Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 1 de 70
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 5
5 CONTRATAÇÃO .......................................................................................................................................................... 9
B. HONORÁRIOS ............................................................................................................................................................11
7 CONCEITOS IMPORTANTES........................................................................................................................................15
D. PESQUISA DE DADOS.................................................................................................................................................26
11 METODOLOGIAS APLICÁVEIS.....................................................................................................................................38
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 2 de 70
13 INFERÊNCIA ESTATÍSTICA ..........................................................................................................................................42
17 EXTRAPOLAÇÃO ........................................................................................................................................................49
21 COLINEARIDADE ........................................................................................................................................................53
23 ADERÊNCIA ...............................................................................................................................................................55
26 RESÍDUOS ..................................................................................................................................................................58
APÊNDICE A .......................................................................................................................................................................65
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 3 de 70
PLANO DE AULA
EMENTA:
METODOLOGIA:
Expositiva e prática, com uso de exemplo para fixação dos conceitos. Uso de software específico.
PROGRAMAÇÃO:
SEXTA-FEIRA:
Apresentação geral, etapas do processo de avaliação, modelos de preços, Mercado imobiliário, Dados
de mercado, Vistoria, Coleta de Dados, Construção de variáveis.
SÁBADO:
Métodos de Avaliação. Estatística Inferencial, Modelos, Analise de Regressão, Significância das
variáveis, Significância do Modelo, Outliers, Resíduos, Exemplos
DOMINGO:
Exemplos Tipos de Laudos, Enquadramento total da Avaliação, Comentários de Editais.
RECURSOS DIDÁTICOS:
Data-show. Apostila. Tabelas de Distribuição Normal e Distribuição t-Student. Uso do Software Sisdea.
AVALIAÇÃO:
Frequência mínima 75%.
REFERÊNCIAS/ BIBLIOGRAFIA:
ABUNAHMAN, Sérgio Antonio. Curso básico de engenharia legal e de avaliações. 2ª ed. São
Paulo: Pini, 2000.
FIKER, José. Manual de avaliações e perícias em imóveis urbanos. 3ª Ed. São Paulo: Pini, 2008.
LARSON, Ron; FARBER, Betsy. Estatística aplicada. 2ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 4 de 70
0 - AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS COM INFERÊNCIA ESTATÍSTICA
• “avaliação de bens: Análise técnica, realizada por engenheiro de avaliações, para identificar
o valor de um bem, de seus custos, frutos e direitos, assim como determinar indicadores da
viabilidade de sua utilização econômica, para uma determinada finalidade, situação e data.”
1 - INTRODUÇÃO
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 5 de 70
O LAUDO
GRAU DE FUNDAMENTAÇÃO
GRAU DE PRECISÃO
Laudo de Avaliação.
O GRAU DE PRECISÃO vem dos cálculos estatísticos cujo resultado nos dará o enquadramento
do Laudo de Avaliação neste requisito.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 6 de 70
A tabela de Fundamentação completa esta apresentada nesta apostila mais à frente e também
pode ser consultada no item 9.2.1 parte 2 da NBR 14.653. A tabela de Grau de Precisão está
apresentada no item 9.2.3
“6.3.3 Recomenda-se que a vistoria seja realizada pelo responsável técnico pela
avaliação.”
Muito se pergunta o que colocar na ART relativa a um Laudo de Avaliação de imóvel urbano.
Nada há de diferente em relação a qualquer emissão de ART para trabalhos dos Engenheiros Civis.
São escolhidas as atividades que de fato foram realizadas, como sugestão podem considerar:
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 7 de 70
3 - HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
“ A partir dos anos 1950, como parte do movimento que se notabilizou por constituir entidades
profissionais dedicadas à difusão da técnica avaliatória, foram elaboradas as primeiras normas de
avaliação.
O ponto de partida foi o Projeto de Norma P-NB-74, da ABNT, elaborado em 1957, que, juntamente
com trabalhos específicos desenvolvidos com o propósito de padronizar critérios em ações
expropriatórias, constituiu a base da primeira norma de avaliação, a NB 502 (Avaliação de imóveis
urbanos), elaborada em 1977, revisada na década de 1980 e registrada no Inmetro, em 1989, como
ABNT NBR 5676.
A partir de 1998, iniciou-se uma nova etapa com o Projeto desta ABNT NBR 14653 (Avaliação de
bens), que, com uma formatação inovadora, estabelece as referências que norteiam as avaliações
de diferentes tipos de bens, em um ambiente econômico cada vez mais complexo e
internacionalizado. A ABNT NBR 14653-1, em vigor desde 2004, foi revisada com a incorporação
de conceitos de abrangência global, a serem observados na aplicação de todas as demais partes
que integram a norma, com o propósito de facultar melhores condições de fundamentação das
avaliações, cuja relevância nas relações econômicas e sociais é cada dia mais significativa.”
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 8 de 70
4 - A NORMA NBR 14.653
O trabalho de Avaliação é regido pela Norma 14.653 e suas partes. NBR 14653, sob o título geral
de “Avaliação de bens” possui
5 CONTRATAÇÃO
Vamos analisar quem contrata, o que o contratante espera e a importância do entendimento inicial.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 9 de 70
A. OBJETIVOS/FINALIDADES DA AVALIAÇÃO
Compra/venda de imóveis;
Dentre outros.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 10 de 70
B. HONORÁRIOS
Quanto maior o Grau, maior o rigor do trabalho e com isso mais tempo será gasto na elaboração do
cálculo e do Laudo, assim podemos considerar que o valor a ser cobrado é decorrente de tempo
gasto x valor da sua hora técnica.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 11 de 70
1.3 – Remuneração
Tipo de
Discriminação Remuneração (R$)
Atividade
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 12 de 70
- Unidade habitacional em prédio (apartamento,
aparthotel, flat, kit, loft etc.).
Código do sistema: Código do sistema: A-434
- Unidade isolada habitacional (casa, casa em
A-433 Valor 2
condomínio, village etc.).
2 Valor 1 R$ 369,00
- Sala ou pavimento comercial até 200 m .
R$ 615,00 com subsídios fornecidos pela CAIXA.
- Vaga de garagem.
Grupo 1:
- Lote habitacional unifamiliar.
2
- Sala ou pavto comercial superior a 1.000 m .
2
- Loja superior a 1.000 m . Código do sistema: A-441
- Prédio superior a 1.000 m .
2 Calculado com base na estimativa de horas técnicas feita pela ATC-
Grupo 3: CAIXA.
2
- Galpão superior a 1.000 m .
Superior a R$ 1.845,00 até R$ 14.760,00
-Terreno (exceto habitacional unifamiliar) superior
2
a 10.000 m .
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 13 de 70
Exemplo de um caso de Perícia que também iria envolver a avaliação dos apartamentos.
Na Perícia, várias perguntas (quesitos) podem ser feitas e devem ser respondidas, dentre elas
iremos ao longo do curso destacar aquelas relacionadas à AVALIAÇÃO dos IMÓVEIS.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 14 de 70
6 APRESENTAÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO
7 CONCEITOS IMPORTANTES
A NBR 14653, parte 1 – Procedimentos Gerais, define:
a) “PREÇO: Quantia pela qual se efetua, ou se propõe efetuar, uma transação envolvendo um
bem, um fruto ou um direito sobre ele.”
g) Inferência estatística: Parte da ciência estatística que permite extrair conclusões sobre a
população a partir de uma amostra
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 15 de 70
i) Laudo de avaliação: Relatório técnico elaborado por engenheiro de avaliações em
conformidade com a NBR 14653, para avaliar o bem1.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 16 de 70
8 DIAGNÓSTICO DO MERCADO IMOBILIÁRIO
O diagnóstico do mercado imobiliário deve ser feito sobre a análise de 3(três) aspectos:
1) Estrutura de mercado:
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 17 de 70
de interação e coordenação das políticas dos vendedores competindo e interagindo
em qualquer mercado.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 18 de 70
9 ETAPAS DA AVALIAÇÃO
A. DEMANDA DO CLIENTE:
Importância do entendimento inicial com o cliente, seja privado ou público, de modo a perceber o
objetivo da avaliação e como conseqüente o método de cálculo a ser utilizado e ainda qual o valor a
cobrar pelos trabalhos.
Etapa importante na Avaliação mas que não obriga o Engenheiro de Avaliações a verificar a
validade dos documentos. Na Norma vigente, na parte 1, com sua última revisão em JUNHO/2019,
isto foi explicitado, veja o que a norma técnica diz:
Assim, muito cuidado na análise da documentação e seu uso para a elaboração da avaliação.
Vale lembrar que o seu Contratante, pode solicitar alguns documentos específicos para serem
apresentados como anexos do seu Laudo de Avaliação. Nisto não há nenhum problema e pode ser
discutido e ser estabelecido entre as partes ( você e seu Contratante).
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 19 de 70
Figura – Exemplo de matrícula sem a menção de área e características do imóvel – de 05 de
novembro de 1979.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 20 de 70
Figura – Exemplo de matrícula com menção de área e algumas características do imóvel – de
15/10/2019.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 21 de 70
C. VISTORIA DO BEM AVALIANDO:
Etapa importante da Avaliação de Imóveis, possuindo neste caso o objetivo de caracterizar o imóvel
tanto pelos seus atributos internos quanto pelos atributos externos. Confrontar as informações
documentais com a real situação do imóvel. O engenheiro de avaliações neste momento deve
tomar conhecimento não só da parte interna do imóvel quanto da sua percepção na região em que
está inserido, buscando com isso identificar as várias influências que estão compondo o preço do
bem em questão. Segundo Dantas(2012): “ deve-se percorrer a região envolvente para verificar
possíveis pólos de influência, equipamentos urbanos, infra-estrutura,etc.”
“ 7.3.1 Nenhuma avaliação poderá prescindir da vistoria. Em casos excepcionais, quando for
impossível o acesso ao bem avaliando, admite-se a adoção de uma situação paradigma, desde
que acordada entre as partes e explicitada no laudo.”
A vistoria do imóvel avaliando tem por objetivo conhecer as características internas e externas
que influenciam no valor do imóvel, e o contexto urbano a que está inserido.
“ Imóvel paradigma: imóvel hipotético cujas características são adotadas como padrão
representativo da região ou referencial da avaliação.”
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 22 de 70
Área de Serviço
Garagem
Varanda / Sacada
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 23 de 70
Sugestão de Relatório Fotográfico
Dormitório Cozinha
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 24 de 70
Playground Churrasqueira
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 25 de 70
D. PESQUISA DE DADOS
Não existem regras definindo como deve ser feita a pesquisa de dados. A Norma traz
condições a serem cumpridas e orientações, porém não determina como deve ser feita.
I. CONHECER O IMÓVEL
TIPO: terrenos, indústrias, imóveis rurais, urbanos, comerciais, residenciais, apartamentos.
Observar as características: área, dimensões, idade, localização, padrão, polos de influência, etc
Definir a finalidade da Avaliação: locação, aquisição, alienação, garantia, dentre outros.
II. DETERMINAR
Qual o um grau de precisão aceitável;
quais os parâmetros mais significativos na formação do valor
ESCOLHER:
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 26 de 70
V. LEVANTAMENTO DE DADOS DE MERCADO
COLETA DE DADOS
Onde pesquisar? Sites, portais de imobiliárias, anúncios, etc. isso é considerado como FONTES,
ou seja, fontes da pesquisa.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 27 de 70
Imagem – exemplo de Planilha de Dados.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 28 de 70
E. VISTORIA DA AMOSTRA:
ITE GRAU
Descrição
M III II I
Apresentação de
Apresentação de informações Apresentação de
informações
relativas a todos os dados e informações
Identificação relativas aos dados
variáveis analisados na relativas a todos os
3 dos dados e variáveis
modelagem, com foto e dados e variáveis
de mercado efetivamente
características observadas no analisados na
utilizadas no
local pelo autor do laudo modelagem
modelo
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 29 de 70
F. CONSTRUÇÃO DAS VARIÁVEIS
Variável dependente
Variável independente
localização (índice fiscal, setor urbano, distância a polos de influência, etc), e temporais (data do
evento), do bem avaliando.
P = a + b* X
Ex.: área (m2); distância (m); Frente do terreno Ex.: nº de dormitórios; andar (pavimento).
(m).
B) Variáveis qualitativas – variáveis que não podem ser medidas ou contadas, mas apenas
ordenadas ou hierarquizadas, de acordo com atributos inerentes ao bem. Carregam alguma
subjetividade.
As diferenças qualitativas dos imóveis podem ser especificadas na seguinte ordem de prioridade:
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 30 de 70
1.2 VARIÁVEIS DICOTÔMICAS
Assumem apenas dois valores. São usadas para representar a presença ou ausência de
determinado atributo. Exemplo: a percepção que a vista panorâmica em um imóvel residencial irá
fazer diferença no preço final.
São importantes variáveis pois ajudam a inferir a influência de diversos fatores na dinâmica do
mercado imobiliário.
Oferta/Venda
Esquina
Elevador
Garagem, etc.
Devem ter pelo menos 3 dados por características (acima de n=30 10%).
Valor = A + B1 x Área
E que a condição Frente para o Mar valoriza o imóvel, e buscando melhorar o poder de explicação
do comportamento dos preços no mercado, vamos acrescentar uma variável, assim definida:
Valor = A + B1 x Área + B2 x
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 31 de 70
Frente Assim, para imóveis sem frente para o mar a equação fica.
Deve-se ter cuidado na criação da escala para estas variáveis. Estas escalas são chamadas de
Códigos Alocados.
Padrão de Acabamento
Alto = 3
Normal = 2
Baixo =1
“A escala será composta por números inteiros naturais consecutivos em ordem crescente
(1,2,3,...), em função da importância das características possíveis na formação do valor, com valor
inicial igual a 1. Não é necessário que a amostra contenha dados de mercado em cada uma das
posições da escala construída.
São utilizadas para substituir aquelas de difícil mensuração e que se considera existir uma relação
de pertinência entre ambas. No geral, são buscadas em publicações e meios já conhecidos e
estabelecidos em estudos de mercado.
Proxy - “Variável utilizada para substituir outra de difícil mensuração e que se presume guardar com
ela relação de pertinência” . NBR 14653
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 32 de 70
1.5 Relação das Variáveis Independentes (K) com a quantidade de elementos na
Pesquisa.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 33 de 70
1.6 EXEMPLOS de Variáveis mais utilizadas
Genéricas:
Área total (m2): área total dos dados das amostras. Esta variável deve mostrar que quanto maior a
área do imóvel, menor será o valor por metro quadrado (valor unitário);
Distância a polos locais: A situação geográfica do imóvel no contexto urbano, principalmente no que
se refere à sua proximidade a pólos atrativos, tais como comércio, serviços públicos, escolas,
praças, transporte, infraestrutura (redes de água, luz e pavimentação), etc Uma forma simples e
objetiva de mensurar é calcular a distância do imóvel ao pólo atrativo
Origem dos dados ou Evento: usada para indicar se o preço coletado é de Oferta ou venda.
Normalmente usada através de uma variável dicotômica.
LOTES URBANOS
Condomínio: usada para indicar se o lote
pertence ou não a um Condomínio fechado.
Dicotômica.
CASAS
Área do terreno: Quanto maior a área do
terreno, maior deve ser o valor unitário
calculado na área total construída.
% Aproveitamento: definido pela relação
entre a área total construída e a área total do
terreno, indicando aproveitamento adotado no
terreno, pode indicar que quanto melhor
aproveitado o espaço disponível, maior o valor
unitário do imóvel. Atenção ao Código de
Posturas do município em questão, pois isso
pode desvalorizar. Padrão Construtivo
Estado de Conservação
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 34 de 70
APARTAMENTOS
Área privativa da unidade autônoma: áreas cobertas ou descobertas
que definem o conjunto de dependências da unidade autônoma, com
utilização privativa dos titulares de direito.
Pavimento: analisar a influência do andar quanto ao preço. Podendo ser lançada como:
número do pavimento (quantitativa discreta);
tipo do pavimento: andar baixo do 1º. Ao 5º
andar mediano do 6º ao 10º
andar alto do 11º ao 20º.
O entendimento de andar alto ou baixo está intimamente relacionado ao perfil do edifício, ou
seja, se o edifício tem 4 pavimentos baixo pode ser do térreo ao 2º andar, e alto do 3º ao 4º, assim
a escala de valores deve considerar estas diferenças.
Varanda
Vista Panorâmica
Equipamentos de Lazer:
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 35 de 70
LOJAS
SALAS COMERCIAIS
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 36 de 70
A Norma Técnica referente a avaliações de imóveis urbanos preconiza uma investigação do
mercado imobiliário com relação à sua conduta e formas de expressão para especificação correta
da variável dependente (preço total ou unitário), e para as independentes, teorias, conhecimentos,
senso comum, e demais atributos que se mostrem importantes, já que algumas variáveis em
princípio consideradas importantes podem se mostrar pouco relevantes e outras adquirirem peso
considerável na modelagem.
Variável Descrição
Variável Quantitativa Contínua indica a área do lote, expressa em metros
Área do terreno 2
quadrados (m ).
Distância à Variável Quantitativa Contínua indica a distância percorrida pela rodovia até
capital a capital, expressa em Quilômetros (km).
Variável dicotômica indica se uma das faces do lote faz divisa com a via
Frente principal
principal, adotado 1 = principal ou 0 = secundária.
Variável código alocado, indica a importância das rodovias, considerado
Eixo viário
1=BR-040; 2=MG-234 e 3=BR-381.
Lembrando: a escolha das variáveis é feita pelo Engenheiro Avaliador conforme as condições que estamos
discutindo ao longo deste curso.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 37 de 70
10 VALOR DE MERCADO
Valor venal = Valor mais provável pelo qual o imóvel será transacionado, calculado com base nos
preços praticados no mercado imobiliário.
VALOR DE MERCADO !
O hedonismo (do grego hedonê, "prazer", "vontade" ) é uma teoria ou doutrina filosófico-
moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana. Surgiu na Grécia, e seu
mais célebre representante foi Aristipo de Cirene. O hedonismo filosófico moderno procura
fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o
maior número de pessoas.
11 METODOLOGIAS APLICÁVEIS
Levam em consideração:
METODOLOGIA
MÉTODO EVOLUTIVO: “ Identifica o valor do bem pelo somatório dos valores de seus
componentes. Caso a finalidade seja a identificação dovalor de mercado, deve ser considerado o
fator de comercialização.”
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 38 de 70
Apresentação completa da Tabela de Fundamentação:
GRAU
ITEM Descrição
III II I
Caracterização Completa quanto a Completa quanto às
Adoção de situação
1 do imóvel todas as variáveis variáveis utilizadas no
paradigma
avaliando analisadas modelo
Quantidade
mínima de 6 (K+1), onde K é
4 (K+1), onde K é o 3 (K+1), onde K é o
dados de o número de
2 número de variáveis número de variáveis
mercado, variáveis
independentes independentes
efetivamente independentes
utilizados.
Apresentação de
informações
relativas a todos
os dados e Apresentação de
Apresentação de
variáveis informações
Identificação informações relativas
analisados na relativas aos dados
3 dos dados de a todos os dados e
modelagem, com e variáveis
mercado variáveis analisados
foto e efetivamente
na modelagem
características utilizadas no modelo
observadas no
local pelo autor do
laudo.
Admitida para apenas Admitida, desde
uma variável, desde que: a) as medidas
que: a) as medidas das características
das características do do imóvel avaliando
imóvel avaliando não não sejam
sejam superiores a superiores a 100%
100% do limite do limite amostral
amostral superior, superior, nem
nem inferiores à inferiores à metade
metade do limite do limite amostral
4 Extrapolaçao Não admitida
amostral inferior. inferior.
b) o valor estimado
b) o valor estimado não ultrapasse 20%
não ultrapasse 15% do valor calculado
do valor calculado no no limite da fronteira
limite da fronteira amostral, para as
amostral, para a referidas variáveis,
referida variável, em de per si e
módulo. simultaneamente e
em módulo.
Nível de
significância a
(somatório do
valor das duas
caudas)
5 máximo para a 10% 20% 30%
rejeição da
hipótese nula
de cada
regressor (teste
bicaudal)
Nível de
significância
6 1% 2% 5%
máximo
admitido para a
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 39 de 70
GRAU
ITEM Descrição
III II I
rejeição da
hipótese nula
do modelo
através do
teste F de
Snedecor
Quantitativas
Qualitativas
Proxy10
VARIÁVEIS Discretas contínuas
Dicotômicas, binárias ou dummy
Códigos alocados
Códigos ajustados
14653: Proxy - “Variável utilizada para substituir outra de difícil mensuração e que se presume
guardar com ela relação de pertinência.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 40 de 70
localização custo unitário básico da construção da tipologia mais apropriada para o local;
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 41 de 70
13 INFERÊNCIA ESTATÍSTICA
Para obtermos a estimativa do valor desejado, no nosso caso o valor do imóvel, vamos usar uma
técnica da Estatística Inferencial denominada de Regressão. A regressão tem como resultado uma
equação matemática que descreve o relacionamento entre as variáveis e nos permite obter o valor
final desejado.
Regressão Linear é a técnica mais utilizada quando se deseja estudar o comportamento de uma
variável dependente em relação a outras que são responsáveis pela variabilidade observada .No
caso da avaliação de imóveis, a variável dependente é o preço dos imóveis, e as variáveis
independentes são as características dos imóveis que fazem diferença na formação do Preço.
A Regressão busca encontrar uma equação matemática que represente esta variação da variável
dependente relacionada com a(s) variável(is) independente(s). Esta equação matemática é
chamada de Modelo, ou melhor, Modelo de Regressão.
Existem várias formas de entender o que é um modelo, e através de Von Sperling apud Lee, 1973,
temos:
Uma representação da realidade;
Uma tradução simplificada e generalizada do que se afigura como sendo as características mais
importantes de uma situação do mundo real;
Uma abstração da realidade utilizada para se obter clareza conceitual – reduzir a variedade e
complexidade do mundo real a um nível que se pode entender e representar.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 42 de 70
Modelos estatísticos para a Avaliação de Imóveis buscam representar a realidade como é
observada ou medida e usando o conceito de Inferência, concluir seu resultado para o todo.
A. ANÁLISE DE REGRESSÃO
Regressão é uma técnica estatística utilizada para demonstrar a relação entre duas variáveis.
A regressão linear simples consiste no estudo da relação entre duas variáveis Y e X, no qual se
procura ajustar uma reta ( = 0 + x 1 1) aos valores efetivamente observados.
A variável Y é chamada de variável dependente e a X de variável independente.
Trata-se de verificar como a variável Y responde às variações de X que são, em geral,
observadas, assim procura-se explicar a variabilidade de Y por meio das variações observadas
de X.
O modelo de regressão linear simples pode ser representado por
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 43 de 70
Os parâmetros (coeficientes
de elasticidade) 0 1
Consiste em ajustar uma reta aos dados observados, de tal modo a minimizar a soma dos
quadrados dos desvios entre os Yi (observados) e os (calculados pela reta), ou seja, minimizar.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 44 de 70
Para o ajuste do modelo de regressão, deve-se atender algumas suposições sobre o erro aleatório:
A análise de resíduos constitui uma etapa essencial de uma análise de regressão, contribuindo
ainda para detectar a presença de observações atípicas (outliers).
Gráfico dos resíduos x valores ajustados: utilizado para verificar se os erros possuem
variância constante.
Gráfico dos resíduos x ordem das observações: utilizado para verificar se os erros são não
correlacionados.
Fonte: (Dantas,2005)
C. COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO ( CC OU R)
Capta a força de ligação entre as variáveis. Não depende das unidades com as quais se mede as
variáveis X e Y e tem a oscila entre os valores de -1, 0 e 1. −1
-1 ≤ ≤ +1
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 45 de 70
C = 1,00 Correlação Perfeita
1,00 < C < 0,75 Correlação Forte
0,75 < C < 0,50 Correlação Média
0,50 < C < 0,00 Correlação Fraca
C=0 Correlação Inexistente
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 46 de 70
15 APRESENTAÇÃO DO RESULTADO DA AVALIAÇÃO
Avaliação Pontual
Avaliação Intervalar
Campo de Arbítrio
A) AVALIAÇÃO PONTUAL
Este valor será usado em análises e decisões diversas, como já visto anteriormente.
Não é recomendado que se apresente em um Laudo, os 3(três) valores como sendo a conclusão
do trabalho, isto demonstra falta de conhecimento e objetividade.
É diferente de, quando o cliente entende da área de avaliações (um engenheiro ou arquiteto
avaliador) , e quer obter, por exemplo, analisar todos os valores através dos 3 tipos de resultados,
para alguma uma análise interna de seus negócios e tomadas de decisão.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 47 de 70
Estabelecida a hipótese que de o valor mais provável de mercado é sua média populacional, o
trabalho do engenheiro de avaliações torna-se o de formar amostra cuja média se aproxime o
máximo possível da média da população, querendo que a diferenças entre as médias das amostras
e da população decorrentes dos erros e imprecisões seja a menor possível.
Para garantir isso, é estabelecido em Norma que as amostras obtidas apresentem um intervalo de
valores que contenha a média da população. Essa garantia é denominada NÍVEL DE CONFIANÇA
e o intervalo de valores é denominado de INTERVALO DE CONFIANÇA (IC).
Assim, para atendimento da Norma, devemos estar confiantes que 80% das vezes que obtivemos
um intervalo de confiança a media da população estará nele contida.
C) CAMPO DE ARBÍTRIO:
Campo de arbítrio: é o intervalo com amplitude de 15%, para mais ou para menos, em torno da
média na avaliação. Pode ser utilizado quando variáveis relevantes para a avaliação não foram
consideradas no modelo, devido, por exemplo à inexistência de dados de mercado. O uso do
campo de arbítrio deve ser justificado e não elimina o ajuste e enquadramento do modelo.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 48 de 70
16 GRAU DE PRECISÃO
GRAU
Descrição
III II I
Amplitude do intervalo de confiança de 80% em torno da
≤30% ≤40 ≤50%
estimativa de tendência central
17 EXTRAPOLAÇÃO
ITEM III II I
Admitida para apenas uma Admitida, desde que:
variável, desde que: a) as medidas das
a) as medidas das características do imóvel
características do imóvel avaliando não sejam
avaliando não sejam superiores a 100% do
superiores a 100% do limite limite amostral superior,
amostral superior, nem nem inferiores à metade
4- Não inferiores à metade do limite do limite amostral
Extrapolação admitida amostral inferior. inferior.
b) o valor estimado não
b) o valor estimado não ultrapasse 20% do valor
ultrapasse 15% do valor calculado no limite da
calculado no limite da fronteira fronteira amostral, para
amostral, para a referida as referidas variáveis, de
variável, em módulo. per si e simultaneamente
e em módulo.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 49 de 70
18 TRANSFORMAÇÃO DE VARIÁVEIS
Como foi dito, a Regressão é uma técnica estatística utilizada para demonstrar a relação entre duas
variáveis.
O processo da regressão busca reduzir a dispersão em torno da média através do uso de modelo
linear para os parâmetros
Y=a+bX
Dentre as várias transformações temos: inversa, logarítmica, raiz quadrada, exponencial, etc.
X Y
X Z=1/Y
X Z=ln Y
Z=1/X Y
Z1=1/X Z2 = 1/Y
Z1=1/X Z2 = ln Y
Z= ln Y Y
Z1= ln X Z2=1/Y
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 50 de 70
Às vezes, nem a forma direta nem a inversa irão resolver e daí eu preciso de outras transformações
para não entrar em regressão não linear.
Quando incluímos transformações, para as variáveis, teremos mais de 1 (uma) equação (modelo) a
ser escolhida como definidora do Valor de Mercado do imóvel avaliando.
Assim, teremos
n = números de transformações.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 51 de 70
19 COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO ( R2 OU CD)
Seus valores estão entre 0 e 1 e permite uma análise quantitativa da relação enquanto o
Cc só permite uma análise qualitativa do fenômeno.
VT = VE + VNE
Sendo:
VT = Variação total
VE = Variação explicada
Assim, VE/VT representa então o percentual da variação total de Y que é explicada por X e é
conhecido como coeficiente de determinação R2, assim:
−
−
Como apresentado, a Variação Residual (Vt) é a soma dos quadrados das diferenças, e no caso do
Valor dos imóveis, é a diferença entre os preços e os valores estimados pela média dada pela
equação de regressão.
Sabemos que nos preços temos uma parte explicada e outra não explicada. Considerando Ve =
variação explicada e Vt = variação total o Cd (R2) é dado por
Define o percentual de variação dos preços em torno da média aritmética explicada pela diferença
dos atributos dos imóveis.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 52 de 70
20 REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA
A regressão linear simples serve para prever o valor de uma variável dependente (ex.: Preço do
apartamento) por uma variável independente (ex.: seu tamanho, área (m2)). Porém sabemos que
não é somente esta variável que influencia o preço. Assim, vamos usar uma regressão múltipla que
permite incluir outras variáveis que influenciam no preço, com isso vamos procurar reduzir o erro
nesta previsão.
21 COLINEARIDADE
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 53 de 70
A multicolinearidade é um problema no ajuste do modelo que pode causar impactos na estimativa
dos parâmetros criando restrição ao seu uso. A Norma 14.653 orienta quanto a estas situação:
“ A.2.1.5.2 Para verificação da multicolinearidade deve-se em primeiro lugar, analisar a matriz das
correlações, que espelha as dependências lineares de primeira ordem entre as variáveis
independentes, com atenção especial para resultados superiores a 0,80.”
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 54 de 70
23 ADERÊNCIA
O segundo gráfico é para verificar se houve aderência dos resíduos do modelo de regressão
à distribuição normal, que está representada pela distribuição normal reduzida.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 55 de 70
24 TESTES DE HIPÓTESES
Procura-se verificar se uma dada amostra contém evidências a favor de uma conjectura a respeito
da população.
A variabilidade que sempre acompanha uma amostra aleatória, nos leva a verificar se o valor obtido
para o estimador daquela amostra e o valor alegado para o parâmetro pela Hipótese Ho pode ser
atribuído às flutuações amostrais ou se a magnitude desta discrepância é de tal ordem que não se
aconselha a aceitação da hipóteses a respeito do parâmetro. Quando a diferença não puder ser
atribuída simplesmente à variabilidade da amostra, ela é dita ser uma diferença significativa.
Suponha que estamos afirmando que a variável área não interfere na variável valor, dessa forma
teríamos:
A Hipótese nula (Ho) é uma afirmação provisória sobre um parâmetro populacional que é
considerada verdadeira até ser desmentida por uma evidência amostral.
A Hipótese (H1) é uma afirmação que se apresenta como um alternativa à alegação dada por Ho.
Quando fazemos um teste queremos rejeitar a hipótese nula (H1). Quando fazemos isso, estamos
incorrendo em um erro, que é o de rejeitar uma hipótese verdadeira.
Deve-se estabelecer um limite α ( valor crítico) a partir do qual a diferença − 0 entre o valor do
estimador obtido na amostra ( por exemplo a média ) e o valor alegado para o parâmetro pela
Hipótese Ho ( 0) deve ser considerada significativa. Esta região, onde se rejeita a Ho é conhecida
como região crítica (RC).
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 56 de 70
Na prática costumamos fixar o risco α para então calcular o limite em relação a qual decisão será
tomada.é denominado Nível de Significância.
Situação Real
Decisão pelo teste Ho verdadeira Ho falsa
Rejeitar Ho Erro tipo I Decisão correta
Não rejeita Ho Decisão correta Erro tipo II
Precisamos definir qual o valor máximo aceitável para o teste que estamos fazendo, ou seja, qual o
erro aceitável. Quando fazemos isso, estamos medindo o nível de significância do teste.
A NBR 14.653 estabelece a Significância que deve ser atendida para cada Grau de
Fundamentação do Laudo.
Figura Risco de a e b
Ao criar as hipóteses e testá-las podemos cometer erros, e este podem ser tolerados se a
probabilidade de ocorrer este erro for pequena.
GRAU
ITEM DESCRIÇÃO
III II I
Significância das
5 10% 20% 30%
variáveis
Significância do
6 1% 2% 5%
Modelo
Significância das variáveis analisa a relação desta variável com o modelo. Uma significância alta
sugere que é provável dessa variável não contribuir no modelo.
Sugestão: variáveis com Significância acima de 30% não contribuem para o modelo. Não deixar
variáveis com α >= 30%. (**).
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 57 de 70
26 RESÍDUOS
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 58 de 70
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 59 de 70
Comparação dos resíduos amostrais padronizados nos intervalos de [-1;+1], [-1,64;+1,64] e
[1,96;+1,96], com as probabilidades da distribuição normal padrão nos mesmos intervalos, ou seja,
68%, 90% e 95%.
68 – 90 – 95
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 60 de 70
28 FINALIZAÇÃO E DETERMINAÇÃO DO GRAU DE FUNDAMENTAÇÃO DO
LAUDO
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 61 de 70
29 ENQUADRAMENTO TOTAL DO LAUDO
Neste ponto após finalizados os cálculos, com a obtenção do modelo, deve-se preencher a tabela
de fundamentação para determinação do Grau de Fundamentação final do Laudo.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 62 de 70
PONTUAÇÃO FINAL DO LAUDO
GRAU
Graus
II II I
Pontos mínimos 16 10 6
2, 4, 5e 6 no
2,4 e 6 no Grau III e
mínimo no Grau II e Todos no mínimo
Itens Obrigatórios os demais no
os demais no no Grau I
mínimo no Grau II
Mínimo no Grau I
a) identificação da pessoa física ou jurídica e/ou seu representante legal que tenha solicitado o
trabalho;
b) Finalidade do Laudo;
c) objetivo da avaliação;
f) Diagnóstico de mercado;
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 63 de 70
OUTRAS EXIGÊNCIAS DA NORMA – ANEXOS
Para a identificação do valor de mercado, podem ser incluídos, de acordo com o grau de
Documentação dominial;
Plantas;
B. LAUDO SIMPLIFICADO
O Laudo Simplificado deve atender, no mínimo e de forma simplificada aos itens a) até h) e K)
apresentados anteriormente.
a) identificação da pessoa física ou jurídica e/ou seu representante legal que tenha
solicitado o trabalho;
b) Finalidade do Laudo;
c) objetivo da avaliação;
f) Diagnóstico de mercado;
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 64 de 70
APÊNDICE A
Para trabalhar com as tabelas é preciso antes de tudo definirmos alguns conceitos.
Vida Útil de um Bem: É o período decorrido entre a data que foi concluída a edificação e o
momento em que deixa de ser utilizado devido à necessidade de reformas de grande monta.
Idade Real: Período decorrido entre a data que foi concluída a edificação e a data de referência da
avaliação.
Vida remanescente: Tempo estimado entre a data da avaliação e o fim da sua vida útil.
Valor novo: É o custo de reprodução de uma edificação nova através de orçamentos analíticos.
A depreciação de ordem física é proporcionada pelo desgaste das várias partes que compõem a
edificação e suas causas podem ser devido ao uso, ausência de manutenção ou material sem
qualidade e redundam em avarias bruscas e acidentais, deterioração, desgaste constante e
decreptude.
Na segunda tabela, na sua primeira coluna, temos aIDADE EM % DE VIDA, onde encontramos o
percentual de vida útil de um bem avaliando, numa escala de2%a100%, seguida pelos códigos dos
diversos estados de conservação.
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 65 de 70
Como a tabela não proporciona uma leitura direta, é necessário que conheçamos aVida Útil dos
Imóveis, estabelecida peloBureau of Internal Revenue,para aplicarmos a regra de três simples e
descobrirmos aIDADE EM % DE VIDAdo imóvel avaliando:
EDIFÍCIOS DE
ESCRITÓRIOS
70 anos
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 66 de 70
Tabelas de Ross-Heidecke para Depreciação de Imóveis
Entre reparos
Entre novo e
B F simples e
regular
importantes
Reparos
C Regular G
importantes
Entre reparos
Entre regular e
D H importantes e s/
reparos simples
valor
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 67 de 70
28,00 17,90 17,90 20,00 24,60 32,80 45,20 61,10 79,60
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 68 de 70
80,00 72,00 72,00 72,70 74,30 77,10 81,30 86,70 93,10
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 69 de 70
ANEXOS DE TABELAS
Profª MSc Engª Civil Adriana Libezimi de Assis Ragone - Não reproduzir . D.autorias reservados – Lei federal 9610/98 Pág.: 70 de 70