão sabe que o refresco também é necessário, então
ele sugere que eles tragam um pouco de pão para consumir antes de
continuar. E o que esses "seres espirituais" respondem a uma oferta tão óbvia
para os seres humanos, mas igualmente absurda para os entes intangíveis?
Vamos ver imediatamente (18.5): lfBF
fjAU
Hh_l
pra cima
dibbartà
ascèr-ka
taassé
ken
disse você
o quão
(você vai fazer
assim

9
2
78
Uma expressão completa para dizer em essência: “Tudo bem, continue assim”.
Esses espíritos, estranhamente, apreciaram a possibilidade de refrescar os pés
e se refrescar antes de continuar sua jornada: na verdade, eles estavam indo
para Sodoma (onde os encontraremos novamente em breve).
O fato de haver mais de um, então, também é atestado pelo fato de que a certa
altura o grupo se divide: aquele que deveria ter sido o líder para para falar
com Abraão enquanto os outros seguem (18,22) para o próximo destino.
Tendo recebido o consentimento, Abraão manda preparar muito mais do que
tinha oferecido às pressas: ele amassa pãezinhos frescos, pede ao servo que
cozinhe um bezerro, acompanha a comida com um gole de leite azedo e leite
fresco, e deita tudo em na frente dele. para eles. Resumindo, é uma parada
decididamente longa, dados os tempos de preparação: uma parada necessária
para restaurar corpos cansados e famintos.
Na verdade, o narrador nos diz - com a quase moderna vontade "jornalística"
de descrever em detalhes o que aconteceu - que (18,8) "ele estava ao lado
deles, debaixo da árvore" ...
JWUASJ
Jiokelù-va
eles comeram e
A cena é típica do nomadismo do Oriente Médio: chega um convidado
importante e lhe são oferecidos todos os confortos e conveniências do caso,
deixando-o fazer sua refeição em silêncio, respeitando sua posição
preeminente.
A situação como um todo, a precisão com que os detalhes são descritos, os
próprios tempos em que os eventos individuais acontecem, vistos também em
sua contemporaneidade (enquanto uma coisa está sendo feita, outra ocorre ...)
atestam um evento extremamente real, concreto, material, inclusive o ato de
comer por parte desses indivíduos. Uma coisa muito difícil de conceber para
seres angélicos espirituais imateriais ...

9
3
ANJOS?
79
Os "anjos" em Sodoma
Já mencionamos que depois de comer e descansar, dois desses indivíduos
continuam sua jornada enquanto o
"Chefe" (adon, "senhor") para para conversar com Abraão sobre o destino de
Sodoma e Gomorra.
Que os dois eram "anjos" diz o primeiro versículo do capítulo 19: rSUAWYH
S [j
JABS
malakhìm-ha
cena
Jiavòu-va
anjos - o
de dois
(eles vieram) entraram e
Bf_B
HYF]
érev-ba
sedomàh
sera-la-in
Sodoma

9
4
Aí vem a precisão da narrativa: estamos no anoitecer e Ló, sobrinho de
Abraão, está sentado perto do portão da cidade; ele vê os dois chegando,
reconhece-os como pertencentes às fileiras do "malakhìm", corre ao seu
encontro e se prosta a seus pés.
Assim, temos ainda a confirmação de que não são seres espirituais, mas sim
indivíduos que caminham, demoram a ir de um lugar a outro, são vistos
chegando de longe e quem os vê corre em direção a eles em sinal de honra e
respeito. Nada a ver com a tradição de aparições repentinas e surpreendentes:
somos confrontados com a abordagem normal de duas pessoas caminhando
calmamente em uma tarde quente e tardia do Oriente Médio.
Ló faz os mesmos convites que já conhecemos: quer recebê-los, dar-lhes a
oportunidade de lavar os pés e pernoitar em sua casa (19,2). No entanto, os
dois preferem agir de forma diferente e dizer a Lot:
sSW [
BJOfB
nalìn
rekhòv-ba
nós vamos passar a noite
(espaço aberto) piazza-la-in

80
Lot insiste até que os dois concordem em ser hospedados por ele: vão à sua
casa e comem pão sem fermento (19: 3).
Comportamento realmente estranho aquele desses "seres espirituais" que
discutem, comem o jantar (eles já almoçaram com Abraão!), Avaliam as
diferentes oportunidades, escolhem e finalmente decidem onde passar a
noite ...

9
5
A história continua: enquanto eles se preparavam para dormir (!!) a casa é
cercada por uma multidão barulhenta que pede a Ló que solte os dois
hóspedes e os entregue para poder abusar deles (aliás: você também pode
apenas pensar em abusar de espíritos puros? ...). Ló obviamente se recusa e
oferece suas duas filhas ainda virgens em troca! Mas os habitantes de Sodoma
não dão ouvidos aos motivos e tentam arrombar a porta para se apoderar dos
dois. O infeliz malakhìm percebe o risco da situação, eles pegam Ló, arrastam-
no para dentro de casa e se livram dos agressores que estavam perto da porta
realizando uma ação muito estranha (19:11):
rSfJ [] B
JUH
sanverìm-ba
hikkù
cegueira repentina
eles bateram
e eles atingiram "do pequeno ao grande", ou seja, realmente todo mundo!
E, a história continua, os agressores:
Ol`H
AbYW
JAWSJ
patàch-ha
Limtsò
jilù-va
porta-a
tente

9
6
cansado-você-e
Em suma, com algum sistema que não é melhor descrito, os dois malakhìm
deslumbram a multidão que, sem poder ver, é obrigada a desistir de arrombar
a porta.
Os dois então insistem com Ló para tirar todas as famílias da cidade, porque
eles estão prestes a destruir Sodoma.
A noite passa e, ao amanhecer, o malakhìm novamente convida Lot a fugir
com sua família, porque agora não podemos mais esperar, a destruição é
iminente ...

ANJOS?
81
Os dois mensageiros do Senhor - que nos lembramos de ter ficado para
explicar a Abraão porque ele decidiu destruir esta cidade -
sabem que não há mais tempo (Gn 18,22-32): a decisão está tomada e sua
execução não pode ser adiada.
Em seguida, siga os acontecimentos que todos conhecem: a fuga, a destruição
das cidades com "enxofre e fogo de-com Yahweh desde os céus" (19:24), a
esposa de Ló que se torna uma estátua de sal após ter violado a ordem de não
pare e olhe, etc.
Esta é, portanto, a história de uma história cujos atos individuais são
tradicionalmente interpretados, pela religião oficial, como vividos por seres
"espirituais" ...
Quantas incoerências, quantas dificuldades, quantas pequenas ações
cotidianas sem sentido se atribuídas a indivíduos sem corpo!
Esses "anjos" de fato andam, se cansam e têm que descansar, ficam
empoeirados e têm o prazer de se lavar, comem até duas vezes no mesmo dia,

9
7
decidem onde passar a noite e se defendem das agressões com métodos que
aparecem
"Tecnológica".
Esses anjos / malakhìm lembram muito as descrições dos ANUNNAKI /
ELOHÌM: indivíduos cuja diferença com o homem é evidente, dotados de
poderes indubitavelmente superiores, mas ainda assim onipotentes, muitas
vezes vulneráveis, atacáveis e, acima de tudo, sujeitos ao normal, fisiológico
necessidades de todos os dias!
Tobias e o anjo "contratado"
Queremos incluir nesta lista parcial de contos relativos aos anjos / malakhìm o
livro de Tobias, pois é certamente um dos menos conhecidos de todo o Antigo
Testamento.
Este texto está inserido na Bíblia cristã (versão grega da Septuaginta e da
Vulgata latina), mas não é aceito no cânon hebraico e considerado apócrifo
pelos protestantes. Chegou até nós exclusivamente em grego com base em uma
versão aramaica compilada na Judéia por volta de 200 aC e infelizmente
perdida.

82
É composto por 14 capítulos que descrevem a história do judeu Tobi e de seu
filho Tobias, ambientada no século 8 a 7 aC
É preciso dizer imediatamente que este escrito está cheio de incoerências e
erros flagrantes: confunde os períodos das deportações dos judeus pelos
assírios, confunde os nomes dos reis assírios, distorce as distâncias
geográficas ... Os católicos consideram-no um livro inspirado por Deus como
todos os outros textos da Bíblia. Mas, visto que os católicos o consideram
inspirado por Deus, queremos relatar algumas das características com as
quais ele descreve um "anjo" de Deus e precisamente o mensageiro (àgghelos)
que acompanha Tobias (Tobit) em sua jornada na mídia.

9
8
Não tendo a versão hebraica ou aramaica, não apresentamos a tradução
literal usual, portanto, nos limitamos a citar as passagens em que as
características e comportamentos do anjo estão presentes.
Este mensageiro de Deus é chamado de Rafael e seu nome em hebraico, Refaèl
(Waf), significa "El (deus) curou". Ele mesmo diz (Tb 12,15) que é um dos sete
anjos que têm a possibilidade de se apresentar diretamente na presença de
"deus". Para acompanhar Tobias em sua jornada até Rages, porém, ele usa um
nome diferente do seu e opta por se identificar como Azaria, filho de Ananias.
Então, vamos ver as passagens que lhe dizem respeito, nas quais este
mensageiro:
• diz a Tobias que é israelita à procura de trabalho (5,5);
• diz que sabe guiar o caminho porque já esteve várias vezes na Média, já
atravessou a planície e a parte montanhosa e por isso conhece todos os
caminhos (5,6.10);
• declara sua vontade de acompanhar Tobias e receberá um dracma por dia
como compensação (5.15);
• diz que o caminho é seguro e que eles irão e voltarão sãos e salvos (5,17);
• perto do rio Tigre, manda Tobias pegar um peixe que mordeu o pé do jovem
e o ensina a usar bílis, coração e fígado como remédios para tratar ataques
epilépticos e doenças oculares (6,4-9);
ANJOS?
83
• se encarrega de conseguir uma garota para Tobias se casar e arranja o
casamento (6,10 e segs.);
• realiza uma missão em nome de Tobias: com quatro servos vai buscar
dinheiro (9,1 e segs.);
• com a bílis extraída do peixe cura o pai de Tobias da cegueira, fazendo-o
retirar as manchas brancas (cataratas) dos olhos (11,7 e segs.);

9
9
• finalmente revela sua verdadeira identidade como mensageiro do Senhor; ele
convida Tobias a escrever o que aconteceu e então se levanta até que os
presentes não possam mais ver (12,1-22).
Recordando o que foi dito no início do capítulo sobre as descrições das
características angélicas feitas pelos exegetas, lembramos que alguns deles
disseram que os anjos comem apenas "aparentemente" e com toda a
probabilidade esta consideração é inspirada pelo que o próprio Rafael diz em
o tempo da sua revelação: ele de fato diz à família de Tobias que quando o
viram comer, ele "não comeu nada" (12,19).
O anjo que não come "comida terrena" ...
Falando de anjos que se recusam a comer alimentos terrenos, temos no livro
dos Juízes a história de um anjo (malàkh) que se recusa a comer a comida
preparada para ele pelos futuros pais de Sansão, aos quais ele mesmo revela
que eles vão ter um filho que deve ser consagrado ao Elohim.
Quando o futuro pai de Sansão convida o mensageiro a parar e comer, ele
responde (Jz 13:15 e segs.): "Mesmo que fiques contigo, não comerei a tua
comida" e o convida a oferecê-la em sacrifício a Yahweh.
E depois de se recusar a revelar seu nome, o malàkh "levanta-se do chão" e
desaparece da vista dos dois, que permanecem aterrorizados (Jg 13,20).
"Levitação" de um ser espiritual, ou "simplesmente" o reinício do malàkh,
tecnologicamente muito mais avançado, com uma aeronave aérea?

84
O anjo exterminador
Resta um esclarecimento que ficará imediatamente evidente para o leitor que
desejará aprofundar o que foi dito aqui e lerá os textos citados na íntegra: a
presença do malakhìm freqüentemente inspira medo, terror, quase nunca é
reconfortante; muitos dos que os veem sentem que não podem sobreviver ao
evento.

1
0
Estamos, portanto, muito longe daquela visão poética amigável que nos
apresenta os anjos como "seres de luz", sempre e em qualquer caso "boas"
presenças, entidades que protegem os que lhes são confiados ... Muitas vezes,
ao contrário, carregam anúncios de morte, se não a própria morte; eles são os
executores de ações que produzem destruição e grande sofrimento.
Ou seja, são cifras que seria preferível não atender ...
A esse respeito, encerramos o capítulo apresentando a figura do anjo
exterminador.
O anjo no egito
Ele é definido como um "exterminador" pela primeira vez em Êx 12,23:
estamos no Egito e os judeus estão prestes a deixar o país para ir em direção à
Terra Prometida.
Este "exterminador, destruidor" (maschìt, lSOjY) tem a tarefa de bater e matar
o primogênito egípcio, salvando as casas dos judeus identificados pelo sangue
do cordeiro.
Na verdade, o texto não nos permite entender exatamente se este
exterminador é um enviado de Yahweh ou o próprio Yahweh, mas o autor da
Carta aos Hebreus inserida no Novo Testamento já se lembra do episódio e
define esta figura ou olothréuon, ” o exterminador "(11,28).
O cerco de Senaquerib
Uma segunda intervenção deste malàkh é descrita no segundo livro dos Reis
que narra o cerco colocado em Jerusalém por Senaquerìb: estamos em 701 aC
e o rei assírio está conduzindo um e-book comprado por Alberto Risso -
www.unoeditori.com
ANJOS?
85
sua campanha de conquista nos territórios da Palestina.
O texto bíblico diz (2Rs 19:35) que ...

1
0
naquela noite, o malàkh de Yahweh saiu e atingiu 175.000 homens no
acampamento dos assírios. Quando os outros se levantaram pela manhã, eram
cadáveres.
Parece que naquela ocasião o anjo usou uma infestação de ratos,
circunstância também confirmada pelo historiador grego Heródoto (Histórias,
2.141) que relata em termos muito semelhantes o que o exército de Senaqueríb
sofreu durante um cerco:
os ratos roem aljavas, arcos, tiras de escudos e os lutadores fogem sem armas,
muitos caindo.

A praga sobre Israel


Uma terceira intervenção exigida desse "anjo exterminador" é encontrada no
segundo livro de Samuel, onde, no capítulo 24, um censo ordenado pelo rei
Davi é descrito.
O censo, entretanto, foi um ato contrário à vontade do Elohìm, que, portanto,
fere o povo com a peste. O texto diz - com aquela precisão "jornalística" que já
observamos em outro lugar - que era a época da colheita da cevada (2Sm
24:15) e que 70.000 homens morreram no território entre Dã e Berseba. Em
seguida, o anjo estende a mão em direção a Jerusalém para devastá-la (24:16),
mas Yahweh sente pena do povo e ordena ao anjo (malàkh) que ponha fim à
sua obra.
O fato importante para nós é que até aqui podemos pensar que a história nada
mais é do que uma representação figurativa da vontade de Deus, uma espécie
de "personificação de sua vontade", mas o versículo 16 contém um
esclarecimento surpreendente:
HSH
HJHS
nAWYJ
haiàh
Yahweh

1
0
malàkh-u
era
Yahweh
di-messenger-e

86
S] BSH
H [JfAH
sfD-Y_
jebusì-ha
Arawnàh-ha
Gorèn-im
Jebuseum-il
Araunàh
di-aia-at
De repente, portanto, uma história que poderia ser lida como representação
simbólica se concretiza, ela se situa até em um lugar absolutamente comum,
desprovido de qualquer valor: o anjo está numa eira!
Sabe-se também que essa eira ficava no monte Moriá, acima do antigo
povoado jebuseu que mais tarde se desenvolveria na cidade de Jerusalém,
capital do reino de Davi. Na verdade, a história continua a dizer que David
"viu"
o malàkh no ato de agredir o povo e pediu a "deus" que o poupasse, pois ele
não era culpado do censo: ele e sua família, de fato, eram os únicos culpados.

1
0
O rei de Israel recebe então a ordem de erguer um altar bem naquela eira! E a
historicidade da história continua ao descrever Davi escalando o Monte Moriá
acompanhado pelos cortesãos; Araunàh, o dono do terreno, "olha" (24,20), vê
a procissão chegando e sai ao seu encontro. Davi compra o terreno com os
animais por 50 siclos de prata e manda construir o altar conforme ordenado.
E cessa o flagelo ...
A história também é narrada no primeiro livro das Crônicas, que até a
enriquece com alguns detalhes (1Cr 21,7 e segs.): O malàkh estava parado
perto do pátio de Araunàh o Jebuseum; Davi "levanta os olhos" e o vê de pé
"entre a terra e o céu"; quando David vem de Araunàh, ele está "batendo no
trigo" e vê a ele e também o malàkh; os filhos de Araunàh, apavorados, se
escondem enquanto o fazendeiro se aproxima de David ...
O último versículo do capítulo 21 também diz que, após esses eventos, Davi
desejou ir consultar Yahweh em sua morada no alto de Gabaon, mas ele não se
atreveu a ir lá porque ainda estava com medo de ver o malàkh !

ANJOS?
87
Consideração breve e "concreta"

conclusivo ...
Sempre concretude, portanto: concretude em descrever as cenas em detalhes,
concretude em contextualizar mesmo em termos temporais, concretude na
localização geográfica e espacial dos eventos e concretude em também
descrever consequências psicológicas que persistem ao longo do tempo.
Mais uma vez, notamos que MALAKHÌM e ANUNNAKI são muito semelhantes!

1
0
FBU
(kevód / kabód)
A glória"?
Digamos imediatamente que a “glória” (de Deus) é um conceito que não é fácil
de entender: tem significados diversos ligados entre si e interdependentes.
O termo hebraico é FBU, que pode ser lido alternativamente como kevòd /
kebòd ou kavòd / kabòd. O verbo do qual deriva indica os conceitos de: “ser
pesado, ter peso, ser honrado, ser duro”.
O adjetivo kabèd identifica o que é "pesado, opressor, fatigante, importante,
honrado", mas também "insensível" (coração duro).
Os gregos traduziram este termo com a palavra doxa, que por sua vez é
traduzida nas línguas modernas como "glória".
A tradução deste termo sempre foi condicionada pela visão da divindade que -
vimos - não corresponde de forma alguma à representação do Elohìm presente
no Antigo Testamento: o Elohìm de fato era tudo menos os seres espirituais!
A elaboração teológica imaginativa distorceu o significado do termo a ponto
de torná-lo a representação da imanência da divindade e colocá-lo em
paralelo com o conceito de "santidade": daí a escolha de traduzir um termo
com "glória" que, em vez significa outra coisa. Essa variação de significado
deriva exclusivamente da necessidade sentida pelos teólogos de encontrar uma
maneira de reconciliar o termo kevòd com a ideia de Deus que eles
elaboraram artificialmente.
Na verdade, a raiz consonantal FBU refere-se muito claramente aos conceitos
de "ser pesado, ser duro, ser forte":
"Peso" e "força" são, portanto, os dois aspectos fundamentais.

A GLÓRIA"?
89

1
0
sentidas por este termo e estão presentes em todas as palavras que derivam
desta raiz. Por extensão, ser poderoso também significa ser rico e,
conseqüentemente, honrado.
Em outras palavras, os significados de “peso” e “honra” têm sido interpretados
como atributos de um Deus visto como entidade espiritual transcendente e
capaz de se tornar imanente quando opta por revelar sua presença aos fiéis.
Vamos agora tentar analisar as passagens do Antigo Testamento que nos
falam sobre esta "glória" - e a forma como ela se manifesta ao homem - com
base na ideia dos ANUNNAKI / ELOHÌM como são descritos na Bíblia :
indivíduos em carne e osso, criadores materiais da espécie humana, com os
quais continuaram a ter relações diárias.
É claro que não devemos esquecer que, se a hipótese é válida como pensamos,
as relações entre as duas espécies não eram iguais. Mesmo que o homem
tivesse sido criado "à semelhança" do Elohim e "à sua imagem", devemos
lembrar que estes também foram sempre indivíduos cujo poder, cujo peso,
eram muito superiores aos de Adão.
Em suma, tratava-se de relações de poder que regiam um pacto de convivência
em que um dos dois contratantes era, sem dúvida, o contratante forte.
Este empreiteiro, portanto, tinha “peso” e esse peso era devidamente
reconhecido e honrado: o homem, na sua fraqueza, não podia fazer de outra
forma.

O acordo
É útil e interessante lembrar que a expressão "Antigo Testamento" indica um
Pacto, o antigo, um acordo entre um Elohim que fez uma proposta e um povo
que a aceitou.
O que nunca é suficientemente destacado é que esta proposta também não
podia ser assinada, o povo não tinha obrigação de o fazer: os compromissos só
nasceram depois de a aceitar.

1
0
Em suma, não havia nos judeus a ideia de que Deus era uma entidade
transcendente e única e que a relação com ele era, portanto, inelut-EBook
comprado por Alberto Risso - www.unoeditori.com
90
. Toda a história de Israel está repleta de traições, abandonos, cultos dedicados
a outras divindades também chamadas Elohìm, todos reais, todos presentes
como o Elohìm que guiou Israel e com quem este acordo de aliança foi
assinado.: Os judeus o serviram e ele ajudaria eles conquistam uma terra e se
tornam uma nação.
O próprio Elohìm se define repetidamente com ciúme, mas nos perguntamos:
como pode alguém ter ciúme se não há rivais na relação?
O pacto prevê uma troca, um dar / receber que envolve exclusivamente os dois
contratantes e tudo à custa dos povos que não estavam incluídos nesta
aliança, muito concreta e muito humana.
O pacto previa a exclusão dos forasteiros, até mesmo seu aniquilamento total
quando fosse necessário para a realização dos objetivos compartilhados pelo
Elohim e pelos israelitas: conquistar e administrar o poder sobre um território.
Depois de terminar a primeira parte da conquista da terra de Canaã, é o
próprio Josué que pede ao povo para escolher livremente se deseja continuar a
servir ao Elohìm que os guiou até aquele momento ou se seguirá outro Elohìm,
todos presentes, destinatários reais, concretos e possíveis de adoração e
serviço.
Somente após o povo confirmar sua intenção de seguir o Elohìm que se
autodenominava Yahweh o pacto é reconfirmado e os compromissos devem
ser mantidos para evitar consequências muito graves.
A escolha foi novamente e verdadeiramente livre: não há dúvida nem
necessidade de interpretação no texto que narra o episódio.
Tudo isso é narrado com grande clareza na passagem do livro de Josué contida
no capítulo 24 aos versículos 14-25.

1
0
Uma história extremamente significativa e pouco conhecida, que indica como
a concretude material do que se passava era muito diferente da visão com que
se interpreta tradicionalmente a história de Israel e a sua relação com Deus.

A GLÓRIA"?
91
Na concretude do nosso caminho, portanto, nos deparamos com a passagem
do Pentateuco em que o kevòd é apresentado de uma forma especial, original,
extraordinariamente concreta e certamente surpreendente.
Estamos no livro de Êxodo, capítulo 33: o editor narra que o povo seguiu para
o deserto e que, a cada etapa, Moisés pegava a tenda da reunião (local de
reunião) e a plantava fora do acampamento, aliás - especifica o texto - "longe
do acampamento" (versículo 7). Quem procurava o Elohìm tinha que ir a este
ponto de encontro que ficava fora do acampamento, mais uma vez sublinha a
história.
Durante toda a peregrinação rumo à Terra Prometida o povo foi guiado por
uma coluna de fumaça / nuvens que, durante a noite, tornou-se uma coluna de
fogo e quando Moisés quis conferenciar com o Elohìm aproximou-se da tenda
da reunião, entrou nela e (Ex 33.9):
FY_J
s [_H
FJY_
FfS
amàd-ve
anàn-ele
ammùd
Jéred

1
0
was-e
nuvem-la
di-coluna
foi abaixo
HjY-r_
fBFJ
WHAH
Ol`
Moscè-im
dibbèr-ve
ohèl-ha
Petach
Moisés com
falou-e
cortina-la
de abertura
A coluna de nuvem, portanto, desceu e assumiu uma posição precisa, sempre
igual.
Que não se tratava de uma espécie de visão estranha ou de representação
imaginativa, elaborada para surpreender, fica evidente no resto da história
que tem todas as características de uma narrativa que visa descrever em
detalhes o que se passava, sem descuidar de nada.
Na verdade, no verso seguinte é dito: s [_H
FJY_-la

1
0
r_H-WU
HAfJ
anàn-ele
ammùd-et
am-ha-kol
raàh-ve
nuvem-la
di-coluna
povo-de-todos
saw-e

noventa e dois
O LIVRO QUE SEMPRE MUDARÁ NOSSAS IDEIAS SOBRE O QUE BÍBLIA
Ol`
FY_
ohèl-ha
Petach
omèd
cortina-la
de abertura
de pé

1
1
À vista disso, todo o povo se levantou e se prostrou, cada um em pé perto de
sua tenda: enfim, no local da reunião aconteceu algo que estava reservado
para Moisés e ao qual os outros deveriam vigiar de longe, sem se aproximar.
Nessas ocasiões, Moisés falou com o Elohim que desceu perto da tenda.
O narrador especifica que foi uma conversa normal, absolutamente
convencional, os dois de fato se comunicaram (Ex 33:11):
fjAU
rS [`-WA
rS [`
ascèr-ka
panìm-el
panìm
o quão
faces-a
rostos
JH_f-WA
jSA
fBFS
u-rehé-el
isc
Jedabbèr
seu-perto-de
homem

1
1
(falaria) falaria
Em suma, tem-se a impressão concreta de que este Elohìm se movia com um
"algo" que durante o dia parecia envolto em vapores e que, na escuridão da
noite, deixava antes a luz do fogo que produzia ...
Depois que ele saiu, ele teve encontros normais de conversação com Moisés.
Mas o que era esse "algo"?

O kevòd
A história das reuniões e conversas entre Moisés e Elohim continua narrando
todas as perplexidades que Moisés abrigou: este
Em suma, "deus" não deu garantias e certezas suficientes.
Moisés pede-lhe então que oriente concretamente o povo no caminho da Terra
Prometida e sublinha, no entanto, que todos os E-books adquiridos por Alberto
Risso - www.unoeditori.com
A GLÓRIA"?
93
eles devem ver com grande evidência que o Elohìm está com eles, caso
contrário, não há distinção entre este povo e os outros. Em suma, a presença
"divina" deve ser clara e visível.
O Elohim percebe a situação, concorda e promete que fará o que Moisés pede.
Mas, obviamente, isso não é suficiente para o fundador de Israel, ele quer ver
concretamente, ele quer tocar com a mão - diríamos - e depois lhe pergunta
(Ex 33:18): nFBU-la
PARA[
S [AfH
cha-kevodé-et

1
1
n/D
i-haran
seu-chevòd
(Por favor, venha
eu-a-ver-atrás
Moisés, portanto, quer uma prova, a possibilidade de finalmente ver o
instrumento da presença física desse Elohim que está fazendo promessas de
conquista.
Moisés precisa de garantias, ele quer falar ao povo com bons motivos: se quiser
convencê-los a seguir este Elohim, e não outros, ele deve ter certeza do que
está fazendo.
O Elohim entende a necessidade, atende ao pedido de Moisés, mas avisa que o
que está para acontecer é extremamente perigoso: pode até causar sua morte.
Em essência, a "glória de Deus" que Moisés pede para ver ... pode matar o
homem!
O que deve representar a gloriosa manifestação da divindade é
potencialmente letal!
A externalização da transcendência espiritual mata !?
Mas Deus é incapaz de controlar seu poder, perguntamos?
Obviamente não!
Esta manifestação não pode ser medida ou filtrada de alguma forma, o Elohìm
só pode fornecer indicações para controlar os efeitos de sua "glória", amenizar
as consequências, mas não cancelá-las ou mitigá-las de antemão: essa "glória"
sempre atua necessariamente com todas as poder mortal.
Se você pensa que kevòd / kabòd é normalmente traduzido precisamente com
o termo "glória" - que representa um conceito absolutamente abstrato, uma

1
1
espécie de categoria teológica de não-EBooks adquiridos por Alberto Risso -
www.unoeditori.com
94
fácil definição - torna-se difícil entender o porquê do Elohìm preparar o
acontecimento da "manifestação" com uma série de indicações operacionais
muito práticas e claramente ampliadas - e de forma exclusiva - para
salvaguardar a segurança física de Moisés.
Em vez disso, acontece exatamente isso: o Elohìm é forçado a dar indicações
operacionais práticas, em suma, a tomar precauções precisas.
Na verdade, depois de ter dito a Moisés que não seria capaz de "vê-lo à sua
frente" (ficar à sua frente?) Porque ele morreria, ele acrescenta um conselho,
uma indicação prática (Êx 33, 21 ): SlA
rJdY
H [H
i-it
maqòm
hinnéh
eu-perto
Lugar, colocar
Olha Você aqui
fJbH-W_
lBb [J
tsùr-ha-al
nitsàvta-ve
rock-la- (contra) em

1
1
você vai ficar e
A indicação é tão coloquial e concreta que nos parece testemunhar a cena e
ver o gesto do braço que indica aquele lugar preciso; enfim, uma espécie de:
“Chega lá e tenta ficar firme!”.
Mas, evidentemente, este expediente não deveria ter sido suficiente, porque o
Elohìm considera necessário realizar uma nova intervenção (Ex 33, 22):
SFBU
fB_B
ì-kevod
avòr-ba
meu-chevòd
(passar) cruzar- (quando) em
fJbH
lfd [B
nSlYhJ
tsùr-ha
niqràt-be
cha-samti-ve
rock-la
de-fenda
você-eu-coloco

A GLÓRIA"?

1
1
95
nSW_
PRA CIMA
SlUhJ
cha-ale
ì-kap
ì-sakkot-ve
você-di-su
minha - palma (? oca)
Eu vou cobrir
SfB_-F_
ì-avr-ad
i- (passar) cruzar para cima
Então nos perguntamos:
• O que era essa “glória” que não podia ser vista de frente, mas apenas de trás?
• O que, então, estava passando diante de Moisés que era tão perigoso que
exigia proteção especial?
• E como o Elohim poderia consertar Moisés com a palma de sua mão quando
ele passou?
Todas as várias versões da Bíblia relatam esse significado que a tradição
agora aceita, mas essa aceitação passiva traz consigo a dificuldade destacada
nas perguntas.
Na verdade, é difícil encontrar uma explicação se continuarmos a pensar na
"glória divina" como algo transcendente!

1
1
A solução, ao contrário, é possível precisamente à luz do que estamos tentando
destacar, que é a concretude do acontecimento descrito.
Deve ser lembrado que pouco antes o Elohim usou a expressão “lugar perto de
mim” e indica a Moisés uma fenda que evidentemente deve ter estado no lugar
“perto dele” e que teria servido de proteção.
A palavra kaf (tU) - da qual deriva a expressão SÙ (“entendido”) do versículo
citado - também indica uma “cavidade”, como a palma da mão; mas não
apenas isso, outro significado da raiz kaf (tU) é o de "rocha": é um significado
que o hebraico tomou emprestado do aramaico.
Portanto, podemos supor para superar a dificuldade interpretativa
tradicional, pensando que o Elohim aconselha Moisés a se colocar na "fenda"
da rocha e que ele proverá para
"Repare, cubra" esta cavidade quando ela passar.

96
Basicamente, Yahweh concorda em mostrar o kevòd em ação e, para fazê-lo
sem produzir consequências irreparáveis para Moisés, ordena que ele se
abrigue no oco das rochas.
O certo é que após esta experiência, seguida da entrega das Tábuas da Lei,
Moisés se apresenta ao povo com o rosto avermelhado, como se queimado, a
ponto de exigir ser constantemente coberto por um véu, que é removido
apenas quando ele entra na tenda na presença do Elohìm (Ex 34, 29 e segs.).
• O que aconteceu ?!
• Você foi exposto a uma fonte poderosa de energia?
• Você foi atingido por radiação que, como a radiação solar, produz
queimaduras?

1
1
Esses efeitos, no entanto, não parecem tão estranhos se considerarmos que em
Ex 24,15-17 é dito que, quando Moisés sobe a montanha, o "kevòd" do Elohìm
habita no topo, produzindo uma nuvem que cobre isto:
fHH-lA
s [_H
] USJ
ar-ha-et
anàn-ele
iièkhas-va
monte-il
nuvem-la
coberto-e
O versículo 16 contém um esclarecimento importante: fH-W_
HJHS-FJBU
sUjSJ
ar-al
Yahweh-kevòd
iisckòn-va
montagem
Yahweh-di-kevòd
instalado-si-e
O verbo utilizado indica precisamente o ato de "instalar-se" e depois
permanecer, morar: com esse mesmo significado, ele se repete várias vezes em

1
1
outras passagens do Antigo Testamento, e aqui o verbo expressa o ato de se
posicionar, se estabelecer e então fique na montanha!
Parece testemunhar a descrição normal de uma aterrissagem de um objeto
voador com efeitos visuais notáveis e espetaculares, na verdade: HJHS
FJBU
HAfYJ
Yahweh
kevòd
marè-e
Yahweh
di-kevòd
di-vista-e

A GLÓRIA"?
97
fHH
jAfB
IWUA
jAU
ar-ha
rosc-be
okhélet
esc-ke

1
1
monte-il
de-recarga
devorando
como fogo
Então os israelitas viram isso de baixo: o kevòd apareceu como fogo ou como
uma nuvem, e o Elohìm freqüentemente chamava Moisés bem do meio dessa
"nuvem" em que ele entrou. É, portanto, a descrição de um fenômeno físico
concreto e evidente que ocorreu sob os olhos de todos e era claramente visível
até mesmo do vale abaixo!
Particularmente impressionante, então, é a chamada "teofania"
descrito no capítulo 19, quando o Elohìm se manifesta na montanha dentro de
fenômenos que devem ter parecido aterrorizantes: trovões, flashes de luz, um
som forte e prolongado como o de uma trombeta ...
Naquela ocasião, diante dos olhos aterrorizados dos israelitas, o Monte Sinai
(Êx 19:18):
fjA
S [`Y
JWU
sj_
ascèr
pené-mi
ò-kull
asciàn
que
(desde) di-faces-da

1
2
tudo
defumado
JAB
HJHS
JSW_
FfS
esc-ba
Yahweh
ah-al
jaràd
incendeie
Yahweh
ele-de-on
era caída
Essas descrições são precisas demais para serem interpretadas como "visões"
ou como a memória de fenômenos atmosféricos naturais (aos quais os
nômades certamente estavam acostumados!); muito menos podem ser
atribuídas a um desejo ingênuo de inventar alguma forma de aparição capaz
de surpreender o leitor: muito mais foi feito neste sentido na produção
literária religiosa.
Aqui nos deparamos com a apresentação de acontecimentos extraordinários
que todo o povo presenciou: fenômenos precisos, absolutamente novos para a
experiência ordinária dessas pessoas, consistindo em imagens,
98

1
2
situações e sons que - se por um momento nos libertarmos de preconceitos e
seguirmos livremente os pensamentos e conhecimentos atuais
- são facilmente atribuíveis à presença de um "algo" que se manifestou com
grande força.
O termo kevòd na verdade identifica exatamente isso: o que é pesado e forte.
Nós, hoje, poderíamos definir kavèd (adjetivo) um avião, um tanque, um navio,
um elefante ... Talvez o próprio meio pelo qual o ANUNNAKI / ELOHÌM viajou?!
Suposições e conclusões "gloriosas"Vale a pena relembrar aqui um dos mais
importantes estudiosos judeus, Rashi de Troyes (século 10 DC). Ao comentar o
livro do Gênesis, ele deu uma imagem muito realista do "Trono da Glória de
Yahweh", quando disse que na origem da criação ...
ele pairou no ar e pairou sobre a superfície das águas como uma pomba
pairando sobre seu ninho e respondeu ao seu comando.
Em suma, mesmo para este comentarista judeu, "glória" era algo externo a
Deus, um instrumento que Deus usava para mover ao comandá-lo (não parece
a descrição do controle de um objeto voador? ...).
E talvez tenha sido precisamente este realismo que fez com que esta passagem
fosse inserida entre aquelas que podiam / deviam ser lidas e explicadas por um
professor apenas aos alunos considerados capazes de compreendê-las e aceitá-
las: a definiríamos, portanto, como uma passagem iniciática ou esotérica. , isto
é, reservado para alguns.
É preciso dizer que esta medida mantém sua validade até nos dias de hoje:
• Quantos existem que podem aceitar calmamente a ideia de que Deus era na
verdade um ET viajando em máquinas voadoras?
• Quantos há que se rebelam instintivamente contra tal afirmação inaceitável?

1
2
Por outro lado, toda a história dos comentadores tradicionais - que rejeitam
obstinadamente esta hipótese - explica a enorme dificuldade em compreender
e descrever o "kevòd" em termos de espiritualidade e transcendência.
Não surpreendentemente, não sabendo interpretar e simplesmente não
querendo aceitar a evidência de uma história, eles foram forçados a introduzir
conceitos muito complexos.
Da "glória de Deus" foi dito e escrito que:
• é como um diamante multifacetado que refrata a luz de várias maneiras e
tonalidades;
• é um conceito difícil de analisar;
• é uma categoria teológica;
• seus muitos significados possíveis nos ajudam a compreender algo do
mistério de Deus;
• denota a revelação do ser, natureza e presença de Deus;
• não é um fenômeno físico impessoal separado de si mesmo, mas uma
expressão pessoal de si mesmo para o homem;
• é a manifestação da transcendência divina;
• é o poder salvador de Deus;
• é a revelação de como Ele deseja ser conhecido por nós;
• sua glória é seu direito de preeminência em virtude de ser Deus;
• a glória de Deus desceu sobre a terra para iluminar o povo escurecido pela
nuvem de Satanás;
• a glória de Deus é algo que transcende o curto espaço de nossa permanência
na terra ...
... e assim por diante!

1
2
Como podemos ver, quando por preconceito e, portanto, por necessidade, é
preciso dar rédea solta à imaginação, cada um pode apresentar os elementos
que deseja, aqueles que respondem à sua necessidade particular de ver o
divino.
Parece-nos muito mais fácil pensar que quem escreveu os textos transpôs para
o papel a história de fenômenos físicos concretos que certamente centenas,
talvez milhares de pessoas testemunharam repetidamente e cuja memória
deve ter sido transmitida ao longo do tempo, pelo menos em seus aspectos.
substancial, embora com todas as variantes inevitáveis que a transmissão oral
sempre produz.

6
rSfBFH lfh_
(devarím-ha asèret)
Dez Mandamentos"?
No capítulo anterior, lembramos que o evento do kevòd está vinculado ao
período em que Moisés costumava ir à montanha onde vivia o Elohim.
A história da entrega das Tábuas da Lei, que conhecemos com o nome de “Dez
Mandamentos” ou “Decálogo”, pertence ao mesmo contexto.
Nessas passagens veremos que a concretude demonstrada por este Elohim é
decididamente diferente da visão que nos é apresentada de um "deus" que
trata com o homem concebido em sua totalidade de corpo e alma.
Descobriremos que muitas vezes é feita confusão - deliberada ou acidental? -
entre uma série de indicações dadas pelo Elohim e as leis que ele mesmo define
como o fundamento da aliança que fez com o povo eleito (cf. Ex 34,27).
A expressão hebraica com a qual essas leis são indicadas é rSfBFH lfh_
(devarìm-ha asèret, "dez-das-palavras") e são sempre claramente indicadas
como aquelas que "Deus escreveu na pedra" (Êx 34:28; Deut . 4.13 e 10.4).

1
2
Toda a religião judaica e a religião cristã, que é uma descendência direta
delas, seriam, portanto, fundadas nessas dez palavras.
• Mas as dez palavras explicitamente mencionadas pelo Elohìm são
exatamente as mesmas que conhecemos?
• Ou, melhor ainda, quando pensamos nas normas que constituem o primeiro
fundamento do Judaísmo, estamos nos referindo às mesmas normas às quais o
Elohim se referia?
Especificamos que séculos de polêmica se opuseram aos vários comentaristas
(Orígenes, Philo Alessandrino, Giuseppe Flavio, Padres da Igreja ...) que
unificaram ou dividiram as diferentes indicações, tornando-as unidas ou
separadas mandamentos: EBook adquirido por Alberto Risso -
www .unoeditori. com
DEZ MANDAMENTOS"?
101
mulheres e coisas de outras pessoas, fazendo imagens e cultos dedicados a elas
...
Em qualquer caso, o Decálogo que agora nos é apresentado é
tradicionalmente o seguinte:
1. Eu sou o Senhor seu Deus: você não terá outro Deus além de mim.
2. Não tome o nome de Deus em vão.
3. Lembre-se de santificar os feriados.
4. Honre seu pai e sua mãe.
5. Não mate.
6. Não cometa atos impuros (adultério).
7. Não roube.
8. Não dê falso testemunho.

1
2
9. Não deseje a mulher dos outros.
10. Não cobice as coisas de outras pessoas.
Esta é a versão mais difundida, o que também foi facilitada do ponto de vista
expressivo, para garantir a sua conservação e cómoda transmissão da
memória.

Catecismo da Igreja Católica


Antes de passarmos a examinar quais são as prescrições que o Elohim
pretendia como vinculativas e fundadoras da Aliança com seu povo,
observemos o que o Catecismo da Igreja Católica escreve sobre o assunto hoje:
25
Art. 2057: [...] as “dez palavras” indicam as condições de uma vida livre da
escravidão do pecado. O Decálogo é uma jornada de vida ...
Art. 2059: as "dez palavras" são pronunciadas por Deus durante uma teofania.
[...] Pertencem à revelação que Deus faz de si e da sua glória. O dom dos
mandamentos é um dom do próprio Deus e de sua santa vontade. Ao fazer sua
vontade conhecida, Deus se revela ao seu povo.
Art. 2061: os mandamentos recebem todo o seu significado dentro da Aliança.
25 As citações foram retiradas da “Segunda Seção - Os Dez Mandamentos”.
Segundo as Escrituras, a ação moral do homem assume todo o seu significado
no Pacto e por meio dele ...
Art. 2062: os mandamentos [...] expressam as implicações da pertença a Deus
estabelecidas na Aliança. A existência moral é uma resposta à iniciativa de
amor do Senhor. É gratidão, homenagem a Deus e um culto de ação de graças.
É a cooperação no plano que Deus segue na história.
Art. 2064: fiel à Escritura e conforme o exemplo de Jesus, a Tradição da Igreja
reconheceu uma importância e um significado fundamentais para o Decálogo.
Art. 2065: a partir de Santo Agostinho, os “Dez Mandamentos” ocupam um
lugar preponderante na catequese dos futuros batizados e dos fiéis ...

1
2
Art. 2066: a divisão e a numeração dos mandamentos sofreram variações ao
longo da história.
Este Catecismo segue a divisão dos mandamentos instituída por Santo
Agostinho e que se tornou tradicional na Igreja Católica. É também o das
confissões luteranas. Os Padres Gregos fizeram uma divisão um pouco
diferente, que se encontra nas igrejas ortodoxas e nas comunidades
reformadas.
Art. 2067: os Dez Mandamentos enunciam as exigências do amor a Deus e ao
próximo. Os três primeiros referem-se principalmente ao amor a Deus e os
outros sete ao amor ao próximo.
Art. 2068: o Concílio de Trento ensina que os Dez Mandamentos obrigam os
cristãos e que o homem justificado ainda é obrigado a observá-los (17). O
Concílio Vaticano II afirma: «Os Bispos, como sucessores dos Apóstolos,
recebem do Senhor [...] a missão de ensinar todos os povos e de anunciar o
Evangelho a todas as criaturas, para que todos os homens, pela fé, o Baptismo
e a observância dos mandamentos, possam obter a salvação ”(18).
Agora, vamos voltar às nossas perguntas básicas:
• As "dez palavras" às quais o Elohim se referiu explicitamente são exatamente
as mesmas que as doutrinas religiosas nas quais eles afirmam se basearem
estão familiarizadas?
• A visão religiosa, que corresponde a um certo tipo de necessidades éticas,
encontra confirmação nas necessidades expressas pelo Elohim que as inseriu
nos preceitos que ele mesmo gravou na pedra e indicou como fundamentos da
Aliança?
• Em outras palavras: a religião cristã e o Elohìm estão dando a mesma
importância aos mesmos conceitos?
Vamos continuar com a análise literal do que a Bíblia nos diz e vamos
verificar.

1
2
Estamos na montanha com Moisés e observamos uma primeira lista de
preceitos que o Elohim transfere para aquele que atua como seu porta-voz
para o povo.
Em Êxodo 20,2-17 temos uma série de indicações que definiríamos como
"genéricas", pois não são objeto de uma ênfase particular do Elohim:
• "Eu sou Yahweh, seu Elohìm".
• «Não terá outros - plural no texto !! - Elohìm além de mim ».
• "Você não fará imagens".
• “Não servirás a outro Elohìm porque tenho ciúme”: e pode-se ter ciúme de
“quem não existe”, já nos perguntamos? Evidentemente houve outros Elohìm
que chamaram a atenção do povo, como demonstra toda a história da
conquista da Terra Prometida ...
• "Não deves usar o nome de Yahweh, teu Elohìm em vão": portanto havia
outro Elohìm, com outros nomes ...
• "Você vai se lembrar de santificar o sábado [...] no sétimo dia você não fará
nenhum trabalho, você, seu filho e sua filha, sua serva e sua empregada, seu
gado, o estranho que está dentro de suas portas" .
• "Honre seu pai e sua mãe".
• "Você não vai matar".

104

• "Não cometer adultério": os filhos não estão presentes


"Atos impuros" indicados no decálogo tradicional ...
• "Você não vai roubar."

1
2
• "Você não vai testemunhar falso".
• “Não desejares a casa do teu próximo, não desejas a mulher do teu próximo,
o seu servo, a sua empregada, o seu boi, o seu burro e tudo o que pertence ao
teu próximo”.
Seguem-se outras prescrições sobre como construir o altar de sacrifícios e uma
série de indicações legais sobre as penas a serem impostas por vários tipos de
crimes como homicídio, danos contra pessoas, contra bens ... e uma série de
outras prescrições relativas a a necessidade de construir um sistema de
convivência capaz de criar uma verdadeira sociedade civil.
Digamos imediatamente que não há referências aqui às Tábuas de Pedra, não
há indícios que sugiram uma importância particular do que está prescrito, e
acima de tudo que a definição que conhecemos como "as dez palavras" nunca
é usada, o que parece identificar as regras essenciais para a Aliança!
As tábuas de pedra só aparecem em um estágio posterior.
Nos capítulos que vão de 21 a 31, Yahweh fornece indicações sobre a estrutura
do santuário no qual adorá-lo: a tenda, a mobília composta por vários
elementos, a mobília, os altares, o recinto, as vestes dos sacerdotes, o a
consagração do mesmo, a designação dos artesãos que terão que lidar com a
realização do todo.
Por fim, Yahweh volta a sublinhar a importância do descanso sabático, a
cessação de todo o trabalho: um preceito a ser observado para sempre, sob
pena de morte!
Imediatamente depois, o versículo 18 do capítulo 31 conta que, quando ele
acabou de falar, deu a Moisés: 1F_H
baixo
S [j
edùt-ha
luchòt

1
2
cena
testemunho-o
de placas
de dois

DEZ MANDAMENTOS"?
105
rSBlU
sBA
baixo
Ketuvìm
até
luchòt
escrito (estado) -essenti
pedra
de placas
rSHWA
_BbAB
Elohìm
etsbà-be
Elohìm
por dedo

1
3
A Bíblia, entretanto, não diz qual era seu conteúdo; portanto, não sabemos no
momento quais eram os principais elementos de toda a legislação da qual
Elohim havia falado com Moisés na montanha.
Certamente, essas tábuas de pedra não poderiam conter todo o conjunto de
prescrições descritas nos onze capítulos que resumimos aqui. O que sabemos é
que Moisés desce da montanha segurando-os nas mãos e ainda não sabe que o
povo não perdeu tempo: ele se dedicou imediatamente à adoração de outro do
Elohim, construindo um bezerro de ouro (um ídolo de clara derivação egípcia)
e, assim, demonstrando que o ciúme de Yahweh - o que estava se tornando seu
Elohim - foi definitivamente motivado!
Enfurecido com essa traição, Moisés joga as tábuas no chão e as quebra!
Evidentemente, ele sabia que poderia ter outros, porque não podemos pensar
que um homem pudesse tomar a liberdade de esmagar um objeto tão
importante se fosse um dom divino único e irrepetível.
O diálogo com o Elohìm é retomado e é neste momento que se insere a
demonstração do "kevòd" que mencionamos no capítulo anterior.
Imediatamente após (34,1), o Elohim ordena a Moisés:
S [j
nW-W] `
luchòt
cena
chà-le-pesàl
de placas
de dois
você-por- (esculpir) tamanho
SlBlUJ
rS [jAfU

1
3
rS [BA
katàvti-ve
Risionìm-ka
Avanìm
Vou escrever
prime-le-as
pedras

106
fjA
rSfBFH-lA
lOWH-W_
ascèr
devarìm-ha-et
luchòt-ha-al
que
palavras-le
boards-le-su
rS [jAfH
lOWH-W_
JSH
Risionìm-ha

1
3
luchòt-ha-al
hajiù
prime-le
boards-le-su
eles eram
lfBj
fjA
scibbartà
ascèr
quebrou-você tem
que
Assim, Yahweh estranhamente não desconta em Moisés por seu gesto
temerário; o rompimento das Tábuas evidentemente não é um assunto no qual
valha a pena nos determos, então - visto que ele quebrou as anteriores - ele
simplesmente lhe diz para pegar mais duas Tábuas e que ele reescreverá o que
ele já havia escrito da primeira vez.
Moisés sobe a montanha de manhã cedo trazendo as novas Tábuas e Javé
formula uma série de prescrições precedidas da declaração de renovação da
Aliança (cf. Ex 34,10-26). Em essência, ele diz: "Eis que estou fazendo uma
aliança na frente de todas as pessoas ... vou fazer maravilhas e expulsar os
inimigos na sua frente ...".
E então ele ordena a Moisés que observe o que ele lhe ordena, isto é:
• “não faça aliança com os habitantes do país”;
• “destruir seus altares, estelas, imagens e não adorar seus deuses”;
• “não tomes mulheres da terra para os filhos de Israel”;

1
3
• "não faça deuses de metal fundido";
• “para celebrar a festa dos pães ázimos no mês de abibe”;
• «reservar para ele todos os primogênitos; resgatar os primogênitos dos
humanos com presentes ";

DEZ MANDAMENTOS"?
107
• “respeitar o sábado depois de trabalhar seis dias”;
• “festejar a festa das semanas” (vindima, vindima no final do ano ...);
• “tenha todo homem presente diante do Elohìm três vezes por ano”;
• "não ofereça o sangue da vítima com pão fermentado e o sacrifício da Páscoa
não deve durar até de manhã"
• “dar os primeiros frutos da terra ao Senhor”;
• "não ferva a criança no leite da mãe".
Depois de listar esses preceitos detalhados, o Elohim diz a Moisés (versículo
27):
HWAH
rSfBFH-lA
nW-JlU
ellé-ha
devarìm-ha-et
kha-le-cetàv
estes-le

1
3
palavras-le
você-para-escrever
HWAH
rSfBFH
S`-W_
PRA CIMA
ellé-ha
devarìm-ha
pi-al
ki
estes-le
palavras-le
oralmente
contanto que
WAfhS-laJ
lSfB
nlA
SlfU
Israel-et-ve
berìt
khà-it
karatti

1
3
Israel com e
aliança
você-com-contrato-ho
Portanto, agora temos uma indicação clara: estas são as palavras que Yahweh
escreveu nas Tábuas porque - ele mesmo afirma - é sobre o fundamento delas
que a Aliança foi construída.
Este é, portanto, o “Decálogo”, pela própria declaração de quem o ditou! Um
decálogo pouco espiritual e definitivamente voltado para definir e manter
uma relação contratual: "Eu faço algo por você se você fizer algo por mim" ...
Um manual tão prático que também se dirigiu ao salvaguar-

108
dá a saúde de um povo que vivia em condições higiênicas extremamente
precárias: basta pensar que os “Mandamentos”
escritos formalmente nas tabuletas terminavam com a prescrição de "não
ferver a carne de cabra no leite da mãe"!
Certamente foi uma receita importante porque é relatada três vezes na Torá
(cf. Dt 14:21; Ex 23:19 e 34:26) e sempre com a mesma formulação.
Terá sido ditado por um saber que já não possuímos ou foi motivado pelo facto
de algumas doenças virais das cabras se transmitirem através do colostro e do
leite das fêmeas?
Não devemos esquecer que o conceito de "pureza alimentar" foi definido por
um termo que - antes mesmo de definir algo como "sagrado" - indicava o que
era kashèr, ou seja, "adequado" para o consumo ...
Também podemos tentar associar essa proibição a algumas práticas dietéticas
atuais, que prescrevem não consumir proteínas animais de diferentes origens
ao mesmo tempo.

1
3
Ou, ainda, podemos seguir a explicação de Maimônides (século XII DC) que
acreditava na inclusão desta norma motivada pela ideia de que na época
mosaica este era um rito comum para os idólatras e que, portanto, deveria ser
abolido nos povos nascentes. de Israel.
Em qualquer caso, seja qual for a explicação que queremos considerar válida,
a prescrição foi inserida nas Tábuas da Lei, aquelas claramente escritas por
ordem direta do Elohim.
Quanta distância do Decálogo da tradição cristã!
Para ter uma ideia clara da diferença, vamos dar uma olhada em um resumo
das duas listas em uma visão sinótica:
• Na coluna da esquerda temos as "palavras" que Javé expressamente escreveu
nas Tábuas e na coluna da direita os Mandamentos que a tradição do ensino
religioso indica como os Dez presentes nas mesmas Tábuas.

DEZ MANDAMENTOS"?
109
• «Não faça um convênio com o
• «Eu sou o Senhor vosso Deus: não
aldeões, destruam o
você terá outro Deus além de mim "
altares, estelas, imagens e muito mais
• “Não mencione o nome de Deus
adorar outros deuses "
em vão "
• “Não tire as mulheres do campo

1
3
• "Lembre-se de manter os feriados sagrados"
para os filhos de Israel "
• "Honre seu pai e sua mãe"
• "Não faça deuses de metal fundido"
• "Não mate"
• "Observar a festa dos pães ázimos"
• "Não cometa atos impuros"
• "Para reservar todos os primogênitos para ele-
(adultério)"
vocês meninos "
• "Não roube"
• «Respeite o sábado depois de ter
trabalhei seis dias "
• "Não dê falso testemunho"
• "Comemore a festa do sétimo
• "Não deseje a mulher dos outros"
ne "" Todo homem deve pré-
• "Não deseje as coisas dos outros"
sentir na frente de Elohìm três
Vezes por ano ... "
• “O sangue não deve ser oferecido
da vítima no pão "

1
3
• «Para dar os primeiros frutos ao Senhor
da Terra "
• «Não ferva a criança em
o leite de sua mãe "
Resumindo: duas listas totalmente diferentes!
E também vamos nos perguntar:
• As prescrições da coluna da esquerda podem servir para criar uma religião
como o Cristianismo?
A resposta é simples: absolutamente não!
Na verdade, se examinarmos as "palavras" (rSfBFH) que o Elohim inseriu nas
Tábuas da Lei como o fundamento do Pacto, percebemos que esse pacto tem
fundamentos muito práticos; baseia-se em regras que pouco têm a ver com a
ética comumente entendida: não há regras relativas ao assassinato, no e-book
adquirido por Alberto Risso - www.unoeditori.com
110
respeitar a propriedade ou a mulher de outros ... Este Pacto é, em última
análise, uma relação normal definida entre dois contratantes, um dos quais é
sem dúvida o contratante forte (o ELOHÌM / ANUNNAKI que ele chamou ele
próprio Yahweh) e o outro contratante é um povo que estava nascendo,
precisando desesperadamente de apoio em sua tentativa de conquistar um
território para viver.

Conclusões inevitáveis ...


Nós apenas temos que considerar como os fundadores do Cristianismo
alteraram a ordem de importância dos preceitos. Como queriam criar uma
religião, deveriam apresentar como fundamentais (escritos na pedra) os
mandamentos que escolheram como úteis para seus propósitos, enquanto os
Elohim consideravam outras normas fundamentais, muito mais concretas e

1
3
sobre as quais seria difícil construir um sistema religioso como é comumente
entendido.
Basta ler as duas listas com atenção para compreender a diferença
substancial, diferença essa que se explica por saber que o Elohim não queria
construir aquela religião que, em vez disso, foi derivada artificialmente dos
textos.
Seus objetivos eram bem diferentes: definir um pacto com um povo a ser
servido em troca de ajuda na conquista de um território para se estabelecer.
Os fundadores do Cristianismo - podemos concluir - obscureceram
deliberadamente os propósitos do Elohim, substituindo-os pelos seus próprios.
Só depois dessa transposição, de fato, Mons.Ravasi (Presidente do Pontifício
Conselho para a Cultura do Vaticano) pode escrever em seu livro 500
curiosidades da fé 26 que o Decálogo permanece, porém, como o próprio
Lutero disse, o melhor espelho da que você pode ver o que está faltando e o que
você precisa procurar.
Para o "verdadeiro" Decálogo, uma declaração como esta obviamente não
seria aplicável ...
26 Mondadori, Milão, 2009.

7
HUfB
(berakháh)
A benção"
Examinamos o possível conteúdo concreto de um termo ao qual
tradicionalmente é atribuído um valor de ordem espiritual: o "kevòd". Uma
tradução semelhante de valor também ocorreu em relação ao termo que
indica "bênção".

1
4
Para a cultura contemporânea (ocidental e oriental) o conceito de "bênção"
lembra um conjunto de gestos, fórmulas ou ritos com os quais se invoca a
proteção de alguma força sobrenatural, fora do comum: Deus, divindades,
espíritos, entidades e / ou energias de vários tipos ...
Todos nós temos em mente operações precisas, como a imposição de mãos, o
desenho de gestos e figuras no espaço, a pronúncia de frases de valor ou poder
espiritual, mágico ou xamânico ...
Acima de tudo, conhecemos bem os aspectos mais populares e supersticiosos
relacionados a essas práticas.
Não havia nada disso no pensamento semítico antigo; antes de proceder com
reelaborações de ordem espiritual, a "bênção" (berakhàh, HUfB) era algo real,
material, objetivamente existente e verificável; era um conceito que
expressava concretude e se referia a ações que tinham direto - não mágico! -
naquele que foi o destinatário.
A "bênção" representava uma atividade real, que produzia consequências
diretas e imediatamente observáveis.
Este aspecto absolutamente operacional do ato de abençoar coincide
perfeitamente com a visão que estamos apresentando aqui de "deuses" muito
materiais, criadores feitos de carne e sangue exatamente como suas criaturas.
Este conceito de "berakhàh" está bem documentado por várias passagens
contidas nos livros do Antigo Testamento, que narram os EBooks adquiridos
por Alberto Risso - www.unoeditori.com
112
as origens do povo judeu e sua relação com o que chamamos de "divindade".
Sempre que uma bênção é dada nos livros mais antigos da Bíblia, ela é
acompanhada, precedida ou seguida, por uma espécie de explicação: em
essência, o conteúdo concreto é sempre declarado, é sempre explicado a que se
refere aquela bênção, com quais modalidades e, sobretudo, com que fins uma
pessoa, um território, um exército ou um povo são abençoados.

1
4
Notamos que as bênçãos não dizem respeito à alma, ao espírito do homem, ao
seu elemento divino presumido, à sua vida após a morte ... Todos os conceitos
absolutamente ausentes nas partes originais do Antigo Testamento, que
tratam de acontecimentos terrenos. De um povo que havia feito um pacto de
aliança com um Elohim.
Desse ponto de vista, de fato, a bênção dizia respeito à produtividade da terra,
à fertilidade dos animais, ao trabalho dos homens, à fertilidade das mulheres,
à vitória na batalha ...
aqui estão alguns exemplos:
• Em Gênesis (1:22), depois de haver criado os peixes e os pássaros, Elohìm os
abençoa para que frutifiquem, para que se multipliquem e encham as águas
dos mares e da terra.
• Em Gênesis (26,3-4) Isaque decide deixar o país atingido pela fome e planeja
descer ao Egito em busca de alimento para si e seu povo. Javé diz-lhe que não
vá lá, mas acampe na região que ele mesmo lhe indicará, e garante-lhe:
«Abençoar-te-ei porque te darei a ti e à tua descendência todos estes países ...».
• Em Deuteronômio (28,2 e segs.) Esta ligação direta e exclusiva entre bênção
e prosperidade material ainda está bem documentada: “Bendito o fruto do teu
ventre, o fruto da tua terra ... a bênção estará no teu grão -nai e em todo
empreendimento de suas mãos [...] Deus fará com que você farta de bens em
crianças [...] as partes de suas vacas serão abundantes e os nascidos do
rebanho [...] que Deus colocará teus inimigos sobre os teus pés [...] o cesto e o
armário serão abençoados [...] tu emprestarás, mas não tomarás
emprestado ... ».

A BENÇÃO"
113
Paralelamente, mesmo a "maldição" tem consequências exclusivamente
materiais: peste, febre, tuberculose, inflamação, calor, seca, ferrugem,
palidez ...

1
4
Em suma, a concretude na bênção ajuda e a concretude no seu oposto: não há
bênção espiritual e não há maldição que diga respeito à alma!

Alguns exemplos...
Iremos relatar brevemente algumas etapas a título de exemplo; por outro
lado, examinaremos de forma exaustiva a história da bênção, certamente a
mais estranha e curiosa, difícil de entender se vista à luz das interpretações
tradicionais: a bênção dada por Isaac a Jacó e a conseqüente decepção de Esaú
quem, coitado, descobre que a bênção paterna ... acabou!
• Como isso é possível, se uma bênção é um dom e um sinal da presença de
Deus?
Mas vamos aos exemplos bíblicos ...
Jacó abençoa os filhos de José
(cf. Gen 48.13 et seq.)
Estamos no final do livro de Gênesis, o patriarca Jacó está doente e seu filho
José vai até ele trazendo seus dois filhos: Efraim e Manassés.
Depois de se alegrar com a oportunidade que teve de até mesmo ver os filhos
de seu filho, Jacó / Israel procedeu à bênção deles. José, pai dos filhos, coloca os
dois na frente do patriarca na posição que considerou correta para a
transmissão da primogenitura: ele então coloca (Gn 48,13) Manassés à direita
de Jacó e Efraim à sua esquerda. Com efeito, a imposição da mão direita
conferia os direitos dos quais muitas vezes dependia toda a vida de uma
pessoa: posses, rebanhos, terras, escravos, riqueza e poder ... (lembremos mais
uma vez que nada dizia respeito à vida espiritual da pessoa abençoada !).

114
Ao contrário do que se esperava, o velho Jacó cruza os braços e coloca a mão
direita na cabeça de Efraim, que era o mais novo, e a esquerda na cabeça de
Manassés, que também era o primogênito (observa o autor da passagem: Gn
48.14).

1
4
José nota a incongruência do fato e se arrepende (Gn 48:17), ele pega a mão
direita de seu pai e tenta movê-la para a cabeça de Manassés, mas Jacó
reconfirma sua escolha e diz que Efraim e seus descendentes terão que se
tornar mais grande de Manassés.
Para garantir isso, era óbvio que Efraim poderia dispor de tudo relacionado à
primogenitura.
Portanto, a descrição precisa dos detalhes do evento, o cruzar de braços, o
desprazer de José, o forçar realizado na tentativa de restaurar a ordem exata,
deixam claro que não foi uma bênção espiritual (que poderia ser facilmente
compartilhada entre os dois sem privilegiar um ou outro) mas da realização
de um gesto que na cultura da época significava a atribuição clara de direitos
de primogenitura, cuja importância compreenderemos melhor quando
falarmos de Jacó e Esaú.
Todos nós entendemos que a bênção espiritual poderia ser facilmente
distribuída sem um determinado posicionamento espacial, sem uma distinção
precisa entre direita e esquerda, como acontece toda vez que um sacerdote
abençoa a assembleia de fiéis que estão dispostos de forma absolutamente
aleatória na frente do oficiante. .
Já no caso de Giuseppe, o gesto foi um ato real com valor jurídico, que
essencialmente estabelecia quem se tornaria rico e poderoso e quem não o
faria.

A benção para os campos


(cf. Jz 1.11-15)
O primeiro capítulo do livro de Juízes narra algumas fases da conquista da
Terra Prometida. Durante o que parece ser um verdadeiro conselho de guerra,
os israelitas perguntam a Javé qual deles deve avançar primeiro contra o livro
cananeu comprado por Alberto Risso - www.unoeditori.com
A BENÇÃO"
115

1
4
e indica em Judá quem terá que lutar primeiro, afirmando que entregará em
seu poder a região que atacará (Jz 1,2). Notamos de imediato que, apesar
desta promessa formulada por "deus", Judas prefere garantir-se um sustento e
pede a ajuda de seu irmão Simeão.
Como já observamos para Moisés, não é que quando o Elohim falava houvesse
certeza absoluta da realização do que estava estrategicamente previsto: a
decisão de Deus não foi considerada garantia suficiente!
E de fato a promessa do Elohìm não foi suficiente para completar a conquista,
porque as regiões da planície estavam sob o controle de exércitos equipados
com carros de batalha e a bênção do Elohìm não foi suficiente para superar
este obstáculo.
Na verdade, o versículo 19 diz que a ajuda de Yahweh foi eficaz nas áreas
montanhosas porque naquele terreno os "carros de ferro" eram obviamente
incapazes de lutar: Deus não era capaz de resolver todas as situações; os
carros de guerra dos inimigos de Israel excederam o alcance de suas bênçãos.
Vamos voltar ao nosso tema ...
No versículo 11 é contada uma história que nos ajuda a iluminar o conceito de
“berakhàh” conforme o estamos destacando. Caleb, filho de Yefunne da tribo
de Judá, está prestes a atacar a cidade de Kiriàt-Sefèr e promete a sua filha
Acsa em casamento aquele que conseguirá conquistar a cidade (Jz 1:12).
O feito é realizado por Otniel, filho do irmão mais novo de Caleb, que então
recebe o presente prometido. Os cônjuges recebem como dote um território
localizado no Negev, que era notoriamente uma área deserta, portanto difícil
de trabalhar e tornar produtiva.
Os jovens não desanimam e a menina, certamente uma pessoa
empreendedora, diz ao pai (Jz 1,15):
"Já que você me atribuiu a terra do Negev ...
HUfB
SW-HBH

1
4
berakhàh
li-havah
bênção
me-a-dá

116

... e você vai me dar fontes (bacias) de água ».


Portanto, a bênção que a menina pede ao pai é claramente descrita: não se
trata de uma boa palavra ("bem dizer"), não se trata de compreensão
amorosa ou de simpatia afetuosa, não se trata de invocar a ajuda de Deus ou
receber algum tipo de energia ou poder mágico ... A bênção necessária é
inequívoca: água para cultivar o solo!
Isso era necessário!
O pai, portanto, concede o que é solicitado: Caleb permite o acesso "à nascente
superior e à nascente inferior", duas fontes localizadas ao norte e ao sul da
terra a ser cultivada.
A bênção (berakhàh) é concedida, o solo torna-se fértil e os dois podem
produzir alimentos.
Nada mágico, nada xamânico, nada espiritual; a bênção tem efeito imediato
porque é concreta: água para um solo árido!

Jacó e Esaú
(cf. Gn 27: 1 e segs.)
A história desses dois irmãos é certamente uma das mais conhecidas em toda a
Bíblia. Eles são os dois filhos de Isaac, eles nasceram ao mesmo tempo, mas
Esaú nasceu primeiro e, portanto, é inequivocamente o primogênito.

1
4
Quando Rebeca estava para dar à luz (Gn 25,24 e segs.): Eis que dois gêmeos
estavam em seu ventre, o primeiro saiu vermelho como um casaco de pele e foi
chamado de Esaú. Então seu irmão apareceu segurando o calcanhar de Esaú
na mão e eles o chamaram de Jacó.
"Cabelo vermelho"?
É interessante sublinhar como a Bíblia sentiu a necessidade de apontar que
Esaú era "vermelho como um manto de pele" (Gn 25:25); essa característica
do cabelo avermelhado ou fulvo vem do Antigo Testamento (pense no Rei
Davi) e é apontada como um fato incomum: não podemos deixar de lembrar o
que foi dito no capítulo dedicado aos EBooks adquiridos por Alberto Risso -
www. unoeditori. com
A BENÇÃO"
117
ANAQÌM e é que o produto da criação dos ANUNNAKI foi identificado com o
apelido de "cabeças negras"
quase para indicar uma diferença com outro tipo de cor de cabelo.
É sem dúvida curioso pensar que o aparecimento do fenótipo caracterizado
pelos cabelos ruivos possa ser interpretado como uma espécie de
reaparecimento de características pertencentes à espécie dominante, à raça
dos criadores. Obviamente não temos provas certas, mas a identificação da cor
do cabelo foi certamente um fator sem importância secundária.
Vale ressaltar aqui uma curiosidade relacionada a essas diferenças. No livro
apócrifo de Enoque é dito que a esposa de Lameque, sobrinho de Enoque, deu à
luz uma criança cuja aparência era, no entanto, uma fonte de dúvidas para o
pai. A pele do recém-nascido não era da mesma cor dos nativos locais, era
branca e rosa, seu cabelo era branco e seus belos olhos pareciam emanar luz.
Lameque então disse a seu pai Matusalém que dera à luz um filho que não se
parecia com humanos, mas com filhos de "anjos". Em suma, Lamech suspeitou
que seu filho havia sido gerado por um dos "Guardiões". Matusalém pediu

1
4
esclarecimentos a Enoque, que o tranquilizou, garantindo-lhe que a criança
pertencia a Lameque e que deveria se chamar Noé.
Esse detalhe das diferenças, portanto, retorna em várias partes da literatura
da época.
Esaú era um caçador que gostava de viver livre na estepe, enquanto Jacó
preferia a tranquilidade da vida pastoral conduzida nos acampamentos
familiares: o primeiro era amado por Isaac enquanto sua mãe Rebeca preferia
o segundo filho.
O capítulo 25 narra que Esaú voltou um dia de uma de suas caçadas exausto e
com fome; ele perguntou a seu irmão se ele poderia tomar um pouco da sopa
que estava preparando, mas Jacó aproveitou a situação e pediu a Esaú que
desse a ele a primogenitura em troca de comida. Esau não hesitou, vendeu os
seus direitos por um pedaço de pão e um prato
118
O LIVRO QUE SEMPRE MUDARÁ AS NOSSAS IDEIAS SOBRE A BÍBLIA da sopa
de lentilha: daí o famoso provérbio que todos conhecem e que se refere à venda
de algo muito importante em troca de "um prato de lentilhas"
precisamente.
Esta transferência foi acompanhada e ratificada por um juramento, mas
evidentemente este ato formal não foi suficiente para tornar concreta e
operativa a transferência de direitos que são tão decisivos para a vida dos
indivíduos e das tribos que deles dependiam.
De fato, quando Isaque envelheceu e sentiu que ia morrer, chamou seu filho
mais velho, o citado Esaú, pediu-lhe que lhe trouxesse um jogo e preparasse
um prato saboroso para acompanhar com alegria a cerimônia oficial de sua
bênção e posse oficial. A mãe Rebeca, que desejava absolutamente garantir
esses direitos ao seu filho predileto, manda buscar Jacob e com ele trama um
engano.
E nos perguntamos: que necessidade havia de enganar Isaque, se o juramento
de Esaú tinha algum valor jurídico?

1
4
Bastaria comunicar ao pai a transferência dos direitos, mas evidentemente as
coisas não eram tão simples.
O engano toma forma.
Jacó aproveita a ausência do irmão e toma seu lugar, cobrindo-se com uma lã
de ovelha desenhada para simular o cabelo de Esaú e presenteia Isaque com
um prato de carne preparado por sua mãe Rebeca. O pai, velho e cego, não
percebe a substituição e "abençoa" Jacó com a fórmula ritual que continha o
objeto da bênção (cf. Gn 27-29): ter orvalho dos céus sobre os campos,
fertilidade do terra, abundância de trigo e vinho, para exercer poder e domínio
sobre os povos, para ser senhor-mestre de seus irmãos e ter reconhecimento e
honras deles ...
Em suma, a bênção conferiu todos os direitos materiais relativos à
propriedade, riqueza e poder. Ele os conferia exclusivamente em um duplo
sentido: em primeiro lugar, apenas o primogênito poderia desfrutá-los e, em
segundo lugar, esses direitos eram os únicos previstos pela bênção (berakhàh).
O engano é logo descoberto por Esaú, que retorna da caça e se apresenta a seu
pai para receber a tão esperada bênção.

A BENÇÃO"
119
Quando Isaac percebe que foi enganado e abençoado o filho errado, ele se
desespera - "ele é sacudido por um tremor muito grande" - e se justifica com
Esaú.
Agora é óbvio considerar que se essa bênção fosse de natureza espiritual,
Isaque não teria motivos para se desesperar, porque esse tipo de bênção está
sempre disponível para qualquer pessoa, e sem qualquer limitação.
Mas é claro que as coisas eram diferentes ...
Na verdade, Esaú faz uma pergunta que parece incompreensível para nós à luz
de uma bênção de ordem espiritual (Gn 27:36): lWbA-AWH

1
4
fYASJ
atsàlta-lo-ha
jiòmer-va
parte-de-colocar-você-não-o-que-talvez
: dito-e
HUfB
SW
berakhàh

?bênção
eu-para
Mas nos perguntamos:
• Como você deixa de lado uma bênção ?!
• Como você guarda algumas bênçãos para alguém ?!
Esaú fez essas perguntas porque sabia que a bênção estava realmente
disponível em quantidades limitadas.
Na verdade, Isaac diz claramente a Esaú que: HYfSYB
nSOA
AB
mirmah-be
cha-achì
BA

1
5
engano-con
seu irmão
veio-é
nlUfB
OdSJ
cha-berakhat
jiqqàch-va
sua benção
levou-ha-e
E o pobre pai passa a afirmar que deu ao filho enganador tudo o que ele
possuía: trigo, mosto, servos ...

120
Muito breve conclusão ...
Aqui está a explicação: a bênção bíblica é feita de bens materiais e, portanto, é
dotada de uma quantidade bem definida de
"substância".
Quando foi dado a alguém, não está mais disponível para outras pessoas.
Assim foi no início da história do povo de Israel e só mais tarde, uma vez
perdido o contato com Elohìm, foi desenvolvido um conceito de "bênção" que
assumiu uma natureza completamente diferente: a partir de "doação de bens
materiais". tornar-se
“Transmissão de benefícios espirituais”.
Resumindo, dois significados muito diferentes de "bênção"!

1
5
Por fim, relatamos uma confirmação, ainda que indireta, do que aqui se
argumentou, tirando-o do citado texto do Arcebispo Ravasi que, sob o título
“Bênção” - ao qual atribui naturalmente o valor espiritual tradicional -
sublinha um elemento decididamente interessante .
O prelado diz literalmente que:
a raiz hebraica que indica bênção (brk) curiosamente se refere ao joelho e não
tanto para indicar uma genuflexão do abençoado, mas para expressar a
sexualidade [através de um eufemismo, isto é, uma forma atenuada de
designar uma realidade forte] do bênção.
Não temos dificuldade em compreender o aspecto forte da situação: a
primeira bênção que a bênção (Elohìm) deu ao homem (Adàm) foi a vida, e
depois a possibilidade de se reproduzir sexualmente para povoar a terra.
Portanto, não é por acaso que a sexualidade está ligada ao conceito original
de bênção: na verdade, ela representou provavelmente sua primeira
concretização manifesta, material.

8
rSASB [
(neviím)
Os profetas e máquinas alienígenas
Em nosso percurso, caracterizado pela análise do sentido literal das passagens
do Antigo Testamento, lemos capítulos e versículos deixando-nos guiar por
aquela abertura necessária para aceitar até o que parece absurdo e que
muitas vezes é definido como tal:
• OVNIs na Bíblia?
"Impossível, pura fantasia, invenções infundadas ..."

1
5
responder aos amargos defensores da doutrina religiosa, que não podem
aceitar verdades que questionariam os fundamentos de seu credo.
No entanto, as coisas podem ser diferentes do que tradicionalmente tem sido
apresentado ...
Nos capítulos anteriores, analisamos a figura de "deus" -
ou, melhor, dos "deuses" ... - conforme apresentado nos textos sagrados;
prestamos atenção à descrição que se faz dos anjos e sua maneira de agir;
levamos em consideração a concretude de conceitos como "bênção" e "glória
de Deus" ... Agora vamos dar mais um passo "ousado" em frente, e vamos ler o
que os profetas "viram" com os olhos, ou seja, aqueles indivíduos que falavam
em nome de Yahweh, portanto, tinham uma relação privilegiada com ele e
conheciam aspectos e manifestações disso que eram negados a outros.
Deixe-nos afirmar que nas Escrituras Judaicas - como em outros textos
sagrados de toda a história religiosa do homem - existem numerosas
descrições de objetos voadores; descrições precisas, obviamente escritas com o
conhecimento das épocas em que os textos EBook adquiridos por Alberto Risso
- www.unoeditori.com
122
já foi escrito. Para dar um exemplo verificável por qualquer pessoa,
lembremos que os índios - que não conheciam nenhum tipo de meio mecânico -
definiam os primeiros trens como "cavalos de aço"; ou seja, eles usaram suas
ferramentas conceituais e linguísticas para descrever o que realmente viram:
um sistema de transporte feito de metal.
O mundo semítico do Oriente Médio era formado por populações que viviam
em ambientes agro-pastoris consistindo em um sistema misto composto de
nomadismo sazonal e um estilo de vida sedentário mais ou menos definitivo;
povos que não possuíam termos específicos capazes de representar
efetivamente fenômenos claramente fora do comum.
Para descrever o que estava além das experiências normais, era necessário
usar as expressões da linguagem cotidiana. Tudo o que era inerente ao vôo só
poderia ser definido com a terminologia própria do mundo dos "pássaros";

1
5
tudo que passava rapidamente pelo ar só poderia ser descrito como uma
forma de "vento" (ruàch: termo cujo significado evoluiu para adquirir o valor
de "espírito"!); qualquer coisa que emitisse alguma forma de energia visível foi
definida
"Fiery ou Fiery"; os repentinos jatos ou reflexos de luz eram necessariamente
"flashes"; todo rugido, estrondo ou ruído produzido por qualquer meio foi
identificado com o "trovão" ou com o som produzido por grandes massas de
água; cada instrumento de observação, talvez com a forma de uma tonelada,
era evidentemente um "olho", e assim por diante ...
Os livres-pensadores devem, portanto, começar a ler as passagens que se
seguem com este espírito e com base nesta premissa, que é tão óbvia quanto
útil para a compreensão, sem ser condicionada por vínculos preconceituosos.
O astrônomo americano Morris Jessup e o cientista soviético Matest Agrest
estavam entre os primeiros a argumentar que as Sagradas Escrituras
continham episódios atribuíveis a presenças alienígenas que se movem sobre
objetos voadores não identificados (OVNIs).
Esta circunstância oficialmente e explicitamente aceita pelos representantes
da Igreja Romana, como amplamente documentado no parágrafo “A Igreja e
os extraterrestres” que leremos mais tarde.

OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS


123
Além do que já foi visto nas páginas anteriores, entre os vários episódios que
podem ser inseridos na hipótese em consideração citamos os seguintes:
• A destruição de Sodoma e Gomorra lembra claramente uma explosão
nuclear descrita por um observador da época; a grande energia produzida
pela explosão teria atingido a esposa de Ló, transformando-a em uma coluna
de sal (cf. Gn 19,26). A este respeito, entretanto, deve-se notar que a tradução
tradicional pode não ser a correta, como o termo melàch, que normalmente é
traduzido com

1
5
"Sal" vem da raiz consonantal do verbo mlch, que indica precisamente o ato de
"dissolver"!
Portanto, o versículo pode indicar de forma muito mais realista que a esposa
de Ló literalmente "se dissolveu" porque foi atingida pelo forte calor produzido
pelo evento destrutivo.
• O Patriarca Enoque é levado pelo Elohìm (cf.
Gen Cap. 5). Nos livros apócrifos de Enoque a narrativa é mais precisa: ele é
levado ao espaço por carros voadores e encontra astronautas "anjos", que lhe
mostram a Terra de cima, e outros seres "brancos" semelhantes aos homens.
• Já mencionamos a estranha maneira como os dois "anjos", hóspedes de Ló, se
defendem do assalto dos habitantes de Sodoma, deslumbrando-os.
• Sem falar na coluna de fumaça e fogo que aparece em forma de nuvem
durante o dia e orienta Moisés e os judeus durante o êxodo no deserto do Sinai.
• E o que são “o forno fumegante e a tocha acesa” que Abraão vê voando à
noite (cf. Gn 15,17)?
• E ainda, o que o profeta Isaías quer nos indicar nas várias passagens de seu
livro que fazem referência direta ou indireta a fenômenos do tipo aqui
hipotetizado (cf. Is 2,2; 2,19; 4,5- 6; 6, 1-6; 8,8; 13,5; 14,12; 14,29-31; 19,1;
29,6; 30,6; 30,30-33; 31,4; 60,1-3; 64,1-3; 66,1; 66,15)?
• E a que Jeremias se refere (cf. Jr 4.13; 14,21; 17,12; 23,8; 23,19; 23,24; 25,32;
30,23; 48,40; 49,22; 51,1)?

124
Os exemplos possíveis são, portanto, muitos.
O leitor disposto pode ir e ler as passagens citadas, optamos por examinar em
detalhes algumas experiências vividas por três profetas: Ezequiel, Elias e
Zacarias.

1
5
Esta escolha é ditada por três razões precisas: 1) a visão de Ezequiel é a mais
famosa e, no entanto, uma parte extremamente significativa dela é sempre
esquecida para a compreensão do acontecimento; 2) a história de Elias nunca
é apresentada em todos os seus aspectos e em todas as suas implicações; 3) a
visão de Zacarias raramente é mencionada e, em todo caso, um aspecto que a
liga justamente às máquinas voadoras e à terra dos Guardiões, que é a
Suméria, nunca é destacado, ao contrário, extraordinariamente presente na
história.
Mas vamos analisar os eventos dos três profetas bíblicos com mais detalhes.

Ezequiel
Ezequiel (nome que significa "El é forte") nasceu por volta de 620 aC e, embora
pertencesse a uma família sacerdotal, trabalhou como profeta.
Deportado para a Babilônia em 597 aC, ele se estabeleceu na aldeia de Tel
Aviv, às margens do rio Kebàr (Kevàr).
A sua missão profética tinha por missão dar esperança aos exilados: depois do
castigo pela idolatria, voltaria o momento da refundação de Israel a partir do
renascimento da cidade sagrada de Jerusalém e do Templo.
As notícias sobre a sua vida são escassas e a sua actividade provavelmente
muito contrastada: sabe-se que por um lado gozava de grande prestígio
porque os mais velhos muitas vezes recorriam a ele para gerir negócios
importantes (mesmo que por vezes não o faziam entenderam o conteúdo de
sua pregação ou, deliberadamente, decidiram não lhe dar crédito ...).

OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS


125
Muitas vezes, para estimular seus ouvintes, Ezequiel realizava ações altamente
simbólicas: comia pão assado com esterco, deitava-se por longos períodos de
um lado do corpo, amarrava-se com cordas ou cortava o cabelo com uma
espada ...

1
5
Cinco anos após sua deportação, ele teve a visão descrita no primeiro capítulo
do livro que leva o nome dele.
O profeta diz que enquanto estava às margens do rio Kevàr (Ez 1,1):
HAfAJ
rSYjH
JOl`S [
eréh-ve
sciamàim-ha
Niftechù
Eu vi e
céus-eu
eles abriram sim
rSHWA
lJfAY
Elohìm
mareòt
Elohìm
divisões
Vamos começar imediatamente apontando que as traduções normais
freqüentemente sintetizam esta declaração com a expressão genérica
"Visão divina".
Por outro lado, o sentido expresso pelo profeta, que diz ter visto o Elohìm
depois que os céus se abriram, é bem diferente: são na verdade "visões", isto é,

1
5
uma pluralidade de sujeitos presentes, como então fica claro no descrição que
se segue.
Na verdade, Ezequiel continua, com aquela riqueza usual de detalhes que
muitas vezes destacamos em outras passagens (Ez 1,4 e segs.):
"E eu vi ...
HAB
Hf_]
OJf
H [HJ
vah
searàh
ruàch
hinnéh- ve
chegando
tempestade
vento
aqui-ed
jAJ
WJFD
s [_
sJ`bH-sY
esc-ve
gadòl

1
5
anàn
tsafòn-ha-min
fogo-e
ótimo
nuvem
norte-da-da

126
BSB]
JW
HD [J
IOdWlY
savìv
a
nogah-ve
mitlaqachat
meio Ambiente
he-a
esplendor-e
tirando
WYjOH
sS_U

1
5
HUJlYJ
chascmàl-ha
en-ke
àh-tokh-mi
faísca
de olho
his-center-from-e
Então o profeta especifica que este "olho da centelha" está no "centro do fogo".
O termo traduzido por “olho” também significa algo luminescente e o termo
traduzido por “faísca” também indica âmbar ou eletro. Temos então a
descrição do que poderia ser um verdadeiro encontro próximo com um OVNI:
uma nuvem tempestuosa vindo do norte, no meio dela o fogo dos sistemas de
propulsão que gira sobre si, a radiação de luz ao seu redor e, para seus centro,
algo brilhando como o eletro!
Talvez esta última imagem tenha sido usada para descrever a cor e
luminescência da parte central (o eletro era uma liga natural e artificial feita
de ouro e prata) ou talvez representasse fenômenos eletromagnéticos, como as
propriedades elétricas do âmbar (que os gregos elétron definido) já eram bem
conhecidos na antiguidade.
Mas vamos continuar com a análise da descrição de Ezequiel: IJSO
_BfA
lJYF
HUJlYJ
chaiiòt
Arbà

1
6
maldito
àh-tokh-mi
vivo
quatro
de forma
his-center-from-e
E o aspecto dos “quatro viventes” foi caracterizado da seguinte forma
(versículos de Ez 1,5-17, que relatamos sem o texto hebraico para não
sobrecarregar a leitura, mas sempre respeitando a literalidade e a forma do
texto original):
• "eles tinham a forma de adam";
• “cada um deles tinha quatro faces e quatro asas”;
OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS
127
• "seus pés eram direitos, e as solas dos pés eram como as de um bezerro, e
brilhavam como olhos [luminescência] de bronze polido";
• «e as mãos de adam debaixo das asas [o termo kanàf tem vários
significados:“ asa, extremidade, borda ”] deles, acima de seus quatro lados»;
• "todos os quatro tinham suas faces [partes frontais] e asas [extremidades,
bordas]";
• «as asas [extremidades] estavam próximas uma da outra [“ mulher para sua
irmã ”diz o versículo 9]";
• "eles não se viraram enquanto avançavam";
• "cada um procedeu na direção de seu rosto [frente, frente]";

1
6
• "formar suas faces de adam faces, e para todas as quatro faces de leão à
direita e rostos de boi à esquerda, e rostos de águia";
• "seus rostos e asas foram separados de cima";
• “cada um tinha dois unidos ao outro e dois cobrindo o corpo”;
• “cada um avançou na direção do seu rosto [frente], para onde o vento estava
prestes a ir”;
• "foram e não se viraram enquanto caminhavam";
• "e semelhança [forma] das aparências vivas para eles como brasas de fogo
ardente como aparências de tochas indo e voltando entre os vivos";
• "e o fogo tinha esplendor, e do fogo que saía [saiu]
raio";
• “e os vivos correm e voltam [ziguezagueando em todas as direções] como
uma visão do relâmpago”;
• “e uma roda no chão perto [do lado] dos vivos para quatro faces [partes
anteriores] deles”;
• "e aparência das rodas e as contas como olho de Tarschish [esplendor de
gema, crisólita]";
• "e uma a quatro semelhanças deles";
• "e suas aparências e faturas como se [se] fosse a roda no meio da roda [uma
roda dentro da outra]";
• "em quatro de [quatro] lados [direções] ao ir eles";
• "eles não viraram para ir eles".

128

1
6
Sem dúvida nos deparamos com uma descrição detalhada, certamente
maravilhados, feita com muito cuidado para descrever com grande atenção o
que foi visto por Ezequiel após a abertura dos céus.
Não é absolutamente um sonho ou uma visão como é tradicionalmente
entendido!
Ele está na margem do rio, é dia e tudo começa com um impetuoso “algo” que
vem de uma direção precisa, o norte.
Notamos como é quase obsessiva a necessidade de repetir que esses "seres
vivos" se moviam em todas as direções sem a necessidade de virar, ou seja,
girar, como os vagões de transporte normais faziam naturalmente:
evidentemente era uma estranheza absolutamente única, como para atingir
aquele que estava testemunhando o evento.
Outro detalhe importante é a descrição da "roda dentro da roda", que nos
lembra muitos discos voadores retratados com uma cúpula que se parece com
"uma roda no meio de uma roda" ...
As curiosidades, porém, não param por aí; vamos continuar lendo (Ez 1:18):
• "e círculos [curvaturas] para eles e magnitude [altura] para eles";
• "e círculos [curvaturas] cheios de olhos ao redor de quatro deles".
Esses círculos devem ter parecido decididamente imponentes e todos os quatro
eram dotados do que o profeta chama de "olhos" e que podemos definir
"vigias", tomando cuidado para não trabalhar muito com a imaginação.
Os versos 19-21 então descrevem alguns modos de movimento desta máquina:
• “e em [quando] o avanço dos vivos fez avançar as rodas perto [ao lado]
deles”;
• “e em [quando] o vivente se levantou da terra, as rodas se ergueram”;
• «para [onde] que o vento estava lá para ir eles foram lá
[para onde] o vento vai ";

1
6
OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS
129
• "e as rodas subiam para os lados [com eles] como o vento da vida [vivendo]
nas [com] as rodas";
• «em [quando] ir eles foram e em [quando] ficar
[pare] eles foram [parados] ";
• "e em [quando] eles se levantaram de cima da terra eles levantaram as rodas
em seus lados [com eles]";
• "como vento da vida [vivendo] nas [com] rodas".
Portanto, existem rodas que se movem com todo esse "objeto" não identificado,
e que com ele não só se move, mas sobe e desce no chão!
O seguinte versículo 22 nos dá outro detalhe muito familiar:
HSOH
SjAf-W_
lJYFJ
chaiià-ha
rascé-al
demùt-u
vita-la
alerta
(similaridade) forma-e
AfJ [H

1
6
OfdH
sS_U
_Sdf
norà-ha qeràch-ha
én-ka
raqìa
abóbada de gelo incrível (cúpula) HW_YWY
rHSjAf-W_
SJQ [
maalah-le-mi
hem-rascé-al
natwì
acima de
eles-heads-up
tesa-essente
Vamos agora nos perguntar honestamente, livres de preconceitos, como bons
buscadores no Caminho do Conhecimento Livre, o que desejamos ser:
• Achamos difícil ver, nesta última imagem, as cúpulas transparentes que se
situam acima das cabeças daqueles que, neste ponto da descrição, pensamos
poder definir facilmente "pilotos"?
Podemos responder não com calma: a descrição aqui parece muito clara e sem
mal-entendidos.

130

1
6
Os versos 23 e 24 finalmente descrevem a posição das asas e o ruído
produzido pelo movimento:
• "e sob a abóbada [cúpula] suas asas retas uma irmã para a dele";
• “a cada dois cobrindo seus corpos e a cada dois cobrindo seus corpos”;
• «e ouvi o som [voz, ruído] de suas asas como som
[voz, ruído] de muitas águas ";
• "como som [voz, ruído] de Sciaddài [um termo que indicava o poder de
Elohìm] em
[quando] proceder com eles ";
• “som [voz, ruído] de clamor como som [voz, ruído] de acampamento”;
• "em [quando] parar, eles largaram [baixaram] as asas".
Basicamente, Ezequiel nos conta que quando elas foram levantadas, as asas
foram abertas, enquanto o movimento foi acompanhado por um barulho alto,
e que quando pararam as asas foram baixadas!
Não temos a intenção de adicionar mais comentários a esses versículos: eles
são autoexplicativos.
Imediatamente depois, ocorre um evento que atinge o profeta (Ez 1,25-27):
• "e era som [voz, ruído] de cima para a abóbada [cúpula] do que sobre suas
cabeças";
• "e de cima a abóbada [cúpula] que em suas cabeças como uma aparência de
pedra de safira";
• "forma [semelhança] de trono";
• "e acima da forma [semelhança] da forma do trono [semelhança] a partir da
aparência de adam sobre ele de cima".

1
6
Em suma, acima das cúpulas que ficavam sobre as cabeças dos vivos há uma
estrutura em forma de assento (trono) na qual há um ser semelhante aos
homens.
O profeta então passa a descrever os detalhes, e novamente conta que viu algo
que já o havia atingido anteriormente:
• "como o olho da centelha [eletro, âmbar]";
• "como uma aparência de fogo";

OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS


131
• "casa ao seu redor [cercou-o]";
• "da aparência [semblante] de seus quadris e acima";
• "e dá a aparência [aparência] de seus quadris e abaixo";
• "Eu vi como uma aparência [semblante] de fogo e esplendor ao seu redor".
Este "ser semelhante a um homem" sentado no posto de comando emanava,
portanto, uma luz particular, que talvez lembrasse a cor do eletro ou do
âmbar: uma luz dourada, portanto, com reflexos luminosos particularmente
evidentes na parte inferior.
O capítulo termina com uma declaração que nos remete ao capítulo dedicado
ao kevòd, ou seja, à "Glória de Deus".
Ezequiel diz (1:28):
"Como a aparência [aparência] do arco que está na nuvem em dia de chuva,
então aparência [aparência] de esplendor ao redor ...
lJYF
HAfY

1
6
AJH
demut
maréh
hu
de-semelhança de- (aparência) aparência (este) it HJHS-FJBU
Yahweh-kevòd
Yahweh-di-kevòd
Neste ponto sentimos que não poderíamos mais traduzir o termo kevòd por
"Glória", porque o que é descrito aqui apenas confirma que antes de Ezequiel -
como antes de Moisés - algo "grande, poderoso e barulhento foi apresentado.",
Exatamente como nós anotado no capítulo dedicado à Glória de Deus.E aqui,
Ezequiel, assim como Moisés, descreve em detalhes todos os elementos que nos
permitem definir “grande e poderoso” o que ele viu, sem qualquer dúvida.

O kevòd vai embora ...


O livro deste profeta nos oferece mais uma confirmação. Após a descrição
detalhada da máquina, Ezechiele faz um
132
conta de tudo que aquele ser brilhante como um adão que se sentou no
"trono" (diríamos na "ponte" ...) diz a ele.
No final da conversa, o profeta diz (Ez 3: 12-14):
• “Eu ouvi atrás de mim o som [voz, barulho] de um grande terremoto ...”;
• “e som [voz, ruído] das asas dos vivos tocando cada um à sua irmã”;
• “e som [voz, ruído] das rodas nas suas laterais”;
• "e som [voz, ruído] de um grande terremoto";
• "e o vento me levantou e me levou".

1
6
Seguindo Ezequiel, aqui parece que ouvimos os diferentes sons produzidos
pelos instrumentos voadores (asas, hélices) e pelas rodas com as quais a
máquina se movia no solo.
Também ouvimos o "ruído do terremoto" que ouvíamos sempre que nos
encontrávamos em uma pista em conjunto com a decolagem ou de um avião
(ou talvez assistimos as primeiras partidas da espaçonave da NASA e do
espaço em um programa de televisão. .).
... e retorna ao santuário de Jerusalém
Os capítulos de 33 a 48 contêm a mensagem final de salvação para os exilados:
haverá um novo Templo e um novo culto liderado por um sacerdócio também
renovado.
No capítulo 43, Ezequiel narra que Elohim o conduz a uma alta montanha de
onde lhe mostra o Templo, então o coloca na porta voltada para o leste e aqui
(Ez 43.2): WAfhS
SHWA
FJBU
Israel
Elohé
kevòd
Israel
di-Elohìm
degli-kevòd
rSFdH
nfFY
AB

1
6
qadìm-ha
dérekh-mi
BA
leste-lo
de-longe-de
veio

OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS


133
rSBf
rSY
WJdU
JWJdJ
rabino
mutilar
qol-ke
ò-qol-ve
vários
águas
de som
seu-som-e
Mais máquinas voadoras do Elohìm, e novamente o grande estrondo!

1
7
Ezequiel finalmente nota que aquela visão era como a que ele vira perto do rio
Kevar.
Todo o texto de Ezequiel, portanto, se refere a eventos que o profeta
testemunhou e que ele pretendia descrever em grande detalhe: máquinas
voadoras dirigidas pelo Elohim e que ocorrem em várias localizações
geográficas que também servem como um termo de comparação; assim como
em uma história normal, diz-se que o que se viu em um lugar se assemelha - ou
é exatamente igual - ao que se viu em outro lugar e em outro tempo!

Preconceito dogmático
A precisão do editor do livro de Ezequiel ajuda a entender o que aconteceu e
por outro lado também nos permite considerar a atitude de muitos
comentaristas tradicionais que definiram o profeta como um "escritor prolixo"
porque "se perde na descrição dos detalhes".
A atitude dogmática, de fato, considera inútil tudo o que não seja diretamente
funcional àquela representação de Deus que condiciona o pensamento
religioso.
Evidentemente, Ezequiel, livre de preconceitos dogmáticos, não considerou
inútil demorar-se em apresentar a carruagem de Yahweh, que era uma
expressão e prova de sua força.
Mais uma vez não podemos deixar de apontar que o tradicional forçar de
quem vive com aborrecimento o que não é compatível com os dogmas não
permite uma abordagem correta e serena dos conteúdos e evidenciam as
dificuldades óbvias de quem deve necessariamente compatibilizar os textos
com os teses religiosas pré-estabelecidas.

134
Primeira breve observação final
Finalmente, deve ser dito que Maimônides e Nahmanides (entre os maiores
comentaristas judeus do Antigo Testamento, que viveram entre os séculos XII e

1
7
XIII DC) argumentaram que esta parte da Bíblia (junto com o capítulo da
Criação) tinha que ser ensinada por um professor a um ou no máximo dois
discípulos, visto que o conhecimento nele contido teve que ser comunicado a
um grupo muito seleto ...
Evidentemente, a informação aqui contida foi considerada compreensível
apenas por algumas pessoas, que tiveram que ser preparadas com
antecedência: não temos dificuldade em pensar nisso, visto que ainda hoje há
muitos que não estão dispostos a aceitar essas verdades.

OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS


135
Figura 6 Reconstrução hipotética da carruagem celestial vista por Ezequiel.

1
7
136
Elijah
A vida e a atividade de Elias são narradas nos dois livros dos Reis (1Rs 17,1 e
2Rs 2,25).
Seu nome Eliyahu significava "El meu Yahweh", isto é, "meu deus é Yahweh" e
de fato ele trabalhou como um profeta deste Elohìm.
É considerado um dos maiores profetas de todo o Antigo Testamento: natural
de Tiscbe de Gileade, cumpriu sua missão na época do rei Acabe (século IX aC).
Ele se lembra do desafio vitorioso lançado contra os sacerdotes / profetas do
deus Baal no Monte Carmelo, e precisamente em el-Murahqàh, no extremo
sudeste da cordilheira de mesmo nome: os 450 profetas derrotados por Elias
são mortos perto do transmitir Qison.
Alguns fatos extraordinários também foram atribuídos a ele:
• a multiplicação de azeite e farinha e a ressurreição do filho da viúva de
Sarefta, perto de Sidon (1Rs 17,17-24);
• o acendimento da pira erguida com lenha embebida em água, que aconteceu
pelo fogo de Yahweh que desceu do céu (1 Reis 18:38);
• ainda é o fogo de Yahweh invocado pelo profeta para descer do céu para
incinerar duas missões de 50 soldados que o rei Acazias envia contra ele,
culpados de ter criticado seu comportamento (2Rs 1,9-15);
• enquanto ele está em uma caverna no Monte Oreb - a montanha na qual
"deus" vivia na época do êxodo do Egito -
ele testemunha a chegada de Yahweh (1 Reis 19: 9-12), que o manda ficar na
montanha enquanto ele passa à sua frente. A chegada (aterragem?) É
acompanhada por todos os fenómenos habituais que já conhecemos bem:
vento forte, tremor de terra, fogo e por fim uma leve brisa.

1
7
O sequestro de Elias
O episódio que estamos interessados em examinar, entretanto, é encontrado
no capítulo 2 do segundo livro dos reis e é conhecido como "o arrebatamento
de Elias".

OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS


137
Este é um evento que com a terminologia moderna poderia ser definido como
um verdadeiro "rapto", isto é, um sequestro por alienígenas (mesmo que o
termo "sequestro" não pareça apropriado, porque o que aconteceu ao profeta
era conhecido de antemão e Elias ele vai para lá conscientemente,
acompanhado por seus seguidores, que por sua vez estão cientes do que está
por vir).
Vamos ver o episódio em detalhes (2 Reis 2,1 e seguintes).
O capítulo começa com a partida de Elias e seu discípulo Eliseu da cidade de
Galgala que ocorre: JHTWA-la
HJHS
lJW_HB
Eliàhu-et
Yahweh
halòt-ba
Elijah
Yahweh
aumentar- (quando) em
Hf_] B

1
7
Searah-ba
turbinas-the- (com) em
O profeta convida seu jovem seguidor a ficar, dizendo-lhe que Yahweh apenas
ordenou que ele fosse para Beth-El ("Casa de El"), mas Eliseu se recusa a
obedecer e segue seu mestre.
Lá eles encontram outros discípulos do profeta que dizem a Eliseu (2 Reis 2,3):
HJHS
rJSH
PRA CIMA
l_FSH
Yahweh
iòm-ha
ki
iàdat-ha
Yahweh
dia
que
você sabe (o que talvez)
W_Y
nS [FA-la
OdW
al-me
kha-adoné-et

1
7
loqécha
acima de
seu-senhor
tirando
Sl_FS
S [A-rD
fYASJ
njAf
adaptado
anì-gam
iiòmer-va
kha-roscé
.assim
eu também
: dito-E
? sua cabeça

138
O LIVRO QUE SEMPRE MUDARÁ AS NOSSAS IDEIAS SOBRE A BÍBLIA Portanto,
não há dúvida de que todos estão cientes do que está para acontecer e também
sabem quando: "hoje" (este é o significado da expressão "o dia") Javé
representa “Pegue” o profeta.
Elias e Eliseu vão então para Jericó, e aqui também há discípulos que estão
cientes da partida iminente de Elias (2Rs 2,5).

1
7
Os dois partiram em direção ao Jordão seguidos por 50 discípulos que, porém,
mantêm distância; depois de cruzar o rio, Elias pergunta a Eliseu (2Rs 2,9):
nW-Hh_A
HY
WAj
lakh-eessé
mah
Shal
Eu vou te fazer por
que
Perguntar
nY_Y
OdWA
rfQB
imàkh-me
ellaqàch
térem-estar
você-com-da
levado (venha) eu irei
que-antes-em
Eliseu pede que lhe seja introduzida uma dupla parte (porção, dois terços) do
espírito do mestre, que responde que isso será possível se ele puder vê-lo no
momento em que "será levado".

1
7
O versículo 11 narra a chegada da carruagem celestial. Enquanto os dois estão
caminhando e conversando:
jA
S] J] J
jA-BUf
H [HJ
Esc
susé-ve
esc-rékev
innéh-ve
incêndio
of-cavalli-e
fogo de carruagem
aqui-ed
rHS [j
sSB
JFf`TJ
hem-Scené
Nós vamos
iafridù-va
dois-eles
entre

1
7
dividido-e
Então, uma carruagem em chamas puxada por "cavalos de fogo" (ricor-
OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS
139
digamos que o "cavalo de aço" dos índios?) se interpõe entre os dois que
prosseguem e ...
rSYjH
Hf_] B
JHTWA
W_SJ
sciamàim-ha
Searah-ba
Eliàhu
Iàal-va
céus-as turbinas-o- (com) em
Elijah
subiu e
O episódio, portanto, é claro: Elias sobe ao céu em uma carruagem e essa
retirada dele era amplamente esperada e conhecida por todos os discípulos
que estavam no território entre Beth-El, Jericó e o Jordão (também o caminho
feito pelos dois é descrito com precisão).
Que se trata de uma elevação física real é então confirmado pelos seguintes
versos - que normalmente não recebem a importância que têm em ajudar a
compreender o que realmente aconteceu - que contam exatamente o que
Eliseu fez e, acima de tudo, o que eles pensaram. Para tornar seus seguidores .

1
7
Em primeiro lugar, Eliseu:
• "olhando [...] não o viu mais";
• "ele agarrou suas vestes e rasgou-as em duas partes (2 Reis 2:12)";
• “ele pegou o manto que caiu de Elias”;
• "Eu vou voltar";
• "parou no Jordão".
Os discípulos que antes se mantinham afastados da cena o veem chegando, vão
ao seu encontro e mostram sua intenção de ir procurar Elias porque (2:16):
HJHS
OJf
JAh [-s`
Yahweh
ruàch
ò-nesa-caneta
Yahweh
vento
ele tem-talvez
rSfHH
FOAB
JHUSWjSJ
harìm-ele
achàd-be
ù-iasclike-va

1
8
monti-i
de um em
ele-jogou-ele-e

140
lJSADH
10AB
JA
gheaiòt-ha
achàt-ba
ou
vales
de um em
ou
Com esta atitude mostram que o que presenciaram era real: o vento de
Yahweh - cujo possível significado já examinamos no início do capítulo - havia
levado fisicamente Elias e poderia tê-lo depositado em algum lugar do
território circundante, consistindo de montanhas e vales.
A princípio Eliseu ordena que não façam pesquisas, mas depois cede à
insistência de seus companheiros.
A busca é realizada nos três dias seguintes, mas com resultados negativos:
Elias havia desaparecido definitivamente, levado aos céus pela carruagem de
Yahweh.

1
8
Estamos, portanto, diante de um episódio predito, conhecido de antemão pelos
diretamente envolvidos e, portanto, planejado pelo Elohim que decidiu levar
este representante com eles.
Como de costume, a concretude do episódio é documentada pela riqueza de
detalhes com que é narrado: a viagem; os encontros com os discípulos dos
profetas que fazem perguntas a Eliseu com espanto; a travessia do Jordão com
seguidores que se afastam do local onde o evento está prestes a ocorrer; os
dois caminhando e a carruagem que intervém; finalmente a pesquisa
motivada pela fisicalidade do ocorrido.
Não se busca por três dias, lutando pelas montanhas e vales, que foi
sequestrado apenas em uma visão ou em um sonho! 27
O rapto de Enoch
O privilégio de viajar nas máquinas do Elohim não era exclusivo de Elias: já
havia sido concedido ao patriarca Enoque!
Sexto descendente de Adão na genealogia dos Setitas, filho de Iared, Enoque,
por sua vez, gera Matusalém, o avô de Noé.
27 Também tratamos desse evento no livro Resurrection Reincarnation
- Histórias consoladoras ou realidade? (apresentado no final deste volume),
examinando-o à luz do uso feito dele para demonstrar que a doutrina da
reencarnação está presente nos Evangelhos.

OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS


141
Gênesis 5: 22-24 narra:
• "e Enoque caminhou [para a frente e para trás] com o Elohìm";
• "depois de ter gerado Metusclàch [Matusalém] trezentos anos";
• “e gerou filhos e filhas”;

1
8
• "e foi todos os dias [tempo] de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos";
• "e Enoque caminhou [para a frente e para trás] com o Elohìm";
• “e ele já não [era] porque tomou Elohìm”.
Enoque, portanto, teria ido, sem morrer, com o Elohìm: a tradição era
evidentemente difundida, conhecida e aceita, porque também foi retomada
por Sirach (44,16) e pelo Novo Testamento na Carta aos Hebreus (11,5).
Também para ele pareceria impróprio falar de “arrebatamento”, pois duas
vezes o texto nos diz que Enoque caminhou com o Elohim e o verbo está em
uma construção particular, o que indica a intensidade e a repetitividade da
ação. Por isso o sentido pode ser efetivamente representado caminhando
"para a frente e para trás": o autor nos diz resumidamente que foi um
acompanhamento constante e repetido.
Além disso, o livro do Gênesis é muito lacônico ao descrever a história, que em
vez disso é narrada em grandes detalhes nos livros apócrifos do patriarca.
Neste último, há descrições das viagens que ele faz acompanhado pelos anjos
definidos como "Vigilantes" (um termo que lembra os Guardiões da Suméria e
os Neteru do Egito ...).
Vamos analisá-los brevemente:
• Enoque sobe ao céu em uma casa maravilhosa onde encontra a Grande
Glória de Deus;
• é levado para vários locais, incluindo subterrâneos;
• voar para um local deserto dominado pelo fogo;
• então se move em diferentes direções em direção aos limites da Terra;
• recebe dos "Vigilantes" uma série de conhecimentos astronômicos relativos à
ordem do cosmos, do sol, da lua e suas fases, do ano lunar, dos ventos
(conhecimento que os Elohìm amplamente possuíam, por serem viajantes do
espaço! )

1
8
142
Segunda breve observação final
Paramos deliberadamente por aqui, sem aprofundar as descrições extraídas
dos textos apócrifos, pois nosso compromisso é usar os textos oficialmente
aceitos pela religião cristã e como tais considerados verdadeiros, fundados e
"inspirados por Deus" (mas então
“Estranhamente” chateado por não ter que aceitar o quão simples e claro eles
nos dizem: os Elohìm moviam-se em máquinas voadoras ...!).

Zacarias
Zacarias insere-se no grupo dos chamados "profetas menores", definição
motivada exclusivamente pelas dimensões dos textos que lhes são atribuídos:
não se trata, portanto, de uma avaliação qualitativa.
Por outro lado, não poderia ser, porque uma leitura cuidadosa e comparativa
dos Evangelhos atesta que o profeta Jesus conduzia grande parte de sua
pregação justamente sobre as doutrinas desses seus predecessores, por ele
citadas abundantemente.
Zacarias - cujo nome significa "Senhor lembrado" -pertence, com Ageu e
Malaquias, ao grupo de profetas da era persa: sua atividade ocorre realmente
no final do século VI aC
No livro que lhe é atribuído, o profeta conta na primeira pessoa as "visões" que
teve e que podemos resumir da seguinte forma:
• estar no cavalo baio, de que falamos no capítulo dedicado ao malakhìm (Zc
1,7-17);
• quatro chifres e quatro ferreiros (artesãos) (Zc 2,1-4);
• um homem com um barbante para medir a cidade de Jerusalém (Zc 2,5-17);

1
8
• purificação do sacerdote e promessa a Zorobabel quanto à reconstrução do
Templo (Zc 3,1-10 e 4,6b-10);
• o castiçal com as duas oliveiras (Zc 4,1-6 e 10b-14);
• o meghillàh (rolo) e o efàh voador (Zc 5,1-11);
• quatro carros voadores entre duas montanhas de cobre (Zc 6,1-15).
S PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS
Consideraremos os dois últimos blocos, porque são particularmente
significativos em relação ao que estamos examinando. Em primeiro lugar,
podemos excluir que o que vamos ler é o resultado de um sonho, uma visão
onírica ou algo semelhante, porque o profeta pouco antes (Zc 4,1) especifica:
"O malàkh falante voltou a mim e me acordou como um homem que acorda de
seu sono ".
Com este esclarecimento - que nos assegura que o profeta certamente estava
bem desperto! - vamos examinar Zacarias 5: 1-11.
O meghillàh e o efah: objetos voadores

não identificado ...


Zacarias (5,1) fala na primeira pessoa e afirma: S [S_
AhAJ
BJjAJ
hiena
essà-va
asciùv-va
Meus olhos
Eu me levantei e
voltou e

1
8
A combinação de "voltar e fazer uma coisa" é uma construção freqüentemente
usada em hebraico para dizer que aquela coisa é feita "de novo": portanto, o
significado da expressão é "olhei para cima novamente".
Então ele continua:
H`_
HWDY
H [HJ
HAfAJ
afàh
meghillàh
hinnéh-ve
eré-ve
volante
(cilindro) rolo
aqui-ed
Eu vi e
O malàkh pergunta o que ele está vendo (Zc 5,2) e ele responde: H`_
HWDY
HAf
S [A
afàh
meghillàh
roéh

1
8
anì
volante
rolar
vendo
eu
O termo meghillàh indica um rolo, um livro de papiro arro-
144
removeu, qualquer objeto cilíndrico, enfim, e portanto a cena é clara: o
profeta está bem acordado, faz o gesto de erguer os olhos e vê um cilindro
voador; ele está certo disso, a ponto de também confirmá-lo ao malàkh que lhe
faz a pergunta.
O objeto é então tão concreto e real que Zaccaria também nota suas
dimensões:
HYAB
rSfh_
HUfA
ammàh-ba
esrìm
ah-arca
cubit-the-in
ventos
seu comprimento
HYAB
fh_

1
8
HBOfJ
ammàh-ba
esèr
àh-rachb-ve
cubit-the-in
dez
its-width-e
O côvado tinha cerca de 50 cm de comprimento, então temos um "cilindro
voador" com cerca de 10 metros de comprimento e 5 metros de largura!
Então Zacarias é convidado a erguer os olhos mais uma vez para observar o
que se aproxima (Zc 5,6), mas desta vez é ele quem faz a pergunta ao anjo
(malàkh), que lhe diz que é um "efàh que sai" (H`SA lAbJS).
É preciso saber que o efàh era uma unidade de medida usada para cereais e
correspondia a cerca de 40 litros de farinha, portanto, neste ponto da história,
questiona-se na realidade o que seria esse objeto de aparente uso comum.
movimento autônomo.
O que esclarece e torna o todo interessante está contido no versículo 7:
lf`_
fUU
H [HJ
oféret
kikkàr
hinnéh-ve
liderar

1
8
círculo di- (disco)
aqui-ed
HjA
lAMJ
lAh [
ishah
zòt-ve
nisèt
mulher
isso é
ser aliviado (vindo)

OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS


145
H`SAH
nJlB
lBjJS
10A
efah-ha
tokh-be
ioscévet
achàt

1
8
efah-la
di-interno-in
sentado
(apenas um
O malàkh então fecha o disco principal e a cena é ainda mais enriquecida,
porque dois outros seres femininos estão chegando. Para vê-los, Zacarias
precisa erguer os olhos novamente (Zc 5: 9):
rHS` [UB
OJfJ
hem-kanfé-be
ruàch-ve
eles-asas-para cima
wind-e
Então, essas duas mulheres voadoras ...
H`SAH-lA
H [AhlJ
efah-ha-et
tissanàh-ve
efah-la
eles levantaram-e
rSYjH
sSBJ
ufAH

1
9
sSB
sciamàim-ha
vèn-u
àrets-ha
Nós vamos
céus-eu
entre e
Land-la
entre
Assim, depois do cilindro voador, Zaccaria vê um contêiner / navio se
aproximando com um disco de chumbo (alçapão?) Que se abre e mostra uma
mulher sentada dentro; então, duas outras mulheres chegam em voo e
levantam este "objeto" não identificado no ar.
Nesse ponto, o profeta pergunta para onde o estão levando e o malàkh
responde (Zc 5:11):
f_ [j
ufAB
lSB
HW-1J [BW
Scinàr
érets-be
isca
lah-vnòt-li
Scinàr

1
9
di-terra-in
casa
ela-para-construir-um

146
O LIVRO QUE SEMPRE MUDARÁ AS NOSSAS IDEIAS SOBRE A BÍBLIA HOS [HJ
sUJHJ
Hunnichàh-ve
hukhan-ve
mail-will-e
(preparado) fixo-will-e
Hl [UY-W_
rj
àh-mekunat-al
Farsa, falso
baseado em

Este objeto não identificado, capaz de conter uma mulher, chega em vôo, é
erguido por duas fêmeas voadoras e é levado para a terra de Scinàr onde será
colocado - ficará - em uma plataforma que está sendo preparada para ele no
entretanto.
• Temos dúvidas sobre a possibilidade de chamá-lo de OVNI
no significado preciso deste termo (isto é, Objeto Voador Não Identificado,
“Objeto Voador Não Identificado”)?

1
9
O outro aspecto curioso é que Scinàr é o termo usado no Antigo Testamento
para identificar a terra da Suméria.
Temos, portanto, uma relação direta desses objetos e seres voadores com a
terra que os viu chegar primeiro, que os hospedou e de onde partiram: a terra
dos Guardiões, dos "deuses"
voando, dos ANUNNAKI, daqueles que desceram do céu à terra.
Uma coincidência verdadeiramente extraordinária entre as máquinas
voadoras, os seres que as movem e a terra de onde vieram!

Os carros voadores
Então, pela enésima vez, Zacarias afirma que ele deve levantar os olhos e,
assim, testemunhar outro evento extraordinário (Zc 6,1 e segs.): LJAbS
lJBUfY
_BfA
Iotseot
Markavòt
Arbà
emergente
vagões
quatro

OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS


147
rSfHH
S [j

1
9
sSBY
harìm-ele
cena
ben-mi
montanhas-le
de dois
entre-de
ljO [
SfH
rSfHHJ
nechoscèt
lebre
harìm-he-ve
bronze
das montanhas
Montagne-le-e
O profeta descreve quatro carruagens saindo de um espaço entre duas
montanhas (torres, silos, rampas?) Sem dúvida metálicas.
Cada carruagem era movida por "cavalos" de cores diferentes e o malàkh
explica que são os quatro "ventos dos céus que surgem [presença] na frente do
senhor de toda a terra"
(Zc 6,5). Saem na direção de todos os quatro pontos cardeais: o malàkh que
fala com o profeta (Zc 6,7) ordena-lhes que percorram a terra (o país) como se
para realizar uma espécie de reconhecimento. Curioso também é o fato de no

1
9
mesmo versículo os quatro objetos serem definidos como "avermelhados": o
termo talvez se referisse a reflexos metálicos ou ao sistema de propulsão?
Obviamente, não temos certeza, mas a referência do cromato deve, sem
dúvida, ser significativa.
Terceira (e última!) Observação curta de conclusão ...
Portanto, esta é a versão literal das visões em que Zacarias observou objetos
voadores de vários tipos: um cilindro de 10 metros por 5 metros, um objeto que
tinha uma mulher dentro dele, duas mulheres voadoras indo para o país da
Suméria e quatro carruagens que emergem entre dois elementos de metal
verticais altos.
Não adicionamos mais comentários.
Apenas nos perguntamos se tudo isso não corresponde de forma
extraordinária aos contos dos sumérios em que temos a descrição dos
Anunnaki movendo-se nos céus em suas máquinas voadoras (como aqueles
que, na iminência do dilúvio que vai abalar a Terra, reúna-se no local do pouso
-
148
(qui, subam em seus barcos celestiais e salvem-se observando todo o
acontecimento de cima ...).
• As máquinas voadoras usadas para escapar da catástrofe são as mesmas
vistas pelos profetas que analisamos aqui?
Não podemos dizer isso, mas também não podemos fingir que não sabemos
mais; não podemos rejeitar as questões legítimas que nossa curiosidade torna
convincentes; não podemos apagar tanta concretude, relegando-a ao mundo
não especificado de visões ou sonhos; não podemos apagar com um golpe de
caneta, ou com dogmática sabedoria opinativa, o que aqueles autores
quiseram fixar na memória da palavra escrita.

1
9
Não podemos esquecer que o referido Rashi de Troyes disse que setenta
significados diferentes podem ser atribuídos às palavras do Antigo
Testamento, mas há um que certamente “não pode deixar de ter”: o literal.
E o literal aqui é de uma clareza surpreendente ...
Uma clareza que curiosamente lembra também o que se veria no caso de
viagens feitas de acordo com as teorias dos físicos WJ Von Stockum, Frank
Tipler e Alan Wolf que pode ser resumido da seguinte forma: um cilindro (o
meghillàh) cria um campo muito poderoso de curvatura do espaço-tempo
usada por outros objetos voadores (o merkavòt) para viajar grandes
trajetórias.
Uma correspondência sugestiva ...

1
9
OS PROFETAS E AS MÁQUINAS ALIENAS
149
Figura 7 O meghillàh e os carros voadores de Zacarias.

9
t] AW fJYMY
(asáf-le mizmór)
O Elohìm morre (!?)
Neste capítulo, analisaremos o Salmo 82 (83) da Bíblia.
O Salmo foi composto por Asaf, filho de Berkyahu, descendente de Gershom,
primogênito de Moisés.
Asàf viveu na época de David e foi o chefe de um dos primeiros grupos de
músicos que dependiam diretamente do soberano: este importante cargo lhe
permitia sentar-se com ele. São doze Salmos atribuídos a ele e durante o
reinado de Ezequias (século VIII aC) os levitas, ou seja, os membros da tribo
sacerdotal, louvaram a Yahweh com
“As palavras de David e do visionário Asàf”.
Era, portanto, um homem que ocupava uma posição de prestígio, próximo aos
centros de poder e gestão do conhecimento; homem de estudos, dedicado ao
estudo de textos antigos e à composição de canções de louvor.
Este Salmo é atribuído a ele, que contém uma declaração surpreendente, em
muitos aspectos desconcertante.
O poema contém a descrição de uma assembléia de
"Deuses", presidido por um deles que os repreende por seu comportamento
decididamente inaceitável na administração do poder sobre os homens.

1
9
Parece ler - como acontece com outras passagens do Antigo Testamento
- a transcrição de uma história suméria: a descrição de uma das muitas
assembleias durante as quais os ANUNNAKI administravam o poder e a justiça
nos territórios que lhes eram atribuídos.

O ELOHÌM MORRE (!?)


151

Paralelos sumérios ...


A forma parlamentar e a necessidade de governar segundo a justiça
encontram precedentes interessantes entre os sumérios ...
1) Em relação às estruturas parlamentares, parece que por volta de 3000 aC
uma primeira forma de estrutura consistindo de duas "câmaras" apareceu na
cidade de Uruk (a bíblica Ur ou Erek?) Que foram convocadas para discutir se
deveriam ou não enfrentar uma guerra .
2) Em relação à necessidade de conduzir um "bom governo", o Salmo em
questão lembra de forma extraordinária o que fez um soberano sumério
chamado URUKAGINA (2600 - ou 2300? - aC), incapaz de tolerar os abusos
cometidos pelo poderoso na época, ele reformou o sistema legislativo ao
alegar ter sido comandado diretamente pelo "deus" NINGIRSU.
URUKAGINA foi rei / governador da cidade de Lagash, na Mesopotâmia, e
ficou famoso por suas reformas contra a corrupção e pelas medidas tomadas
em favor das classes mais fracas: isentou viúvas e órfãos de impostos; atribuiu
à cidade o dever de arcar com as despesas funerárias; ele impôs aos ricos o uso
da prata na condução dos negócios com os mais pobres; estabeleceu ainda que
estes não poderiam ser forçados a vender seus ativos contra sua vontade.
Seu código também é conhecido pela atenção dada à situação da mulher, que
obteve consideráveis vantagens em termos de reconhecimento civil e social.
Nos primeiros versos do Salmo 82 (83) é dito que Elohìm se senta no meio da
assembléia de El (forma singular usada para designar o "deus" supremo) e

1
9
está pronunciando sua frase em um e-book comprado por Alberto Risso - www
.unoeditori .com
152
entre outros Elohìm, seus colegas, mas evidentemente de posição inferior.
Portanto, temos "deuses" que participam da assembléia convocada (?) Por El,
o senhor de tudo.
O Elohìm que preside a reunião chama seus “colegas” ao respeito pela justiça,
repreende-os por proferirem julgamentos injustos e tomarem partido dos
ímpios. Lembra-lhes o dever de defender os fracos, os pobres e os órfãos,
pensar nos desamparados, enfim, seguir aqueles preceitos que faziam parte
das regras ditadas pelos ANUNNAKI aos gestores do poder por eles nomeados.
Após essas referências, o editor do texto apresenta sua própria consideração
pessoal, sublinhando que estes Elohim
“Eles não entendem, não entendem”, e então o presidente da assembleia toma
a palavra novamente para dizer, em tom peremptório e ameaçador (versículos
6 a 7):
S [BJ
rlA
rSHWA
SlfYA-S [A
vené-u
atèm
Elohìm
te amo-Anì
de-crianças-e
vocês

1
9
Elohìm
(disse eu) eu digo eu
rUWU
sJSW_
kèm-kulla
Elijòn
vocês todos
, (alto na posição) (alto) muito alto (senhor) sJlJYl
rFAU
sua
temutùn
adàm-ke
Akhèn
você vai morrer
semelhante a adàm (a)
(com certeza) ainda
JW`l
rSfhH
FOAUJ
Tippolù
sarìm-ha
akhàd-ke-u

2
0
.Tu vais cair
(notáveis) chefes-i
de-um-como-e
Isso mesmo!
O Elohìm - mesmo o Elohìm - está destinado, mais cedo ou mais tarde, a
morrer!

O ELOHÌM MORRE (!?)


153
Eles próprios dizem isso. Aquele que preside a assembléia diz isso para lembrá-
los de que, mesmo que sejam Elohìm (senhores de cima), eles não têm direitos
particulares ou privilégios extraordinários.
Eles são certamente os comandantes, os detentores do poder, os guardiões
(ainda nos lembramos dos termos Suméria, "terra dos guardiões" e Neteru, os
"guardiões" do Egito primordial ...), mas isso não os torna substancialmente
diferentes de suas criaturas: eles não devem esquecer que eles também são
mortais e transitórios, como todos os poderosos da terra que eles próprios
estabeleceram e usam como seus representantes!
Portanto, sem leituras alternativas, sem hipóteses imaginativas, de forma
muito simples e clara: os Elohìm morrem como todo ADÁM!
Certamente não é uma surpresa para aqueles que levantam a hipótese de que
os ANUNNAKI / ELOHÌM poderiam ter uma vida longa - talvez muito longa em
termos terrestres porque medidos nos ciclos orbitais do NIBIRU - mas que,
sendo indivíduos feitos de carne e osso, eles também teria morrido.
Surpreende-se quando é a Bíblia que nos diz!
Em suma, devemos reconhecer, sem sombra de dúvida, que NO ANTIGO
TESTAMENTO ESTÁ ESCRITO QUE DEUS MORRE

2
0
como todos os outros homens!

Um achado controverso
E talvez também tenhamos provas comprovadas da morte de um deus
(Elohìm, Guardião, Neteru). No Egito, na planície das pirâmides de Gizé, em
1945 foi descoberta uma pirâmide que continha o corpo mumificado de um
indivíduo com características particulares: cerca de dois metros de altura, com
um crânio alongado e alargado nas costas, órbitas muito largas, queixo
pontudo, em suma, um esqueleto decididamente não humano!
Esta tumba era chamada de "Pirâmide do Visitante" e seu habitante era
convencionalmente chamado de Osíris. O exame realizado com o sistema
Carbon 14 datou o corpo de 10500 aC: o humanóide alienígena estava,
portanto, morto naquela época! 28
28 Essa descoberta foi mostrada pela primeira vez em um documentário que
foi ao ar em 1999 e depois retomado em agosto de 2009 por uma conhecida
emissora italiana.

2
0
Figura 8 O rosto possível do visitante.
Esta descoberta até parece ter dado origem ao chamado “Projeto ISIS”
(administrado pelos serviços secretos soviéticos, a KGB!), Sobre o qual muito se
escreveu; o uso excessivo de “condições” - tornadas necessárias pela
confidencialidade mantida em torno de toda a questão - porém, nos aconselha
a não entrar em detalhes aqui (em que optamos por tratar do que está escrito
no Antigo Testamento).
Provavelmente teríamos aqui o corpo de um desses Elohìm - visitantes
alienígenas - que morreu há alguns milhares de anos, exatamente como diz o

2
0
Salmo 82 (83): a condicional é obrigatória porque a história dessa descoberta
é pela verdade muito controversa .
Seu rosto, caso a descoberta fosse confirmada, poderia ter esta aparência:
Podemos também hipotetizar então a explicação de um dos preceitos do
Judaísmo: o Elohìm que se autodenominava Yahweh proibia qualquer forma
de imagem que o representasse. Sua aparência era reservada apenas para
aquele com quem mantinha relação direta e não devia ser divulgada de forma
alguma.
Na verdade, nos perguntamos:
• Como o povo de Israel teria reagido se tivesse visto a verdadeira face daquela
pessoa que os liderou e a quem eles deviam absoluta devoção?
• Ele teria ficado traumatizado com isso?
Talvez fosse melhor não arriscar e deixar tudo no mistério: era mais fácil
acreditar que fomos guiados por um deus não identificado do que por um
indivíduo de carne e osso, com aquelas feições que certamente teriam
perturbado aquele povo que vagueia pelo deserto , que ele estava
cuidadosamente tentando dar a si mesmo uma identidade ...

10
Inspirado por Deus ou por Thoth?
Lembramos que desde o início deste livro tratamos da questão da origem da
religião como resultado possível de acontecimentos históricos, de momentos
efetivamente vividos, de relações com "divindades" concretas e tangíveis.
Mantendo válida a hipótese formulada nos capítulos anteriores, abordamos
agora a questão do ponto de vista da elaboração do pensamento religioso
quando o
"Deuses" não mais "caminhavam com os homens".

2
0
Quando o contato direto falhou, o homem provavelmente se sentiu
abandonado e oprimido pelo desespero angustiado resultante de ver a
evidente distância de Deus.
Os homens (Adàm) viram-se, portanto, com a necessidade de substituir a
ausência física dos "deuses" por uma nova presença, cujos conteúdos, no
entanto, deviam naturalmente ser elaborados: certamente não uma tarefa
fácil!
A este respeito, examinaremos em particular a possível origem do mais místico
dos textos cristãos: o Evangelho de João.
Mas, antes de prosseguir com os argumentos que nos levarão a formular uma
resposta à questão contida no título, analisemos alguns temas que são úteis
para uma correta compreensão do processo que, com toda probabilidade,
levou ao nascimento do Western. pensamento religioso.

A Igreja e os extraterrestres ...


O que a Igreja diz sobre a existência de extraterrestres e o conhecimento da
Bíblia sobre eles?
Nem todos sabem que a Igreja, hoje, afirmou a existência de extraterrestres
como óbvia.
Mons.Corrado Balducci - porta-voz do Vaticano para o conhecimento sobre
extraterrestres - argumentou que eles existem e que a Bíblia os conhecia sem
qualquer dúvida.

INSPIRADO POR DEUS OU POR THOTH?


157
Em uma entrevista29 ele afirmou explicitamente: Não acreditar em OVNIs e
na presença de outros seres vivos é um pecado [sic! ] Sua existência não é
apenas comprovada por cerca de um milhão de testemunhos, incluindo os de
muitos cientistas ateus, mas também é confirmada por algumas passagens da

2
0
Sagrada Escritura que em alguns lugares esclarecem a presença de
extraterrestres [grifo nosso].
E ele acrescentou:
O Salmo 23 diz: “A Terra, o universo e seus habitantes pertencem ao Senhor”.
Agora, por que o salmista quis, depois de citar a Terra, se lembrar também do
universo com "seus habitantes"? Isso significa que a presença de outros seres
vivos é certa. A teologia também concorda com esta tese. 30
Um exegeta, o padre Aristide Serra, professor da Universidade Marianum de
Roma, especificou que "na palavra universo", presente na Bíblia 66 vezes, "a
presença de outros mundos habitados é implícita e óbvia".
Alguns teólogos então se lembram de duas citações que podem remontar à
mesma convicção:
• o primeiro do Salmo 95, que no versículo II afirma:
“Alegrem-se os céus e regozije-se a terra”;
• a segunda está no Evangelho de João, em que está escrito (Jo 10,16): «E
tenho outras ovelhas que esta não dá a pena; mesmo aqueles que devo
conduzir ».
O cardeal Niccolò Cusano, filósofo e cientista que viveu no século XV, disse:
Não existe estrela da qual estejamos autorizados a excluir a existência de
seres, mesmo que diferentes de nós.
O padre Angelo Secchi, jesuíta e astrônomo falecido em 1876, escreveu:
É um absurdo considerar os mundos que nos rodeiam como enormes desertos
desabitados e buscar o significado do nosso universo neste nosso pequeno
mundo habitado.
29 Cf. «Il tempo» de 19 de janeiro de 2003.

2
0
30 Especificamos que a tradução literal do Salmo 23, versículo 1, soa assim:
"Para Jawhèh a terra o está enchendo, mundo [universo] e habitantes nele"
(NdT).

158
Padre Pio de Pietralcina, a quem um dia lhe perguntou se extraterrestres
realmente existiam, respondeu: A onipotência de Deus não se limita apenas ao
planeta Terra. Em outros planetas existem criaturas e outros seres que não
pecaram como nós e que oram a Deus.
O reverendo Dessauer de Munique, participando de uma conferência de
teólogos e sociólogos, afirmou que a Terra é objeto de atenção de seres
inteligentes de outros planetas.
Os homens devem se preparar para o encontro com esses seres.
O astrônomo jesuíta José Luis Funes, diretor do Observatório do Vaticano,
declara explicitamente sua firme crença na existência de vida extraterrestre e
também afirma que um dia encontraremos alienígenas como "irmãos". Não é
por acaso que em novembro de 2009, na Casina Pio IV, na semana de estudos
"Astrobiologia" promovida pela Pontifícia Academia das Ciências, se intitulou
a oitava sessão
"Inteligência em outro lugar e vida sombria" e lidou com as hipóteses sobre a
existência de formas de vida sencientes em outros mundos, e a possibilidade da
presença de formas de vida diferentes das nossas em nosso mundo! O próprio
Padre Funes disse que as questões relativas à origem da vida, e sua existência
em algum outro lugar do universo, são "muito interessantes" e merecem
consideração séria, e que "essas questões têm muitas implicações filosóficas e
teológicas ...".
Estamos plenamente convencidos da validade das declarações do Padre Funes
e de Mons. Balducci e, em comparação apenas com o Salmo 23 citado por este
último, este livro forneceu evidências muito mais extensas e documentadas de
que a Bíblia realmente conheceu extraterrestres!

2
0
Em suma, pensamos que o encontro com os “irmãos” alienígenas pré-
conizados pelo astrônomo Funes e pelo reverendo Dessauer provavelmente já
aconteceu e a Bíblia nos deu um relato.

INSPIRADO POR DEUS OU POR THOTH?


159
Portanto, mesmo a Igreja - embora silenciosamente e sem dar qualquer ênfase
às suas declarações ... - reconheceu que a Bíblia conhecia os extraterrestres
muito bem.
Seria desejável agora que ele desse o próximo passo, ou seja, renunciar à visão
necessariamente espiritualista e tentar ler a Bíblia pelo que ela é: um livro de
história (escrito naturalmente com as categorias culturais e linguísticas da
época ...) !
Mas, esperando que isso aconteça - e que a teologia se torne um ramo da
astrofísica ... - surge uma questão imperativa:
• Se o Deus tradicionalmente considerado como a fonte do pensamento
religioso judaico-cristão acaba sendo na realidade nada mais do que um
indivíduo (ou melhor, um conjunto de indivíduos em carne e osso que
moldaram o homem à sua imagem e semelhança), onde ele vem? da inspiração
dos textos em que se formou toda a religiosidade ocidental?
Em outras palavras:
• Em que base, então, nasceu o cristianismo?
Na tentativa de hipotetizar uma resposta à pergunta sobre a "fonte de
inspiração", optamos agora por analisar o texto do Cristianismo que na
tradição foi considerado o mais "inspirado" de todos, o texto místico por
excelência, aquele que aparece mais do que qualquer outro, permeado pela
inspiração divina, a escrita cristã que mais se aproxima da espiritualidade
gnóstica: o Evangelho de João.

2
0
Mas, antes de fazê-lo, é necessário abrir um parêntese útil para esclarecer um
conceito que será lembrado várias vezes, o de "Helenismo".
helenismo
Este termo indica o período histórico da civilização grega que vai desde a
expedição de Alexandre o Grande à Ásia até a afirmação indiscutível do
primado de Roma: vai, portanto, de cerca de 323 a 31 aC.

160
Os méritos de Alexandre o Grande
As conquistas de Alexandre expandiram as fronteiras do mundo conhecido e,
ao mesmo tempo, abriram novas possibilidades de trocas, conhecimentos,
deslocamentos; também favoreceram a formação de novos mercados com
possibilidades de desenvolvimento até então inéditas para muitos territórios.
Até as ideias puderam circular com maior liberdade e rapidez: a cultura
assumiu um caráter universal, a vontade de aprender difundiu-se e as
diferentes tendências vindas das novas regiões foram integradas.
Uma nova unidade linguística nasceu com a transformação do grego clássico
em um koinè diàlektos, ou seja, uma nova língua comum, certamente menos
rica que a anterior, mas acessível às classes educadas que se expandiam
significativamente. Essa linguagem se tornou o novo veículo para a
disseminação de idéias religiosas, doutrinas filosóficas e obras literárias.
Após a morte de Alexandre, seguiu-se um período muito confuso, durante o
qual a ordem político-militar anterior desapareceu e, por meio de guerras e
distúrbios, formaram-se essencialmente três grandes unidades de estado:
Macedônia, Síria e Egito dos Ptolomeus.
Naqueles anos, do ponto de vista político e social, caiu uma série de certezas
sobre as quais se assentou durante séculos a estabilidade do sistema anterior:
por exemplo, registrou-se o desaparecimento da estrutura das cidades gregas
(poleis).

2
0
Uma certa emancipação da mulher também foi afirmada, com o
desmoronamento simultâneo da instituição familiar.
A religião também foi atingida por aquela onda de novidade: os deuses ligados
ao mundo da polis grega desapareceram. Mas a "necessidade de religião"
sempre foi grande e as grandes massas encontraram a resposta para essa
necessidade nos cultos vindos das populações vencidas: o mistério e os ritos
orgíacos, a veneração das divindades mesopotâmicas e do Oriente Médio em
geral, incluindo também os judeus. religião.

INSPIRADO POR DEUS OU POR THOTH?


161
Os gregos descobriram que as novas divindades não eram tão diferentes
daquelas que adoravam e, assim, ocorreu uma troca e uma mistura de crenças,
fórmulas e ritos, que abriu caminho para uma das características
fundamentais da religiosidade helenística: o sincretismo.

Resumindo...
Em resumo, podemos dizer que nos séculos imediatamente anteriores à vinda
de Cristo ...
• Uma cultura difundida que do ponto de vista religioso viu o abandono da
forma lógico-racional de pensamento típica do classicismo grego, com o
consequente desenvolvimento de doutrinas de caráter fideísta, dogmático e
universalista.
• O período das grandes e originais especulações terminou; na ausência de
personalidades proeminentes, a tradição começou a ser retomada e
retrabalhada: a busca por doutrinas originais foi substituída pelo exame de
verdades já descobertas e afirmadas por outros.
• O dogmatismo às vezes rígido e a desconfiança nas capacidades da razão
humana geraram uma reação que levou ao ceticismo com a afirmação da
impossibilidade de apreender a verdade nas coisas.

2
1
• A nova tendência determinou o abandono da especulação filosófica e deu
origem ao misticismo, pretendido como meio de alcançar aquelas verdades
que estavam fechadas à razão.
• Chegou a afirmar que o conhecimento estava contido em revelações antigas,
contido em textos cuja autoridade não era discutida e que essa mesma
verdade só poderia ser apreendida naqueles momentos de êxtase místico em
que o iniciado entrava em contato direto com a divindade.
Em suma, a civilização da época, com a queda dos reinos centralistas e da
polis, viu-se dissolvida e sem pontos de referência.
Esse período foi caracterizado por uma forma de sincretismo
162
religiosa e cultural em que as diferentes culturas foram integradas umas nas
outras, remodeladas e moldadas em diferentes formas, todas marcadas por um
universalismo até então desconhecido.

Novas necessidades ...


Como sempre acontece em momentos de grande perplexidade e forte
incerteza, a religião se dirige aos deuses com diferentes intenções, muito
concretas e mais responsivas às novas necessidades: o homem começa a pedir
à divindade para se tornar "salvador", deus deve se tornar sotèr ("Salvador"
em facto).

Testemunhos latinos ...


Precisamente dessa época surgem alguns testemunhos - evidentemente de um
ambiente denominado «pagão» ... - que se referem a esta necessidade sentida
de paz e salvação certas, unívocas, definitivas.
Em uma estela de mármore, colocada em um templo romano construído na
Ásia Menor, podemos ler as seguintes palavras referentes ao imperador César
Augusto:
A Providência adornou nossas vidas com o maior bem

2
1
[...] e na sua bondade nos garantiu, e aos que vierem, um Salvador que [...] vai
colocar tudo em ordem e em paz [...].
Notícias para o mundo.
Ao mesmo tempo, grande intérprete do pensamento da época, o poeta Virgílio,
na Quarta Écloga, descreveu o nascimento de uma criança que viveria em um
mundo permeado pela paz e pela harmonia suprema:
Iam redit et virgo, redigir reinos de Saturnia ... (A virgem retorna, os reinos de
Saturno retornam. Mas você, casta Licinia, seja propícia à criança que nasce
[...] e a raça se erguerá em todo o mundo ouro )

INSPIRADO POR DEUS OU POR THOTH?


163
Essa revelação, porém, tem ao mesmo tempo um valor universal: isto é, diz
respeito a todos os homens; oferece, a todos os que o desejam, a possibilidade
de alcançar aquele crescimento espiritual que permite à sua "alma" regressar
ao lugar de onde veio, para se reunir definitivamente com Deus.
Esoterismo
O esoterismo ainda será mencionado neste capítulo e, portanto, vale a pena
esclarecer o que significa: este termo normalmente indica um complexo de
ensinamentos secretos que o são porque muitas vezes permanecem
inacessíveis aos próprios iniciados (que neste caso estão obviamente limitados
a venerá-los sem tentar penetrar em seu conhecimento) ou com muito mais
freqüência porque são ensinados apenas dentro (esoterikòs) do círculo de
discípulos de um mestre e não podem ser divulgados publicamente.
As doutrinas esotéricas estavam presentes naquelas disciplinas (magia,
religiões misteriosóficas, alquimia ...) em que os ensinamentos eram
transmitidos exclusivamente aos discípulos que eram considerados capazes de
compreender e, portanto, julgados dignos de receber conhecimentos.

O Corpus Hermeticum

2
1
Neste ambiente cultural e religioso se delineia a figura de Hermes
Trismegistus31 que é o senhor da palavra, o portador do "logos" que cria e
ordena a criação, o fiador daquela salvação da qual o homem helenístico - só,
isolado, abandonado a as forças do Caos - tem uma necessidade imensa.
Corpus Hermeticum representa o anúncio desta nova forma de compreender a
divindade, contém e revela a mensagem que oferece uma nova possibilidade de
relacionamento com Deus nas incertezas do quotidiano.
31 Consulte o Apêndice 3, p. 210.
Pelo seu conteúdo e pela forma como se expressa, o Corpus é sem dúvida uma
obra esotérica, isto é, dirige-se àqueles que fazem parte dos pequenos grupos
de "iniciados. ", para aquelas pessoas que são capazes de compreender o
significado oculto nas palavras da revelação.
Os Poimandres
O primeiro dos tratados (logoi) que compõem o Corpus Hermeticum chama-se
Poimandres; este título é comumente traduzido como "pastor dos homens" e
indica a figura típica do Deus que intervém na vida cotidiana com o objetivo
de dirigir, guiar, proteger o rebanho que, sem ele, se sente perdido e à mercê
da força do mal .
Poimandres, portanto, assume para si as características do salvador que os
homens esperam: ele é o Nous, a Mente Suprema, o Pai que espontaneamente
decide revelar-se, tornar-se presente ao homem por meio de seu mediador.
Mas por que Deus sente essa necessidade de intervir na história da
humanidade e se fazer presente à sua criatura?
Porque Ele ama o homem (Anthropos, o homem primordial, o Adão da Bíblia,
feito à sua imagem e semelhança), aquele homem que se maculou com um
pecado original sobre o qual o seu ser imperfeito, o seu ser se tornou mortal no
corpo: este portanto, é oferecida ao homem a possibilidade de uma salvação
nova e definitiva.
Ele deve seguir a "palavra" do seu Pastor e assim percorrer o caminho que o
levará ao reencontro com o seu Pai divino.

2
1
É muito interessante, neste ponto, analisar como esse Deus que se revela ao
homem é representado em Poimandres.
No parágrafo 5, lemos as seguintes declarações:
• Tò phòs ekèino, egò Noùs ou sòs theòs ... (A luz que, eu minto seu deus ...)
• ò de ek Noòs photeinòs Logos uiòs theù ... (do Intelecto Luminoso Logos filho
de deus ...)
32 Tradução literal do autor.

INSPIRADO POR DEUS OU POR THOTH?


• tò en soi blèpon kai akùon, logos kurìu, ò de Noùs patèr theòs ... (isso em você
observar e ver, Logos do Senhor, o deus pai da Mente ao invés ...)
No parágrafo 12, lemos novamente:
• ò dè pànton patèr o Noùs, em zoè kai phòs ... (o de todos
[coisas] geram a Mente sendo vida e luz ...) No parágrafo 21:
• ek photòs kai zoès sunèsteken ò patèr tòn òlon ... (o pai de todas as [coisas] é
constituído de luz e vida ...) No parágrafo 22, Deus diz de si mesmo:
• paraghìnomai egò ò Noùs tòis osìois kài agathòis kài katharòis kài eleèmosi,
tòis eusebùsi ... (estou perto
[Eu ajudo], o Intelecto, aos santos, os bons, os puros, os de coração fraco, os
piedosos ...)
• e parousìa moù ghìnetai boètheia ... (minha presença é um apoio ...)
• ùk eàso tà prospìptonta energhèmata tù sòmatos ektelestè-nai ... (Eu não vou
deixar as forças cadentes do corpo chegarem ao fim ...)
O parágrafo 28 contém, então, o convite que ressoa também nos Evangelhos e
sobre o qual se deve notar que o conceito de conversão aqui representado é

2
1
uma ideia nova para aquele mundo que não concebeu a possibilidade de
alcançar a imortalidade por meio do arrependimento:
• metanoèsate oi sunodeèusantes te plàne ... (converter i
[vocês] caminhantes com [no] erro ...)
O parágrafo 31 relata a oração que se dirige a Deus e nesta lemos, entre
outras invocações:
• aghios ò theòs kai patèr ton òlon ... (santo deus e pai de todas [as coisas] ...)
• ù e bulè telèitai apò ton idìon dunàmeon ... (a sua vontade é feita [cumprida]
pelos seus poderes ...)
166
Finalmente, no parágrafo 32, a relação entre Deus e os homens é definida, e o
propósito final desta revelação oferecida à humanidade é esclarecido:
• kai tes kàritos tàutes photìso tùs en agnoia tù ghènus, mù adelphùs, uiùs dè
sù ... (e pela graça isso iluminarei os homens na ignorância, meus irmãos,
filhos de vocês ...)

Tradição e João Evangelista


É importante sublinhar que os próprios Padres da Igreja se referiram
repetidamente ao conteúdo da doutrina hermética (de Sant'Agostino a
Lattanzio, de Eusebio a San Cirillo) com o objetivo de defender o cristianismo
de uma possível contaminação.
Isso testemunha o quão difundido o conhecimento e uso dessa cultura
helenística foi totalmente sensível às necessidades da humanidade que viveu
naquele período histórico e nas áreas sujeitas ao Império Romano.
O autor do Evangelho citado, o quarto, é considerado pelos estudiosos um
teólogo, um místico, mas também naturalmente um dos discípulos de Jesus:
João é um dos seguidores da primeira hora, o "discípulo favorito" e, por volta
do ano 50 DC, por ocasião do Conselho Apostólico de Jerusalém, é definida por
Paulo como um dos "pilares da Igreja".

2
1
João viveu muito tempo e, depois de vagar para divulgar a mensagem do
Evangelho, estabeleceu-se em Éfeso, na Ásia Menor, onde morreu no final do
primeiro século.
Este Evangelho foi, portanto, escrito por um místico precisamente no período
em que se processava a redação definitiva do Corpus Hermeticum. Esta
coincidência temporal entre as duas composições permite talvez explicar
algumas coincidências mais concretas que podem ser encontradas tanto no
que se refere à elaboração místico-teológica como à redação literal.
Mas mesmo que não queiramos ir tão longe a ponto de encontrar
necessariamente links precisos, não podemos deixar de nos questionar sobre a
real dependência, pelo menos ambiental, de um
INSPIRADO POR DEUS OU POR THOTH?
167
escrito em relação ao outro. Na verdade, é inevitável observar que as
doutrinas contidas no Corpus Hermeticum foram desenvolvidas nos séculos
anteriores à vinda de Jesus Cristo e, portanto, são anteriores a qualquer
elaboração possível realizada pelo editor místico do quarto Evangelho, seja ele
quem for.
Deve ser apontado que a história de Cristo representa para João o início de
uma nova era, o advento de uma era em que as realidades do mundo divino
são reveladas aos homens; O próprio Jesus se apresenta como «o bom pastor
dos homens» e diz: «Eu sou a vida, a luz, a verdade ...».
Neste Evangelho, os acontecimentos históricos são escolhidos e narrados pelo
seu valor específico como "sinais", pelo seu significado simbólico e revelador de
uma realidade sobrenatural vista à luz de uma profunda reflexão teológica.
É uma linguagem que muitas vezes não é fácil, não é compreensível para
todos, uma linguagem que usa categorias filosóficas e modelos culturais
típicos das classes educadas da época do autor; daquelas classes sociais
capazes de captar as mensagens contidas nas doutrinas herméticas e
esotéricas.

2
1
Eram ensinamentos, instruções, que naquele momento iam sendo recolhidos
em fórmulas marcadas por um profundo sincretismo religioso, como já
explicamos.33
Então, vamos ver algumas passagens do quarto Evangelho que melhor se
prestam a representar aquelas coincidências que parecem "estranhas"
num livro que gostaria de ser considerado "inspirado pelo próprio Deus" ...
Optamos por relatar o texto grego para captar as correspondências, mesmo
literais, entre este escrito e os versos de Poimandres citados acima: a simetria
que apresenta-se ao leitor de fato contrastes - serve para tornar ainda mais
evidente o que será dito a seguir.
No Prólogo do Evangelho (capítulo 1), lemos: 34
• En arkè en ò lògos, kai ò lògos en pròs tòn theòn kai theòs en ò lògos ... (No
início era o logos e o logos estava antes do deus e deus era o logos ...)
• panta di'autù eghèneto ... (tudo através dele [aconteceu]
Foi feito...)
33 A esse respeito, também podemos ver o que está escrito no livro anterior:
Ressurreição Reencarnação - Fábulas consoladoras ou realidade?
34 Tradução literal do autor.

168

• en autò zoè en kai e zoè en tò phòs ton anthròpon ... (nele a vida era e a vida
era a luz dos homens ...)
• etheasàmetha ten dòxan autù, doxanos monoghenoùs parà patròs ...
(admiramos sua glória, glória como do unigênito do pai ...)
• plères kàritos kai alethèias ... (cheio de graça e verdade ...)

2
1
• ek tù pleròmatos autù emèis pàntes elàbomen kai karis antì kàritos ... (e da
plenitude dele todos nós recebemos, e graça sobre graça ...)
Nos capítulos 3.19 e 3.35, o autor faz o próprio Jesus e João Batista dizerem:
• tò phòs elèluten eis ton kòsmon ... (a luz veio ao mundo ...)
• o patèr agapà tòn uiòn kai pànta dèdoken en te keirì autù ... (o pai ama seu
filho e todas as [coisas] que ele deu
[colocado] em sua mão ...)
No capítulo 5.24, falando da missão do filho e do poder sobre a morte, Jesus diz
de si mesmo:
• ò tòn logon mù akùon kai pistèuon ... metabèbeken ek tù thanàtu ... (minha
palavra de ouvir e acreditar ... passou da morte para a vida ...)
E novamente, no capítulo 8.12:
• egò eimì tò phòs tù kòsmu ... (Eu sou a luz do mundo ...)
No capítulo 10.11:
• egò eimì ò poimèn o kalòs ... (Eu sou o pastor do bem ...) Também no capítulo
10 então, Jesus, defendendo-se da acusação de blasfêmia dirigida a ele pelos
judeus que pretendiam apedrejá-lo, pronuncia o declaração suprema que
corresponde ao que se lê no parágrafo 5 de Poimandres, onde se diz que o
Logos vindo de Deus (Noùs) é filho de Deus.

INSPIRADO POR DEUS OU POR THOTH?


169
Então, vamos ler João 10:36:
• em ò patèr eghìasen kai apèsteilen eis tòn kòsmon ... oti èipon, Uiòs toù theoù
eimì? ... (aquele que seu pai santificou e enviou ao mundo ... já que eu disse:

2
1
"Sou filho de Deus?" ...)
Se fizermos uma rápida comparação com as citações tiradas de Poimandres,
encontramos numerosas e singulares correspondências nos dois textos, que
sugerem uma possível base cultural e religiosa comum.
Naturalmente, o autor do Evangelho parte de premissas absolutamente
diferentes, ele se inspira na história de um homem (Jesus Cristo) com quem
conviveu por alguns anos e cujas experiências compartilhou até sua morte.
Sobre essa base histórica, feita de narrativas dos pequenos e grandes
acontecimentos da vida cotidiana, o autor do Evangelho enxertou suas
especulações de cunho filosófico e religioso, que tanto têm em comum com as
do editor do Corpus Hermeticum em geral. e de Poimandres em geral.
Daí surgem as dúvidas, daí a indagação sobre a origem da pretensa
“inspiração” que teria levado à redação deste texto que a religião cristã
considera “ditado” por Deus.
Possíveis influências?
A Bíblia nos fala de seres de outros mundos que produziram o homem; esses
seres foram transformados ao longo dos séculos em divindades espirituais e
por uma pluralidade de indivíduos eles foram reduzidos a um único deus.
Ao mesmo tempo, observamos que o autor do quarto Evangelho, o mais
espiritual, aparece impregnado pela cultura hermética, gosta de se expressar
por meio de categorias mentais e literárias ricas em simbologia alegórica e de
difícil interpretação.
Eis por que parece legítimo nos fazermos algumas perguntas, a primeira das
quais é também o que constitui o título deste capítulo:
• As elaborações teológicas e místicas do Autor do quarto Evangelho são
verdadeira e inequivocamente o
170

2
1
O LIVRO QUE SEMPRE MUDARÁ AS NOSSAS IDEIAS SOBRE A BÍBLIA
produzida por uma inspiração divina vinda daquele Deus anunciado no
próprio Evangelho ou são antes um produto dos tempos?
• Não são antes uma leitura mística de eventos históricos que ocorreram cerca
de 50-60 anos antes da escrita do livro?
• Ou talvez também uma elaborada releitura à luz daquelas doutrinas que
inspiraram outras obras escritas no mesmo momento histórico e cultural?
• Um produto do pensamento culto da época que tentava dar respostas novas,
eficazes e convincentes às angústias do homem que durante séculos já não
podia usufruir da relação direta com os deuses e que, por isso, tentava
desesperadamente reconstruir um crível imagem?
• Existe realmente uma inspiração de origem divina para as chamadas
Escrituras Sagradas?
Neste processo feito de tentativas de reconstruir "divindades espirituais" em
substituição às desaparecidas "divindades materiais", parece bastante
evidente que as várias culturas colaboraram no esforço de chegar a uma
formulação de natureza universal, pelo menos para o mundo helenístico que
nós mencionou.
Neste contexto, há um intercâmbio mútuo entre as doutrinas cristãs nascentes
e as da cultura clássica, que tiveram influências consideráveis nos séculos
seguintes, basta pensar na pregação de um dos mais importantes Padres da
Igreja do século IV, Sant 'Ambrogio .35 Seus sermões eram de inspiração
neoplatônica, referindo-se a uma das obras fundamentais produzidas por
aquele pensamento filosófico: as Enéadas de Plotino, um verdadeiro
compêndio das doutrinas filosóficas elaboradas a partir do pensamento do
grande filósofo grego Platão. 36
35 Consulte o Apêndice 2, p. 203
36 Consulte o Apêndice 2, p. 203

2
2
INSPIRADO POR DEUS OU POR THOTH?
171

As diferenças
Certamente, entre o quarto Evangelho e os outros escritos helenísticos
também existem diferenças profundas quanto ao conceito de Deus, quanto à
visão escatológica do destino do homem e do caminho de crescimento que o
aguarda na escolha da fé, mas estas surgem precisamente da bases diferentes,
históricas ou especulativas, nas quais a reflexão religiosa é enxertada.
Por exemplo, em Poimandres, a alma que segue as palavras da orientação
divina vive uma experiência mística e passa por uma espécie de
"Viagem astral" em que atravessa as sete esferas dos planetas, para chegar ao
Paraíso das estrelas fixas, o Ogdoade. Ele então se junta ao outro beato e
atinge seu objetivo final, representado pela união regeneradora com Deus e
tudo pode acontecer sem necessariamente ter que passar pela experiência da
morte.37
Os objetivos também eram diferentes: o discípulo João devia (porque o
escolheu com base na sua experiência pessoal) transmitir aos seus leitores
uma mensagem precisa sobre a figura daquele Mestre a quem se amarrou
durante alguns anos. vida. Para fazer isso - isto é, convencer os descrentes da
veracidade do que afirmava - ele precisava usar aquelas formas e conteúdos
que eram típicos de sua época, retrabalhando a figura de Cristo à luz das
doutrinas mais difundidas e aceitas de aquelas classes sociais às quais ele se
dirigia.
Certamente não podemos culpá-lo por esta possível escolha, mas ao mesmo
tempo não podemos deixar de nos perguntar algumas coisas:
• Esse Deus em quem os cristãos são convidados a acreditar realmente se
revelou nas formas que conhecemos?
• Quais são os elementos segundo os quais se deve acreditar no Logos de João e
não no Logos do Corpus Hermeticum?

2
2
37 Também para este tema devemos necessariamente, mais uma vez, referir-
nos ao nosso livro Resurrection Reincarnation… Cit.

172

Breves reflexões sobre esoterismo na doutrina


Judeu-cristão
O Evangelho de João não é o único a conter elementos que sugerem uma
conexão entre a doutrina cristã e a cultura hermética e esotérica da época.

Matteo
Em Mateus 7: 6, Jesus expressamente diz: 38
não dêem as coisas sagradas aos cachorros e não joguem suas pérolas diante
dos porcos, para que eles não as pisem com as patas e se voltem para te
devorar.
Esta expressão é interpretada por muitos como um convite claro e duro a não
divulgar o conhecimento indiscriminadamente, a não divulgar os segredos da
sabedoria profunda a um público que não a compreende e, portanto, é capaz
de dirigir a mensagem contra os mesmos que a difundem:
• Mas isso não aconteceu?
• A Igreja não começou seu grande desenvolvimento quando se tornou uma
religião de massa, perdendo suas conotações de mistério e culto de iniciação?
Mas é ainda o próprio Jesus que revela abertamente o seu desejo de falar a
poucos, de comunicar-se apenas com os que podem compreender, portanto, de
revelar o conteúdo do conhecimento apenas a quem está pronto para recebê-
lo.

2
2
Respondendo aos discípulos que lhe perguntam por que ele fala por parábolas,
Jesus responde de fato (Mt 13,10-17): Foi-te dado conhecer os mistérios do
reino dos céus, para aqueles [outros]
em vez disso não foi dado [...] porque vendo [olhando] não vendo e ouvindo
[ouvindo] não ouvindo [ouvindo] e não entendendo ...
E o evangelista prossegue para substanciar essa dura afirmação de Cristo com
a citação de uma profecia de Isaías que, a esse respeito, é digna de atenção.
38 Tradução literal do autor.

INSPIRADO POR DEUS OU POR THOTH?


173
No capítulo 6 de seu livro, o profeta narra sua vocação profética que
aconteceu na presença de Deus que estava sentado em um trono alto, coberto
por uma capa cujas abas cobriam o templo que estava cheio de fumaça
enquanto Serafins de seis asas ficavam acima . dele e gritou "santo, santo,
santo Yahweh Tsevaot ...".
Isaías oferece sua disponibilidade a Deus, que lhe diz (Is 6,9-13): Vá e diga ao
povo, o seguinte: Ouça para ouvir e não entenda-rede e observe observe e você
não saberá. Faça engordar [untar] o coração das pessoas, e pesar seus ouvidos
[entorpecer] [...] e em seu coração [não] entender e voltar [ser convertido] e
curar [por] ele.
Desta afirmação muito severa tira-se uma certeza: muito poucos são os que
podem receber a palavra (Logos) e deles será uma progênie de santos.
A mesma mensagem - vamos finalmente lembrar - é relatada por dois outros
evangelistas: Marcos a relata no capítulo 4.10-12, Lucas no capítulo 8.10.

Resumindo

2
2
Assim, em várias passagens, este paralelismo entre os livros ditos “revelados” e
as obras dos pensadores da época volta, marcado pelo exame e disseminação -
controlados ... - das doutrinas esotéricas.
Mas na figura do próprio Cristo, e ao longo da história das origens do
monoteísmo do povo judeu, encontramos elementos que contribuem para
fundamentar ainda mais as dúvidas sobre a pretensa "revelação divina" dos
chamados Textos Sagrados.
No entanto, não é tarefa deste artigo analisar em detalhe as relações entre
esta religião e os fundamentos do pensamento que constituem o núcleo
original (esotérico) do qual todos os grandes fundadores das religiões se
inspiraram. Aqui nos interessa apenas entender se a dúvida tem fundamentos
concretos, analisando coincidências ora estranhas ora esclarecedoras,
destacando as inconsistências que nos levam a nos perguntar:
• É possível que a Bíblia como um todo tenha sido verdadeiramente inspirada
por Deus, pelo único Deus?

174
Thoth e o pensamento judaico-cristão Voltemos à figura de Thoth para
apreender alguns outros paralelos curiosos entre a sabedoria que ele
transmitiu e as próprias origens da religião judaica primeiro e depois cristã.
Segundo os egípcios, esse Deus conhecia todos os mistérios, possuía sabedoria
e podia dispensá-la a alguns iniciados escolhidos por ele; esta sabedoria
secreta teria sido escrita por ele mesmo em 36.535 pergaminhos então
escondidos no subsolo para o benefício das gerações futuras.
Thoth também era freqüentemente representado na Sala do Julgamento no
ato de julgar as almas que se apresentavam a ele após a morte.
Este Deus era, portanto, legislador e juiz e, a esse respeito, uma fórmula foi
encontrada no Livro dos Mortos egípcio que as almas deveriam recitar diante
dele no julgamento final. Naquele momento decisivo as almas do falecido,
entre outras coisas, tiveram que dizer:

2
2
Não desprezei a Deus, não matei, não forniquei, não roubei [...] não violei a
mulher alheia, não blasfejei, não dei falso testemunho ...
Como não compreender imediatamente as correspondências quase literais
entre esta autoconfissão e alguns dos mandamentos dados por Deus a Moisés
no Sinai (lembrando, no entanto, que o Livro dos Mortos egípcio é cerca de
2.000 anos mais velho que a Bíblia ...) !
Mas as coincidências não se limitam ao conteúdo dessas duas formas; de facto,
se por um lado o Antigo Testamento nos diz que as Tábuas da Lei de Moisés
foram escritas por Deus em pedra (cf. Dt 5, 7-22), no Livro dos Mortos lemos
que
"Este capítulo foi encontrado em um tijolo colocado sob os pés do deus Thoth e
foi escrito pelo próprio deus" ...
No mesmo escrito egípcio encontramos outra expressão verdadeiramente
desconcertante devido à sua afinidade com um dos elementos centrais do
Cristianismo, a Eucaristia; aliás, no capítulo 102 lemos: «Para possuir a vida
eterna, comunicados de imprensa
INSPIRADO POR DEUS OU POR THOTH?
175
com este meu pão consagrado ... ”e mais adiante:“ Beba o meu vinho ... são
plantas que brotaram do corpo de Osíris ”.
A esse respeito, é interessante notar que Osíris e Thoth foram freqüentemente
identificados na religião egípcia e que Osíris é o Deus que morre morto,
ressuscita e dá à luz o trigo e uma nova vida em seu corpo ...
Osíris, porém, não é o único culto em que a Divindade testemunha a
possibilidade de vitória sobre a morte.
Vamos pensar, por exemplo, nos mitos de:
• Dionísio;
• Adonis;

2
2
• Tammuz (o Adônis fenício);
• Deméter celebrada nos Mistérios de Elêusis;
• Mitras que era adorado em Roma como Sol Invictus (sol que vence as trevas
da morte) e cujo nascimento foi celebrado em 25 de dezembro ...
Todas essas eram divindades cuja morte e subsequente ressurreição eram
celebradas anualmente; eram a garantia do retorno da luz e da vida após as
trevas do inverno, que representavam a morte.
O Deus que garante o renascimento, fazendo-se alimento para os seus fiéis,
não é, portanto, uma prerrogativa do cristianismo.
Os brâmanes, na Índia, ensinavam que os pães de arroz oferecidos à divindade,
durante a cerimônia sagrada, eram transformados na verdadeira carne de
Deus; os astecas até celebravam um verdadeiro rito de comunhão: comiam,
convencidos de que consumiam a carne de Deus, um pão feito de milho,
beterraba e mel, consagrado em cerimônias rituais especiais.

176
Dúvida e a hipótese "inaceitável"
Então aqui vem uma pergunta urgente e insistente:
• Inspirado por Deus ... ou por Thoth?
Uma pergunta que certamente não quer afirmar a possibilidade de uma
alternativa tão irrealista, uma rivalidade inexistente entre dois deuses
diferentes disputando a apropriação da autoria de textos considerados
"sagrados".
Esta questão quer apenas representar uma dúvida que parece muito legítima;
quer recordar a responsabilidade de quem afirma afirmar com absoluta e
inequívoca certeza que estes livros são "sagrados" porque são directamente
"inspirados" por aquele Deus de quem são porta-vozes.

2
2
Na verdade, são muitos os elementos que os tornam semelhantes a outros
textos, a outras crenças, aos constituintes fundamentais de outras religiões ...
Então, vamos tentar formular uma hipótese sobre a verdadeira origem dos
textos que nos interessam ...
É fácil para nós ver Giovanni muito avançado, já ciente de que a vida lhe está a
esvair, enquanto se empenha em vasculhar o arquivo das suas memórias.
Medos, perplexidades, questões angustiantes surgem nele:
• Onde irão as palavras ditas por aquele Jesus que viveu muitos anos antes do
fim?
• Que significado sua morte poderia ter agora que as testemunhas diretas de
uma vida que, no entanto, foi extraordinária estão desaparecendo?
• Poderiam ter se passado em vão aqueles três anos em que falamos de Deus,
oramos, meditamos, lutamos com doutrinas contra a hipocrisia dos fariseus,
caminhamos muito tempo juntando os ouvidos no campo, dormindo onde quer
que acontecessem?
• Esses anos agora são apenas a memória de uma tentativa maravilhosa que
falhou miseravelmente?
• Jesus que interveio viveu verdadeiramente para nada EBook comprado por
Alberto Risso - www.unoeditori.com
INSPIRADO POR DEUS OU POR THOTH?
177
Será que no quotidiano dos seus pobres conterrâneos alivia as dores, apaga as
pequenas e grandes angústias de um povo que se considerava "escolhido por
Deus", mas que se via governado por bárbaros estrangeiros?
Não poderia ser assim!
Várias vezes, e em várias partes da então conhecida Terra, João contara a
história deste homem que fora grande, tão grande que não podia ser

2
2
considerado simplesmente um homem: ele tinha uma luz particular dentro de
si, parecia falar como nenhum dos principais doutores da lei sabia fazer; ele
acusou, reprovou e perdoou com uma autoridade que não foi encontrada nem
mesmo nos profetas que o precederam ...
Quanta satisfação ainda sentia em relembrar a cólera dos "justos", que
assistiam àqueles banquetes a que assistiam com o Mestre, divertindo-se com
"público, pecadores e prostitutas" ...
Que sutil prazer se sentia em violar as áridas e absurdas leis da tradição, para
sustentar, em vez disso, com comportamento, toda a força de uma nova e
avassaladora mensagem ...
• Como a história daquele Homem que praticou atos tão extraordinários
poderia terminar?
Era bom viver com aquelas certezas, você se sentia mestres da vida; naquela
época nada poderia perturbar aquela sensação de serenidade e poder que
surgia da certeza da vinda iminente do reino de Deus ...
Ao longo dos anos e na pregação de João, cristalizam-se memórias daqueles
acontecimentos que marcaram as etapas fundamentais do caminho que
começou com o baptismo no Jordão e terminou no Gólgota: certos actos são
relembrados, revistos à luz do que um espírito religioso absolutamente quer
acreditar; os discursos adquirem novos e talvez mais profundos significados,
são enriquecidos com valores que se vão formando ao longo do tempo, com
novas reflexões, com comparações, com contribuições de outras doutrinas que
parecem facilitar a compreensão do que às vezes parece sem sentido.

178
Jesus, portanto, não poderia morrer uma segunda vez, não poderia
desaparecer com a morte das últimas testemunhas de sua vida!
• Mas como se poderia esperar comunicar às classes cultas da época, aos
iniciados, aos conhecedores das doutrinas dos mistérios, uma mensagem de
uma nação obscura submetida aos romanos? Além disso, uma mensagem

2
2
pregada por um habitante ainda mais obscuro de uma aldeia quase
desconhecida pelos próprios israelitas?
• Que possibilidade real essa Boa Nova tinha de ser ouvida e aceita por pessoas
acostumadas a doutrinas muito diferentes?
Daí, talvez, surgir a necessidade de tornar crível a pregação desse carpinteiro
judeu que não tinha título para falar a toda a humanidade.
Daí a necessidade de vincular Jesus à antiga e misteriosa tradição dos Grandes
Iniciados.
Daí a decisão de usar apenas aquelas categorias para ele que talvez pudessem
credenciá-lo e torná-lo aceitável.

11

Para concluir...
Formulamos no início a hipótese de que em nossos contatos anteriores com
civilizações extraterrestres ocorreram e, portanto, nos perguntamos algumas
coisas:
• Existe uma chance de descobrir mais?
• Podemos dar substância às hipóteses?
• Podemos obter feedback?
Mas, acima de tudo, nos perguntamos se o texto sagrado da mais importante
religião ocidental conhecia e guardava a memória desses acontecimentos!
No decorrer da exposição, dissemos como a Igreja Romana foi forçada a
admitir que a Bíblia conhecia essas realidades, cuja história parece
corresponder substancialmente ao que os sumérios contaram quando
descreveram os anunnaki com suas máquinas voadoras.

2
2
Notamos a concretude em descrever as cenas em detalhes, em contextualizar
os eventos em termos temporais e em representar sua localização geográfica e
espacial.
A observação que fizemos a respeito das interpretações tradicionais é que
parece muito mais fácil pensar que aqueles que escreveram os textos sagrados
transpuseram para o papel o relato de fenômenos físicos concretos que
certamente centenas, talvez milhares de pessoas repetidamente
testemunharam. Fenômenos cuja memória deve ter sido transmitida ao longo
do tempo em seus aspectos substanciais, embora com todas as variantes
inevitáveis que a transmissão oral produz.
Uma concretude que levou os autores do Antigo Testamento a afirmar o
impensável e que DEUS MORRE, como todos os outros homens.
Examinamos vários conceitos que a tradição interpretou e retrabalhou à luz
do dogmatismo monoteísta: os Dez Mandamentos, a bênção, a glória de Deus,
os anjos, as visões dos profetas ...

180
O LIVRO QUE SEMPRE MUDARÁ AS NOSSAS IDEIAS SOBRE A BÍBLIA Por fim,
também se compreendeu como a inspiração dos textos, mesmo os mais
"místicos", tem uma origem decididamente humana e é motivada por
situações pessoais, sociais, culturais e históricas.
Daí o fato de que as doutrinas e interpretações da tradição religiosa
determinam necessariamente contradições que não são facilmente sanadas, e
as questões teológicas que se debateram durante séculos sem soluções
universalmente aceitas são prova disso.
No entanto, tudo se torna explicável se, com muita simplicidade, olharmos
para a Bíblia como uma das muitas obras humanas, inevitavelmente repletas
de contradições e incertezas.
Se aceitamos que os chamados textos sagrados não passam de obras escritas
por homens, com todas as suas limitações, torna-se imediatamente inútil

2
3
introduzir a categoria do mistério, do Deus oculto, do Deus que se quer revelar
mas não totalmente, para não atropelar a liberdade de escolha dos homens ...
Quando há uma explicação linear e compreensível de um acontecimento, é
absolutamente inútil - e neste caso também é absurdo e perturbador -
introduzir razões enganosas a respeito de uma leitura guiada pelas regras
simples do bom senso e da racionalidade. Não está dito que a razão é o maior
instrumento que Deus deu aos homens para buscá-lo, conhecê-lo e segui-lo?
Tentamos aplicá-lo.
A memória dos "seres superiores" ...
Todas as perguntas possíveis perdem o sentido se tentarmos pensar que as
religiões nasceram como uma tentativa de reconstruir, reinventar, repetir o
contato com seres considerados superiores, "divinos", graças à distância
intransponível que os separava do homem em termos. de conhecimento,
habilidades, poder:
• indivíduos que viveram tempo suficiente para serem considerados imortais;
• indivíduos que conheciam os segredos da natureza, do cosmos, e que os
transmitiam apenas aos seus fiéis seguidores, dando origem à casta de reis /
governadores / sacerdotes (os “iniciados” ao conhecimento precisamente ...);
PARA CONCLUIR...
181
• indivíduos que viajaram nos céus, percorrendo em tempos muito curtos
distâncias impensáveis para quem se deslocava enquanto caminhava;
• indivíduos que usaram intermediários para administrar seu poder e se
comunicar com a humanidade por meio de filtros (os "anjos" ...) que impediam
o contato direto;
• indivíduos que criaram o homem usando técnicas de engenharia genética
das quais controlavam todos os aspectos (e que hoje, em parte, também
conhecemos, tendo conseguido recuperar aquele antigo conhecimento com
grande dificuldade).

2
3
Em suma, indivíduos, vindos de outros mundos, que a Bíblia conhecia muito
bem, como também a Igreja confirma (e aqui vimos quão bem os conhecia ...).
Reflexões finais (e uma pergunta ...)No momento histórico em que estamos
escrevendo este livro, a bioética está sendo discutida no mundo ocidental e a
Igreja Romana está muito próxima da verdade quando diz que “com a
manipulação do DNA o homem quer se tornar semelhante a Deus”: este é
provavelmente o caso. O homem está tentando repetir o que aqueles que o
"criaram" fizeram!
Repetir a tentativa de "criar" faz parte de um processo ao longo do qual vamos
adquirindo gradativamente o pleno conhecimento de "Aqueles" que nos
fizeram "à sua imagem e semelhança" (para que pudéssemos inicialmente
trabalhar em seu nome, servir honrá-los e, por fim, administrar o planeta que
eles nos confiaram).
Perdeu o contato direto - porque aqueles "deuses" "desapareceram": eles se
misturaram com suas criaturas ou, mais simplesmente, eles se foram - o
homem se sentiu "órfão do primeiro Pai" e tentou retrabalhar sua figura em
termos espirituais, sendo incapaz de reconstruí-lo em termos materiais com
base em memórias que foram perdidas ao longo dos séculos.
O homem "religioso" percorreu assim este caminho de recriação da figura de
Deus e, dentro da quantidade de EBooks adquiridos por Alberto Risso -
www.unoeditori.com
182
das espécies vivas, atribuiu-se uma pretensa superioridade, uma posição
absolutamente especial.
Este homem acredita que goza do privilégio de uma filiação divina, mas
provavelmente este privilégio não é nada mais do que o resultado de uma
intervenção da engenharia genética, que enriqueceu seu DNA e em virtude da
qual o homem atingiu o cume de uma certa linha evolutiva dentro da ordem
dos primatas, um dos muitos ramos nos quais a vida se expressa em seu
contínuo devir.

2
3
Uma evolução que a cada momento produz sempre o máximo possível, em
relação ao ambiente em que se desenvolve.
Em suas Notas Preliminares para uma Avaliação Universal do Conteúdo da
Mente Humana 39 o prof. A. Bertirotti (professor de Antropologia Cultural e
Mente na Universidade de Florença) escreve que, se é verdade que a
humanidade é atualmente a expressão máxima de uma das muitas linhas
evolutivas, a ideia de que o homem representa algo superior a outros sistemas
de vida não é apenas errado, mas um prenúncio de atitudes que podem ser
reveladas, assim como está acontecendo neste período histórico universal,
decididamente negativo.
Em seguida, ele afirma que a originalidade da espécie humana deve, portanto,
ser buscada em outras áreas.
E então, compartilhando esta consciência, tentamos autonomamente supor
que a verdadeira grande e original atividade que caracteriza o homem é
justamente o skeptomai ("buscar"), em sua contínua tensão para um Yahweh:
heyéh, ashèr, heyéh («Eu sou o que Eu sou, eu serei quem eu serei ").
Uma tensão em relação a esta hipótese de divindade, seja ela quem for, está ou
estará no momento de uma nova revelação possível ...
Então, vamos nos deixar com uma pergunta "chocante":
• Quando falamos sobre a “volta de Deus”, isso significa que devemos esperar a
volta de nossos criadores?
É fascinante pensar assim ... Mas talvez eles já estejam aqui, no nosso presente,
enquanto os Livros Sagrados nos falam do passado: um bom 39 Veja o site:
www.bertirotti.com/antropologia/considerazioni_universali/

PARA CONCLUIR...
183

2
3
veja, quem sabe, eles próprios estão totalmente inseridos na História em que
foram concebidos (uma História que a seguir, no Anexo 1, procuramos
reescrever ...).
Você, o pensador livre que veio a esta página, mostrou que tem uma mente
aberta e pés bem ancorados no chão, e por isso desejamos a você uma boa
continuação na leitura e uma boa jornada na Pesquisa ao longo do Caminho
Livre do Conhecimento. !
Seu "espírito" certamente encontrará seu caminho.

2
3
184

2
3
O LIVRO QUE SEMPRE MUDARÁ AS NOSSAS IDEIAS SOBRE A BÍBLIA Figura 9
“Barco de milhões de anos”. Templo egípcio em Cush (Alta Núbia, 2150-1750
aC).

Apêndice 1

Cronologia
Reconstruímos livre e autonomamente uma sucessão hipotética de eventos
integrando as cronologias oficiais com as indicações e dados contidos nos
textos dos autores citados na bibliografia: contradições ou inconsistências
podem, portanto, aparecer aqui e ali, pois nem sempre há acordo entre os
vários estudiosos.
A maioria das indicações obviamente não são apoiadas por evidências ou
documentação historicamente estabelecidas, portanto, a reconstrução deve
ser considerada um puro exemplo de como os eventos poderiam ter se
desdobrado se a hipótese básica do livro fosse verdadeira.

4 bilhões de anos atrás


Choque entre Nibiru (grande planeta externo desenhado pelos sumérios em
suas tabuletas) e Tiamat (Terra): a Terra em sua forma atual e o cinturão de
asteróides são formados.
Nibiru é capturado em uma órbita solar e também transfere a "semente da
vida" para a Terra.
14-2 milhões de anos atrás
Separação dos macacos do ramo que levará aos homens.
Os primeiros caracteres dos hominídeos aparecem: as características
genéticas que distinguem os gorilas e os chimpanzés dos humanos são
separadas.
Homo habilis aparece.

2
3
1,5 milhão de anos atrás
Homo erectus: primeiro hominídeo verdadeiro que usa ferramentas de pedra;
ele emigra da África, através do Sinai, para o sudeste da Ásia e o sul da
Europa.
600-100 mil anos atrás
Paleolítico inferior.

450 mil anos atrás


Os ANUNNAKI descem à Terra: eles vêm de NIBIRU. São 50, liderados por
ENKI, e desembarcam no Golfo Arábico, onde fazem seu primeiro
assentamento, ERIDU, a “casa do mundo distante”.

186
430-400 mil anos atrás
ENLIL chega à Terra e funda Nippur: os ANUNNAKI tornam-se 600 e
estabelecem o centro de controle em Nippur.
400-360 mil anos atrás
O Nefilìm da Bíblia fundou Bad-Tibira como um centro de fundição de metais.

300 mil anos atrás


Os ANUNNAKI que trabalham nas minas sul-africanas se rebelam e pedem
para serem substituídos nas minas.
Prováveis vestígios de mineração na África do Sul.
São realizados os primeiros experimentos de engenharia genética, começando
com o Homo erectus (?), Para criar uma espécie de "trabalhadores primitivos".
300-250 mil anos atrás

2
3
Existe (??) um segundo período de manipulação genética dos ANUNNAKI que
transmitem ao homem a capacidade de procriar autonomamente (o
"conhecimento"), mas não o gene da longevidade (imortalidade).
230-180 mil anos atrás
Nasce o homem de Neandertal: as ferramentas usadas e as características
físicas ainda são muito semelhantes às dos australopitecinos de 2 milhões de
anos antes.
Sapiens se desenvolve a partir do Homo erectus.
Adão e Eva podem ter sido "criados" cerca de 180.000 anos atrás ou, durante
esse tempo, eles podem ter sido movidos para o Éden e receberam a
possibilidade genética de procriação da serpente Deus ENKI.

150 mil anos atrás


Nasce Enos, filho de Set (o terceiro filho de Adão e Eva) e "começamos a
invocar o nome do Senhor". A partir deste momento, os homens começaram a
se mudar para o Oriente Médio, Ásia (Mesopotâmia).
137-133 mil anos atrás
Os geneticistas atribuem a esse período o momento de rastrear a presença da
Eva mitocondrial: uma fêmea que, desde então, sempre teve pelo menos uma
prole fêmea através da qual sua herança mitocondrial se perpetuou.
115-80 mil anos atrás
Paleolítico Médio.
A Bíblia fala de Tubalcain, de ascendência antediluviana, que
"Ferramentas forjadas de cobre e ferro."
Caim, um fazendeiro, mata seu irmão Abel, um pastor; os descendentes de
EBooks comprados por Alberto Risso - www.unoeditori.com
APÊNDICE 1

2
3
187
Caim se tornou o arquiteto da civilização (cidade, metalurgia ...).
Os "filhos de Deus" caminham pela terra e se unem às mulheres humanas e
geram os Nephilim bíblicos; neste período, os indivíduos criados pelos deuses
vivem muito.
Vestígios de assentamentos humanos na Suazilândia e Zululand.
Vestígios de áreas de mineração na África do Sul.
Cro-Magnon (Sapiens sapiens) nasce do Homo sapiens: os Neandertais
emigram (expulsão de Caim ??). Com o sapiens sapiens nasce o homem que
conhecemos como "civilizado": foi então que "as pessoas começaram a invocar
o nome de Deus"? (Gn 4:26) 70 mil anos atrás
Noah nasceu.
Ocorre uma Idade do Gelo.

60 mil anos atrás


Vestígios de áreas de mineração na África do Sul.
A descoberta do osso hióide de um Neandertal do Monte Carmelo (Israel)
revela que ele conseguia articular palavras.
50-10 mil anos atrás
Paleolítico Superior. O período é caracterizado pela última Idade do Gelo
(Wurm) e pela diferenciação das grandes raças humanas: Negróides,
Mongolóides, Europóides e Australoides.

49 mil anos atrás


Começa o reinado do sumério ZIUSUDRA, o bíblico "Noé": fiel servo de ENKI.
38-13 mil anos atrás

2
3
Neste período, as condições climáticas da Terra são particularmente difíceis.
Esta situação é descrita pelos estudiosos sumérios e tabuinhas que falam de
sete shar particularmente adversos: 25.200 anos. Shars são períodos de 3600
anos: o sistema numérico sumério é baseado no número 60, um submúltiplo de
3600.
No final da Idade do Gelo, ENLIL decide eliminar a humanidade usando o que
está para acontecer. Os ANUNNAKI deixam a Terra, que está prestes a ser
destruída pelo dilúvio.
Nascem os três filhos de Noé: Shem, Ham e Jafet, cujas mães pertencem a
diferentes grupos étnicos.
Vestígios de áreas de mineração na África do Sul.
O Homo sapiens de Cro-Magnon (Sapiens sapiens) povoa a Europa,
suplantando o Neandertal.

188
, 21.000 anos atrás
No Egito, de acordo com Manetone, o reinado de Ptah começa: durará 9 mil
anos, após os quais seu filho Rá subirá ao trono, por mil anos.
Nesse ínterim, ocorre a enchente após a qual ENKI retorna para reivindicar os
territórios: o mito conta que ENKI foi para a Núbia e a Etiópia para torná-los
habitáveis.
Ra é sucedido por Shu por 700 anos, Geb por 500, Osíris (bisneto de Ra) por
450, Seth por 350 e Horus por 300. Seguem-se cerca de três séculos de
confusão, então começam as dinastias históricas dos reis faraó.
Na Bíblia falamos sobre a longevidade dos Patriarcas: quanto tempo poderiam
os seres cujo relógio biológico foi ajustado em um período de rotação
planetária igual a 3.600 anos terrestres (ou seja, um de seus anos de vida
correspondeu a 3.600 dos nossos!) ?

2
4
13 mil anos atrás
O Homo sapiens se espalha por grande parte do planeta.

12 mil anos atrás


A última era do gelo termina.
Durante o Dilúvio Universal (cerca de 11000 AC) ENLIL quer destruir a
humanidade, mas ENKI consegue salvar um de seus protegidos: ele avisa
ZIUSUDRA / Noé e o faz construir um barco capaz de resistir às águas.
A agricultura nasceu depois da enchente.

11 mil anos atrás


Após o Dilúvio, os ANUNNAKI decidem dividir os territórios em quatro grandes
regiões, três das quais atribuídas aos homens: Egito, Mesopotâmia e Indo. O
quarto é sagrado e está reservado aos deuses: TILMUN, o "lugar das máquinas
voadoras".
Após o dilúvio, o conhecimento científico é transferido para a humanidade.
No Oriente Médio ocorre a domesticação de animais e a primeira produção de
cereais com uma seleção que se deu em muito pouco tempo: talvez no EDIN
(Éden) dos ANUNNAKI?

10500 AC
De acordo com vários estudiosos atuais (Hancock, Von Daniken ...), a
construção das pirâmides de Gizé e da Esfinge dataria deste período para
indicar a direção do TILMUM (Sinai localizado a leste).
10000-5000 AC
O Mesolítico começa na Mesopotâmia. O homem usa machados, lanças e
punhais feitos de sílex (pedra trabalhada). Flint é trabalhado.

APÊNDICE 1

2
4
189
O homem começa a domesticar animais e cuidar das plantas até que as
primeiras formas de agricultura real sejam iniciadas. A cultura mesolítica se
expande para a Palestina (culturas de El Natuf e Jericó).

7500 AC
O processamento da argila começa no Oriente Médio.
O Egito é governado por semideuses.
Para Manetone, o período dos semideuses vai de cerca de 7100 a 3450.

6000 AC
É neste milênio que, de acordo com as novas cronologias, começou a migração
que de EDIN (Éden) levou primeiro à colonização da Suméria, e depois do
Egito, pelos descendentes do primeiro povo "criado pelos deuses" e salvo do
dilúvio.
Cain (o acadiano Kiyan, filho de Adamu) é exilado na terra de Nod.

5000 AC
O período Neolítico começa.
A cultura megalítica se espalha pela Espanha, França e Inglaterra.
Nasce a população agrícola: agricultores e pastores vivem juntos.
Os agricultores instalam-se primeiro em aldeias e depois em casas e povoados
(cidades) construídos com paredes. O poder se concentra e uma estrutura
social estratificada começa a se formar: soberanos, padres, soldados, artesãos,
mercadores, camponeses, escravos ...
As primeiras civilizações monumentais nascem ao longo dos grandes rios:
Tigre, Eufrates, Nilo, Indo e Huang-He.
Reis-sacerdotes reinam na Mesopotâmia.

2
4
De acordo com novas cronologias, o bíblico Enoch (Akkadian Hanu) chega à
"terra de Shin'ar" (Suméria) e constrói as primeiras cidades: Eridu, onde "a
realeza desceu do céu". O primeiro rei, portanto, parece ter sido um patriarca
bíblico.

4500 AC
Neste quinto milênio provavelmente ocorre a migração, narrada pelo Gênesis,
dos povos do norte das montanhas Zagros (leste do Iraque) para a baixa
Mesopotâmia, mais tarde chamada de "terra de Shin'ar" pela Bíblia.

4000 AC
Após um período de estagnação e regressão na evolução cultural e artística, a
civilização dos sumérios aparece quase de repente. Os EBooks adquiridos por
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190
os homens tornam-se construtores de cidades e profundos conhecedores de
matemática, astronomia e técnicas de usinagem.

3800 AC
Surge a figura bíblica de Nimrod (o ENMERKAR dos sumérios): bisneto de Noé,
de linhagem hamítica (portanto africana), escravo dos deuses, grande
construtor.
Nesse período, os deuses iniciam a reconstrução das cidades destruídas pelo
dilúvio; Baalbek foi reconstruída logo após a catástrofe, Eridu (3800), Nippur
(3800-3700), Babilônia (3450), Agade (2400), Nínive (2300).
No Oriente Médio, os metais (cobre) são processados.

3750 AC
ANU, o Senhor do império, desce à Terra: os textos sumérios descrevem a
pompa com que o evento foi celebrado.

3670 AC

2
4
O comando é transferido das bases espaciais para a Terra: começa a contagem
dos dias para os sumérios e o calendário hebraico.

3500 AC
Na Suméria, a energia produzida a partir do petróleo começa a ser utilizada: a
língua suméria dá nomes a todas as substâncias derivadas do betume.
Algumas estatuetas que retratam INANNA e os mensageiros dos deuses com
roupas "tecnológicas" datam dessa época: mochilas, fones de ouvido, óculos,
capacetes ...

3450 AC
Nas guerras contínuas entre os deuses, há várias tentativas de assumir o
comando: de acordo com as hipóteses "alternativas", está prevista a
construção de uma base espacial na Babilônia (Torre de Babel).
No que diz respeito ao episódio bíblico da confusão de línguas (ligado à Torre
de Babel), há um texto sumério muito esclarecedor: conta que houve um
tempo em que os povos em uníssono homenageavam ENLIL em uma única
língua; então, em vez disso, o texto diz, na Suméria, Shubur e Hmazi, muitas
línguas são faladas porque o chefe dos deuses mudou as palavras de sua boca,
ele colocou uma língua confusa em suas bocas, enquanto antes a língua da
humanidade era uma.

3200 AC
A cidade de Uruk (o bíblico Erek) já está estruturada urbanisticamente.
De acordo com as cronologias tradicionais, os sumérios se estabelecem no Sul.
APÊNDICE 1
191
da Mesopotâmia; os metais funcionam muito bem e dividem o território em
cidades-estado. A autoridade máxima é representada por LUGAL

2
4
("Grande homem"), o príncipe-soberano que detém o poder político, religioso e
militar.
O calendário lunar de doze meses nasce; o sistema ses-sagesimal é aplicado
dividindo o dia em 24 horas e o círculo em 360 °.

3113 a.C.
Após 350 anos de caos, este é o ano em que ENKI restaura a ordem em seu
reino africano impondo reis sumérios (Menes); a capital está localizada em
Menfi.
A escrita egípcia aparece já formada, que permaneceu durante séculos igual a
si mesma graças ao "conforto" dos meios em que se expressava (penas em
papiro), enquanto a escrita cuneiforme suméria original teve que evoluir para
superar as dificuldades representadas pelo suporte constituído pelo barro.
As duas línguas também apresentam semelhanças que sugerem um momento
de coincidência ou desenvolvimento de uma única linhagem.
3000-2000 AC
Um zigurate construído na cidade de Kish, na Suméria, pertence a este
período.
O primeiro "Parlamento" conhecido na história da humanidade se reúne na
cidade de Uruk; é constituído por duas "câmaras" (Assembleia dos idosos e
Assembleia dos cidadãos aptos para armas).
Surgem as primeiras tábuas de argila com escrita cuneiforme suméria, que
adquirirão (entre os semitas acadianos, assírios e babilônios) a mesma
importância que o grego e o latim tiveram e ainda têm na cultura da Europa
Ocidental.
Um selo acadiano que representa o sistema solar consistindo de doze corpos
pertence ao terceiro milênio: Sol, Lua e dez outros planetas (atualmente
conhecemos apenas nove).

2
4
Os feitos do mítico imperador chinês Huang-Ti datam do terceiro milênio aC.
Ele foi dotado de conhecimentos e poderes especiais: ele ensinou os habitantes
da bacia de Huang-He (il
“Rio Amarelo”, no Norte da China) todos os conhecimentos úteis para a vida
civil; construiu doze espelhos com um material desconhecido, construiu "tripés
milagrosos" que emitiam sons e vozes, e lembrava "dragões que voavam nas
nuvens, podiam ficar parados ou se mover, ficavam pesados ou leves, eram
usados para se comunicar à distância" .. . No território de Huang-Ti operavam
"criaturas metálicas, capazes de voar, com cabeças desenroscáveis, que se
alimentavam do
192
O LIVRO QUE SEMPRE MUDARÁ AS NOSSAS IDEIAS SOBRE A BÍBLIA das
substâncias minerais ”. A vida de Huang-Ti foi muito longa, assim como a vida
de seus "companheiros" (mais de 2.000 anos!). Esses indivíduos, enquanto
viajavam, produziram trovões.
2900-2600 AC
O primeiro período de Stonehenge pertence a esses anos.
Em 2900 aC em Uruk (o bíblico Erek), na Suméria, reina Gilgamesh que, como
a maioria dos primeiros reis sumérios, era filho de uma divindade e de um
mortal.
A civilização minóica surge em Creta, que se desenvolverá até 1400 AC
Com Sargon começa em Lagash, Sumer, uma dinastia de ENSI ("apenas
comandante", governador local) que durará cerca de 650 anos.

2.800 a.C.
Começa a se formar a civilização do Indo, cujo território (a Terceira Região)
havia sido confiado ao governo de INANNA / Ishtar: as cidades de Harappa e
Moenjo-daro na verdade adoravam uma única divindade feminina.

2
4
Na Suméria, de acordo com as cronologias tradicionais, assistimos à
infiltração de populações semíticas e à separação entre o poder político e o
religioso.
Mesilim de Kish torna-se o Grande governante.

2700 a.C.
Em Stonehenge, oitenta pedras são inseridas em um círculo duplo,
substituídas, alguns anos depois, por blocos chamados sarsen, dispostos em um
círculo e unidos por arquitraves para formar um anel.
Nesse período começa o calendário chinês que - dizem os chineses - nasceu
após a chegada dos “filhos do céu que viajavam em navios-dragão em
chamas”.

2650 AC
Em Saqqara, Egito, a pirâmide de Zoser é construída.

2600 AC
O rei sumério URUKAGINA reforma o sistema legislativo para acabar com os
abusos dos poderes do Estado: ele afirma ter sido o responsável pelo "deus"
NINGIRSU.
2500-2400 AC
Nasce o antigo império Inca e é construído o primeiro templo de Cuzco.
De acordo com as cronologias tradicionais da Suméria, eles iniciam o Prima
dina-
APÊNDICE 1
193
stia di Ur, fundada por Masanne-Padda (a esta pertencem os famosos e ricos
túmulos de príncipes e princesas encontrados por Wolley em 1922) e a
primeira dinastia de Lagash, fundada por Ur-Nanshe (que derruba a

2
4
hegemonia de Kish). A Estela do Abutre pertence a este período, o primeiro
monumento conhecido que contém a narração de fatos históricos: ele conta os
feitos de Eannatum, filho de Ur-Nanshe.

2350 AC
Na Índia ocorre o declínio do reino que havia sido confiado a INANNA.
INANNA / Ishtar era conhecida como uma deusa viajante, extremamente ativa
em tecer intrigas e alianças para aumentar seu poder em diferentes
territórios.
De acordo com as cronologias tradicionais, o reino de Akkad foi estabelecido
na Suméria.
O último rei sumério foi Lugalzaggisi, príncipe de Umma, que conquistou
Lagash, Ur, Uruk, Larsa, Kish, Nippur e avançou até o mar Mediterrâneo.
2340-2159 AC
Período da dinastia Agade (Akkad), um reino semítico fundado por Sargão, o
Grande. Definido como "Senhor das quatro partes do mundo", ele conquista
Mesopotâmia, Síria, Elam e Ásia Menor. Ele funda um sistema de energia
centralizado e constrói a nova capital: Akkad.
2270-2230 AC
Naram-Sin consolida o reino acadiano, que entretanto desmorona após sua
morte sob a pressão dos guteis iranianos. Eles são rechaçados por Utukhegal,
príncipe de Uruk que restaura os reinos da Suméria e Acad.

2200 AC
Terah, o pai de Abraão, provavelmente nasceu em Nippur: talvez ele pertença
a uma família de alto sacerdócio e posição política.
Em torno deste período, há a maior concentração de observadores celestes
(calendário solar em Macchu Picchu, ENINNU de Gudea na Mesopotâmia;
trabalhos em Stonehenge; o templo redondo em Bahrein).

2
4
Na Mesopotâmia assistimos ao aparecimento do povo dos Kassitas (povo
hamita, povo negróide) que coincide com o aumento da transformação do
bronze, cuja liga é enriquecida com estanho (retirado da cassiterite).

194
2180 (et seq.) BC
O caos reina no Egito: primeiro período intermediário (2180-2040 aC).
O Egito está dividido entre os faraós, que mantêm o controle do norte, e os
seguidores de Rá, que assumem o controle do sul.

2150 AC
No Império Médio egípcio (2160-1785 aC), o templo mineiro de Kush foi
construído na Núbia (Sudão), que contém uma representação de uma provável
espaçonave em vôo e de um míssil no solo, com dois indivíduos representados
na frente e não se vestem como os egípcios (parecem ter uma vestimenta
composta de um único elemento que cobre todo o corpo).
2120-2100 AC
Data provável de nascimento (2123 aC) de Abraão em Ur ou Nippur.
Nasce o império de Ur: Ur-Nammu é seu fundador.
Uruk e Ur são cidades sumérias mencionadas na Bíblia: a primeira é conhecida
como Erek; a segunda é a Ur dos caldeus, embora a Ur de Abraão deva ser
aquela localizada (Uru) no norte, em Kharran, que era a pátria de Terah (pai
de Abraão) e a capital da Suméria nessa época.

2110 AC
Ur é declarada a capital do império: Ur-Nammu sobe ao trono, reformando o
sistema legislativo e restaurando os templos dos deuses em toda a Suméria ao
seu antigo esplendor.

2
4
Terah, o pai de Abraão, viaja de Nippur a Ur para estabelecer laços com a
nova corte real.

2096 AC
Terah, o pai de Abraão, muda-se para Haran.

2050 AC
Uma nova dinastia de Ur começa com Ur-Nammu, Shulgi, Amarsin, Shu-Sin e
Ibi-Sin: as cidades são governadas por governadores. As tribos semíticas
ocidentais pressionam contra as fronteiras para as quais uma linha defensiva
é construída ao longo do curso do Eufrates, mas o reino sumério também está
enfraquecido pelas lutas contra os elamitas e os Senhores dos Mares.
Abraão é enviado a Canaã com um exército de cavaleiros. Os vários
movimentos de Abraão, ordenados pelo "deus", sugerem seu emprego direto
em favor do senhor de Ur (o deus Sin) que precisava saber o que se passava
nos territórios ocidentais. Melkisedeq reina em Jerusalém: naquela época a
cidade tinha cisternas para reservas de água (quase 40 milhões de litros !!)
absolutamente-
APÊNDICE 1
195
você excede qualquer necessidade possível para seus poucos habitantes. Para
que eram eles?
2050-2045 AC
AMARSIN (o Amrafel bíblico?) Torna-se rei de Ur em 2047, enquanto Abraão
viaja para o Egito, de onde retornará cinco anos depois com um novo corpo
militar.

2040 AC
AMARSIN organiza uma aliança de reis do Oriente que, sob o comando do
elamita Kedorlaomer, atacam Canaã e tentam invadir o Sinai.

2
5
Abraão os bloqueia.

2024 AC
O reino sumério de Ur é invadido pelo oeste pelos amorreus bíblicos. Os
Elamitas (de linhagem semítica) apoiaram o deus Enkite oriental SIN,
enquanto os Amoritas Ocidentais (de Hamitic, linhagem africana) apoiaram o
deus africano Enkite Marduk.
O patriarca bíblico Abraão, que trabalhou em nome do deus SIN (controle das
cidades rebeldes, viagem ao norte do Egito) faz parte dessa história.
Durante as batalhas, ocorre a história bíblica de Sodoma e Gomorra (Gênesis
18-19), culpados de terem se aliado a Marduk e tentado conquistar a base do
Sinai.
A Bíblia lembra a esposa de Ló se transformando em uma estátua de
“Sal”: em hebraico a palavra exata é melàch, que também significa “rei-vapor”.
Lot e suas filhas refugiam-se no território de Petra, onde viverão por muito
tempo e gerarão as tribos dos moabitas e amonitas, que se instalam nos
territórios circunvizinhos (100-150 km).

2020 AC
A civilização suméria está prestes a desaparecer enquanto a nova dinastia
"humana" da Babilônia é estabelecida na Babilônia, à qual pertencerá
Hamurabi (1800). Babilônia será desafiada por um novo poder form-tasi no
norte: Assur, cuja divindade era ASHUR, um rival barbudo de Marduk.
Abraão, fiel às tradições hereditárias dos ANUNNAKI, gera de meia-irmã seu
filho legítimo, Isaque, a quem os deuses prometem o reino e um grande
descendente. Sara ficou estéril e torna-se fértil após a "visita" (Gn 21,1) do
Senhor (intervenção médica a um problema de retroversão uterina?).

196
2000 AC

2
5
As migrações arianas trazem as tradições sumérias para a Índia: os Vedas, já
naquele período, são considerados de origem "não humana"; eles são seguidos
pela literatura bramânica, os Puranas, o Mahabharata, o Ramayana, todos
contendo o conceito de Idades calculadas em múltiplos do número 3600 (o Sar,
ano, dos ANUNNAKI ...)!
Com as invasões dos amorreus (também conhecidos na Bíblia), a civilização
suméria e a civilização acadiana terminaram: os domínios assírio e babilônico
se seguiram. A escrita, a agricultura, a astronomia e a metalurgia se
espalharam por outros territórios do planeta (China, Tailândia, Norte da
Índia, Tibete, Creta): é um período de grandes migrações.
Os hurritas vêm do território do Lago Van e são colocados como classe
dominante também graças ao uso da carruagem de guerra puxada por
cavalos.
As inscrições encontradas no deserto do Sinai e no Negev com o tetragrama de
Yahweh (YHWH) e com a escrita Yaw-rad que significa "descida" (e Yeh-red é
o nome de um patriarca nascido "nos dias da descida "...).
O reino sumério, ainda governado pela dinastia Ur, foi invadido pelos
cananeus que de fato semitizaram o território formando estados em Isin,
Larsa e Babilônia (cujo nome é de origem semítica, deriva de bab-ili e significa
"porta de deus" )

1800 aC
Como a grande civilização suméria acabou com as guerras do início do
milênio, muitos sumérios migram para a China, onde trazem seus
conhecimentos e as primeiras formas de escrita. A língua chinesa está entre as
poucas línguas que têm afinidade com o sumério.
Durante este período, o Egito experimentou um grande desenvolvimento
territorial: conquistou a Núbia, de onde os Dogon (um povo que ainda hoje
possui importantes e inexplicáveis conhecimentos astronômicos relacionados
em particular à estrela Sirius) fogem para o Mali de hoje. Com esta dinastia os
israelitas (da fé enlilita desde a época de Abraão) são expulsos.

2
5
O processamento do bronze começa na Mesopotâmia: as técnicas se espalham
para o norte (Cáucaso, Anatólia), Egito e região do Mar Egeu: de Creta, o
processamento passa então para a Europa Ocidental.
Assur inicia a conquista do território da Babilônia do Norte: o reino assírio
tem uma história pouco conhecida até cerca de 1450, quando se torna um
vassalo do reino Mitanni.

APÊNDICE 1
197

1750 AC
O império hitita atinge seu apogeu.
Entre 1750 e cerca de 1700, o reino sumério experimentou um último
momento de florescimento político sob o governo da cidade de Rim-Sin, senhor
de Larsa.
1728-1686 AC
Reino de Hamurabi.
Este grande governante luta uma série de guerras vitoriosas contra os povos
vizinhos e depois também derrota seus dois principais aliados: Rim-Sin de
Larsa e Zimrilim de Mari.
O Código de Leis dele continua famoso, conhecido por seu nome, escrito em
uma estela de basalto negro preservada no museu do Louvre.
Ele também concluiu a construção do palácio de Mari, no qual foram
encontradas 20.000 tábuas de argila.
A língua oficial era acadiano, enquanto o cuneiforme sumério era considerado
uma "língua sagrada".
1682-1637 AC

2
5
De acordo com as novas cronologias, Amenembat III (dinastia XII) reina no
Egito; seu vizir foi talvez o Joseph bíblico que também serviu Senuseret III.
De acordo com as cronologias tradicionais, o período seria, em vez disso, 1817-
1772 AC
O êxodo dos judeus do Egito teria ocorrido, de acordo com as novas
cronologias, logo depois, ou seja, sob a dinastia XIII, quando o faraó Dudimose
reinou.

1628 AC
Ocorre a explosão vulcânica da ilha de Santorini. As mudanças climáticas
também determinam variações dramáticas no sistema de cheias do Nilo: o
Egito está enfraquecendo. Ocorrem migrações para a Mesopotâmia.
O novo poder de Micenas, poupado das consequências do cataclismo, afirmou-
se no mundo mediterrâneo; aqui uma deusa foi adorada cuja iconografia
parece referir-se a INANNA (divindade suméria).

1539 AC
O Novo Reino começa no Egito, fundado pela XVIII dinastia; de acordo com as
novas cronologias, o Novo Reino teria começado em 1194 AC

1531 AC
Babilônia é saqueada pelos hititas liderados por Murshiloi I.

198
O LIVRO QUE SEMPRE MUDARÁ AS NOSSAS IDEIAS SOBRE A BÍBLIA De 1530
a 1160 ocorre o chamado “período Kassita”, ao qual os elamitas acabaram.

1500 AC
Tutmés III narra que Rá o fez fazer "um vôo em seu barco"

2
5
(Shem): o culto original de Shem será substituído pelo dos obeliscos e das
águias.
Começa a XVIII dinastia dos faraós: pertence a um papiro de Mênfis em que
são mencionados: o "barco Sekhen no qual os deuses soberanos dos quatro
pontos cardeais permitem aos faraós fazer a viagem na luz e chegar aos pais
divinos nos quatro cantos do céu "e no" Barco de milhões de anos, usado pelos
homens das estrelas para navegar pelas constelações e, seguindo as rotas
celestes, chegar à Terra "...

1450 AC
A repentina destruição da cidade de Creta é registrada. Segue a migração dos
filisteus, também descrita pela Bíblia.
Os hicsos chegam ao Egito.

1447 AC
De acordo com as "cronologias alternativas" sob o faraó Dudimose ocorre o
êxodo dos judeus. Moisés encontra seu Deus que já era adorado pelos
midianitas, cujo cabeça é seu sogro.
Os midianitas são descendentes de Abraão e, ao contrário dos judeus que se
mudaram para o Egito perdendo todo o contato com sua tradição religiosa,
mantiveram continuidade no relacionamento com seus deuses primordiais,
que eram os deuses dos patriarcas antediluvianos, portanto os deuses dos pais
( o Elohìm do início).

1433 AC
Provável ano do êxodo dos judeus do Egito: Yahweh os guia.
1393-1391 AC
Em um desses dois anos na América houve um dia em que “não houve nascer
do sol sobre os Andes, não houve nascer do sol por 24 horas”. Na Bíblia (cf.
Jos 10, 12-13 e Jos 11) é dito que o sol "parou por um dia inteiro" para permitir
que os israelitas derrotassem os amorreus. De um lado do mundo, portanto,

2
5
temos a história de "um dia mais longo" e, ao mesmo tempo, do outro, a
memória de "uma noite mais longa" ...

1386 AC
Nas cronologias tradicionais estamos na época do faraó Amenofi III e, em uma
inscrição, fala da pátria do Shushu de Yhw, o "EBook dos povos adquirido por
Alberto Risso - www.unoeditori.com
APÊNDICE 1
199
de Yahweh ". A escrita lembra o povo de Javé contido no canto de Débora (cf. Jz
5).
1375-1047 AC
Reino Médio Assírio.

1352 AC
O monoteísta Akenaton torna-se faraó. De acordo com novas cronologias, este
evento ocorre em 1022 e seu reinado é contemporâneo ao do rei bíblico Davi.
1300-1200 AC
Os dórios invadem a Grécia enquanto os israelitas invadem Canaã.
Curiosamente, os deuses da Grécia não vieram do céu, mas de regiões bem
definidas do Oriente Médio.

1286 AC
O Faraó Ramsés II é derrotado pelos hititas em Kadesh (Líbano), apesar da
presença do deus Amon-Ra que aparece ao seu lado e o ajuda "pessoalmente"
a escapar.
A fraqueza da Babilônia favorece a ascensão dos assírios, que em 1250
estabelecer sua capital em Nimrud, sob Shalmanassar I.

2
5
1279 AC
De acordo com a cronologia tradicional, Ramses II torna-se faraó.

1209 AC
A "estela da vitória" sobre a qual o faraó Merenptah relata sua conquista de
um território cujos ocupantes
“Eles eram israelitas” (assim diz a inscrição egípcia).

1200 AC
A civilização maia começa a aparecer.
Segundo alguns, o êxodo dos judeus do Egito ocorre neste período.
De acordo com as novas cronologias, no entanto, o êxodo ocorreu cerca de dois
séculos antes e agora Israel está experimentando o chamado "período dos
Juízes".
É o século em que o poema babilônico da criação, o Enuma elish, é composto,
escrito em seis tábuas que correspondem aos seis dias da criação descritos no
Gênesis.

1137 AC
Reina na Babilônia Nabucodonosor I.

200
1112-1074 AC
Tiglathpileser I consolida o poder do reino assírio.

1022 AC
De acordo com as novas cronologias, Saul e Davi pertencem a este período.

1000 AC

2
5
De acordo com uma nova hipótese cronológica, um culto monoteísta dirigido a
Aton foi estabelecido no Egito pouco antes de 1000 (a hipótese anterior
considerada o século 13): Amenothep IV se autodenomina Akhenaton.
Davi conquista Jerusalém no último ano do reinado do faraó (Jerusalém foi
ocupada pelos jebuseus). A conquista sugere uma relação direta entre Davi e
Yahweh que se comunicou através da Arca, para usar a qual Davi usava o
éfode (??).
Salomão mandou construir o Templo com o sancta sanctorum: o lugar onde a
Arca da Aliança deveria ser guardada.

948 a.C.
Sobre Israel, de acordo com a nova cronologia, Salomão reina.

933 AC
Em Israel vivemos o período monárquico dos dois reinos (Judá e Israel).
883-612 a.C.
Neo-reino assírio: Assurbanipal II determina uma grande expansão.
880-850 AC
O profeta Elias desafia os sacerdotes de Baal no Monte Carmelo: o Deus de
Elias envia um fogo do céu que "consome o holocausto, a lenha, as pedras e o
pó e esgota a água da cova": a água tinha sido usada banhar todo o
holocausto e tornar mais evidente o poder do "fogo" gerado por Deus (1 Reis
18, 25-40).

776 a.C.
Na Grécia, foram organizados os primeiros Jogos Olímpicos nos quais os
atletas deveriam participar nus: era preciso ter certeza de que eles eram
apenas seres humanos, portanto, dotados das mesmas possibilidades? As
anotações históricas daquele momento em diante não relatam mais a
presença de seres sobre-humanos ...

2
5
745-727 a.C.
O Assírio Tiglathpileser III reina seguido por Shalmanassar V, Sargão II,
Senaqueribe, Aaharaddon e Assurbanipal (Sardanapalo dos Gregos).

APÊNDICE 1
201
É fundada a grande biblioteca de Nínive.
As inscrições que atribuem a Yahweh um companheiro chamado Ashera (o
nome lembra Ashtaroth, Ishtar, Ashtarte, INANNA ...) pertencem a este século.

689 AC
O Senaqueribe assírio tenta atacar Jerusalém, mas seu exército é exterminado
pela intervenção de um mensageiro de Deus.
668-626 a.C.
Assurbanipal reina na Assíria.

639 AC
O Império Assírio cai, devastado por rebeliões internas lideradas pela
Babilônia: os arquitetos do novo reino da Babilônia são Nabopolassar e
Nabucodonosor II (604-562 aC).

612 AC
O período do reinado da Babilônia começa com Nabucodonosor, que é
sucedido por Nabonido.

597 AC
Os judeus são deportados para a Babilônia.

2
5
No século VI aC, um verdadeiro pensamento religioso monoteísta começou a se
afirmar e isso aconteceu ao mesmo tempo entre israelitas, babilônios e persas.
592-550 AC
Ezequiel tem a visão da carruagem celestial (cf. Ez 1,4-27).

539 AC
Babilônia é conquistada pelos persas (Ciro) e os judeus podem retornar para
suas terras.
485-465 a.C.
Na Pérsia reina Xerxes, filho de Dario, o Grande: Xerxes deve ser identificado
com "o Assuero" do livro bíblico de Ester, a rainha que vivia no grande palácio
imperial de Susa (Pérsia).

450 AC
Os sacerdotes de Tebas listam em Heródoto até 341 gerações de governantes,
para um total de 11.340 anos de reinado no Egito. Primeiro reinam os deuses,
depois os semideuses, os companheiros de Hórus, seguidos das dinastias
humanas: os faraós se consideram "descendentes diretos dos deuses" e, como
tal, legitimados para governar e dignos de desfrutar da imortalidade.

202
É possível pensar que a mumificação é a tentativa de reproduzir um
acontecimento do qual, com o desaparecimento dos "deuses", se perderam a
memória e também a técnica? As longas viagens interplanetárias são viáveis
por meio da "morte aparente" induzida com a técnica de hibernação e a
subsequente "ressurreição" que ocorre em um "outro mundo"?
É a partir das estruturas necessárias para a hibernação que os sarcófagos com
todos os acessórios, utensílios e alimentos, que deviam acompanhar o
"Viagem" daquele que seria "revivido" no "mundo dos deuses"?

2
6
331 AC
Alexandre, o Grande, conquista a Babilônia.

Século III aC
Dois personagens importantes vivem e escrevem suas histórias: os sacerdotes
Manetho, um egípcio, e Beroso, um babilônio, que, referindo-se aos
documentos mantidos nos arquivos de seus templos sagrados, compilam as
listas dos que reinaram em suas respectivas terras desde então tempos
antigos.
É em seus escritos que as durações sobre-humanas dos vários reinos
antediluvianos são encontradas.
A partir do século III aC, parece que os "deuses" não estão mais presentes na
Terra.

Apêndice 2
Glossário essencial

Amonitas
Descendentes de Ben Ammi, segundo filho de Lot e irmão de Moabe (Gn 19: 37-
38); após derrotar os Zamzummìm a leste do Mar Morto, eles se estabeleceram
na região localizada entre os rios Árnon e Yabbòq, de onde foram expulsos
pelos amorreus que os fizeram migrar para as fronteiras do deserto a leste.
Eles foram excluídos da comunidade israelense porque se dedicaram ao culto
de Balaão.

eu adoraria
Termo genérico usado para indicar os povos que ocuparam a Palestina antes
da chegada dos judeus. O nome, portanto, também era sinônimo de cananeus.

Astarte

2
6
Deusa adorada na área semítica do noroeste (a Ishtar da Babilônia), ela
representava a Grande Mãe Fenícia e Cananéia; seu culto estava ligado à
fertilidade, fecundidade e guerra.
Os principais centros de culto eram Sidon, Tiro e Biblos, mas também era
conhecido e venerado em Malta, Tharros na Sardenha e Erice na Sicília.
Ela também entrou no panteão egípcio, onde foi identificada com Ísis.
No período helenístico seguinte, foi associada à deusa grega Afrodite e à Vênus
romana.
O nome Astarte aparece frequentemente no Antigo Testamento, mesmo no
plural (Ashtarot, cf. Jg 10,6): nesse caso, provavelmente indica divindades
femininas correspondentes ao Baalìm masculino.

Bíblia Stuttgartensia
A Biblia Hebraica Stuttgartensia, ou BHS, é uma edição da Bíblia Hebraica
publicada pela Deutsche Bibelgesellschaft (Sociedade Bíblica Alemã) em
Stuttgart (Stuttgart). O texto é uma cópia precisa do texto massorético contido
no Codex Leningradensis (L) e representa a versão de referência oficial do
texto bíblico hebraico-aramaico para judeus e cristãos. O texto também
corresponde à Bíblia publicada pela "The British and Foreign Bible Society"
de Londres: Letteris Bible.

204
Edin / Eden
(cf. Gn 2.10)
Provavelmente havia dois deles: um na África (deuses Enkite) e um na Suméria
(deuses Enkite) para onde Adão e Eva foram trazidos.
Os quatro rios bíblicos que partem do Éden são Gihon (atual Aras, antes
chamado de Gaihun), Pison (atual Uhizun), Hiddekel (Tigre) e Perath

2
6
(Eufrates). Suas fontes estão localizadas no território imediatamente a oeste
do Mar Cáspio, perto dos lagos Urmia e Van (Armênia-Curdistão).
A localização exata parece ser a área em que se encontra a atual Tabriz (Irã):
o vale do Adji Chay, chamado em persa de Meidan (ou seja, "um lugar cercado
por paredes").
As terras de Cush (Azerbaijão) e Ávila (província angurana, Irã), banhadas
pelo Giom e pelo Pison, estão localizadas no atual Azerbaijão e nas montanhas
próximas ao norte do Irã.
O rio que atravessa o Éden está soterrado perto do Lago Urmia e renasce
formando as nascentes dos quatro rios mencionados, que deságuam dois no
Mar Cáspio (Giom e Pison) e dois no Golfo Pérsico (Tigre e Eufrates).
Os arqueólogos acreditam que os sumérios chegaram ao território que mais
tarde se tornaria sua terra (Suméria, no sul da Mesopotâmia) após uma
migração cuja origem pôde ser identificada em uma área montanhosa
adjacente ao mar Cáspio. Seu Deus mais importante foi identificado como uma
"montanha" e seus templos em degraus (zigurate) lembram essa formação
natural.
A palavra Eden foi traduzida para o grego com paradeisos, "paraíso", e deriva
da pairidaeza da religião zoroastriana (cuja origem pode ser localizada no
território do Éden): o termo avestão significa "lugar fechado".
A palavra hebraica para "jardim", gan, vem da raiz ganan, que significa
"cercar". Gan eden, portanto, significa "jardim do Éden murado", que, como a
Bíblia diz, está na verdade "a leste" do território palestino em que o Antigo
Testamento foi escrito.
A raiz hebraica adhan também se refere ao conceito de "a alegria de uma vida
feliz".
Da terra da Suméria (sul da Mesopotâmia) você alcança o céu (o paraíso
terrestre) passando por sete cadeias de montanhas (das montanhas Zagros em
diante) com sete colinas (que são os "sete portões" indicados nas histórias da
Babilônia e Hebraica?): São provavelmente os sete céus que, na mitologia

2
6
religiosa judaica (Talmud), devem ser superados para se chegar ao paraíso
final.

APÊNDICE 2
205
Do Éden Caim é exilado para a terra de Nod, cujos antigos topônimos estão
localizados a leste do território identificado como a provável sede do Éden
bíblico.
Os querubins que guardam o jardim lembram a localidade de Keruhabad, a
"residência dos Kheru"; os Kherubis, os querubins, os guardiões do território.
Este território é dominado pela montanha (vulcão) Sahand, a montanha
luminosa em que os deuses se encontraram e, talvez, a "montanha de Deus"
para a Bíblia.
Este EDEN corresponde à "Terra dos vivos" original, o Tilmum dos egípcios?
Daqui vieram os deuses primitivos:
• ENKI (EA - Ya - Yahweh);
• NINURSHAG (Mãe dos vivos - HAWWAH - EVA);
• INANNA (Ishtar - Astarte - Ashtaroth);
• DUMUZI (Asar - Marduk - Osiris).
Enneadi (Plotino)
Plotino - nasceu em Licopoli (Egito) em 205 e morreu em Minturno (Lazio) em
270 - foi um dos filósofos mais importantes da antiguidade; ele era o herdeiro
de Platão e é considerado o pai do neoplatonismo.
Sua doutrina está contida nas Enéadas, obra editada e publicada por seu
biógrafo Porfírio. Eles são compostos por 6 grupos de 9 tratados, ordenados de
acordo com um esquema ascensional que parte das realidades mundanas e da

2
6
vida terrena, para passar aos níveis metafísicos (providência divina, alma,
faculdades psíquicas e intelectuais ...) e finalmente alcançar o supremo divino
realidade.

Eridu
O assentamento mais antigo dos "deuses" da Suméria.
O termo remete à ideia de uma “moradia localizada longe” do demos de
origem.
Foi o centro de culto do deus ENKI que providenciou a recuperação do
território pantanoso: na verdade, foi construído sobre um importante sistema
de canais e pântanos.
Seu nome lembra o bíblico Irad / Iaràd, filho de Enoch, o "construtor da
cidade".
Em Gênesis 4:17, ele fala de um assentamento na planície e da fundação de
uma cidade que teria sido construída por Enoque, que teria dado a ela o nome
de seu filho, Irad / Iaràd, na verdade: este nome significa
206
ca "aquele que desceu" e, portanto, parece lembrar uma migração de
territórios elevados para a planície ou, novamente, aqueles que desceram de
cima.
Corresponde ao atual Tell Abu Shahrain (315 km a sudeste de Bagdá).

Josephus Flavius
Ele nasceu em Jerusalém, por volta de 37 DC, em uma família nobre; ele foi
educado na tradição judaica, mas com influências vindas das civilizações
grega e latina. Judeu observante da Torá, próximo ao movimento fariseu,
hostil aos movimentos nacionalistas, em 64
ele foi a Roma obtendo uma impressão forte e positiva.

2
6
Durante a primeira guerra judaica (66 DC), ele ocupou o posto militar de
governador da Galiléia. Quando os rebeldes perceberam que não podiam mais
lutar contra os romanos, decidiram suicidar-se: Giuseppe conseguiu sobreviver
e se entregou aos romanos. Teve um encontro muito positivo com o
comandante militar Tito Flavio Vespasiano, a quem previu que se tornaria
imperador; após essa feliz premonição, o futuro senhor dos romanos poupou
sua vida e José se apegou à família do imperador, levando também o nome de
gens Flávia.
Ele então morou em Roma, escrevendo obras que, embora tivessem uma forte
marca pró-romana, também espalharam elementos da cultura judaica.
Sua escrita Guerra Judaica representa a principal fonte histórica sobre a
guerra contra Roma e também contém a descrição dos últimos dias da
fortaleza judaica de Massada.
Nas Antiguidades Judaicas também há indícios sobre a figura de Jesus e
informações importantes sobre os movimentos religiosos do Judaísmo da
época.
Ele morreu em Roma por volta de 100 DC
Livro dos Jubileus
Também chamado de Pequeno Gênesis, é um texto considerado canônico
somente pela Igreja Copta. Provavelmente foi composto em hebraico no final
do segundo século AC e registra a história do mundo desde a criação até o
êxodo do Egito, dividindo os eventos em períodos de 49 anos - os Jubileus, daí o
nome - por sua vez dividido em mais períodos de sete anos.
Livro de Enoque da Etiópia
É um texto apócrifo de origem judaica, aceito apenas pela tradição copta; sua
redação definitiva remonta ao século 1 aC e está lá para
APÊNDICE 2
207
veio na versão em um idioma antigo da Etiópia, daí o nome.

2
6
Talvez seja o produto da unificação de textos anteriores.
É composto de várias seções: o livro dos Vigilantes (cc. 1-36), o livro das
Parábolas (cc. 37-71), o livro de Astronomia ou livro das luminárias celestes
(cc. 72-82), o livro dei Sogni (cc. 83-90), a carta de Enoque (cc. 91-104) e a
seção final (cc. 105-108), também conhecido como o Apocalipse de Noé.

Massoretas
Os massoretas eram aqueles guardiães da "tradição" (masorah) que no
primeiro milênio DC intervieram nos textos bíblicos para definir
definitivamente o cânon. Em seguida, passaram a realizar várias operações,
incluindo: definição da grafia e pronúncia com a inserção de vogais;
subdivisão em palavras, livros, seções, parágrafos, versos; ajustes textuais para
evitar interpretações incorretas.
Entre os textos propostos pelos vários massoretas ao longo dos séculos,
prevaleceu o código elaborado pela família Ben Asher da escola de Tiberíades
(século VIII dC), que foi, portanto, reconhecido como o texto padrão da Bíblia.
Chamavam de "ponteiros" (naqdanìm) aqueles que elaboravam e aplicavam
ao texto consonantal um sistema de pontos e travessões para indicar os sons
vocálicos e permitir uma leitura com a pronúncia correta do texto sagrado. O
resultado é um sistema de vocalização preciso, mas complexo que, por esta
razão, não é levado em consideração aqui.

Mitocôndria
As mitocôndrias são organelas presentes em todas as células animais e
vegetais cujo metabolismo depende do oxigênio. Eles são pequenos órgãos
envolvidos na respiração celular. Sua função mais importante é extrair
energia de substâncias orgânicas; eles também são responsáveis por regular o
ciclo celular e produzir calor.

Moab
Este termo indicava a região localizada entre o Mar Morto, a oeste, e o deserto
Siro-Árabe, a leste; terminava no sul com o riacho Zéred (hoje Wadi el Kesa).

2
6
Moab também era filho de Lot nascido da relação incestuosa daquele EBook
comprado por Alberto Risso - www.unoeditori.com
208
foi tido com a filha mais velha, após a destruição de Sodoma e Gomorra: é
apresentado como o epônimo dos moabitas (Gn 19:37).
Sant'Ambrogio
Aurelio Ambrogio nasceu em 334 (ou 339) em Treviri (Alemanha), onde seu
pai era prefeito do pretório da Gália; Pertencente a famílias importantes,
frequentou as melhores escolas de Roma e se dedicou à vida pública: foi
magistrado, governador da Ligúria e da Emília e, finalmente, governador do
norte da Itália em Milão.
Em 374 foi aclamado bispo por aclamação popular, embora ainda não tivesse
recebido o batismo. Após a confirmação da posição pelo imperador Flávio
Valentiniano, em uma semana Ambrósio foi batizado e recebeu o chapéu
episcopal.
Ele lutou muito contra o arianismo e o paganismo. Ele teve uma grande
influência na vida pública e, graças também à influência exercida sobre o
imperador cristão Teodósio, tentou constantemente escravizar o poder
político ao poder religioso; ele escreveu obras sobre moralidade e teologia,
introduziu reformas fundamentais no culto e no canto litúrgico e foi
fundamental na conversão de Santo Agostinho, seu seguidor mais famoso.
Ele morreu em 397.
Ele é reverenciado como um santo e foi incluído nas fileiras dos Doutores da
Igreja.

Ugarit
Uma cidade na costa norte da Síria, correspondendo ao local atual de Ras
Shamrah, alguns quilômetros ao norte da moderna cidade de Latakia.
Capital do antigo reino de mesmo nome, localizava-se na foz de uma
importante rota de caravanas da Mesopotâmia ao Mediterrâneo, na fronteira

2
6
entre o território dos hititas ao norte e as áreas controladas pelos egípcios ao
sul.

Ur
Cidade mencionada na Bíblia como "Ur dos Caldeus" (Gn 11,28.31), pátria de
Abraão que a abandona com seu pai Terá, para ir para Canaã.
Este local foi continuamente habitado desde o quarto milênio até 300 aC No
início do terceiro milênio, tornou-se uma das cidades sumérias mais
importantes.

APÊNDICE 2
209
Tornou-se particularmente importante por Ur-Nammu, que fundou a terceira
dinastia, cujo reinado se estendeu pela Babilônia, Assíria, Elam e meio
Eufrates.
Foi destruído no século 18 AC
Corresponde à atual Tell al-Mukayyar (300 km a sudeste de Bagdá).

Uruk
Centro de adoração de ANU e INANNA, que faz com que seu templo EANNA
desça diretamente do céu.
De acordo com a Lista Real Suméria, foi a sede da Segunda Dinastia pós-
diluviana (após KISH).
O nome desta cidade parece derivar do acadiano Uruk e do sumério Unu (g) e
pareceria significar "cidade de Unuki", ou seja, "cidade de Enoque", o patriarca
bíblico mencionado em Gênesis 4 e já provável construtor de Eridu, que teria
dado o nome de seu filho Irad / Jarad.
A Bíblia o menciona como "Erek" (Gn 10:10).

2
6
Corresponde ao atual Warka (250 km a sudeste de Bagdá).
Neste local, os arqueólogos desenterraram os achados do Eanna, o zigurate do
templo branco, o palácio de Sinkasid e muitas tábuas cuneiformes.

Versão dos setenta


A versão dos Setenta - Septuaginta em latim, também indicada, de acordo com
a numeração latina, com LXX ou, de acordo com a numeração grega, com a
letra omicron seguida de um sobrescrito - é a versão da Bíblia em grego.
Segundo a tradição, seria o resultado da tradução realizada por 70
(72) sábios que trabalharam no século III aC em Alexandria, no Egito, cidade
na qual havia uma importante comunidade judaica.
O pedido teria sido feito diretamente pelo soberano helenístico Ptolomeu II
Filadelfo (285-246 aC).
Este texto ainda constitui a versão litúrgica do Antigo Testamento para as
Igrejas Ortodoxas Orientais da tradição grega.

Apêndice 3
O Corpus Hermeticum
Em 1460, o monge Leonardo da Macedônia trouxe para Florença, para a corte
de Cosimo de 'Medici, uma cópia manuscrita em grego do Corpus Hermeticum:
uma obra composta de 17 tratados, atribuídos a Ermete Trismegisto (Hermes
"três vezes grande") e representante a soma da cultura esotérica da
antiguidade.
Cosimo de 'Medici confiou a Marsilio Ficino - um humanista do Renascimento e
filósofo neoplatônico - a tarefa de traduzir para o latim esses 17 livros difíceis
de interpretar, que foram atribuídos a um autor que os próprios Padres da
Igreja acreditavam ter vivido antes mesmo de Platão.

2
7
O Corpus Hermeticum é apresentado como um compêndio de doutrinas
esotéricas formadas no Egito na época dos Ptolomeus (os sucessores de
Alexandre o Grande nos séculos 4 a 1 aC) e derivando talvez de uma série de
obras literárias cosmogônicas, astrológicas e escatológicas contente; eram,
portanto, textos que continham os mitos e contos da origem do universo, o
nascimento dos deuses, a criação do homem e todas as formas de vida;
também transmitiram os princípios das doutrinas concernentes às "coisas
últimas" (ta eskatà, daí o termo escatológico), isto é, o fim de tudo o que existe.
Dada a vastidão e complexidade dos tópicos abordados, é fácil imaginar que
esses livros são o produto da pesquisa e reflexões de uma longa teoria de
estudiosos, sábios, filósofos, padres e pensadores em geral; na verdade, seu
verdadeiro autor (ou editor) é desconhecido, nem se sabe exatamente onde e
quando foram compostas. No entanto, acredita-se que o trabalho de redação
final foi concluído entre os séculos I e III dC
Mais, no momento, não é possível saber ao certo.

Hermes Trismegistus
Este personagem provavelmente vem de uma interpretação grega do nome do
deus egípcio Thoth.
Representado como um íbis, ou como um homem com cabeça de íbis ou como
babuíno, Thoth era uma divindade lunar muito antiga e era considerado o
senhor da sabedoria e da palavra eterna (de acordo com o filósofo grego
Platão ele teria escrito para os egípcios).

APÊNDICE 3
211
Também chamado de "escriba dos deuses" e "medidor do tempo", pelos
sacerdotes de Hermópolis (importante centro religioso egípcio) ele foi o
demiurgo que criou o mundo pelo som de sua voz, pronunciando uma única
palavra, o " palavra poderosa ".

2
7
Thoth, portanto, representou a identificação da palavra (logos) com o poder
criativo; era a síntese suprema que se mantinha como o único elemento capaz
de ordenar o caos que reinava no universo antes de sua intervenção.
Thoth não era uma das divindades que compunham a helio-polythene ennead
(o grupo de nove divindades adoradas pelos sacerdotes de Heliópolis, os
guardiões das mais antigas revelações e doutrinas religiosas do Egito; o
eneade, gerado por Atum-Ra, estava com ele composto por Shu, Tefnut, Geb,
Nut, Osiris, Isis, Seth e Nefti). No entanto, ele foi o Deus que "calcula o céu,
conta as estrelas e mede a terra" e tinha a faculdade de conceder aos mortos
uma vida de "milhões de anos"; ele também foi um membro importante das
chamadas divindades de "Primeira Vez", um membro do grupo Neteru (os
"Guardiões") que veio de um país fabuloso chamado Ta-Neteru: a "terra dos
deuses" ou "guardiões "
Ele era, portanto, dotado de poderes especiais, como o de mover enormes
massas apenas com o poder de sua palavra e, também por isso, era
considerado o Senhor da magia.
Curioso e importante é o fato de já nos séculos III e II aC ter ocorrido a
assimilação entre Thoth e a figura de Hermes: Heródoto, Platão, Jâmblico e
Cícero falam dele que, no século I aC, no De natura deorum apresenta-o como
uma tradição de longa data.
Hermes era, portanto, o Senhor da palavra criadora e ordenadora: neste
sentido, era o portador de uma doutrina de salvação, de um conhecimento
capaz de salvar o mundo das forças capazes de destruí-lo; em suma, ele foi um
mediador, o depositário e o dispensador daquela sabedoria, a única que pode
libertar os homens do poder do mal.

Apêndice 4
Lista de abreviações adotadas
ANTIGO TESTAMENTO

Pentauteco

2
7
Genesis (Gen)
Êxodo (Ex)
Levítico (Lv)
Números (Nm)
Deuteronômio (Deut)

Historiadores
Josué (Gs)
Juízes (Gdc)
Ruth (Rt)
I e II Livro de Samuel (1 e 2Sam) I e II Livro dos Reis (1 e 2 Reis) I e II Livro das
Crônicas ou Paralipomeni (1 e 2Cr) Esdras (Esdras)
Neemias (Ne)
Tobia (Tb)
Giuditta (Gdt)
Esther (Leste)
I e II Livro dos Macabeus (1 e 2 Mac)

Livros poéticos e de sabedoria


Trabalho (Gb)
Salmos (Ps)
Provérbios (Pr)
Qoelet ou Eclesiastes (Qo ou Eccle) Cântico dos Cânticos (Ct)
Sabedoria (seiva)

2
7
Sirach ou Ecclesiastico (Sir or Eccli)
APÊNDICE 4
213
Livros proféticos: grandes profetas
Isaías (Is)
Jeremias (Jer)
Lamentações (Lam)
Baruc (Bar)
Ezequiel (Ez)
Daniele (Dn)
Livros proféticos: profetas menores
Oséias (Hos)
Joel (Gl)
Amos (Am)
Obadiah (Abd)
Jonas (Gn)
Micah (Mi)
Naum (Na)
Habacuque (Ab)
Sofonias (Sof)
Ageu (Ag)
Zacaria (Zc)

2
7
Malaquias (Ml)

214
O LIVRO QUE SEMPRE MUDARÁ NOSSAS IDEIAS SOBRE O NOVO
TESTAMENTO BÍBLICO

Evangelhos
Mateus (Mt)
Marco (Mc)
Lucas (Lc)
John (Jn) Atos
Cartas de Atos dos Apóstolos (Atos)
13 cartas atribuídas a Paulo:
para os romanos (Rm)
I e II aos Coríntios (1 e 2Cor) aos Gálatas (Gal)
aos Efésios (Ef)
para os filipenses (Phil)
aos Colossenses (Col)
I e II para os tessalonicenses (1 e 2Ts) I e II para Timóteo (1 e 2Tm) para Tito
(Tt)
para Philemon (Fm)
mais a Carta aos Hebreus (Heb), cuja atribuição a Paulo tem sido contestada
desde os tempos antigos 7 cartas chamadas "católicas":
por Giacomo (Gc)

2
7
I e II de Pedro (1 e 2Pt) I, II e III de João (1, 2 e 3Gv) de Judas (D'us)

Apocalipse
Apocalipse (Ap)
Bibliografia essencial Estas são algumas obras de referência e uma escolha
de textos amplamente divulgados sobre as hipóteses básicas analisadas no
texto.
AA.VV., The Concorded Bible - Old Testament. Pentateuco, Arnoldo Mondadori
Editori, Milão 1982.
AA.VV., da pré-história ao antigo Egito, UTET, De Agostini - GE
L'Espresso, Roma 2004.
AA.VV., Encyclopedia of the Bible (Voll. 1-6), ELLE DI CI, Leumann (TO) 1969.
AA.VV., Sefèr Torah Nevijm u-Ketuvìm, Sociedade Bíblica Britânica e
Estrangeira, Londres.
Alford AF, When the Gods Descended to Earth, Newton & Compton, Roma
2001.
Alford AF, O mistério da gênese das civilizações antigas, Newton & Compton,
Roma 2002.
Anati E., Montanha sagrada de Har Karkom no deserto do êxodo, Jaka Book,
Milan 1984.
Anati E., Har Karkom - A montanha de Deus, Jaka Book, Milão 1986.
Armstgrong K., História de Deus. De Abraão até hoje: 4000 anos em busca de
Deus, Marsilio Editori, Veneza 1998.
Artom ME, curso prático de morfologia judaica, União das comunidades
judaicas italianas, Roma, 1975.
Ayo P., Alien Report, documentos de evidências e evidências definitivas de
setenta anos de presença de ET na Terra, Strangedays News, Roma 2009.

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Baldacci M., O livro dos mortos do antigo Ugarit, PIEMME, Casale Monferrato
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Baldacci M., Antes da Bíblia, PIEMME, Casale Monferrato (AL) 2000.
Baldacci M., The flood, Arnoldo Mondadori Editore, Milan 2000.
Bauval R. - Hancock G., Guardião da gênese, Corbaccio Publishing House, Milão
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Bauval R. - Gilbert A., O mistério de Orion, Corbaccio, Milão 1997.
Beretta P. (editado por), Bíblia Hebraica Interlinear - Gênesis, Ed. San
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O LIVRO QUE SEMPRE MUDARÁ AS NOSSAS IDEIAS SOBRE A BÍBLIA Paolo,
Cinisello Balsamo (MI) 2006.
Beretta P. (editado por), Interlinear Hebrew Bible - Exodus, Ed. San Paolo,
Cinisello Balsamo (MI) 2007.
Beretta P, (editado por) Interlinear Hebrew Bible - Leviticus, Ed. San Paolo,
Cinisello Balsamo (MI) 2003.
Beretta P. (editado por), Bíblia Hebraica Interlinear - Números, Ed. San Paolo,
Cinisello Balsamo (MI) 2004.
Beretta P. (ed.), Bíblia Hebraica Interlinear - Deuteronômio, Ed. San Paolo,
Cinisello Balsamo (MI) 2002.
Beretta P. (ed.), Bíblia Hebraica Interlinear - Five Meghillot, Ed. San Paolo,
Cinisello Balsamo (MI) 2008.
Beretta P. (ed.), Bíblia Hebraica Interlinear - O Livro dos Doze, Ed. San Paolo,
Cinisello Balsamo (MI) 2009.
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Hancock G., Civilizações submersas, Corbaccio, Milão 2002.
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Rashi di Troyes, Comentário sobre o Gênesis, Marietti SpA Publishing House,
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Rael: download dos textos possível em http://it.rael.org/news.php Reymond P.,
Dicionário de Hebraico e Aramaico Bíblico, Sociedade Bíblica Britânica e
Foresteria, Roma 2001.

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Sitchin Z., O código do cosmos, PIEMME, Casale Monferrato (AL) 2002.
Sitchin Z., Os deuses de e lágrimas de ouro, PIEMME, Casale Monferrato (AL)
2003.
Sitchin Z., O livro perdido do deus Enki, PIEMME, Casale Monferrato (AL) 2004.
Sitchin Z., The other Genesis, PIEMME, Casale Monferrato (AL) 2006.
Sitchin Z., Expedições no outro passado, PIEMME, Casale Monferrato (AL)
2005.
Sitchin Z., O dia dos deuses, PIEMME, Casale Monferrato (AL) 2009.
Sitchin Z., A Bíblia dos Deuses, PIEMME, Casale Monferrato (AL) 2007.
Tipler FJ, A física da imortalidade, Mondadori, 1995.
Von Däniken E., A pegada de Zeus, PIEMME, Casale Monferrato (AL) 2001.
Von Däniken E., Os deuses eram astronautas, PIEMME, Casale Monferrato (AL)
2003.
Von Däniken E., Os olhos da Esfinge, PIEMME, Casale Monferrato (AL) 2000.
West JA, The celestial serpent, Corbaccio, Milan 1999.
Wilson C., Deuses do outro universo, PIEMME, Casale Monferrato (AL) 1999.
Wilson C., From Atlantis to the Sphinx, PIEMME, Casale Monferrato (AL) 1999.

O autor
Mauro Biglino - criador de inúmeros produtos multimídia de natureza
histórica, cultural e educacional para importantes editoras italianas,

2
8
colaborador de revistas, estudioso da história das religiões, tradutor do
hebraico antigo por conta da Edizioni San Paolo - há cerca de 30 anos ele tem
tem lidado com os chamados textos sagrados na crença de que somente o
conhecimento e a análise direta do que escreveram os antigos editores podem
ajudar a compreender verdadeiramente o pensamento religioso formulado
pela humanidade em sua história.
Por mais de 10 anos, ele também lidou com a Maçonaria, uma vez que é
reconhecida como uma organização iniciática e simbólica que teve uma
influência considerável na história do Ocidente.

2
8
2
8
Da mesma série
"O caminho livre" ...

Sobre o que é isso


O estudo paralelo realizado pelo autor destaca os muitos elementos comuns
entre as duas instituições.
Destaca-se assim um fato que parece inegável: as idéias da Igreja, suas
afirmações e suas indicações programáticas encontram ampla
correspondência na Maçonaria.

para quem é isso?


O livro é dirigido a todos aqueles que desejam saber mais, que não se
contentam com afirmações de princípio ou fachada, mas desejam se
aprofundar para compreender e descobrir que a realidade muitas vezes é
profundamente diferente do que comumente se acredita.

Conceitos chave
O conceito de secularismo, a separação dos poderes seculares e religiosos,
afirmações e repensar a Igreja, excomunhões, doutrinas religiosas, preceitos
morais compartilhados, semelhança nas indicações rituais, as origens comuns
na tradição judaica, os símbolos da Maçonaria e o simbolismo judaico , mas
acima de tudo as correspondências extraordinárias inesperadas entre o
pensamento maçônico e as declarações públicas de altos prelados, bem como
documentos oficiais do catolicismo: Exortações apostólicas do atual Pontífice,
Doutrina Social da Igreja, livro-entrevista de João Paulo II Cruzando o limiar
do esperança...
O livro começa com um capítulo decididamente original; uma espécie de
exercício que convida o leitor a interagir para descobrir, para sua grande
surpresa, quantas vezes é muitas vezes difícil, na realidade, distinguir as
indicações fundamentais fornecidas pelas duas instituições.

2
8
2
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Sobre o que é isso
O livro parte dos textos sagrados das várias formas de pensamento religioso
ocidental e oriental para compreender como se formaram as ideias que deram
origem aos conceitos de Ressurreição na esfera cristã e de Reencarnação e
como evoluíram ao longo do tempo. renascimento no pensamento oriental.

para quem é isso?


Este texto foi escrito para mulheres e homens que não têm a necessidade
desesperada de acreditar, mas que são movidos pelo profundo desejo de saber;
que pensam que a dúvida é o tempero da vida e a garantia da liberdade de
pensamento; que ama perguntas antes mesmo das respostas; que pensam que
o ouro prometido pela pedra filosofal não é o resultado final da pesquisa, mas
a riqueza inerente à pesquisa: a atividade que produz o tão almejado
enriquecimento.

Conceitos chave
O conteúdo da pregação dos discípulos; o credo das primeiras comunidades
cristãs; os problemas decorrentes da expectativa de um retorno de Cristo que
nunca ocorreu; a evolução das doutrinas produzidas por quem foi obrigado a
dar respostas e a análise literal dos textos que narram a suposta ressurreição
de Lázaro - considerada a prova por excelência - para descobrir que os
evangelhos escritos em grego e os escritos em hebraico nos permitem
aproxime-se de uma verdade que questiona o que tradicionalmente se
acredita.
E também para o Oriente, a análise relatada aqui nos textos mais antigos
questiona o que é comumente aceito como verdadeiro e indiscutível: Buda
acreditava na reencarnação? Ele realmente pregou ou defendeu o conceito de
renascimento? Ele não argumentou exatamente o oposto? E o que dizem
outros pensadores orientais?
E o que dizer das afirmações surpreendentes feitas pelo Dalai Lama em
relação ao seu renascimento pessoal?

2
8
Portanto, também para o Oriente, o texto apresenta conclusões inesperadas
que permitem ao leitor ter ideias novas e libertadoras.

2
8

Você também pode gostar