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ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS

DE CONCRETO E FUNDAÇÃO

PONTES II
Análise da distribuição da carga
acidental segundo a seção
transversal – Fauchart
Prof. M.Sc. Gabriel da Motta Trevizoli
(gabriel_motta07@yahoo.com.br)

Material cortesia - Prof. Dr. Roberto Chust Carvalho


INTRODUÇÃO
❖ Considera-se o caso de uma ponte em vigas múltiplas sem
transversinas intermediárias (apenas nos apoios);
❖ Para o tratamento desse problema adotam-se as seguintes
hipóteses:
❖ As longarinas trabalham conforme a Resistência dos Materiais;
❖ As longarinas são biapoiadas e têm inércia constante;
❖ O trabalho longitudinal das lajes é desprezado;

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CONCEITOS TEÓRICOS
❖ Da super estrutura esquematicamente representada na figura
anterior, deve-se isolar a viga i;

Do equilíbrio estático, tem-se:

pi = p + vd - ve
mi = md - me

Equilíbrio da viga i
CONCEITOS TEÓRICOS
❖ Considerando os conceitos da resistência dos materiais,
podemos escrever:

d2y M d 2M d4y P
=- p= 2 → 4 =
dx 2
EI dx dx EI

dθ T dT d 2θ m
= m= → 2 =−
dx G  It dx dx G  It

4
d yi pi d 2 θi mi
= =−
dx 4
E  It dx 2
G  Iti
CONCEITOS TEÓRICOS
❖ Desenvolvendo em série de Fourier as cargas pi e mi e os
deslocamentos yi e θi, é possível transformar essas duas
equações diferenciais em equações algébricas o que permitirá
transformar nosso problema bidimensional (x, z) em
unidimensional (z);
❖ Como as vigas são biapoiadas e ainda engastadas à torção nos
apoios a série escolhida deve respeitar as seguintes condições
de contorno:
x=0 e x = yi = θi = 0
CONCEITOS TEÓRICOS
❖ Desenvolvendo em série de Fourier as cargas pi e mi e os
deslocamentos yi e θi, é possível transformar essas duas equações
diferenciais em equações algébricas o que permitirá transformar
nosso problema bidimensional (x, z) em unidimensional (z);
❖ Como as vigas são biapoiadas e ainda engastadas à torção nos
apoios a série escolhida deve respeitar as seguintes condições de
contorno: x=0 e x = yi = θi = 0
❖ A série adequada é, portanto, de senos do tipo:
j  x
sen , nula para x = 0 e x = 

CONCEITOS TEÓRICOS
❖ Logo:
j π  x j π  x
pi =  pij  sen mi =  mij  sen
j  j 
j π  x j π  x
yi =  yij  sen θi =  θij  sen
j  j 

d 2M d4y P
p= 2 → 4 =
dx dx EI
d2y M dT d 2θ m
=- m= → 2 =−
dx 2
EI dx dx G  It
CONCEITOS TEÓRICOS
❖ Introduzindo essas séries nas equações acima tem-se para
cada termo j:

j  x j  x  j 


4

pij  sen = yij  sen    E  Ii


    
j π  x j π  x  j π 
2

mij  sen = θij  sen    G  Iti


 

dθ T d 2 θi mi d 4 yi pi
= =− =
dx G  It dx 2
G  Iti dx 4
E  It
CONCEITOS TEÓRICOS

❖ Ou:
pij = kfij  yij mij = ktij  θij

❖ Com:
 j π 
2
 j π 
4

kfij =    E  Ii ktij =    G  Iti


     
CONCEITOS TEÓRICOS
❖ Assim, para cada termo j da série, o problema de distribuição
transversal se reduz a calcular a faixa unitária de laje esquematizada;
pij = kfij  yij

mij = ktij  θij


CONCEITOS TEÓRICOS
❖ Essa faixa deve ser carregada com o termo j do desenvolvimento da
série de Fourier da carga externa p (pj);

❖ Transformamos assim nosso problema bidimensional em uma série


de unidimensionais;

❖ Ocorre que usualmente como o 1° termo da série já é suficiente e


temos apenas um problema unidimensional como o acima, com j =
1;
CONCEITOS TEÓRICOS
❖ Imaginando a ponte em questão como uma peça única de seção
aberta com 4 nervuras, a solução de Fauchart considera flexão do
conjunto (δ = cte), a torção uniforme e a flexo-torção (θ = cte), e a
deformação da seção transversal ou “distorção”representada por θ
não constante e δ variável não linearmente, conforme ilustra a
figura abaixo;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• MARTHA, L. F. Ftool – Two Dimensional Frame Analysis Tool.


Versão Educacional 3.00. Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro – PUC - Rio. Departamento de Engenharia
Civil e Tecgraf/ PUC – Rio. Grupo de Tecnologia em
Computação Gráfica. Rio de Janeiro, fevereiro de 2012.
• SAN MARTIN, F. J. Cálculo de Tabuleiros de Pontes. São
Paulo: ed. Livraria Ciência e Tecnologia, 1981.

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