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Prof. J. R.

Souza − UERJ − DETEL

z a
Governo do Estado do Rio de Janeiro

ou
Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

UERJUERJ
- Modelos I - Turmas
Modelos 1 & 1:
I – Turma 2: Prof. J. R. Souza DETEL

.S
Capítulo 5 de Zill:
(Zill & Shanahan, Curso Introdutório À Análise Complexa - Com Aplicações - 2ª Ed, LTC, Rio de Janeiro, 2011.)

Ex.: Seja C o arco de círculo no primeiro quadrante com raio unitário,

.R
∫ xy 4 dx =?
C
Sejam x = cos(t) e y = sin(t), 0 ≤ t ≤ π/2 → dx = −sin(t)dt e
π/2 π/2
cos(t) sin4 (t)(− sin(t) dt) = − ∫

f. J
∫ xy 4 dx = ∫ cos(t) sin5 (t)dt
C 0 0
d 1 d
Mas cos(t) = dt sin(t) → cos(t)sin (t) = 5
6 dt
sin6 (t)
π
1 1
→ ∫C xy 4 dx = − sin6 (t)|02 = −
Pro
6 6
Solução alternativa: Em C: x2 + y2 = 1 → y2 = 1 − x2 → y4 = (1 − x2)2 = 1 − 2x2 + x4
0 0 1 2 1 0 1
→ ∫C xy 4 dx = ∫1 x(1 − 2x 2 + x 4 )dx = ∫1 (x − 2x 3 + x 5 )dx = [2 𝑥 2 − 4 𝑥 4 + 6 𝑥 6 ] = − 6
1

Ex.: Calcular ∮𝐶 [(x2 + y2)dx − 2xydy], C = C1 + C2.


L-

Sejam f(x,y) = x2 + y2 e g(x,y) = −2xy


∮𝐶 (fdx + gdy) = ∮𝐶 (fdx + gdy) + ∮𝐶 (fdx + gdy)
1 2
Em C1: y = x2 → dy = 2xdx, f(x,y) = x2 + x4, g(x,y) = −2x3
C2 C1
TE

1 1
∮𝐶 (fdx + gdy) = ∫0 [(x2 + x4)dx − 2x3(2xdx)] = ∫0 (x2 + x4 − 4x4)dx
1
1 1 3
= ∫0 (x2 − 3x4)dx =
3
− 5
1
Em C2: y = √x → dy = 2x−1/2dx, f(x,y) = x2 + x, g(x,y) = −2xx1/2
DE

0 1 0 1
→∮𝐶 (fdx + gdy) = ∫1 [(x2 + x)dx − 2xx1/2(2x−1/2dx)] = ∫1 x2dx = −3
2
1 3 1 3
→ ∮𝐶 (fdx + gdy) =
3
− 5−3=− 5

Ex.: f(t) = ejt, 0 ≤ t ≤ π/2 → f(t) = cos(t) + jsin(t)


-

π/2 π/2 jt 1 jt π/2 1 1


∫0 f(t)dt = ∫0 e dt = e |0 = (ejπ/2 − ej0 ) = (j − 1) = 1 + j
RJ

j j j
π/2 π/2
Ou ∫0 f(t)dt = ∫0 (cos(t) + jsin(t))dt = (sin(t) −jcos(t))|π/2
0 =1+j
UE

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Pavilhão Reitor João Lyra Filho − Rua São Francisco Xavier, 524, 5º andar, bloco E, sala 5001
Rio de Janeiro – RJ, CEP: 20550-900
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Ex.: Calcular ∫C(2z ∗ − z)dz, com C dada por x = −t, y = t2 + 2, 0 ≤ t ≤ 2.

→ C é suave?

a
z(t) = −t +j(t2 + 2) , 0 ≤ t ≤ 2 → z’(t) = −1 + j2t
Seja f(z) = 2z* − z: → f(z) é contínua em C?

z
→ f(z) = 2(x(t) − jy(t)) − (x(t) + jy(t)) = x(t) − j3y(t) = −t − j3(t2 + 2)

ou
Logo:
2 2
∫C(2z ∗ − z)dz = ∫0 [−t −j3(t 2 + 2)](−1 + j2t)dt = ∫0 [ 6t 3 + 13t + j(t 2 − 6)]dt =
6 13 2 1 2 28
[ t4 + t + j ( t 4 − 6t)]| = 16 × 6 + 26 − j

.S
4 2 3 0 3

Ex.: Calcular ∮C Re(z)dz, sendo C a circunferência |z| = 1.

.R
→ C é suave? Re(z) é contínua em C?
Seja z(t) = cos(t) + jsin(t), 0 ≤ t ≤ 2π: parametrização de C
→ z’(t) = −sin(t) + jcos(t)
2π 2π 2π

f. J
∮ Re(z)dz = ∫ cos(t)[− sin(t) + jcos(t)]dt = − ∫ cos(t) sin(t) dt + j ∫ cos 2 (t)dt
C 0 0 0
2π 1 1
Mas ∫0 cos(t) sin(t) dt =
2
sin2 (t)|2π
0 = − 2 cos2 (t)|2π
0 =0
cos(2t)+1
Recordando: cos(2t) = cos2(t) − sin2(t) = 2cos2(t) − 1 → cos2(t) = 2
Pro
2π 2π cos(2t)+1 1 1 2π
→ ∫0 cos2 (t)dt = ∫0 dt = [ sin(2t)| + t|2π
0 ]=π
2 2 2 0
Logo: ∮C Re(z)dz = jπ

Ex.: Calcular ∫C ez dz, em que C é o contorno poligonal de z = 0 a z = 2, e de z = 2 a z = 1 +jπ.


L-

C é suave? f(z) = ez é contínua em C?


Seja C = C1 + C2 → ∫C ez dz = ∫C ez dz + ∫C ez dz
1 2
2
C1: z = x, 0 ≤ x ≤ 2: ∫C e dz = z
∫0 ex dx = ex |20 = e2 − 1
1
TE

C2: y = −πx + 2π → z = x + jy = x + jπ(2 − x), 2  x  1


dz
dx
=z’ = 1 − jπ
1 1 1
→ ∫C ez dz = ∫2 ex+jπ(2−x) (1 − jπ)dx = ej2π ∫2 ex(1−jπ) (1 − jπ)dx = ex(1−jπ) |2
DE

→ ∫C ez dz = e1−jπ − e2(1−jπ) = −e − e2
2

Logo: ∫C ez dz = ∫C ez dz + ∫C ez dz = e2 − 1 − e − e2 = −(1 + e)
1 2

(z2 +3)ejz Ln(z)


Ex.: Determinar um limitante superior para |∫C f(z)dz | com f(z) = , sendo C a curva z = 2ej,
-

z2 − 2
0 ≤  ≤ π/3.
RJ

Usando a desigualdade ML:


→ C: arco de circunferência de raio 2 e ângulo π/3: curva suave → em C:|z| = 2
f(z) é descontínua em z2 = 2 ou z = ±√2, mas esses pontos não residem em C: f(z) é contínua em C!
1 1
|z2 − 2|  ||z|2 − 2| = |4 − 2| = 2 → |z2 − 2| ≤
UE

2
|z2 + 3| ≤ ||z|2 + 3| = 4 + 3 = 7
|ejz| = |ejx−y| = |e−y| ≤ 1, pois y  0 em C
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Ln(z) = ln(|z|) + jArg(z) → |Ln(z)| ≤ |ln(|z|)| + |jArg(z)|
Em C: ln(|z|) = ln(2) e 0 ≤ Arg(z) ≤ π/3 → |Ln(z)| ≤ ln(2) + π/3
π/3 𝜋

a
L = ∫0 2dθ = 2 3 : comprimento da curva C
𝜋
7[ln(2)+ ] 𝜋 7π[3ln(2)+π]

z
→ |∫C f(z)dz | ≤ 3
×2 =
2 3 9

ou
Ex.: Calcular ∫c f(z)dz com f(z) = z1/2, sendo C a semicircunferência z = Rej, 0 ≤  ≤ π.
f(z) é a função raiz quadrada complexa:
arg(z)+2kπ

.S
f(z) = |z|1/2ej 2 , k = 0, 1
arg(z)
Escolhendo o ramo f(z) = |z|1/2ej 2 , 0 < arg(z) < 2π, a função não é definida
no eixo real positivo, que é o corte de ramo.

.R
Embora f(z) não seja definida em z = R, a integral existe!
Em C: z = Re , 0 ≤  ≤ π → z’ = jRejd
j

π
∫ f(z)dz = ∫ f(z(θ))z ′ (θ)dθ
c 0

f. J
Mas f(z())z’() = √Rejθ/2 jRejθ = jR√Rej3θ/2
→ lim f(z(θ))z ′ (θ)dθ = jR√R
θ→0
Isso significa que f(z())z’() é contínua no intervalo fechado 0 ≤  ≤ π quando seu valor em  = 0 é definido
Pro
como jR√R.
π π 2 π 2
Logo:∫c 𝑧1/2 dz = ∫0 jR√Rej3θ/2 dθ = jR√R ∫0 ej3θ/2 dθ = jR√R j3 ej3θ/2 |0 = − 3 R√R(j + 1)
Esse mesmo resultado seria obtido com a escolha do ramo
f(z) = |z|1/2ej/2, −π/2 <  < 3π/2:
L-
TE

1 1
Ex.: Calcular ∮C zn dz, n inteiro > 0, sendo C a elipse (x − 2)2 + 4 (y − 5)2 = 1.

O integrando é analítico para todo z  0. Mas z = 0 não reside em C nem no interior de C. Logo, pelo teorema
DE

1
de Cauchy-Goursat: ∮C zn dz = 0.

Ex.: Calcular ∮C f(z)dz para f(z) = z2 + (z − 4)−1, sendo C a circunferência |z| = 1.


-

f(z) é descontínua em z = 4, mas esse ponto não reside em C nem no interior de C. Portanto, f(z) é analítica
1
em C e no interior de C, pois é a soma de duas funções analíticas (z2 e z−4, para z  4). Pelo teorema de
RJ

Cauchy-Goursat, ∮C f(z)dz = 0.

1 1 3
Calculando a integral: ∮C f(z)dz = ∮C (z 2 + z−4
) dz = 3
z + lnk (z − 4) , em que lnk(z − 4) é um ramo
UE

qualquer de ln(z − 4) e C é a circunferência |z| = 1.


→ ln(z − 4) tem pontos de ramo em z = 4, . Escolhendo qualquer ramo que não corte o percurso C: por
exemplo Re(z)  4:
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Em C: z = ej, 0 ≤  ≤ 2π

1
∮ f(z)dz = [ z 3 + lnk (z − 4)]|
3

a
C 0

1
∮ f(z)dz = [ ej3θ + lnk (ejθ − 4)]|

z
C 3 0
1 j6π

ou
= (e − 1)
3
+ ln(ej2π − 4) − ln (1 − 4)
Mas ej6π = ej2π = 1 → ∮C f(z)dz = 0.

.S
Ex.: Seja f(z) = (z − z0)−1, e seja C um percurso simples fechado e com orientação positiva no plano complexo
tal que z0 esteja em seu interior.

.R
→ f(z) é analítica em um domínio multiplamente conexo que exclui o ponto z = z0.

Seja CR uma circunferência com centro em z0 e raio R, e

f. J
seja C um percurso fechado que envolve CR e, portanto, z0.

Como f(z) é analítica no domínio que contém C e CR e a


região entre esses percursos, então:
Pro
em CR: z() = z0 + Rej, 0 ≤  ≤ 2π, dz = jRejd

Usando o princípio de deformação de


1
contorno: ∮C f(z)dz = ∮C f(z)dz = ∮C dz
R R z − z0
L-

2π jRejθ 2π
→ ∮C f(z)dz = ∫0 Rejθ
dθ = j ∫0 dθ = j2π

Ex.: f(z) = (z − z0)−n, n inteiro > 1, com o mesmo percurso do exemplo anterior:
TE

2π jRejθ 2π jR1−n 2π R1−n


∮C f(z)dz = ∫0 Rn ejnθ
dθ = jR1−n ∫0 ej(1−n)θ dθ =
j(1−n)
ej(1−n)θ |0 =
1−n
(1 − 1) = 0

Nos dois casos, as integrais têm solução :


DE

1
∫ z − z dz = ln(z − z0 ): z0 é ponto de ramo de ln(z − z0) e reside no interior do percurso C
0
1 1
∫ (z − z )n dz = 1−n
(z−z0 )1 − n, n inteiro > 1: não há ponto de ramo de z1−n no interior do percurso C
0
O primeiro exemplo pode ser resolvido com uma transformação:
-

1 1
Seja w = z − z0 , dw = dz → ∮C dz = ∮C dw, em que Cw é a circunferência |w| = R
z − z0 w w
RJ

Usando o ramo de ln(w) = ln(|w|) + jarg(w), com −π < arg(w) =  < π


→ em Cw: w = Rej, −π <  < π
1 π 1
∮C z − z dz = ∫−π w dw = ln (w)|π−π = [ln(|w|) + jθ]|π−π
0
UE

1
Mas em Cw, |w| = R → ∮C z − z dz = [ln(R) + jθ]|π−π = ln(R) +jπ −[ln(R) − (−jπ)] = j2π
0
Qualquer outro ramo de ln(w) levaria ao mesmo resultado.

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2z
Ex.: Calcular ∮C z2 +2 dz, sendo C a circunferência |z| = 2.

O denominador pode ser reescrito como: z 2 + 2 = (z + j√2)(z−j√2).

a
O integrando não é analítico em z = j√2.

z
ou
A integral pode ser calculada usando o princípio de deformação de contorno:

O percurso C1 envolve o ponto z = j√2 e o percurso C2, o ponto z = −j√2. Esses


dois pontos residem no interior de C.

.S
Fatorando o integrando:
2z a b a(z+j√2)+b(z−j√2) z(a + b) + j√2(b − a)
z2 +2
= z+j√2
+ z−j 2 = z2 +2
= z2 + 2

2z 1 1
Portanto, a = b = 1 → z2 +2 = + z−j 2

.R
z+j√2 √
2z 1 1
→ ∮C dz = ∮C dz + ∮C z+j 2 dz = j2π + j2π = j4π
z2 +2 1 z−j√2 2 √

f. J
z−2
Ex.: Calcular ∮C z2 −z dz, sendo C o percurso no formato do número oito:
O integrando não é analítico em z = 0 e z = 1, pois o denominador se anula
nesses pontos. z = 0 e z = 1 residem no interior de C.
z−2 z−2 a b (a+b)z −a
Pro
Fatorando o integrando: z2 −z = z(z−1)
= z + z−1 = z(z−1)
z−2 1 1
 a = 2, b = −1 → ∮C z2 −z dz = 2 ∮C z dz − ∮C z−1 dz

Dividindo C em dois percursos fechados simples: C1, que envolve o ponto z = 0,


e C2, que envolve o ponto z = 1: C = C1 + C2
1
dz = 0 e
L-

Como z = 0 está no interior de C1: ∮C z 2


1
como z = 1 está no interior de C2: ∮C z−1 dz = 0
1
1
Como C1 tem orientação negativa: ∮C z dz = −j2π
1
TE

1
C2 tem orientação positiva: ∮C z−1 dz = j2π
2
z−2 1 1
→ ∮C z2 −z dz = 2 ∮C z dz − ∮C z−1 dz = 2(−j2π) − j2π = −j6π
1 2
DE

Ex.: Calcular ∫C z 2n dz, com n inteiro > 0 e o percurso C mostrado na figura à direita:

Sejam z0 = −1 e z1 = 1 + j.
Como zn, n inteiro > 0, é uma função inteira, qualquer percurso de z0 a z1 pode ser
-

usado, por exemplo o percurso formado por C1 e C2, como ilustrados na figura abaixo.
∫ z 2n dz = ∫ z 2n dz + ∫ z 2n dz
RJ

C C1 C2
Em C1: z = x, −1 ≤ x ≤ 1, dz = dx:
1
1 1
∫ z 2n dz = ∫ x 2n dx = x 2n+1 |1−1 = [12n+1 − (−1)2n+1 ]
UE

C1 −1 2n + 1 2n + 1
2
Como 2n + 1 é um número ímpar, (−1)2n+1 = − 1 → ∫C z 2n dz = 2n+1
1

Em C2: z = 1 + jy, 0 ≤ y ≤ 1: y = 0 → z = 1; y = 1 → z = 1 + j
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1+j
1 1+j 1
∫ z 2n dz = ∫ z 2n dz = z 2n+1 |1 = [(1 + j)2n+1 − (1)2n+1 ]
C2 1 2n + 1 2n + 1
Logo:

a
2 1 1
∫C z 2n dz = + 2n+1 [(1 + j)2n+1 − 1] = [1 + (1 + j)2n+1 ]

z
2n+1 2n+1

ou
Ex.: f(z) = z2n, n inteiro > 0, é uma função inteira.
1
F(z) = 2n+1
z 2n+1 é uma antiderivada de f(z):
2n+1 2n
F’(z) = z = z 2n = f(z)

.S
2n+1
1+j
2n
1 1+j 1
∫ z dz = z 2n+1 |1 = [(1 + j)2n+1 + 1]
1 2n + 1 2n + 1

.R
1
Ex.: f(z) = z2 é uma função inteira → tem uma antiderivada F(z) = 3z3 em todo o plano complexo.
z 1
∫z 2 z 2 dz = 3 (z22 − z12 ) para todo percurso no plano complexo de z1 a z2.
1

f. J
1
Ex.: f(z) = é contínua em todo o plano complexo, exceto em z = 0. Portanto, f(z) tem uma antiderivada
z2
1
F(z) = − z no domínio |z| > 0, que é todo o plano complexo com a origem deletada.
Seja C a circunferência z = Rej, R > 0, 0 ≤  ≤ 2π → ∮C f(z)dz = 0.
Pro
j
Ex.: Calcular ∫π ez cos(z)dz.

Sejam f(z) = cos(z) e g’(z) = ez → g(z) = ez


segundo quadrante, e f’(z) = −sin(z). Usando integração por partes:
f(z) e g(z) são analíticas no primeiro
L-

j j j j j j
∫π ez cos(z)dz = ez cos (z)|π − ∫π ez sin(z)dz = ez cos (z)|π + [ez sin(z)|π − ∫π ez cos(z)dz]
j 1 z j j 1
∫π ez cos(z)dz = 2
[e cos (z)|π + ez sin(z)|π ] = 2[ejcos(j) − eπcos(π) + ejsin(j) − eπsin(π)]
1 π 1
{e + ej[cos(j) + sin(j)]} = {ej[cos(j) + sin(j)] − 1}
TE

=
2 2

z2 +3z+j2
Ex.: Seja C a circunferência |z − j| = 2; calcular ∮C z2 +3z − 4 dz .
DE

−3 ± √9+16 −3 ± 5
Se z2 + 3z − 4 = 0 → z = 2
= 2
Logo, z2 + 3z − 4 = (z − 1)(z + 4)
O integrando não é analítico em z = 1 e em z = −4. Desenhando o percurso C:
Apenas z = 1 está no interior de C
-

z2 +3z+j2
Seja f(z) = z+ 4
: analítica em todos os pontos em C e no interior de C.
z2 +3z+j2
RJ

f(z) 1+3+j2 4π
→∮C z2 +3z − 4 dz = ∮C z − 1 dz = j2πf(1) = j2π 1+ 4 = 5 (2 − j)
UE

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1
Ex.: Seja C a circunferência |z − 2| = 5; calcular ∮C z3 (z − 1)2 dz.
O integrando não é analítico em z = 0 e em z = 1 → esses pontos estão no interior de C!

a
Dividindo C em dois percursos C1 e C2, de modo que z = 0 esteja no interior de C1 e z = 1, no interior de C2:
1
1

z
2
dz = ∮C z−31) dz
(z
Em C1: ∮C
1 z3 (z − 1)2 1
−2(z−1) −2

ou
1
Seja f(z) = (z − 1)2 → f’(z) = (z − 1)4 = (z − 1)3
2[3(z − 1)2 ] 6
f”(z) = (z − 1)6
= (z − 1)4
→f”(0) = 6
1

.S
(z − 1)2 f(z) j2π
Cauchy: ∮C z3
dz = ∮C z3
dz = 2!
f”(0) = j6π
1 1
1
1 z3
∮C dz = ∮C dz
2 z3 (z − 1)2 2 (z − 1)2
1

.R
1 −3z2 −3 z3 g(z) j2π
Seja g(z) = z3 → g’(z) = = ; Cauchy: ∮C dz = ∮C dz = g’(1) = −j6π
z6 z4 2 (z − 1)2 2 (z − 1)2 1!
1 1 1
→ ∮C z3 (z − 1)2 dz = ∮C (z − 1)2
dz = ∮C z3 (z − 1)2 dz = j6π − j6π = 0
1 z3 2

f. J
Exercícios das seções “Foco em Conceitos”

# 27, Seção 5.1: Calcule ∮C(x 2 + y 2 ) dx − 2xydy na curva fechada indicada.

No arco de circunferência, x2 + y2 = 4, x = 2cos, y = 2sin, 0 ≤  ≤ π


Pro
dx = −2sind, dy = 2cosd
Na base, y = 0.
A integral pode ser desmembrada em duas partes:
(i) I1= ∮C(x 2 + y 2 ) dx
π 2 1 3 2 1 2
→ I1 = −8 ∫0 sinθdθ + ∫−2 x 2 dx = 8cosθ|π0 + = −16 + 16 = − 16
L-

x |−2
3 3 3
π 8 1
(ii) I2 = ∮C xydy = 8 ∫0 cos2 θsinθdθ = − 3 cosθ|π0 = 316
4 64
Portanto, ∮C(x 2 + y 2 ) dx − 2xydy = I1 − I2 = − 16 = −
3 3
TE

# 31, Seção 5.1: Calcule ∮C(x 2 − y 2 ) ds, em que C é dado por x = 5cost, y = 5sint, 0 ≤ t ≤ 2π.
Fica claro que C é uma circunferência de raio 5 e centro na origem →ds = 5dt.
Em C: x2 − y2 = 25(cos2t − sin2t) = 25cos(2t).
DE

2π 1
Logo: ∮C(x 2 − y 2 ) ds = ∫0 25cos (2t)5dt = 1252 sin (2t)|2𝜋
0 = 0.

1
# 32, Seção 5.2: Determine um limitante superior para o valor absoluto da integral ∫𝐶 dz, em que o
z2 +1
percurso C é o segmento de reta de z = 3 a z = 3 + j. Use o fato de que |z2 + 1| = |z − j||z + j|, em que |z − j|
-

e |z + j| representam, respectivamente, as distâncias de j e de −j ao ponto z em C.


RJ

Um desenho sempre ajuda:


UE

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Pavilhão Reitor João Lyra Filho − Rua São Francisco Xavier, 524, 5º andar, bloco E, sala 5001
Rio de Janeiro – RJ, CEP: 20550-900
Prof. J. R. Souza − UERJ − DETEL
Da figura, fica claro que o valor mínimo de |z + j| ocorre quando z = 3
y
→ |z + j|min = |3 + j| = √10.
O valor mínimo de |z − j| ocorre quando z = 3 + j

a
1
C
z → |z − j|min = |3 + j − j| = 3.

z
x
3 Portanto, o valor mínimo de |z2 + 1| é: |z2 + 1|min = 3√10; assim, o valor
1 1
−1

ou
máximo de |z2 +1| = 3 = M.
√10
O comprimento do percurso C é L = 1.
1 1
Usando a desigualdade ML: |∫𝐶 z2 +1 dz| ≤ ML = 3
√10

.S
# 34, Seção 5.2: Determine um limitante superior para o valor absoluto da integral∫C Ln(z + 3)dz, em que o
percurso C é o segmento de reta de z = j3 a z = 4 + j3.

.R
Um desenho sempre ajuda:
Ln(z + 3) = loge(|z + 3|) + jArg(z + 3)
Usando a desigualdade triangular:
|Ln(z + 3)| ≤ |loge(|z + 3|)| + |Arg(z + 3)|

f. J
|loge(|z + 3|)|máx ocorre em z = 4 + j3:
|loge(|z + 3|)|máx = |loge(|7 + j3|) = loge(√58).
|Arg(z + 3)|máx ocorre em z = j3:
Pro
π
|Arg(z + 3)|máx = |Arg(3 + j3)| = 4
π
Portanto, |Ln(z + 3)| ≤ loge(√58) + = M.
4
O comprimento do percurso C é L = 4.
π
Usando a desigualdade ML: |∫C Ln(z + 3)dz| ≤ ML = 4[loge(√58) + ].
4
L-

# 28, Seção 5.3: Descreva percursos fechados para os garantidamente ∮C f(z)dz = 0, para cada uma das
seguintes funções:
1 1
(a) f(z) = z3 +z (b) f(z) = csc(z) (c) f(z) = 1 − ez (d) f(z) = Ln(z)
TE

A solução deste exercício é dada pelo teorema de Cauchy-Goursat: Se f for analítica em todos os pontos
interiores a um percurso fechado simples C e em todos os pontos no percurso C, então ∮C f(z)dz = 0.
Ou seja, em cada caso, basta identificar os pontos singulares da função e mantê-los no exterior do percurso
DE

de integração.

1
(a) f(z) = z3 +z é analítica em pontos z tais que z3 + z  0, ou seja, z  0 e z2 + 1  0 → z  j.
Portanto, ∮C f(z)dz = 0 em todo percurso fechado simples C que tenha os pontos z = 0, j, −j em seu exterior.
-

1
(b) f(z) = csc(z) = sin (z) é analítica em pontos em que sin(z)  0.
RJ

ejz − e−jz
Mas sin(z) = = 0 → ejz = e−jz → ej2z = 1, pois ejz  0 para qualquer z.
j2
ej2z = 1 = ej2nπ, com n = 0, 1, 2, ... → z = nπ, com n = 0, 1, 2, ...
UE

Portanto, ∮C f(z)dz = 0 em todo percurso fechado simples C que tenha os pontos z = nπ, com n = 0, 1, 2, ...
em seu exterior.

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1
(c) f(z) = 1 − ez é analítica em pontos tais que ez  1 = ej2nπ, ou seja, em pontos z  j2nπ, com n = 0, 1, 2, ...
Portanto, ∮C f(z)dz = 0 em todo percurso fechado simples C que tenha os pontos z = j2nπ,, com n = 0, 1, 2,

a
... em seu exterior.

z
(d) f(z) = Ln(z) é um ramo do logaritmo complexo, cujo corte de ramo é o eixo real negativo.
Portanto, ∮C f(z)dz = 0 em todo percurso fechado simples C que tenha o eixo real negativo em seu exterior.

ou
# 30, Seção 5.3: Calcule ∫C ez dz de z = 0 a z = 2 + j2 ao longo do percurso C mostrado na figura a seguir e

.S
consiste na reta y = x e uma circunferência que tangencia esta reta no ponto (1,1).

O integrando, ez, é uma função inteira. Portanto, pelo teorema de Cauchy-


Goursat, a integral ao longo da circunferência é igual a zero.

.R
Seja R o segmento de reta de z = 0 a z = 2 + j2: ∫C ez dz = ∫R ez dz .
Em R, z = x + jy = x(1+j) → dz =(1+j) dx; ez = ex + jx = ex(cosx + jsinx)
2 2
∫R ez dz = ∫0 ex(1+j) (1 + j) dx = ex(1+j) |0 = e2(1+j) − 1 = e2(cos2 + jsin2) −1.

f. J
→ ∫C ez dz = e2(1+j) − 1 = e2(cos2 + jsin2) −1.
Pro
# 27, Seção 5.4: Determine uma antiderivada de f(z) = sin z2. Não imagine coisas complicadas.

f(z) = sin z2 é uma função inteira → tem uma antiderivada F(z) = ∫ sin (𝑧 2 )dz + C, C é constante arbitrária.

# 29, Seção 5.4: Seja  = a + jb uma constante complexa.


x
(a) Use o Teorema 5.4.2 para calcular ∫x 1 eαz dz, em que x0 e x1 são valores reais.
L-

0
(b) Com a parametrização z(t) = t, x0 ≤ t ≤ x1, explique por que a parte (a) e o Teorema 5.2.1 podem ser usados
para deduzir a fórmula integral (real)
eax (acosbx+bsinbx))
∫ eax cosbx dx = + C.
TE

a2 + b2

(a) O Teorema 5.4.2 que, se f(z) for contínua em um domínio D e F for uma antiderivada de f em D, para
qualquer percurso C em D com ponto inicial z0 e ponto terminal z1, ∫C f(z)dz = F(z1) − F(z0).
DE

1
f(z) = eαz é função inteira, logo, tem antiderivada em todo o plano complexo → F(z) = 𝛼 eαz.
O percurso C para a integral é o trecho do eixo real de x0 a x1 → em C, z = x e dz = dx.
x 1 𝑥1 1
Logo: ∫𝐶 eαz dz = ∫x 1 eαx dx = 𝛼 eαx | = 𝛼
(eαx1 − eαx0 )
0 𝑥0
Nota: compare este problema com o # 30, Seção 5.3 resolvido anteriormente: qual é sua conclusão?
-
RJ

(b) O Teorema 5.2.1 diz que, se f for contínua em um percurso suave C dado pela parametrização
b
z(t) = x(t) + jy(t), com a ≤ t ≤ b, então ∫C f(z)dz = ∫a f(z(t))z(t)dt.

b b b
Se z(t) = t → z(t) = 1 → ∫𝐶 eαz dz = ∫a eαt dt = ∫a e(a+jb)t dt = ∫a eαt (cos bt + jsinbt) dt
UE

1
Portanto, ∫ eax cosbx dx = Re(∫ e(a+jb)x dx) = Re [a+jb (e(a+jb)x )] + C

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1 eax (cosbx+jsinbx) eax (cosbx+jsinbx)(a − jb)
a+jb
(e(a+jb)x ) = a+jb
=
a2 + b2
1 ax
e (acosbx+bsinbx) eax (acosbx+bsinbx)
→ Re [a+jb (e(a+jb)x )] = a2 + b2
→ ∫ eax cosbx dx = a2 + b2
+C

z a
# 28, Seção 5.5: Seja f uma função analítica em uma circunferência C de raio r e centro em z0 e em todos os
1 2π
pontos no interior de C. Use (1) para obter f(z0) = 2π ∫0 f(z0 + rejθ )dθ.

ou
Um desenho sempre ajuda:
Em C: z = z0 + rej, 0 ≤  ≤ 2π → z= jrej

.S
y

 Como f(z) é analítica em C e no interior de C, (1) fornece:


r
z0 1 f(z) 1 2π f(z0 +rejθ )jrejθ 1 2π
C f(z0) = j2π ∮C z − z dz = j2π ∫0 rejθ
dθ = 2π ∫0 f(z0 + rejθ )dθ.

.R
0

f. J
# 31, Seção 5.5: Prova do Teorema de Morera:
Se f(z) é contínua em um domínio simplesmente conexo D → f(z) é diferenciável em D.
Sejam z = x + jy e f(z) = u(x,y) + jv(x,y) → u(x,y) e v(x,y) contínuas em D → diferenciáveis em D; dz = dx + idy.
Pro
Seja C um percurso fechado simples totalmente em D:
∮ f(z)dz = ∮ (u + jv)(dx + jdy) = ∮ (udx −ydv) + j ∮ (vdx + udy)
C C C C
Seja R a região interior de C: aplicando o Teorema de Green em C, R:
∂v ∂u ∂u ∂v
∮ (udx −ydv) + j ∮ (vdx + udy) = ∬ (− − ) dxdy + j ∬ ( − ) dxdy
∂x ∂y R ∂x ∂y
L-

C C R
∂v ∂u ∂u ∂v
Se ∮C f(z)dz = 0 → ∬R (− − ) dxdy = ∬R ( − ) dxdy = 0
∂x ∂y ∂x ∂y
∂v ∂u ∂u ∂v ∂u ∂v ∂u ∂v
∬R (− ∂x − ∂y
) dxdy = 0 → = − ; ∬R ( − ) dxdy = 0 → =
∂y ∂x ∂x ∂y ∂x ∂y
TE

∂u ∂v ∂u ∂v
Ou seja, as equações de Cauchy-Riemann = , = − são satisfeitas em R → f(z) é analítica em R.
∂x ∂y ∂y ∂x
Portanto, se ∮C f(z)dz = 0 para todo percurso fechado simples C totalmente em D, então f(z) é analítica em
D, que é o teorema de Morera.
- DE
RJ
UE

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