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Programa

Parte 2: Resistência ao Cisalhamento

1. Estados de tensões e critérios de ruptura


2. Ensaios de laboratório
3. Resistência das areias
4. Resistência das argilas
5. Resistência de solos não saturados
Critérios de Ruptura

ALFRAN SAMPAIO MOURA, D.Sc.


Resistência ao Cisalhamento do Solo

Ruptura dos solos: por cisalhamento

Ruptura de um talude por


cisalhamento
P

Superfície do terreno

h
Cota de assentamento
α α 45-φ/2 45-φ/2
I III

II
Superfície de ruptura

B
Ruptura rotacional Força

Resistência
Levantamento do solo
Resistência ao Cisalhamento do Solo

⇒ Resistência interna por unidade de área que a massa de solo


pode oferecer para resistir a rupturas e a deslizamentos ao longo
de qualquer plano no seu interior

⇒Tensão de cisalhamento no plano em que a ruptura estiver


ocorrendo.
Atrito

Atrito entre partículas ≈ deslizamento de um corpo sobre uma


superfície horizontal
N
(bloco sobre uma superfície
T áspera)
P Fat

Na eminência de movimento: T = Fat = µ.N (N=P)

T = µ .P
coeficiente de
atrito estático
Graficamente temos:
T

Definindo a inclinação da reta a


φ partir de φ

µ
1

µ = tan φ
τ

T = P. tan φ τ = σ . tan φ
Onde: τ = resistência ao cisalhamento
σ = tensão normal ao plano de ruptura
φ = ângulo de atrito
τ = σtgφ
φ

σ
Ângulo de Atrito

⇒ Máximo ângulo que a força aplicada ao corpo pode fazer com


a normal ao plano de contato sem que ocorra deslizamento
Ângulo da resultante das forças N e T com a direção da força P

F P
φ

Fisicamente: máximo ângulo que a força F pode fazer com a força normal
(P) ao plano de contato sem que ocorra deslizamento
Areias: contato entre os minerais dos grãos

Resistência dada pelo


atrito entre minerais

areia fofa areia compacta

Argilas: contato ocorre entre a água adsorvida pelas partículas


dos argilominerais

água adsorvida

Resistência é função da
umidade
τ

Relação válida apenas para


solos granulares
τ = σtgφ
φ

σ
τ

Então:

Se, σ = 0 → τ = 0 (apenas solos granulares)


τ =c
Conclusão: em argilas há uma parcela da
c
resistência que independe de σ (coesão)

σ
Caso mais frequente: τ

há coesão e atrito
interno

φ τ = c + σtgφ
envoltória de ruptura

σ
Coesão
⇒ Parcela da resistência dos solos que independe da força
vertical atuante

Parcelas da coesão:

- Real (verdadeira): devida a ligações químicas (agentes


cimentantes) e físicas (elétricas e adesão) entre as partículas
- Aparente: devida a uma pressão negativa (sucção) presente
nos solos não saturados, devida à tensão entre grãos resultante
da pressão capilar

c’ ≈ 0 → (solos granulares e argilas normalmente


F F adensada)

c’ > 0 → (argilas sobreadensadas)


Detalhe do
contato
Critérios de Ruptura

Formulações que procuram refletir a ruptura dos materiais

Critério de Mohr-Coulomb: mais usado na mecânica dos solos

1. Critério de Coulomb

Não há ruptura se a τ não ultrapassar um valor dado por c + f.σ


τ
constantes do material
c = coesão
f = tg φ = coef. de atrito

τ = c + σtgφ

há ruptura

não há ruptura
c

σ
2. Critério de Mohr

Não há ruptura enquanto o círculo representativo do estado de tensões


se encontrar no interior de uma curva (envoltória dos círculos
representativos dos estados de ruptura)
τ

B
não há ruptura
A

σ
há ruptura
3. Critério de Mohr-Coulomb

Troca a curva da envoltória de Mohr por uma reta.

envoltória de Mohr-Coulomb

σ
A envoltória de ruptura dos solos é não linear.

Contudo, para uma faixa limitada de tensões, a envoltória pode


razoavelmente ser ajustada por uma reta.

Resistência ao Cisalhamento

Faixa de tensão de
interesse para obra
Valores
medidos

c = intercepto de coesão

Tensão Normal
τ σ3


σ3 σ1 σ

Onde se dará a ruptura?

2θ = 90º + φ θ = 45º + φ/2

Veja que τrup < τmax

σ1 − σ 3
senφ =
σ1 + σ 3

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