Você está na página 1de 1

O que é o carbono 14

O carbono-14, C14 ou radiocarbono é um isótopo radioativo natural do elemento carbono,


recebendo esta numeração porque apresenta número de massa 14 (6 protões e 8 neutrões).
Este isótopo apresenta dois neutrões a mais no seu núcleo que o isótopo estável carbono-12.
Entre os cinco isótopos instáveis do carbono, o carbono-14 é aquele que apresenta a
maior meia-vida, que é de aproximadamente 5 730 anos.

Nome do cientista que o descobriu


Em 1947, o químico Willard Libby fez a descoberta do método designado por datação por
radiocarbono, que mudaria a história da Arqueologia, ou seja, a partir de seus estudos seria
possível decifrar a idade de fósseis antigos.
Em 1960, foi reconhecido por esta descoberta, ganhando o prémio nobel de química.

Utilização do carbono 14

Por ser radioativo, o carbono-14 permitiu o desenvolvimento de uma técnica altamente eficaz


para o estudo de cadáveres antigos. Assim, quando aplicado o isótopo em sedimentos
orgânicos, como ossos e conchas marinhas, é possível determinar de maneira mais precisa
a idade do fóssil, já que a quantidade de 14C tende a diminuir com o passar do tempo.

Limitações da utilização do carbono 14

A técnica de datação pelo carbono 14 pode ser aplicada com segurança apenas em objetos
que tenham a idade entre 100 e 40 000 anos. No caso da datação de objetos com cerca de 100
anos de idade a quantidade de radiação emitida terá diminuindo pouquíssimo, e no caso de
objetos com mais de 40 000 anos, a radiação emitida será praticamente igual a zero.

Exemplos da utilização do carbono 14

Quando um fóssil de um animal é encontrado e, após análise, se descobre que ele apresenta
um teor de carbono 14 igual a 1,25 ppb, ele possui 12,5% do teor de carbono encontrado nos
seres que estão vivos. Isso significa que o animal em questão morreu e de lá para cá o carbono
14 completou três meias vidas, o que dá um total de 17 190 anos. Essa é a idade do fóssil!

Em 1998, o chamado “Sudário de Turim”, supostamente, o Santo Sudári, o manto que teria
sido utilizado para cobrir o corpo de Cristo após a crucificação, foi analisado através da técnica
do isótopo com número de massa 14 do carbono. Os resultados mostraram que o linho
utilizado na confeção do Sudário cresceu entre os anos 1260 e 1390. Assim, ficou demonstrado
que o Sudário de Turim não podia ser o santo sudário, tratando-se, portanto, de uma fraude.

Você também pode gostar