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Acidentes Radioativos

Os acidentes radioativos envolvem dispositivos nucleares e materiais radioativos. Em alguns


casos uma contaminação radioativa acontece, mas em muitos casos o acidente envolve uma
pequena libertação de radioatividade, enquanto a radiação direta é grande.

Chernobyl
O acidente de Chernobyl aconteceu na madrugada do dia 26 de abril de 1986, durante um teste
de segurança que estava em curso, e no qual resultou a explosão do reator 4 da usina nuclear
dessa cidade, deixando o reator aberto e lançando grande quantidade de material radioativo na
atmosfera.
O vento levou o material radioativo lançado na atmosfera para o oeste e norte de Pripyat, e a
radiação espalhou-se pelo mundo pelo mundo rapidamente, sendo identificados altos níveis de
radiação em locais como Polônia, Áustria, Suécia, Bielorrússia e até locais muito distantes,
como Estados Unidos e Canadá.
O acidente foi resultado de falha humana, uma vez que os operadores do reator descumpriram
diversos itens dos protocolos de segurança. Além disso, foi apontado posteriormente que os
reatores RBMK do país, tinham um grave erro no seu projeto, o qual permitiu que o acidente
acontecesse.
Os primeiros a alertarem a comunidade internacional de que algo havia acontecido na União
Soviética foi a Suécia.

Causas:
O acidente de Chernobyl aconteceu devido a falhas humanas durante uma manutenção no reator
4, no qual, os funcionários da usina realizaram um teste, em que esse, consistia em simular um
apagão para checar se mesmo sem energia, os reatores continuariam operando em segurança, até
que os geradores reservas começassem a funcionar.
Para que o teste funcionasse de forma segura, o reator deveria estar operando em 25% da sua
capacidade e, com seus sistemas de segurança desligados. Na ocasião, os funcionários deixaram
de seguir os protocolos, e a potência do reator caiu para menos de 1%, o que fez com que
aumentassem a potência para mais de 25%. Dessa forma, o núcleo do reator chegou a uma
temperatura de 2000°C, causando assim uma grande explosão e liberando Iodo-131, Césio-137,
e Estrôncio-90 para a atmosfera.
Apesar de a ação humana ter sido a principal causa de todo o desastre, os reatores nucleares do
tipo RBMK, eram usados em diversas usinas nucleares da União Soviética, e possuíam
moderadores de carbono, os quais causaram o superaquecimento da água quando a potência do
reator foi reduzida.

Consequências:
Mesmo após a explosão, o reator ficou queimando durante 2 semanas e, a radiação que era 400
vezes maior do que a liberada pelas bombas de Hiroshima e Nagasaki , continuava a ir para
atmosfera.
Depois da explosão, os soviéticos tiveram que gastar mais de 200 bilhões de dólares para conter
os danos do acidente, e grandes porções de terras usadas para agricultura, foram completamente
inutilizados.
Com forças armadas e um governo ultrapassado e uma economia falida, o acidente de
Chernobyl fez com que a crise econômica no país, se agravasse ainda mais, resultando assim no
fim da União Soviética em 1991. Além disso, as cidades de Prypiat e Chernobyl, afetadas pela
explosão, ficarão inabitável por séculos e, os matérias presentes no reator 4 continuaram
perigosamente contaminados por 20 mil anos, e só desapareceram em 245 mil anos.

Césio-137 Goiânia
O maior acidente radioativo do Brasil, ocorreu em Goiânia em 13 de setembro de 1987. O
desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas por meio de radiações emitidas por uma
única cápsula que continha césio-137.

Causas:
Na ocasião, dois catadores de lixo vasculharam uma clínica abandonada do Instituto Goiano de
Radioterapia na região central da cidade, em busca de algum item de valor. No local, os
catadores encontraram um aparelho de radioterapia abandonado, e resolveram carregar a
máquina até a casa de um deles.
O maior interesse dos catadores era o lucro que seria obtido com a venda das partes de metal e
chumbo do aparelho para ferros-velhos da cidade. Leigos no assunto, não tinham a menor noção
do que era aquela máquina e o que havia realmente em seu interior. Após retirarem as peças de
seu interesse, o que levou cerca de cinco dias, venderam o que restou ao proprietário de um
ferro-velho.
O proprietário do ferro-velho pediu para que seus funcionários terminassem de desmontar a
máquina, em busca de peças valiosas. Dentro do aparelho, eles encontraram 19 gramas de
cloreto de césio-137 um pó branco parecido com sal de cozinha que, no escuro, brilha com uma
coloração azul. Encantado com o pó, o proprietário então resolveu levar a substância para casa,
e exibir ao seus familiares, amigos e vizinhança. Alguns do que viram a substância, levaram a
amostra para suas casas.

Consequências:
Em poucos dias após o contato com a substância, as vítimas começarem apresentar sintomas
como vômitos, náuseas, diarréia e tonturas. Duas semanas depois, a esposa do dono do ferro
velho, desconfiou de que a substância tinha algo a ver com esses problemas, então levou a
cápsula para Vigilância Sanitária. Foi descoberto que a cápsula continha radiação de um isótopo
de Césio-137.
As primeiras análises dos cientistas, mostraram que sete áreas de Goiânia apresentavam
altíssimos níveis de radiação, o que fez essas sete áreas serem evacuadas. Além disso, mais de
112 mil pessoas foram levadas para o Estádio Olímpico, onde passaram por uma triagem. Esse
monitoramento mostrou que 129 moradores de Goiânia, estavam contaminados de forma grave.
Após o acidente, estima-se que mais de 100 pessoas morreram devido a radiação. Não apenas
isso, outros habitantes da cidade sofreram muito preconceito, passando a serem excluídos por
moradores de bairro não afetados.

Three Mile Island


Este acidente radioativo ocorreu na usina nuclear de Three Mile Island, Pensilvânia (EUA) em
28 de março de 1979. Na época, foi o pior acidente nuclear da história dos Estados Unidos, e o
segundo maior do mundo.

Causas:
O acidente de Three Mile Island ocorreu decorrente de uma falha no resfriamento do circuito
primário da usina. Na ocasião, o abastecimento de água foi desligado, o que fez com que o
circuito primário parasse de funcionar e superaquecesse.
Esse superaquecimento aumentou a pressão no circuito primário. Esse aumento fez com que o
reator nuclear desligasse automaticamente.
Desse forma, a água suplementar foi bombeada através do resfriamento de emergência. Porém,
as válvulas que controlavam a passagem para o gerador de vapor ficaram bloqueadas por alguns
instantes. O funcionário responsável desligou o automatismo de controle correspondente e
confundiu vários instrumentos de medição.
Devido a esses erros, a água contaminada saiu inundando o prédio do reator. Dessa forma, gases
com altos níveis de radiação, –xenônio e criptônio– foram liberados na atmosfera. Além disso,
grande quantidade de água contaminada, saiu e acabou contaminando um rio.

Consequências:
Trinta mil pessoas, residentes no entorno da usina nuclear, distribuídas em um raio de 8 km,
foram expostas a certos níveis de radioatividade, embora os efeitos da radiação fossem muito
pequenos.
No primeiro momento, nenhum dano sério foi demonstrado na população ao redor da usina. No
entanto, mais tarde alguns estudos sustentaram que os casos de câncer e leucemia aumentaram
acentuadamente na área próxima à usina nuclear.
Este acidente motivou a futura melhoria da segurança das usinas nucleares. Para tanto, foram
definidas medidas corretivas que vêm sendo contempladas em todos os países com instalações
nucleares, além do desenvolvimento de programas de treinamento e capacitação do pessoal das
instalações.

Acredita ser possível de reverter as consequências dos


elementos químicos?
A possibilidade de reverter as consequências de tais elementos químicos é inviável, mais é
possível diminuir os efeitos da radiação desses elementos.
Para isso, é preciso isolar o lixo em recipientes totalmente resistentes e capazes de manter sua
integridade por um longo tempo, independentemente do local onde esteja armazenado. Além
disso, deve se ter o correto e consciente manuseio desses elementos químicos em indústrias.

Utilidade dos Elementos Químicos a seguir:


Carbono: O carbono, um dos elementos mais versáteis já encontrados, é responsável pela
maioria dos compostos existentes e está presente nos principais ciclos biológicos dos seres
vivos. Tem como utilidade a produção de energia, fabricação de jóias e abastecimento de
máquinas industriais e de usinas.

Césio: O césio é um metal raro, de aspecto prateado, macio e altamente reativo com a água.
Apresenta elevada toxicidade e possui isótopos radioativos. É usado em relógios atômicos,
equipamentos de monitoração de radiação, e o isótopo radioativo césio-137 tem uso na
medicina e como emissor gama em aplicações industriais.

Plutônio: É um elemento químico que pertence à série dos elementos actinídeos. O plutônio
possui 16 isótopos, todos eles radioativos, e de origem artificial. Tem como utilidade a
fabricação de armas nucleares, o desenvolvimento de energia nuclear e é uma fonte de energia
em missões espaciais.

Polônio: O Polônio é um elemento químico altamente radioativo encontrado na natureza, com


uma aparência similar ao chumbo, possuindo brilho metálico acinzentado e, portanto, muito
raro. Esse elemento sustenta o funcionamento de satélites artificiais, equipamentos da indústria
de tecido e de plástico, e serve na construção de das bombas atômicas.

Rádio: O rádio é o mais pesado dos metais alcalino terrosos conhecidos até então. Ele é muito
radioativo e, por isso, bastante perigoso. O rádio aparece em minérios de tório e urânio, pois é
formado durante a desintegração radioativa desses elementos. O rádio é utilizado para o
tratamento de alguns tipos de câncer como o da próstata. Também é utilizado na produção de
tintas luminescentes e serve como fonte de nêutrons.

Radônio: Radônio é um gás nobre radioativo e de cm uma densidade nove vezes maior que a do
ar, trata-se do gás mais denso de que se tem conhecimento. Emprega-se o radônio em
tratamentos para alguns tipos de câncer, como a braquiterapia. É usado também na previsão de
terremotos, e utilizado para entender a geologia de solos e dinâmica atmosférica.

Urânio: O urânio é um actinídeo de grande importância para fins energéticos. Em sua forma
metálica, o urânio é bastante reativo, podendo reagir com quase todos os elementos da Tabela
Periódica, à exceção dos gases nobres. O urânio tem grande importância para a geração de
energia, além de recentemente, o elemento tem sido utilizado em outras áreas, como medicina e
agricultura.

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