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PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS

METAIS
As propriedades mecânicas são alvo da atenção de diversos grupos.

Deve existir uma consistência na maneira segundo a qual são conduzidos os ensaios
e na interpretação dos seus resultados. Essa consistência é obtida com o emprego
de técnicas de ensaio padronizadas.

Sociedades profissionais estabelecem as normas.

Nos Estados Unidos : Sociedade Americana


para Ensaios de Materiais (ASTM-American
Society for Testing and Materials).

Anuário de Padrões da ASTM:


http:/www.astm.org
ASM Handbook, Vol. 8, Mechanical Testing and Evaluation,
ASM International, Materials Park, OH, 2000.

Boyer, H. E. (Editor), Atlas of Stress–Strain Curves, 2nd


edition, ASM International, Materials Park, OH, 2002.

Chandler,H.(Editor),Hardness Testing, 2nd edition, ASM


International, Materials Park, OH, 2000.

Courtney, T. H., Mechanical Behavior of Materials, 2nd


edition, McGraw-Hill Higher Education, Burr Ridge, IL, 2000.

Davis, J. R. (Editor), Tensile Testing, 2nd edition, ASM


International, Materials Park, OH, 2004.
OBJETIVOS:
Compreender como as propriedades
mecânicas são medidas e o que elas
representam.

Formular a lei de Hooke

Determinar Módulo de Elasticidade,


Limite de escoamento, Limite de
resistencia, Ductilidade, Resiliencia,
Tenacidade e Dureza.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Definem o comportamento do material
quando sujeitos à esforços mecânicos, pois
estas estão relacionadas à capacidade do
material de resistir ou transmitir estes
esforços aplicados sem romper e sem se
deformar de forma incontrolável.
Engenharia Estrutural:
Quão forte é um material?

Quanta deformação deve-se


esperar dada uma carga?

Engenharia de Materiais e
Metalurgica vai buscar produzir
esse material.
Principais propriedades mecânicas
• Resistência à tração
• Elasticidade
• Ductilidade
• Fluência
• Fadiga
• Dureza
• Tenacidade,....
Cada uma dessas propriedades está associada à habilidade do material de
resistir às forças mecânicas e/ou de transmiti-las.
Como determinar as propriedades
mecânicas?

Ensaios mecânicos.

Corpos de prova.

Normas técnicas.

Analise Gráfica de dados.


NORMAS TÉCNICAS

Normas técnicas mais comuns:

• ASTM (American Society for Testing


and Materials)

• ABNT (Associação Brasileira de


Normas Técnicas)
TENSÃO E DEFORMAÇÃO

•Tração
•Compressão
•Cisalhamento
•Torção
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
Submete-se o material à uma
carga ou força de tração
crescente, que promove uma
deformação progressiva de
aumento de comprimento.

• NBR-6152 para metais


Ensaios de Tração

Corpo de prova padrão para ensaios de


tração com seção transversal circular.
Dispositivo usado para a realização de
ensaios tensão-deformação de tração
CURVAS TÍPICAS
ENSAIOS DE COMPRESSÃO

Ensaio conduzido de maneira


semelhante à de tração, exceto pelo
fato de que a força é compressiva e o
corpo de prova se contrai ao longo da
direção da tensão.
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA
Dentro de certos limites, a
deformação é proporcional à tensão
(a lei de Hooke é obedecida)
Lei de Hooke:  = E 

A constante E é o módulo de
elasticidade, ou módulo de Young.
Módulo de elasticidade ou Módulo de
Young

E= /  =Kgf/mm2
• É o quociente entre a tensão
aplicada e a deformação A lei de Hooke só
P
elástica resultante. é válida até este
ponto
•Está relacionado com a
rigidez do material ou à
Tg = E
resist. à deformação elástica 

Lei de Hooke:  = E 
O PROCESSO DE DEFORMAÇÃO NO
QUAL A TENSÃO E A DEFORMAÇÃO
SÃO PROPORCIONAIS É CHAMADO
DE DEFORMAÇÃO ELÁSTICA.
MODULO DE ELASTICIDADE DIMINUI COM A
TEMPERATURA.
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA
• Precede à deformação plástica
• É reversível
• Desaparece quando a tensão é removida
• É proporcional à tensão aplicada (obedece
a lei de Hooke)
Elástica
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
• É provocada por tensões que ultrapassam o
limite de elasticidade
• É irreversível; é resultado do deslocamento
permanente dos átomos e portanto não
desaparece quando a tensão é removida

Plástica
ESCOAMENTO E LIMITE DE ESCOAMENTO

σy é chamado limite de escoamento.


O ponto de escoamento começa onde se inicia o afastamento da linearidade na curva
tensão-deformação.
LIMITE DE RESISTÊNCIA A TRAÇÃO.
Corresponde a tensão máxima que pode
ser suportada por uma estrutura sob
tração. Acima desse ponto ocorrerá a
fratura do material.
• Corresponde à tensão máxima
aplicada ao material antes da ruptura

• É calculada dividindo-se a carga


máxima suportada pelo material pela
área de seção reta inicial
Tensão de Ruptura (Kgf/mm²)
O limite de ruptura é geralmente inferior ao
limite de resistência em virtude de que a
área da seção reta para um material dúctil
reduz-se antes da ruptura
EXEMPLO:
Um pedaço de cobre originalmente com 305 mm
(12 in) de comprimento é puxado em tração com
uma tensão de 276 Mpa. Se a sua deformação é
inteiramente elástica, qual será o alongamento
resultante?
Dados: E (cobre)= 110 GPa
Ductilidade
Corresponde ao alongamento total do
material devido à deformação plástica
%alongamento= (lf-lo/lo)x100
É uma médida do grau de deformação
plástica que foi suportado até a fratura.
Um material que apresenta uma deformação
plástica muito pequena ou mesmo nenhuma
deformação plástica até a fratura é chamado
frágil.
Ductilidade expressa como estricção
 Corresponde à redução na área da
seção reta do corpo, imediatamente
antes da ruptura.
 Os materiais dúcteis sofrem grande
redução na área da seção reta antes da
ruptura.
Estricção= área inicial-área final
área inicial
A ductilidade indica ao projetista o grau
ao qual uma estrutura irá se deformar
plasticamente antes de fraturar.

Ela também especifica o grau de


deformação que é permitido durante as
operações de fabricação.
Resiliência
Corresponde à capacidade do material de
absorver energia quando este é deformado
elasticamente
A propriedade associada é dada pelo módulo
de resiliência (Ur).
Resiliência
Materiais resilientes são aqueles que
têm alto limite de escoamento e baixo
módulo de elasticidade (como os
materiais utilizados para molas)
Tenacidade Liga forte e ductil
Corresponde à capacidade do material
de absorver energia até sua ruptura

tenacidade
DUREZA
É A RESISTÊNCIA DE UM MATERIAL A UMA DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA LOCALIZADA. POR EX: A UM RISCO.

NO INÍCIO A MEDIDA ERA BASEADA NA HABILIDADE DE UM


MATERIAL RISCAR O OUTRO MATERIAL MAIS MOLE. VARIAVA
DE 1 PARA O TALCO A 10 PARA O DIAMANTE.

TÉCNICAS QUANTITATIVAS FORAM DESENVOLVIDAS,


BASEADAS EM UM PENETRADOR QUE É FORÇADO CONTRA A
SUPERFÍCIE DE UM MATERIAL A SER TESTADO. A
PROFUNDIDADE DE PENETRAÇÃO É ASSOCIADA A UM
NÚMERO DE DUREZA.
Equipamento de Dureza.
VARIABILIDADE NAS PROPRIEDADES E FATORES
DE PROJETO/SEGURANÇA.

MÉDIA DESVIO PADRÃO


FATORES DE PROJETO/SEGURANÇA

DEVEM SER PERMITIDAS FOLGAS NO PROJETO PARA A


APLICAÇÃO ESPECÍFICA.

TENSÃO DE PROJETO: LIMITE DE


ESCOAMENTO
DIVIDIDO POR UM
N >1 FATOR DE
SEGURANÇA N.
Bibliografia Utilizada:

CALLISTER, Willian Jr. Ciência e engenharia de materiais, uma


introdução. Rio de Janeiro, ed. LTC. Capítulo 6.

James F. Shackelford. Ciência dos Materiais. ed. Pearson.


Capítulo 6.

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