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Primeiramente, pavimento é uma estrutura composta pro várias camadas sobre a superfície final da
terraplanagem, destinada a resistir aos esforços oriundos do tráfego de veículos e do clima e a
garantir aos usuários melhores condições de rolamento, com conforto, economia e segurança.
Pois bem, o pavimento flexível é apenas um dos tipos de pavimento existentes, são eles rígidos,
semirrígidos e flexíveis.
E ele se diferencia dos demais por apresentar deformação elástica significativa sob o carregamento
aplicado em todas as camadas e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente iguais
entre elas.
Se você se interessa por esse assunto e quer saber mais a respeito do pavimento asfáltico, que é
um tipo de pavimento flexível, é só clicar aqui.
Ah, se você preferir ver esse conteúdo em vídeo, aperte o play aqui embaixo! Se não, é só continuar
lendo o post, tudo bem?
Capacidade de suporte
Antes de mais nada, para o dimensionamento das camadas de um pavimento flexível é necessário
que conheçamos a capacidade de suporte dos materiais disponíveis para constituí-las, além, é claro,
do material que compõe o subleito da futura estrada.
Para isso, a capacidade de suporte dos materiais constituintes dos pavimentos é medida por meio
do Ensaio de Capacidade de Suporte Califórnia (CBR), em corpos de prova indeformados ou
moldados em laboratório.
Dessa forma, quando há necessidade de maior segurança, usaremos o índice de suporte para medir
a capacidade das camadas, que é dado por:
Onde:
0 20
1 18
2 15
3 13
4 12
5 10
6 9
7 8
8 7
9 a 10 6
11 a 12 5
13 a 14 4
15 a 17 3
18 a 20 2
Tráfego
Outro fator importante para o dimensionamento do pavimento é conhecermos o número de
operações de um eixo padrão, representado por N, durante um determinado intervalo de tempo.
Este número nos dará subsídio para estimarmos a espessura mínima e o tipo de revestimento
necessário para o pavimento, conforme tabela 2 abaixo:
Desse modo, para encontrarmos o valor de N, será necessário primeiro calcularmos o volume
médio diário de tráfego (Vm), pela seguinte expressão:
Onde:
Onde:
Tabela 3 – Valores de K
Coeficiente
Componentes do pavimento
K
Dessa forma, escolhidos os coeficientes relativos a cada camada, devemos agora levar em
consideração a seguinte representação:
Revestimento: KR
Base: KB
Sub-base: KS
Reforço do subleito: KRef
Ah pessoal, antes que eu esqueça, caso vocês tenham interesse de ingressar pela área de
pavimentação, recomendo o livro Manual de Técnicas de Pavimentação, de Wlastemiler de
Senço.
Dimensionamento
Agora iremos, de fato, iniciar o dimensionamento. Para isso, devemos nos atentar que as
especificações abaixo deverão ser atendidas.
Expansão ≤ 2%
CBR ≥ 2
IS ou CBR ≥ 20
Índice de grupo = 0
Expansão ≤ 1% (sobrecarga de 10 1bs)
CBR ≥ 80
Expansão ≤ 0,5% (sobrecarga de 10 1bs)
Limite de liquidez ≤ 25
Índice de plasticidade ≤ 6
Vale lembrar que, se limite de liquidez for maior que 25 e/ou o índice de plasticidade for maior que
5, o material ainda pode ser usado na base desde que haja, na sua composição, pelo menos 30% de
areia.
Além disso, para um valor de N menor que 106 podemos utilizar materiais com CBR maiores ou
iguais a 60 para a base.
Por fim, todos os materiais granulares empregados no pavimento devem se enquadrar em uma das
seguintes faixas granulumétricas:
2″ 100 100 – –
Satisfeitas as condições acima para a escolha dos materiais a serem empregados na construção do
pavimento, devemos agora determinar a espessura total do pavimento.
O ábaco da figura abaixo nos fornece a espessura total (Hx) do pavimento, em função de N e de IS
ou CBR da camada a ser protegida por ele.
Vale ressaltar que a espessura fornecida por este gráfico é em termos de material com K = 1,00.
Portanto, sempre iremos multiplicar a coeficiente de equivalência estrutural da camada pela dada
espessura.
Onde:
Vale observar que, quando N>107, ao se utilizar a primeira inequação acima, devemos usar um
fator de segurança de 1,2 multiplicando a espessura de proteção da sub-base (H20) ou, quando o
CBR da sub-base for ≥ 40% e N ≤ 106, admite-se substituir também na primeira inequação, H20,
por 0,8 * H20.
Pois bem pessoal, esse foi o assunto de hoje e esperamos que esse post tenha ajudado você a
entender como é feito o dimensionamento de um pavimento asfáltico.
Se quiser exercitar o que aprendeu, é só clicar aqui e você encontrará um exemplo prático,