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Universidade Federal do Pará - UFPA

Instituto de Tecnologia
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil

TEORIA DA ELASTICIDADE:
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Introdução à teoria da elasticidade;

2. Estado plano de tensão e de deformação;

3. Problemas bidimensionais em coordenadas retangulares;

4. Problemas bidimensionais em coordenadas polares;

5. Análise de tensões e deformações em três dimensões;

6. Teoremas gerais;

7. Problemas elementares de elasticidade tridimensional;

8. Torção;

9. Flexão de barras.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 1/174


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TEORIA DA ELASTICIDADE:
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Introdução à teoria da elasticidade;

2. Estado plano de tensão e de deformação;

3. Problemas bidimensionais em coordenadas retangulares;

4. Problemas bidimensionais em coordenadas polares;

5. Análise de tensões e deformações em três dimensões;

6. Teoremas gerais;

7. Problemas elementares de elasticidade tridimensional;

8. Torção;

9. Flexão de barras.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 2/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
► Quando as forças de massa são constantes ou desconsideradas do problema, a equação
biarmônica ∇4ø=0 é a mesma para os estados planos de tensão e deformação. Nestas
condições, a solução de problemas bidimensionais reduz-se em integrar esta equação
diferencial e em atender as condições de contorno do caso em estudo.

- Equação diferencial (equação biarmônica):

∂ 4
φ ∂ 4
φ ∂ 4
φ
∇ φ = 4 + 2⋅ 2
4
+ 4 =0
∂x ∂x ⋅ ∂y ∂y
2

- Condições de contorno (Direções x e y):

X = σ xx ⋅ cos(α ) + τ xy ⋅ sen(α )

Y = σ yy ⋅ sen(α ) + τ xy ⋅ cos(α )
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
► Solução por polinômios: Quando o sólido estudado é um elemento com seção
transversal retangular b-c, estreito (c>>b) e comprido (L>>c), a solução da equação
biarmônica ∇4ø=0 na forma de polinômios (diferentes graus) é de grande interesse, pois
ajustando adequadamente os coeficientes dos polinômios é possível resolver vários
problemas práticos.

► Polinômio de segundo grau:

a2 2 c2 2
φ2 ( x , y ) = φ2 = ⋅ x + b2 ⋅ x ⋅ y + ⋅ y
2 2 c
• Verificar se ø2 satisfaz ∇4ø=0 (forças de massa nulas): L

∂ 4φ2 ∂ 4φ2 ∂ 4φ2


= 0 ; = 0 ; = 0 ⇒ ∇ 4
φ2 = 0 b
∂x 4
∂x ⋅ ∂y
2 2
∂y 4

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Componente de tensão σxx (polinômio ø2):

∂ 2φ2
σ xx = 2 ⇒ σ xx = c2
∂y
LEMBRETE: Sentido positivo.

x σyy
c
σxx=c2

σxx=c2 τyx
c

σxx x τxy
L τxy σxx
y
τyx
y σyy

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Componente de tensão σyy (polinômio ø2):

∂ 2φ2
σ yy = 2 ⇒ σ yy = a2
∂x
σyy =a2
LEMBRETE: Sentido positivo.

σyy
τyx
x
σxx=c2

σxx x τxy
σxx=c2

τxy σxx
y

σyy =a2 τyx


σyy
y

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Componente de tensão τxy (polinômio ø2):
NOTA: O polinômio ø2 representa o
∂ φ2
2
⇒ τ xy = −b2
estado de tensão uniforme e os esforços
τ xy = − externos sobre o contorno do sólido
∂x ⋅ ∂y devem ser iguais às tensões que lá se
desenvolvem (condição de contorno).
σyy =a2
τyx =b2 LEMBRETE: Sentido positivo.

σyy
τyx
x
σxx=c2

σxx x τxy
σxx=c2

τxy σxx
τyx =b2 y
τyx
σyy =a2 σyy
y
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):

σ xx = c2
• Considerações práticas a respeito do polinômio ø2:
a2 2 c2 2
φ2 ( x , y ) = φ2 = ⋅ x + b2 ⋅ x ⋅ y + ⋅ y ⇒ σ yy = a2
2 2
τ xy = −b2
- Pol. ø2: a2=b2=0 e c2≠0 - Pol. ø2: b2=c2=0 e a2≠0 - Pol. ø2: a2=c2=0 e b2≠0

Estado uniaxial (direção x) Estado uniaxial (direção y) Estado de cisalhamento puro

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
► Polinômio de terceiro grau:

a3 3 b3 2 c d
φ3 ( x , y ) = φ3 = ⋅ x + ⋅ x ⋅ y + 3 ⋅ x ⋅ y 2 + 3 ⋅ y3
3⋅ 2 2 2 3⋅ 2

• Verificar se ø3 satisfaz ∇4ø=0 (forças de massa nulas):

∂ 4φ3 ∂ 4φ3 ∂ 4φ3


= 0 ; = 0 ; = 0 ⇒ ∇ 4
φ3 = 0
∂x 4
∂x ⋅ ∂y
2 2
∂y 4

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Componente de tensão (polinômio ø3):

∂ 2φ3
σ xx = 2 ⇒ σ xx = c3 ⋅ x + d 3 ⋅ y
∂y

∂ 2φ3 σ = a ⋅ x + b ⋅ y
σ yy = 2 ⇒ yy 3 3
∂x

∂ 2φ3
τ xy =− ⇒ τ xy = −(b3 ⋅ x + c3 ⋅ y )
∂x ⋅ ∂y

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Considerações práticas a respeito do polinômio ø3:

a3 3 b3 2 c3 d3 3
φ3 ( x , y ) = φ3 = ⋅x + ⋅x ⋅ y + ⋅x⋅ y +
2
⋅y ⇒
3⋅ 2 2 2 3⋅ 2
σ xx = c3 ⋅ x + d 3 ⋅ y ;σ yy = a3 ⋅ x + b3 ⋅ y ;τ xy = −(b3 ⋅ x + c3 ⋅ y )
- Polinômio ø3: a3=b3=c3=0 e d3≠0 (flexão pura).
σ xx = d 3 ⋅ y x

c
c
p / y = 0 ⇒ σ xx = 0 σxx=d 3⋅c

σxx=d 3⋅c
L
p / y = c ⇒ σ xx = d 3 ⋅ c
p / y = −c ⇒ σ xx = − d 3 ⋅ c y

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3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
- Polinômio ø3: a3=c3=d3=0 e b3≠0.

σ xx = c3 ⋅ x + d 3 ⋅ y ;σ yy = a3 ⋅ x + b3 ⋅ y ;τ xy = −(b3 ⋅ x + c3 ⋅ y )

p / y = 0 ⇒ σ yy = 0 σyy =b3⋅c
σ yy = b3 ⋅ y p / y = c ⇒ σ yy = b3 ⋅ c τyx =b3⋅L
p / y = −c ⇒ σ yy = −b3 ⋅ c x

p / x = 0 ⇒ τ xy = 0 τyx =b3⋅L
τ xy = −b3 ⋅ x
p / x = L ⇒ τ xy = −b3 ⋅ L y
σyy =b3⋅c

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
► Polinômio de quarto grau:

a4 4 b4 3 c d e
φ4 ( x , y ) = φ4 = ⋅x + ⋅ x ⋅ y + 4 ⋅ x2 ⋅ y 2 + 4 ⋅ x ⋅ y3 + 4 ⋅ y 4
4⋅3 3⋅ 2 2 3⋅ 2 4⋅3

• Verificar se ø4 satisfaz ∇4ø=0 (forças de massa nulas):

∂ 4φ4 ∂ 4φ4 ∂ 4φ4 


= 2 ⋅ a4 ; 2 = 2 ⋅ c4 ; 4 = 2 ⋅ e4 ⇒  e4 = −(a4 + 2 ⋅ c4 )
∂x 4
∂x ⋅ ∂y 2
∂y 

∇ 4φ4 = 0

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Componente de tensão (polinômio ø4):

∂ 2φ4 2  Sendo :
σ xx = 2 ⇒ σ xx = c4 ⋅ x + d 4 ⋅ x ⋅ y + e4 ⋅ y 
2

∂y e4 = −(a4 + 2 ⋅ c4 )

∂ 2φ4 σ = ⋅ + ⋅ ⋅ + ⋅
σ yy = 2 ⇒ yy
2 2
a 4 x b4 x y c 4 y
∂x

∂ 2φ4 b d 
τ xy =− ⇒ τ xy = − 4 ⋅ x 2 + 2 ⋅ c4 ⋅ x ⋅ y + 4 ⋅ y 2 
∂x ⋅ ∂y 2 2 

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Considerações práticas a respeito do polinômio ø4:

Sendo :
σ xx = c4 ⋅ x + d 4 ⋅ x ⋅ y + e4 ⋅ y
2 2

e4 = −(a4 + 2 ⋅ c4 )
σ yy = a4 ⋅ x 2 + b4 ⋅ x ⋅ y + c4 ⋅ y 2
 b4 ⋅ 2 + ⋅ ⋅ ⋅ + d 4 ⋅ 2 
τ xy = − x 2 c4 x y y 
2 2 
- Polinômio ø4: a4=b4=c4=0 e d4≠0.

σ xx = d 4 ⋅ x ⋅ y
σ yy = 0
τ xy = −(d 4 / 2 ) ⋅ y 2

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Componente de tensão σxx (Polinômio ø4: a4=b4=c4=0 e d4≠0).

σ xx = d 4 ⋅ x ⋅ y

 y = 0 ⇒ σ xx = 0

p / x = 0 y = c ⇒ σ xx = 0 σxx=d 4⋅L⋅c
 y = −c ⇒ σ = 0
 xx
x

c
 y = 0 ⇒ σ xx = 0

c

p / x = L  y = c ⇒ σ xx = d 4 ⋅ L ⋅ c L σxx=d 4⋅L⋅c
 y = −c ⇒ σ = − d ⋅ L ⋅ c
 xx 4
y
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Componente de tensão τxy (Polinômio ø4: a4=b4=c4=0 e d4≠0):

Sendo :
τ xy = −(d 4 / 2 ) ⋅ y 2

d 4 > 0
p / y = 0 ⇒ τ xy = 0 τyx =(d 4/2)⋅c 2
σxx=d 4⋅L⋅c
p / y = c ⇒ τ xy = −(d 4 / 2 ) ⋅ c 2
p / y = −c ⇒ τ xy = −(d 4 / 2 ) ⋅ c 2 x

NOTA: As forças de cisalhamento que atuam no contorno do


sólido produzem o momento M, o qual equilibra o momento σxx=d 4⋅L⋅c
produzido pelas forças normais que atuam em x=L. τyx =(d 4/2)⋅c 2

d4 2 d 2 ⋅ d4 ⋅ c ⋅ L
3
M= ⋅ c ⋅ L ⋅ (2 ⋅ c ) − 4 ⋅ c 3 ⋅ ( L ) = y
2 3 3

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
► Polinômio de quinto grau:

a5 5 b5 4 c d e f
φ5 = ⋅x + ⋅ x ⋅ y + 5 ⋅ x3 ⋅ y 2 + 5 ⋅ x 2 ⋅ y 3 + 5 ⋅ x ⋅ y 4 + 5 ⋅ y 5
5⋅ 4 4⋅3 3⋅ 2 3⋅ 2 4⋅3 5⋅ 4
• Verificar se ø5 satisfaz ∇4ø=0 (forças de massa nulas):
 ∂ 4φ5
 4 = 6 ⋅ a5 ⋅ x + 2 ⋅ b5 ⋅ y  e = −(3 ⋅ a + 2 ⋅ c )
 ∂x 4  5 5 5
 ∂ φ5 
 2 = 2 ⋅ c ⋅ x + 2 ⋅ d ⋅ y ⇒ ∇ 4
φ5 = 0 
 ∂x4 ⋅ ∂y
2 5 5 1
 f 5 = − ⋅ (b5 + 2 ⋅ d 5 )
 ∂ φ4  3
 ∂y 4 = 2 ⋅ e5 ⋅ x + 6 ⋅ f 5 ⋅ y
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Componente de tensão (polinômio ø5):

∂ 2φ5 c5 3
σ xx = 2 ⇒ σ xx = ⋅ x + d 5 ⋅ x 2 ⋅ y + e5 ⋅ x ⋅ y 2 + f 5 ⋅ y 3
∂y 3

∂ 2φ5 d5 3
σ yy = 2 ⇒ σ yy = a5 ⋅ x + b5 ⋅ x ⋅ y + c5 ⋅ x ⋅ y + ⋅ y
3 2 2

∂x 3
∂ 2φ5  b5 3 e5 3 
τ xy =− ⇒ τ xy = − ⋅ x + c5 ⋅ x ⋅ y + d 5 ⋅ x ⋅ y + ⋅ y 
2 2

∂x ⋅ ∂y 3 3 
Sendo :

e5 = −(3 ⋅ a5 + 2 ⋅ c5 ); f 5 = −(1 / 3) ⋅ (b5 + 2 ⋅ d 5 )
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Considerações práticas a respeito do polinômio ø5:

c5 3
σ xx = ⋅ x + d 5 ⋅ x 2 ⋅ y + e5 ⋅ x ⋅ y 2 + f 5 ⋅ y 3 
3 Sendo :
d5 3 
σ yy = a5 ⋅ x + b5 ⋅ x ⋅ y + c5 ⋅ x ⋅ y + ⋅ y e5 = −(3 ⋅ a5 + 2 ⋅ c5 )
3 2 2

3 
 b5 3 e5 3  1
 f 5 = − ⋅ (b5 + 2 ⋅ d 5 )
τ xy = − ⋅ x + c5 ⋅ x ⋅ y + d 5 ⋅ x ⋅ y + ⋅ y 
2 2

3 3   3
- Polinômio ø5: a5=b5=c5=0 e d5≠0.

2 d5 3
σ xx = d 5 ⋅ x ⋅ y − ⋅ d 5 ⋅ y ;σ yy = ⋅ y ;τ xy = − d 5 ⋅ x ⋅ y 2
2 3

3 3
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Componente de tensão σxx (Polinômio ø5: a5=b5=c5=0 e d5≠0).

σxx=(2/3)⋅d 5⋅c 3 σxx=d 5⋅L2⋅c-(2/3)⋅d 5⋅c 3


σ xx = d 5 ⋅ x 2 ⋅ y − (2 / 3) ⋅ d 5 ⋅ y 3
x

c
 y = 0 ⇒ σ xx = 0

c

p / x = 0 y = c ⇒ σ xx = −(2 / 3) ⋅ d 5 ⋅ c 3 L
 y = − c ⇒ σ = ( 2 / 3) ⋅ d ⋅ c 3
 xx 5

y
 y = 0 ⇒ σ xx = 0

p / x = L  y = c ⇒ σ xx = d 5 ⋅ L2 ⋅ c − (2 / 3) ⋅ d 5 ⋅ c 3
 y = −c ⇒ σ = −[d ⋅ L2 ⋅ c − (2 / 3) ⋅ d ⋅ c 3 ]
 xx 5 5 NOTA: Admitindo d5>0.

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3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Componente de tensão σyy (Polinômio ø5: a5=b5=c5=0 e d5≠0).

d5 3 σyy =(1/3)⋅d 5⋅c 3


σ yy = ⋅y
3
x
y = 0 ⇒ σ yy = 0
y = c ⇒ σ yy = (1 / 3) ⋅ d 5 ⋅ c 3
y = −c ⇒ σ yy = −(1 / 3) ⋅ d 5 ⋅ c 3 σyy =(1/3)⋅d 5⋅c 3
y

NOTA: Admitindo d5>0.

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3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
• Componente de tensão τxy (Polinômio ø5: a5=b5=c5=0 e d5≠0).

τ xy = −d 5 ⋅ x ⋅ y 2 τyx =d 5⋅L⋅c 2

 y = 0 ⇒ τ xy = 0 x

p / x = 0 y = c ⇒ τ xy = 0
 y = −c ⇒ τ = 0 τyx =d 5⋅L⋅c 2
 xy

 y = 0 ⇒ τ xy = 0 y

p / x = L  y = c ⇒ τ xy = − d 5 ⋅ L ⋅ c 2
 y = −c ⇒ τ = − d ⋅ L ⋅ c 2
 xy 5 NOTA: Admitindo d5>0.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.1. FUNÇÃO DE TENSÃO (SOLUÇÃO POR POLINÔMIOS):
► Visto que a equação biarmônica ∇4ø=0 é uma equação diferencial linear (equação
diferencial linear de quarta ordem com coeficientes constantes e homogênea), tem-se que
a soma de suas soluções também será uma solução (teorema da superposição). Sendo
assim, as soluções por polinômio apresentadas anteriormente podem ser superpostas para
obterem-se outras soluções práticas.

∂ 4φ ∂ 4φ ∂ 4φ
∇ φ = 4 + 2⋅ 2
4
+ 4 =0
∂x ∂x ⋅ ∂y ∂y
2

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.2. PRINCÍPIO DE SAINT-VENANT:
► Considerações Gerais: As soluções obtidas para a equação biarmônica ∇4ø=0 a partir das
funções de tensão ø só são válidas se a distribuição das tensões no contorno do sólido for
exatamente como a própria solução estabelece. Se a distribuição das tensões no contorno for
alterada, outra solução deve ser encontrada para atender esta nova distribuição de tensões.

• Exemplo:
φ3 = (d 3 / 6 ) ⋅ y 3 ⇒ φ5 = (d 5 / 6 ) ⋅ x 2 ⋅ y 3 − (1 / 30 ) ⋅ d 5 ⋅ y 5 ⇒
σ xx = d 3 ⋅ y σ xx = d 5 ⋅ x 2 ⋅ y − (2 / 3) ⋅ d 5 ⋅ y 3
σxx=d 3⋅c σxx=(2/3)⋅d 5⋅c 3

x x

σxx=d 3⋅c σxx =d 5⋅L ⋅c-(2/3)⋅d 5⋅c


2 3
y y

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.2. PRINCÍPIO DE SAINT-VENANT: R1 R2=R1
► Princípio de Saint-Venant:
• Este princípio estabelece que uma mudança

σ1≠ σ2

σ1≠ σ2
na distribuição das tensões (ou do

b
carregamento) no contorno, porém, sem alterar
a sua resultante de força e de momento,
modifica significativamente as tensões internas
apenas na proximidade deste contorno;

σ1= σ2

σ1= σ2
• Aplicando este princípio, soluções simples
podem ser utilizadas para fornecer resultados
suficientemente precisos, exceto nas regiões σ=R1/(b⋅t) σ=R1/(b⋅t)
próximas ao contorno;
Seção transversal Seção transversal
• A mudança na distribuição das tensões (ou do
t

t
carregamento) equivale à superposição de um
b b
sistema estaticamente equivalente à força e
momento nulos. Caso 2
Caso 1

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.3. DESLOCAMENTOS:
► Resolvendo a equação biarmônica ∇4ø=0 a partir das funções de tensão ø, é possível
determinar as componentes de tensão. Conhecidas as componentes de tensão, as
componentes de deformação são determinadas aplicando-se a Lei de Hooke. Desta forma,
têm-se para os deslocamentos u e v:
∂u ∂v ∂u ∂v NOTA: Caso geral da Lei de Hooke:
ε xx = ε yy = γ xy = +
∂x ∂y ∂y ∂x ε x = [σ x −ν ⋅ (σ y + σ z )] / E
Ressalta-se que as componentes de deformação não ε = [σ −ν ⋅ (σ + σ )] / E
 y y x z

ε z = [σ z −ν ⋅ (σ x + σ y )] / E
são alteradas se forem adicionadas, respectivamente,
aos deslocamentos u e v as seguintes funções lineares:

γ xy = τ xy / G
u1 = a + b ⋅ y v1 = c − b ⋅ x γ yz = τ yz / G

sendo a, b e c valores constantes. γ xz = τ xz / G

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.3. DESLOCAMENTOS:
► Interpretação dos deslocamentos adicionais u1 e v1:
u1 = a + b ⋅ y v1 = c − b ⋅ x
• As componentes de deslocamento u e v, provenientes
das deformações internas, não são completamente
determinadas pelas componentes de tensão e
deformação; LEMBRETE:
y
• As constantes a e c, respectivamente, das funções f(x)=y
lineares u1 e v1, representam movimentos de translação
e a constante b representa um ângulo de rotação com
α x
relação ao eixo z;
h
• Os deslocamentos u1 e v1 representam deslocamentos y = m⋅ x + h
de corpo rígido.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.3. DESLOCAMENTOS:
► Quando o peso do sólido é a única força de massa, a equação biarmônica ∇4ø=0 é a
mesma para os estados planos de tensão e deformação. Logo, a distribuição das tensões
também é a mesma, conforme segue:

∂ 2φ ∂φ2
∂ 2φ
σ xx = 2 −ρ⋅g⋅y σ yy = −ρ⋅g⋅y τ xy =−
∂y ∂x 2
∂x ⋅ ∂y
• Entretanto, nestas mesmas condições (peso do sólido é a única força de massa), as
componentes de deslocamento u e v não são as mesmas para os estados planos de tensão e
deformação, pois:

∂u ∂v ∂u ∂v
ε xx = ε yy = γ xy = +
∂x ∂y ∂y ∂x

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.3. DESLOCAMENTOS:
• Componentes de deformação:
Estado plano de tensão: Estado plano de deformação:

ε xx = (σ xx −ν ⋅ σ yy ) / E ε xx = [(1 −ν 2 )⋅ σ xx −ν ⋅ (1 +ν ) ⋅ σ yy ] / E
ε yy = [(1 −ν )⋅ σ yy −ν ⋅ (1 +ν ) ⋅ σ xx ] / E
 
ε yy = (σ yy −ν ⋅ σ xx ) / E
2

γ = τ / G γ = τ / G
 xy xy  xy xy

NOTA: Ressalta-se que as componentes de deformação para o estado plano de deformação podem ser obtidas a
partir das equações para o estado plano de tensão mediante as seguintes equivalências:

E[ Est .Tens .] ⇒ E / (1 −ν 2 )[ Est .Def .]  Lembrando :



G = E / [2 ⋅ (1 +ν )]
ν [ Est .Tens ] ⇒ ν / (1 −ν )[ Est .Def ]

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
► Dada a viga em balanço, será considerada:

(a) Seção transversal retangular 1-2·c (largura unitária);

(b) As faces superior e inferior da viga são livres de carga;

(c) Aplica-se na seção x=0 uma distribuição de forças cisalhantes com resultante P.

• Pede-se:

c
x

2⋅c
P A

c
(a) Componentes de tensão;
1
(b) Componentes de deformação; L

(c) Componentes de deslocamento. y NOTA: Desconsiderar as forças de massa.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• A partir da teoria de flexão e de cisalhamento em vigas, sabe-se que as tensões normais
e de cisalhamento são dadas como segue:

Teoria de flexão: Teoria de cisalhamento:


c

x x x
P A P P
c

M⋅y
⋅ (c 2 − y 2 )
V
y y σ= y τ=
I 2⋅ I
NOTA: As equações de σ e τ estão sendo apresentadas em valor absoluto.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Dada a situação anterior, tem-se para a função de tensão ø:

d4
φ= ⋅ x ⋅ y 3 + b2 ⋅ x ⋅ y
3⋅ 2

• Componentes de tensão:

σ xx = ∂ 2φ / ∂y 2 ⇒ σ xx = d 4 ⋅ x ⋅ y

σ yy = ∂ 2φ / ∂x 2 ⇒ σ yy = 0

τ xy = −∂ 2φ / (∂x ⋅ ∂y ) ⇒ τ xy = −(d 4 / 2 ) ⋅ y 2 − b2 NOTA: Ver análise dos


polinômios ø2 e ø4.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Condições de contorno:
Para y=±c, tem-se τxy=0, logo:

2 ⋅ b2
(τ )
xy y = ± c = −(d 4 / 2 ) ⋅ c − b2 = 0 ⇒ d 4 = − 2
2

c
Para x=0, tem-se -∫τxy·dy=P, logo:

[ ]
c c
− ∫ τ xy ⋅ dy = − ∫ − (d 4 / 2 ) ⋅ y 2 − b2 ⋅ dy = P ⇒
−c −c

3 P 3 P
b2 = ⋅ ⇒ d4 = − ⋅ 3 NOTA: O sinal negativo da integral é proveniente
4 c 2 c da convenção de sinal de τxy em x=0.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Substituindo os valores de b2 e d4 nas componentes de tensão, têm-se:

 3⋅ P Sendo :
σ xx = d 4 ⋅ x ⋅ y σ xx = − 2 ⋅ c 3 ⋅ x ⋅ y  3 P
  b2 = ⋅
σ
 yy = 0 ⇒ σ yy = 0 ⇒
 4 c
τ = −(d / 2 ) ⋅ y 2 − b  3⋅ P 2
 xy 4 2 τ
 xy

= − ⋅ (c − y 2
) 
d = −
3 P
⋅ 3
4⋅c 3
 4 2 c
 P⋅x⋅ y 
σ xx = − ⋅ 3
I = 2 c

 I
σ yy = 0
3
 P ⋅ (c 2 − y 2 )
τ xy = −
 2⋅ I
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Distribuição das tensões:

Tensão σxx: Tensão σyy: Tensão τxy:

P⋅x⋅ y σ yy = 0 P ⋅ (c 2 − y 2 )
σ xx =− τ xy =−
I 2⋅ I
σxx=(P/I)⋅L⋅c τxy=0
τxy=(P⋅c 2 )/(2⋅I)
x x x

σxx=(P/I)⋅L⋅c τxy=0

y y y

NOTA: As tensões apresentadas são as mesmas obtidas na teoria elementar.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deformação (estado plano de tensão):

ε xx = (σ xx −ν ⋅ σ yy ) / E ε xx = σ xx / E Sendo :
  
ε
 yy = (σ yy − ν ⋅ σ xx ) / E ⇒ ε yy = −(ν ⋅ σ xx ) / E ⇒ σ xx = −
P⋅x⋅ y
γ = τ / G γ = τ / G  I
 xy xy  xy xy
σ yy = 0
 P⋅x⋅ y  P ⋅ (c 2 − y 2 )
ε
 xx = − τ xy = −
E⋅I  2⋅ I
 ν ⋅P⋅x⋅ y 
ε yy =
 E⋅I
γ = − P ⋅ (c 2
− y 2
)
 xy 2⋅ I ⋅G
NOTA: A distribuição das deformações
proporcional à distribuição das tensões.
é

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deslocamento:
 P⋅x⋅ y
 ∂u / ∂ x = −
ε xx = ∂u / ∂x E⋅I
 
 ν ⋅P⋅x⋅ y
ε
 yy = ∂v / ∂y ⇒  ∂v / ∂y = ⇒
γ = (∂u / ∂y ) + (∂v / ∂x )  E⋅I
 xy  P ⋅ (c 2 − y 2 )
(∂u / ∂y ) + (∂v / ∂x ) = − 2 ⋅ I ⋅ G

 P ⋅ x2 ⋅ y
u = ∫ (∂u / ∂x ) ⋅ dx  u=− + f ( y)
  2⋅ E ⋅ I Continua ⇒
 ⇒ 
v = ∫ (∂v / ∂y ) ⋅ dy v = ν ⋅ P ⋅ x ⋅ y 2
+ f1 ( x )
NOTA: f(y) e f1(x) são,
 2⋅ E ⋅ I
respectivamente, funções
incógnitas de x e y.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deslocamento:

Sendo :

P ⋅ x 2
⋅y
u = − + f ( y)  ∂u P ⋅ x2 d


2⋅ E ⋅ I  ∂y = − 2 ⋅ E ⋅ I + dy ⋅ f ( y )
 ν ⋅ P ⋅ x ⋅ y2 ⇒  ⇒
v = 2 ⋅ E ⋅ I + f1 ( x )  ∂v = ν ⋅ P ⋅ y + d ⋅ f ( x )
2

  ∂x 2 ⋅ E ⋅ I dx 1
 ∂u + ∂v = − P ⋅ (c − y )
2 2

 ∂y ∂x 2⋅ I ⋅G

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deslocamento:

Substituindo :
  Em :
 ∂u P ⋅ x2 
P ⋅ (c 2 − y 2 ) ⇒
d
 =− + ⋅ f ( y) ⇒  ∂u ∂v
 ∂y 2 ⋅ E ⋅ I dy  ∂y + ∂x = − 2 ⋅ I ⋅ G
 ∂v ν ⋅ P ⋅ y 2 d 
 = + ⋅ f1 ( x )
 ∂x 2 ⋅ E ⋅ I dx

P ⋅ x2 d ν ⋅ P ⋅ y2 d P ⋅ (c 2 − y 2 )
− + ⋅ f ( y) + + ⋅ f1 ( x ) = −
2 ⋅ E ⋅ I dy 2 ⋅ E ⋅ I dx 2⋅ I ⋅G
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deslocamento:
P ⋅ x2 d ν ⋅ P ⋅ y2 d P ⋅ (c 2 − y 2 )
− + ⋅ f ( y) + + ⋅ f1 ( x ) = −
2 ⋅ E ⋅ I dy 2 ⋅ E ⋅ I dx 2⋅ I ⋅G
Nesta equação, há membros que são função  Sendo :
de x, função de y e constantes. Agrupando

P ⋅ x2 d
( ) + ⋅ f1 ( x )
estes membros, respectivamente, em F(x),
G(y) e K, têm-se: F x = −
 2 ⋅ E ⋅ I dx

F (x ) + G( y ) = K  ν ⋅ P ⋅ y2 P ⋅ y2 d
G ( y ) = 2 ⋅ E ⋅ I − 2 ⋅ I ⋅ G + dy ⋅ f ( y )

 P ⋅ c2
NOTA: A equação F(x)+G(y)=K só é
satisfeita se F(x) e G(y) forem constantes.
 K = − 2 ⋅ I ⋅ G Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deslocamento:
Sendo F(x) e G(y) valores constantes, tem-se:

Sendo :
d +e = K 
d = F ( x ) e = G( y )
Desta forma, tem-se para F(x):

P ⋅ x2 d d P ⋅ x2
d = F (x) = − + ⋅ f1 ( x ) ⇒ ⋅ f1 ( x ) = +d ⇒
2 ⋅ E ⋅ I dx dx 2⋅ E ⋅ I

d
f1 ( x ) = ∫ ⋅ f1 ( x ) ⋅ dx ⇒ f1 ( x ) = P ⋅ x 3
+d⋅x+h
dx 6⋅ E ⋅ I
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deslocamento:
Analogamente, tem-se para G(y):

ν ⋅ P ⋅ y2P ⋅ y2 d
e = G( y ) = − + ⋅ f ( y) ⇒
2 ⋅ E ⋅ I 2 ⋅ I ⋅ G dy
d P ⋅ y2 ν ⋅ P ⋅ y2 d
⋅ f ( y) = − + e ⇒ f ( y ) = ∫ ⋅ f ( y ) ⋅ dy ⇒
dy 2⋅ I ⋅G 2⋅ E ⋅ I dy

P ⋅ y3 ν ⋅ P ⋅ y3
f ( y) = − + e⋅ y + g
6⋅ I ⋅G 6⋅ E ⋅ I
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deslocamento: 
Substituindo f(y) e f1(x) em u e v, têm-se: Sendo :

 P ⋅ x2 ⋅ y  P ⋅ y3 ν ⋅ P ⋅ y3
u = − 2 ⋅ E ⋅ I + f ( y )  f ( y) = − + e⋅ y + g
 6⋅ I ⋅G 6⋅ E ⋅ I
 ⇒
 P ⋅ x3
v = ν ⋅ P ⋅ x ⋅ y + f ( x )  f1 ( x ) = 6 ⋅ E ⋅ I + d ⋅ x + h
2

 2⋅ E ⋅ I
1

 P ⋅ x2 ⋅ y P ⋅ y3 ν ⋅ P ⋅ y3
u = − 2 ⋅ E ⋅ I + 6 ⋅ I ⋅ G − 6 ⋅ E ⋅ I + e ⋅ y + g

v = ν ⋅ P ⋅ x ⋅ y 2
P ⋅ x 3

 + +d⋅x+h
2⋅ E ⋅ I 6⋅ E ⋅ I
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Condições de contorno para as componentes de deslocamento u e v:
Para x=L e y=0, tem-se u=0, logo: 
Sendo :

(u )xy==L0 = 0 ⇒ g = 0  P ⋅ x2 ⋅ y P ⋅ y3 ν ⋅ P ⋅ y3
u = − + − + e⋅ y + g
 2⋅ E ⋅ I 6⋅ I ⋅G 6⋅ E ⋅ I
 ν ⋅ P ⋅ x ⋅ y 2 P ⋅ x3
v = 2 ⋅ E ⋅ I + 6 ⋅ E ⋅ I + d ⋅ x + h
Para x=L e y=0, tem-se v=0, logo:

P ⋅ L3
(v )xy==L0 =0⇒ h=− −d ⋅L
6⋅ E ⋅ I
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Condições de contorno para as componentes de deslocamento u e v:
A constante d é encontrada a partir da rotação da viga em relação ao ponto fixo A. Para
esta análise, apresentam-se dois casos, como segue:

CASO 1: Um elemento do eixo é fixo em A. Nesta condição tem-se:

 ∂v  = 0
  x=L
 ∂x  y =0
CASO 2: Um elemento da seção é fixo em A. Nesta condição tem-se:
A
 ∂u 
  =0
 ∂y  xy==L0 Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Condições de contorno para as componentes de deslocamento u e v:

CASO 1: Um elemento do eixo é fixo em A.

Sendo :
 ∂v  = ⇒ 
  x=L 0  ν ⋅ P ⋅ x ⋅ y 2 P ⋅ x3
 ∂x  y =0 v = 2 ⋅ E ⋅ I + 6 ⋅ E ⋅ I + d ⋅ x + h
Sendo :
 ∂v  = P ⋅ L + = ⇒ P⋅L ⇒ 
2 2
  x=L d 0 d =−  P ⋅ L3
 ∂x  y =0 2 ⋅ E ⋅ I 2⋅ E ⋅ I h = − 6 ⋅ E ⋅ I − d ⋅ L
P ⋅ L3
h=
3⋅ E ⋅ I Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Condições de contorno para as componentes de deslocamento u e v:

CASO 1: Um elemento do eixo é fixo em A.

Lembrando que:
Sendo :
P ⋅ c2 P ⋅ L2 
d +e = K ⇒ e = − +  K = − (P ⋅ c 2
) / (2 ⋅ I ⋅ G )
2⋅ I ⋅G 2⋅ E ⋅ I d = −(P ⋅ L2 ) / (2 ⋅ E ⋅ I )

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deslocamento: CASO 1.
Substituindo as constantes de integração nas equações de u e v, têm-se:
 P ⋅ x2 ⋅ y P ⋅ y3 ν ⋅ P ⋅ y3
u = − 2 ⋅ E ⋅ I + 6 ⋅ I ⋅ G − 6 ⋅ E ⋅ I + e ⋅ y + g

v = ν ⋅ P ⋅ x ⋅ y 2
P ⋅ x 3

 + +d⋅x+h
2⋅ E ⋅ I 6⋅ E ⋅ I
 P ⋅ x 2 ⋅ y P ⋅ y 3 ν ⋅ P ⋅ y 3  P ⋅ L2 P ⋅ c2 
u = − 2 ⋅ E ⋅ I + 6 ⋅ I ⋅ G − 6 ⋅ E ⋅ I +  2 ⋅ E ⋅ I − 2 ⋅ I ⋅ G  ⋅ y
  

 ν ⋅ P ⋅ x ⋅ y 2
P ⋅ x 3
P ⋅ L2
⋅ x P ⋅ L3

v = 2 ⋅ E ⋅ I + 6 ⋅ E ⋅ I − 2 ⋅ E ⋅ I + 3 ⋅ E ⋅ I Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deslocamento: CASO 1.
As componentes de deslocamento u e v no eixo da viga são dadas para y=0, logo:

(u ) y =0 = 0

 P ⋅ x 3 P ⋅ L2 ⋅ x P ⋅ L3
(v ) y =0 = − +
 6 ⋅ E ⋅ I 2 ⋅ E ⋅ I 3⋅ E ⋅ I
A flecha máxima é dada por:

P ⋅ L3
(v )max = (v )xy==00 =
3⋅ E ⋅ I
NOTA: As equações apresentadas são as mesmas equações apresentadas na teoria elementar de deflexão de vigas.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• A distorção devido às tensões de cisalhamento será mostrada analisando-se o
deslocamento u na seção x=L. Sabendo que o deslocamento u é dado por:

P ⋅ x 2 ⋅ y P ⋅ y 3 ν ⋅ P ⋅ y 3  P ⋅ L2 P ⋅ c2 
u=− + − + − ⋅ y
2⋅ E ⋅ I 6⋅ I ⋅G 6⋅ E ⋅ I  2⋅ E ⋅ I 2⋅ I ⋅G 
A rotação da seção em torno do ponto A é dada por:

∂u P ⋅ x2 P ⋅ y 2 ν ⋅ P ⋅ y 2 P ⋅ L2 P ⋅ c2
=− + − + − ⇒
∂y 2⋅ E ⋅ I 2⋅ I ⋅G 2⋅ E ⋅ I 2⋅ E ⋅ I 2⋅ I ⋅G
Sendo :
 ∂u  P⋅c 2
 ∂u  3⋅ P 
  = − ⇒   = −  2 ⋅ c 3
 ∂y  xy==L0 2 ⋅ I ⋅ G  ∂y  x = L
y =0
4 ⋅ c ⋅ G I =
 3 Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• A distorção da seção transversal x=L é dada por:

A
x

LEMBRETE: Sentido positivo.

 ∂u  3⋅ P
  =−
 ∂y  xy==L0 4⋅c ⋅G

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Condições de contorno para as componentes de deslocamento u e v:

CASO 2: Um elemento da seção é fixo em A.

Sendo :
 ∂u  
  =0⇒  P ⋅ x2 ⋅ y P ⋅ y3 ν ⋅ P ⋅ y3
 ∂y  xy==L0 u = − 2 ⋅ E ⋅ I + 6 ⋅ I ⋅ G − 6 ⋅ E ⋅ I + e ⋅ y

∂u P ⋅ x2 P ⋅ y2 ν ⋅ P ⋅ y2
=− + − +e⇒
∂y 2⋅ E ⋅ I 2⋅ I ⋅G 2⋅ E ⋅ I
 ∂u  P ⋅ L2 P ⋅ L2
  =− +e =0⇒ e =
 ∂y  xy==L0 2⋅ E ⋅ I 2⋅ E ⋅ I Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Condições de contorno para as componentes de deslocamento u e v:

CASO 2: Um elemento da seção é fixo em A.

Lembrando que: Sendo :



 K = − (P ⋅ c 2
) / (2 ⋅ I ⋅ G )
P⋅c 2
P⋅L 2

d +e = K ⇒ d = − − ⇒ e = (P ⋅ L2 ) / (2 ⋅ E ⋅ I )
2⋅ I ⋅G 2⋅ E ⋅ I 
h = − P ⋅ L3

 −d ⋅L
P⋅c ⋅ L P⋅ L
2 3
6⋅ E ⋅ I
h= +
2 ⋅ I ⋅G 3⋅ E ⋅ I

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deslocamento: CASO 2.
Substituindo as constantes de integração nas equações de u e v, têm-se:
 P ⋅ x2 ⋅ y P ⋅ y3 ν ⋅ P ⋅ y3
u = − 2 ⋅ E ⋅ I + 6 ⋅ I ⋅ G − 6 ⋅ E ⋅ I + e ⋅ y + g

v = ν ⋅ P ⋅ x ⋅ y 2
P ⋅ x 3

 + +d⋅x+h
2⋅ E ⋅ I 6⋅ E ⋅ I
 P ⋅ x 2 ⋅ y P ⋅ y 3 ν ⋅ P ⋅ y 3 P ⋅ L2 ⋅ y
u = − 2 ⋅ E ⋅ I + 6 ⋅ I ⋅ G − 6 ⋅ E ⋅ I + 2 ⋅ E ⋅ I

v = ν ⋅ P ⋅ x ⋅ y 2
P ⋅ x 3
P ⋅ L2
⋅ x P ⋅ L3
P ⋅ c 2
⋅ (L − x )
 + − + +
2⋅ E ⋅ I 6 ⋅ E ⋅ I 2 ⋅ E ⋅ I 3⋅ E ⋅ I 2⋅ I ⋅G Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Componentes de deslocamento: CASO 2.
As componentes de deslocamento u e v no eixo da viga são dadas para y=0, logo:

(u ) y =0 = 0 Força cortante


 P ⋅ x 3 P ⋅ L2 ⋅ x P ⋅ L3 P ⋅ c 2 ⋅ ( L − x )
(v ) y =0 = − + +
 6 ⋅ E ⋅ I 2 ⋅ E ⋅ I 3⋅ E ⋅ I 2⋅ I ⋅G
A flecha máxima é dada por: Força cortante

P ⋅ L3 P ⋅ c 2 ⋅ L
(v )max = (v )xy==00 = +
3⋅ E ⋅ I 2 ⋅ I ⋅G Continua ⇒

NOTA: O último membro das equações anteriores representa o efeito da força cortante na deflexão de vigas.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 56/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Analisando a rotação do eixo, ∂v/∂x, para o CASO 2 em torno do ponto A, tem-se:

∂v ν ⋅ P ⋅ y 2 P ⋅ x 2 P ⋅ L2 P ⋅ c2  ∂v  P ⋅ c2
= + − − ⇒   =− ⇒
∂x 2 ⋅ E ⋅ I 2 ⋅ E ⋅ I 2 ⋅ E ⋅ I 2 ⋅ I ⋅ G  ∂x  xy==L0 2⋅ I ⋅G

Sendo :
 ∂v  3⋅ P 
  x=L =−  2 ⋅ c 3
 ∂x  y =0 4 ⋅ c ⋅ G I = A
 3 x
 ∂v  = − 3 ⋅ P
  x= L
 ∂x  y =0 4⋅c ⋅G

NOTA: Esta rotação é responsável pelo acréscimo da flecha no CASO 2.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 57/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.4. EXEMPLO 1:
• Da análise da seção transversal x=L, verificou-se que na prática, a seção engastada
apresenta condições de contorno diferentes das apresentadas nos CASOS 1 e 2, ou seja, a
seção x=L não pode apresentar distorções e nem rotacionar. Além disto, a distribuição de
tensões, em x=L, também é diferente das obtidas na presente solução. Entretanto, salienta-
se, que a presente solução é satisfatória para balanços compridos e em seções distantes dos
extremos (Princípio de Saint-Venant).

CASO 1 CASO 2

A A
x x
 ∂v  = − 3 ⋅ P
 ∂u  3⋅ P   x= L
 ∂x  y =0 4⋅c ⋅G
  =−
 ∂y  xy==L0 4⋅c ⋅G

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 58/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
► Dada a viga uniformemente carregada, será considerada:

(a) Seção transversal retangular 1-2·c (largura unitária);

(b) Apoiada nas extremidades;

(c) Flexionada sob uma carga uniformemente distribuída q.


q
• Pede-se:

c
x

2⋅c
(a) Componentes de tensão;

c
1
(b) Componentes de deformação; L L

(c) Componentes de deslocamento. y

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 59/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Para a situação apresentada, têm-se como condição de contorno:

c  c 
 ∫ σ xx ⋅ dy  =0  ∫ σ xx ⋅ y ⋅ dy  =0
 −c  x=± L  −c  x=± L

c 
(τ )
q
xy y = ± c =0  ∫ τ xy ⋅ dy  = q ⋅ L
 −c  x=± L

c
x

2⋅c

c
(σ ) (σ )
1
L L
yy y = − c = −q yy y =c =0
y
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Das condições do problema, tem-se para a função de tensão ø:
Sendo :
a2 2 b3 2 d3 3 d5 2 3 f5 5 
φ = ⋅x + ⋅x ⋅y+ ⋅y + ⋅x ⋅y + ⋅y  2
2 2 3⋅ 2 3⋅ 2 5⋅ 4 f
 5 = − ⋅ d5
3
• Componentes de tensão:

σ xx = ∂ 2φ / ∂y 2 ⇒ σ xx = d 3 ⋅ y + d 5 ⋅ x 2 ⋅ y + f 5 ⋅ y 3
d5 3
σ yy = ∂ φ / ∂x ⇒ σ yy
2 2
= a2 + b3 ⋅ y + ⋅ y
3
τ xy = −∂ 2φ / (∂x ⋅ ∂y ) ⇒ τ xy = −(b3 ⋅ x + d 5 ⋅ x ⋅ y 2 ) NOTA: Ver análise dos
polinômios ø2, ø3 e ø5.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 61/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Condições de contorno:
Para y=±c, tem-se τxy=0, logo:

(τ )
xy y = ± c = −(b3 ⋅ x + d 5 ⋅ x ⋅ c 2 ) = 0 ⇒ b3 + d 5 ⋅ c 2 = 0

Para y=-c, tem-se σyy=-q, logo:

(σ )yy y = − c = − q ⇒ a2 − b3 ⋅ c −
d5 3
⋅ c = −q
3
Para y=c, tem-se σyy=0, logo:

(σ )yy y = c
d5 3
= 0 ⇒ a2 + b3 ⋅ c + ⋅ c = 0
3 Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 62/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Condições de contorno:
Sabendo que:

  1
a
 2 = − ⋅q
b3 + d 5 ⋅ c = 0
2
2
 
 d5 3  3 q

 2 3
a b ⋅ c − ⋅ c = −q ⇒  3
b = ⋅
 3  4 c
 d5 3  3 q
a +
 2 3b ⋅ c + ⋅c = 0 d
 5 = − ⋅ 3
3 4 c

NOTA: O sistema pode ser resolvido pela regra de Cramer. Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Condições de contorno:
Para (∫σxx·y·dy)x=±L=0, tem-se:

c  c 
 ∫ σ xx ⋅ y ⋅ dy  = 0 ⇒  ∫ (d 3 ⋅ y + d 5 ⋅ x ⋅ y + f 5 ⋅ y )⋅ y ⋅ dy 
2 3
=0⇒
 −c  x=± L −c  x=± L

c Sendo :
∫−c (d3 ⋅ y + d5 ⋅ L ⋅ y + f5 ⋅ y )⋅ y ⋅ dy = 0 ⇒ 
2 3
2
 5f = − ⋅ d5
 3
3 q  L2 2   3 q
d3 = ⋅ ⋅  2 −   d = − ⋅ 3
4 c c 5  5
4 c
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de tensão: Substituindo os valores de a2, b3, d3, e d5 nas componentes de
tensão, têm-se:
Sendo :
 1 3 q
σ xx = d 3 ⋅ y + d 5 ⋅ x ⋅ y + f 5 ⋅ y
2 3
a 2 = − ⋅ q b3 = ⋅
  2 4 c
 d5 3 
σ
 yy = a + b ⋅ y + ⋅ y ⇒  3 q 3 q  L2 2 
d 5 = − 4 ⋅ c 3 d3 = ⋅ ⋅  2 − 
2 3
 3
τ xy = −(b3 ⋅ x + d 5 ⋅ x ⋅ y 2 )
4 c c 5

 2
f
 5 = − ⋅ d5
3

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de tensão: Substituindo os valores de a2, b3, d3, e d5 nas componentes de
tensão, têm-se:

 3 ⋅ q  L2 2  3 ⋅ q ⋅ x2 ⋅ y q ⋅ y3
σ xx = 4 ⋅ c ⋅  c 2 − 5  ⋅ y − 4 ⋅ c 3 + 2 ⋅ c 3
  
 q 3 ⋅ q ⋅ y q ⋅ y3
σ yy = − + − ⇒
 2 4⋅c 4⋅c 3

  3⋅ q ⋅ x 3⋅ q ⋅ x ⋅ y2 
τ xy = − 4 ⋅ c − 4 ⋅ c 3 
  

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de tensão: Organizando as equações anteriores de σxx, σyy e τxy, têm-se:

 3⋅ q  2 2 ⋅ y 3  3 ⋅ q  L2 2 
σ xx = − 4 ⋅ c 3 ⋅  x ⋅ y − 3  + 4 ⋅ c ⋅  c 2 − 5  ⋅ y
    
 Sendo :
3 ⋅ q  y3 2 ⋅ c 3
 
σ yy = − ⋅ − c ⋅ y +  ⇒
2
 2 ⋅ c3
 4⋅c  3
3
3   I = 3
 3⋅ q
τ
 xy = − ⋅ (c 2
− y 2
)⋅ x
 4⋅c 3

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de tensão:

 q  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y 
σ xx = 2 ⋅ I ⋅ (L − x )⋅ y + 2 ⋅ I ⋅  3 − 5 
q 2 2

  
 q  y3 2 ⋅ c 3

σ yy = − ⋅ − c ⋅ y + 
2

 2⋅ I  3 3 

τ
 xy = −
q
⋅ (c 2
− y 2
)⋅ x
 2⋅ I

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Distribuição das tensões σxx:

q  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y 
⋅ (L − x )⋅ y +
q
σ xx = 2 2
⋅ − 
2⋅ I 2⋅ I  3 5 

q  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y 
p / x = ± L ⇒ σ xx = ⋅ − 
2⋅ I  3 5 
σxx=2⋅q⋅c3 /(15⋅I)

 2 ⋅ q ⋅ c3 x
 p / y = c ⇒ σ xx = 15 ⋅ I
p / x = ±L ⇒ 
⋅ ⋅ 3 σxx=2⋅q⋅c3 /(15⋅I)
 p / y = −c ⇒ σ = − 2 q c
 xx
15 ⋅ I y Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 69/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Distribuição das tensões σxx:

 ⋅ ⋅ ⋅ y
⋅ (L2 − x 2 )⋅ y +
3 2
q q 2 y 2 c
σ xx = ⋅ − 
2⋅ I 2⋅ I  3 5 

NOTA 1 NOTA 2

Continua ⇒

NOTA 1: Parcela que coincide com a teoria elementar (a seção é solicitada apenas pela componente σxx);

NOTA 2: Parcela que corrige a teoria elementar (a seção é solicitada pelas componentes σxx e σyy). A correção não
depende da direção x e é pequena quando L>>2·c, nestas condições a teoria elementar apresenta precisão satisfatória.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 70/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Distribuição das tensões σxx: A tensão σxx apresentada na solução do problema representa
uma solução exata somente se nas seções x=±L houver a seguinte distribuição de tensões:

q  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y 
σ xx = ⋅ − 
2⋅ I  3 5 
Na prática têm-se nas seções x=±L σxx=0. Entretanto, salienta-se que as resultantes de
força, (∫σxx·dy)x=±L=0, e de momento, (∫σxx·y·dy)x=±L=0, são nulas, logo, pelo Princípio de
Saint-Venant, as respostas apresentadas por σxx são válidas para seções distantes (>2·c)
das extremidades. Continua ⇒

NOTA: Verificação da resultante de força nula:


c
c   c  q  2 ⋅ y 3 2 ⋅ c 2 ⋅ y    q  1 ⋅ y 4 c 2 ⋅ y 2 
 ∫ σ xx ⋅ dy  =  ∫  ⋅ −  ⋅ dy  = ⋅ −  = 0
 −c  x = ± L  −c  2 ⋅ I  3 5   x=± L  2 ⋅ I  6 5  −c

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Distribuição das tensões σxx: Admitindo q=20 N/mm, L=1000 mm e c=100 mm, tem-se
para a variação de σxx na seção transversal:
σxx (MPa) σxx (MPa)
-100 -100
-75 -75
-50 -50

-4 -2 -25 0 2 4 -1500 -1000 -500-25 0 500 1000 1500


y (mm)

y (mm)

0 0
25 25
NOTA: Tensão máxima σmax:
50 50
75 75 Teoria elementar:
100 100
σxx=M·y/I=1500 MPa
σxx(L,y) σxx(L,y) σxx(500,y) σxx(0,y)
Teoria da elasticidade:
q  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y 
⋅ (L − x )⋅ y +
q
σ xx = 2 2
⋅ − 
2⋅ I 2⋅ I  3 5  σxx=1504 MPa

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 72/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Distribuição das tensões σyy:

q  y3 2 ⋅ c 3

σ yy =− ⋅ − c ⋅ y +
2

2⋅ I  3 3 

 q ⋅ c3 q σyy =q
 p / y = 0 ⇒ σ = − = −
3⋅ I
yy
2

 p / y = c ⇒ σ yy = 0 x
 p / y = −c ⇒ σ = − q
 yy

y Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 73/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Distribuição das tensões σyy: Admitindo q=20 N/mm, L=1000 mm e c=100 mm, tem-se
para a variação de σyy na seção transversal:

σyy (MPa)
q  y3 2 ⋅ c 3

σ yy =− ⋅ − c ⋅ y +
2
 -100
2⋅ I  3 3  -75
-50

-20 -15 -10 -5 0 -25

y (mm)
0
25
50
75
100

σyy(0,y)

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Distribuição das tensões τxy: p / y = ± c ⇒ τ xy = 0

⋅ (c 2 − y 2 )⋅ x
q 
τ xy = − q ⋅ c2 ⋅ L
2⋅ I  p / x = − L ⇒ τ xy = 2 ⋅ I
p/ y =0⇒
p / x = L ⇒τ = − q ⋅ c 2
⋅L
τxy=q⋅c 2⋅L/(2⋅I)

x  xy
2⋅ I
NOTA 1: Análise da resultante de τxy em x=±L:

c  c q 
 ∫ τ xy ⋅ dy  =  ∫ − ⋅ (c 2 − y 2 )⋅ x  ⋅ dy  ⇒
 −c  x = ± L  −c  2 ⋅ I   x=± L
y
c 
 ∫ τ xy ⋅ dy  = q ⋅ L
NOTA 2: A tensão τxy coincide com a tensão
obtida na teoria elementar.
 −c  x=± L

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 75/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Análise do peso próprio: Quando o peso do sólido é a única força de massa, têm-se:

∂V
Y =− = ρ ⋅ g ⇒ V = −ρ ⋅ g ⋅ y
NOTA: Y é a componente y da força de

∂y
massa por unidade de volume.

Desta forma, a análise do peso próprio pode ser estabelecida, para o presente problema,
mediante a seguinte consideração:

q = 2⋅ ρ ⋅ g ⋅c
Nestas condições, têm-se para as componentes de tensão:

∂ 2φ ∂ 2φ ∂ 2φ
σ xx = 2 −ρ⋅g⋅y σ yy = 2 −ρ⋅g⋅y τ xy =−
∂y ∂x ∂x ⋅ ∂y
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Análise do peso próprio: Para atender as condições de contorno, adiciona-se a seguinte
parcela à equação anterior de ø:

φ = ρ ⋅ g ⋅ (y 3 + 3 ⋅ c ⋅ x 2 ) / 6
Desta forma, têm-se parcelas adicionais de componentes de tensão, conforme segue:

 ∂ 2φ
σ xx = ∂y 2 − ρ ⋅ g ⋅ y
 σ xx = 0
 ∂ 2φ 
σ yy = 2 − ρ ⋅ g ⋅ y ⇒ σ yy = ρ ⋅ g ⋅ (c − y )
 ∂x τ = 0
 ∂ 2φ  xy
τ xy = − ∂x ⋅ ∂y
 Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Análise do peso próprio: Quando o peso do sólido é a única força de massa, têm-separa
as componentes de tensão:

 q  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y  Sendo :
σ xx = 2 ⋅ I ⋅ (L − x )⋅ y + 2 ⋅ I ⋅  3 − 5 
q

2 2

   q = 2 ⋅ ρ ⋅ g ⋅ c
 q  y3 2 ⋅ c 3

σ yy = − ⋅ − c ⋅ y +2
 + ρ ⋅ g ⋅ (c − y )
 2⋅ I  3 3 

⋅ (c 2 − y 2 )⋅ x
q
τ
 xy = −
 2⋅ I

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Análise do peso próprio: Nestas condições, tem-se para a distribuição das tensões σyy:

q  y3 2 ⋅ c 3
 Sendo :
σ yy =− ⋅ − c ⋅ y +
2
 + ρ ⋅ g ⋅ (c − y ) 
2⋅ I  3 3  q = 2 ⋅ ρ ⋅ g ⋅ c

 p / y = 0 ⇒ σ yy = 0
 x
 p / y = c ⇒ σ yy = 0
 p / y = −c ⇒ σ = 0
 yy

y
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Análise do peso próprio: Admitindo ρ=78,5 kN/m3, g=10 m/s2, L=1000 mm e c=100
mm, tem-se para a variação de σyy na seção transversal:
σyy (MPa)

q  y3 2 ⋅ c3  -100
σ yy =− ⋅ − c ⋅ y +
2
 + ρ ⋅ g ⋅ (c − y )
2⋅ I  3 3  -75
-50

-0.02 -0.01 0 0.01 0.02-25


Sendo :

y (mm)
 0
q = 2 ⋅ ρ ⋅ g ⋅ c 25
50
75
100

σyy(0,y)

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deformação (estado plano de tensão):

Sendo :
 (σ xx −ν ⋅ σ yy )   ⋅ ⋅ ⋅ y
⋅ (L − x )⋅ y +
3 2
ε
 xx = σ xx =
q 2 2 q
⋅
2 y

2 c

E  2⋅ I 2⋅ I  3

 (σ − ν ⋅ σ ) 
5 
ε yy = ⇒ 
yy xx
q  y 3
2 ⋅ c 3

E σ yy = − ⋅ − c ⋅ y + 
2

γ = τ xy  2⋅ I  3 3 
 xy G 
⋅ (c 2 − y 2 )⋅ x
q
τ
 xy = −
 2⋅ I

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deformação (estado plano de tensão):

  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y  ν ⋅ q  y3 2 ⋅ c3 
ε xx = 2 ⋅ E ⋅ I ⋅ (L − x )⋅ y + 2 ⋅ E ⋅ I ⋅  3 − 5  + 2 ⋅ E ⋅ I ⋅  3 − c ⋅ y + 3 
q 2 2 q 2

    
  y3 2 ⋅ c3  ν ⋅ q  2  2 ⋅ y 3 2 ⋅ c 2 ⋅ y 
⋅ (L − x )⋅ y + 
q
ε yy = − ⋅ − c ⋅ y + − − 
2 2

 2⋅ E ⋅ I  3 3  2⋅ E ⋅ I   3 5 

γ = −
q
⋅ (c 2
− y 2
)⋅ x
2⋅G ⋅ I
xy

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deslocamento:
ε xx = ∂u / ∂x
 u = ∫ (∂u / ∂x ) ⋅ dx = ∫ ε xx ⋅ dx

ε yy = ∂v / ∂y ⇒ 
γ = (∂u / ∂y ) + (∂v / ∂x ) v = ∫ (∂v / ∂y ) ⋅ dy = ∫ ε yy ⋅ dy
 xy
Sendo:
  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y  ν ⋅ q  y3 2 ⋅ c3 
ε xx = 2 ⋅ E ⋅ I ⋅ (L − x )⋅ y + 2 ⋅ E ⋅ I ⋅  3 − 5  + 2 ⋅ E ⋅ I ⋅  3 − c ⋅ y + 3 
q 2 2 q 2

    
  y3 2 ⋅ c3  ν ⋅ q  2  2 ⋅ y 3 2 ⋅ c 2 ⋅ y 
⋅ (L − x )⋅ y + 
q
ε yy = − ⋅ − c ⋅ y + − − 
2 2

 2⋅ E ⋅ I  3 3  2⋅ E ⋅ I   3 5 

γ = −
q
⋅ (c 2
− y 2
)⋅ x
2⋅G ⋅ I
xy
 Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 83/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deslocamento:

u = ∫ (∂u / ∂x ) ⋅ dx = ∫ ε xx ⋅ dx ⇒

q  2 x3  q  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y  ν ⋅ q  y3 2 2 ⋅ c3 
u= ⋅ L ⋅ x − ⋅ y + ⋅ − ⋅ x + ⋅ − c ⋅ y +  ⋅ x + f ( y)
2⋅ E ⋅ I  3 2⋅ E ⋅ I  3 5  2⋅ E ⋅ I  3 3 

v = ∫ (∂v / ∂y ) ⋅ dy = ∫ ε yy ⋅ dy ⇒

 y 4 c 2 ⋅ y 2 2 ⋅ c3 ⋅ y  ν ⋅ q  2 y 2  y 4 c 2 ⋅ y 2 
⋅ (L − x )⋅ +  −
q
v=− ⋅ − + − 2
 + f1 ( x )
2 ⋅ E ⋅ I  12 2 3  2⋅ E ⋅ I  2  6 5 

Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 84/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deslocamento: A partir de γxy, tem-se:
∂u ∂v Sendo :
γ xy = + ⇒ 

∂y ∂x γ
 xy = −
q
⋅ (c 2
− y 2
)⋅ x
∂u ∂v 2⋅G ⋅ I
⋅ (c 2 − y 2 )⋅ x
q
+ =−
∂y ∂x 2⋅G ⋅ I
A partir de u e v, têm-se:
∂u  2 x3   2 ⋅ c2  ν ⋅q
⋅ ( y 2 − c 2 )⋅ x + ⋅ f ( y )
q q d
= ⋅ L ⋅ x −  + ⋅2⋅ y −
2
⋅ x +
∂y 2 ⋅ E ⋅ I  3  2⋅ E ⋅ I  5  2⋅ E ⋅ I dy

∂v ν ⋅ q ⋅ x ⋅ y 2 d
= + ⋅ f1 ( x )
∂x 2⋅ E ⋅ I dx Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deslocamento: Substituindo ∂u/∂y e ∂v/∂x em γxy, tem-se:

 2 x3   2 ⋅ c2  ν ⋅q
⋅ ( y 2 − c 2 )⋅ x + ⋅ f ( y ) +
q q d
⋅ L ⋅ x −  + ⋅2⋅ y −
2
⋅ x +
2⋅ E ⋅ I  3  2⋅ E ⋅ I  5  2⋅ E ⋅ I dy
ν ⋅ q ⋅ x ⋅ y2
⋅ (c 2 − y 2 )⋅ x
d q
+ ⋅ f1 ( x ) = −
2⋅ E ⋅ I dx 2⋅G ⋅ I

Nesta equação, há membros que são função de (x), função de (y) e função de (x,y).
Agrupando estes membros, respectivamente, em F(x), G(y) e H(x,y), têm-se:

F (x ) + G( y ) = H (x , y )

NOTA: A equação F(x)+G(y)=H(x,y) só é satisfeita se F(x), G(y) e H(x,y) forem constantes. Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deslocamento:
Sendo :

   ⋅  ν ⋅q
⋅ (c 2 )⋅ x +
3 2
F (x ) = q x q 2 c
⋅ L ⋅ x −  −
2
⋅ ⋅ x −
 2⋅ E ⋅ I  3  2⋅ E ⋅ I  5  2⋅ E ⋅ I

 d ⋅ f1 ( x ) + q ⋅ (c 2 )⋅ x
 dx 2⋅G ⋅ I
 d
 G ( y ) = ⋅ f ( y)
dy

 ν ⋅q ν ⋅ q ⋅ x ⋅ y2
⋅ (2 ⋅ y )⋅ x + ⋅ ( y )⋅ x +
q
H (x , y ) = −
2 2

 2⋅ E ⋅ I 2⋅ E ⋅ I 2⋅ E ⋅ I
 q ⋅ ( y 2 )⋅ x
 2 ⋅ G ⋅ I Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deslocamento:
Sendo F(x), G(y) e H(x,y) valores constantes, tem-se:

Sendo :
d +e = f 
d = F ( x ) e = G( y ) f = H (x, y )
Desta forma, tem-se para F(x):

 2 x3   2 ⋅ c2  ν ⋅q
⋅ (c 2 )⋅ x −
d q q
⋅ f1 ( x ) = − ⋅ L ⋅ x −  + ⋅ ⋅ x +
dx 2⋅ E ⋅ I  3  2⋅ E ⋅ I  5  2⋅ E ⋅ I

⋅ (c 2 )⋅ x + d
q
2⋅G ⋅ I
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deslocamento:
Dando continuidade, tem-se para F(x):
d
f1 ( x ) = ∫ ⋅ f1 ( x ) ⋅ dx ⇒
dx
q  L2 ⋅ x 2 x 4  q  c2 ⋅ x2  ν ⋅ q  c2 ⋅ x2 
f1 ( x ) = − ⋅ − + ⋅ + ⋅ −
2⋅ E ⋅ I  2 12  5 ⋅ E ⋅ I  2  2 ⋅ E ⋅ I  2 
q  c2 ⋅ x2 
⋅ +d ⋅x+ g
2⋅G ⋅ I  2 
Para G(y), tem-se: Continua ⇒
d d
G( y ) = ⋅ f ( y ) = e ⇒ f ( y ) = ∫ ⋅ f ( y ) ⋅ dy ⇒ f ( y ) = e ⋅ y + h
dy dy
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deslocamento: Substituindo f(y) e f1(x) em u e v, têm-se:

q  2 x3  q  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y  ν ⋅ q  y3 2 2 ⋅ c3 
u= ⋅ L ⋅ x − ⋅ y + ⋅ − ⋅ x + ⋅ − c ⋅ y + ⋅ x +
2⋅ E ⋅ I  3 2⋅ E ⋅ I  3 5  2⋅ E ⋅ I  3 3 
e⋅ y + h

 y 4 c 2 ⋅ y 2 2 ⋅ c3 ⋅ y  ν ⋅ q  2 y 2  y 4 c 2 ⋅ y 2 
⋅ (L − x )⋅ +  −
q
v=− ⋅ − + − 2
 −
2 ⋅ E ⋅ I  12 2 3  2⋅ E ⋅ I  2  6 5 
q  L2 ⋅ x 2 x 4  q  c2 ⋅ x2  ν ⋅ q  c2 ⋅ x2  q  c2 ⋅ x2 
⋅ − + ⋅ + ⋅ − ⋅ +d ⋅x+ g
2⋅ E ⋅ I  2 12  5 ⋅ E ⋅ I  2  2 ⋅ E ⋅ I  2  2 ⋅ G ⋅ I  2 

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Condições de contorno para as componentes de deslocamento u e v:
Para x=0 e y=0, tem-se u=0 e v=δ, logo:

(u )xy==00 = 0 ⇒ h = 0
q
(v )xy==00 = δ ⇒ g = δ

c
x

2⋅c

c
1
L L

y Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Condições de contorno para as componentes de deslocamento u e v:
Para x=0 e y=0, tem-se ∂u/∂y=0 e ∂v/∂x=0, logo:

 ∂u   ∂v  = ⇒
  =0⇒ e=0   x =0 0 d = 0
 ∂y  xy==00  ∂x  y =0
Sendo :

∂    ⋅  ν ⋅q
⋅ ( y 2 − c 2 )⋅ x + e
3 2
 =u q x q 2 c
⋅ L ⋅ x −  +
2
⋅2⋅ y −
2
⋅ x +
 ∂y 2 ⋅ E ⋅ I  3  2⋅ E ⋅ I  5  2⋅ E ⋅ I

 ∂v ν ⋅ q ⋅ x ⋅ y 2  2 x3   2 ⋅ c2  ν ⋅q
⋅ (c 2 )⋅ x −
q q
 = − ⋅  L ⋅ x −  + ⋅   ⋅ x +
 ∂x 2⋅ E ⋅ I 2⋅ E ⋅ I  3  2⋅ E ⋅ I  5  2⋅ E ⋅ I
 q
 ⋅ (c 2 )⋅ x + d
2 ⋅ G ⋅ I Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deslocamento:
Substituindo as constantes de integração nas equações de u e v, têm-se:

q  2 x3  q  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y  ν ⋅ q  y3 2 2 ⋅ c3 
u= ⋅ L ⋅ x − ⋅ y + ⋅ − ⋅ x + ⋅ − c ⋅ y + ⋅ x
2⋅ E ⋅ I  3 2⋅ E ⋅ I  3 5  2⋅ E ⋅ I  3 3 

 y 4 c 2 ⋅ y 2 2 ⋅ c3 ⋅ y  ν ⋅ q  2 y 2  y 4 c 2 ⋅ y 2 
⋅ (L − x )⋅ +  −
q
v=− ⋅ − + − 2
 −
2 ⋅ E ⋅ I  12 2 3  2⋅ E ⋅ I  2  6 5 
q  L2 ⋅ x 2 x 4  q  c2 ⋅ x2  ν ⋅ q  c2 ⋅ x2  q  c2 ⋅ x2 
⋅ − + ⋅ + ⋅ − ⋅  +δ
2⋅ E ⋅ I  2 12  5 ⋅ E ⋅ I  2  2 ⋅ E ⋅ I  2  2 ⋅ G ⋅ I  2 

Sendo :

G = E / [2 ⋅ (1 +ν )] Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deslocamento:
Substituindo o valor de G, têm-se:
q  2 x3  q  2 ⋅ y3 2 ⋅ c2 ⋅ y  ν ⋅ q  y3 2 2 ⋅ c3 
u= ⋅ L ⋅ x − ⋅ y + ⋅ − ⋅ x + ⋅ − c ⋅ y + ⋅ x
2⋅ E ⋅ I  3 2⋅ E ⋅ I  3 5  2⋅ E ⋅ I  3 3 

 y 4 c 2 ⋅ y 2 2 ⋅ c3 ⋅ y  ν ⋅ q  2  ⋅ 
⋅ (L − x )⋅ +  −
2 4 2 2
q y y c y
v=− ⋅ − + − 2
 −
2 ⋅ E ⋅ I  12 2 3  2⋅ E ⋅ I  2  6 5 
q  L2 ⋅ x 2 x 4  q  c 2 ⋅ x 2  q  c 2 ⋅ x 2  q ⋅ν  c 2 ⋅ x 2 
⋅ − + ⋅ − ⋅ − ⋅  +δ
2⋅ E ⋅ I  2 12  5 ⋅ E ⋅ I  2  E ⋅ I  2  2 ⋅ E ⋅ I  2 
NOTA: Da análise do deslocamento u, verifica-se que a linha neutra não coincide com o
centróide da seção (y=0), pois devido à ação da tensão σyy, (σyy)y=0=-q/2, tem-se:
(u ) y =0 = ν ⋅ q ⋅ x / (2 ⋅ E ) ⇒ (ε xx ) y =0 = ν ⋅ q / (2 ⋅ E ) Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 94/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Componentes de deslocamento:
A componente de deslocamento v no eixo da viga é dada para y=0, logo:

q  L2 ⋅ x 2 x 4  q  c 2 ⋅ x 2  q  c 2 ⋅ x 2  q ⋅ν  c 2 ⋅ x 2 
(v ) y =0 =− ⋅ − + ⋅ − ⋅ − ⋅  +δ
2⋅ E ⋅ I  2 12  5 ⋅ E ⋅ I  2  E ⋅ I  2  2 ⋅ E ⋅ I  2 
Para x=±L, tem-se v=0, logo:
q  L2
⋅ L2
L4
 q  c 2
⋅ L2
 q  c 2
⋅ L2
 q ⋅ν  c 2
⋅ L2

(v )xy==±0 L = − ⋅ − + ⋅ − ⋅ − ⋅ 
2⋅ E ⋅ I  2 12  5 ⋅ E ⋅ I  2  E ⋅ I  2  2 ⋅ E ⋅ I  2 
+δ = 0 ⇒

5 ⋅ q ⋅ L4  12 c 2  4 ν  NOTA: Na equação de δ, o fator que precede os colchetes é


δ= ⋅ 1+ ⋅ ⋅ + 
24 ⋅ E ⋅ I  5 L2  5 2 
a flecha obtida pela teoria elementar (seção plana após a
flexão). O segundo termo dentro dos colchetes representa a
correção da teoria elementar (efeito da força cortante).

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 95/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.5. EXEMPLO 2:
• Análise da curvatura no eixo da viga (∂2v/∂x2)y=0:

q  L2 ⋅ x 2 x 4  q  c 2 ⋅ x 2  q  c 2 ⋅ x 2  q ⋅ν  c 2 ⋅ x 2 
(v ) y =0 =− ⋅ − + ⋅ − ⋅ − ⋅  +δ
2⋅ E ⋅ I  2 12  5 ⋅ E ⋅ I  2  E ⋅ I  2  2 ⋅ E ⋅ I  2 

 ∂ 2v  q  L2 − x 2  2  4 ν 
 2 =− ⋅   + c ⋅  + 
 ∂x  y =0 E ⋅ I  2   5 2 

NOTA: Desta análise, verifica-se que a curvatura (∂2v/∂x2)y=0 não é proporcional ao momento
fletor, conforme apresenta a teoria elementar, (d2y/dx2)=M/(E·I).

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 96/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
► No que diz respeito aos problemas bidimensionais, uma gama de solução é obtida
quando são usadas séries de Fourier, na variável x, como funções de tensão ø.

• Em uma análise preliminar, admite-se para ø:

 m ⋅π ⋅ x 
φ ( x , y ) = φ = sen  ⋅ f ( y)
 L 

onde m é um número inteiro e f(y) é função somente de y.

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Para determinar f(y), adota-se α=m∙π/L e substitui-se ø em ∇4ø=0, como segue:

Sendo :
 4
∂ 4φ ∂ 4φ ∂ 4φ ∂ φ / ∂ x 4
= sen (α ⋅ x ) ⋅ α 4
⋅ f (y)
∇ 4φ = 4 + 2⋅ 2 + 4 =0  4
∂x ∂x ⋅ ∂y ∂y
2
∂ φ / ∂ y 4
= sen(α ⋅ x ) ⋅ f ' ' ' ' ( y )
∂ 4φ / (∂x 2 ⋅ ∂y 2 ) = − sen(α ⋅ x ) ⋅ α 2 ⋅ f ' ' ( y )

α 4 ⋅ f ( y ) − 2 ⋅α 2 ⋅ f ' ' ( y ) + f ' ' ' ' ( y ) = 0


A solução da equação diferencial é obtida, admitindo-se:

f ( y ) = e r⋅ y
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• A partir de f(y), determinam-se as seguintes derivadas:

 f ' ( y ) = e r⋅ y ⋅ r

 f ' ' ( y ) = e r⋅ y
⋅ r 2

f ( y ) = e r⋅y ⇒
 f ' ' ' ( y ) = e r⋅ y
⋅ r 3

 f ' ' ' ' ( y ) = e r⋅ y ⋅ r 4



Substituindo f(y), f’’(y) e f’’’’(y) na equação diferencial, obtém-se a seguinte equação
característica:

α 4 − 2 ⋅ α 2 ⋅ r 2 + r 4 = 0 ⇒ r = ±α
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Sabendo que r=±α, tem-se para f(y):

f ( y ) = c1 ⋅ eα ⋅ y + c2 ⋅ e −α ⋅ y + c3 ⋅ y ⋅ eα ⋅ y + c4 ⋅ y ⋅ e −α ⋅ y ⇒

f ( y ) = (c1 + c3 ⋅ y ) ⋅ eα ⋅ y + (c2 + c4 ⋅ y ) ⋅ e −α ⋅ y

Alternativamente, a função f(y) pode ser reescrita adotando-se o seguinte procedimento:

C1 + C2 C1 − C2 C3 + C4 C3 − C4
c1 = c2 = c3 = c4 =
2 2 2 2
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Organizando as novas constantes C1, C2, C3 e C4, tem-se:

 eα ⋅ y + e −α ⋅ y   eα ⋅ y − e −α ⋅ y   eα ⋅ y + e −α ⋅ y   eα ⋅ y − e −α ⋅ y 
f ( y ) = C1 ⋅   + C2 ⋅   + C3 ⋅ y ⋅   + C4 ⋅ y ⋅  ⇒
 2   2   2   2 

Sendo :

 eα ⋅ y − e −α ⋅ y eα ⋅ y + e −α ⋅ y
senh(α ⋅ y ) = 2
cosh(α ⋅ y ) =
2

f ( y ) = C1 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ y ) + C3 ⋅ y ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C4 ⋅ y ⋅ senh(α ⋅ y )

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Conhecido f(y), tem-se para ø:

C1 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ y ) + C3 ⋅ y ⋅ cosh(α ⋅ y ) + 


φ = sen(α ⋅ x ) ⋅  
 4
C ⋅ y ⋅ senh (α ⋅ y ) 

Sendo :

α = m ⋅ π / L

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Componentes de tensão:

C1 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ y ) + C3 ⋅ y ⋅ cosh(α ⋅ y ) + 


φ = sen(α ⋅ x ) ⋅  
 4
C ⋅ y ⋅ senh (α ⋅ y ) 
 ∂ 2φ
σ xx = ∂y 2 Continua ⇒

 ∂ 2φ LEMBRETE:
σ yy = 2 ⇒ d
 ∂x ⋅ senh( x ) = cosh( x )
dx
 ∂ 2φ
τ xy = − ∂x ⋅ ∂y
d
⋅ cosh( x ) = senh( x )
dx

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Componentes de tensão:

C1 ⋅ α 2 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α 2 ⋅ senh(α ⋅ y ) + 


 
σ xx = sen(α ⋅ x ) ⋅ C3 ⋅ [2 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y )] + 
2


C
 4 ⋅ [2 ⋅ α ⋅ cosh (α ⋅ y ) + y ⋅ α 2
⋅ senh (α ⋅ y )] 

C1 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ y ) + 


σ yy = − sen(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ 
2

C3 ⋅ y ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C4 ⋅ y ⋅ senh(α ⋅ y )

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Componentes de tensão:

C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y ) + 


 
τ xy = − cos(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ C3 ⋅ [cosh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y )] + 
C ⋅ [senh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y )] 
 4 

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 105/174


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Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil

3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
► Para o caso particular a seguir, considera-se:

A
(a) Seção retangular 1-2·c (largura unitária);

c
x

2⋅c
(b) Simplesmente apoiada nos extremos;

c
(c) Carga -A∙sen(α∙x) no bordo y=-c e 1
L

B
-B∙sen(α∙x) no bordo y=c;

(d) α=4∙π/L, ou seja, m=4.


y
LEMBRETE: Sentido positivo.
y
AA
x

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Condições de contorno:
Para y=c, tem-se τxy=0, logo:

C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) + 


 
0 = − cos(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] +  ⇒
C ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] 
 4 
C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] +
C4 ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] = 0

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Condições de contorno:
Para y=-c, tem-se τxy=0, logo:

− C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) + 
 
0 = − cos(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] − ⇒
C ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] 
 4 
− C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) +
C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] − C4 ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] = 0

NOTA: senh(-α∙c)=-senh(α∙c) e cosh(-α∙c)=cosh(α∙c). Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Condições de contorno:
Para y=-c, tem-se σyy=-A∙sen(α∙x), logo:

C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) − C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) − 


− A ⋅ sen(α ⋅ x ) = − sen(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅  2
⇒
C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c )

A
C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) − C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) − C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c ) =
α2

NOTA: senh(-α∙c)=-senh(α∙c) e cosh(-α∙c)=cosh(α∙c). Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Condições de contorno:
Para y=c, tem-se σyy=-B∙sen(α∙x), logo:

C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) + 


− B ⋅ sen(α ⋅ x ) = − sen(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ 
2
⇒
C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c )

B
C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) + C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c ) =
α2

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• As constantes C1, C2, C3 e C4 são obtidas a partir do sistema (regra de Cramer),
como segue:
C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] +
C ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] = 0
 4


− C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) +
C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] − C4 ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] = 0



C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) − C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) − C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c ) = A2
 α
 B
C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) + C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c ) = 2
 α Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• A partir do sistema, têm-se:

 A + B senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c )
 1C = ⋅
α 2
senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c

C = − A − B ⋅ cosh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c )
 2 α2 senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c

C3 = A − B ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )
 α 2 senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c

C4 = − A +2 B ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )
 α senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Componentes de tensão:

 C1 ⋅ α 2 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α 2 ⋅ senh(α ⋅ y ) +  


   Sendo :
σ
 xx = sen (α ⋅ x ) ⋅  3
C ⋅ [2 ⋅ α ⋅ senh (α ⋅ y ) + y ⋅ α 2
⋅ cosh (α ⋅ y )] +  
A + B senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c )

C4 ⋅ [2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y ) + y ⋅ α 2 ⋅ senh(α ⋅ y )] 
   C = ⋅
   1
α2 senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c


2  1
C ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ y ) +   A − B cosh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c )
σ yy = − sen(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅   C2 = − 2 ⋅
 C 3 ⋅ y ⋅ cosh (α ⋅ y ) + C 4 ⋅ y ⋅ senh (α ⋅ y )  α senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c
 C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y ) +   A− B α ⋅ cosh(α ⋅ c )
    3
C = ⋅
α senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c
τ xy = − cos(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ C3 ⋅ [cosh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y )] + 
2

 C ⋅ [senh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y )]   A+ B α ⋅ senh(α ⋅ c )
   C
 4 = − ⋅
α 2 senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c
4

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:

A
• Distribuição das tensões σxx: Admitindo A=10 N/mm, B=20
N/mm, L=2000 mm, c=100 mm e m=4, tem-se para a

c
x
distribuição de σxx:

c
σxx (MPa)
L

B
50 -100
-75
-50
y
25
Seção (mm)
σxx (MPa)

-50 -30 -25


-10 10 30 50
0 0
0 500 1000 1500 2000 25

-25 50
75
100 Continua ⇒
-50
Vão (mm) σxx(250,y) σxx(750,y) NOTA:
Para x=0, σxx=0;
σxx(x,-c) σxx(x,0) σxx(x,c) Para x=L, σxx=0.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:

A
• Distribuição das tensões σxx: Admitindo A=10 N/mm, B=20
N/mm, L=2000 mm, c=100 mm e m=4, tem-se para a

c
x
distribuição do momento fletor mxx(x):

c
300000 L

B
200000
y
100000
mxx (N∙mm

0
0 500 1000 1500 2000
-100000

-200000

-300000 c
Vão (mm)
mxx ( x ) = ∫ σ xx ( x , y ) ⋅ y ⋅ dy
mxx(x) −c

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:

A
• Distribuição das tensões σyy: Admitindo A=10 N/mm, B=20
N/mm, L=2000 mm, c=100 mm e m=4, tem-se para a

c
x
distribuição de σyy:

c
σyy (MPa)
L

B
25 -100
20 -75
15
-50
y
10
Seção (mm)
σyy (MPa)

5 -20 -15 -10 -5-25 0 5 10 15 20


0 0
-5 0 500 1000 1500 2000 25
-10
50
-15
-20 75
-25 100
Vão (mm)
σyy(250,y) σyy(750,y) σyy(1000,y)
σyy(x,-c) σyy(x,0) σyy(x,c)

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:

A
• Distribuição das tensões τxy: Admitindo A=10 N/mm, B=20
N/mm, L=2000 mm, c=100 mm e m=4, tem-se para a

c
x
distribuição de τxy:

c
τxy (MPa)
L

B
15 -100
-75
10 y
-50
5
Seção (mm)
τxy (MPa)

-20 -15 -10 -5-25 0 5 10 15 20


0 0
0 500 1000 1500 2000
-5 25
50
-10 NOTA: As reações nos
75 apoios são dadas por:
-15 100
c 
Vão (mm)
τxy(0,y) τxy(500,y) τxy(1000,y)
 ∫ τ xy ⋅ dy  ≈ −1,6kN
τxy(x,-c) τxy(x,0) τxy(x,c)
 −c  xx ==0L

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
► Admitindo agora a seguinte função tensão ø:

 m ⋅π ⋅ x 
φ ( x , y ) = φ = cos  ⋅ f ( y)
 L 

onde m é um número inteiro e f(y) é função somente de y.

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Para determinar f(y), adota-se α=m∙π/L e substitui-se ø em ∇4ø=0, como segue:

Sendo :
 4
∂ 4φ ∂ 4φ ∂ 4φ ∂ φ / ∂ x 4
= cos (α ⋅ x ) ⋅ α 4
⋅ f (y)
∇ 4φ = 4 + 2⋅ 2 + 4 =0  4
∂x ∂x ⋅ ∂y ∂y
2
∂ φ / ∂ y 4
= cos(α ⋅ x ) ⋅ f ' ' ' ' ( y )
∂ 4φ / (∂x 2 ⋅ ∂y 2 ) = − cos(α ⋅ x ) ⋅ α 2 ⋅ f ' ' ( y )

α 4 ⋅ f ( y ) − 2 ⋅α 2 ⋅ f ' ' ( y ) + f ' ' ' ' ( y ) = 0


A solução da equação diferencial é obtida, admitindo-se:

f ( y ) = e r⋅ y
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• A partir de f(y), determinam-se as seguintes derivadas:

 f ' ( y ) = e r⋅ y ⋅ r

 f ' ' ( y ) = e r⋅ y
⋅ r 2

f ( y ) = e r⋅y ⇒
 f ' ' ' ( y ) = e r⋅ y
⋅ r 3

 f ' ' ' ' ( y ) = e r⋅ y ⋅ r 4



Substituindo f(y), f’’(y) e f’’’’(y) na equação diferencial, obtém-se a seguinte equação
característica:

α 4 − 2 ⋅ α 2 ⋅ r 2 + r 4 = 0 ⇒ r = ±α
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Sabendo que r=±α, tem-se para f(y):

f ( y ) = c1 ⋅ eα ⋅ y + c2 ⋅ e −α ⋅ y + c3 ⋅ y ⋅ eα ⋅ y + c4 ⋅ y ⋅ e −α ⋅ y ⇒

f ( y ) = (c1 + c3 ⋅ y ) ⋅ eα ⋅ y + (c2 + c4 ⋅ y ) ⋅ e −α ⋅ y

Alternativamente, a função f(y) pode ser reescrita adotando-se o seguinte procedimento:

C1 + C2 C1 − C2 C3 + C4 C3 − C4
c1 = c2 = c3 = c4 =
2 2 2 2
Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Organizando as novas constantes C1, C2, C3 e C4, tem-se:

 eα ⋅ y + e −α ⋅ y   eα ⋅ y − e −α ⋅ y   eα ⋅ y + e −α ⋅ y   eα ⋅ y − e −α ⋅ y 
f ( y ) = C1 ⋅   + C2 ⋅   + C3 ⋅ y ⋅   + C4 ⋅ y ⋅  ⇒
 2   2   2   2 

Sendo :

 eα ⋅ y − e −α ⋅ y eα ⋅ y + e −α ⋅ y
senh(α ⋅ y ) = 2
cosh(α ⋅ y ) =
2

f ( y ) = C1 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ y ) + C3 ⋅ y ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C4 ⋅ y ⋅ senh(α ⋅ y )

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Conhecido f(y), tem-se para ø:

C1 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ y ) + C3 ⋅ y ⋅ cosh(α ⋅ y ) + 


φ = cos(α ⋅ x ) ⋅  
 4
C ⋅ y ⋅ senh (α ⋅ y ) 

Sendo :

α = m ⋅ π / L

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Componentes de tensão:

C1 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ y ) + C3 ⋅ y ⋅ cosh(α ⋅ y ) + 


φ = cos(α ⋅ x ) ⋅  
C4 ⋅ y ⋅ senh(α ⋅ y ) 
 ∂ 2φ
σ xx = ∂y 2 Continua ⇒

 ∂ 2φ LEMBRETE:
σ yy = 2 ⇒ d
 ∂x ⋅ senh( x ) = cosh( x )
dx
 ∂ 2φ
τ xy = − ∂x ⋅ ∂y
d
⋅ cosh( x ) = senh( x )
dx

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Componentes de tensão:

C1 ⋅ α 2 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α 2 ⋅ senh(α ⋅ y ) + 


 
σ xx = cos(α ⋅ x ) ⋅ C3 ⋅ [2 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y )] + 
2


C
 4 ⋅ [2 ⋅ α ⋅ cosh (α ⋅ y ) + y ⋅ α 2
⋅ senh (α ⋅ y )] 

C1 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ y ) + 


σ yy = − cos(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ 
2

C3 ⋅ y ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C4 ⋅ y ⋅ senh(α ⋅ y )

Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 125/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Componentes de tensão:

C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y ) + 


 
τ xy = sen(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ C3 ⋅ [cosh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y )] + 
C ⋅ [senh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y )] 
 4 

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
► Para o caso particular a seguir, considera-se:

A
(a) Seção retangular 1-2·c (largura unitária);

c
x

2⋅c
(b) Simplesmente apoiada nos extremos;

c
1
(c) Carga -A∙cos(α∙x) no bordo y=-c e L

B
-B∙cos(α∙x) no bordo y=c;
y
(d) α=4∙π/L, ou seja, m=4.
LEMBRETE: Sentido positivo.
y
AA

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 127/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Condições de contorno:
Para y=c, tem-se τxy=0, logo:

C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) + 


 
0 = sen(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] +  ⇒
C ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] 
 4 
C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] +
C4 ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] = 0

Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 128/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Condições de contorno:
Para y=-c, tem-se τxy=0, logo:

− C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) + 
 
0 = sen(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] − ⇒
C ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] 
 4 
− C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) +
C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] − C4 ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] = 0

NOTA: senh(-α∙c)=-senh(α∙c) e cosh(-α∙c)=cosh(α∙c). Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 129/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Condições de contorno:
Para y=-c, tem-se σyy=-A∙cos(α∙x), logo:

C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) − C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) − 


− A ⋅ cos(α ⋅ x ) = − cos(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅  2
⇒
C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c )

A
C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) − C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) − C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c ) =
α2

NOTA: senh(-α∙c)=-senh(α∙c) e cosh(-α∙c)=cosh(α∙c). Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Condições de contorno:
Para y=c, tem-se σyy=-B∙cos(α∙x), logo:

C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) + 


− B ⋅ cos(α ⋅ x ) = − cos(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ 
2
⇒
C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c )

B
C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) + C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c ) =
α2

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• As constantes C1, C2, C3 e C4 são obtidas a partir do sistema (regra de Cramer),
como segue:
C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] +
C ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] = 0
 4


− C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c ) +
C3 ⋅ [cosh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )] − C4 ⋅ [senh(α ⋅ c ) + c ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )] = 0



C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) − C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) − C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c ) = A2
 α
 B
C1 ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ c ) + C3 ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) + C4 ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c ) = 2
 α Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• A partir do sistema, têm-se:

 A + B senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c )
 1C = ⋅
α 2
senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c

C = − A − B ⋅ cosh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c )
 2 α2 senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c

C3 = A − B ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ c )
 α 2 senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c

C4 = − A +2 B ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ c )
 α senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Componentes de tensão:

 C1 ⋅ α 2 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α 2 ⋅ senh(α ⋅ y ) +  


   Sendo :
σ
 xx = cos (α ⋅ x ) ⋅  3
C ⋅ [2 ⋅ α ⋅ senh (α ⋅ y ) + y ⋅ α 2
⋅ cosh (α ⋅ y ) ] +  
A + B senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c )

C4 ⋅ [2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y ) + y ⋅ α 2 ⋅ senh(α ⋅ y )] 
   C = ⋅
   1
α2 senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c


2  1
C ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ senh(α ⋅ y ) +   A − B cosh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c )
σ yy = − cos(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅   C2 = − 2 ⋅
 C 3 ⋅ y ⋅ cosh (α ⋅ y ) + C 4 ⋅ y ⋅ senh (α ⋅ y )  α senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c
 C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y ) +   A− B α ⋅ cosh(α ⋅ c )
    3
C = ⋅
α senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c
τ xy = sen(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ C3 ⋅ [cosh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y )] + 
2

 C ⋅ [senh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y )]   A+ B α ⋅ senh(α ⋅ c )
   C
 4 = − ⋅
α 2 senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c
4

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:

A
• Distribuição das tensões σxx: Admitindo A=10 N/mm, B=20
N/mm, L=2000 mm, c=100 mm e m=4, tem-se para a

c
distribuição de σxx:
x

c
σxx (MPa)
50 -100 L

B
-75
25 -50 y
Seção (mm)
σxx (MPa)

-50 -30 -25


-10 10 30 50
0 0
0 500 1000 1500 2000 25
-25 50
75
-50 100 Continua ⇒
Vão (mm)
σxx(500,y) σxx(1000,y) NOTA:
σxx(x,-c) σxx(x,0) σxx(x,c) Para x=0, σxx≠0;
Para x=L, σxx≠0.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:

A
• Distribuição das tensões σxx: Admitindo A=10 N/mm, B=20
N/mm, L=2000 mm, c=100 mm e m=4, tem-se para a

c
distribuição do momento fletor mxx(x):
x

c
300000 L

B
200000

100000
y
mxx (N∙mm

0
0 500 1000 1500 2000
-100000

-200000

-300000 c
Vão (mm)
mxx ( x ) = ∫ σ xx ( x , y ) ⋅ y ⋅ dy
mxx(x) −c

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:

A
• Distribuição das tensões σyy: Admitindo A=10 N/mm, B=20
N/mm, L=2000 mm, c=100 mm e m=4, tem-se para a

c
distribuição de σyy:
x

c
σyy (MPa)

25 -100
L

B
20 -75
15
-50
10 y
σyy (MPa)

-25
Seção (mm)

5 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20


0 0
-5 0 500 1000 1500 2000 25
-10
50
-15
75
-20
-25 100

Vão (mm) σyy(0,y) σyy(500,y) σyy(1000,y)

σyy(x,-c) σyy(x,0) σyy(x,c)

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:

A
• Distribuição das tensões τxy: Admitindo A=10 N/mm, B=20
N/mm, L=2000 mm, c=100 mm e m=4, tem-se para a

c
distribuição de τxy:
x

c
τxy (MPa)
15 -100
L

B
-75
10
-50
5 y
Seção (mm)
τxy (MPa)

-20 -15 -10 -5-25 0 5 10 15 20


0 0
0 500 1000 1500 2000 25
-5
50
-10
75 NOTA: As reações nos
-15 100 apoios são dadas por:
Vão (mm) c 
τxy(250,y) τxy(750,y) τxy(1000,y)  ∫ τ xy ⋅ dy  = 0
τxy(x,-c) τxy(x,0) τxy(x,c)  −c  xx ==0L

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
► Os carregamentos nas faces superior (y=-c) qs e inferior (y=c) qi podem ser
apresentados de forma mais geral, como segue:
• Face superior (y=-c):

 m ⋅π ⋅ x  +  m ⋅π ⋅ x 
∞ ∞
qs = A0 + ∑ Am ⋅ sen  ∑ A' m ⋅ cos 
m =1  L  m =1  L 
• Face inferior (y=c):

 m ⋅π ⋅ x   m ⋅π ⋅ x 

qi = B0 + ∑ Bm ⋅ sen  + ∑ B' m ⋅ cos 
m =1  L  m =1  L 

NOTA: Os termos constantes A0 e B0 correspondem à carga uniformemente distribuída sobre os bordos.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Para exemplificar, apresenta-se o caso a seguir:

(a) Seção retangular 1-2·c (largura unitária);

(b) Simplesmente apoiada nos extremos; a a


q
(c) Carga q distribuída no trecho 2·a. No bordo superior,
y=-c, q=qs e no bordo inferior, y=c, q=qi.

c
x

2⋅c

c
1
a a q
L L

y Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Análise da carga: A distribuição da carga q para este exemplo pode ser representada
pela seguinte função q=f(x) (sentido positivo):
LEMBRETE: Sentido positivo.

0 para − L ≤ x ≤ − a y
 q
f ( x ) = q para − a < x < a x
0 para a ≤ x ≤ L
 -L -a a L
• A Série de Fourier para função f(x) é dada por:

 m ⋅π ⋅ x  +  m ⋅π ⋅ x 
∞ ∞
f ( x ) = A0 + ∑ Am ⋅ sen  ∑ m
A' ⋅ cos  
m =1  L  m=1  L 

NOTA: Uma vez que f(x) é uma função par, mostrar-se-á que a parcela ∑Am∙sen(m∙π∙x/L)=0. Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 141/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Análise das constantes A0, Am e A’m:

 m ⋅π ⋅ x  +  m ⋅π ⋅ x 
∞ ∞
f ( x ) = A0 + ∑ Am ⋅ sen  ∑ m
A' ⋅ cos  
m =1  L  m=1  L 
Onde :
 L
 A = 1 / (2 ⋅ L ) ⋅ f ( x ) ⋅ dx
 0 ∫− L


L

 Am = (1 / L ) ⋅ ∫ f ( x ) ⋅ sen(m ⋅ π ⋅ x / L ) ⋅ dx para m = 1,2 ,3...


 −L

 L

 A' m = (1 / L ) ⋅ ∫ f ( x ) ⋅ cos(m ⋅ π ⋅ x / L ) ⋅ dx para m = 1,2 ,3...


 −L Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 142/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Valor da constante A0:
−a
1  
L a L
1
A0 = ⋅ ∫ f ( x ) ⋅ dx = ⋅  ∫ 0 ⋅ dx + ∫ q ⋅ dx + ∫ 0 ⋅ dx  ⇒
2 ⋅ L −L 2 ⋅ L −L −a a 

q q
A0 = ⋅ [x ]−a = ⋅ [a − (− a )] ⇒
a

2⋅ L 2⋅ L

q⋅a
A0 =
L

NOTA: A constante A0 representa um carregamento uniformemente distribuído sobre a viga. Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Valor da constante Am:

1
L
 m ⋅π ⋅ x  Sendo :
Am = ⋅ ∫ f ( x ) ⋅ sen  ⋅ dx ⇒ 
L −L  L  ∫ sen(u ⋅ x ) ⋅ dx = − cos(u ⋅ x ) / u

 −a  m ⋅ π ⋅ x 
a
 m ⋅π ⋅ x  
 ∫ 0 ⋅ sen L  ⋅ dx + ∫ q ⋅ sen L  ⋅ dx + 
1 − L   −a   ⇒ A =0
Am = ⋅ L
L   m ⋅π ⋅ x  ⋅  m

 ∫ 0 ⋅ sen  dx 
 a  L  

NOTA: Am=0 é um valor esperado, pois f(x) é uma função par. Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 144/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Valor da constante A’m:

1
L
 m ⋅π ⋅ x  Sendo :
A' m = ⋅ ∫ f ( x ) ⋅ cos  ⋅ dx ⇒ 
L −L  L  ∫ cos(u ⋅ x ) ⋅ dx = sen(u ⋅ x ) / u

 −a  m ⋅ π ⋅ x ⋅ +
a
 m ⋅π ⋅ x  
 ∫ 0 ⋅ cos L  dx ∫ q ⋅ cos L  ⋅ dx + 
1 − L   −a   ⇒
A' m = ⋅ L
L   m ⋅π ⋅ x  
 ∫ 0 ⋅ cos  ⋅ dx 
 a  L  
2 ⋅ q ⋅ sen(m ⋅ π ⋅ a / L )
A' m =
m ⋅π Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 145/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Substituindo as constantes A0, Am e A’m em f(x), tem-se:
Sendo :
A = q ⋅ a / L

 m ⋅π ⋅ x  ∞
 m ⋅π ⋅ x   0
f ( x ) = A0 + ∑ Am ⋅ sen  + ∑ A' m ⋅ cos   Am = 0
m =1  L  m=1  L  
 A' m = 2 ⋅ q ⋅ sen(m ⋅ π ⋅ a / L )
 m ⋅π

q ⋅ a 2 ⋅ q ∞ sen(m ⋅ π ⋅ a / L ) ⋅ cos(m ⋅ π ⋅ x / L )
f (x) = + ⋅∑
L π m =1 m

Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 146/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• A função q=f(x) na forma de Série de fSF(m=20) fSF(m=10) f(x)
Fourier q=fSF(x) pode ser visualizada 15
mediante um exemplo numérico. Sendo
assim, admitindo q=10 N/mm, a=250 mm e 10

Carga (N/mm)
L=2000 mm, tem-se:
5
0 para − L ≤ x ≤ − a

f ( x ) = q para − a < x < a 0
0 para a ≤ x ≤ L
-2000 -1000 0 1000 2000

-5
Vão (mm)
q⋅a 2⋅q sen(m ⋅ π ⋅ a / L ) ⋅ cos(m ⋅ π ⋅ x / L )

f SF ( x ) = + ⋅∑ NOTA: Nos pontos de descontinuidade
L π m =1 m verifica-se a não convergência da série.
Este comportamento é conhecido como
efeito Gibbs.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 147/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Aplicação da carga q=f(x) ao carregamento da viga qs e qi:

Face superior (y=-c):

 m ⋅π ⋅ x  +  m ⋅π ⋅ x 
∞ ∞ a a
qs = A0 + ∑ Am ⋅ sen  ∑ m
A' ⋅ cos   q
m =1  L  m =1  L 

c
x
Face inferior (y=c):

c
 m ⋅π ⋅ x  +  m ⋅π ⋅ x 
∞ ∞
qi = B0 + ∑ Bm ⋅ sen  ∑ m
B' ⋅ cos   a a q
m =1  L  m =1  L  L L

y
NOTA: Averiguando que qs=qi=q, têm-se que A0=B0, Am=Bm e A’m=B’m. Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 148/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Dada a orientação positiva para q=f(x), tem-se, para o caso estudado, que a Série de
Fourier para qs=qi=q é dada por:
NOTA 1

q ⋅ a 2 ⋅ q ∞ sen(m ⋅ π ⋅ a / L ) ⋅ cos(m ⋅ π ⋅ x / L )
qs = qi = − f ( x ) = − − ⋅∑
L π m =1 m

NOTA 2 NOTA 3

NOTA 1: O sinal negativo é proveniente da convenção de sinal (compressão);

NOTA 2: O termo q·a/L representa uma compressão uniforme na direção y;

NOTA 3: O termo trigonométrico é avaliado a partir do caso ø=cos(m∙π∙x/L)∙f(y).

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 149/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• A componente de tensão (σyy)y=0 será apresentada a partir da solução de dois casos
conhecidos, viga carregada uniformemente e ø=cos(m∙π∙x/L)∙f(y):
• Caso da viga carregada uniformemente:
q L L q
c

c
x x x
c

c
L L
q q
y y y
σ yy
q 3 ⋅ q ⋅ y q ⋅ y3
=− + − σ yy
q 3⋅ q ⋅ y q ⋅ y3
=− − + σ yy = (σ yy )y =0 = −q
2 4⋅c 4 ⋅ c3 2 4⋅c 4 ⋅ c3
NOTA: Ressalta-se que q·a/L representa a compressão uniforme do caso em estudo. Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Caso ø=cos(m∙π∙x/L)∙f(y), onde A=B:
Sendo :
 A + B senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c )
C1 = ⋅
senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c
(σ ) α 2

= − cos(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ C1 ⇒ 
2
 A = B = 2 ⋅ q ⋅ sen(m ⋅ π ⋅ a / L ) = 2 ⋅ q ⋅ sen(α ⋅ a )
yy y = 0 ∞ ∞

 ∑
π m =1 m
∑ m
π m =1

α = m ⋅ π / L

4⋅q  sen(α ⋅ a ) senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c )




(σ ) =− ⋅∑ ⋅ ⋅ cos(α ⋅ x )
π m =1  m senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c
yy y = 0

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


a a
3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
q
• Superpondo a solução dos casos da viga carregada
uniformemente e ø=cos(m∙π∙x/L)∙f(y), tem-se a componente de

c
tensão (σyy)y=0 do caso em estudo. Ressalta-se que q·a/L
x

c
representa a compressão uniforme, logo:
a a q
Sendo :

α = m ⋅ π / L
L L

y
q ⋅ a 4 ⋅ q ∞  sen(α ⋅ a ) senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) 
(σ ) =− − ⋅∑ ⋅ ⋅ cos(α ⋅ x )
π m =1  m senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c
yy y = 0
L 

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Distribuição da tensão (σyy)y=0: Admitindo q=10 N/mm, L=2000 mm, a=250 mm e
c=100 mm, tem-se para a distribuição de (σyy)y=0: a a
2
q
0
-2000 -1000 0 1000 2000
(σyy)y=0 (MPa)

-2

c
-4 x

c
-6
-8
a a q
-10
L L
-12
Vão (mm)
σyy(x,m=10) σyy(x,m=20) y

q ⋅ a 4 ⋅ q ∞  sen(α ⋅ a ) senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c ) 


(σ ) =− − ⋅∑ ⋅ ⋅ cos(α ⋅ x )
π m =1  m senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c
yy y = 0
L 
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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
► Considerando-se o seguinte exemplo: a a
q P
(a) Seção retangular 1-2·c (largura unitária);

(b) Apoiado nos extremos;

c
(c) Carga q distribuída no trecho 2·a. No bordo x x
superior, y=-c, q=qs e no bordo inferior, y=c, q=qi.

c
a qa P
L L L L
NOTA: Quando o valor de a é considerado muito pequeno,
tem-se o caso da força concentrada (P=2·q·a). y y Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER: a a
• Semelhante ao problema anterior, a distribuição da carga q=qs=qi=f(x), q
para o caso estudado (compressão), na Série de Fourier é dada por:

q ⋅ a 2 ⋅ q ∞ sen(m ⋅ π ⋅ a / L ) ⋅ cos(m ⋅ π ⋅ x / L )

c
q = qs = qi = − − ⋅∑ x
L π m =1 m

c
a qa
L L

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Superpondo a solução dos casos da viga carregada uniformemente e
ø=cos(m∙π∙x/L)∙f(y), tem-se a componente de tensão σyy do caso em estudo, como segue:
Caso ø=cos(m∙π∙x/L)∙f(y):

 [senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c )]⋅ cosh(α ⋅ y ) − 


4 ⋅ q ∞  sen(α ⋅ a )  senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c  
σ yy =− ⋅∑ ⋅  ⋅ cos(α ⋅ x )
π m =1  m α ⋅ y ⋅ senh(α ⋅ c ) ⋅ senh(α ⋅ y )  
  senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c  

Caso da viga carregada uniformemente:


Sendo :
q⋅a 
σ yy = −
L α = m ⋅ π / L
NOTA: Ressalta-se que q·a/L (viga carregada uniformemente) representa uma compressão uniforme. Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 156/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Superpondo as soluções, tem-se para a componente de tensão σyy do caso em estudo:

 [senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c )]⋅ cosh(α ⋅ y )  


− 
q ⋅ a 4 ⋅ q ∞  sen(α ⋅ a )  senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c 
σ yy =− − ⋅∑ ⋅  ⋅ cos(α ⋅ x )
L π m =1  m α ⋅ y ⋅ senh(α ⋅ c ) ⋅ senh(α ⋅ y )  
  senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c  

Sendo :

α = m ⋅ π / L

NOTA: A parcela q·a/L representa a compressão uniforme. Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 157/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


a a
3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER: q
• Distribuição da tensão σyy: Admitindo q=10 N/mm, L=100 mm, a=5 mm e
c=1000 mm, tem-se para a distribuição de σyy:

c
0
-100 -75 -50 -25
-0.2 0 25 50 75 100 x
-0.4
σyy (MPa)

c
-0.6
-0.8
-1
-1.2 a qa
-1.4
L L
Vão (mm)

σyy(x,y=950,m=3) σyy(x,y=900,m=3)
y
σyy(x,y=800,m=3) σyy(x,y=0,m=3) NOTA: Teoria elementar:
σ=P/A=(q∙2·a)/(2·L)= (q·a)/L=0,5 MPa.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 158/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
► Considerando-se o seguinte exemplo:

(a) Seção retangular 1-2·c (largura unitária);

(b) Simplesmente apoiada nos extremos;

(c) Carga q distribuída linearmente no vão.


q

c
x

2⋅c

c
1
L L

y Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Análise da carga: A distribuição da carga q para este exemplo pode ser representada
pela seguinte função q=f(x) (sentido positivo):
LEMBRETE: Sentido positivo.
y
q x  q
f ( x ) = ⋅  + 1 x
2 L 
-L L

• A Série de Fourier para função f(x) é dada por:

 m ⋅π ⋅ x  +  m ⋅π ⋅ x 
∞ ∞
f ( x ) = A0 + ∑ Am ⋅ sen  ∑ m
A' ⋅ cos  
m =1  L  m=1  L 

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Análise das constantes A0, Am e A’m:

 m ⋅π ⋅ x  +  m ⋅π ⋅ x 
∞ ∞
f ( x ) = A0 + ∑ Am ⋅ sen  ∑ m
A' ⋅ cos  
m =1  L  m=1  L 
Onde :
 L
 A = 1 / (2 ⋅ L ) ⋅ f ( x ) ⋅ dx
 0 ∫− L


L

 Am = (1 / L ) ⋅ ∫ f ( x ) ⋅ sen(m ⋅ π ⋅ x / L ) ⋅ dx para m = 1,2 ,3...


 −L

 L

 A' m = (1 / L ) ⋅ ∫ f ( x ) ⋅ cos(m ⋅ π ⋅ x / L ) ⋅ dx para m = 1,2 ,3...


 −L Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Valor da constante A0:
L
1 q
A0 = ⋅ ∫ f ( x ) ⋅ dx ⇒ 0
A =
2 ⋅ L −L 2
• Valor da constante Am:

m ⋅π ⋅ x 
L
1 
Am = ⋅ ∫ f ( x ) ⋅ sen  ⋅ dx ⇒
L −L  L 
q  sen(m ⋅ π ) − m ⋅ π ⋅ cos(m ⋅ π )
Am = 2 ⋅  
π  m2

NOTA: A constante A0 representa um carregamento uniformemente distribuído sobre a viga. Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Valor da constante A’m:

m ⋅π ⋅ x  q sen(m ⋅ π )
L
1 
A' m = ⋅ ∫ f ( x ) ⋅ cos  ⋅ dx ⇒ A' m = ⋅
L −L  L  π m
• Substituindo as constantes A0, Am e A’m em f(x), tem-se:

q q ∞ [sen(m ⋅ π ) − m ⋅ π ⋅ cos(m ⋅ π )] +
f (x) = + 2 ⋅ ∑  ⋅ sen ( m ⋅ π ⋅ x / L )
2 π m =1  m 2

q ∞  sen(m ⋅ π ) ⋅ cos(m ⋅ π ⋅ x / L )
⋅∑ 
π m =1  m 

Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
12
• A função q=f(x) na forma de Série de
10
Fourier q=fSF(x) pode ser visualizada

Carga (N/mm)
8
mediante um exemplo numérico. Sendo
6
assim, admitindo q=10 N/mm e L=2000
4
mm, tem-se:
2
0
q x 
f ( x ) = ⋅  + 1
-2000 -1000 0 1000 2000
Vão (mm)
2 L  fSF(m=10) fSF(m=7) fSF(m=3)
fSF(m=1) f(x)

q q ∞ [sen(m ⋅ π ) − m ⋅ π ⋅ cos(m ⋅ π )]  q ∞  sen(m ⋅ π ) ⋅ cos(m ⋅ π ⋅ x / L )


f (x) = + 2 ⋅ ∑  ⋅ sen(m ⋅ π ⋅ x / L ) + ⋅ ∑  
2 π m =1  m 2
 π m =1  m 
NOTA: Nos pontos de descontinuidade verifica-se a não convergência da
série. Este comportamento é conhecido como efeito Gibbs.

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 164/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Dada a orientação positiva para q=f(x), tem-se, para o caso estudado, que a Série de
Fourier para q é dada por:

NOTA

q q ∞ [sen(m ⋅ π ) − m ⋅ π ⋅ cos(m ⋅ π )] −
q = − f (x) = − − 2 ⋅ ∑  ⋅ sen ( m ⋅ π ⋅ x / L )
2 π m =1  m2 
q ∞  sen(m ⋅ π ) ⋅ cos(m ⋅ π ⋅ x / L )
⋅∑ 
π m =1  m 

NOTA: O termo q/2 representa uma compressão uniforme na direção y.

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• As componentes de tensão serão apresentadas a partir da solução de casos conhecidos,
viga carregada uniformemente, ø=sen(m∙π∙x/L)∙f(y) e ø=cos(m∙π∙x/L)∙f(y):

• Caso da viga carregada uniformemente (Índice 1):

 3 ⋅ q  L2 2  3 ⋅ q ⋅ x2 ⋅ y q ⋅ y3
(σ xx )1 = 8 ⋅ c ⋅  c 2 − 5  ⋅ y − 8 ⋅ c 3 + 4 ⋅ c 3
  

(τ ) = −  3 ⋅ q ⋅ x 3 ⋅ q ⋅ x ⋅ y 2

− 
 xy 1
 8⋅c 8⋅c 3

NOTA: A solução da pg. 66 foi utilizada substituindo-se q por q/2, o qual corresponde à
constante A0 do presente estudo. Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Caso ø=sen(m∙π∙x/L)∙f(y) (Índice 2): 
Sendo :
 C1 ⋅ α 2 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α 2 ⋅ senh(α ⋅ y ) +  
    A + B senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c )
(σ xx )2 = sen(α ⋅ x ) ⋅ C3 ⋅ [2 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y )] + 
C
 1 = ⋅
senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c
2
α2

C4 ⋅ [2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y ) + y ⋅ α 2 ⋅ senh(α ⋅ y )] 
  
   A − B cosh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c )
 C2 = − 2 ⋅
 C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y ) +   α senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c
(τ ) = − cos(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ C ⋅ [cosh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y )] +   A− B α ⋅ cosh(α ⋅ c )
 xy 2  3   3
C = ⋅
  α 2
senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c
 C4 ⋅ [senh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y )]  
 A+ B α ⋅ senh(α ⋅ c )
C4 = − α 2 ⋅ senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c

Sendo :
 q ∞ [sen(m ⋅ π ) − m ⋅ π ⋅ cos(m ⋅ π )]

A = 2 ⋅ ∑
 π m =1 m 2

 B = 0 Continua ⇒

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Caso ø=cos(m∙π∙x/L)∙f(y) (Índice 3):

Sendo :
 C1 ⋅ α 2 ⋅ cosh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α 2 ⋅ senh(α ⋅ y ) +  
    A + B senh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ cosh(α ⋅ c )
(σ xx )3 = cos(α ⋅ x ) ⋅ C3 ⋅ [2 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y )] +  C = ⋅
senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c
2 1
α2

C4 ⋅ [2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y ) + y ⋅ α 2 ⋅ senh(α ⋅ y )] 
  
   A − B cosh(α ⋅ c ) + α ⋅ c ⋅ senh(α ⋅ c )
 C2 = − 2 ⋅
 C1 ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y ) + C2 ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y ) +   α senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c
(τ ) = sen(α ⋅ x ) ⋅ α ⋅ C ⋅ [cosh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ senh(α ⋅ y )] +   A− B α ⋅ cosh(α ⋅ c )
 xy 3  3   3
C = ⋅
C ⋅ [senh(α ⋅ y ) + y ⋅ α ⋅ cosh(α ⋅ y )]   α 2
senh(2 ⋅ α ⋅ c ) − 2 ⋅ α ⋅ c
  4 
 A+ B α ⋅ senh(α ⋅ c )
C
 4 = − ⋅
 α 2 senh(2 ⋅ α ⋅ c ) + 2 ⋅ α ⋅ c
Sendo :
 q ∞ sen(m ⋅ π )

A = ⋅ ∑
 π m =1 m
 B = 0 Continua ⇒

Prof.: Bernardo Moraes Neto Disciplina: Teoria da Elasticidade 168/174


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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
• Superpondo as soluções, tem-se as componentes de tensão do caso em estudo:
NOTA 1 NOTA 3

σ xx = (σ xx )1 + (σ xx )2 + (σ xx )3

NOTA 2

NOTA 1 NOTA 3

τ xy = (τ xy )1 + (τ xy )2 + (τ xy )3 NOTA 1: Caso da viga carregada uniformemente;

NOTA 2: Caso ø=sen(m∙π∙x/L)∙f(y);

NOTA 2 NOTA 3: Caso ø=cos(m∙π∙x/L)∙f(y).

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
q
• Distribuição das tensões σxx: Admitindo q=10 N/mm, L=2000
mm, c=100 mm e m=10, tem-se para a distribuição de σxx:

c
σxx (MPa)
x

c
2000 -100
1500 -75 L L
1000 -50
y
Seção (mm)
σxx (MPa)

500 -2000 -1000 -25 0 1000 2000


0 0 Continua ⇒
-2000 -1000 -500 0 1000 2000 25
NOTA: Tensão máxima p/ x=0:
-1000 50
-1500 75 Teoria elementar:
-2000 100
Vão (mm) σx=0=M·y/I=1500 MPa
σxx(-L,y) σxx(0,y) σxx(L,y)
σxx(x,-c) σxx(x,0) σxx(x,c) Teoria da elasticidade:

σx=0=1676 MPa

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
q
• Distribuição das tensões σxx: Admitindo q=10 N/mm, L=2000
mm, c=100 mm e m=10, tem-se para a distribuição do momento

c
x
fletor mxx(x):

c
12000000 L L
10000000
8000000 y
mxx (N∙mm

6000000 Continua ⇒
4000000
2000000
NOTA: Momento p/ x=0:

0 Teoria elementar:
-2000 -1000
-2000000 0 1000 2000

-4000000 mx=0=1,0·107 N∙mm


Vão (mm) c
mxx ( x ) = ∫ σ xx ( x , y ) ⋅ y ⋅ dy Teoria da elasticidade:
mxx(x,-c) mxx(x,0) mxx(x,c)
−c mx=0=1,12·107 N∙mm

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
q
• Distribuição das tensões τxy: Admitindo q=10 N/mm, L=2000
mm, c=100 mm e m=10, tem-se para a distribuição de τxy:

c
x
τxy (MPa)

c
120 -100
L L
80 -75
-50 y
40
Seção (mm)
τxy (MPa)

-120 -80 -40 -25 0 40 80 120 Continua ⇒


0 0
-2000 -1000 0 1000 2000 25 NOTA: Tensão máxima p/ x=0:
-40
50
-80 Teoria elementar:
75
-120 100 τx=0=(V·h2)/(8·I)=12,52 MPa
Vão (mm)
τxy(-L,y) τxy(0,y) τxy(L,y)
Teoria da elasticidade:
τxy(x,-c) τxy(x,0) τxy(x,c)
τx=0=12,43 MPa

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3. PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS (COORD. RETANG.):


3.6. SOLUÇÃO NA FORMA DE SÉRIES DE FOURIER:
q
• Distribuição das tensões τxy: Admitindo q=10 N/mm, L=2000
mm, c=100 mm e m=10, tem-se para a distribuição do esforço

c
x
cortante V(x):

c
15000 L L
10000
y
5000
V (N)

0
-2000 -1000 0 1000 2000
NOTA: Reações:
-5000
Teoria elementar:
-10000
Vx=-L=6,67·103 N Vx=L=1,33·104 N
-15000 c
Vão (mm) V ( x ) = ∫ τ xy ( x , y ) ⋅ dy Teoria da elasticidade:
−c
V(x,-c) V(x,0) V(x,c)
Vx=-L=6,86·103 N Vx=L=1,31·104 N

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FIM!

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