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ESTRADAS E TRANSPORTES

DIMENSIONAMENTO DO
PAVIMENTO – MÉTODO DO
DNER

Professor Diego Garcia Galvão Costa

Cacoal – 2017.2
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 O método tem como base o trabalho “Design
of Flexible Pavements Considering Loads and
Traffic Volume” da autoria de W. J.
Turnbull, C. R. Foster e R. G. Ahlvin, do
corpo de engenheiros do exército dos
E.E.U.U. e conclusões obtidas na pista
experimental da AASHTO.

 Relativamente aos materiais integrantes do


pavimento, são adotados coeficientes de
equivalência estrutural tomando por base os
resultados obtidos na pista experimental da
AASHTO, com modificações julgadas
oportunas.
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 De acordo como o Método da AASHTO, ao
estabelecer das diretrizes para o projeto e
gerência de pavimentos os princípios listados
abaixo devem ser sempre considerados:
Þ Performance do pavimento;
Þ Tráfego
Þ Solos do subleito
Þ Materiais de construção
Þ Características ambientais
Þ Drenagem
Þ Confiabilidade
Þ Custos incorridos durante o ciclo de vida
Þ Projetos de acostamentos.
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 A capacidade de suporte do subleito e dos
materiais constituintes do pavimento é feita
pelo CBR, adotando-se o método preconizado
pelo DNER, em corpos de prova indeformados
ou moldados em laboratório para as
condições de massa específica aparente e
umidade especificada para o serviço.

 O subleito e as diferentes camadas do


pavimento devem ser compactadas de acordo
com os valores fixados nas especificações
gerais (ensaio de compactação),
recomendando-se que em nenhum caso o GC
seja menor do que 100%.
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 O pavimento é dimensionado em função do
número equivalente (N) de operação de um
eixo tomado como padrão, durante o período
de projeto escolhido.
 Sendo “VI” o volume médio diário de tráfego
no ano de abertura, em um sentido e
admitindo-se uma taxa “t%” de crescimento
anual, em progressão aritmética, o volume
médio diário de tráfego (Vm) durante o
período de “P” anos será:
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 O volume total de tráfego (Vt), durante o
período será:

 Admitindo-se uma taxa “t%” de acréscimo


anual em progressão geométrica, o volume
total do tráfego (Vt) durante período é dado
por:
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 Conhecido “Vt”, calcula-se “N”, que é o
número equivalente de operações do eixo
simples padrão durante o período de projeto
e o parâmetro de tráfego usado no
dimensionamento:

sendo:

então
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 F.E é um fator de eixos, isto é, um número
que multiplicado pelo número de veículos,
dá o número de eixos correspondentes.

 F.C é um fator de carga, isto é, um número


que, multiplicado pelo número de eixos que
operam, dá o número de eixos equivalentes
ao eixo padrão.

 F.V é um fator de veículo, isto é, um número


que multiplicado pelo número de veículos
que operam, dá, diretamente, o número de
eixos equivalentes ao eixo padrão.
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 Para cálculo de F.E, F.C e F.V, é necessário
conhecer a composição do tráfego. Para isto,
é necessário fazer uma contagem do tráfego
na estrada que se está considerando,
estudando-se um certo volume total do
tráfego. Faz-se a contagem do número total
de eixos (n) e pesam-se todos esses eixos.
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 Normalmente, o cálculo de N é feito de
acordo com as seguintes etapas;

Þ Cálculo de Vt através de dados estatísticos


da estrada que se está considerando,
incluindo-se a fixação de VI (onde devem ser
considerados os tráfegos gerado e desviado),
do tipo de crescimento e de sua taxa (t%)
Þ Cálculo de F.V, através dos F.V individuais
(F.Vi) para as diferentes categorias de
veículos, determinadas numa estação de
pesagem representativa da região e das
percentagens Pi com que estas categorias de
veículos ocorrem na estrada considerada.
PAVIMENTO FLEXÍVEL

 Os diferentes veículos são classificados pelo DNIT


nas seguintes categorias:
a) Automóveis
b) Ônibus
c) Caminhões leves, com dois eixos simples de
rodas simples
d) Caminhões médios, com dois eixos sendo o
traseiro de rodas duplas
e) Caminhões pesados, com dois eixos, sendo o
traseiro “tandem”
f) Reboques e semi-reboques
COEF. DE EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL
 São os seguintes coeficientes de equivalência
estrutural para os materiais constitutivos do
pavimento:
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 Os coeficientes estruturais são designados,
genericamente por:
Þ Revestimento: KR
Þ Base: KB
Þ Sub-Base: KS
Þ Reforço: Kref

 Espessura Mínima de Revestimento: A fixação da


espessura mínima a adotar para os
revestimentos betuminosos é um dos pontos
ainda em aberto na engenharia rodoviária, quer
se trate de proteger a camada de base dos
esforços impostos pelo tráfego, quer se trate de
evitar a ruptura do próprio revestimento por
esforços repetidos de tração na flexão.
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 A tabela abaixo recomenda espessuras
mínimas de revestimento para pavimentos
com bases de comportamento puramente
granular e são definidas pelas observações
efetuadas.
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 Dimensionamento do pavimento: Conhecido o valor
de “N” e as características dos materiais que irão
compor as camadas granulares (CBR ou IS), pode-se
extrair de uma ábaco ou calcular a espessura total
do pavimento através da equação abaixo:

 A espessura fornecida por esse gráfico é em termos


de material com K=1,00; isto é, em termos de base
granular.
 Entrando-se em abcissas com o valor de “N”,
procede-se verticalmente até encontrar a reta
representativa da capacidade de suporte (I.S. ou
CBR) em causa, e, procedendo-se horizontalmente,
então, encontra-se, em ordenadas, a espessura do
pavimento.
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 No caso de ocorrência de materiais com CBR
ou I.S. inferior a 2, é sempre preferível fazer
a substituição, na espessura, de pelo menos
1 m, por material com CBR ou I.S. superior a
2.

 As espessuras máxima e mínima de


compactação das camadas granulares são de
20 cm e 10 cm respectivamente.

 A espessura construtiva mínima para essas


camadas é de 15 cm.
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 Mesmo que o CBR ou I.S. da sub-base seja
superior a 20, a espessura do pavimento
necessário para protege-la é determinada
como se esse valor fosse 20 e, por esta
razão, usam-se sempre os símbolos H20 e h20
para designar as espessuras de pavimento
sobre sub-base e a espessura de base
respectivamente.

 Os símbolos B e R designam,
respectivamente, as espessuras de base de
revestimento.
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 Uma vez determinadas as espessuras Hm, Hn,
H20, pelo ábaco e R pela tabela apresentada,
as espessuras de base (B), sub-base (h20) e
reforço do subleito (hn), são obtidas pela
resolução sucessiva das seguintes
inequações:
PAVIMENTO FLEXÍVEL
 Representação das camadas:
EXERCÍCIOS

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