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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS
DISCIPLINA DE BIOFISICA

RADIOPROTEÇÃO

Prof. Harriman Aley Morais


Website: www.harrimanmorais.com
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Email: professor@harrimanmorais.com
APLICAÇÕES DAS RADIAÇÕES
Emissão de radiação por radioisótopos  detectores de radiação

 Radiodiagnóstico (TC, raios X, Iodo131)


 Radiofármacos (Tc99m, Sm153)
 Radioterapia (Ra, Co60, Cs137, I131)
 Estudos arqueológicas (C14)
 Gamagrafia
 Pesquisas científicas (mapeamentos metabólicos)
 Agricultura (marcação de insetos e estudos comportamentais)
 Preservação de alimentos
 Esterilização de materiais cirúrgicos
 Esterilização de embalagens para alimentos
 Energia nuclear 2
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
“Evitar ou reduzir os efeitos maléficos das radiações sobre o ser
humano, sejam elas de origem natural ou de fontes produzidas
artificialmente”

+
Dificuldade para detecção de
Uso indiscriminado de raios
radiações (inodora, incolor,
X materiais radioativos
não palpável, inaudível)

EFEITOS BIOLOGICOS
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PRINCÍPIOS BÁSICOS

LIMITAÇÃO DE
DOSES
JUSTIFICAÇÃO
Evitar efeitos determinísticos
Avaliar existência de possíveis alternativas e minimizar a ocorrência de efeitos
Efeito positivo (uso benéfico) estócásticos

OTIMIZAÇÃO
PREVENÇÃO DE
“As Low As Reasonably Achievable”
ACIDENTES

Registro e licenciamento de instalações

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MODOS DE EXPOSIÇÃO

IRRADIAÇÃO CONTAMINAÇÃO

Exposição à radiação Inalação, ingestão ou absorção


emitida por uma fonte por contato direto com a pele

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Como nos protegemos das radiações?

Tempo Distância Blindagem

Trabalho programado e A dose da radiação é Primária (“feixe útil”) e


executado no menor inversamente proporcional secundária (“feixe
tempo possível ao quadrado da distância espalhado”)

Como garantir a exposição com redução dos riscos?

MONITORAMENTO RADIOLÓGICO 6
O QUE É O MONITORAMENTO RADIOLÓGICO?

“Avaliação e controle das condições radiológicas de locais onde


existe ou se pressupões a existência de radiações”

Monitoramento de área Monitoramento individual

Detectores de radiação

Interação da radiação com a matéria  sinais elétricos, luminosos ou


reações químicas 7
DETECTORES DE RADIAÇÃO E DOSIMETRIA

 Detectores a gás: ionização do gás  corrente elétrica


 câmaras de ionização (dosimetria pessoal)
 contadores proporcionais (laboratórios de física)
 tubos de Geiger-Müller (radiação ambiental)
 Detectores sólidos
 detectores de condutividade (ionização) – cádmio
 detectores de cintilação (fluorescência) – Na, Zn
 detectores termoluminescentes – Li
 efeito fotográfico – brometo de prata (branco) x prata
metálica (tons de cinza)

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NORMAS E REGULAMENTOS

Imposição de regras  benefício referente à prática de


determinada atividade

 Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP)


 Comissão Internacional de Unidades e Medidas da Radiação (ICRU)
 Organização Internacional de Energia Atômica (AIEA)
 Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação
Atômica (UNSCEAR)
 Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)
Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD)
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN)
Centro de Desenvolvimento em Tecnologia Nuclear (CDTN)
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CNEN-NE-3.01  Diretrizes básicas de radioproteção

Região Trabalhadores (mSv) Público (mSv)


Corpo inteiro 50 1
Cristalino 150 50
Extremidades 500 50

 Mulheres com capacidade reprodutiva


 10 mSv no abdômen em qualquer período de três meses consecutivos
 Mulheres grávidas
 Dose acumulada no feto não deve exceder 1 mSv
Estudantes, aprendizes e estagiários
 maiores de 18 anos: 50 mSv (limites para trabalhadores)
 entre 16 e 18 anos: 15 mSv
 menores de 16 anos: proibida a exposição ocupacional
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ICRP-60 e Portaria nº 453 – 01/06/1998 – SVS/MS

Região Trabalhadores (mSv) Público (mSv)


Corpo inteiro 20* 1
Cristalino 150 1
Extremidades 500 1
*
Dose efetiva de 100 mSv em 5 anos consecutivos ou 50 mSv/ano.

 Mulheres Grávidas: 2 mSv na superfície do abdômen em todo o


período restante de gravidez
 Estudantes e estagiários entre 16 e 18 anos em estágio profissional:
dose efetiva de 6 mSv
 Estudantes e estagiários entre 16 e 18 anos em estágio profissional:
150 mSv para extremidades e 50 mSv para o cristalino. 11
PLANO DE RADIOPROTEÇÃO

 monitoração ambiental e individual


 controle de qualidade dos equipamentos (manutenção)
 procedimentos de emergência
 responsável técnico (formação em física)
 cursos de formação e atualização dos profissionais
 sistemas de informação ao paciente

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Perda da expectativa de vida motivada por diversas causas
CAUSAS DIAS
Ser solteiro 3 500
Fumantes, homens 2 250
Doença cardíaca 2 100
Ser solteira 1 600
Obesidade (30% acima do peso) 1 300
Câncer 980
Fumantes, mulheres 800
Alcoolismo 130
Diabetes 95
Trabalhador com radiação 40
Radiação natural 8
Raios X para fins médicos 6
Anticoncepcional oral 5
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Fonte: Adaptado de OKUNO (1988)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear. Aplicações da energia


nuclear. Rio de Janeiro: CNEN, s.d. Disponível em: <http://www.cnen.gov.br>.

CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear. Radiações ionizantes e a


vida. Rio de Janeiro: CNEN, s.d. Disponível em: <http://www.cnen.gov.br>.

CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear. Radioatividade. Rio de


Janeiro: CNEN, s.d. Disponível em: <http://www.cnen.gov.br>.

GARCIA, E. A. C. Biofísica. São Paulo: Sarvier, 2002.

HENEINE, I. F. Biofísica Básica. São Paulo: Atheneu, 2002.

OKUNO, E. Radiação: efeitos, riscos e benefícios. São Paulo: Harbra, 1988.

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