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física, D.Sc.
FIOCRUZ
e
Programa de Radioproteção e Dosimetria
Coordenação de Fiscalização Sanitária :
Sumário
Introdução
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Introdução
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1) Fontes de Radiações Ionizantes
Gama (solo e
prédios)
15%
14% Medica
Interna
13%
Cósmica
38%
Torônio
13%
1% 6% Outros
Radiodiagnóstico
Figura 1
Fontes Naturais
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radioativo transformam-se em radionuclídeos pertencentes à estas famílias
radioativas. São gasosos e depositam-se nas partes mais baixas dos ambientes
devido a seu alto peso atomico. Representam cerca de 80 % da dose total
recebida pelo homem devido à radiação natural.
Outra fonte de origem natural, é a radiação cósmica, proveniente do espaço
sideral, como resultante de explosões solares e estelares. Grande parte dela é
freada pela atmosfera, mas mesmo assim, uma porcentagem importanete atinge
os seres humanos. Recentemente, com o aumento do buraco na camada de ozônio
da atmosfera, o percentual devido a estas radiações tem aumentado
substancialmente.
A radiação natural tem as suas origens tanto nas fontes externas (as
radiações cósmicas), como nas radiações provenientes de elementos radioativos
espalhados na crosta terrestre. Na natureza podem ser encontrados
aproximadamente 340 nuclídeos, dos quais 70 são radioativos.
Uma vez dispersos no meio ambiente, os radionuclídeos podem ser
incorporados pelo homem através da inalação de partículas em suspensão, ou
então através da cadeia alimentar, pela ingestão de alimentos que concentram
esses materiais radioativos. Essas são as duas vias principais de incorporação. A
dispersão do material radioativo no meio ambiente ocorre sob influência de
fatores físicos, químicos e biológicos, sendo que, em geral, os materiais sólidos
apresentam maiores concentrações em relação às concentrações observadas no
ar e na água. Assim sendo, o sedimento e o solo são, freqüentemente, os
principais reservatórios de fontes poluentes radioativas. Em decorrência disso, o
uso do solo, em áreas de alta concentração de materiais radioativos, para fins
agrícolas e agropecuários, contribui para a dispersão dos radionuclídeos, através
dos produtos produzidos nestas áreas.
Fontes Artificiais
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Fração da dose na população para fontes artificiais
Radiodiagnóstico
Aplicações Médicas
Outros
Indústria Nuclear
Exposição Ocupacional
Figura 2
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retardamento do amadurecimento de frutas, e o controle de insetos
através da esterilização de machos. Fontes artificiais, também encontram
aplicação em geologia, por exemplo, no estudo da dinâmica de lagos e
reservas. Na indústria, a produção de energia nuclear nas usinas atômicas
também encontra-se bem difundida. Em medicina, o uso das radiações
ionizantes tem inúmeras aplicações tanto no diagnóstico quanto na
terapia. As grandes áreas de aplicação são: medicina nuclear, radioterapia
e radiodiagnóstico. Em radioterapia, a bomba de 60CO, as fontes de
radiação para braquiterapia e os aplicadores oftalmológicos e
dermatológicos com emissores encontram-se dentre os mais utilizados.
2) Histórico
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Neutrons: têm alto poder de penetração.
Blindagem típica : parafina.
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Efeitos Estocásticos
Efeitos Determinísticos
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7) Propriedades dos Sistemas Biológicos
Justificação : o benefício tem que ser tal que compense o detrimento, que é
definido como sendo a relação entre a probabilidade de ocorrência e grau de
gravidade do efeito.
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Otimização: o número de pessoas expostas, as doses individuais e a
probabilidade de ocorrência de efeitos nocivos devem ser tão baixos quanto
razoavelmente exeqüíveis. (princípio ALARA = As Low As Reasonably
Achievable).
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Exposição Médica : de pessoa como parte de um tratamento ou diagnóstico,
de indivíduos ajudando a conter ou amparar um paciente ou de voluntários
participantes de pesquisa científica. Não há limite de dose, esta é
determinada pela necessidade médica, no entanto recomenda-se o uso de
níveis de referência.
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13) Irradiação versus Contaminação
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Para a monitoração individual, são encontrados vários tipos de
equipamentos: filme dosimétrico, TLD (dosimetro termo-luminescente), caneta
dosimétrica e outros. O uso do dosímetro é geralmente obrigatório, a não ser
que a monitoração de área demonstre que não há risco. Um dos tipos de
dosímetro individual mais utilizado é o dosímetro de tórax. Este deve sempre
ser posicionado na parte superior do tórax. É um dosímetro que registra a dose
de corpo inteiro. No caso do uso de avental de chumbo, o dosímetro deve ser
posicionado SOBRE o avental. Neste caso, deve-se avisar ao serviço de proteção
radiológica que informará à empresa responsável pela monitoração pessoal, que
então aplicará o fator de correção adequado (1/10), para o cálculo da dose
efetiva.
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17) Limites de Doses Anuais
Trabalhador Público
DOSE EQUIVALENTE
Radiação ionizante 1
Álcool 1,5
Comportamento sexual 3,5
Infecções 5,0
Fumo 15,0
Dieta 18,0
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19) Raios X
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Figura 5
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A ampola é geralmente constituída de vidro de alta resistência e mantida
em vácuo. Dentro dela estão fixados o anodo e o catodo. Sua função também é
a de promover isolamento térmico e elétrico entre as partes.
O cabeçote contém a ampola e demais acessórios. É geralmente dechumbo
ou cobre cuja função é de blindar a radiação de fuga. Possui uma janela
radiotransparente por onde passa o feixe. O espaço é preenchido com óleo que
atua como isolante elétrico e térmico.
É no comando do aparelho que se localizam os controles necessários para
a definição da técnica radiográfica a ser empregada em cada tipo de exame. Os
principais parâmetros são : KV. MA, tamanho do ponto focal e tempo de
exposição.
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8 vezes maior que as antigas. O material fluorescente das telas, tem a
propriedade de emitir luz quando irradiado por um feixe de raios X. É esta luz
que vai impressionar o filme radiográfico. Apenas cerca de 5 % da imagem será
formada pela ação direta dos raios X, 95 % será formada pela ação da luz
proveniente destas telas intensificadoras.
O filme radiográfico é muito mais sensível à luz do que aos raios X,
consequentemente o uso das telas possibilita uma substancial redução do tempo
de exposição e que acarreta uma diminuição da dose fornecida ao paciente
podendo esta redução chegar até 100 vezes !
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Fluoroscopia
Subtração Digital
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Mamografia
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determinada técnica radiográfica. A padronização da técnica radiográfica visa
maximizar a qualidade da imagem.
Os testes obrigatórios são : KVp mA.s, camada semi-redutora, alinhamento
do feixe central, linearidade da taxa de exposição com mA.s, rendimento do
tubo, reprodutibilidade da taxa de exposição, reprodutibilidade do controle
automático de exposição (AEC), tamanho do ponto focal, integridade dos
equipamentos de proteção individual, vedação das câmaras escuras, exatidão do
sistema de colimação, resolução de baixo e alto contraste em fluoroscopia,
contato tela-filme, alinhamento de grade, integridade de telas e chassis,
condições dos negatoscópios, índice de rejeição de radiografias, temperatura do
sistema de processamento, sensitometria do sistema de processamento e
calibração, constância e uniformidade dos números de TC.
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Figura 6
RADIOGRAFIA
FLUOROSCOPIA
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MEDICINA NUCLEAR
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
DENSITOMETRIA ÓSSEA
Classificação de acidentes
Providências:
Isolar a área
Afastar as pessoas
Identificar a fonte de contaminação ou irradiação
Contatar o Supervisor de Proteção Radiológica
Contactar a Coordenação de Fiscalização Sanitária da Secretaria de Estado
de Saúde sobre a ocorrência para as devidas providências
Proceder a análise da estimativa de doses
Descontaminar a área, no caso de fontes não seladas
Convocar os potencialmente irradiados ou contaminados para se
submeterem a exames médicos
Analisar o ocorrido e implementar procedimentos para evitar novos
acidentes
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Principais Causas de Acidentes:
Medidas preventivas:
26) Radioterapia
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ação da radiação eletromagnética sobre um tecido tumoral é a ionização que
direta ou indiretamente é sofrida pelos seus átomos ou moléculas com
conseqüente destruição das células malignas. Umas das maiores preocupações
que se tem ao se utilizar o tratamento com a radioterapia é maximizar o dano no
tecido tumoral, preservando ao máximo, os tecidos vizinhos normais. Isto é
conseguido adequando-se devidamente a técnica ao caso específico, sendo que
muitas vezes torna-se inevitável, o dano ao tecido normal. O advento de novas
fontes de radiação, de características físicas próprias, e o conhecimento do
modo pelo qual estas interagem com as células vivas, possibilitou novos métodos
de tratamento em que a concentração de radiação no tecido tumoral fosse maior
e menos danosa ao tecido sadio.
O tratamento radioterápico possui, basicamente, dois grandes grupos a
saber:
Teleterapia: tele significa distância. Nesta categoria enquadram-se os
feixes de raios X, os feixes de raios gama e os elétrons de alta energia. Esses
feixes são utilizados através de dispositivo, contendo em seu interior uma fonte
de radiação que, colocados a aproximadamente 1 metro do paciente promovem a
irradiação do volume alvo. Em teleterapia, o risco ocupacional é pequeno uma vez
que, ao serem expostos, os pacientes fical isolados, em sala blindada.
Braquiterapia: braqui significa curto, perto. A braquiterapia é um método
de terapia no qual, uma ou várias fontes encapsuladas são utilizadas para liberar
radiação alfa ou beta, a uma distância de poucos centímetros, através de
aplicações intersticiais, intracavitárias ou superficiais. Em alguns casos, a
braquiterapia torna-se o método de eleição, em razão da proximidade com a
massa tumoral, diminuindo o risco de se aplicar uma dose inaceitável nos tecidos
sãos adjacentes. Com relação a intensidade da finte, a braquiterapia trabalha
com Baixa Taxa de Dose (BTD) e Alta Taxa de Dose (ATD). Como o próprio nome
sugere, a diferença reside no tempo de exposição. Na BTD, a fonte permanece
no paciente por períodos que vão de dias até os implantes permanentes,
dependendo do tipo e localização do tumor e também da atividade da fonte. O
advento de equipamentos modernos de ATD, que são adequados para alguns tipos
de tumores, causou uma redução substancial do tempo de tratamento. Quanto
ao tipo de carregamento, os equipamentos podem ser manuais ou pneumáticos.
Os de carregamento manual, requerem treinamento específico do pessoal de
enfermagem e técnicos uma vez que estarão diretamente em contato com a
fonte. Já nos equipamentos
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pneumáticos, o carregamento é feito ‘a distância, sendo os riscos de exposição
ocupacional bastante reduzidos.
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5. Acompanhamento na realização do exame.
Radiofarmacêutico
Físico:
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4. Acompanhar mensalmente as doses individuais recebidas pelos
trabalhadores
5. Treinar e reciclar periodicamente, em proteção radiológica, todo o
pessoal do serviço
6. Implantar novas técnicas e testes regulares dos aparelhos
1 Bq = 2,7 x 10-11 Ci
100 rad = 1 Gy
1 R = 0,87 rad = 0,0087
1 Sv = 100 rem
A unidade de Atividade é o Curie (Ci). Originalmente foi definido como a quantidade de material
radioativo que se desintegra com a mesma velocidade que um grama de rádio puro.
Posteriormente foi definido mais rigorosamente como a quantidade de material radioativo em
que se desintegram 3,7 x 1010 átomos por segundo.
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A unidade de Atividade no Sistema Internacional (SI) é o bequerel (Bq). É a quantidade de
material radiativo em que um átomo se transforma por segundo.
1 Ci = 37 G Bq
É uma medida da energia depositada num meio. É a energia depositada por unidade de massa do
meio. Exprime a quantidade de energia que uma radiação ionizante comunica a uma determinada
quantidade de matéria. Uma unidade especial para a dose absorvida é o rad (Radiation Absorbed
Dose ou Dose Absorvida de Radiação). Define-se como uma dose de 100 erg de energia por
grama de matéria. No SI (Sistema Internacional) a sua unidade é J/kg a que foi dado o nome
de gray (Gy).
1 Gy = 1 J/kg = 1 m 2 ·s –2
A dose equivalente (H) é uma medida da dose de radiação num tecido. Esta grandeza tem maior
significado biológico que a dose absorvida, pois permite relacionar os vários efeitos biológicos
de vários tipos de radiação. A sua unidade no Sistema Internacional é Sievert (Sv). O nome foi
dado em homenagem ao médico sueco Rolf Maximilian Sievert (1896-1966) que estudou os
efeitos biológicos da radiação.
1 Sv = 1 J/kg = 1 m 2 ·s –2
A mesma dose absorvida pode produzir efeitos biológicos diversos, como se disse. O risco para
a saúde da exposição a uma dada radiação é expresso por fatores de qualidade QF. A dose
equivalente obtém-se multiplicando a dose absorvida pelo fator de qualidade. Os fótons gama
rápidos têm um fator de qualidade igual a 1, enquanto as partículas alfa têm fatores de qualidade
próximos de 20.
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As partículas alfa podem ter um efeito destrutivo vinte vezes superior às partículas beta, para a
mesma dose absorvida.
Exposição (X)
O röntgen ou roentgen (R) é uma unidade de exposição a radiações ionizantes. O nome foi dado
como homenagem ao físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen (ou Roentgen) (1845-1923) que
descobriu os raios X.
É a quantidade de radiação necessária para libertar cargas positivas e negativas de uma unidade
eletrostática de carga num centímetro cúbico de ar a pressão e temperatura normais.
A unidade eletrostática de carga (statC) é a unidade de carga elétrica no sistema cgs de unidades.
No Sistema Internacional a unidade de carga elétrica é o Coulomb (C).
Quadro - resumo
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GrandezaÓrgãoIndivíduo ocupacionalmente expostoIndivíduo do públicoDose EfetivaCorpo
Inteiro20 mSv1 mSvDose EquivalenteCristalino20 mSv15 mSvDose EquivalentePele500
mSv50 mSvDose EquivalenteMãos e Pés500 mSv---
Fator de
Fator de
Radiação Energia
Qualidade Q (CIPR 60) Ponderação (CIPR
103)
Fótons, Raios-X ou
Todas 1 1
raios
Elétrons, partículas
Todas 1 1
partículas
Prótons Todas 5 2
< 10 keV 5 Calculado, 2,5-3
10 keV a
10 Calculado, 3-10
100 keV
100 keV a
Nêutrons 20 Calculado, 10-17,5
2 MeV
2 Mev a 20
10 Calculado, 17,5-7
Mev
> 20 MeV 5 Calculado, 7-2,5
O sievert (Sv) é a unidade usada para dar uma avaliação do impacto da radiação ionizante sobre
os seres humanos.[1] É a unidade do Sistema Internacional de Unidades da dose equivalente e
dose eficaz, e que leva em conta os efeitos biológicos em tecidos vivos, produzidos pela radiação
absorvida. Dessa forma, a dose equivalente é obtida através da dose absorvida multiplicada por
dois fatores ponderantes apropriados adimensionais. O efeito da radiação ionizante depende
principalmente da energia fisicamente recebida por cada unidade de massa, portanto, o Sievert
tem a mesma unidade que o Gray, unidade de dose absorvida, o joule por quilograma (J/kg). No
entanto, o efeito específico dessa energia é refletida por dois coeficientes, um refletindo a eficácia
biológica de diferentes tipos de radiações e o outro o impacto biológico sobre um determinado
órgão.
O sievert é de fundamental importância na dosimetria e proteção radiológica, e o nome da
unidade é uma homenagem a Rolf Maximilian Sievert, um físico e médico sueco conhecido pela
obra na medição e pesquisas sobre os efeitos biológicos da radiação. Um sievert carrega com ele
uma chance de 5,5% de eventualmente desenvolver câncer. [2] Doses superiores a 1 sievert
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adquiridas ao longo de um curto período de tempo são susceptíveis de causar envenenamento
por radiação, possivelmente levando à morte em poucas semanas.
Radiação ionizante é a radiação que possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas, ou seja, é
capaz de arrancar um elétron de um átomo ou molécula. A radiação ionizante pode ser classificada como
diretamente ionizante, quando composta por partículas carregadas, como elétrons, pósitrons, prótons, alfas e
indiretamente ionizantes quando compostas por partículas sem carga elétrica, como fótons (raios X e raios
gama) e nêutrons. No caso dos nêutrons, a ionização é produzida pela partícula carregada que se origina da
interação deste com a matéria.
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