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Programa

Parte 1: Adensamento

1. Compressibilidade e recalque dos solos


2. Recalque devido carregamentos verticais
3. Teoria do adensamento e o recalque ao
longo do tempo
4. Coeficiente de adensamento e compressão
secundária
Coeficiente de Adensamento e
Compressão Secundária

ALFRAN SAMPAIO MOURA, D.Sc.


Determinação do Coeficiente de Adensamento
a partir do Ensaio

Utilizando a curva recalque x tempo, pode-se determinar cv de


forma gráfica.

Métodos usuais:

- Casagrande;

- Taylor.
Método de Casagrande
- Determinação de U = 100% de adensamento: interseção do prolongamento
das linhas de adensamento primário e secundário
- Determinação de U = 0% de adensamento:
Escolhe-se 2 instantes t e t/4 para valores de tempo correspondentes ao início
do processo de adensamento.
A diferença entre as ordenadas de t e t/4 é rebatida verticalmente acima de t/4.
A ordenada do rebatimento será o início do adensamento (U=0%)
- Determinação de 50% de adensamento (U=50%): Ordenada correspondente a
metade de U=0% e U=100%.
- Determinação do tempo necessário
para ocorrer 50% de adensamento (t50):
abscissa correspondente a U=50%

Altura do cp

t/4 t
Tempo (esc. log.)
- Para U = 0,5, T = 0,197

- Assim cv será dado por:

Onde:
cv .t 0,197.H 2
Hd = altura do cp – 1 face drenante
T= 2 cv = d = metade da altura do cp – 2 faces
Hd t50 drenantes
Método de Taylor

- Gráfico: Altura x √t
- Cálculo elaborado para cada incremento de carga
- Traçar uma linha AB pela parte reta da curva
- Traçar uma linha AC de forma que OC = 1,15.OB
- A abscissa no ponto D fornece √t90 (raiz do t para U=90%)
- Como para U = 90%, T90 = 0,848, fica:

T90 H d2 0,848 H d2
cv = =
t90 t90

Altura do cp

√t
Obs:

1. O cv varia em cada estágio de carga do ensaio


2. Deve-se determinar o cv p/ cada estágio de carga e
apresentar o resultado em função das tensões de
carregamento
Pela NBR 12007

3. Em problemas reais, deve-se adotar o cv compatível c/ as


tensões que serão aplicadas em campo
Compressão Secundária

estágio I: compressão inicial

estágio II: adensamento primário

estágio III: compressão secundária

estabilização dos
recalques

estágio I: compressão inicial – pré-carregamento

estágio II: adensamento primário – excesso de u dissipado

estágio III: compressão secundária – após dissipação de u


reajuste plástico da estrutura do solo
Considere a seguinte representação:

Inflexão indica início


do secundário

⇒ Redução do índice de vazios (e) que ocorre sem haja variação da


tensão efetiva

- Considera-se ocorra após o adensamento primário (expulsão de toda


água livre)
- Expulsão e/ou deformação da água adsorvida pelos grãos de solo
A determinação dos recalques por compressão secundária é
feita a partir do coeficiente de compressão secundária (Cα):

(coeficiente de compressão secundária)


Em função do índice de vazios:

O recalque por compressão secundária é dado por:


∆e
w = H.
1 + e1
H t
w= .Cα . log 2
1 + e1 t1
Na prática, chama-se:

Cα ' =
1 + e1
Então fica:
t2
w = H .Cα '.log
t1

Mesri (1973)
Valores gerais de Cα’ (Das, 2007):

- Argilas pré-adensadas: ≤ 0,001


- Argilas normalmente adensadas: 0,005 a 0,03
- Solo orgânico: ≥ 0,04
Leitura:

PINTO, Carlos de Sousa (2002). Curso Básico de Mecânica dos Solos.


2ª Edição. Ed. Oficina de Textos. São Paulo, SP, Brasil. 355p.

DAS, Braja M. (2007). Fundamentos da Engenharia Geotécnia. 1ª


Edição. Ed. Thompson Pioneira.

MARTINS, I. S. M. e LIMA, G. da P. (1996). Estudo Comparativo entre


Teorias de Adensamento Linear e Não Lineares. Solos e Rochas, São
Paulo, v. 19, n. 1, p. 29-43.

DAVIS, E. H. e RAYMOND, G. P. (1965). A Non-linear Theory of


Consolidation. Geotechimique, London, v. 15, n. 2, p. 161-173.

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