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Disciplina:

MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO
MECÂNICA

Prof. Fernando Adam


2024 1
MATERIAIS DE CONST. MEC.
MATERIAIS DE CONST. MEC.
MATERIAIS DE CONST. MEC.
Sólidos
A formação do estado sólido pode ser considerada em termos dos dois tipos de ligações
interatômicas: primária e secundária;

Três tipos de ligações primárias:


Ligações iônica – os sólidos se formam via forças coulombianas atrativas que ocorrem entre
os íons que são espécies eletricamente carregadas formadas por átomos que perderam
(cátions) ou ganharam (ânions) elétrons;
Ligações covalente – os sólidos são formados por um compartilhamento dos elétrons de
valência entre todos os átomos adjacentes;

Ligações metálicas – os sólidos são formados por cátions metálicos


que compartilham seus elétrons de valências entre todos os cátions
adjacentes, formando um “mar de elétrons” que atua como uma
forma de “cola” para manter os núcleos catiônicos juntos
(superando a força repulsiva de carga iguais) normais (formado por
moléculas fortemente polares).
O que são cátions metálicos?

Os cátions apresentam carga positiva, na medida em que perdem um ou mais elétrons


(ionização), resultando, assim, num número de prótons superior em relação ao número de
elétrons.
Sólidos

Dois tipos de ligações secundárias:

Ligações de van der Waals – forças resultantes da atração elétrica não de cargas opostas
como nas ligações iônicas, mas de dipolos elétricos que podem ser: induzidos ou
permanente (formado por moléculas polares)

Ligações de Hidrogênio – são também forças resultantes de atrações de dipolos elétricos, só


que com uma separação de carga muito mais forte do que ocorre nos dipolos elétricos
normais (formado por moléculas fortemente polares). Isto ocorre quando o hidrogênio se
liga covalente a um dos elementos: Oxigênio (O), Flúor (F) ou Nitrogênio (N).
Relação com as Propriedades

Sólidos metálicos:

- bons condutores elétricos e térmicos devido aos elétrons livres;

- ruptura dúctil na temperatura, ou seja, a fratura só ocorre após os materiais


terem sofridos significativos níveis de deformação permanente;

- a ligação pode ser fraca ou forte e conseqüentemente seus pontos de fusão


e ebulição;

- altos coeficientes de expansão térmica


Estrutura dos Sólidos
As propriedades dos materiais estão diretamente relacionados com suas estruturas
cristalinas. Isto é, a maneira como átomos, íons ou moléculas se organizam no espaço.
Um material cristalino é aquele em que os átomos estão organizados de uma forma
ordenada e repetitiva através de longas distâncias atômicas.
Se esta ordem não existe o material é dito não-cristalino ou amorfo.
Berílio e magnésio puros, são muito mais frágeis que prata e ouro puros.
A razão disso está primariamente associada com as diferentes estruturas
cristalinas destes materiais.
Além disso, propriedades bem diferentes são normalmente encontradas entre
materiais cristalinos e não-cristalinos de mesma composição química.
Exemplo de Aplicação de Material Monocristalino: Paletas de superligas
à base de níquel para turbina de alta-pressão em turbinas aeronáuticas.

Paletas de superliga à base de níquel da


turbina de alta pressão.
Célula Unitária
Como existem muitas estruturas cristalinas diferentes possíveis, algumas vezes é
conveniente dividí-las em grupos de acordo com as configurações das células unitárias
e/ou arranjos atômicos.
Sistema de coordenadas xyz com origem em um dos vértices da célula unitária.
A geometria da célula unitária é completamente definida em termos de seis parâmetros:
os comprimentos das três arestas, a, b e c, e os três ângulos entre os eixos: α, β e 

Célula unitária  Paralelepípedo


Sistemas cristalinos
Sistemas cristalinos
Sistemas cristalinos
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS
METAIS
47
Normas para Determinação das
Propriedades
Para determinar as propriedades de um material são realizados ensaios
específicos para cada propriedade.
O procedimento de cada ensaio é descrito em normas
técnicas
nacionais e internacionais tais como:

 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


 ASTM – American Society for Testing and Materials
 ISO – International Standard Organization
 DIN – Deutsche Industrie Normen

A geometria das amostras a serem ensaiadas (corpos de prova) e as condições


técnicas de condução de cada ensaio são descritas nestas normas técnicas.
Importância Tecnológica
• Materiais de Engenharia são selecionados combinando suas propriedades
mecânicas com as especificações de projeto e as condições de
serviço requeridas para o componente.

• O primeiro passo no processo de seleção requer uma análise


aplicação
da do material para determinar suas características mais
importantes: o material deve ser forte, duro ou dúctil? Será
submetido a uma aplicação que envolva alta tensão ou
força intensa súbita? condições corrosivas ou abrasivas?

• Uma vez conhecidas as propriedades requeridas, podemos fazer uma seleção


preliminar do material apropriado usando várias bases de dados.
Conceitos de Tensão e Deformação
• O comportamento mecânico de um material reflete a relação entre a sua
resposta (ou DEFORMAÇÃO) a uma carga (ou TENSÃO) que esteja sendo
aplicada sobre um corpo fabricado deste material.
• Algumas propriedades mecânicas importantes são a resistência, a dureza, a
ductilidade e a rigidez.

• As deformações podem ser ELÁSTICAS ou PLÁSTICAS.

• As DEFORMAÇÕES ELÁSTICAS não são permanentes, isto é, são deformações que


desaparecem quando a tensão aplicada é retirada. Dito de outra forma, as
deformações elásticas são reversíveis, sendo resultado da ação de forças
conservativas.

• As DEFORMAÇÕES PLÁSTICAS são permanentes, isto é, permanecem após a tensão


aplicada ser retirada. Deformações plásticas são irreversíveis, sendo
acompanhadas por deslocamentos atômicos permanentes.
Conceitos de Tensão e Deformação
• As FORMAS DE APLICAÇÃO DE TENSÃO podem ser : tração,
compressão, cisalhamento e torção.

Tração
(tensile stress)

Compressão
(compressive stress)

Note que a tensão e a pressão são grandezas fisicamente análogas, ambas tendo
unidades de força dividida por área → no Sistema Internacional : Newton/metro2
Conceitos de Tensão e Deformação 6

• As FORMAS DE APLICAÇÃO DE TENSÃO podem ser : tração,


compressão, cisalhamento e torção.

Cisalhamento Torção
(shear stress) (torsional stress)
Conceitos de Tensão e Deformação : Flexão
Flexão
(flexural or bending stress)

Viga em Balanço
Tensão - Deformação: TRAÇÃO
SIMPLES
• TRAÇÃO SIMPLES (TENSÃO UNIAXIAL): força aplicada sobre o
corpo é perpendicular às suas superfícies.

• Assumiremos que a reação à força de tração se distribui


homogeneamente no sólido.

• TENSÃO DE ENGENHARIA: 
z y
  F/
x

• DEFORMAÇÃO DE ENGENHARIA:0 
A
A0 = área de secção transversal original
  (𝑙 I 𝑙 0) / 𝑙 0  𝑙 /𝑙 0

onde: l0 é o comprimento original, antes da força ser aplicada, e li é o


comprimento instantâneo.
• Na deformação por tração, normalmente ocorre:
Ao
 alongamento ao longo do eixo de aplicação da força;
 contração ao longo dos dois outros eixos.
Ensaio de Tração
• Os CORPOS DE PROVA utilizados nos ensaios de tração podem ter diferentes formas
e dimensões.
• As medidas de TENSÃO são feitas com uma CÉLULA DE CARGA.
• As medidas de DEFORMAÇÃO são feitas com um EXTENSÔMETRO ou diretamente sobre
o corpo de prova.

Corpo
de Prova

CORPO DE PROVA METÁLICO

MÁQUINA DE ENSAIO
Curva Tensão -
Deformação Comportamento representativo da curva
TENSÃO DE ENGENHARIA em função da
DEFORMAÇÃO DE
ENGENHARIA obtida num
ENSAIO DE TRAÇÃO de um
corpo metálico.

P
Tensão ()

Análoga à Lei de Hooke (1676), que trata


da deformação elástica de uma mola:
“As forças deformantes são proporcionais
Deformação ()  às deformações elásticas produzidas.”
• O ponto P corresponde ao LIMITE DE PROPORCIONALIDADE (LP): a deformação a partir do ponto
P é plástica, e antes do ponto P é elástica.
Curva Tensão -
Deformação Comportamento representativo da curva
TENSÃO DE ENGENHARIA em função da
DEFORMAÇÃO DE
ENGENHARIA obtida num
ENSAIO DE TRAÇÃO de um
corpo metálico.

E

P
Tensão ()

0,2% u T
Deformação ()

• O ponto E corresponde ao LIMITE DE ESCOAMENTO (LE).
• O ponto M corresponde ao LIMITE DE RESISTÊNCIA A TRAÇÃO (LRT), que é a tensão máxima
atingida durante o ensaio (Tensile Strength).
Tensão Limite de Escoamento – LE ou y 15

• Em uma escala atômica, a DEFORMAÇÃO ELÁSTICA macroscópica é manifestada


como pequenas alterações no espaçamento interatômico e na extensão de
ligações interatômicas.
• Para a maioria dos materiais metálicos, as deformações elásticas ocorrem até
deformações de ~ 0,5%. .

• Quando as deformações ultrapassam o limite de


proporcionalidade (ponto P), a relação entre a tensão e
a deformação deixa de ser linear (lei de Hooke),
produzindo-se deformação permanente → a chamada
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA.
• Na prática, muitas vezes, é difícil definir a posição do
ponto P com precisão. Como consequência, geralmente
se define uma TENSÃO LIMITE DE ESCOAMENTO (Yield reta paralela
à curva  -
Strength) (LE ou y) como sendo a tensão necessária  na região
para se produzir uma pequena deformação plástica. de deformação
puramente elástica
• Para os metais, assume-se que essa pequena
deformação plástica é igual a uma deformação de
engenharia  = 0,002 = 0,2%.
Curva Tensão -
Deformação Comportamento representativo
da curva TENSÃO DE
ENGENHARIA em função da
DEFORMAÇÃO DE
ENGENHARIA obtida num
ENSAIO DE TRAÇÃO de um

E corpo metálico.

P
Tensão ()

0,2% u T
Deformação ()

• A deformação (u) no ponto M corresponde ao máximo valor de  com alongamento
uniforme. Deformações maiores que u ocorrem com estricção (empescoçamento).
• A fratura ocorre no ponto F. A deformação (T) na fratura corresponde ao alongamento total.
Tensão - Deformação: TRAÇÃO 9
SIMPLES
• MÓDULO DE ELASTICIDADE

• (MÓDULO DE YOUNG ou MÓDULO DE RIGIDEZ)

  E.

z
E/ 
y
x

Ao
Módulo de Elasticidade 19

O módulo de elasticidade E representa uma medida da


intensidade das forças de ligação interatômicas.

r0
EXEMPLO
EXERCÍCIOS
01
02
03

04
05
06
07
Resiliência (ou módulo de resiliência) : capacidade de um material estocar energia quando
deformado elasticamente e depois de aliviada a carga, ter essa energia recuperada.

Materiais
Dúcteis (DUCTILE)
e
Frágeis (BRITTLE)
Tenacidade (ou módulo de tenacidade) : medida da quantidade de energia
absorvida até a fratura e é Indicada pela área total sob a curva tensão-deformação em
tração.

TENACIDADE
Materiais Dúcteis (DUCTILE)
= TENACIDADE ELEVADA
31
Comportamento Tensão
Deformação de Materiais Frágeis (comparado com o de materiais dúcteis)
Curvas Tensão de Engenharia – Deformação de Engenharia

Materiais
Dúcteis (DUCTILE)
Frágeis (BRITTLE)
RESITÊNCIA À TRAÇÃO
TENSÃO () X Deformação ()

 = F/Ao Kgf/cm2 ou Kgf/mm2 ou N/ mm2


Área inicial da seção reta transversal
Força ou carga

Como efeito da aplicação de uma tensão tem-se a deformação (variação dimensional).

A deformação pode ser expressa:


•O número de milímetrosa de deformação por Deformação() = lf-lo/lo = l/lo
milímetros de comprimento
• O comprimento deformado como uma lo= comprimento inicial
percentagem do comprimento original
lf= comprimento final
Comportamento dos metais quando submetidos à tração

Resistência à tração
Dentro de certos limites,
a deformação é proporcional

à tensão
(a lei de Hooke é obedecida)

Lei de Hooke:  = E 

66
A deformação pode ser:

Elástica
Plástica

67
Deformação Elástica e Plástica

DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA


Prescede à deformação plástica
É reversível É provocada por tensões que ultrapassam o limite
Desaparece quando a tensão é removida de elasticidade
É praticamente proporcional à tensão É irreversível porque é resultado do deslocamento
aplicada (obedece a lei de Hooke) permanente dos átomos e portanto não desaparece
quando a tensão é removida

Elástica Plástica

68
Módulo de elasticidade ou
Módulo de Young
E= /  =Kgf/mm2

• É o quociente entre a tensão aplicada


e a deformação elástica resultante.
•Está relacionado com a rigidez do P A lei de Hooke só é válida até
este ponto
material ou à resist. à deformação
elástica
•Está relacionado diretamente com as Tg = E
forças das ligações interatômicas 

Lei de Hooke: =E 69


Módulo de Elasticidade para
alguns metais
Quanto maior o módulo de elasticidade mais rígido é o material ou menor é
a sua deformação elástica quando aplicada uma dada tensão

MÓDULO DE ELASTICIDADE
[E]
GPa 106 Psi
Magnésio 45 6.5
AlumÍnio 69 10
Latão 97 14
Titânio 107 15.5
Cobre 110 16
Níquel 204 30
Aço 207 30
Tungstênio 407 59
70
Comportamento não-linear

Alguns metais como ferro fundido


cinzento, concreto e muitos polímeros
apresentam um comportamento não
linear na parte elástica da curva tensão x
deformação

71
Considerações gerais sobre módulo de
elasticidade
Como consequência do módulo de elasticidade estar diretamente
relacionado com as forças interatômicas:
Os materiais cerâmicos tem alto módulo de elasticidade, enquanto
os materiais poliméricos tem baixo
Com o aumento da temperatura o módulo de elasticidade diminui

72
Anisotropia no Módulo de Elasticidade

•em material monocristalino o módulo de elasticidade depende da direção de aplicação da tensão nos
eixos cristalográficos, pois a interação atômica varia com a direção.
•Neste caso especifica-se as constantes elásticas

73
O COEFICIENTE DE POISSON PARA
ELONGAÇÃO OU COMPRESSÃO
• Qualquer
elongação ou
compressão de uma
estrutura cristalina
em uma direção,
causada por uma
força uniaxial,
produz um
ajustamento nas
dimensões
perpendiculares à z
direção da força

x
74
O COEFICIENTE DE POISSON PARA
TENSÕES DE CISALHAMENTO
• Tensões de Módulo de Cisalhamento ou de
rigidez
cisalhamento
produzem
deslocamento de
um plano de
átomos em relação
ao plano adjacente
•A deformação
elástica de
cisalhamento é dada
( ):

= tg

Como para metais ~0,3 G~0,4E 75


Módulo de Cisalhamento
É conhecido também como módulo de elasticidade transversal.

76
Forças de compressão, cisalhamento e
torção

O comportamento elástico também é observado quando forças compressivas, tensões de cisalhamento ou


de torção são impostas ao material

77
O FENÔMENO DE ESCOAMENTO

Esse fenômeno é nitidamente observado em alguns metais de natureza dúctil, como aços baixo teor de
carbono.
Caracteriza-se por um grande alongamento sem acréscimo de carga.

78
Outras informações que podem ser
obtidas das curvas tensãoxdeformação
Tensão de escoamento Escoamento
y= tensão de escoamento (corresponde a tensão
máxima relacionada com o fenômeno de
escoamento)

• De acordo com a curva “a”, onde não observa-se


nitidamente o fenômeno de escoamento

•Alguns aços e outros materiais exibem o comportamento


da curva “b”, ou seja, o limite de escoamento é bem definido
(o material escoa- deforma-se plasticamente-sem
praticamente aumento da tensão). Neste caso, geralmente a
tensão de escoamento corresponde à tensão máxima
verificada durante a fase de escoamento

Não ocorre escoamento 79


propriamente dito
Limite de Escoamento

quando não observa-se


nitidamente o fenômeno
de escoamento, a tensão de
escoamento corresponde
à tensão necessária para promover
uma deformação permanente de
0,2% ou outro valor especificado
(obtido pelo método gráfico
indicado na fig. Ao lado)

Fonte figura: Prof. Sidnei Paciornik do Departamento de Ciência dos Materiais


80
e Metalurgia da PUC-Rio
Limite de Escoamento

81
Outras informações que podem ser
obtidas das curvas tensãoxdeformação
Resistência à Tração (Kgf/mm2)
Corresponde à tensão máxima
aplicada ao material antes da
ruptura

É calculada dividindo-se a carga


máxima suportada pelo material
pela área de seção reta inicial

82
Outras informações que podem ser
obtidas das curvas tensãoxdeformação
Tensão de Ruptura (Kgf/mm2)
Corresponde à tensão que promove a
ruptura do material
O limite de ruptura é geralmente
inferior ao limite de resistência em
virtude de que a área da seção reta
para um material dúctil reduz-se
antes da ruptura

83
Outras informações que podem ser obtidas das
curvas tensãoxdeformação
Ductilidade em termos de alongamento

Corresponde ao
alongamento total do material
devido à deformação plástica
%alongamento=
(lf-lo/lo)x100
ductilidade
onde lo e lf correspondem ao comprimento
inicial e final (após a ruptura), respectivamente

84
Ductilidade expressa como
alongamento
 Como a
deformação final é
localizada, o valor
da elongação só
tem significado se
indicado o
comprimento de
medida
 Ex: Alongamento:
30% em 50mm

85
Ductilidade expressa como
estricção
 Corresponde à redução na área da seção
reta do corpo, imediatamente antes da
ruptura
 Os materiais dúcteis sofrem grande
redução na área da seção reta antes da
ruptura
Estricção= área inicial-área final
área inicial

86
Outras informações que podem ser
obtidas das curvas tensãoxdeformação
Resiliência
Corresponde à capacidade do material de
absorver energia quando este é deformado
elasticamente
A propriedade associada é dada pelo esc
módulo de resiliência (Ur)
Ur= esc2/2E
Materiais resilientes são aqueles que têm
alto limite de elasticidade e baixo módulo
de elasticidade (como os materiais
utilizados para molas)

87
Outras informações que podem ser
obtidas das curvas tensãoxdeformação

Tenacidade

 Corresponde à capacidade
tenacidade
do material de absorver
energia até sua ruptura

88
Módulo de tenacidade
Materiais dúcteis

Ut= esc + LRT . f em N.m/m3


2

89
Módulo de tenacidade
Materiais frágeis

Ut= 2/3 . LRT. f em N.m/m3

90
Algumas propriedades
mecânicas para alguns metais

91
VARIAÇÃO DA PROPRIEDADES
MECÂNICAS COM A TEMPERATURA

92
TENSÃO E DEFORMAÇÃO REAIS OU
VERDADEIRAS

A curva de tensão x deformação


convencional, estudada
anteriormente, não apresenta uma
informação real das características
tensão e deformação porque se
baseia somente nas características
dimensionais originais do corpo de
prova ou amostra e que na verdade
são continuamente alteradas durante
o ensaio.

93
TENSÃO E DEFORMAÇÃO REAIS

TENSÃO REAL (r) DEFORMAÇÃO REAL (r)

r = F/Ai d  r = dl/l
 r = ln li/lo
onde Ai é a área da seção
transversal instantânea Se não há variação de volume
(m2) Ai.li = Ao.lo
 r = ln Ai/Ao

94
RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E
DEFORMAÇÕES VERDADEIRAS E
CONVENCIONAIS

RELAÇÃO ENTRE TENSÃO RELAÇÃO ENTRE DEFORMAÇÃO


REAL E CONVENCIONAL REAL E CONVENCIONAL

r =  (1+ )  r = ln (1+ )

Estas equações são válidas para situações até


a formação do pescoço
95
TENSÃO CORRETA PARA A REGIÃO DE
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

r = kr n
correta

K e n são constantes que


dependem do material e
dependem do tratamento dado ao
mesmo, ou seja, se foram tratados
termicamente ou encruados
A tensão correta de ruptura é devido a
outros componentes de tensões presentes,
além da tensão axial
96
Ken
K= coeficiente de resistência (quantifica o nível de resistência que o material pode suportar)
n= coeficiente de encruamento (representa a capacidade com que o material distribui a deformação)

97
K e na para alguns materiais

Material n K (MPa)
Aço baixo teor de carbono 0,26 530
recozido
Aço 4340 recozido 0,15 640
Aço inox 304 recozido 0,45 1275
Alumínio recozido 0,2 180
Liga de Alumínio 2024 T 0,16 690
Cobre recozido 0,54 315
Latão 70-30 recozido 0,49 895

98
Determinação de K e n

Log r =log k+ n log r


Para r= 1 r =k
extrapolando

K
r

Inclinação= n

1 r 99
100
Redes de Bravais
Estruturas Cristalinas de Metais :
Estruturas Cristalinas de Metais : Estrutura Cúbica de Face Centrada - CFC

a  2R 2
R a – parâmetro de rede;
R – raio do átomo

a
Vc  16 R 3
2
VACU
FE 
VCU
FE – Fator de empacotamento
VACU – Volume ocupado pelos átomos no
Ex. alumínio; cobre; prata; ouro interior da célula unitária;
VCU – Volume total da célula unitária.
Estruturas Cristalinas de Metais : Estrutura Cúbica de Face Centrada - CFC

Direções compactas:
comprimento = 4R = 2 a

2a Célula unitária contém:


6 x 1/2 + 8 x 1/8
= 4 atoms/célula

a
átomos volume
4
célula 4 p ( 2a/4) 3
3 átomo
FE =
volume
a3
célula

• Fator de empacotamento da CFC = 0,74


(valor máximo de fator de empacotamento)
Estruturas Cristalinas de Metais : Estrutura Cúbica de Face Centrada - CFC

• Átomos se tocam ao longo das diagonais das faces.

• Número de coordenação : 12.

• Corner e faces são posições equivalentes.


Estruturas Cristalinas de Metais: Estrutura Cúbica de Corpo Centrado - CCC

4R
R
a
3
a a – parâmetro de rede;
R – raio do átomo

Ex. Cromo, ferro, tungstênio.

• Átomos se tocam ao longo das diagonais do


cubo.

• Número de coordenação : 08.

• Corner e centro são posições equivalentes.


Estruturas Cristalinas de Metais: Estrutura Cúbica de Corpo Centrado - CCC

3a

2a

Direções compactas:
R Comprimento = 4R = 3a
a
Célula unitária contém:
1 + 8 x 1/8
átomos volume
= 2 átoms/célula 4
célula 2 p ( 3a/4) 3
3 atomo
FE =
volume
a3
célula
• Fator de empacotamento da CCC = 0,68.
Estruturas Cristalinas de Metais: Estrutura Hexagonal Compacta - HC

Ex. Magnésio, titânio, cádmio, zinco


c
 1,633 Relação c/a ideal

a
• Número de átomos por célula unitária: 6

• Número de coordenação: 12

• FE = 0,74

• Corner e faces são posições equivalentes


Estruturas Cristalinas de Metais: Estrutura Cúbica Simples
• Rara devido à baixa densidade de empacotamento (somente Po apresenta
esta estrutura)

• Direções compactas são as arestas do cubo.

• Coordenação = 6.
Estruturas Cristalinas de Metais: Estrutura Cúbica Simples

a
R=0.5a

Direção compacta
contém 8 x 1/8 =
1 Átomo/célula

atomos volume
4
célula 1 p ( a/2 ) 3
3 atomo
FE =
volume
a3
célula

• Fator de empacotamento da Cúbica Simples = 0,52.


Estruturas de Alguns Metais

Po Fe Cu

n=1 CS n=2 CCC n=4 CFC

n = 20 n = 58
Mn
Mn
Cálculo de densidade teórica a partir da estrutura cristalina

nA

Vc N A
Onde:

 - densidade
n- número de átomos associados a cada célula unitária
A- massa atômica
Vc- Volume da célula unitária
NA- Número de avogrado (6,02.1023 átomos/mol)
Ex: Cr (CCC)
A = 52.00 g/mol
R = 0.125 nm
n = 2 átomos/célula

a = 4R/ 3 = 0.2887 nm
R
a

átomos
g
célulal 2 52.00 teórica = 7,18 g/cm3
mol
= rreal = 7,19 g/cm3
a3 6.022 x 1023
volume átomos

117
célula mol
Alotropia do Carbono
Alotropia do Ferro

liquid
1538ºC
BCC -Fe
1394ºC
FCC -Fe
912ºC
BCC -Fe

119
Células-Unitárias Complexas

• Proteína
MATERIAIS DE CONST. MEC.
MATERIAIS DE CONST. MEC.
MATERIAIS DE CONST. MEC.

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