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Mecânico de usinagem
Informação Tecnológica
Usinagem em máquinas a CNC
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Sumário
1. Comando numérico ............................................................................................................................ 9
1.1. Histórico .................................................................................................................................... 10
2. Torno a CNC ...................................................................................................................................... 17
2.1. Componentes comandados .................................................................................................... 17
2.1.1. Sistema de acionamento dos eixos .................................................................................... 17
2.1.2. Sistemas de medição ......................................................................................................... 18
2.1.3. Sistemas de troca de ferramentas...................................................................................... 19
2.1.4. Acessórios .......................................................................................................................... 20
3. Centro de usinagem CNC ................................................................................................................ 25
3.1. Sistemas de troca de ferramentas .......................................................................................... 25
3.1.1. Magazine ............................................................................................................................ 25
3.1.2. Manual ................................................................................................................................ 25
3.2. Acessórios ................................................................................................................................ 26
3.2.1. Quarto eixo ......................................................................................................................... 26
3.2.2. Sensor de medição óptico e laser ...................................................................................... 26
4. Manutenção ....................................................................................................................................... 27
4.1. Definição.................................................................................................................................... 27
4.2. Tipos de manutenção ............................................................................................................... 27
4.2.1. Manutenção corretiva ......................................................................................................... 27
4.2.2. Manutenção preventiva ...................................................................................................... 28
4.2.3. Manutenção preditiva ......................................................................................................... 28
4.3. Manutenção em máquinas operatrizes .................................................................................. 29
4.3.1. Painel elétrico ..................................................................................................................... 29
4.3.2. Lubrificação e fluidos de corte ............................................................................................ 30
4.3.3. Filtros de ar do painel elétrico ............................................................................................ 34
4.3.4. Fluido refrigerante............................................................................................................... 34
5. Sistemas hidráulicos e pneumáticos ............................................................................................. 35
5.1. Fluidos ....................................................................................................................................... 35
5.1.1. Ar comprimido..................................................................................................................... 35
5.1.2. Fluido hidráulico.................................................................................................................. 35
5.1.3. Lubrificante ......................................................................................................................... 35
5.2. Unidade hidráulica ................................................................................................................... 35
5.2.1. Bomba hidráulica ................................................................................................................ 36
5.2.2. Manômetros ........................................................................................................................ 37
5.2.3. Filtros .................................................................................................................................. 37
5.2.4. Mangueiras e engates ........................................................................................................ 39
5.2.5. Indicadores de níveis .......................................................................................................... 40
5.2.6. Reservatórios ...................................................................................................................... 41
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Introdução
O Caderno de Informação Tecnológica – Usinagem em Máquinas a CNC deve ser utilizado para o
desenvolvimento da unidade curricular no 3º e 4º semestres.
O docente deve utilizar os temas tratados neste caderno de acordo com o que está previsto na ementa da
unidade curricular no plano de curso.
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1. Comando numérico
Apesar de representar um alto investimento inicial, o Comando Numérico, quando aplicado corretamente,
apresenta vantagens que permitem que o investimento inicial seja rapidamente amortizado.
Controle Numérico é a designação de um processo no qual as máquinas são controladas por meio de uma
série de instruções codificadas. O termo “numérico” vem do fato de que estas instruções codificadas são
fornecidas à máquina principalmente sob a forma de números, embora letras e outros símbolos também
sejam utilizados.
Quando usamos a expressão C.N. (Comando Numérico) e C.N.C (Comando Numérico Computadorizado)
estamos falando da mesma tecnologia (entrada de dados através de números). O Comando Numérico
(C.N.) realiza a leitura através da entrada de dados (fita perfurada, magnética, etc) sem memorizar o
programa, ou seja, para cada ciclo deve-se iniciar a entrada de dados, não permitindo a intervenção do
operador até finalizar o programa. Se tiver necessidade de correções na programação deverá ser gerada
uma nova entrada (praticamente não se usa mais este processo de inserção de dados) e iniciar novamente
o processo. Já no Comando Numérico Computadorizado (C.N.C.), através do hardware e software
incorporado à máquina, os dados carregados são memorizados, possibilitando inserir dados diretamente
no comando, criar e editar programas, ajustar dados de ferramenta, alterar parâmetros, parar e iniciar
programas em qualquer ponto, ou seja, interagir diretamente com as ações da máquina durante todo o
processo de usinagem.
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1.1. Histórico
Durante a 2ª guerra mundial surgiu, no setor de defesa industrial dos E.U.A., a necessidade de se
produzir “cames” complexos (semelhante aos utilizados em máquinas automáticas) dentro de
tolerâncias rígidas. Estes cames eram produzidos artesanalmente através de um processo complexo
e demorado, exigindo muita técnica e habilidade do trabalhador, tornando difícil a produção destes
cames com a precisão desejada.
Na mesma época, a fábrica de helicópteros (The Parsons Company) dos E.U.A. encontrava grande
dificuldade para produzir o perfil exato das hélices. Para isto, tinha que fabricar mais de 50 gabaritos
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O passo seguinte foi decisivo para o aparecimento do CNC. Surgiu a ideia de substituir o
posicionamento manual da fresadora por um posicionamento automático controlado pelo computador,
que também executaria os cálculos das coordenadas da curva ao longo da trajetória.
As primeiras máquinas CN foram instaladas na indústria aeronáutica dos EUA em 1957. A partir desta
data os equipamentos foram se sofisticando até que, no final de 1958, foi introduzido na máquina um
trocador automático de ferramentas.
Foi no final da década de 50 que teve início o projeto de máquinas específicas equipadas com controle
numérico computadorizado, ao invés de adaptações em máquinas convencionais.
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FIGURA 5 – TORNO C.N.C. EM INÍCIO DE FABRICAÇÃO FIGURA 6 - TORNO C.N.C. DE FABRICAÇÃO NACIONAL
NACIONAL. ATUAL.
Os equipamentos comandados com controle numérico se diferenciam dos convencionais por não
necessitarem de acessórios que proporcionem o controle dos movimentos da máquina, como:
gabaritos, cames, limites etc. e, também, da interferência direta do operador.
As máquinas equipadas com controle numérico, além do objetivo inicial de solucionar problemas de
usinagem de peças de grande complexidade, vieram a auxiliar na redução de tempos improdutivos
com a otimização de processos, desenvolvimento de ferramentas de corte, acessórios, dispositivos de
fixação e softwares dedicados para CAD (Desenho Assistido por Computador), CAM (Manufatura
Assistida por Computador) e CAE (Engenharia Assistida por Computador).
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Apesar das máquinas a CNC terem uma versatilidade muito grande, não devemos utilizá-las em todos
os problemas de usinagem que surgirem em virtude do custo final. Como regra geral, a seleção de
peças para usinagem nestas máquinas deve se enquadrar nos seguintes requisitos básicos:
É lógico que não são apenas estes requisitos que podem ser considerados. Em cada projeto deve-se
sempre analisar de maneira detalhada a viabilidade técnica para utilização de máquinas de controle
numérico, pois o retorno do capital investido pode se dar em um prazo maior que o esperado ou ele
pode não ocorrer.
Seguem abaixo as principais vantagens que o uso da máquina a CNC pode proporcionar quando
comparada ao uso de máquinas convencionais.
• Menor tempo de preparação da máquina;
• Possibilidade de preset de ferramentas fora da máquina;
• Não necessita de grande número de dispositivos especiais;
• Dispensa a fabricação de gabaritos;
• Grande precisão dimensional.
• Contornos complexos;
• Alta precisão de repetibilidade de peça para peça;
• Alta produtividade;
• Otimização de ferramentas;
• Índice de refugos reduzido;
• Menor tempo de inspeção;
• Redução da quantidade de máquinas;
• Etc.
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Atualmente, a maioria das máquinas possuem comandos com sistemas gráficos interativos como
interface homem/máquina para facilitar a programação. Estes sistemas gráficos podem ser definidos
em:
• Sistemas com a linguagem;
• Sistemas sem linguagem.
Podemos definir o sistema gráfico com linguagem simbólica quando são utilizados elementos de
contorno para definição da geometria, seleção de ferramentas e blocos parametrizados através de
representações gráficas interativas.
Podemos definir o sistema gráfico sem linguagem quando são apresentados por meio de ícones, teclas
funcionais e mouse para facilitar a manipulação destes dados.
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Os tipos de comandos classificados de acordo com a forma de deslocamento que a máquina pode
executar são:
• Comando ponto a ponto;
• Comando de percurso;
• Comando de trajetória.
O comando ponto a ponto é indicado quando é necessário realizar somente posicionamentos com
deslocamento rápido em determinados pontos programados. O deslocamento sempre ocorre em
movimentos paralelos aos eixos programados, em avanço rápido, e não permitem a usinagem entre
os pontos. O posicionamento, a precisão e a repetibilidade dos deslocamentos atendem a faixa de
tolerância especificada pelo fabricante.
O comando de percurso é a melhoria tecnológica do comando ponto a ponto. Neste comando é possível
fazer a usinagem entre os pontos determinados em avanço de corte programado, mas somente com
deslocamento paralelo aos eixos geométricos da máquina e possiblidade de movimento de um eixo por
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2. Torno a CNC
Servo motor
Fuso de esferas é um atuador linear mecânico que traduz o movimento de rotação em movimento
linear com pouquíssimo atrito. A haste do fuso de esferas é um eixo com rosca redonda que
proporciona uma pista helicoidal para as esferas deslizarem e atuarem como um parafuso de
esferas de precisão. É capaz de aplicar ou suportar altas cargas axiais. Um dos principais
benefícios do fuso de esferas é promover o movimento linear para altas cargas com o menor atrito
possível e precisão pois os movimentos são “rolantes”. O conjunto da esfera atua como uma porca
enquanto o veio roscado é o parafuso. Em contraste com os fusos convencionais, os fusos de
esferas tendem a ser bastante volumosos devido à necessidade de ter um mecanismo para
recircular as esferas.
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Guias lineares
As manutenções periódicas deste elemento são facilmente realizadas, pois as esferas são
substituídas por novas quando detectada folga depois um longo período de uso.
2.1.2.Sistemas de medição
Encoder
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FIGURA 16 – ENCODER
Régua ótica
É feita de uma tira de material transparente (vidro) com uma série de linhas paralelas igualmente
espaçadas, sendo também as linhas da mesma largura.
Geralmente, quando usadas como transdutores em máquinas ferramentas têm entre 20 e 200
linhas por milímetro e são usadas em pares. Uma delas é fixada à mesa da máquina (régua), que
pode ser de metal, devendo ser tão longa quanto o movimento máximo executado pela mesa
(curso), enquanto a outra é fixa à estrutura da máquina (leitor). O sistema de leitura funciona de
forma que, quando uma fonte luminosa for direcionada contra as réguas, os raios luminosos
resultantes capturados por uma fotocélula serão convertidos em posição do eixo.
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Torre
A troca é comandada pelo programa ou pela interface CN (painel em modo manual de operação).
Este dispositivo gira até colocar a ferramenta desejada na posição de trabalho.
Gang tools
Numa forma de minimizar os tempos passivos durante a execução de um trabalho pode-se utilizar
um suporte porta-ferramentas do tipo Gang Tools. Neste sistema, a troca das ferramentas
utilizadas são comandadas pelo programa CNC, necessitando apenas dos posicionamentos
corretos das ferramentas, evitando assim as paradas no programa para eventuais trocas manuais
das mesmas. As ferramentas ficam montadas no eixo transversal do plano de trabalho da
máquina.
2.1.4.Acessórios
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Placa hidráulica
Nas operações que exigem uma força de aperto da placa grande, utilizamos, no torno a CNC, uma
placa hidráulica. Seu funcionamento é estritamente hidráulico e é possível ajustar a pressão de
aperto das castanhas. Um sistema hidráulico deve estar montado à máquina para que este
acessório funcione e, normalmente, este é o tipo de placa mais comum nos tornos a CNC.
Nesta placa, podem ser montadas castanhas duras, fabricadas em aço temperado ou, ainda,
castanhas moles, fabricadas em aço com baixo teor de carbono, que são utilizadas para fixação
de diâmetros já usinados e com medida conhecida, evitando danificar a superfície das mesmas e
ainda garantir a concentricidade durante a usinagem.
Placa pneumática
Este acessório é utilizado nos tornos a CNC quando não se necessita de altas forças de fixação.
Seu sistema de fechamento e abertura das castanhas é inteiramente pneumático. Portanto, deverá
haver ar comprimido à disposição.
Entrada e saída do ar
comprimido
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Assim como no torno convencional, quando temos peças delgadas e longas numa proporção de
comprimento fora da placa x diâmetro da peça maior que três vezes, utilizamos no torno a CNC a
contra ponta, que pode ser hidráulica ou pneumática. As contra pontas hidráulicas, assim como
as placas hidráulicas, aplicam uma carga maior de pressão e necessitam de uma unidade
hidráulica para o funcionamento.
Contra ponta pneumática
Se a necessidade de pressão durante a usinagem de peças longas for baixa, utilizamos as contra
pontas pneumáticas que, por sua vez, também necessitam de ar comprimido para o
funcionamento. Algumas máquinas a CNC não funcionam se estes sistemas não estiverem
disponíveis já durante a inicialização do equipamento e do comando.
Transportador de cavacos
A maioria das máquinas a CNC podem ser equipadas com transportador automático de cavacos.
Embora seja um acessório opcional, o transportador, que pode ser acionado pelo programa de
usinagem, é fundamental quando o volume de cavaco produzido for grande. O transportador
possibilita um trabalho contínuo sem necessidade de interrupção da usinagem para retirada
manual de cavacos.
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Alimentador de barras
Exclusivamente nos tornos a CNC, um acessório muito utilizado é o alimentador de barras, que
reduz drasticamente o tempo de máquina parada, pois, a cada peça finalizada, automaticamente,
uma nova parte de material é avançada pela parte de trás da placa, para que a usinagem reinicie.
Este ciclo se repete de forma contínua, inclusive com o abastecimento de uma nova barra de
material dentro do alimentador. Uma vez programado e iniciado o ciclo de fabricação de uma
determinada peça, o operador somente irá interagir com o equipamento se houver necessidade
de correção de alguma ferramenta. Caso contrário, o ciclo seguirá até atingir a quantidade de
repetições programadas.
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3.1.1.Magazine
Os magazines possuem, geralmente, o que se chama de Lógica Direcional. Isto significa que, para
trocar uma ferramenta por outra, o dispositivo deve girar num sentido tal que leve o menor tempo
para atingir a ferramenta desejada, reduzindo o tempo.
3.1.2.Manual
Quando não for possível a utilização do sistema de troca de ferramentas por magazine, outra
opção é utilizar o método de troca manual de ferramentas, que consiste em remover a ferramenta
do eixo árvore (posição de usinagem), manualmente, e substituí-la pela próxima ferramenta a ser
utilizada. Além da intervenção do operador no equipamento e, consequentemente, tempo maior
para a troca, outra desvantagem está no fato de que o operador poderá se confundir durante a
troca, abastecendo a máquina com uma ferramenta que não é a correta, ocasionando refugo (peça
morta) ou ainda colisões no equipamento CNC.
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3.2. Acessórios
3.2.1.Quarto eixo
Da mesma forma que na fresadora convencional, um conjunto divisor poderá ser adicionado ao
centro de usinagem CNC para a fabricação de engrenagens, entalhes ou outras peças que
necessitem deste recurso. Porém, este conjunto divisor normalmente também tem seu eixo de
rotação e posicionamento controlado pelo controle CNC, ou seja, será possível programar este
posicionamento ou movimento de rotação no programa CNC.
Alguns centros de usinagem CNC possuem sistema de medição óptico ou a laser. Trata-se de um
acessório montado à máquina que é capaz de realizar medições ou verificações de ferramentas
com precisão.
Nestes sensores, a ferramenta se posiciona de tal forma que o feixe de luz ou o laser detecta sua
presença e suas dimensões, podendo, assim, dar continuidade ao processo de usinagem ou,
ainda, gerar um alarme de ferramenta quebrada.
Além desta aplicação, estes sensores facilitam o trabalho durante o setup de máquina, momento
em que o operador está abastecendo o centro de usinagem CNC (magazine) de ferramentas que
serão utilizadas no processo. Com este recurso, o tempo é reduzido.
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4. Manutenção
4.1. Definição
Nos últimos 50 anos a manutenção evoluiu de forma singular, passando de “mal-necessário” para uma
área estratégica nas empresas. Para se entender melhor esta evolução e o papel da manutenção na
indústria atual e futura segue um breve histórico:
• Primeira Geração da Manutenção (até a década de 1950): a manutenção agia basicamente
nas emergências, quando as máquinas paravam de produzir, e sua função era restabelecer o
funcionamento de máquinas e equipamentos que apresentaram perda de função.
• Segunda Geração da Manutenção (da década de 1950 a meados da década de 1970): a
industrialização cresce, a produtividade e os custos passam a ser fatores de preocupação das
indústrias que exigem da manutenção melhor planejamento e controle das atividades,
gerenciamento de custos e foco no aumento de vida útil dos equipamentos.
• Terceira Geração da Manutenção (de meados da década de 1970 ao início do século XXI):
os objetivos da manutenção são alterados, passando a fazer parte do planejamento estratégico
das empresas. O foco passa a ser a confiabilidade dos equipamentos. Reduz-se o foco na
manutenção preventiva e se enfatiza a gestão do ciclo de vida dos ativos, análises de causa raiz
e monitoramento e diagnóstico preciso das condições dos equipamentos.
• Quarta Geração da Manutenção (em progresso): com o advento da Indústria 4.0, ou seja, a
indústria na qual equipamentos e máquinas estão conectados a uma rede e podem ser
monitorados, programados, reprogramados e até reparados a distância, os conceitos de
manutenção mudam e, novamente, estão em grande evidencia. Nesta nova condição da
indústria, com profissionais mais qualificados e preparados, muitas vezes assumindo diversas
funções, o trabalho da manutenção tenderá a ocorrer com menor frequência e sempre
programado.
Considerando o exposto acima, a definição mais moderna e adequada para a manutenção da geração
atual é definida por Kardec e Nascif (2010) como sendo:
4.2.1.Manutenção corretiva
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A manutenção corretiva não deveria ser desejada para nenhum equipamento, afinal não se sabe
quando ocorrerá e quais os danos que isto causará. Uma quebra pode impactar em danos a outros
componentes, gerando custos desnecessários.
Na manutenção corretiva programada, ainda que indesejada, a falha é prevista e analisada. Sabe-
se o momento da parada do equipamento, que pode ocorrer de forma branda, e os impactos desta
parada são conhecidos.
4.2.2.Manutenção preventiva
4.2.3.Manutenção preditiva
Com a evolução dos equipamentos e instrumentos de medição, novos métodos de analisar e medir
grandezas nos equipamentos mudaram. Alguns deles também facilitaram o diagnóstico dos
componentes de máquinas, equipamentos e instalações. Isto gerou uma mudança no modo de
manter equipamentos disponíveis para operação, podendo levar componentes ao máximo de sua
vida útil, trocando apenas aqueles que já apresentaram algum tipo de falha funcional, ou seja,
perda de rendimento. Métodos como analise de vibrações, ultrassonografia, raios-x e gama,
termografia entre outros, incluindo inspeções sensitivas, permitem aos técnicos e engenheiros de
manutenção definirem o momento exato para trocar um componente específico.
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O programa de manutenção de uma indústria deverá conter sempre todos estes tipos de
manutenção, os quais poderão ser adotados, dependendo do equipamento ou componente, e
ainda, do processo no qual o equipamento se encontra. A manutenção define esta prioridade por
meio de uma ferramenta conhecida como FMECA, que definirá a criticidade do equipamento, as
características do componente e se este permite ou não a detecção de falhas por meio de
monitoramento.
4.3.1.Painel elétrico
O painel elétrico de uma máquina é onde se encontra a maior parte dos componentes de comando
elétrico do sistema. Quando uma máquina operatriz está funcionamento estes componentes estão
recebendo e enviando energia num processo que apresenta aquecimento natural devido a perdas
conhecidas de projeto. Este calor precisa ser dissipado. Por isso, o painel elétrico dos
equipamentos possui entradas e saídas de ar, podendo ser forçadas através de um ventilador ou
ainda ocorrer naturalmente.
Para painéis elétricos nos quais a circulação do ar é forçada, a entrada de ar deve receber um
filtro para evitar a entrada de sujeira nos seus componentes. Este filtro deve estar sempre limpo,
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sendo de responsabilidade do operador verificá-lo a cada turno antes de ligar a máquina e limpá-
lo caso haja a necessidade. Eventualmente, este filtro deverá ser substituído, conforme
orientações do manual do fabricante, ou ainda se o operador identificar a necessidade da troca.
A lubrificação é responsável pela redução do atrito entre duas peças que se movimentam. Uma
das funções do lubrificante é fazer a interface entre estas peças com o objetivo de evitar o contato
entre os materiais, estabelecendo um atrito viscoso, não mais um atrito aderente. Além disso, o
lubrificante apresenta a função de mitigar a oxidação de matérias metálicos. Como as máquinas
operatrizes possuem grande parte de seus componentes fabricados em aço ou ferro fundido, as
partes que não podem receber pintura têm grande probabilidade de reagir com o oxigênio do ar e
promover a oxidação, que deve ser evitada por meio da lubrificação adequada destas partes.
Existem diversos métodos de lubrificação de componentes. Entre estes, os mais comuns para
máquinas operatrizes são: banho de óleo, centralizado, bombeamento a graxa e aplicação manual
por pincel. Para cada método é necessária uma forma de controle e aplicação. Dentre elas, as
formas mais conhecidas são: verificação do nível de óleo dos reservatórios, aplicação de
lubrificante por meio de bomba e aplicação de lubrificante superficial por pincel.
Os lubrificantes podem ser classificados em: sólidos, líquidos e pastosos.
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Os lubrificantes líquidos são fluidos desenvolvidos a partir do petróleo (minerais) ou por meio de
processos químicos específicos (sintéticos) para conferir propriedades como a viscosidade e a
baixa tensão de cisalhamento, o que confere a redução de atrito aos sistemas mecânicos.
Lubrificantes podem ser aplicados nos sistemas hidráulicos de máquinas operatrizes, na
lubrificação diária de barramentos e mesa e nos sistemas centralizados de lubrificação. É
essencial que as recomendações do manual do fabricante sejam seguidas no momento da
lubrificação. No manual será indicada a quantidade, o tipo, a frequência e a aplicação do
lubrificante.
Figura 31 - Lista de lubrificantes aplicados ao equipamento. Adaptada do manual de Manutenção de torno Centur 30D
ROMI
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Os fluidos de corte podem ser classificados em ar, aquosos e óleos (DINIZ, 1999).
Os fluidos aquosos podem ser a própria água ou fluidos formados de emulsões de óleo em água.
As emulsões são conhecidas na indústria pelo nome de “óleos solúveis”. Este nome não é
adequado, visto que o óleo não está dissolvido na água, mas disperso, devido a um aditivo
chamado de emulsificante. Para este tipo de fluido alguns controles são necessários:
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Figura 33 - Refratômetro
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Figura 34 - pHmetro
É altamente recomendável ter um filtro sobressalente para troca imediata enquanto o filtro sujo
seja lavado e seco.
4.3.4.Fluido refrigerante
Como as máquinas a CNC podem operar com altas velocidades de corte nas usinagens é exigido
que estas possuam um sistema de refrigeração que possibilite refrigerar, lubrificar e auxiliar na
remoção dos cavacos. Estes sistemas geralmente podem trabalhar com dois valores de pressão
(alta ou baixa) e alguns fabricantes adotam sistemas de refrigeração internas em suas
ferramentas.
Para melhor garantia de eficiência do fluido na usinagem, recomenda-se que o óleo solúvel seja
diluído com água e que este ocupe 8% do total que o tanque da máquina suporta.
Apesar do custo, os fluidos refrigerantes dos tipos sintético e semissintéticos são os mais
eficientes. Por isso são os mais utilizados.
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5. Sistemas hidráulicos e
pneumáticos
Para o maquinário a CNC, os sistemas hidráulicos e pneumáticos são essenciais para as funções de
fixação de peças e ferramental, sendo necessária a observação dos cuidados com estes itens, tanto para
o bom funcionamento da máquina quanto para questões de segurança.
5.1. Fluidos
A princípio, deve-se compreender que todo elemento submetido a uma tubulação é considerado um
fluído, pois em interpretações errôneas há a confusão de que o termo fluido se remete a uma
substância no estado líquido. Para o maquinário a CNC, três fluidos merecem destaque.
5.1.1.Ar comprimido
Fluido utilizado para os sistemas pneumáticos das máquinas a CNC, principalmente para a fixação
de peças nos tornos e para as funções de fixação de ferramentas e limpeza interna de cones em
centros de usinagem.
5.1.2.Fluido hidráulico
Para as fixações de peças em usinagem pesada e que exijam maior segurança, é necessário o
uso de sistemas hidráulicos, cujo fluido principal é o óleo, podendo este ser mineral (a base de
petróleo) ou sintético. As especificações técnicas para o uso e a aplicação, bem como os cuidados
no manuseio deste fluido, deverá estar de acordo com as recomendações dos fabricantes das
máquinas e acompanhado da FISPQ (Ficha de Identificação e Segurança de Produtos Químicos).
5.1.3.Lubrificante
Este fluido, apresentado na condição oleosa ou em forma de graxa, tem por função criar uma leve
película entre as partes móveis da máquina para minimizar os efeitos do atrito entre as superfícies.
Assim como o fluido hidráulico, as especificações técnicas para o uso e a aplicação, bem como os
cuidados no manuseio deste fluido, deverá estar de acordo com as recomendações dos
fabricantes das máquinas e acompanhado da FISPQ (Ficha de Identificação e Segurança de
Produtos Químicos).
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Nas máquinas a CNC que utilizam acionamentos hidráulicos há a necessidade de uma unidade
hidráulica de potência, que reúne vários elementos hidráulicos descritos a seguir.
5.2.1.Bomba hidráulica
Em uma analogia simples podemos comparar a bomba hidráulica ao coração humano. A bomba
é responsável pela transformação de energia mecânica, originada no acoplamento do motor
elétrico, em energia hidráulica necessária para a movimentação dos atuadores hidráulicos, como
os cilindros das placas de fixação dos tornos a CNC.
As bombas mais usadas em máquinas a CNC são as bombas de palhetas, devido ao baixo nível
de emissão de ruído, fluxo hidráulico mais uniforme e melhores opções de manutenção.
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5.2.2.Manômetros
Figura 39 - Manômetro
5.2.3.Filtros
Nos sistemas hidráulicos e pneumáticos, os filtros têm a função de proteger o sistema das
impurezas, internas e externas, evitando o mau funcionamento ou mesmo o engripamento das
partes móveis dos equipamentos e componentes das máquinas a CNC.
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De forma mais usual, em unidades hidráulicas de máquinas a CNC, os filtros estão posicionados
na linha de sucção da bomba e na linha de retorno do sistema.
Nas linhas de sucção, os filtros mais usados são do tipo peneira, fabricados em tela.
Já os filtros de retorno são fabricados de material poroso, tendo sua classificação em mícron (µm).
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Geralmente, estes filtros são equipados com um visor de saturação para acompanhamento da
condição do elemento filtrante, além de uma válvula de retenção com mola, em paralelo ao
elemento filtrante, que permite a passagem do óleo em caso de saturação do elemento, evitando
danificar a carcaça do filtro e demais elementos da tubulação.
5.2.4.Mangueiras e engates
Conforme sua aplicação nas máquinas a CNC, a transmissão do fluido é realizada por mangueiras
de borracha com trançado em aço, podendo utilizar engates rápidos ou conexões tradicionais.
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Quando as unidades hidráulicas forem móveis, um cuidado especial deve ser tomado para que as
mangueiras hidráulicas não estejam dobradas ou esticadas para que não ocorram obstruções do
fluxo de óleo ou o desprendimento das mesmas.
5.2.5.Indicadores de níveis
Na operação das máquinas a CNC, parte da manutenção diária é a verificação do nível do fluido
hidráulico. Esta conferência é realizada através do indicador de nível que mostra de forma objetiva
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a quantidade de óleo no reservatório. Para uma correta operação do sistema hidráulico é desejável
que o nível do fluido não seja inferior a ¾ da capacidade total do reservatório.
5.2.6.Reservatórios
Na operação dos sistemas hidráulicos o fluido precisa ser acondicionado até a necessidade de
seu uso. Esta função é realizada pelo reservatório hidráulico que, além de armazenar o fluido, tem
a função de auxiliar a troca de calor do mesmo. Os sistemas de filtragem, normalmente, ficam
instalados no reservatório.
5.3. Atuadores
Os atuadores hidráulicos são utilizados nas máquinas a CNC com a função principal de fixação, seja
para operações de torneamento ou para as operações executadas em centros de usinagem. Em tornos
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a CNC de versões econômicas, que não exigem longos períodos de fixação durante a usinagem, as
placas de fixação podem ser de atuação pneumática. Para usinagens, nestes casos, é necessária uma
leitura detalhada sobre os limites quanto ao tempo, diâmetro de fixação e velocidades recomendadas
pelo fabricante da placa pneumática, bem como seus intervalos de lubrificação.
Quando utilizados cilindros hidráulicos na fixação de peças em operações nos centros de usinagem,
os mesmos podem ser montados diretamente na mesa da máquina ou fazer parte de um conjunto
mecânico com dispositivos de fixação, muito utilizados para peças fundidas e forjadas devido a suas
formas que nem sempre favorecem a fixação para usinagem. Geralmente, a forma construtiva destes
cilindros é mais simplificada em relação aos cilindros utilizados para as placas de fixação de tornos a
CNC, podendo ser de haste giratória.
42
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
43
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
5.5. Compressores
As características físicas de um compressor podem variar muito de acordo com atividade que ele
desempenha. Veja as seguintes categorias:
• Compressores de ar para serviços ordinários
• Compressores de ar para sistemas industriais
• Compressores de refrigeração
Os compressores de ar para serviços ordinários são fabricados em série, visando baixo custo
inicial. Destinam-se normalmente a serviços de jateamento, limpeza, pintura, acionamento de
pequenas máquinas pneumáticas etc.
44
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Os compressores de refrigeração são máquinas desenvolvidas por certos fabricantes com vistas
a essa aplicação. Operam com fluidos bastante específicos e em condições de sucção e descarga
pouco variáveis, possibilitando a produção em série e até mesmo o fornecimento incluindo todos
os demais equipamentos do sistema de refrigeração.
Nos compressores, a elevação de pressão é conseguida por meio da redução do volume ocupado
pelo gás. Na operação dessas máquinas podem ser identificadas diversas fases, que constituem
o ciclo de funcionamento: inicialmente, certa quantidade de gás é admitida no interior de uma
câmara de compressão, que então é cerrada e sofre redução de volume. Finalmente, a câmara é
aberta e o gás liberado para consumo. Trata-se, pois, de um processo intermitente, no qual a
compressão propriamente dita é efetuada em sistema fechado, isto é, sem qualquer contato com
a sucção e a descarga. Pode haver algumas diferenças entre os ciclos de funcionamento das
máquinas dessa espécie, em função das características específicas de cada uma.
A pneumática vem ganhando espaço nas indústrias, mas por enquanto não é possível obter o ar
comprimido sem a ajuda de um compressor, seja ele de qual tipo for.
Outro benefício do ar comprimido é que, depois de utilizado, ele pode ser liberado na atmosfera
sem prejuízo algum a este ambiente.
Figura 55 - Compressor
5.6. Secadores de ar
45
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
De acordo com o equipamento, o secador pode fazer parte dele ou ser um acessório. É importante
verificar a necessidade do componente para garantir a qualidade do ar e evitar danos ao sistema.
Figura 56 – Secador de ar
46
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
A unidade de conservação também é conhecida como Lubrifil e é composta por um filtro, um regulador
de pressão e um pequeno reservatório de óleo (lubrificador).
47
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
O papel fundamental dos filtros nas unidades de conservação de circuitos pneumáticos é remover
partículas suspensas nocivas aos equipamentos do sistema (válvulas, atuadores etc).
O filtro funciona retendo as partículas do ar quando este passa através do elemento filtrante.
Figura 60 – Filtro
5.7.2.Regulador
O regulador de pressão limita a pressão que será enviada ao sistema pneumático. Esta regulagem
é feita manualmente e a pressão é visualizada no manômetro.
5.7.3.Lubrificador
O papel do lubrificador é o de prover o envio de uma pequena película de óleo lubrificante junto
ao ar comprimido a fim de favorecer o funcionamento e aumentar a vida do sistema pneumático e
de seus componentes. Este óleo é enviado ao sistema por meio da diferença de pressão e
velocidade na passagem do ar comprimido.
Figura 62 – Lubrificador
48
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
6. Sistema de coordenadas
Com este sistema é possível localizar qualquer ponto num determinado espaço, considerando uma
referência e utilizando valores de distâncias para isto. Outra aplicação bastante conhecida é a localização
de pontos no GPS (Global Position System).
Nas máquinas a CNC, todos os percursos a serem realizados pelas ferramentas de corte respeitam este
sistema cartesiano de coordenadas.
6.1. Origem
49
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Os sinais de positivo ou negativo, introduzidos nas dimensões a serem programadas, são dados pelo
quadrante onde a ferramenta está situada.
Quando a coordenada não apresentar nenhum sinal (+) ou (-), o comando entende que é positivo.
Então para programar uma coordenada negativa, deve-se introduzir o sinal negativo (-).
6.2. Eixos
Nos tornos normalmente encontramos dois eixos, “X” e “Z”, que compõem o carro em cruz, no qual
está montado o suporte de ferramentas.
Torre
Torre
Nas fresadoras normalmente encontramos três eixos de avanço, ou seja, “X”, “Y” e “Z”,
correspondendo em geral a dois eixos que compõem a árvore principal. Nas fresadoras em que a
mesa é fixa, a árvore principal se movimenta nos três eixos.
50
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Várias máquinas a CNC possuem mais de três eixos de avanço, pois o tipo especial de peça assim
exige. Eixos de “X”, “Y” e “Z”, de uma forma geral, designados pelas letras “U”, “V” e “W”,
respectivamente.
Existem máquinas a CNC que são construídas com a possibilidade de permitir movimento rotativo da
mesa de trabalho e ou do cabeçote da árvore principal. Neste caso, é possível usinar diversos lados
da peça com diferentes ângulos de posicionamento.
Os eixos rotativos, que permitem tanto à mesa quanto ao cabeçote girarem, possuem comandos
próprios e independentes dos eixos direcionais básicos dos carros. Estes eixos são designados pela
norma DIN com letras A, B, e C.
Nos tornos de concepção simples, o eixo rotativo não pode ser comandado, apenas dando rotação à
peça durante a usinagem.
Todavia, fala-se de um eixo árvore comandado, quando existe a possibilidade de ser colocado em
qualquer posição.
51
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
É fácil identificar os movimentos dos eixos rotativos, ou seja, o sentido e a direção destes eixos. Para
isso, basta utilizar a regra da mão direita, que funciona do seguinte modo: a mão é posicionada como
se estivesse fazendo "positivo", considerando que o eixo linear sobre o qual gira o eixo rotativo passa
paralelo por dentro da mão, como se a mesma segurasse o eixo e o polegar indicasse o sentido que
este eixo aumenta positivamente. Então o eixo rotativo gira acompanhando os outros quatro dedos
também no sentido positivo, conforme desenho abaixo.
6.4. Absoluto
O sistema absoluto de coordenadas sempre parte de uma origem preestabelecida em função da peça
a ser usinada. O ponto inicial X0 é definido pela linha de centro do eixo árvore no torno a CNC. O
ponto Z0 é definido por qualquer linha perpendicular à linha de centro do eixo árvore.
Neste sistema, as coordenadas sempre são obtidas em função do ponto de origem dos eixos
programados, ou seja, sempre que for necessário realizar um descolamento, longitudinal ou
transversal, deve-se observar a distância em relação ao “zero peça”.
Este ponto de origem conhecido como “zero peça”, normalmente é estabelecido na face da castanha
ou na face da peça, conforme os exemplos a seguir:
52
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
53
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
6.5. Incremental
No exemplo, a origem inicial é o ponto A. Quando a ferramenta atingir este ponto, a origem para o
ponto B será o ponto A e, ao atingir o ponto B, a origem do ponto C será o ponto B e, ao atingir o ponto
C, a origem do ponto D será o ponto C e, assim, sucessivamente até usinar o perfil.
6.6. Quadrante
Os quadrantes são definidos a partir de uma origem pré-determinada que, no caso do torno, é
determinada por uma linha perpendicular à linha de centro do eixo árvore e obedece sempre a mesma
ordem independente do tipo de torre utilizada (torre traseira ou torre dianteira). Portanto, o sinal positivo
ou negativo, introduzido na dimensão a ser programada, é dado em função do quadrante onde a
ferramenta atuará.
54
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
No centro de usinagem a CNC é necessária a representação espacial da peça. Para isso, o sistema
de coordenadas utilizado compõe-se de três eixos (X,Y,Z), cujo ponto de intersecção corresponde à
origem, ou seja, o ponto zero do sistema, que geralmente é definido em um canto da peça, por meio
do qual, serão tomadas as medidas dimensionais.
55
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56
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
7. Programação convencional
Para se programar uma máquina a CNC, seja um torno a CNC ou um Centro de Usinagem a CNC,
uma sequência lógica de programação deverá ser respeitada.
Coordenadas absolutas ou
Informa ao comando CNC incrementais, mm ou polegadas,
Cabeçalho do programa informações básicas de como está plano de trabalho, avanço em
baseado o programa. mm/rot. ou mm/min são algumas
informações contidas no cabeçalho.
Como não sabemos o atual
posicionamento antes de começar a Normalmente este posicionamento
Posicionamento de segurança - 1 usinagem, garantimos com este de segurança é para uma posição
posicionamento de segurança que bem distante da peça.
nenhuma colisão irá ocorrer.
O processo lógico de fabricação já
Coloca a ferramenta desejada na
Troca de ferramentas - 1 deverá estar preparado para que
posição de trabalho.
seja possível finalizar a peça.
Realizar o contorno utilizando os
Contém todo o caminho a ser
Contorno da usinagem - 1 códigos adequados de
percorrido pela ferramenta - 1
programação.
Como não sabemos o atual
posicionamento antes de começar a Normalmente este posicionamento
Posicionamento de segurança - 2 usinagem, garantimos com este de segurança é para uma posição
posicionamento de segurança que bem distante da peça.
nenhuma colisão irá ocorrer.
O processo lógico de fabricação já
Coloca a ferramenta desejada na
Troca de ferramentas - 2 deverá estar preparado para que
posição de trabalho.
seja possível finalizar a peça.
Realizar o contorno utilizando os
Contém todo o caminho a ser
Contorno da usinagem - 2 códigos adequados de
percorrido pela ferramenta - 1
programação.
Como não sabemos o atual
posicionamento antes de começar a Normalmente este posicionamento
Posicionamento de segurança - n usinagem, garantimos com este de segurança é para uma posição
posicionamento de segurança que bem distante da peça.
nenhuma colisão irá ocorrer.
57
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
7.2.1.Preparatórias
Os dados são informados ao sistema CNC na forma de programa de usinagem. É composto por um
conjunto de códigos alfanuméricos. O código G é um dentre estes códigos e é também chamado de
funções preparatórias.
Modal: códigos G, uma vez programados, permanecerão ativos até que outro código G do mesmo grupo
seja programado.
Não modal: código G que permanece ativo apenas no bloco em que está programado. Códigos G que
estão ativos após ligar o comando ou finalizar o programa são chamados comandos préativados. Eles
não precisam ser programados a menos que sejam substituídos por um código G do mesmo grupo.
Descrição Centro
Código Descrição Torno a CNC Tipo Pré ativada
de Usinagem CNC
G00 Interpolação linear com avanço rápido Modal
58
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
7.2.3.Miscelâneas
Os comandos M são funções de alternância ou adicionais que podem ficar sozinhos ou com outro
comando em um bloco de programa. Porém, apenas um comando M por bloco pode ser utilizado, caso
contrário, vai gerar um alarme de duplicidade de comando. Comandos de um mesmo grupo cancelam
um ao outro. Assim, o último comando M programado cancela o anterior do mesmo grupo.
59
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
O comando G00 movimenta a ferramenta até um ponto programado sem a necessidade de especificar o
avanço deste movimento, fazendo com que o movimento seja o máximo permitido pelo motor do eixo da
máquina.
Exemplo:
G00 X100 Y-50
O comando G01 movimenta a ferramenta até um ponto especificado. Porém, é necessário determinar o
avanço deste movimento, especificando por meio do endereço “F” (Feed). Este avanço pode ser
determinado de duas formas: utilizando o comando G94, o avanço será realizado em mm/min. ou
utilizando o comando G95, o avanço será em mm/rot. utilizado no torno a CNC.
Exemplo:
G94 G01 Z-50. F500 mm/min. (centro de usinagem CNC)
G95 G01 Z-50. F0.1 mm/rot. (torno a CNC)
60
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7.2.5.Interpolação circular
Os comandos G02 e G03 movimentam a ferramenta até um ponto especificado, formando raios internos
ou externos, roscas através de inserto ou fresa com perfil da rosca, abertura de bolsão, ajuste de
diâmetro interpolando com ferramentas em movimento circular etc.
A distância entre um arco e o centro do círculo que contém este arco pode ser especificada utilizando-se
o raio “R” círculo, em vez de I, J, K. Neste caso, um arco é inferior a 180º e o outro superior a 180º.
Quando um arco superior a 180º é comandado, o raio deve ser especificado com valor negativo. Se X, Y,
Z forem omitidos, se o ponto final é localizado na mesma posição que o ponto inicial, e se selecionar-se
“R”, é programado um arco de 0º.
Resumo: para semicírculos de arcos menores que 180º o valor do R deve ser positivo. Para arcos
maiores que 180º deve ser negativo.
Por exemplo, se o eixo U é especificado com um eixo paralelo ao eixo X, quando o plano XY é
especificado, um alarme P/S (nº 028) é ativado. Quando for especificado um arco tendo um ângulo
61
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
central aproximado de 180º, as coordenadas do centro que foram calculadas podem conter um erro.
Neste caso, é necessário especificar o centro do arco com I, J, K.
Ou
62
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Nota: Em alguns casos especiais é necessário usinar um perfil circular no plano X-Z ou Y-Z num centro
de usinagem vertical. Em tais casos, um perfil perfeito não pode ser usinado com ferramentas no plano
vertical. Portanto, um ângulo diferente é usado no centro de usinagem.
Comando Descrição
G17 seleção do plano XY
G18 seleção do plano XZ
G19 seleção do plano YZ
G02 interpolação circular sentido horário
G03 interpolação circular sentido anti-horário
I distância do ponto inicial do arco no eixo X com sinal
J distância do ponto inicial do arco no eixo Y com sinal
K distância do ponto inicial do arco no eixo Z com sinal
R raio do arco (+ para arcos <180º) e (- para arcos 360º<0> 180º)
63
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Sinais
É a distância do ponto inicial para o centro do arco. O centro do arco é especificado pelos endereços I, J
& K para os eixos X, Y & Z respectivamente. O valor numérico seguinte I, J & K é um componente do
vetor e é sempre especificado como um valor incremental independente de G90 & G91 usado.
Se a ferramenta move na direção positiva, enquanto vai do início para ponto central, então I, J & K serão
positivos. Se a ferramenta move na direção negativa enquanto vai do início para o ponto central, então I,
J & K serão negativos.
Exemplo:
7.2.6.Arredondamento e chanfro
As funções de arredondamento (,R) e chanfro (,C) facilitam o uso destes recursos na programação de
cantos (vértices) na linguagem ISSO, por ser de fácil programação e grande aplicação.
Exemplo: num bloco de dimensões 100 x 80 mm, necessitamos usinar raios nos cantos (vértices) na
medida de 10mm.
64
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Observe que não é necessário o uso das funções G2/G3 para programar os raios e que o ponto final da
linha a ser programado é o vértice da peça.
Se no exemplo acima, a necessidade de usinagem fosse chanfros, somente seria necessário substituir
“R” por “C”. Para a mesma programação no comando SIEMENS, as funções “CHF=” ou “RND=” são
utilizadas para chanfros e raios, respectivamente.
Como já vimos nos capítulos anteriores, os pontos a serem programados no CNC são os vértices da
peça a ser usinada e o centro da ferramenta é onde a máquina entenderá a trajetória. Imaginemos então
se, num contorno qualquer de uma peça, tivermos que usinar com uma fresa de Ø10 mm. Para que o
contorno saia de forma correta, é necessário, para todos os vértices a serem programados, subtrair ou
somar 5 mm correspondentes ao raio da ferramenta. Caso esta ferramenta não esteja mais a disposição
e que teremque seja necessário que utilizar uma fresa de Ø12 mm não será necessário fazer outro
programa.
O recurso de compensação de raios nos centros de usinagem e nos tornos a CNC permite que seja
possível programar os vértices da peça a ser usinada sem se preocupar no primeiro momento com qual
ferramenta a usinagem será realizada. Automaticamente, utilizando os comandos G41 ou G42, a
máquina calculará a nova posição nos eixos para que a peça final tenha as dimensões desejadas.
Exemplo:
65
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Observe que a ferramenta invade a peça, resultando em medidas menores do que as desejadas.
66
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
M30
7.2.8.De repetição
As funções de repetição servem para facilitar a programação CNC no sentido de se especificar somente
uma vez um determinado contorno e a quantidade de repetições para que a máquina as execute.
67
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Os ciclos fixos nas máquinas a CNC auxiliam os programadores a otimizarem a programação, fazendo
com que o tempo de programação e o tamanho dos programas sejam menores.
Algumas observações devem ser consideradas durante a programação dos ciclos fixos:
• Para cada ciclo fixo, letras auxiliares são utilizadas para a definição de alguns
parâmetros;
• As letras que auxiliam a programação dos ciclos são utilizadas em diferentes ciclos e
podem não determinar mesmos parâmetros em ciclos diferentes.
7.3.1.Faceamento ou canais e desbaste
Aplicação
O ciclo de faceamento é utilizado quando se deseja retirar material adicional na face da peça ou realizer
canais.
Sequência de execução
Partindo de um diâmetro definido anteriormente ao ciclo (linha anterior à chamada do ciclo), a ferramenta
se desloca em movimentos transversais ao eixo de rotação da peça até um ponto definido no ciclo,
removendo o incremento de corte definido. Ao atingir este ponto, a ferramenta retorna a posição inicial
em movimento rápido. Este passo é repetido “N” vezes até que se obtenha a remoção desejada.
Sintaxe
68
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
¹ Considerar o raio da ferramenta de faceamento para definir este parâmetro. Quanto maior o raio, mais
para o centro da peça a ferramenta deverá ir.
² A fim de facilitar, utilize a seguinte fórmula para definir este parâmetro:
69
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
FANUC:
70
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
%
N10 O0001 (faceamento) - número e comentário
N15 G21 G40 G90 G95 - cabeçalho
N20 G28 U0 W0 - afastamento de segurança
N25 T0707 - troca de ferramenta
N30 G54 - zero peça - origem
N35 G96 S300 M04 - Vcc, Vc e sentido de giro
N40 G92 S4000 - limite de rotação
N45 G0 X64 Z10 - posicionamento para faceamento
N50 G75 X-2.0 Z0 P33000 Q700 R2 F0.15 - ciclo de faceamento e parâmetros
N55 G28 U0 W0 M05 - afastamento de segurança
N60 M30 - fim de programa
%
SIEMENS:
%_N_FACEAMENTO_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N05 G21 G40 G90 G95
N10 G28 U0 W0
N15 T0701
N20 G54
N25 G96 S300 M03
N30 G92 S4000
N35 G0 X64 Z10
N40 G75 X-2.0 Z0 P33000 Q700 R2 F0.15
N45 G28 U0 W0 M05
N50 M30
%
Ciclo de Desbaste
Aplicação
O ciclo de desbaste longitudinal é utilizado quando se deseja retirar o excesso de material do contorno
da peça, respeitando o seu perfil final e deixando sobremetal para posterior acabamento.
Sequência de execução
Partindo de uma matéria prima bruta, a ferramenta irá remover o excesso de material, respeitando o
contorno final da peça em passes sucessivos. Profundidade de corte, avanço, sobremetal nos diâmetros
e comprimentos e afastamento da ferramenta também deverão ser programados no ciclo.
71
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Sintaxe
U___ : sobremetal desejado no diâmetro da peça para acabamento. Este valor será positivo para
usinagens externas e negativo para usinagens internas.
W___ : sobremetal desejado no comprimento da peça para acabamento, este valor será positivo para
usinagens à direita e negativo para usinagens à esquerda.
F____ : avanço da ferramenta [mm/n].
Observações:
• Ao término do ciclo de usinagem, a ferramenta retorna automaticamente ao
ponto inicial de posicionamento, linha anterior à chamada do ciclo.
• O posicionamento deve ser realizado no diâmetro em bruto da peça a ser
usinada, e afastado pelo menos 2 mm da face da peça.
• Ao término do desbaste, a ferramenta realiza um passe de uniformização do
perfil e para realizar o acabamento, deve-se utilizar a função G70 para acabamento.
72
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Exemplo: desbastar externamente peça conforme pontos informados, deixando sobremetal de 1mm nos
diâmetros e 0,20mm nos comprimentos, profundidade de corte de 1mm, 2mm de retração da ferramenta
em cada passe e avanço de 0,20mm/n.
Ponto X Z
1 18 0
2 18 -10
3 32 -10
4 32 -18
5 22 -22
6 22 -26,5
7 40 -35,5
8 40 -44,5
FANUC
%
N10 O0001 (DESBASTE) - número e comentário do programa
N15 G21 G40 G90 G95 - cabeçalho
N20 G28 U0 W0 - posicionamento de segurança
N25 T0202 - ferramenta
N30 G54 - zero peça - origem
N35 G96 S300 M04 - Vcc, Vc e sentido de rotação
N40 G92 S4000 - limite de rotação
N45 G0 X46.5 Z2 - posicionamento rápido
N50 G1 X44 F0,2 - aproximação
N55 G71 U1 R2 - ciclo de desbaste – linha 1
N60 G71 P65 Q110 U1 W.2 F.2 - ciclo de desbaste – linha 2
N65 G0 X18 - primeira linha que define o contorno
N70 G42 - compensação de raio
N75 G1 Z-10 - contorno
N80 G1 X32 - contorno
N85 G1 Z-18 - contorno
N90 G1 X22 Z-22 - contorno
N95 G1 Z-26.5 - contorno
N100 G1 X40 Z-35 - contorno
N105 G1 Z-44.5 - contorno
N110 G1 G40 X44 - cancelamento de compensação
N115 G28 U0 W0 M05 - posicionamento de segurança
N120 M30 - fim de programa
73
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
7.3.2.Acabamento
Aplicação
O ciclo de acabamento ocorre quando se deseja remover o sobremetal deixado na peça pelo ciclo de
desbaste.
Sequência de execução
Sintaxe
Observações:
• As funções F, S e T, especificadas no ciclo G71 (desbaste), continuam ativas. Portanto, o passe
de acabamento será realizado com os valores definidos nestas funções. Para que esses valores
possam ser redefinidos, devem ser inseridos entre os blocos inicial do perfil “P” e final do perfil “Q”.
• Ao ser inserida a função G70 no término dos blocos de programação G71, ela realiza a
usinagem do perfil com a mesma ferramenta programada nestas funções. Então, para que se possa
substituir a ferramenta por uma exclusiva de acabamento, deve-se gerar o afastamento, efetuar a
troca, e realizar o posicionamento para, assim, ativar a função G70.
• Ao término do ciclo de usinagem, a ferramenta retorna automaticamente ao ponto inicial de
posicionamento.
• Se for necessário trocar a ferramenta para acabar, deve-se realizar novamente o posicionamento
da ferramenta, pois ao término da usinagem ele retornará nesse posicionamento.
74
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FANUC
%
N10 O0001 (DESBASTE) - número e comentário do programa
N15 G21 G40 G90 G95 - cabeçalho
N20 G28 U0 W0 - posicionamento de segurança
N25 T0202 - ferramenta
N30 G54 - zero peça - origem
N35 G96 S300 M04 - Vcc, Vc e sentido de rotação
N40 G92 S4000 - limite de rotação
N45 G0 X46.5 Z2 - posicionamento rápido
N50 G1 X44 F0,2 - aproximação
N55 G71 U1 R2 - ciclo de desbaste – linha 1
N60 G71 P65 Q110 U1 W.2 F.2 - ciclo de desbaste – linha 2
N65 G0 X18 - primeira linha que define o contorno
N70 G42 - compensação de raio
N75 G1 Z-10 - contorno
N80 G1 X32 - contorno
N85 G1 Z-18 - contorno
N90 G1 X22 Z-22 - contorno
N95 G1 Z-26.5 - contorno
N100 G1 X40 Z-35 - contorno
N105 G1 Z-44.5 - contorno
N110 G1 G40 X44 - cancelamento de compensação
N115 G70 P65 Q110 F0,1 - ciclo de acabamento
N120 G28 U0 W0 M05 - posicionamento de segurança
75
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
SIEMENS:
%_N_DESBASTE_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N15 G21 G40 G90 G95
N20 G53 X200 Z500 T00
N25 T0201
N30 G54
N35 G96 S300 M04
N40 G92 S4000
N45 G0 X46.5 Z2
N50 G1 X44 F0,2
N55 G71 U1 R2
N60 G71 P65 Q110 U1 W.2 F.2
N65 G0 X18
N70 G42
N75 G1 Z-10
N80 G1 X32
N85 G1 Z-18
N90 G1 X22 Z-22
N95G1 Z-26.5
N100 G1 X40 Z-35
N105 G1 Z-44.5
N110 G1 G40 X44
N115 G53 X200 Z500 T00 M05 M09
N120 M30
%
7.3.3.Furação
Dentre os ciclos de furação, os mais utilizados são os de furos de centro (81) e furação profunda
(83).
76
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(A,B,C,D,E)
Plano de retorno após furação
Plano de referência
Plano inicial de furação
Profundidade final
Tempo de espera na profundidade final
(A,B,C,D,E,F)
Plano de retorno após furação
Plano de referência
Plano inicial de furação
Profundidade final
Incremento de furação
Tempo de espera na profundidade final
7.3.4.Roscamento
Aplicação
O ciclo de roscamento automático é utilizado em programas de peças que tenham roscas externas ou
internas, paralelas ou cônicas, simples ou de múltiplas entradas.
Sequência de execução
Com algumas informações calculadas e informadas nos parâmetros do ciclo, a ferramenta irá executar
roscas externas ou internas em múltiplos passes.
Sintaxe
77
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
A função G76 é um ciclo de rosqueamento automático, que permite a programação de roscas cônicas e
ou paralelas, determinando prufundidade de corte e profundidade do último passe da rosca. Usando este
ciclo, pode-se realizar roscas com múltiplas entradas.
A função G76 deve ser programada em duas sentenças (linhas) subsequentes, sendo que o primeiro
bloco de programação deve conter:
m= numero de repetições do último passe. s= saída angular da rosca, = (r X 10) / passo, onde: r –
comprimento da saída angular.
a= ângulo da ferramenta (0°, 29°, 30°, 55° e 60°)
Q= valor mínimo da profudidade de corte, inserido no raio em milésimo de milímetro.
R= valor da profundidade do último passe (raio).
G76 X__ Z__ R__ P__ Q __ F__ ; sendo:
X= diâmetro final da rosca.
Z= comprimento final da rosca.
R= valor da conicidade incremental no eixo “X”, inserido no raio, sendo positivo para usinagem externa e
negativo para usinagem interna.
P= altura do filete da rosca, valor inserido no raio, em milésimo de milímetro.
Q= profundidade de corte do 1° passe, valor inserid o no raio, em milésimo de milímetro.
F= passo da rosca.
Observações:
• Ao término do ciclo de rosqueamento, a ferramenta retorna automaticamente ao
ponto inicial de posicionamento.
• Deve-se utilizar a função G97 no ciclo de rosquemanto para que o RPM
permaneça constante.
Cálculos para rosqueamento
78
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
P = 0.975 mm X = 28.05 mm
3°) Profundidade do primeiro passe (Q): Obs: No e xe mplo, cálculo para 10 passadas
A função G84 é um ciclo de rosqueamento com macho rígido, que possibilita a abertura de roscas
(direita e esquerda) sem utilizar suporte flutuante.
A função G83 deve ser programada em uma sentença (linha) e a programação deve conter:
Observações:
• Ao término do ciclo de usinagem, a ferramenta retorna automaticamente ao ponto inicial de
posicionamento, invertendo automaticamente a rotação para saída do macho.
• Para usinar uma rosca esquerda deve-se usar um macho para rosca esquerda e inverter a
rotação de M03 para M04.
7.3.5.Cavidades
Assim como os demais ciclos, os ciclos de cavidades facilitam a programação de peças no centro de
usinagem. Porém, nem todos os comandos possuem ciclos fixos para cavidades.
Para a programação de cavidades em ciclos, os parâmetros abaixo devem ser preenchidos e a chamada
no programa deste ciclo dependerá, então, do comando de máquina que estará disponível.
• Comprimento da cavidade
• Largura da cavidade
• Profundidade da cavidade
• Incremento em Z para usinar a cavidade
• Raio de canto
79
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
• Posição inicial em X
• Posição inicial em Y
• Quantidade de passes de acabamento
7.3.6.Mandrilamento
Mandrilamento é uma operação de usinagem que permite a abertura de furos em peças com tolerâncias
dimensionais e geométricas estreitas, utilizando uma ferramenta chamada mandril, barra de mandrilar ou
cabeçote mandrilador.
A função G85 é um ciclo de mandrilamento, que possibilita a abertura de um furo, mantendo a precisão
fornecida pelo mandril em apenas uma sentença de programação.
A função G85 deve ser programada em uma sentença (linha) e programação deve conter:
G85 Z__ F__ ; sendo:
Observações:
• Ao término do ciclo de usinagem, a ferramenta retorna automaticamente ao ponto inicial de
posicionamento.
• O avanço de retorno da ferramenta é o dobro do avanço programado.
80
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
7.4.1.Funções Preparatórias
Os dados para usinagem são informados ao cnc por meio de programas. Esses programas são
compostos por um conjunto de códigos alfanuméricos, dentre eles os códigos G, que também são
chamados de funções preparatórias.
A seguir são apresentadas algumas das funções mais comuns com referência nos manuais de
programação das linhas FANUC-0i e Mitsubishi M700/70, para centros de usinagem. Para maiores
detalhes sobre as funções apresentadas aqui, ou outros recursos de programação, é
recomendado uma consulta aos manuais de referência.
Modal: códigos G, uma vez programados, permanecerão ativos até que outro código G do mesmo
grupo seja programado.
Não modal: código G que permanece ativo apenas no bloco em que está programado. Códigos
G que estão ativos após ligar o comando ou finalizar o programa são chamados comandos pré-
ativados. Eles não precisam ser programados a menos que sejam substituídos por um código G
do mesmo grupo.
Exemplo:
N10 G01 X200 F500;
N20 Y55;
N30 X30;
N40 G00 Z150;
O código G01 permanece ativo do bloco N10 até o bloco N30.
No bloco N40 ele é cancelado pelo código G00, pois ambos pertencem ao Grupo 01.
81
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Abaixo encontra-se uma tabela com os códigos G aplicáveis em grande parte das máquinas que
trabalhan com linguagem ISO.
CÓDIGO GRUPO DESCRIÇÃO
G00* 01 Posicionamento Rápido
G01 01 Interpolação Linear
G02 01 Interpolação Circular no Sentido Horário
G03 01 Interpolação Circular no Sentido Anti-Horário
G04 00 Tempo de permanência (Dwell)
G10 00 Entrada de Dados
G11 00 Cancela Entrada de Dados
G15* 17 Cancela Sistema de Coordenadas Polares
G16 17 Ativa Sistema de Coordenadas Polares
G17* 02 Seleciona o Plano de Trabalho "XY"
G18 02 Seleciona o Plano de Trabalho "XZ"
G19 02 Seleciona o Plano de Trabalho "YZ"
G20 06 Entrada de Dados em Polegadas
G21* 06 Entrada de Dados em Milímetros
G28 00 Retorna o Eixo Programado para o Ponto de Referência (Machine
G40* 07 Cancela a Compensação de Raio de Ferramenta
G41 07 Ativa a Compensação de Raio de Ferramenta (à esquerda do perfil)
G42 07 Ativa a Compensação de Raio de Ferramenta (à direita do perfil)
G43 08 Ativa a Compensação do Comprimento da Ferramenta (direção +)
G44 08 Ativa a Compensação do Comprimento da Ferramenta (direção -)
G49* 08 Cancela Compensação de Comprimento de Ferramenta
G50.1 18 Cancela Imagem de Espelho
*
G51.1 18 Ativa Imagem de Espelho
G52 00 Sistema de Coordenadas Local (Mudança de Ponto Zero)
G53 00 Sistema de Coordenadas de Máquina
G54* 14 1° Sistema de Coordenada de Trabalho
G55 14 2° Sistema de Coordenada de Trabalho
G56 14 3° Sistema de Coordenada de Trabalho
G57 14 4° Sistema de Coordenada de Trabalho
G58 14 5° Sistema de Coordenada de Trabalho
G59 14 6° Sistema de Coordenada de Trabalho
G54.1 P 14 7° Sistema de Coordenada de Trabalho (G54.1 P1) ao 54º (G54.1
G65 00 P48)
Chamada de Macro
G66 12 Chamada Modal de Macro
G67* 12 Cancela Chamada Modal de Macro
G68 16 Rotação do Sistema de Coordenadas
G69* 16 Cancela Rotação Sistema de Coordenadas
G73 09 Ciclo de Furação com Quebra de Cavaco
82
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
83
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
7.4.3.Funções Miscelâneas
Os comandos M são funções de alternância ou adicionais que podem ficar sozinhos ou com outro
comando em um bloco de programa. Porém, a quantidade de códigos M comandados em um
mesmo bloco é limitada, dependendo da versão do CNC ou da configuração dos parâmetros
correspondentes. Comandos de um mesmo grupo cancelam um ao outro. Assim, o último
comando M programado cancela o anterior do mesmo grupo.
NOTAS:
- Para o funcionamento correto das funções programadas, consulte o manual da
máquina, pois pode haver variações de acordo com o fabricante, modelo da máquina
ou versão do comando.
- Quando uma função M for programada junto de um movimento, no mesmo bloco,
duas situações são possíveis, dependendo da configuração paramétrica da máquina:
1) A função M é executada após o movimento comandado;
84
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Exemplo:
N110 G90 G00 X150 Y100 Z150; N200 G91 G00 X-270 Y300 Z150;
OU
N120 G90 G00 X-120 Y200 Z300;
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Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Exemplo:
NOTAS:
1. Qualquer comando G (de G72 a G89) que fazem parte do grupo 09 será cancelado
(assume a função G80) quando a função G00 for programada;
2. Alguns comandos de CNC assumem a função G00 quando “G” for programado sem
nenhum valor em sequência. (Exemplo: Mitsubishi M70);
3. As funções do grupo 09 são canceladas pela função G01;
4. Se não for comandado nenhum valor para “F” no primeiro bloco do programa com
G01, o programa resulta em erro;
5. Uma vez que a função G01 é ativa, os próximos comandos também forem G01 e não
houver mudança no avanço de corte, apenas é necessário que se especifique as
coordenadas de destino do movimento.
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Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
https://cad.cursosguru.com.br/funcoes-de-selecao-do-plano-de-trabalho/
Onde:
G02 = Interpolação circular no sentido horário;
G03 = Interpolação circular no sentido anti-horário;
X = Posição final do arco no eixo X;
Y = Posição final do arco no eixo Y;
Z = Posição final do arco no eixo Z;
I = Distância incremental do início ao centro do arco no eixo X;
J = Distância incremental do início ao centro do arco no eixo Y;
K = Distância incremental do início ao centro do arco no eixo Z;
R = Raio do arco (Negativo para arco maior que 180°);
F = Avanço de corte ao longo do arco;
87
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Exemplos de programação:
NOTAS:
1. Quando um arco exceder 180°, o valor do raio dev e ser especificado com valor
negativo;
2. Quando as coordenadas XYZ forem omitidas, então o ponto final será no próprio ponto
de partida;
3. Quando o ponto final for igual ao ponto de partida e o centro do arco for especificado
com os endereços IJK, então um arco de 360° será ge rado;
4. Quando as coordenadas XYZ forem omitidas e for especificado um valor “R”, a
ferramenta não se move;
5. A definição de horário ou anti-horário é visualizada a partir do valor positivo para o
negativo, no eixo que não faz parte do plano de trabalho selecionado;
6. Os valores inseridos nos endereços I, J, ou K serão sempre incrementais,
independente das funções G90 e G91;
88
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
As funções de interpolação circular podem também ser usadas para fresar em movimentos
espirais, gerando hélices perpendiculares ao plano de trabalho selecionado.
Exemplos de programação
As funções (,R) e (,C) são recursos que facilitam a programação de cantos (vértices) chanfrados
ou arredondados na linguagem ISO, por ser de fácil programação e grande aplicação.
Considera-se um vértice imaginário na programação das funções de chanfro e arredondamento
de canto, são sendo necessária a utilização das funções G02/G03.
89
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Exemplo de programação
Num bloco de dimensões 100 x 80 mm, necessitamos usinar raios nos cantos (vértices) na
medida de 10mm.
90
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
(Sem compensação de raio) N122 G03 X5. Y35. J20.; N144 G01 Y16.;
N100 G17 G21 G40 G80 G90 N124 G01 Y42.515; N146 G02 X84. Y5. I-11.;
G94; N126 G02 X8.222 Y50.293 N148 G01 X16.;
N102 T1 M06; I11.; N150 G02 X5. Y16. J11.;
N104 S5000 M03; N128 G01 X19.707 Y61.778; N152 G01 Y35.;
N106 G54; N130 G02 X27.485 Y65. N154 G03 X-15. Y55. I-20.;
N108 M08; I7.778 J-7.778; N156 G01 X-16.;
N110 G00 X-16. Y15.; N132 G01 X59.; N158 G00 Z15.;
N112 G43 Z15. H01; N134 G02 X70. Y54. J-11.; N160 M09;
N114 Z5.; N136 G01 Y46.; N162 G28 G91 Z0.;
N116 G01 Z1. F333.; N138 G03 X71. Y45. I1.; N164 G90;
N118 Z-8.; N140 G01 X84.; N166 M30;
N120 X-15. F1000.; N142 G02 X95. Y34. J-11.;
91
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
NOTAS:
1. O plano de trabalho (G17, G18 ou G19) deve ser definido antes de se programar a
compensação de raio;
2. A compensação é válida apenas durante a usinagem com as funções G00, G01, G02 e
G03;
3. Os posicionamentos inicial e final da compensação de raio da ferramenta podem ser
executados apenas pelas funções G00 ou G01;
4. O valor a ser inserido na página de corretor de ferramentas pode ser o raio ou o
diâmetro da fresa, dependendo da configuração da máquina;
5. O posicionamento inicial e final da compensação de raio da ferramenta deve ser feito
com uma distância igual ou maior ao raio que será compensado, evitando
deslocamentos indesejados;
6. Se um plano de trabalho for definido durante a execução do programa com
compensação, um alarme é gerado e a execução é interrompida.
92
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Ou
As funções de repetição servem para facilitar a programação CNC. Quando uma sequência de
programa se repete ou segue um padrão, este pode ser utilizado como um subprograma e
executado n vezes a partir da função M98.
A função M98 inicia a execução do subprograma até que outro desvio para um outro nível seja
encontrado ou até o final do subprograma (identificado por M99). O retorno ao programa
principal se dá no bloco seguinte à chamada de subprograma, ou ao bloco desigado por P, na
função M99.
93
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Sequência de execução: (Principal) → (sub n°1010) → (sub n°1010) → (Principal) → (sub n°1010)
NOTAS:
1. Para o formato de execução de subprogramas em outros comandos de CNC,
consulte o manual específico, pois a sintaxe e endereços dos comandos varia de
acordo com o fabricante;
2. No comando MITSUBISHI: O endereço P pode ser alterado por <”nome”> quando o
programa não for identificado por números;
3. No comando MITSUBISHI: Se o endereço H for omitido, o subprograma é executado a
partir do primeiro bloco;
4. No comando MITSUBISHI: Se o endereço L for omitido, será executado o equivalente
a L1, o comando L0 é inválido;
5. No comando MITSUBISHI: O endereço D pode ser omitido se o subprograma se
encontra na memória da máquina. Os valores aceitos para D vão de 1 a 4 e podem ser
configurados via parâmetros.
6. Durante a execução de subprogramas, as funções modais continuam ativas e podem
ser desativadas ou reativadas através dos diferentes níveis, sem distinção entre
programa e subprograma;
7. O número de subníveis permitidos varia de acordo com cada fabricante;
8. A função M99 pode se executada em um programa principal, retorna a execução ao
primeiro bloco, iniciando um ‘loop’.
94
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Algumas observações devem ser consideradas durante a programação dos ciclos fixos:
Para cada ciclo fixo, letras auxiliares são utilizadas para a definição de alguns parâmetros;
As letras que auxiliam a programação dos ciclos são utilizadas em diferentes ciclos e podem não
determinar mesmos parâmetros em ciclos diferentes;
NOTAS:
1. Para a execução de mais de um furo, programe apenas os endereços X e Y nos
blocos subsequentes;
2. Finalize o ciclo com a função G80 em um bloco seguinte;
3. As funções G98 ou G99 podem ser programadas no mesmo bloco da chamada
do ciclo, antes da função G81;
95
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
96
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Onde:
X e Y – posicionamento para furação;
Z – Profundidade final do furo;
R – Plano de posicionamento para inicio da furação (se ativo G99);
F – Avanço de corte (Igual ao passo da rosca, de acordo com G94 ou G95);
P – Tempo de espera na base do furo (Dwell);
MITSUBISHI Programming Manual 700/70 Series – IB1500072
97
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
NOTAS:
1. Se o avanço de corte da ferramenta estiver em mm/min (G94) o valor de
avanço para o ciclo deve ser calculado para permitir o sincronismo com o
avanço da rosca;
2. Para a execução de mais de um furo, programe apenas os endereços X e Y nos
blocos subsequentes;
3. Finalize o ciclo com a função G80 em um bloco seguinte;
4. As funções G98 ou G99 podem ser programadas no mesmo bloco da chamada
do ciclo, antes da função G82;
Onde:
X e Y – posicionamento para furação;
Z – Profundidade final do furo;
R – Plano de posicionamento para inicio da furação (se ativo G99);
F – Avanço de corte (Igual ao passo da rosca, de acordo com G94 ou G95);
NOTAS:
1. Devido ao seu retorno em avanço programado, este ciclo pode ser aplicado
com alargadores;
2. Para a execução de mais de um furo, programe apenas os endereços X e Y nos
blocos subsequentes;
3. Finalize o ciclo com a função G80 em um bloco seguinte;
4. As funções G98 ou G99 podem ser programadas no mesmo bloco da chamada
do ciclo, antes da função G82;
98
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Onde:
X e Y – posicionamento para furação;
Z – Profundidade final do furo;
R – Plano de posicionamento para inicio da furação (se ativo G99);
I – Deslocamento da ferramenta no eixo X antes do corte;
J – Deslocamento da ferramenta do eixo Y antes do corte;
F – Avanço de corte (Igual ao passo da rosca, de acordo com G94 ou G95);
NOTAS:
1. O deslocamento da ferramenta é feito na direção oposta da aresta de corte e
pode ser ajustada durante a montagem, orientada ao M19;
2. O deslocamento antes do corte é realizado com taxa de avanço F;
3. A quantidade de deslocamento pode ser descrita por Q ao invés de IJK, de
acordo com os parâmetros da máquina;
4. Para a execução de mais de um furo, programe apenas os endereços X e Y nos
blocos subsequentes;
5. Finalize o ciclo com a função G80 em um bloco seguinte;
6. As funções G98 ou G99 podem ser programadas no mesmo bloco da chamada
do ciclo, antes da função G82;
99
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
8. Preparação e operação de
máquinas
Este capítulo trata das funções e modos de operação das máquinas a CNC e seu funcionamento. Vale
lembrar que, devido à grande diversidade de fabricantes e comandos, para operá-las, a melhor maneira é
a consulta aos manuais do fabricante.
8.1. Referenciamento
8.1.1.Eixos
Referenciar uma máquina a CNC é mover os seus eixos até uma posição inicial pré definida.
O ponto zero máquina é a referência principal de uma máquina a CNC. É a posição absoluta dos
eixos, ou seja, se compararmos com uma rodovia, é o quilômetro zero.
Para que a máquina entenda a localização do ponto inicial de onde partiram as coordenadas feitas
no programa CNC (G54 a G59), é preciso indicá-lo fisicamente na máquina. Este ponto fica
gravado na memória da máquina enquanto não seja feito um novo ponto zero peça, ou seja,
enquanto não seja necessário usinar outra peça diferente.
Este ponto zero peça nada mais é que a distância do zero máquina até o ponto inicial de onde
partiram as coordenadas da peça.
Para que a máquina entenda os deslocamentos de aproximação até a peça, é necessário informar
o comprimento da ferramenta com a maior precisão possível para que não ocorram colisões e as
peças não tenham suas dimensões alteradas.
100
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Editar o programa na máquina serve para digitá-lo manualmente ou ainda fazer pequenas correções
de trajetória da ferramenta.
Para evitar possíveis danos decorrentes de digitação ou zeramento errados, as máquinas possuem
simulação de trajetória ou contorno dos programas.
8.3.1.Gráfica
8.3.2.Teste rápido
O teste rápido permite ao operador verificar se existem erros de sintaxe, ou seja, se o programa
está escrito com todos os códigos de programação de forma correta.
Uma boa fixação das peças nas máquinas a CNC garante principalmente boa estabilidade na
usinagem, conferindo, assim, bons acabamentos e ótimos rendimentos da ferramenta.
8.4.1.Dispositivos
Para que a fixação das peças seja a mais eficiente possível, independente de sua geometria, criar
dispositivos é um recurso muito utilizado na indústria da usinagem.
8.4.2.Morsa
No centro de usinagem, assim como nas fresadoras convencionais, o meio mais comum de fixação
de peças simples é a morsa. Porém, a recomendação é de se observar os esforços sofridos e
optar, quando possível, por morsa hidráulica.
8.4.3.Castanhas
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Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
As castanhas são os principais acessórios para fixação de peças nos tornos a CNC e podem ser
duras, quando fixam matérias prima, ou moles,quando fixam superfícies já usinadas para que não
fiquem com acabamento ou geometria comprometidos.
As ferramentas são um dos principais responsáveis pelo tempo de usinagem, acabamento e precisão
das peças. Sendo assim, o balanço mínimo deverá ser obedecido, ou seja, ao montar as ferramentas
nas máquinas, manter os comprimentos destas ferramentas com o menor comprimento possível.
Grandes balanços prejudicam as peças.
Os eixos das máquinas a CNC podem ser movimentados sem que haja um programa CNC em
execução. Este modo de operação da máquina pode ocorrer de formas diferentes.
8.6.1.Modo contínuo
A movimentação dos eixos em modo contínuo ocorre quando a direção é acionada para que os
eixos se movimentem. Não há preocupação com os valores de deslocamento.
8.6.2.Modo incremental
A movimentação dos eixos em modo incremental ocorre quando a direção é acionada para que
os eixos se movimentem e é informado algum valor para este deslocamento.
8.6.3.Manivela eletrônica
Para avanços pequenos e precisos, as máquinas a CNC possuem a manivela eletrônica, que
permite este tipo de deslocamento. Em algumas máquinas, este volante eletrônico é móvel,
permitindo ao operador que o execute bem próximo à peça, de forma que este possa ser
observado de perto.
Esta função permite executar sentenças simples de um programa CNC como, por exemplo, a troca de
ferramentas ou a verificação de zeramento.
102
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
8.9. Contínuo
Recomenda-se utilizar o modo contínuo sempre após a usinagem da primeira peça e a verificação se
todos os passos anteriores foram seguidos corretamente. Neste modo de operação, o programa é
executado sem interrupção por parte da máquina.
8.9.1.Bloco a bloco
Este é o modo de operação recomendado para a execução da primeira peça. Neste modo, e com
o auxílio do potenciômetro de avanço, a máquina irá executar somente uma linha do programa de
cada vez, permitindo ao operador verificar possíveis erros.
As ferramentas sofrem desgastes durante a usinagem e, para a correção destes valores, é necessário
aproximar ou retrair a ferramenta em relação à peça. As máquinas s CNC possuem um sistema de
correção destes valores.
103
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Devido a certa complexidade na localização e no cálculo de pontos de uma peça, é necessário utilizar
algum software de programação CNC. Existem vários no mercado. Porém, sua escolha deve ser realizada
mediante análise de alguns fatores importantes:
• Necessidade.
• Complexidade.
• Interação com outros softwares.
• Gerenciamento de todo o ambiente da máquina.
• Preço.
Invariavelmente os softwares de programação CNC seguem uma sequência lógica para sua utilização.
Abaixo descreveremos esta sequência:
Quando já se tem um desenho de outro software (AutoCad, por exemplo), podemos utilizar este
arquivo para a área de programação do software de programação CNC. Além disso, diversas
extensões de arquivo podem ser importadas, não havendo necessidade de redesenhá-las.
Quando não exister um arquivo de desenho, as peças a serem programadas deverão ser desenhadas
e, em vários casos, modeladas, ou seja, transformadas em sólidos 3D para facilitar a programação.
Após toda a definição do processo feito na etapa anterior, é necessário gerar os códigos NC, ou seja,
traduzir tudo o que foi feito no software para a linguagem do comando CNC da máquina disponível.
104
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
A transmissão dos códigos gerados no software CNC para a máquina pode acontecer de formas
diferentes: transmissão via cabo, transmissão via cartão de memória, transmissão wireless,
transmissão por rede, transmissão via dispositivo USB ou, ainda, digitando manualmente, o que é o
processo mais demorado e menos utilizado.
O armazenamento dos programas gerados no software pode ser feito em dispositivos destinados para
este fim (HD, memória do computador, rede etc.) ou, ainda, na própria máquina. Porém, como
normalmente são muito extensos, consomem muita memória da máquina sendo que, em alguns casos,
devido ao tamanho do arquivo, não são passíveis de armazenamento.
9.7. Simulador
Didaticamente, um excelente recurso são os simuladores CNC, pois permitem realizar virtualmente
todos os passos de programação e operação das máquinas.
105
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
10.1. Pastilhas
As pastilhas são produzidas pela tecnologia conhecida como metalurgia do pó ou sinterização, no qual
alguns elementos (TiC – carboneto de Titânio, TaC – Carboneto de Tântalo, WC – Carboneto de
Tungstênio e Co – Cobalto) são misturados em forma de micro grãos e levados ao forno a uma
temperatura de aproximadamente 800°C. O Cobalto, qu e tem papel aglomerante, se funde, unindo os
demais materiais que ainda estão em estado sólido.
O material resultante desta sinterização é o metal duro que, dependendo da proporção dos seus
elementos, pode ter elevada dureza ou elevada tenacidade, propriedades importantes no desempenho
das ferramentas de corte nas diversas aplicações.
+ Tenacidade +Dureza
+ Resistência + Frágil
ao desgaste
Cada fabricante de pastilhas de metal duro tem suas classes definidas e recomendadas para os
diversos tipos de usinagem. A proporção de cada material componente do metal duro é o segredo de
cada um destes fabricantes para ser referência no mercado.
Após a sinterização, para aumentar a resistência ao desgaste por abrasão, as pastilhas podem passar
por processos químicos ou físicos de revestimento de superfície, chamados de cobertura. Estas
coberturas são microcamadas de materiais que resistem à abrasão e às altas temperaturas durante o
corte dos diversos materiais. As principais coberturas são de TiC – Carboneto de Titânio, Al2O3 –
Óxido de Alumínio e TiN – Nitreto de Alumínio.
10.1.1. Classe
A primeira observação a ser feita ao escolher uma ferramenta para usinagem é a classe e a
pergunta a ser respondida é: Devo selecionar uma classe mais dura ou mais tenaz para atender
às exigências das características da usinagem da minha peça? Para isto, devemos entender um
pouco da classificação dos materiais no sistema ISO.
106
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
Na classificação de materiais segundo norma ISO, temos uma gama de materiais conforme tabela
abaixo:
Grupo N (cor verde) Materiais não Ferrosos - Controle de cavacos relativamente fácil
Entende-se por geometria das pastilhas como sendo as características físicas (desenhos) na sua
face de forma a facilitar o controle de cavacos. Visualmente, podemos observar que, para
diferentes aplicações e materiais os desenhos na face são diferentes.
107
Informação Tecnológica – Usinagem em máquinas a CNC
10.1.3. Codificação
A codificação de pastilhas de metal duro está definida na norma ISO e é determinada da seguinte
forma: o código compreende nove símbolos para designar as dimensões e outras características
de pastilhas intercambiáveis; os sete primeiros símbolos devem ser utilizados em todas as
designações. O últimos ou os dois últimos símbolos podem ser usados quando necessário ou,
ainda, podem conter informações específicas de cada fabricante quanto às classes e às
geometrias.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
C N M G 12 06 08 XX XXXX
Como já foi visto anteriormente, o tempo da fabricação das peças depende diretamente das
pastilhas escolhidas, pois os parâmetros de corte definem este tempo de fabricação.
Dos vários parâmetros de corte das ferramentas, os principais são: velocidade de corte (m/min),
avanço da aresta (mm/z ou mm/n) e profundidade de corte – Ap (mm). Estão todos contidas nos
catálogos dos fabricantes de pastilhas.
Ao contrário do que parece, a vida útil de uma ferramenta de corte fabricada em metal duro pode
ser prevista se forem utilizados os parâmetros de corte corretos e escolhida a pastilha correta para
cada tipo de aplicação. Porém, em casos que há variações em um ou mais elementos da usinagem
(dureza ou composição química da matéria prima), máquina ou mudança de processo, a
ferramenta pode sofrer danos prematuros.
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Para melhor entender os danos sofridos pelas ferramentas durante a usinagem de peças e
possibilitar a otimização de seu uso, os desgastes podem ser classificados como:
Desgaste de flanco
Ocorre devido à abrasão, causada por constituintes duros no material da peça na ferramenta.
Craterização
Ocorre devido à reação química entre o material da peça e a ferramenta de corte, e, em excesso,
enfraquece a aresta de corte e pode levar à quebra.
É causada por solda por pressão do cavaco na pastilha. É mais comum na usinagem de materiais
pastosos como aços com baixo teor de carbono, aços inoxidáveis e alumínio.
É caracterizado por dano excessivo localizado na linha da profundidade de corte. É um tipo comum
de desgaste ao usinar aços inoxidáveis e HRSA.
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Deformação plástica
A deformação plástica ocorre quando o material da ferramenta é amolecido. Isto acontece quando
a temperatura de corte está muito alta para uma determinada classe de pastilha.
Trincas térmicas
Quando a temperatura na aresta de corte muda rapidamente de quente para frio, várias trincas
podem surgir. São comuns em operações de fresamento e agravadas pelo uso de refrigerante.
Entende-se por sistema de fixação nas máquinas a CNC, o conjunto suporte (porta – ferramentas)
e fixadores que vão ser presos ao eixo principal ou à torre da máquina. Estes sistemas de fixação
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podem ser cones (porta pinças, tipo weldon, capto, hsk, adaptadores etc.) e influenciam
diretamente na usinagem, pois permitem ou não estabilidade ao processo de corte, evitando
vibrações.
Mesmo para as fixações padrão dos fabricantes de máquina a CNC, existem adaptadores para
converter os originais, conferindo assim, a redução de vibração, ruídos e melhoria no corte,
aumentando a vida da ferramenta e melhorando consideravelmente o acabamento.
Os porta ferramentas para torneamento nas máquinas a CNC são fabricados em materiais mais
duros que os utilizados nos tornos convencionais, garantem uma precisão maior de repetibilidade
e um perfeito alojamento das pastilhas, facilitando, assim, a intercambiabilidade entre elas.
No torneamento, a nomenclatura dos suportes segue a norma DIN, que é são utilizada pela maioria
dos fabricantes.
A escolha dos suportes para fresamento em máquinas a CNC é mais complexo por existir mais
opções de fixação nestas máquinas. Porém, é importante entender quais os benefícios fornecidos
por cada um deles antes de definir o uso.
Diferente dos suportes de torneamento, a nomenclatura destes suportes não segue nenhuma
norma, dificultando a sua escolha, substituição ou até mesmo a manutenção.
10.2.3. Codificação
Ferramentas externas
1 2 3 4 5 6 7 8 9
D C L N R 20 20 H 09
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Ferramentas internas
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A 25 T S C L C R 09
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Material elaborado, organizado e revisado para o Curso de Aprendizagem Industrial Mecânico de Usinagem, estruturado com base
na Metodologia SENAI de Educação Profissional: SENAI – DN, Brasília, 2013.
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