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Ensaio de Tração

Ensaio de Tração
Definição

Consiste na aplicação de carga de


tração uniaxial crescente em um
corpo-de-prova (cdp) até a ruptura.
Normas Técnicas
As normas técnicas mais utilizadas pelos laboratórios de ensaios
provêm das seguintes instituições:

ABNT– Associação Brasileira de Normas Técnicas


ASTM – American Society for Testing and Materials
DIN – Deutsches Institut für Normung
AFNOR – Association Française de Normalisation
BSI– British Standards Institution
ASME – American Society of Mechanical Engineer
ISO – International Organization for Standardization
JIS – Japanese Industrial Standards
SAE – Society of Automotive Engineers
COPANT – Comissão Panamericana de Normas Técnicas
Ensaio de Tração
• NBR-6152
• É o mais amplamente
utilizado.
• Ensaio relativamente
simples e realização
rápida.
• Tem como resultado o
levantamento da curva de
tensão de tração pela
deformação sofrida pelo
cdp.
Sistema Internacional (SI)
Com adoção do Sistema Internacional de Unidades (SI) pelo Brasil, em
1978, a unidade kgf/mm2 foi substituída pelo pascal (Pa). Um múltiplo
dessa unidade, o megapascal (MPa), vem sendo utilizado por um número
crescente de países, inclusive o Brasil.
 
Veja no quadro de conversões a seguir a correspondência entre essas
unidades de medida.

1N = 0,10 2kgf    
1 kgf = 0,454 lb = 9,807 N  
1 MPa = 1N/mm2 = 0,102 kgf/mm2  
1 kgf/mm2 = 1422,27 psi = 9,807 MPa = 9,807 N/mm2
Corpo de Prova
-Seguem as normas técnicas.
-Suas dimensões devem ser adequadas à capacidade da máquina de ensaio.

-Normalmente os corpos de prova tem seção circular ou de seção retangular,


dependendo da forma e tamanho do produto acabado do qual foram retirados

Seção circular

Seção retangular
Corpo de Prova - Fixação
As cabeças são as regiões extremas, que servem para fixar o corpo de prova
à máquina de modo que a força de tração atuante seja axial.

Devem ter seção maior do que a parte útil para que a ruptura do corpo de
prova não ocorra nelas.

Suas dimensões e formas dependem do tipo de fixação à máquina.

Os tipos de fixação mais comuns são:

Cunha Rosca Flange


Cdp – Material Soldado
Determinam apenas o limite de resistência à tração. Isso porque, ao efetuar o
ensaio de tração de um corpo de prova com solda, tensiona-se
simultaneamente dois materiais de propriedades diferentes (metal de base e
metal de solda).
Os valores obtidos no ensaio não representam as propriedades nem de um
nem de outro material, pois umas são afetadas pelas outras.
O limite de resistência à tração também é afetado por esta interação, mas é
determinado mesmo assim para finalidades práticas.
Ensaio de Tração
Um ensaio, duas leituras:

a)Ensaio de tração Convencional,


de engenharia, ou nominal.

b)Ensaio de tração Real


Ensaio de Tração
Convencional
Ensaio de Tração Convencional

Ensaio de Tração Convencional

• Para a definição da tensão e


deformação convencionais,
considera-se uma barra
cilíndrica e uniforme que é
submetida a uma carga
uniaxial crescente.
Ensaio de Tração Convencional

Tensão Convencional
• A tensão convencional, nominal ou
de engenharia c, é dada por:
P c = tensão (Pa)
c 
S0 P = carga aplicada (N)
S 0= seção transversal original (m2)
Ensaio de Tração Convencional

Deformação Convencional
• A deformação convencional ou nominal
(c) é dada por: l  l0 l
c  
l0 l0
c = deformação (adimensional)
l = comprimento de referência (carga zero) (m)
l 0= comprimento inicial de referência (m)
Ensaio de Tração Convencional

Propriedades Avaliadas
Limite de proporcionalidade (p)

Limite elástico (e)



Limite de escoamento (e(0,2%))
máx C
Limite de resistência à tração (máx)
e(0,2%) B
p A
Tensão de ruptura (rup)
D

Deformação na fratura – redução de área


(alongamento/elongação/estricção) (f)
rup
Módulo de Elasticidade (E)

 Módulo de Resiliência (Ur)

Módulo de Tenacidade (UT)


Ensaio de Tração Convencional

Curva do Ensaio Convencional


• Quatro regiões de
comportamento distintos:
• AO – região de
comportamento elástico.
• AB – região de escoamento
de discordâncias.
• BF – região de
comportamento plástico
• BU – região de encruamento uniforme.
• UF – região de encruamento não-
uniforme.

Obs.: O processo de ruptura tem início em U, e é concluído no ponto F.


Ensaio de Tração Convencional

Região de Comportamento Elástico (AO)


• A deformação elástica de um cdp (solicitado-deforma-
retirado-recupera) é dada pela lei de Hooke.

  .
E – módulo de elasticidade ou módulo de Young

• Que descreve uma relação linear entre


tensão e deformação.


máx

B

A
E
• Principais tensões: limite de elasticidade (suporta sem 
A B máx
deformação permanente descarregado) e limite de
proporcionalidade (perde linearidade-ñ lei Hooke)
Ensaio de Tração Convencional

Região de Comportamento Elástico (AO)

Módulo de Elasticidade (E)


(ou módulo de Young)
Fornece uma indicação da rigidez do material (resistir à deformação) e depende
das forças de ligação interatômicas, explicando decréscimo com aumento da
temperatura.

Praticamente não é sensível a modificações estruturais, como tratamentos


térmicos e pequenas adições de elemento de liga.

Na fase elástica, se dividirmos a tensão pela deformação ou alongamento


específico, em qualquer ponto, obteremos sempre um valor constante.
 
Este valor constante é chamado módulo de elasticidade.
 
A expressão matemática dessa relação é: 
E=
Onde: 
E - é a constante que representa o módulo de elasticidade.
Ensaio de Tração Convencional

Região de Comportamento Elástico (AO)


Módulo de Elasticidade (E)
O módulo de elasticidade é a medida da rigidez do material e depende
fundamentalmente das forças de ligação interatômicas.

Quanto maior () for o módulo de Elasticidade, menor () será a


deformação elástica resultante da aplicação de uma tensão e mais
rígido será o material.

 P.l0
E= 
 S 0 .l

Ex.: Eaço é cerca de três vezes maior que para ligas de alumínio, pois ε do
aço é menor que a do alumínio para o mesmo valor de tensão.

Ex.: esta propriedade é muito importante na seleção de materiais para


fabricação de molas.
Ensaio de Tração Convencional

Região de Comportamento Elástico (AO)


• As principais tensões definidas na
região elástica:
 a – limite de elasticidade.
 p – limite de proporcionalidade.
p – limite de proporcionalidade é a máxima
tensão acima da qual o material não mais
obedece à lei de Hooke, isto é, perde-se a
linearidade entre a relação tensão-
deformação.

O limite de elasticidade (ou limite


elástico) - máxima tensão a que uma peça
pode ser submetida sem causar
deformação permanente após a retirada da
carga (descarregado).
Na prática, considera-se que o limite de proporcionalidade e o limite de
elasticidade são coincidentes.
Ensaio de Tração Convencional

Região de Comportamento Elástico (AO)


Módulo de Resiliência (U)
Resiliência é a capacidade de um material absorver energia quando deformado
elasticamente e liberá-la quando descarregado.

É medida pelo módulo de resiliência (Ur), - energia de deformação por unidade


de volume necessária para tensionar o material da tensão zero (origem) até a
tensão do limite de proporcionalidade.
 p . p  p . p  p
2

A expressão matemática dessa relação é: Ur =  


  2 2.E 2.E
Onde:
E - é a constante que representa o módulo de elasticidade.
σp - é o limite de proporcionalidade.
εp - é a deformação do limite de proporcionalidade.
Na prática, o limite de proporcionalidade pode ser substituído pelo limite de
escoamento.
Ensaio de Tração Convencional

Região de Comportamento Elástico (AO)


Módulo de Resiliência (U)
• Um material com baixo módulo
de elasticidade e alto limite de
proporcionalidade, possui um
grande módulo de
resiliência.

• Na prática, é importante para certas


aplicações como no caso de molas
mecânicas feitas em aços diferentes.
Ensaio de Tração Convencional

Região de Comportamento Elástico (AO)


Coeficiente de Poisson ()
• Propriedade dependente de forma
limitada da microestrutura.
• Mede a rigidez na direção perpendicular à
direção de aplicação da carga uniaxial.
• Para a maioria dos metais seu valor se
aproxima de 0,33.
• O valor numérico é dado por (com εx=εy):

x y
  
z z
Ensaio de Tração Convencional

Região de Escoamento (AB)


• Fenômeno que ocorre no início
da fase plástica.
• É um fenômeno localizado, que
se caracteriza por um aumento
relativamente grande na
deformação, acompanhado por
uma pequena variação na
tensão.
• Pode ser nítido ou imperceptível.
• O limite de escoamento (e) é a
máxima tensão atingida nesta região.
Ensaio de Tração Convencional

Região de Escoamento (AB)


• Para casos de escoamento
impercepitível, adota-se, por convenção,
uma deformação padrão que
corresponda ao limite de escoamento,
conhecido como n.

• Para n=0,2%, traça-se uma linha paralela


a região elástica, partido de uma
deformação de 0,002 e e é a interseção
da reta com a curva.

• O valor de n é definido em função do


campo plástico do material: 0,2%
metais(aços), 0,5% cobre e suas ligas e
0,1% ligas metálicas muito duras.
Ensaio de Tração Convencional

Região de Comportamento Plástico (BF)


• O material entra na região plástica,
caracterizada pela presença de
deformações permanentes.
• Para materiais com alta capacidade de
deformação variações relativamente
pequenas na tensão, acompanhadas de
grandes variações na deformação.
• Nesta região, pode-se determinar
uma série de características do
material ensaiado:
 u – limite de resistência à tração – carga
máxima dividida pela área inicial.
Ensaio de Tração Convencional

Região de Comportamento Plástico (BF)


Características
 • Após U inicia a fase de ruptura, com
uma rápida redução local da seção de
máx C
fratura (fenômeno da estricção).
e(0,2%) B
 f – limite de ruptura – última tensão
p A
D suportadaprlo material antes da fratura.
• Alongamento e estricção são medidas da
ductilidade (plasticidade) do material.
rup  l – alongamento – é a diferença entre o
comprimento final e o comprimento inicial
 do cdp (l = lf – l0).

• f – alongamento específico– é o
acréscimo do comprimento do cdp em
relação ao seu comprimento inicial.
Admensional (f = l / l0).
Ensaio de Tração Convencional

Região de Comportamento Plástico (BF)


Limite de Resistência (u)
Após o escoamento ocorre o encruamento.

Entra no campo de deformações permanentes,


e ocorre endurecimento por deformação a frio.

O material resiste cada vez mais à tração


externa, exigindo uma tensão cada vez maior
para se deformar.
Nessa fase, a tensão recomeça a subir, até
atingir um valor máximo num ponto chamado de
limite de resistência (B).

Para calcular o valor do limite de resistência (u), basta aplicar a fórmula:


Pmax
u =
So
Ensaio de Tração Convencional

Região de Comportamento Plástico (BF)


Encruamento

• O aumento da tensão necessária para produzir deslizamento, devido à


deformação plástica prévia do material, é chamado encruamento.

• É causado pela interação entre discordâncias umas com as outras e


com barreiras que impedem seu livre movimento através da rede
cristalina.

• É preciso uma energia cada vez maior para que ocorra essa
movimentação, e, consequentemente deformação plástica, até o limite
onde a fratura tem início.
Ensaio de Tração Convencional

Limite de Ruptura (f )

Continuando a tração, chega-se à ruptura


do material, que ocorre num ponto
chamado limite de ruptura (F).

Note que a tensão no limite de ruptura é


menor que no limite de resistência,
devido à diminuição da área que ocorre
no corpo de prova depois que se atinge a
carga máxima.

Lembre-se que o processo de ruptura tem


início em U, e é concluído no ponto F.
Ensaio de Tração Convencional

Alongamento (l)
• Propriedade fortemente dependente da microestrutura.

• É a diferença entre o comprimento final (lf) e o


comprimento inicial (l0) do cdp, e que é dado por:
l  l f  l 0
Instabilidade plástica e estricção
Concentração da deformação plástica numa região localizada provoca um aumento local da
tensão real, com a ocorrência simultânea de redução de área e alongamento. Deformação
plástica gera encruamento, aumentando a resistência local, passando a ocorrer a
deformação em outro ponto menos resistente e assim sucessivamente, até um limite crítico
onde se esgota a capacidade de encruamento (limite de resistência à tração). A partir daí,
com o aumento da carga, a deformação plástica ocorre sem restrição, promovendo forte
redução de área (estricção), formando um pescoço, até a ruptura. A fratura pode ocorrer
em qualquer momento após atingido o limite de resistência à tração.
Alongamento (l)

Determina a ductilidade do material. O alongamento A é calculado pela expressão:

l f  l0
A .100
l0
O alongamento total A, é calculado pela expressão
acima, juntando da melhor forma possível as duas
partes do corpo de prova fraturado e medindo-se o
valor de lf.

Como são utilizadas aqueles pequenos riscos transversais comuns


nos ensaios de tração?

São as chamadas referências auxiliares.


Estricção
É a redução percentual da área da seção transversal do
corpo de prova na região onde vai se localizar a ruptura.
 
A estricção determina a ductilidade do material.

Quanto maior for a porcentagem de estricção, mais dúctil


será o material.

O coeficiente de estricção ( ) é a diferença entre as seções inicial


(S0) e final (Sf) após a ruptura do cdp, expressa em porcentagem da
seção inicial. S S
 0
S0
f
.100
Relação entre alongamento (próximo à ruptura) e
redução de área: Lf A 1
V0  V f  L0 A0  L f A f   0 
L0 A f 1  
L f  L0 1 
f   1 
L0 1 1 
Tenacidade
• Propriedade fortemente dependente da microestrutura.
• É a capacidade para absorver energia na região até a fratura.
• É quantificada pelo módulo de tenacidade, que a energia absorvida
por unidade de volume, desde o início até a fratura.
• É a área total sob a curva tensão-deformação. Indica a quantidade
de trabalho por unidade de volume que o material pode suportar
sem fraturar.
• É importante em peças que podem estar sujeitas a tensões acima
da e e a fratura não é desejável (engate de vagões de carga,
engrenagens, correntes, ganchos de guindastes, etc.)


Tenacidade
• É quantificada pelo módulo de tenacidade (Ut), que é a energia
absorvida por unidade de volume, desde o início da tração até a fratura.
• Situações extremas. Sem uma expressão analítica que represente a
variação de σ com ε impede o cálculo da área sob a curva (módulo).
• Mas é convencionado internacionalmente o uso das expressões abaixo:

e u
Ut  f
2
2
U t   u f
3

 e  limite de escoamento  u  limite de resistência à tração


Ensaio de Tração
Real
Ensaio Real
• Informação real das características de  e  do
material.
• Baseia-se inteiramente nas dimensões
instantâneas do cdp, que são continuamente
alteradas durante o ensaio.
• A tensão real (r) é dada por:

r = tensão (Pa)
P
r  P = carga aplicada (N)
S S= seção transversal instantânea (m2)
Ensaio Real
• Como se avalia a variação de S em cada instante, a
região plástica fica bem mais caracterizada e a
tensão cresce continuamente até a fratura.

• A deformação real (r) é função da variação infinitesimal


da deformação (válida para uma deformação uniaxial
uniforme, e não no trecho de estricção):
dl l  = deformação real (adimensional)
d r   r  ln
r

l l0
l = comprimento do limite instantâneo (m)

l dl l = comprimento do limite inicial de referência (m)


l 0

r    ln
l0 l l0
0
Ensaio Real
(Região de estricção)
• Para que se possa avaliar a deformação nesta região, não
se pode analisar apenas a direção de aplicação de carga.
• Como o volume permanece constante na região plástica,
desprezando variações elásticas (V=V0):
S.l=S0.l0=constante
dl dS S.dl+l.dS=0  S dS
l

S 0
d   
S0 S
r = deformação real (adimensional)

S S= seção transversal instantânea (pt qq) ou final (m 2)


 r  ln
S0 S 0= seção transversal inicial (m2)
Obs.: é valida para a região plástica, não aplicável na
região elástica, pois o volume não permanece constante
durante a tração no campo elástico
Relação entre Deformações Reais e
Convencionais

l  l0 l l l
c    1 logo :  1   c
l0 l0 l0 l0

S l
como  r  ln  ln   r que é a estricção real, para V=V0
S0 l0
temos

 r  ln(1   c )
Relação entre Tensões Reais e
Convencionais
l S0
 r  ln  ln  ln(1   c ) Limite de resistência real (σrm)
l0 S
Limite de resistência convencional (σcm)
V=Vo (volume constante)
S r 
P Pr S0
logo : S  0
1 c S  rm   rm  ln
S rm S rm
P P
 r   (1   c ) Pr  rm S rm
S S0 como  cm  e e 
P S0 S0
c 
S0
temos  cm   rm .e  rm
 r   c (1   c )
ou  rm   cm .e rm
Relação entre Tensões Reais e
Deformações Reais
• A curva real é traduzida pelas seguintes ralações:
• Na região elástica(OE):  r  E. r

• Na região plástica(EM):  r  k . rn

σr = tensão real (Pa)


r = deformação real (adimensional)
E= módulo de elasticidade ou Young (Pa)
k= coeficiente de resistência-nível que suporta (Pa)
n= coeficiente de encruamento-capacidade distribuir
deformação (adimensional)
Obs.: é valida para a região plástica, não aplicável
na região elástica, pois o volume não permanece
constante durante a tração no campo elástico
Determinação do coeficiente de
encruamento
• A curva real na região plástica(EM) é expressa:

P  S .k . rn

dP  k ( S .n. rn 1d r   rn dS ) dS
como d  
S

dP  k ( S .n. rn 1d r  S rn d r ) no ponto M, P=máx. e dP=0

n 1 n
n rm   rm logo : n   rm
• Assim, o coeficiente de encruamento corresponde à deformação real no
ponto de máxima carga.
Determinação de k e n
• As propriedades mecânicas de um material que tenha sofrido
deformação por meio de um processo de conformação
variam com a direção, que é caracterizada pelo índice de
anisotropia (para um material isotrópico r=1):

log σr= log k +n.log εr

• A condição em que εr = 1, fornece σr=k e a


inclinação da reta do sistema log-log representa o
valor do coeficiente de encruamento.
Índice de Anisotropia
• O coeficiente de resistência (k) e o coeficiente de
encruamento (n) podem ser determinados dispondo
os pontos da equação σr=k.εrn em um gráfico log-log,
que segue a forma de uma reta:

r = índice de anisotropia (adimensional)


 rw
então r  rw = deformação real na largura (adimensional)
 rt
rw = deformação real na largura (adimensional)
Curvas Tensão x Deformação

Relação do comportamento tensão – deformação para algumas ligas metálicas comerciais.


Há uma grande variação nas características das curvas para diferentes materiais.
Normas ASTM para ensaios de tração

Metais Compósitos e fibras Plásticos


(03.01) (15.02) (08.01 e 08.02)
E 8 / E8M D 3039 D 638
E1012 D 3379 D 882
E 517 D 3552
E 345 D 4018
E 1450

Corpos de Prova
comprimento útil
cilíndrico L0
pega

D
r d0
chapa

A0
Máquinas de Ensaio

Mecânica
(controle de deslocamento)
• carregamento irregular
• tração
• favorece escoamento heterogêneo (Tipo IV)
Máquinas de Ensaio
Hidráulica
(controle de carga)

• carregamento regular
• tração / compressão
Máquinas de Ensaio
Servo-hidráulica
(controle de carga e deslocamento)
• carregamento regular
• tração / compressão / fadiga
• controle refinado
Limitações das Equações de tensão-deformação real:

da estricção

Fratura
Escoamento

Início
0 2e

 eng  P A
0

eng  l l
0


real  ln 1  eng 
 real   eng 
 real   eng 1  eng 
A
real  eng real  ln  0 A
Propriedades dos materiais em ensaios de tração:

Categoria Tensão-deformação Tensão-deformação


convencional real

Constantes elásticas E, Et , 


Resistência p , e , máx , f f(real) , K
Ductilidade alongamento, redução de área f(real)
Energia resiliência, tenacidade tenacidade real
Encruamento razão de encruamento, n
máx / e
Limite de proporcionalidade, p
Coeficiente de Poisson, 
Limite de escoamento, e(0,2%) d  d0
 d0
 t  l  l0
Limite de resistência à tração, máx  l l0
Definições: Et
l f  l0
Tensão de ruptura, rup l0
f
e   max
 d  2
f
Deformação na fratura, f =
0

2
 max
 1 2  maxmax  Módulo tangente, Et
Tenacidade, U = 2E
Relações entre dureza e propriedades de tração:

Dureza Vickers e limite de escoamento


HV
e  0,1n
3

Dureza Brinell e limite de resistência à tração


(p/aços médio e baixo carbono)
 max  3,45 HB MPa 

Aspectos de Fratura:

Aspecto Macroscópico

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