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ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS

DE CONCRETO E FUNDAÇÃO

PONTES II
FADIGA

Prof. M.Sc. Gabriel da Motta Trevizoli


(gabriel_motta07@yahoo.com.br)

Material cortesia - Prof. Dr. Roberto Chust Carvalho


Prof. M.Sc. Vanessa Lima Capilla
INTRODUÇÃO
❖ A ruptura de um material por fadiga, que é do tipo frágil,
ocorre como consequência a uma frequente oscilação de
tensões que determinado elemento está submetido.
❖ Ocorre com mais frequência nos casos de pontes e vigas de
suporte de pontes rolantes.
❖ Estado limite de fadiga deve ser verificado comparando-se as
variações de tensões efetivas (em serviço) com a resistência
média à fadiga correspondente a 2x106 ciclos.
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INTRODUÇÃO
❖ A fadiga é um fenômeno associado a ações dinâmicas
repetidas, que pode ser entendido como um processo de
modificações progressivas e permanentes da estrutura interna
de um material submetido a oscilação de tensões decorrentes
dessas ações. (NBR 6118).

❖ Essas tensões devem ser determinadas por métodos elásticos,


levando-se em conta os efeitos dinâmicos.
CRITÉRIOS DE CÁLCULO (NBR 6118:2014)
❖ O estado limite é verificado para combinação frequente:
∆𝜎𝑠𝑤 = 𝜎𝑚á𝑥 − 𝜎𝑚í𝑛 ≤ ∆𝑓𝑠𝑑,𝑓𝑎𝑑,𝑚í𝑛
❖ Combinação frequente:
𝑚 𝑛

𝐹𝑑,𝑠𝑒𝑟𝑣 = ෍ 𝐹𝑔𝑖𝑘 + ψ1 . 𝐹𝑞𝑖𝑘 + ෍ ψ2 . 𝐹𝑞𝑗𝑘


𝑗=1 𝑗=2

❖ Para pontes rodoviárias: ❖ Para pontes ferroviárias:


ψ1 = 0,5: vigas; ψ1 = 1,0.
ψ1 = 0,7: transversinas; ❖ Para pontes rolante ou rolamento:
ψ1 = 0,8: lajes. ψ1 = 1,0.
CRITÉRIOS DE CÁLCULO (NBR 6118:2014)
❖ Estádio II: desprezar a resistência do concreto à tração.
❖ Redução da contribuição do concreto para a cortante:
❖ Modelo I: Vc deve ser multiplicado por 0,5.
❖ Modelo II: Inclinação das bielas ϴ deve ser corrigida por:
𝑡𝑎𝑛𝜃𝑐𝑜𝑟 = 𝑡𝑎𝑛𝜃 ≤ 1
❖ γf = 1,0; γc = 1,4; γs = 1,0.
❖ Para cálculo de esforços solicitantes e verificação de tensões
admite-se modelo linear elástico com α = 10 (relação entre
módulos de elasticidade do aço e do concreto)
VERIFICAÇÕES (NBR 6118:2014)
❖ Verificação da fadiga no concreto:
❖ Concreto em compressão:

Onde:
VERIFICAÇÕES (NBR 6118:2014)
❖ Verificação da fadiga na armadura:

❖ A tensão na armadura pode ser obtida de forma simplificada pela


equação:
f yd g1 + g 2 + 0,4  q f yk g1 + g 2 +  1  q
 si =  = 
1,4 g1 + g 2 + q 1,4  1,15 g1 + g 2 + q

❖ Em seguida, calcula-se a quantidade de armadura necessária para


 =  Máximo −  mínimo  f sd , fad
resistir a fadiga:
 Δfsd,fad 
Caso contrário A sfinal =    A s
 Δσ 
VERIFICAÇÕES (NBR 6118:2014)
VERIFICAÇÕES (NBR 6118:2014)
❖ Verificação da fadiga na armadura ativa:
❖ Para o cálculo das tensões no aço da armadura passiva ou ativa
aderente, pode-se considerar o comportamento elástico linear,
compatibilizando as deformações e multiplicando a tensão no aço
pelo fator ηs para levar em conta a diferença de aderência entre o
aço de protensão e o aço da armadura passiva.
As = área de armadura passiva;
𝐴𝑝
1+𝐴 Ap = área de armadura ativa;
𝑠 φs = menor diâmetro da armadura passiva;
η𝑠 =
𝐴𝑝 Φ φp = diâmetro do aço de protensão. Para feixes,
1+ ∗ ξ∗ 𝑠 φeq=1,6 * Ap0,5;
𝐴𝑠 Φ𝑝
ξ = relação entre as resistências de aderência do aço
de protensão e da armadura passiva.
ξ para pós-tração: ξ para pré-tração:
- ξ=0,2, para aço de protensão liso; - ξ=0,6, para cordoalhas;
- ξ=0,4, para cordoalhas; - ξ=0,8, para aços entalhados;
- ξ=0,6, para fios entalhados;
- ξ=1,0, para barras nervuradas.
FORMULÁRIO ESTÁDIO II:

−𝑎2 ± 𝑎2² − 4. 𝑎1. 𝑎3


𝑥𝐼𝐼 =
2. 𝑎1
a1 = bw/2
a2 = hf.(bf-bw) + (αe-1).A’s + αe.As
a3 = -hf2.(bf-bw)/2 -d’.(αe-1).A’s – d.αe.As
Ix,II= bf.xII³/3 + αe.As.(xII-d)² + (αe-1).A’s. (xII-d’)²
Ix,II= (bf-bw).hf³/12 + bw.xII³/3 + (bf-bw) .(xII-hf/2)²
+ αe.As.(xII-d)² + (αe-1).A’s. (xII-d’)²
FORMULÁRIO ESTÁDIO II:

𝑀𝑟 𝑛
𝑀𝑟 𝑛
𝐼𝑒𝑞 = . 𝐼𝐼 + (1 − . ) 𝐼𝐼𝐼
𝑀𝑎 𝑀𝑎

Onde: n = 4, quando se faz análise em apenas uma seção ou


n = 3, quando se faz análise da peça inteira;
Ma – momento atuante.
𝛼.𝑓𝑐𝑡,𝑖𝑛𝑓 .𝐼𝑐
𝑀𝑟 = - momento de fissuração
𝑦𝑡
EXEMPLO NUMÉRICO
Dados, a viga de ponte rodoviária abaixo de 100cm x 225cm, os
momentos e cortantes nas seções mais solicitadas e as armaduras
longitudinais e transversais, faça a verificação de fadiga (flexão e
cortante).
As = 18 φ25
Asw = estribo simples de
φ12,5 c/18cm
EXEMPLO NUMÉRICO
Mg = 2500kN.m;
ϕMq = 3210kN.m;
Vg = 1060kN;
ϕVq,máx = 940kN;
fck = 25MPa;
Aço CA-50.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 6118,


Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de
Janeiro, 2014.
• MARCHETTI, O. Pontes de concreto armado. Editora
BLUCHER. São Paulo, 2008.

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