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PAVIMENTAÇÃO ASFALTICA

MEMORIAL DESCRITIVO
CHACARA TANQUE-
RUA JOÃO PEDRO OLIVEIRA E RUA RUI BARBOSA

JARAGUA ABRIL 2021


MEMORIAL DESCRITIVO
PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA NO SETOR CHACARA
TANQUE EM JARAGUA-GOIAS
1) INTRODUÇÃO

O Projeto Básico de Pavimentação Urbana tem por objetivo conceber


uma estrutura construída após a terraplenagem, destinada, econômica e
simultaneamente em seu conjunto a:
 Resistir e distribuir ao sub-leito (terreno de fundação da pavimentação) os
esforços verticais oriundos dos veículos;
 Melhorar as condições de rolamento quanto a economicidade, comodidade e
segurança;
 Resistir aos esforços horizontais que nele atuam, tornando mais durável a
superfície de rolamento.
Em princípio, um Pavimento é constituído por duas camadas: a BASE
e o REVESTIMENTO.

A BASE é uma camada destinada a resistir às deformações e distribuir


os esforços verticais através das tensões (pressão) dos veículos e sobre a qual se
constrói um revestimento.

O REVESTIMENTO é a camada, tanto quanto possível impermeável,


coesa, o mais possível desempenado geometricamente, que recebe diretamente a
ação de rolamento dos veículos e das intempéries (água, vento, temperatura, atrito,
hidrocarbonetos, impactos mecânicos e outros) e destinada a resistir aos esforços
tangenciais (cisalhamento, frenagem, aceleração, movimentos centrífugos, etc.).
O Pavimento Projetado será do tipo flexível, o qual utiliza o ligante
betuminoso na construção do revestimento.

2) DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO

2.1 – Considerações
Um pavimento é um sistema de camadas de espessuras finitas,
assentes sobre um semi-espaço infinito, que é o sub-leito.

PASSEIO PASSEIO

REVESTIMENTO

BASE
SUB-BASE
REFORÇO
DO SUBLEITO

SUBLEITO

O problema geral do dimensionamento consiste em considerar um


ponto P qualquer do sistema, no sub-leito ou no pavimento e determinar, para este
ponto, quando o sistema é solicitado por uma carga de roda Q, o estado de tensão,
a deformação e se vai ou não, haver ruptura. O sistema será considerado
satisfatório, do ponto de vista do dimensionamento, quando não houver ruptura em
nenhum ponto ou a deformação máxima satisfizer os limites previamente fixados,
sendo as espessuras das camadas, as necessárias e suficientes. Existem várias
teorias ou modelos para o estudo do sistema de camadas múltiplas de pavimento:
“Boussinesq, Busmister, Hogg, Westergaard, Peattie e Jones, Jeuffroy e Bachelez”,
(Murillo Lopes, 1980, p. 317 a 353), porém é fácil concluir da dificuldade de
aplicação dos métodos teóricos ao dimensionamento de pavimentos flexíveis. Por
este motivo, o dimensionamento de pavimentos flexíveis é feito através de métodos
empíricos; onde são utilizados ensaios empíricos, definidores das características de
resistência dos materiais, certos parâmetros de tráfego e uma equação ou ábaco,
estabelecidos experimentalmente e ligando estas grandezas.
Este projeto basear-se-á no Método de Dimensionamento de
Pavimento Flexível do DNER/DNIT-1966/79, que tem como base o trabalho “Design
of Flexible Pavements Considering Mixed Loads and Traffic Volume”, da autoria de
W. J. Turnbull, C. R. Foster e R.G. Ahlvin, do Corpo de Engenheiros do Exército dos
E.E.U.U. e conclusões obtidas na Pista Experimental da AASHTO, com as
considerações pertinentes às finalidades do Programa Asfalto Novo.

2.2) Estudo do Tráfego


A pavimentação asfáltica urbana será executada em zonas residenciais
com predominância de tráfego de veículos de passeio, quando houver.
Mesmo assim, para que se possa sistematizar um procedimento de
dimensionamento de pavimento flexível e utilizar o Método do DNER-DNIT/1966/79,
considerar-se-á a incidência do menor número de solicitações do eixo padrão de
8,2t, devido ao tráfego, número N, que o ábaco de dimensionamento permite, ou
seja, N = 10.
ÁBACO DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL
MÉTODO DNER-1966/79
pol
0
5
40
30
5 25
20
15
Espessura do Pavimento

10
10 9
8
7
15 6
5

20 4

3
25

30
2

35 1 2 3 4 5 6 7
10 10 10 10 10 10 10

Numero de repeticoes do eixo de 18.000 lbs


2.3) Capacidade de Suporte do Sub-leito (CBR)
Devido o Programa Asfalto Novo ser de caráter Estadual, com
condições de atender a todos os Municípios do Estado, que por sua vez apresentam
características geotécnicas diferenciadas; optou-se por adotar um valor mínimo de
Índice de Suporte Califórnia – ISC/CBR do sub-leito, de tal forma a obter as
espessuras mais delgadas de pavimento, buscando economicidade. O CBR mínimo
do sub-leito adotado é de 8%.
2.4) Determinação do REVESTIMENTO e da BASE
Sejam as duas estruturas de pavimento:
ESTRUTURA PRIMÁRIA CONVENCIONAL ESTRUTURA EQUIVALENTE

R R

B' MATERIAL A
BASE ( CAMADA MONOLÍTICA )
B'
SB' MATERIAL B

SUBLEITO SUBLEITO
CBR A > CBR B CBR A >= 40 %

Uma vez definidos os parâmetros: número N e CBR do sub-leito


podem-se dimensionar o pavimento com o auxílio do ábaco de dimensionamento e
das inequações abaixo:
RKr + B´KB´  H20 (1)
RKr + B´KB´ + SB´KSB´  Hn ( 2 )
Onde,
R = espessura do revestimento;
Nota: Devido às condições de tráfego leve e ocasional, o projeto adotou o tratamento superficial
duplo (TSD) como revestimento. Portanto R = 1” = 2,5 cm.
B´= espessura de base;
SB´= espessura de sub-base;
Kr = coeficiente estrutural do revestimento;
Nota: Para revestimento do tipo tratamento kr = 1,20
KB´ = coeficiente estrutural do material de base (solo granular);
KSB´ = coeficiente estrutural do material de sub-base (solo granular);
Nota: Para solo granular o KB´ = KSB´ = 1,00
H20 = esp. necessária acima da sub-base, admitindo seu material com CBR =20%;
Hn = esp. necessária acima do sub-leito com CBR = n, no caso do projeto n=8%.
Portanto em ( 1 ) tem,
RKr + B´KB´  H20 ( 1 )
-Utilizando o ábaco de dimensionamento onde N =10^6 e CBR = 20%, tem H20 = 9,0 cm
- Substuindo R, Kr, KB´ e H20 em ( 1 ) tem,
2,5 x 1,2 + B´ x 1,0 = 19,0 ------------ B´ = 16,0 cm
Em ( 2 ) tem,
RKr + B´KB´ + SB´KSB´  Hn ( 2 )
-Utilizando o ábaco de dimensionamento onde N = 10^6 e CBR= 8% (Sub-leito),obtém
H8=19,0cm
- Substuindo R, Kr, B´, KB´ , KSB´ e H8 em ( 2 ) tem,
2,5 x 1,2 + 16,0 x 1,0 + SB´ x 1,0 = 43,00 ------------ SB´ = 24,00 cm
Nota: Este valor de SB´=24,00 cm seria para a utilização de material com CBR = 20%, porém como
para a estrutura equivalente de pavimento o CBR  40%, pode-se fazer a correção da SB´,
multiplicando pelo resultado da seguinte expressão (20/CBR) (1/3) (Cyro Nogueira,1974,p.197).
Portanto, adotar SB´corrigida = 25,00 cm
Considerando que na estrutura equivalente de pavimento B + R , a
BASE (B) comportará B´ e SB´ da estrutura primária, desde que o material de B
apresente CBR  40%, o resumo do dimensionamento será:
Revestimento ( R ) = 2,5 cm ( tratamento superficial duplo – TSD)
Base ( B ) = B´ + SB´corrigida = 25,00 cm
Espessura Total = 2,5 + 25,00 = 27,50 cm

2.5) Recomendações

a) Os materiais do sub-leito devem apresentar, impreterivelmente, as seguintes


características:
 CBRSL  8,0%
 Expansão  2,0%
 GC (Grau de Compactação)  100,0% do Proctor Normal

b) Os materiais de base, devem apresentar, necessariamente, as seguintes


características:
 CBRB  40,0%
 Expansão  0,5%
 Limite de Liquidez  30,0%
 Índice de Plasticidade  9,0%
 GC (Grau de Compactação)  100,0% do Proctor Intermediário

c) O lençol d´água deve ser rebaixado de pelo menos 1,50 m de profundidade em


relação à superfície do pavimento.

d) O tratamento superficial duplo com capa selante deve atender às Especificações


Gerais das Normas Vigentes.

e) A drenagem superficial deverá considerar uma declividade longitudinal mínima de


0,5% e 1,0% de abaulamento mínimo na plataforma acabada.
Seções Tipo quanto à Drenagem
EIXO

PASSEIO PASSEIO

VARIÁVEL

As vias a serem pavimentadas terão larguras de 7,0 m.


3) Transporte de Materiais:
3.1) Cascalho:
O cascalho será extraído na região Pedra Preta com D.T. médio de 30 Km, das vias a
serem pavimentadas no município;
3.2) Brita e Pó de pedra:
A brita e o pó de pedra serão transportados com D.T. médio de 30 Km, do pátio onde
será armazenada;

ESPECIFICAÇÕES SERVIÇOS

1 – INTRODUÇÃO

Os serviços básicos que constam deste programa são assim discriminados:


terraplenagem, regularização do sub-leito, compactação de base de 20,00 cm e
capa asfáltica (TSD com capa selante).

2 – TERRAPLENAGEM

2.1 – Os serviços preliminares de limpeza das vias que serão pavimentadas, uma
vez definidas e delimitadas pela implantação topográfica, deverão promover a
retirada da camada vegetal, de vegetações que estejam obstruindo os trabalhos,
entulhos e lixos;
2.2 – Os serviços de regularização dos perfis longitudinal e transversal das vias
deverão ser executados seguindo o padrão do arruamento existente, ou seja,
acompanhando preferencialmente a declividade longitudinal e transversal naturais
da via, preservando o mínimo de 0,5% no sentido longitudinal e de 1% à 3% no
sentido transversal; evitando assim grandes movimentos de terra ou serviços
complementares, cortes, aterros, empréstimos, etc.;
2.3 – A área mínima, na qual as referidas operações serão executadas em sua
plenitude, será compreendida na largura da plataforma da via acrescida de 0,30 m
para cada lado, pelo comprimento da mesma;
2.4 – O controle das referidas operações será feito por apreciação visual da
qualidade dos serviços, e/ou a critério da fiscalização;
2.5 – Os serviços de terraplenagem só serão iniciados, somente após a execução da
drenagem profunda das vias, quando recomendada tecnicamente.

3 – PAVIMENTAÇÃO

3.1 – Regularização do Sub-leito

3.1.1 – Regularização do sub-leito é a denominação tradicional para as operações


(cortes e aterros até 0,20 m) necessárias à obtenção de um leito “conformado” para
receber um pavimento. Cortes e aterros acima de 0,20 m são considerados serviços
de terraplenagem, enquanto a regularização do sub-leito, que também envolve a
compactação dos 0,20 m superiores do sub-leito, é considerada um serviço de
pavimentação;
3.1.2 – Pode acontecer, numa regularização do sub-leito, caso o solo seja orgânico,
ou expansivo, ou de baixa capacidade de suporte, ou seja, solo de má qualidade, a
necessidade de substituição da camada de solo. Sendo necessária, o solo substituto
deverá ser analisado, não se admitindo ISC  8,0% e expansão superior a 2%;
3.1.3 – A execução da regularização do sub-leito envolve basicamente as seguintes
operações: escarificação e espalhamento dos materiais, homogeneização dos
materiais secos, umedecimento ou aeração e homogeneização da umidade,
compactação e acabamento;
3.1.4 – Os equipamentos a serem utilizados nestas operações são os seguintes:
motoniveladora, grade de disco, caminhões “pipa” e rolos compactadores;
3.1.5 – Ao executar a regularização e compactação do sub-leito ter o cuidado de não
atingir as tubulações de água, esgoto, telefone e fossas, bem como os tipos de
moradias para não causar danos as mesmas;
3.1.6 – O controle geométrico da regularização deve ser o mesmo da terraplenagem,
sendo a área regularizada e compactada compreendendo a largura da via acrescida
de 0,30 m para cada lado pelo comprimento da mesma, observando as declividades
longitudinal e transversal de cada via;
3.1.7 – O controle tecnológico da regularização do sub-leito deve atender os
seguintes critérios:
a) Para cada “pano” de até 100m de comprimento fazer um ensaio padrão de
compactação com material retirado da pista, já homogeneizado.
Aproximadamente no mesmo local realizar a determinação da densidade “in
situ”, calculando-se, então o Grau de Compactação-GC;
b) O serviço será considerado aprovado desde que apresente um GC  100% do
Proctor Normal e umidade “in situ” variando  2% da umidade ótima de
laboratório.

3.2 – Base Estabilizada Granulometricamente

3.2.1 – O pavimento será executado basicamente com uma camada de 14,00 cm de


espessura, composta de material granular devidamente analisado, não se admitindo
material com ISC  40% e expansão  0,5%;
3.2.2 – Os equipamentos a serem utilizados nas operações de estabilização da base
são os seguintes: motoniveladora, grade de disco, caminhões “pipa” e rolos
compactadores;
3.1.3 – A execução da estabilização da base envolve basicamente as seguintes
operações: espalhamento dos materiais, homogeneização dos materiais secos,
umedecimento ou aeração e homogeneização da umidade, compactação e
acabamento;

3.1.4 – Ao executar a estabilização granulométrica da base ter o cuidado de não


atingir as tubulações de água, esgoto, telefone e fossas, bem como os tipos de
moradias para não causar danos as mesmas;
3.1.5 – O controle geométrico da base deve ser o mesmo do sub-leito, sendo a área
regularizada e compactada compreendendo a largura da via acrescida de 0,30 m
para cada lado pelo comprimento da mesma, observando a declividade longitudinal
e transversal de cada via;
3.1.6 – A espessura da camada de base compactada não deve ser inferior a 14,00
cm, verificando eixo e bordos;
3.1.7 – O controle tecnológico da base deve atender os seguintes critérios:
c) Para cada “pano” de até 100m de comprimento fazer um ensaio padrão de
compactação com material retirado da pista, já homogeneizado.
Aproximadamente no mesmo local realizar a determinação da densidade “in
situ”, calculando-se, então o Grau de Compactação-GC;
d) O serviço será considerado aprovado desde que apresente um GC  100% do
Proctor Intermediário e umidade “in situ” variando  2% da umidade ótima de
laboratório.

3.3 – Imprimação
3.3.1 – Imprimação é a operação que consiste na impregnação com asfalto da parte
superior de uma camada de base de solo granular já compactada, através da
penetração de asfalto diluído aplicado em sua superfície, objetivando conferir:
a) uma certa coesão na parte superior da camada de solo granular, possibilitando
sua aderência com o revestimento asfáltico;
b) um certo grau de impermeabilidade que, aliado com a coesão propiciada,
possibilita a circulação dos veículos da obra ou mesmo do tráfego existente, sob
às ações de intempéries, sem causar danos à camada imprimada;
c) garantir a necessária aderência da base granular com o revestimento tipo
asfáltico, tratamento ou mistura.
3.3.2 – O ligante asfáltico indicado, de um modo geral, para a imprimação é o asfalto
diluído do tipo CM-30, admitindo-se o tipo CM-70 somente em camadas de alta
permeabilidade, com consentimento escrito da fiscalização;
3.3.3 – A taxa de asfalto diluído a ser utilizada é de 0,8 à 1,2 litros/m2 , devendo ser
determinada experimentalmente no canteiro da obra a taxa ideal, observando
durante 24 horas aquela taxa que é absorvida pela camada sem deixar excesso na
superfície;
3.3.4 – Os equipamentos utilizados para a execução da imprimação são os
seguintes: vassoura mecânica rotativa, podendo ser manual esta operação;
caminhão espargidor, espargidor manual, para distribuição homogênea do ligante;
3.3.5 – A execução da imprimação deve atender os seguintes procedimentos:
a) Após a perfeita conformação geométrica da camada granular, procede-se a
varredura da superfície, de modo a eliminar o pó e o material solto existente;
b) Proceder ao banho com o asfalto diluído, na taxa e temperatura compatíveis com
seu tipo, de maneira mais uniforme possível;
c) Deve-se imprimar a pista inteira em um mesmo turno de trabalho e deixá-la
fechada para o trânsito;
d) A fim de evitar a superposição, ou excesso, nos pontos inicial e final das
aplicações, deve-se colocar faixas de papel transversalmente, na pista, de modo
que o início e o término da aplicação do material asfáltico situem-se sobre essas
faixas, as quais serão, a seguir retiradas. Qualquer falha na aplicação do ligante
asfáltico deve ser imediatamente corrigida.
3.3.6 – O controle tecnológico da taxa de ligante aplicada na camada de base
deverá ser verificado a cada “pano” de 100 m de comprimento, correspondente ao
eixo longitudinal do caminhão.

3.4 – Revestimento – Tratamento Superficial Duplo com Capa Selante


3.4.1 – Conceitos Básicos
3.4.1.1 – Tratamento Superficial Duplo – (TSD) pode ser visto como um
Tratamento Superficial Simples – TSS de agregado D1/d1 coberto com outro
Tratamento Superficial Simples – TSS de agregado D2/d2, onde D1 e D2 são os
diâmetros máximos e d1 e d2 são os diâmetros mínimos das duas faixas
granulométricas de agregados que o compõe.
3.4.1.2– Capa Selante é uma camada de agregado miúdo (areia natural ou areia
artificial – pó-de-pedra) uniformemente distribuído sobre um banho de ligante
betuminoso diluído, objetivando a selagem da superfície revestida, constituindo-se
numa terceira camada do tratamento superficial.

Nota: Para a execução do Tratamento Superficial, a base deve apresentar a necessária


resistência à penetração das partículas de agregado, e uma superfície asfáltica (imprimada ou
com pintura de ligação) sem falhas e bem limpa.

3.4.2 – Materiais

3.4.2.1 – Agregado

 Será constituído de pedra britada, cascalho ou seixo rolado, britados, ou


agregados artificiais indicados no projeto, como escória britada, argila
expandida, etc;
 O agregado, somente de um tipo, deve possuir partículas limpas, duras,
isentas de cobertura e torrões de argila, qualidades essas avaliadas por
inspeção visual;
 O desgaste por abrasão Los Angeles (determinado pelo Método
DNER-ME-35/64) não deve ser superior a 40%. Quando não houver, na
região, materiais com esta qualidade, admite-se o emprego de agregados
com até 50% de desgaste;
 A forma deve ser tal que o índice de forma (DNER-ME-86/64) não deve ser
inferior a 0,5;
 A granulometria do agregado deve obedecer a inequação d  0,5D , onde D
é a malha da peneira que passa 100% do material e d é a da peneira que
passa 0%, ou seja, retém todo material;
 Para o estabelecimento da classe granulométrica do agregado das camadas
de tratamento superficial, além da inequação acima, deve-se ter:
D  1 ¼” (31,8 mm) e d  3/16” (4,8 mm);
 Para a relação entre diâmetros de agregado das duas camadas tem-se
usualmente a regra d1 = D2, conhecida às vezes como composição de
classes granulométricas contínuas, por exemplo:

Classes Granulométricas Contínuas


1a Camada 2a Camada
I 1” - ½” ( 25 - 12,5 mm) ½” - ¼” ( 12,5 - 6,3 mm)
II ¾” - 3/8” ( 19 - 10 mm) 3/8” - 3/16” ( 10 - 4,8 mm)
III 1 1/4” - 5/8” ( 31,8 - 16 mm) 5/8” - 5/16”( 16 - 8 mm)
Nota: As classes ou faixas granulométricas que devem ser adotadas para o tratamento
superficial duplo, são as indicadas acima.
 Uma pequena porosidade é benéfica, pois favorece a adesividade passiva.
Entretanto, caso se desconfie de uma alta porosidade (maior que 1,0% de
absorção, calculada com os dados do DNER-ME-81/64: a = 100(Ph – Ps)/Ps
e se essa for confirmada, deve-se impedir o uso do agregado);
 A adesividade é uma propriedade do par agregado/ligante e deve ser
determinada com o ligante que se vai realmente usar. Deve-se determinar a
adesividade com o CAP-7 (DNER-ME-79/63; se ela for insatisfatória deve-se
usar um “dope” , na proporção mínima de 0,5% e máxima de 1,0%, em
relação ao peso do CAP, repetindo-se o ensaio até se encontrar um “dope”
que no intervalo de % acima apresente satisfatório);

3.4.2.2 – Ligante Betuminoso

 A emulsão asfáltica catiônica RR – 2C, a base de CAP – 50/60, é o ligante


ideal para os tratamentos superficiais, apresentando ótima adesividade ativa e
passiva com qualquer tipo de agregado, enquanto o CAP-7 (CAP-150/200)
deve ser necessariamente “dopado”, com pelo menos 0,5% (mínimo para
uma boa homogeneização) de um melhorador de adesividade (“dope”) eficaz,
para uso com agregados eletronegativos (granito, diorito, gnaisse, arenito,
quartzito, etc.) A RR-2C para se situar na faixa de 20 – 60 Saybolt-Furol
(viscosidade) necessita apenas de um ligeiro aquecimento, da ordem de
60°C, sendo que o CAP-50/60 emulsificado em temperaturas bem acima de
177°C, podendo após o espargimento esperar muito mais tempo pelo
espalhamento do agregado (a ruptura da emulsão – separação da água do
asfalto, se dá devida à reação com o agregado). Após a ruptura rápida no
contato com o agregado, a água remanescente garante uma ótima
trabalhabilidade na fase da compressão do agregado (“rolagem”). Só é
conveniente à abertura ao tráfego após cerca de 48 horas, quando toda a
água evaporou e o CAP-50/60 atinge sua consistência definitiva. Com o
CAP-7 (CAP-150/200) basta esperar que o mesmo volte a temperatura
ambiente, exigindo-se o controle de velocidade do tráfego usuário – Vmáx =
40 Km/h; é essa a única vantagem, aliás, diminuta, que o CAP-7 apresenta
sobre a RR-2C;
 Portanto, os ligantes asfálticos indicados para Tratamentos Superficiais
passam a ser, pois apenas: CAP-7 ou CAP-150/200 e a RR-2C (emulsificada
com o CAP-50/60;
 Os ligantes betuminosos devem atender às especificações do Instituto
Brasileiro do Petróleo – IBP, quanto à viscosidade, peneiramento, teor de
resíduo, ponto de fulgor, etc.

3.4.2.3 – Dosagem do Agregado e do Ligante Asfáltico

 A “teoria” da dosagem dos Tratamentos Superficiais foi estabelecida


originalmente em 1934 pelo Engenheiro neozelandês HANSON, que
estabeleceu os seguintes princípios:
1. O agregado a ser usado em cada camada deve ser do tipo “uma só
dimensão”;
2. Após seu espalhamento na pista o agregado possui uma porcentagem
de vazios de 50%;
3. Na compressão, os agregados orientam-se se apoiando em sua “maior
dimensão” ficando com a “menor dimensão” na posição vertical,
reduzindo-se a porcentagem de vazios para 20% (a espessura da
camada após a compressão é igual à média das “menores dimensões”
das partículas do agregado);
4. Para fixar o agregado, os vazios finais (20%) devem ser preenchidos,
de 50 a 70% com o ligante asfáltico, devendo o agregado ficar acima
do ligante de 2,8 a 4,8 mm (3,8 mm em média) para se garantir uma
superfície rugosa.
 Com base na teoria de Hanson pode-se estabelecer fórmulas que, com
pequenos ajustamentos práticos, dão valores bem aproximados para as taxas
de agregado e de ligante betuminoso, para as condições médias usuais.
Essas taxas devem ser sempre testadas com experiências em verdadeira
grandeza.
 Sendo assim, tem-se as seguintes fórmulas práticas para as taxas de
agregado “a espalhar” Tag, de CAP-7 (CAP-150/200) TCAP e de Emulsão
Asfáltica RR-2C TEA , em litro/m², considerando-se um melhor aproveitamento
da EA em relação ao CAP de 6% no TSS e de 10% no TSD:

Tag = K.(D + d)/2 (1)


Onde:
Tag = taxa de agregado a espalhar em litro/m²
D e d = diâmetro superior e inferior, em mm, da faixa granulométrica
K = 0,90 se d  5/8” (16 mm)
K = 0,93 se 5/8”  d  3/8” (10 mm)
K = 1,00 se d  3/8” (10 mm)

Portanto,
TCAP = Tag/12 (2) e TEA = 0,94. TCAP /0,67 - TSS ( 3 )

TEA = 0,90. TCAP /0,67 - TSD ( 4 )

 A regra de ouro para dosagem de um TSD continua sendo: o “máximo de


ligante compatível com os diversos fatores” (tráfego, estado da superfície,
forma do agregado e clima). A taxa ideal é aquela que provoca uma
esxudação incipiente (após os primeiros meses de tráfego), pois o ligante
asfáltico é o principal responsável pela vida do Tratamento.
 No estágio atual de fabricação de asfaltos no Brasil, o ligante “por excelência”
par os Tratamentos Superficiais é, sem dúvida, a Emulsão Asfáltica Catiônica
de Ruptura Rápida – RR-2C (com 67% de CAP-50/60, em peso, ou volume,
desde que a densidade do CAP é praticamente igual à da água),
apresentando-se o CAP-7 (CAP-150/200) como uma alternativa.
 É importante notar que há um melhor aproveitamento do CAP emulsificado,
devido a sua menor viscosidade, em relação ao CAP aquecido que resfria
violentamente ao ser espargido na pista. No TSS – Tratamento Superficial
Simples esse melhor aproveitamento é da ordem de 6%, sendo maior no TSD
– Tratamento Superficial Duplo, da ordem de 10%, devido ao “2° banho de
emulsão” sobre a “1ª camada de agregado” ter um maior rendimento
que o correspondente “2° banho de CAP”.
 Assim , se TCAP é a taxa de CAP-7 (CAP-150/200), a TEA taxa de RR-2C
( com 67% de CAP residual) correspondente será de :

TEA = 0,94.(TCAP/0,67) para o TSS, e


TEA = 0,90. TCAP /0,67 para o TSD

 Logo, as dosagens de agregado e de ligante para o Tratamento Superficial


Duplo – TSD é geralmente feita como sequência de dois TSS. Assim, pode-se
usar como indicação para os estudos experimentais o mesmo procedimento
referente ao TSS.
 Por exemplo, seja a classe granulométrica I do TSD

Classe I Tag (l/m²) TCAP (l/m²)


1” - ½” (25 – 12,5) (1ªcamada) 17,44 1,45
½” - ¼” (12,5 – 6,3) (2ª camada) 9,4 0,78

Onde o total de TCAP = 2,23 l/m²

Entretanto, quando se trabalha com Emulsão Asfáltica, para se tirar partido de


sua maior fluidez, aumenta-se a taxa dos 2° banho e diminui-se da mesma
quantidade do 1° banho. No Exemplo dado, tem-se:
1° banho + 2° banho = TCAP = 2,23 l/m²  TEA = 0,90. TCAP/0,67 = 3,00 l/m²
Para saber qual a taxa de cada banho, toma-se geralmente o 1° banho de EA
como 42% do total e o 2° banho de EA como 48%. Assim, tem-se no exemplo:

1° banho  TEA = 0,42. (3,00 l/m²) = 1,30 l/m²


2° banho  TEA = 0,58. (3,00 l/m²) = 1,70l/m²
Total = 3,00 l/m²
 Dá-se a seguir, de acordo com a experiência brasileira, como uma
orientação para os estudos experimentais, as taxas de Agregado, CAP-7 e
RR-2C, em condições não extremas de tráfego, clima forma do agregado e
estado da superfície a tratar, para as 3 combinações das classes
granulométricas I, II e III:

Taxas Estimadas Agregado e Ligante Betuminoso (RR-2C) (litro/m²)


Agregado
Classes Granulométricas CAP-7 RR-2C
a Espalhar
1” - ½” (1ª camada) 16 - 18 1,4 - 1,6 1,2 - 1,4
I
½” - ¼” (2ª camada) 8 - 10 0,7 - 0,9 1,7 - 1,9

¾” - 3/8” (1ª camada) 12 - 14 1,0 - 1,2 0,9 - 1,1


II 3/8” - 3/16” (2ª 6 - 8 0,5 - 0,7 1,3 - 1,5
camada)
1 ¼” - 5/8” (1ª camada) 20 - 22 1,7 - 1,9 1,5 - 1,7
III 5/8” - 5/16” (2ª 11 - 13 0,9 - 1,1 2,1 - 2,3
camada)

Taxas de Agregado e Ligante Betuminoso (RR-2C) (litro/m²) P/ Capa Selante


Agregado RR-2C diluída em
Classe Granulométrica a Espalhar 50% de água

única 4,8 - 0,075 mm 4 - 6 0,9 - 1,1

3.4.3 – Equipamento
 Para a execução do TSD com capa selante são necessários os seguintes
equipamentos: trator de pneus, vassouras mecânicas e manuais, caminhões
espargidores e espargidor de operação manual, distribuidores de agregados,
rolos compactadores lisos e de pneus;
 Todo equipamento deverá estar em perfeitas condições de uso, sendo a
quantidade condicionada ao tamanho da obra.

3.4.4 – Execução
A execução do Tratamento Superficial Duplo – TSD com capa selante envolve as
seguintes operações:
1. Limpeza da superfície adjacente (imprimada CM-30 ou com pintura de
ligação);
2. 1º espargimento do ligante asfáltico (1º banho);
3. 1ª distribuição dos agregados (1ª camada);
4. Compressão da 1ª camada;
5. 2º espargimento do ligante asfáltico (2º banho);
6. Compressão da 2ª camada;
7. 3º espargimento do ligante asfáltico (da capa selante);
8. 3ª distribuição dos agregados (da capa selante);
9. Compressão da capa selante;
10. Eliminação dos rejeitos, e
11. Liberação ao tráfego.

LIMPEZA DA SUPERFÍCIE
 A superfície da camada subjacente deve se apresentar completamente limpa,
isenta de pó, poeira ou outros elementos. A operação de limpeza pode-se
processar por equipamentos mecânicos (vassouras rotativas ou jatos de ar
comprimido) ou, em circunstâncias especiais, mesmo por varredura manual;

ESPARGIMENTO DO MATERIAL ASFÁLTICO

 Procedida à limpeza, o espargimento do ligante asfáltico só deverá ser


processado se as condições atmosféricas forem propícias. Recomenda-se
pois, não iniciar os trabalhos antes do nascer do sol, sendo proibido a
operação quando:
1. a temperatura ambiente for inferior a 12°C para os CAPs e a 9°C para as
EA;
2. em dias de chuva ou sob superfícies molhadas; se o ligante for emulsão,
admite-se a execução desde que a camada subjacente não apresente
encharcada.
 Quando de trabalho em temperaturas excessivamente elevadas, cuidados
devem ser tomados se verificar a tendência de os agregados, aquecidos pelo
sol, aderirem aos pneus dos rolos e dos veículos;
 A temperatura de aplicação do ligante asfáltico deve estar compreendida
entre 177°C 3 135°C para o CAP-7 (CAP-150/200) e no caso da RR-2C
(emulsão) entre 80°C e 50°C;
 Os materiais asfálticos deverão ser aplicados de uma só vez em toda a
largura a ser trabalhada e o espargidor, ajustado e operado de modo a
distribuir o material uniformemente, pois depósitos excessivos de material
asfáltico devem ser prontamente eliminados;

DISTRIBUIÇÃO DE AGREGADOS
 A distribuição de agregados deve seguir de perto a operação de
espargimento do ligante betuminoso. Um espaçamento da ordem de 50m é
razoável, devendo-se ter em conta as seguintes regras práticas:
1. a uma mesma temperatura, quanto maior a viscosidade do ligante a
empregar, tanto menor deverá ser o espargimento;
2. a uma mesma viscosidade do ligante a empregar, quanto menor a
temperatura ambiente, tanto menor deverá ser o espaçamento.
 A operação de espalhamento deverá ser realizada pelo equipamento
especificado e, quando necessário, para garantir uma cobertura uniforme,
complementada com processo manual adequado. Excessos de agregado
devem ser removidos antes da compressão.

COMPRESSÃO DOS AGREGADOS


 Os agregados, após espalhamento, deverão ser comprimidos o mais rápido
possível. Nos trechos em tangente, a compressão deve-se iniciar pelos
bordos e progredir para o eixo e , nas curvas, deverá progredir sempre do
bordo mais baixo para o bordo mais alto;
 O número de passadas do rolo compressor deve ser no mínimo 3, sendo que
cada passagem deverá ser recoberta, na vez subseqüente, em pelo menos a
metade da largura do rolo; acredita-se que a compressão total se processa ao
cabo de um número máximo de 5 coberturas (número de passadas no mesmo
ponto);
 A primeira camada deverá receber individualmente apenas uma fraca
compressão, procedimento este que faculta corrigir eventuais faltas e/ou
excessos. A seguir, executa-se a camada subseqüente, analogamente à
primeira, procedendo-se contudo a compressão nos moldes exigidos;
 É fundamental que a primeira rolagem se processe imediatamente após a
distribuição dos agregados, compondo a integração do comboio de execução
(espargidor de ligante – distribuidor de agregados – rolos de compressão) a
ser disposto seqüencialmente e de forma igualmente espaçada. As passadas
subseqüentes poderão ser efetuadas com maior intervalo de tempo.

LIBERAÇÃO AO TRÁFEGO
 Cimento Asfáltico: a liberação pode-se processar após o resfriamento total do
ligante, exigindo-se o controle de velocidade do tráfego usuário – velocidade
máxima de 40 km/h.
 Emulsão Asfáltica: o tráfego só deverá ser liberado após se assegurar o
desenvolvimento completo da adesividade passiva (resistência ao
arrancamento), propriedade que nesta alternativa requer tempos maiores;
esta avaliação deve ser feita no começo da obra, estabelecendo-se, para
orientação inicial, um repouso da ordem de 48 horas, o qual poderá ser
alargado ou reduzido conforme as constatações.
Nota: A capa selante será executada conforme procedimentos das camadas do tratamento
superficial.

3.4.5 – Controle Tecnológico

EMULSÃO ASFÁLTICA
 Em todo carregamento de emulsão que chegar à obra serão realizados os
seguintes ensaios:
1. Viscosidade Saybolt-Furol (Método P-MB-581);
2. Peneiração (Método P-MB-609);
3. Teor de Resíduo (% de CAP residual) – Método Expedito.
Nota: Os resultados dos ensaios devem corresponder aos constantes quando do carregamento da
emulsão no fabricante, atendendo às especificações do IBP-Instituto Brasileiro do Petróleo.

AGREGADOS
 Antes do início da britagem, caso de ocorrência de material pétreo não
explorada, deverão ser confirmados os valores de absorção, de abrasão Los
Angeles e, se for o caso, de durabilidade, através de ensaios de 3 amostras
estrategicamente coletadas, para posterior utilização da brita;
 Os agregados deverão enquadrar-se nas classes granulométricas
especificadas anteriormente, apresentando boa adesividade ao ligante
betuminoso e desgaste abrasão até 50%. Deverão também estar desprovidos
de pó, senão deverão ser obrigatoriamente lavados quando da utilização;
 Atendidas as condições anteriores, para cada 30 m³ de agregado estocado
será retirada aleatoriamente uma amostra para o ensaio de:
1. Granulometria para verificação da classe granulométrica;
 Quando houver mudança de fonte de agregado, todas as características
citadas anteriormente deverão ser checadas.
 O par agregado/ligante deverá atender à viscosidade satisfatória para a
execução do TSD.

TAXAS DO LIGANTE E DO AGREGADO


 Para cada “pano” de 100 m de comprimento, as taxas deverão ser
determinadas pelo tradicional processo da bandeja, pesada antes e depois do
espargimento de ligante, e do espalhamento do agregado. Como a dosagem
é sempre feita em base volumétrica deve-se determinar a massa específica
do material. Para o ligante (CAP ou Emulsão) pode-se considerar d(massa
específica) = 1,0 kg/litro, e para os agregados usar uma caixa de madeira
com dimensões internas aproximadamente de 0,30 x 0,30 x 0,20 m, tendo-se
então: d = (P2 - P1)/V, onde d é a densidade solta, P2 – massa do
(agregado + caixa), com a caixa cheia de partículas arrumadas a mão, e
rasada o melhor possível, P1 é a massa da caixa vazia e V o volume da
mesma calculada a base de régua. O valor d adotado é a média aritmética de
pelo menos 9 resultados para a classe granulométrica em questão.

OBS:
A placa devera ser Instalada conforme especificação padrão disponível no site da
Caixa para Download: http://www.caixa.gov.br/Downloads/gestao-urbana-
manual-visual-placas-adesivos-obras/Manual_PlacadeObras.pdf

Eng° Antonione Rodrigues Pelegrini


Eng Civil-12.511/D-GO
GALERIA DE AGUA PLUVIAL
MEMORIAL DESCRITIVO
CHACARA TANQUE-
RUA JOÃO PEDRO OLIVEIRA E RUA RUI BARBOSA
I - INTRODUÇÃO

A drenagem é a parte do projeto que, normalmente, acompanha uma obra


de pavimentação e destina-se a coletar, conduzir e dar destinação final às águas
pluviais.
A rede de águas pluviais será executada com tubos de concreto, caixas
de ligação, poços de visita, bocas de lobo, caixa de saída d’água e ou dissipador de
energia no final da rede.

II - ESTUDOS HIDROLÓGICOS

1 - OBJETO

O Levantamento Técnico, acompanhada de plantas, perfis, planilhas,


tabelas e orçamentos, tem o objetivo de fornecer subsídios necessários para a
construção de todos os dispositivos de drenagem das áreas em estudo.
O projeto é baseado em Estudos Hidrológicos e são apresentados todos
os conceitos e parâmetros relativos aos cálculos das galerias de águas pluviais para
Período de Recorrência, conforme indicado na Planilha de Cálculo.
O Sistema de Drenagem da área consiste no projeto de galerias de águas
pluviais, sarjeta, boca de lobo e outros elementos do sistema, cuja finalidade é
canalizar as águas coletadas até um determinado ponto de lançamento na periferia
da cidade.

2 - MÉTODO DE CÁLCULO

2.1 - MÉTODO RACIONAL

Dos métodos utilizados para o dimensionamento de coletores de águas


pluviais, foi escolhido o Método Racional para ser aplicado neste trabalho. Este
avalia a máxima vazão de escoamento superficial e sua expressão é a seguinte:

Q=C.i.A

onde: Q = máxima vazão; em Litros/Segundo


i = intensidade média de precipitação sobre toda área de
drenagem, de
duração igual ao tempo de concentração; em
Litros/Segundo/Hectare
A = área drenada ; em Hectares
C = coeficiente de deflúvio

A expressão anterior pressupõe a concepção fundamental de que a


máxima vazão, provocada por uma chuva de intensidade uniforme, ocorre quando
todas as partes da bacia passam a contribuir na secção ou ponto de coletor.
Este raciocínio ignora a complexidade do processamento do deflúvio, não
considerando em especial, o armazenamento de água na bacia provocada pelo tipo
de terreno, bem como a declividade média da bacia e as variações de intensidade e
do coeficiente de escoamento durante o transcorrer do período de precipitação.

2.2 - ÁREA DRENADA

As áreas de drenagem, para efeito de aplicação do Método Racional,


foram obtidas, a partir da medição direta da planta onde previamente foram
efetuadas as subdivisões entre as bacias de contribuição para cada boca de lobo.

2.3 - COEFICIENTE DE DEFLÚVIO

 Coeficiente de escoamento utilizado para as ruas e áreas


pavimentadas e ou coberta é igual a 1,0; para áreas gramadas e
descampados igual a 0,60; e para áreas coberta com mata igual a 0,30.

2.4 - INTENSIDADE MÉDIA DE PRECIPITAÇÃ0 PLUVIAL

A intensidade a ser considerada para a aplicação do Método Racional é a


máxima média observada para a aplicação do tempo que corresponde à situação
crítica, ou seja, a duração de chuva a considerar será igual ao tempo de
concentração da bacia.
Por outro lado, a intensidade de precipitação de uma chuva qualquer é a
relação entre a quantidade de chuva precipitada e o tempo de duração dessa chuva,
ou seja:
P
i = -----
td

onde:
i = intensidade média de precipitação pluvial ; em mm/minuto
p = precipitação pluvial; em mm
t d = tempo de duração da chuva ; em minutos
No projeto em questão, foi levada em consideração essa fórmula que
fornece os valores das intensidades, relativos a determinados tempos de
recorrência, tendo-se em mãos as quantidades de chuvas precipitadas num certo
período de tempo.
2.5 - TEMPO DE CONCENTRAÇÃO

É o tempo necessário para que todas as partes da bacia passem a


contribuir para a seção de drenagem medida a partir do início da chuva.
Em outras palavras, é o tempo que leva uma partícula para escoar desde
o ponto mais distante de uma bacia até a seção considerada.
Pela própria concepção do Método Racional, usado neste trabalho, o
tempo de concentração será igualado ao tempo de duração de precipitação. O erro
na estimativa do tempo de concentração será tanto mais grave quanto menor a
duração a ser considerada, sendo maior a variação da intensidade com o tempo.
Para as grandes durações do tempo de concentração, as variações da intensidade
com incrementos iguais de tempo são bem menos importantes.
A seguir mencionamos os parâmetros das bacias de drenagem a serem
consideradas:
- Área da bacia;
- Comprimento e declividade do canal principal (o mais longo);
- Forma da bacia;
- Declividade média do terreno;
- Rugosidade do canal;
- Tipo de recobrimento vegetal.

Para os projetos de drenagem urbana, o tempo de concentração será


calculado como sendo composto de duas parcelas, que são:

a) Tempo de escoamento superficial:


É o tempo gasto pelas águas precipitadas nos pontos mais distantes da bacia, para
atingir a primeira boca de lobo.
Considera-se, o tempo que a água leva para percorrer telhados, calhas, calçadas,
etc.
Este tempo será compreendido entre 3 a 20 segundos. Segundo recomendações
feitas no “Relatório do Estudo para Controle de Erosão no Noroeste do Estado do
Paraná - OEA/DNOS”.
“ este valor não deverá ser superior a 10 minutos (tempo inicial). No projeto em
questão adotou-se esse valor limite para o dimensionamento dos coletores”.
b) Tempo de percurso:
É o tempo de escoamento dentro dos condutores, desde a primeira boca
de lobo até a seção que se considera. Esse tempo pode ser calculado levando-se
em consideração a velocidade média do escoamento no coletor e a extensão do
percurso com base na fórmula de MANNING. A expressão é a seguinte:

0,397 . D 2/3 . i 1/2 L


V = -------------------------- tp = -------
n 60. V

onde:
V = velocidade média dentro do condutor ; em m/s
D = diâmetro do condutor; em metros
i = declividade média do condutor no trecho considerado; em m/m
n = coeficiente de rugosidade, igual a 0,015 s/m
L = extensão do percurso do condutor no trecho considerado; em metros
O tempo de concentração (t c ) da bacia de drenagem será obtido pela
soma do tempo de escoamento superficial ( t i ), com o tempo de percurso no interior
das galerias ( t p ). Assim temos:
tc = ti + tp

2.6 -PERÍODO DE RECORRÊNCIA

O Período de Recorrência adotado para as áreas em estudo: (ver Planilha


de Cálculo).Uma vez fixados o tempo de recorrência e o tempo de concentração da
sub-bacia, proceder-se-á ao cálculo da intensidade média da precipitação,
considerando-se os valores referentes aos diversos tempos de duração da chuva, as
quais relacionam tempos de recorrência com as correspondentes alturas máximas
de precipitação obtidas mediante estudos estatísticos dos dados hidrológicos para o
posto hidrometeorológico adotado (ver tabela em anexo).

2.7 - COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL

O coeficiente de escoamento superficial ou de deflúvio é definido como a


relação entre o pico da vazão por unidade de área e a intensidade média de chuva,
sua expressão é:

Q
C = ---------
i. A

onde:
C = coeficiente de escoamento superficial;
Q/A = vazão por unidade de área;
i = intensidade média de precipitação.
Sendo que, o coeficiente de deflúvio depende de uma série de fatores que
diz respeito às características da bacia, tais como: a distribuição de chuvas, direção
de deslocamento do vento em relação ao sistema de drenagem natural,
precipitação, tipo de reconhecimento do solo, tipo do solo, duração e intensidade da
precipitação, grau de impermeabilidade da bacia contribuinte, tipo de vegetação, etc.
Coeficiente de Deflúvio adotado para as áreas em estudo: ( ver Planilha
de Cálculo )

2.8 - PARÂMETRO DO DIMENSIONAMENTO

Na execução do lay-out geral do Sistema de galerias de águas pluviais,


foi levado em consideração diversos parâmetros para o dimensionamento do
Projeto, os quais estão relacionados a seguir:
a) Velocidade mínima de escoamento na tubulação de concreto: v = 0,75 m/s
b) Velocidade máxima de escoamento na tubulação de concreto: v = 5,00 m/s
c) Coeficiente de rugosidade considerado para o concreto: n = 0,015 s/m
d) Diâmetro e Declividade adotada para a canalização que ligam as bocas de lobo
aos poços de visita ou caixa de ligação é de: 0,40 metros e 1,50 % ,
respectivamente.
e) Distância máxima entre os poços de visita : 120 metros
f) Altura da sarjeta, considerada no cálculo da suficiência e da capacidade de
engolimento das bocas de lobo é de : 10 cm
g) Localização das bocas de lobo : em ambos os lados da rua e nas partes mais
baixas das quadras.
h) Recobrimento mínimo da tubulação: 1,00 metro

3.0 - CAIXA DE SAÍDA E/OU DISSIPADOR DE ENERGIA

Na extremidade de cada emissário deverá ser executada uma caixa de


saída e/ou dissipador de energia, a fim de evitar a erosão do terreno, e que venha a
causar queda de tubos.

III - SISTEMA DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS

1 - ABERTURA DE VALAS PARA ASSENTAMENTO DE TUBOS DE CONCRETO

- A largura das valas a ser adotada na rede de galerias de águas pluviais, deverá
obedecer ao caderno as nbr de galerias.
- Em casos especiais, serão aceitas larguras maiores, desde que justificadas
pelo empreiteiro e aprovados pela fiscalização.
- A profundidade da vala será de acordo com o projeto anexo.
- Quando os trabalhos de escavação abrangerem os passeios ou interromperem
locais de circulação deverá o empreiteiro fazer a sinalização dos mesmos e
construir, as suas expensas, passadiços para pedestres, se necessário.
- O material escavado será depositado sempre que possível de um só lado da
vala, deixando o outro livre para trânsito e manobras, evitando-se o acúmulo
excessivo de material de escavação nas bordas e proximidades imediatas das
valas.
- O fundo das valas deverá ter declividade de acordo com o projeto anexo.
- A reposição de terra até a altura de 20 cm acima da geratriz superior do tubo,
será feita manualmente, evitando-se a presença de pedras e corpos estranhos.
- A geratriz superior externa do tubo deverá ficar com recobrimento mínimo de
1,0 m onde houver pista de rolamento.
- Se houver necessidade de reabertura da vala, antes do recebimento definitivo
da rede, esse serviço deverá ser efetuado por conta do empreiteiro.
OBS.: 1- Reaterro compactado de valas: Os aterros serão executados com
material escolhido, sem detritos vegetais, em camadas sucessivas e
compactadas. A compactação deverá ser feita por processo mecânico ou
manual, até atingirem um grau de compactação pelo menos igual ao do solo
adjacente.
a) apiloamento manual: o apiloamento manual será feito com soquetes de
20 kg de peso com seção de 20x20 cm.
b) Apiloamento mecânico: a compactação será feita com sapos
mecânicos de forma a obter o grau de compactação em projeto.
2 - Escoramento das valas: Toda vez que a escavação em virtude da
natureza do terreno possa provocar desmoronamento deverá ser providenciado
o escoramento necessário.

2 - ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES DE CONCRETO PARA GALERIAS DE


ÁGUAS PLUVIAIS

- Em todas as fases de transporte, inclusive manuseio e empilhamento, deverão


ser tomadas medidas especiais para evitar choque que afetem a integridade
do material.
- Os tubos serão alinhados ao longo da vala, do lado oposto ao da terra retirada
da escavação, devendo os mesmos ficar livres de eventuais riscos de choques
resultantes, principalmente da passagem de veículos e máquinas.
- Durante o manuseio dos tubos, devem-se evitar choques e manobras bruscas.
A descida na vala deverá ser feita com precauções.
- Antes da colocação dos tubos, o fundo da vala deverá ser uniformizado.
- Para que obtenhamos a declividade e alinhamento desejado, utilizaremos no
assentamento dos tubos duas réguas fixadas na posição horizontal, uma a
jusante e outra a montante do terreno em questão. Faz-se o nivelamento em
função da declividade, estica-se uma linha de nylon, sendo fixadas nas duas
réguas niveladas de tal maneira que após o assentamento dos tubos a linha
coincida com a geratriz superior externa dos tubos.
Obs: As réguas devem distar uma da outra no mínimo 15,00 metros.
- Quando se verificar o aumento de diâmetro de um trecho para outro no poço de
visita correspondente, a geratriz inferior do maior deve ser rebaixada de uma
altura igual à diferença entre os diâmetros dos dois tubos.
- Os tubos de concreto deverão ser rejuntados com argamassa de cimento e
areia no traço 1:3.

3 - OBRAS COMPLEMENTARES

3.1 - CAIXA DE LIGAÇÃO

- Será executada em concreto, devendo seguir todos os detalhes especificados


no projeto
- O concreto utilizado deverá ter uma resistência de fck = 20,0 MPA

3.2 - POÇO DE VISITA / QUEDA

- Serão colocados em quantidades de acordo com o projeto.


- Serão utilizados para canalização de diâmetro igual ou superior a 40 cm. Sua
confecção será em concreto armado, sem revestimento, sendo a laje com
abertura excêntrica e fundida no local. O concreto terá uma resistência de fck
= 15,0 MPA mínima.
- As escadas serão do tipo marinheiro, confeccionados com ferro redondo - 1/2”
- A chaminé dos poços será em tubo - 0,60 m, devendo o mesmo receber um
tampão de ferro fundido.

3.3 - DISSIPADOR DE ENERGIA

3.3.1 - SERVIÇOS PRELIMINARES

- A obra será executada conforme especificações que segurem dentro das


normas de construção e, obedecendo aos desenhos e detalhes do projeto.
O projeto estrutural, projeto arquitetônico e memorial descritivo, é complementar
entre si, devendo o empreiteiro ao apresentar a sua proposta, declarar que não
encontrou qualquer divergência entre os mesmos, nem dúvidas na
interpretação dos detalhes.
- Os serviços não aprovados em que apresentarem vícios ou defeitos de
execução serão demolidos e reconstruídos por conta da firma empreiteira.
- Os materiais que não satisfazerem as especificações ou forem julgados
inadequados, serão removidos do canteiro de obras dentro de 48 horas, a
contar da determinação do engenheiro fiscal.
- Caso haja dúvida quanto ao projeto ou a execução, esta deverá ser esclarecida
com antecedência, através do contato com o engenheiro fiscal.

3.3.2 - DRENAGEM E BERÇO DO DISSIPADOR

- O Berço consiste na concretagem acima da drenagem, para que possa iniciar os


trabalhos em concreto armado do Dissipador propriamente dito. Essa camada
deverá possuir espessura de 30 cm e apresentar uma resistência de fck =15,0 MPA.

3.3.3 - ESTRUTURA

- Deverão ser executadas em concreto armado, em quantidade e dimensões de


acordo com o projeto estrutural, atendendo ao disposto nas normas brasileiras
em vigor. A resistência mínima será de fck = 15,0 MPA, devendo o
adensamento ser mecânico.
- As juntas de concretagem que se fizerem necessárias serão apicoadas e
escovadas, eliminando-se os agregados soltos. De acordo com a
responsabilidade do serviço será utilizado ao invés de nata de cimento
convencional, um aditivo para a colagem do concreto novo com o velho.
- Na execução das formas deverão ser observados:
- Reprodução fiel dos desenhos
- Contra-flecha, quando necessária
- Nivelamento das lajes e vigas
- Contraventamento de painèis que possam ser deslocados com o
lançamento do concreto
- Vedação das formas
- A execução das armaduras será feita com a observação dos seguintes detalhes:
- Dobramento a frio de acordo com os projetos
- Número de barras e suas bitolas
- Posição correta das barras
- Armação de recobrimento
- Canal em degraus deverá ser executado na quantidade necessária, definida no
local.

4 - OBSERVAÇÕES GERAIS
- Quaisquer modificações que por ventura sejam propostas, deverão ter
aprovação prévia da fiscalização, mediante apresentação de justificativas da
necessidade ou conveniência das mesmas.
- A fiscalização reserva-se o direito de fazer alterações no plano proposto para
execução de galerias de águas pluviais desde que não venham a prejudicar os
serviços em andamento.
- Os tubos deverão ser do tipo CA1 “ponta e bolsa”
- A Placa de obra será do modelo padrão do ministério das cidades.
- Deverá ser construído barracão para deposito de materiais e ferramentas
- Não serão necessárias as instalações provisórias de água e esgoto.

5 - TRÂNSITO E SEGURANÇA

5.1 – SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

Execução da sinalização do trânsito local incluindo a montagem,


manutenção e remoção de placas indicativas, cones de sinalização e cavaletes,
dispositivos de sinalização de segurança, ao longo dos locais onde serão realizadas
as obras e serviços.

6 – CONTROLE DE MATERIAIS-(ENSAIOS)

Devera a contratada responsável pela execução da obra apresentar os laudos de


resistência dos tubos assim como de todos os artefatos que compõem a galeria-
(PVS,TAMPAS E BOCA DE LOBO)

Eng° Antonione Rodrigues Pelegrini


Eng Civil-12.511/D-GO
CALÇADAS
CHACARA TANQUE-
RUA JOÃO PEDRO OLIVEIRA E RUA RUI BARBOSA
Memorial descritivo e Especificações Técnicas

Obra: Calçadas
Local: R. João Pedro Oliveira/ R. Rui Barbosa, Chácara Tanque Jaraguá-Go
Quantidade: 2.087,43m2

1. Introdução

As vias públicas apresentam elementos ou equipamentos que compõe


uma estrutura de trafegabilidade mínima que deva atender veículos, ciclistas e
pedestres.
A calçada é um elemento que compõe as vias públicas de circulação, e
como equipamento público, é uma via destinada a livre circulação de pedestres,
sendo geralmente localizada às margens das vias de rolamento de trânsito de
veículos, proporcionando segurança, acessibilidade e fluidez no trânsito de
pedestres.

2. Definição

Calçada: parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não


destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando
possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.

É a faixa longitudinal que delimita os lotes lindeiros do leito viário.

3. Memória de Cálculo
Os parâmetros de projeto para calçadas estão diretamente relacionados a
alguns fatores, tais como topografia local, largura da via, tipo de solo, etc.
Assim, foram adotados os seguintes parâmetros:

3.1 Parâmetros
Dados característicos Qtde
Declividade transversal do passeio 1,00%
Largura do passeio variavel
Espessura do passeio 0,05 m
Juntas de dilatação a Seco a cada 2,50 m

OBS.: Para mais detalhes ver o Projeto específico.

3.2 Volume de Concreto


(1m) x (1m) x (0,05m) = 0,05 m3/m2

4. Metodo Construtivo

4.1 Caracteristica

As Calçadas serão de concreto com característica à compressão mínima


(Fck, mín) aos 28 dias, de 20 MPa . O concreto deve ser preparado de acordo com o
prescrito nas normas NBR-12654 e NBR-12655.
4.2. Equipamento
Todo o equipamento, antes do início da execução do serviço, deve ser
cuidadosamente examinando e aprovado pela Prefeitura, sem o que não é dada a
autorização para o seu início.
Os equipamentos devem ser do tipo, tamanho e quantidade que venham a
ser necessários para a execução satisfatória dos serviços. Os equipamentos básicos
necessários à execução dos meio-fios compreendem:
a) betoneira ou caminhão betoneira;
b) caminhão de carroceria fixa;
c) depósito de água;
d) ferramentas manuais;

4.3 Execução
(1 Passo) Para a execução das calçadas a área deve estar limpa de
restos vegetais ou qualquer outro material que impeça sua execução.
(2 Passo) Regularização da área com aterro que deverão ser executados
manualmente com matérias argilo-arenoso devidamente compactado e molhado.
(3 Passo) Executar o concreto nos traços 1:2,5:3,5 e lançar sobre a área
de calçamento com espessura de 5 cm e caimento para sarjeta de 1% de
declividade a cura devera estar de acordo com a NBR12654 e NBR-12655. Durante
a execução dos caimentos devem ser usadas réguas de madeira e linhas esticadas
para auxiliar no controle dos níveis (gabarito).
(4 Passo) As Juntas de Dilatação serão seca a cada 200 (cm) de largura.
(5 Passo) Manter o piso úmido por 4 dias, evitando o trânsito sobre a
calçada e executar a limpeza final da obra.

4.4 Transporte
Todo entulho gerado devem ser retirado por caçamba estacionaria ou por
caminhão onde após a coleta este devera ir para um local onde não degrade o meio.

5. Observações
5.1 Todo e Qualquer serviço que se faça necessário para um perfeito
funcionamento da obra devera passar pela analise da prefeitura e pela secretaria de
desenvolvimento do centro-oeste/ ministério da integração nacional.
5.2 Todos os materiais e serviços a serem empregados serão submetidos à
aprovação da fiscalização.
5.3 Qualquer duvida será esclarecida pelo Engenheiro Fiscal da Obra.
5.4 . Em toda quadra de ruas deverão ter 2 rampas de acessibilidade para
P.N.E uma de entrada e saída conforme locais na planta baixa as rampas serão de
concreto conforme planta de detalhamento.

6.Controle Tecnologico
Serão procedidos os seguintes ensaios na execução da regularização das áreas do
subleito das calçadas:
a) determinação do peso específico aparente "in situ", com espaçamento máximo de
100 m ao longo dos canteiros ou calçadas.
b) ensaios de caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e
granulometria, respectivamente pelos métodos DNER-ME 44-64, 82-63 e 80-64)
com espaçamento máximo de 300 m e no mínimo um grupo de ensaios por dia. c)
um ensaio de compactação segundo o método DNER-ME 47-64, com espaçamento
máximo de 100 m. O número de ensaios poderá ser reduzido se verificada a
homogeneidade do material. Os valores máximos e mínimos decorrentes da
amostragem a serem confrontados com os especificados, para fins de aceitação dos
serviços, serão calculados pelas seguintes fórmulas: 1,29 σ Xmáx = X + ———— +
0,68 σ N 1,29 σ Xmín = X - ———— - 0,68 σ N
A qualidade do concreto utilizado na confecção das calçadas será verificada através
de ensaios de resistência à compressão simples, em corpos de prova cilíndricos
moldados no 244 753-BR437RN-MIN PROJEXEC-V4-REL local da concretagem e
submetidos à cura de acordo com os métodos DNER-ME 46-64 e 91-64.
Deverão ser moldados, no mínimo, quatro corpos-de-prova para cada 150 m3 de
concreto ou para cada jornada de trabalho, retirado o concreto de pontos escolhidos
de modo a bem caracterizar a área concretada.
Cada grupo de 4 corpos-de-prova caracterizará uma amostra. Serão aceitos os
trechos que apresentarem, no máximo, 20% dos valores das amostras rompidas
inferiores à resistência mínima fixada.

Eng° Antonione Rodrigues Pelegrini


Eng Civil-12.511/D-GO
MEIO FIO
MEMORIAL DESCRITIVO
CHACARA TANQUE-
RUA JOÃO PEDRO OLIVEIRA E RUA RUI BARBOSA
Memorial descritivo e Especificações Técnicas Meio-Fio

Obra: Meio-fio com e sem sarjeta


Local: R. João Pedro Oliveira/ R. Rui Barbosa, Chácara Tanque Jaraguá-Go
Quantidade: Meio-Fio C/Sarjeta: 797,65 ml
Meio-Fio S/Sarjeta: 63,10 ml

1. Introdução
Os sistemas de drenagem são classificados de acordo com suas
dimensões, em sistemas de microdrenagem, também denominados de sistemas
iniciais de drenagem e de macrodrenagem.
A microdrenagem inclui a coleta e afastamento das águas superficiais ou
subterrâneas através de pequenas e médias galerias, fazendo ainda parte do
sistema todos os componentes do projeto para que tal ocorra. A macrodrenagem
inclui, além da microdrenagem, as galerias de grande porte (D > 1,50 m) e os corpos
receptores tais como canais e rios canalizados. Assim dentro da microdrenagem
será abordado um dispositivo hidráulico primário: o meio-fio ou guia.

2. Definição
Meio-fio: Também conhecido como guia, é a faixa longitudinal de
separação do passeio com o leito viário. É o dispositivo que, posicionado
lateralmente ao pavimento, têm as seguintes funções principais:
a) delimitar a área da plataforma, possibilitando direcionamento do
tráfego em locais de interseções, travessias urbanas, canteiro central, obras-
de-arte e outros pontos singulares da rodovia;
b) proteger as bordas da pista dos efeitos de erosão causados
pelas águas pluviais, em segmentos de aterros.
Em ambos os casos, atuam como condutores das águas precipitadas
sobre as pistas e passeios, direcionando-as para bocas-de-lobo, caixas coletoras ou
descidas d’águas. Sarjeta= Feito de concreto moldado in loco com largura de 60 cm
e espessura de 10 cm que serve como transporte de água das chuvas para a caixa
coletora (Boca de Lobo) .

3. Memória de Cálculo
Para o projeto de implantação de meios-fios e sarjetas em vias públicas
foram adotados os seguintes parâmetros de projetos recomendados:

3.1 Parâmetros
Meio Fio
Dados característicos Qtde
Altura da guia 0,26 m
Largura superior da guia 0,10 m
Largura inferior da guia 0,15m

3.2 Volume de Concreto

- Área da seção transversal:


Meio-fio 0,036 m2
- Volume de concreto por metro linear:
[(0,0325 m2) * (1 m)] = 0,0325 m3/m

Sarjeta
Dados característicos Qtde
Largura da Sarjeta 0,45 m
Espessura 0,07 m

3.3 Volume de Concreto


- Área da seção transversal:
Sarjeta 0,0315 m2
- Volume de concreto por metro linear:
[(0,0315 m2) * (0,1 m) ] = 0,0315 m3/m

4. Material
4.1 Concreto
O concreto deve ser dosado, experimentalmente, para uma resistência
característica à compressão mínima (Fck, mín) aos 28 dias, de 15 MPa.
O concreto deve ser preparado de acordo com o prescrito nas normas
NBR-12654 e NBR-12655.

5. Equipamento
Todo o equipamento, antes do início da execução do serviço, deve ser
cuidadosamente examinando e aprovado pela Prefeitura, sem o que não é dada a
autorização para o seu início.
Os equipamentos devem ser do tipo, tamanho e quantidade que venham a
ser necessários para a execução satisfatória dos serviços. Os equipamentos básicos
necessários à execução dos meio-fios compreendem:
e) betoneira ou caminhão betoneira;
f) caminhão de carroceria fixa;
g) depósito de água;
h) carrinho de concretagem;
i) vibrador mecânico;
j) ferramentas manuais;
k) máquina automotriz para a execução de perfis de concreto, quando
esta técnica for utilizada.

6. Execução
a) Escavação e/ou conformação da porção anexa à borda do pavimento,
de acordo com os alinhamentos, cotas e dimensões de projeto;
b) Lançamento, adensamento e cura do concreto.

7. Controle Tecnologico

7.1 O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acordo com as


normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97. O ensaio de DNIT
020/2006-ES 5 consistência dos concreto será feito de acordo com a NBR NM 67/98
ou a NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos
agregados, na execução da primeira amassada do dia, após o reinicio dos trabalhos
desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas, em cada vez que
forem moldados corpos-de-prova, e na troca de operadores.
7.2 Controle da produção (execução) Deverá ser estabelecido, previamente, o plano
de retirada dos corpos-de-prova de concreto, das amostras de aço, cimento,
agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas.
O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao controle fixado
pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.
7.3 Verificação do produto
7.3.1 Controle geométrico
O controle geométrico da execução das obras será feito através de levantamentos
topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.
Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em Notas de Serviço
com as quais será feito o acompanhamento da execução. As dimensões das seções
transversais avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto de mais de 1%,
em pontos isolados. Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no
intervalo de ± 10% em relação à espessura de projeto.
7.3.2 Controle de acabamento
Será feito o controle qualitativo dos dispositivos, de forma visual, avaliando-se as
características de acabamento das obras executadas, acrescentando-se outros
processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica
da canalização. Da mesma forma será feito o acompanhamento das camadas de
embasamento dos dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.
7.4 Condições de conformidade e não conformidade
Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto
serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, devendo atender às
condições gerais e específicas dos capítulos 4 e 5 desta Norma, respectivamente.
Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos
28 dias, adotando-se as seguintes condições: fck, est < fck – não-conformidade; fck,
est ≥ fck – conformidade. Onde: fck, est = valor estimado da resistência
característica do concreto à compressão. fck = valor da resistência característica do
concreto à compressão. Os resultados do controle estatístico serão analisados e
registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma
DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das
não-conformidades dos insumos, da produção e do produto. 8 Critérios de medição

Eng° Antonione Rodrigues Pelegrini


Eng Civil-12.511/D-GO
SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
MEMORIAL DESCRITIVO
CHACARA TANQUE-
RUA JOÃO PEDRO OLIVEIRA E RUA RUI BARBOSA
Memorial descritivo e Especificações Técnicas Sinalização
Horizontal
Obra: Sinalização Horizontal
Local: R. João Pedro Oliveira/ R. Rui Barbosa, Chácara Tanque Jaraguá-Go
Quantidade: Área de Pintura: 42,54 m2

DEFINIÇÃO
Sinalização rodoviária horizontal é o conjunto de marcas, símbolos e legendas
aplicados sobre o revestimento de uma rodovia, de acordo com um projeto
desenvolvido para propiciar condições de segurança e de conforto ao usuário da
rodovia.

CONDIÇÕES GERAIS
Os serviços de execução de sinalização horizontal só podem ser começados depois
de instalados todos os elementos necessários para uma Sinalização de Segurança e
devem obedecer ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB), às normas do DNIT e da
ABNT. Os processos usuais utilizados para a remoção da demarcação existente
são: lixamento, fresagem, queima, hidrojateamento e jateamento a seco
autoaspirado e deverão estar em conformidade com a norma NBR 15402:2014. Para
qualquer situação de execução dos serviços de sinalização horizontal devem ser
observadas as seguintes condições, no que se refere à função, aos materiais e ao
projeto:
a) Para a sinalização horizontal proporcionar segurança e conforto aos usuários
devem ser cumpridas as seguintes funções: Ordenar e canalizar o fluxo de veículos;
Orientar os deslocamentos dos veículos em função das condições de geometria da
via (traçado em planta e perfil longitudinal), dos obstáculos e de impedimentos
decorrentes de travessias urbanas e áreas de proteção ambiental; Complementar e
enfatizar as mensagens transmitidas pela sinalização vertical indicativa, de
regulamentação e de advertência; Transmitir mensagens claras e simples;
Possibilitar tempo adequado para uma ação correspondente; Atender a uma real
necessidade; Orientar o usuário para a boa fluência e segurança de tráfego; Impor
respeito aos usuários.
b) Todos os materiais devem previamente satisfazer às exigências das
especificações da ABNT e do CONTRAN (DENATRAN). c) No projeto de sinalização
devem constar as seguintes informações: Local da aplicação, extensão, cor e
largura; Dimensões das faixas, legendas, símbolos e demais marcas viárias;

EQUIPAMENTOS
a) Para aplicação de tintas • Processo de aplicação mecânica: equipamento
autopropelido com compressor de ar, tanques pressurizados para tinta e solvente,
mexedores manuais, reservatório e semeador para microesferas de vidro, válvulas
reguladoras de ar, sequenciador automático, pistolas, discos delimitadores de faixas,
balizadores e miras óticas. • Processo de aplicação manual: compressor de ar,
tanques pressurizados para tintas, mexedores manuais, tanques para solventes e
pistolas manuais a ar comprimido.
b) Para aplicação de termoplásticos • Por aspersão: usina móvel montada sobre
caminhão, constituída de recipiente para fusão de material, queimadores,
controladores de temperatura e agitadores, conjunto aplicador de pistolas e
semeador de micro esferas de vidro, sistema de aquecimento para conjunto
aplicador, compressor, dispositivos de aplicação contínua e intermitente para
execução de linhas, sistema de aquecimento para a massa, gerador de eletricidade
e dispositivo balizador para direcionamento dotado de implementos específicos para
aplicação do material da unidade aplicadora.Por extrusão: usina móvel,
altopropulsora, com implementos específicos para aplicação do material, veículos
automotores para transporte de material e pessoal, equipamento autopropulsor para
limpeza do pavimento, equipamento para fusão do termoplástico, dispositivo
termostático para manutenção da temperatura de fusão, materiais como, cones,
placas, barreiras, queimadores, controladores de temperatura e agitadores, gerador
de eletricidade tema de aquecimento, sinaleiros de luz intermitentes, higrômetro,
paquímetro, trena e sapatas para aplicação manual com largura variável e carrinho
para aplicação de microesferas.

EXECUÇÃO
A fase de execução engloba as etapas de limpeza do pavimento, pré-marcação e
pintura. A limpeza deve ser executada de modo a eliminar qualquer tipo de material
que possa prejudicar a aderência do produto aplicado no pavimento, utilizando
vassouras, escovas, compressores para limpeza com jato de ar ou de água, de tal
forma que seja executada apropriadamente a limpeza e secagem da superfície a ser
demarcada. Para realizar os limites das faixas no pavimento observar-se-ão as
seguintes condições ambientais:
a) A temperatura do pavimento deverá ser superior a 3°C do ponto do orvalho. (ver a
Tabela 1, da norma NBR 15402:2014);
b) A temperatura ambiente igual ou superior a 10°C;
c) A temperatura ambiente igual ou inferior a 40°C;
d) O pavimento estar aparentemente seco e não chovendo. Para verificar se o
pavimento está em condições de executar a demarcação, deve ser feita a execução
do teste constante do item 4.8.4 da NBR 15402:2014.
A pré-marcação deverá seguir rigorosamente as cotas do projeto e o alinhamento
dos pontos locados pela equipe de pré-marcação, através dos quais o operador da
máquina irá se guiar para a aplicação do material. A locação deve ser feita com base
no projeto da sinalização, que norteará a aplicação de todas as faixas, símbolos e
legendas. Para execução da sinalização definitiva em pavimentos novos a aplicação
deverá ser feita após um período de cura.
A pintura consiste na aplicação do material por equipamentos adequados, de acordo
com o constante do item 4.2.2 da NBR 15402:2014 e em conformidade com o
alinhamento fornecido pela pré-marcação e pelo projeto de sinalização. Quando
houver insuficiência de contraste entre as cores do pavimento e do termoplástico, as
faixas devem receber antecipadamente pintura na cor preta para melhoria da
visibilidade diurna. As tintas devem ser misturadas de forma a garantir a boa
homogeneidade do material. As tintas à base de resina acrílica emulsionada em
água devem obedecer às exigências estabelecidas na norma NBR 13699:2012.
A resina deve ser 100% acrílica não sendo permitido outro po de copolímero e pode
ser aplicada em espessura úmida, de 0,3mm a 0,5mm e o tráfego liberado em 20
minutos. As microesferas de vidro tipo “Premix” devem ser adicionadas à tinta
quando da sua aplicação, na proporção determinada pelo fabricante. Pode ser
adicionado solvente compatível com a tinta, na proporção máxima de 5% (cinco por
cento), em volume, para ajuste da viscosidade. O termoplástico deve ser fundido a
uma temperatura entre 180ºC e 200ºC e agitado permanentemente para obter uma
consistência uniforme durante a aplicação. Não é recomendada a aplicação do
material termoplástico sobre base de resina acrílica. Os sistemas e configurações
para aplicação de termoplásticos alto-relevo pelo processo de extrusão mecânica
são de dimensões variáveis, altura máxima de 8m e executados conforme os tipos
abaixo:
e) Tipo I – Relevo duplo com base • Esse tipo de relevo deve ser formado por fenda
longitudinal com espaçamentos uniformes e constantes entre 250mm e 500mm,
objetivando o escoamento das águas pluviais. • O relevo duplo com base deve ter
espessura da base de 2mm a 3mm e os relevos duplos entre 6mm e 8mm de
saliências e a temperatura não deve ultrapassar 200ºC ou conforme determinação
do fabricante.
f) Tipo II – Relevo simples ranhurado com base • Devem ser simples, porém
formados por um processo mecânico contínuo com espaçamentos constantes e
uniformes de 10mm, 20mm ou 30mm. A temperatura deve estar no máximo a 200°C
e a espessura da base de 2mm e 3mm e as saliências do relevo de 6mm.
g) Tipo III - Relevo simples com base • Deve ser transversal, processo mecânico
contínuo e espaçamentos regulares entre os relevos de 250mm a 500mm, base
contínua de 1,5mm a 3mm, larguras de 100mm a 300mm e altura máxima de 8mm.
h) Tipo IV- Relevo simples sem base • Deve ser também transversal, processo
mecânico contínuo com espaçamento entre 150mm a 500mm, com largura entre
100mm e 300mm e altura de 8mm.
i) Tipo V – Relevo multipontos sem base (gotas) • A aplicação desse tipo de relevo
(gotas) deve ser de forma contínua e uniforme, formada por aglomerados do tipo
gotas, com diâmetro entre 20mm a 30mm, largura entre faixas de 100mm a 300mm,
altura entre 4mm a 7mm. Este tipo proporciona um visual de linha longitudinal
contínua, mantendo alta retrorrefletividade quando chovendo ou sem chuva.
j) Tipo VI – Relevo multipontos sem base (calotas).

CONTROLE TECNOLOGICO
O controle qualitativo da sinalização deve ser feito através da avaliação da
retrorrefletividade, de acordo com as normas NBR 14723:2005 e NBR 16307:2014.

Eng° Antonione Rodrigues Pelegrini


Eng Civil-12.511/D-GO
SINALIZAÇÃO VERTICAL
MEMORIAL DESCRITIVO
CHACARA TANQUE-
RUA JOÃO PEDRO OLIVEIRA E RUA RUI BARBOSA
Memorial descritivo e Especificações Técnicas Sinalização Vertical
Obra: Sinalização Vertical
Local: R. João Pedro Oliveira/ R. Rui Barbosa, Chácara Tanque Jaraguá-Go

DEFINIÇÃO
a) Sinalização vertical Subsistema de sinalização, constituído por placas e painéis
montados sobre suportes, na posição vertical, implantados ao lado ou sobre a
rodovia, por meio dos quais são fornecidas mensagens de caráter permanente e,
eventualmente temporário, através de legendas e símbolos legalmente instituídos,
com propósito de regulamentar, advertir e indicar o uso das vias para condutores de
veículos e pedestres da forma mais segura e eficiente. Considerando o disposto no
Código de Trânsito Brasileiro (CTB - Art. 80), que exige sinais com perfeita
visibilidade e legibilidade durante o dia e à noite, todos os sinais devem ser
confeccionados com material refletivo.
b) Placas de sinalização Dispositivos confeccionados em chapa única montados
sobre suportes, na posição vertical, implantados ao lado ou sobre a rodovia, sobre
os quais se aplicam películas com as mensagens que se pretende transmitir aos
usuários das rodovias.
c) Suportes Colunas, postes com braço projetado sobre a rodovia, pórticos,
semipórticos e acessórios de fixação, colapsáveis, que têm a função de sustentar e
manter as placas e painéis de sinalização neles implantados na posição mais
apropriada, independentemente da ação do vento. Eventualmente, partes das obras-
de-arte especiais podem ser utilizadas como suporte de placas ou de painéis de
sinalização.
d) Película Tipo de material aplicado sobre as placas e painéis com o objetivo de
compor as mensagens que se pretende transmitir na cor apropriada. As películas
podem ser refletivas, não refletivas opacas e não refletivas translúcidas, conforme
disposto na Norma ABNT NBR 14644:2013.
e) As películas refletivas são constituídas por combinações de materiais que lhes
permitem apresentar a mesma cor tanto de dia, quando observadas à luz do sol,
quanto à noite, quando observadas à luz dos faróis dos veículos.

INSUMOS
Placas e Paineis
a) Chapa fina a frio de aço-carbono, para uso estrutural;
b) Chapa fina a quente de aço-carbono, para uso estrutural;
c) Chapa de aço-carbono, laminada a frio, aluminizada, por imersão a quente;
d) Chapa de aço-carbono zincada, por imersão a quente;
e) Chapa de aço de alta resistência mecânica, zincada por imersão a quente;
f) Chapa plana de aço zincado;
g) Placa de aço-carbono e de aço de baixa liga e alta resistência;
h) Chapa plana de poliéster reforçado com fibra de vidro;
i) Chapa de alumínio, na espessura mínima de 1,5mm.
As chapas devem ter a superfície posterior preparada com tinta preta fosca. As
chapas para placas, que devem ser totalmente refletivas, por exigência do CTB,
devem ter a superfície que irá receber as películas que comporão a mensagem
preparada com “primer”.
Retrorrefletividade
Todos os sinais devem ser retrorrefletivos, exceto as partes de cor preta, sempre
opacas, que aparecerão por contraste. A retrorrefletividade do sinal deve ser obtida
utilizando-se películas retrorrefletivas, apropriadas a cada tipo de utilização,
aplicadas como fundo do sinal.
As letras, números, orlas, tarjas, símbolos e legendas podem ser obtidos por:
a) Montagem com películas retrorrefletivas recortadas;
b) Impressão em silk-screen, com pasta translúcida colorida, sinal impresso;
c) Aplicação de película translúcida colorida sobre o fundo branco, com recorte
eletrônico da mensagem.
A película refletiva deve ser resistente às intempéries e proporcionar visibilidade sem
alterações, tanto à luz diurna como à noite, sob luz refletida.

Suportes
a) Aço carbono galvanizado;
b) Madeira de lei, devidamente licenciada, madeira tratada com preservativos
hidrossolúveis ou material Compósito Reciclado;
c) Concreto de cimento Portland

EQUIPAMENTOS
Os equipamentos utilizados na implantação da sinalização vertical devem ser:
a) Trado, para escavação no local dos suportes e/ou outras ferramentas manuais;
b) Caminhão plataforma, para fixação das placas suspensas;
c) Caminhão Munck, para manejar os suportes de placas suspensas;
d) Betoneira, para confecção das sapatas em concreto das estruturas de
sustentação das placas suspensas;
e) Cone de sinalização para proteger a área de trabalho na pista. Pode ser,
eventualmente, necessário utilizar equipamento para perfuração de rochas.

EXECUÇÃO
Inicialmente deve ser feito o levantamento da área para verificação das condições
do local de implantação das placas. Posteriormente, as atividades descritas nas
subseções seguintes.
1- Limpeza do local, de forma a garantir a visibilidade do sinal a ser implantado.
2-Marcação da localização dos dispositivos a serem implantados, de acordo com o
projeto de sinalização.
3- Distribuição das placas nos pontos já localizados anteriormente.
4- Escavação da área para fixação dos suportes.
5- Preparação da sapata ou base, em concreto de cimento Portland, para
recebimento dos suportes das estruturas de sustentação das placas que assim o
exigirem.
6- Fixação das placas ou módulos de painéis aos suportes e às travessas, através
de braçadeiras, parafusos, arruelas, porcas e contra porcas.
7- Implantação da placa, de forma que os suportes fixados mantenham rigidez e
posição permanente e apropriada, evitando que balancem, girem ou sejam
deslocados.
8- A implantação das placas ou painéis suspensos deve contar com a utilização de
caminhão plataforma. Durante a implantação o trânsito deve ser desviado, com o
auxílio de cones ou qualquer dispositivo adequado para esta finalidade. Qualquer
interferência do projeto de sinalização com rede de distribuição de concessionária
deve ser imediatamente comunicada à Fiscalização.

CONTROLE TECNOLOGICO

a) Deve enfocar, principalmente, a verticalidade das estruturas de suporte e, nos


casos de placas idênticas e em seqüência, tipo delineadores, também a
uniformidade de altura, através de inspeção visual.
b) O controle qualitativo da sinalização deve ser efetuado através da avaliação da
retrorrefletividade, de acordo com a Norma NBR 15426:20013.

Eng° Antonione Rodrigues Pelegrini


Eng Civil-12.511/D-GO

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