Aluno(a):

Professor: Turma: Disciplina:

Helder Reis 3º MIN. / A Matemática III
Data: Título: Curso:
/ / 2024 NÚMEROS BINOMIAIS Médio Integrado em Mineração

Trabalhando habilidades: Triângulo de Pascal e binômio de Newton

Binômio de Newton é todo binômio da forma (a + b)n, sendo n um número natural.

Exemplo: B = (3x + 2y)4 (onde a = 3x, b = 2y e n = 4 [grau do binômio]).
Triângulo de Pascal – Blaise Pascal, conhecido simplesmente como
Pascal, foi um grande gênio do século XVII. Em sua vida curta, fez
descobertas notáveis, principalmente na área de Matemática e Física.
Em 1653, ele publicou um de seus escritos mais famosos. Nele, Pascal
fazia considerações sobre um triângulo numérico muito especial, cheio
de relações matemáticas importantes.
Os números que formam o triângulo de Pascal são os números
combinatórios.
O triângulo de Pascal é uma sequência de números binomiais ou
combinatórios, isto ´e, naturais C(n, r), dispostos em uma tabela em forma de triângulo, como
na figura abaixo.

LINHAS

Para construir o triângulo do Pascal, basta lembrar as seguintes propriedades dos números
binomiais, não sendo necessário calculá-los:
n
1ª) Como   = 1 , todos os elementos da coluna 0 são iguais a 1.
0
n
2ª) Como   = 1 , o último elemento de cada linha é igual a 1.
n

INISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA – CAMPUS CAMPINA GRANDE
3ª) Cada elemento do triângulo que não seja da coluna 0 nem o último de cada linha é igual
à soma daquele que está na mesma coluna e linha anterior com o elemento que se situa à
esquerda deste último (relação de Stifel). Observe os passos e aplicação da relação de Stifel
para a construção do triângulo:

Considere as seguintes linhas do triângulo:

Generalizando
Linha 6: 1 6 15 20 15 6 1

1 7 21 35 35 21 7 1
Cnp + Cnp+1 = Cnp++11
Linha 7:
1+6 =7 20 + 15 = 35

Propriedades do triângulo de Pascal

P1: Em qualquer linha, dois números binomiais equidistantes dos extremos são iguais. Esses
binomiais são complementares.

P2: Teorema das linhas: A soma dos elementos da enésima linha é 2n.

INISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA – CAMPUS CAMPINA GRANDE
P3: Teorema das colunas: A soma
dos elementos de qualquer coluna,
do 1º elemento até qualquer outro é
igual ao elemento situado na coluna
à direita da considerada e na linha
imediatamente abaixo.
Se n ≥ p,
 p   p + 1  p + 2   n   n + 1 ,
  +   +   + ...  =  
p  p   p   p   p + 1
sendo n e p naturais.

No caso dos exemplos, temos:

1  2   3   4   5   6   6 + 1  7   3   4   5   6   6 + 1  7 
i)   +   +   +   +   +   =   =   ; ii)   +   +   +   =   =  
1  1   1   1   1   1   1 + 1   2   3   3   3   3   3 + 1  4 
P4: Teorema das diagonais: A soma dos
elementos situados na mesma diagonal desde o
elemento da 1ª coluna até o de outra qualquer é
igual ao elemento imediatamente abaixo deste.
Se n ≥ p,  n  +  n + 1 +  n + 2  + ... n + p  =  n + p + 1
0  1   2   p   p 
, sendo n e p naturais.

No caso do exemplo, temos:

 2   3   4   5   6   6 + 1  7 
  +   +   +   +   =   =  
 0   1  2   3   4   4   4 
Observações:
1) o desenvolvimento do binômio (a + b)n é um polinômio.
2) o desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos .
3) os coeficientes dos termos equidistantes dos extremos , no desenvolvimento de (a + b)n
são iguais .
4) a soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n .
5) Igualdade e binomiais complementares

Relação entre o desenvolvimento binomial e o triângulo de Pascal.

INISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA – CAMPUS CAMPINA GRANDE
Fórmula do desenvolvimento do binômio de Newton:
𝒏 𝒏 𝒏 𝒏 𝒏
(𝒂 + 𝒃)𝒏 = ( ) . 𝒂𝒏 . 𝒃𝟎 + ( ) . 𝒂𝒏−𝟏 . 𝒃𝟏 + ( ) . 𝒂𝒏−𝟐 . 𝒃𝟐 +. . . + ( ) . 𝒂𝟏 . 𝒃𝒏−𝟏 + ( ) . 𝒂𝟎 . 𝒃𝒏
𝟎 𝟏 𝟐 𝒏−𝟏 𝒏
𝒏 𝒏!
Observações: ⦊ ( ) = 𝑪𝒏,𝒑 = 𝒑!.(𝒏−𝒑)! é chamado número combinatório ou binomial.
𝒑
⦊ Em binômios da forma (a – b)n, os sinais devem ser alternados entre + e –.
⦊ Não é necessário memorizar as fórmulas acima, já que elas possuem uma lei de formação
bem definida.
Regra prática: Os expoentes de a vão diminuindo de unidade em unidade, variando de n até
0, e os expoentes de b vão aumentando de unidade em unidade, variando de 0 até n.
De modo geral, quando o expoente é n, podemos escrever:

1) Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do binômio de

Newton (a + b)7 será:
Resolução: (a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21 a2b5 + 7 ab6 + b7
2) Desenvolva o binômio (x – 2)4.
Resolução: (x – 2)4 = x4 – 4x3.2 + 6x2.22 – 4x123 + 24 = x4 – 8x3 + 24x2 – 32x1 + 16

3) Desenvolvendo o binômio (2x – 3y)3n, obtemos um polinômio de 16 termos. Qual o valor

de n?
Resolução: Ora, se o desenvolvimento do binômio possui 16 termos, então o expoente do
binômio é igual a 15. Logo, 3n = 15 de onde se conclui que n = 5.
1) Dado o binômio (x + y)4, determine a soma dos coeficientes de seu
desenvolvimento.

2) Dado o binômio (x – y)7, determine a soma dos coeficientes de seu desenvolvimento.

Observando as resoluções das questões 4 e 5 acima podemos concluir (generalizar) que:

✓ Fazendo a = b = 1, em (a + b)n, teremos: (1 + 1)n = 2n;
✓ Fazendo a = b = 1, em (a – b)n, teremos: (1 – 1 )n = 0n = 0 (supondo n ≥ 1).
Isto também é válido para outras potências de polinômios.
n  n 
3) Sabendo que   =   , resolva:
  
p n − p 
 20    20
a)   =  
 x + 1  12 

 18  18 
b)  2  =  
 x − 1  3 

INISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA – CAMPUS CAMPINA GRANDE
  n   n   n +1
4) Utilize Relação de Stifel   +   =   para resolver as operações.
 p   p + 1  p + 1
10  10   21  21 16  16 
a)   +   = b)   +   = c)   +   =
5 6  11  10  10   9 

10  10  11

5) Resolva a equação:   +   =  
5 6 x

6) Uma linha do Triângulo de Pascal possui 15 elementos. Quantos desses elementos são
menores que 100?
a) 3 b) 4 c) 6 d) 8 e) 10

7) Sendo 1 a 28 b 70 56 c 8 1 uma linha do triângulo de Pascal, a + b + c vale:

a) 24 b) 36 c) 56 d) 92 e) 100

Fórmula do termo geral

Um termo genérico do desenvolvimento de (a + b)n, sendo p um número natural, é dado por:
𝑛
𝑇𝑝+1 = ( ) . 𝑎𝑛−𝑝 . 𝑏𝑝 onde: (𝒏𝒑) = 𝑪𝒏,𝒑 = 𝒑!.(𝒏−𝒑)!
𝒏!
é denominado número binomial.
𝑝
4) Qual é o termo em x5 no desenvolvimento de (x + 3)8?
Resolução: n = 8; n – p = 5 → 8 – p = 5 → p = 3
T3 + 1 = C8, 3 . x 8 – 3 . (3) 3 → T4 = 56 . x 5 . 27 → T4 = 1512 x5
1 6
5) Determine o termo independente de x no desenvolvimento de (𝑥 + ) .
𝑥
Resolução: Sabemos que o termo independente de x é aquele que não depende de x, ou
seja, aquele que não possui x. Pela fórmula do termo geral:
𝑛 1
𝑇𝑝+1 = ( ) . 𝑎𝑛−𝑝 . 𝑏 𝑝 .Temos no problema: 1º termo a = 𝑥 ; segundo termo b = 1 e n = 6.
𝑝 𝑥

Daí: Tp+1 = C6,p . x6-p . (1/x)p = C6,p . x6-p . x-p = C6,p . x6-2p .
Ora, para que o termo seja independente de x, o expoente desta variável deve ser zero, pois
x0 = 1. Portanto, fazendo 6 – 2p = 0, obtemos p = 3. Substituindo então p por 6, teremos o
termo procurado. Temos então:
T3+1 = T4 = C6,3 . x0 = C6,3 = 6! /[(6-3)! . 3! ] = 6.5.4.3! / 3!.3.2.1 = 20.
Logo, o termo independente de x é o T4 (quarto termo) que é igual a 20.
6) Determine o 7º termo do binômio (2x + 1)9, desenvolvido segundo as potências
decrescentes de x.

INISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA – CAMPUS CAMPINA GRANDE
Resolução: Vamos aplicar a fórmula do termo geral de (a + b)n, onde a = 2x , b = 1 e n = 9.
Como queremos o sétimo termo, fazemos p = 6 na fórmula do termo geral e efetuamos os
cálculos indicados. Temos então:
T6+1 = T7 = C9,6 . (2x)9-6 . (1)6 = 9! /[(9-6)! . 6!] . (2x)3 . 1
= 9.8.7.6! / 3.2.1.6! . 8x3 = 84.8x3 = 672x3. Portanto o sétimo termo procurado é 672x3.

8) Qual o termo médio do desenvolvimento de (2x + 3y)8 ?

9) Calcule o 4° termo no desenvolvimento de (2x – 1)6.

𝑥 5
10) Determine o 5º termo desenvolvimento do binômio ( − 3 )
2

11) Sendo: 1 a 66 b 495 792 924 c d 220 e 12 1 uma linha

do triângulo de Pascal, a + b + c + d vale:
a) 24 8 b) 336 c) 564 d) 1299 e) 1519

12) O valor do produto dos coeficientes do 2o e do penúltimo termo do desenvolvimento de

(x + 1)90 é:
a) 64 b) 180 c) 810 d) 6.400 e) 8.100

13) Complete o triângulo de Pascal abaixo:

1 Complete as lacunas do triângulo ao
lado e calcule a soma de todos os
números da linha em que n = 9.
1 1
1 1
1 1
1 1
1 1
1 1
1 1
1 1
9

14) A soma dos coeficientes do desenvolvimento de (x2 + 6x + 9)6 é igual a:

a) 26 b) 212 c) 312 d) 36 e) 224

15) Se o terceiro termo do desenvolvimento de (a + b)n é 21a5b2, então o sexto termo é:

a) 35a4b3 b) 21a3b4 c) 21a2b5 d) 7ab6 e) 7a2b5

“Não há prêmios nem castigos e sim consequências”. (Santo Agostinho)

INISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA – CAMPUS CAMPINA GRANDE