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AÇÕES E

ESTADOS-LIMITES

ESTRUTURAS DE CA III

PROFª. MA. ANDRÉIA F. TORMEN


ANDREIA.TORMEN@UCEFF.EDU.BR
9.1 AÇÕES

As ações atuantes em pontes são definidas nas normas:

 ABNT NBR 7187 (2003) - Projeto de pontes de concreto


armado e de concreto protendido – Procedimento.
 ABNT NBR 7188 (2013) - Carga móvel rodoviária e de
pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras
estruturas.

 ABNT NBR 7189 (1985) - Cargas móveis para projeto


estrutural de obras ferroviárias. (CANCELADA)

 ABNT NBR 8681 (2004) - Ações e segurança nas estruturas –


Procedimento.

 ABNT NBR 6118 (2014) - Estruturas de concreto -


Procedimento.
9.1 AÇÕES

As ações classificam-se em:


A) Permanentes;
B) Acidentais e/ou móveis;
C) Excepcionais.

As ações permanentes compõem-se por:


 Peso próprio dos elementos estruturais e de proteção;
 Pavimentação e revestimentos;
 Empuxos de terras e água;
 Forças de protensão;
 Deformações por fluência e retração, variações de temperatura
e deslocamentos de apoios.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

A) CARGAS PERMANENTES – ABNT NBR 7187:2003


ESTRUTURAS DE PONTES

O específico para CONCRETO ARMADO OU


peso
PROTENDIDO deve ser adotado 25 kN/m³ e 24 kN/m³ para o
concreto simples.

 O peso específico do pavimento deve ser adotado 24


kN/m³, mais uma carga adicional de 2 kN/m² para cobrir
eventuais recapeamentos.

Para pontes de grandes vãos, esta carga adicional pode ser


desconsiderada a critério da equipe de projeto.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

A) CARGAS PERMANENTES – ABNT NBR 7187:2003


ESTRUTURAS DE PONTES

Os EMPUXOS DE TERRA são determinados segundo a


mecânica dos solos.

 Como simplificação pode-se supor o solo sem coesão e a


não existência de atrito entre a estrutura e o terreno desde
que as ações assim calculadas sejam a favor da segurança.

O peso específico do solo úmido deve ser considerado no


mínimo igual a 18 kN/m³ e o ângulo de atrito interno, no
máximo igual a 30°.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

A) CARGAS PERMANENTES – ABNT NBR 7187:2003


ESTRUTURAS DE PONTES

 Quando a superestrutura funciona como ARRIMO DOS ATERROS


de acesso:
→ Empuxo considerado simultaneamente em ambas as extremidades somente no
caso em que não haja juntas intermediárias do tabuleiro e desde que seja feita a
verificação também para a hipótese de existir a ação em apenas uma das
extremidades, agindo isoladamente (sem outras forças horizontais) e para o caso
de estrutura em construção.
→ Nos casos de tabuleiro em curva ou esconso, deve ser considerada a atuação
simultânea dos empuxos em ambas as extremidades, quando for mais
desfavorável.
→ Para pilares implantados em taludes de aterro, deve ser adotada, para o
cálculo do empuxo de terra, uma largura fictícia igual a três vezes a largura do
pilar, devendo este valor ficar limitado à largura da plataforma do aterro;
→ No caso de pilares alinhados transversalmente a largura fica também limitada
pela semi-distância entre eixos dos pilares vizinhos.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

A) CARGAS PERMANENTES – ABNT NBR 7187:2003


ESTRUTURAS DE PONTES

 Os EMPUXOS DE ÁGUA devem ser definidos de maneira


a encontrar esforços a favor da segurança.
Muros: camada filtrante com drenos ou considerar empuxo;

 As FORÇAS DE PROTENSÃO devem ser definidas


segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014).

 A FLUÊNCIA deve ser considerada segundo a NBR 6118


(ABNT, 2014).

 Os esforços de RETRAÇÃO devem ser também ser


determinados segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014).
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
CARGAS PERMANENTES – RETRAÇÃO ABNT NBR 6118:2014

UMIDADE RELATIVA MÉDIA LOCAL


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
CARGAS PERMANENTES – RETRAÇÃO ABNT NBR 6118:2014

Coeficiente de retração x 10-3 -0,31. 10-3 = -31 . 10-5


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

A) CARGAS PERMANENTES – ABNT NBR 6118:2014


ESTRUTURAS DE PONTES

 A NBR 6118 determina que as obras de concreto sejam


verificadas para uma variação uniforme de temperatura de
± 15°C = 15 x 10-5 Não é gradiente!

 A VARIAÇÃO DE TEMPERATURA por resfriamento é a


mais significativa pois soma-se à retração.

 Os RECALQUES DE APOIO devem ser considerados


como ações segundo os critérios da equipe de projeto.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS MÓVEIS


ESTRUTURAS DE PONTES

A ABNT NBR 7188 (2013) determina o carregamento do veículo a


ser usado no projeto de pontes no Brasil.

 A norma apresenta um veículo padrão, chamado TREM-TIPO


(TB), que não é nenhum dos veículos comuns que circulam nas
vias nacionais.
2 categorias: TB-450 e TB-240, mas o segundo pode ser
usado apenas em casos restritos.
→ Veículo hipotético usado pela escola alemã de projetos de
pontes, o qual foi baseado em antigos tanques de guerra
alemães.

A experiência demonstra que o uso dos trens-tipo é a favor da


segurança, cobrindo a maioria dos carregamentos de veículos que
uma ponte possa a vir estar sujeita.
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS MÓVEIS

Trem-tipo TB-450 (NBR-7188/2013) = Classe 45

 Veículo tipo com 450 kN, com 6 rodas com P = 75kN, três eixos
afastados entre si em 1,5m, com área de ocupação de 18,0 m²
circundada por uma carga uniformemente distribuída constante
p = 5 kN/m².
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS MÓVEIS

Trem-tipo TB-450 (NBR-7188/2013) = Classe 45


9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS MÓVEIS

Cargas adicionais

 Além do veículo, devem ser aplicadas 2 cargas distribuídas


complementares, p e p’. A carga p é aplicada nas faixas de
tráfego, inclusive acostamentos, e a carga p’ nos passeios.

 p = 5 kN/m²
 p’ = 3 kN/m²
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS MÓVEIS

Cargas adicionais

 Os passeios são carregados pela carga uniformemente


distribuída p’ = 3 kN/m², não majorada pelos coeficientes de
ponderação.

 O elemento estrutural do passeio é dimensionado para a


carga distribuída de 5 kN/m²

 Todos os passeios de pontes devem ser protegidos por


dispositivos de contenção dimensionados segundo item
5.2.3.2.2 da NBR 7188/2013.
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS MÓVEIS

 Coeficientes de ponderação cargas móveis

onde

P é o valor estático de uma roda de veículo;

Q é o valor estático de uma roda do veículo, acrescido de todos os


coeficientes de ponderação;

p é o valor estático da carga móvel uniformemente distribuída;

q é o valor estático p acrescido de todos os coeficientes de ponderação.


9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS MÓVEIS

 Coeficientes de ponderação cargas móveis

Coeficiente de impacto vertical (CIV)

CIV  Vão menor que 10 metros

𝟐𝟎
CIV  Vão entre 10 e 200 metros
𝑳𝒊𝒗 𝟓𝟎

onde
Liv é o vão em metros para cálculo do CIV conforme a estrutura:
 Isostática: próprio vão;
 Contínuas: médica aritmética dos vãos;
 Balanços: comprimento do balanço.

→ Vãos acima de 200 m: estudo específico para consideração da amplificação


dinâmica e definição do CIV.
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS MÓVEIS

 Coeficientes de ponderação cargas móveis

Coeficiente de impacto vertical (CIV)


9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS MÓVEIS

 Coeficientes de ponderação cargas móveis

Coeficiente de número de faixas (CNF)

onde

n é o número inteiro de faixas de trafego rodoviário a serem carregadas sobre


um tabuleiro transversalmente contínuo.
Acostamentos e faixas de segurança não são faixas de trafego da rodovia.

→ Este coeficiente não se aplica ao dimensionamento de elementos


estruturais transversais ao sentido do tráfego (lajes, transversinas, etc.)
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS MÓVEIS

 Coeficientes de ponderação cargas móveis

Coeficiente de impacto adicional (CIA)

As juntas são os principais pontos de falha/desgaste de pontes.


Dessa forma, essas são tratadas de forma diferente dos edifícios.

O CIA é um coeficiente desenvolvido especialmente para a região próximo das


juntas. A uma distância horizontal, normal à junta, inferior a 5,0 m para cada
lado da junta ou descontinuidade estrutural, as ações são majoradas por tal
coeficiente, como segue:

CIA  Para obras em concreto ou mistas

CIA  Para obras em aço


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS HORIZONTAIS


ESTRUTURAS DE PONTES

Frenagem e aceleração - ABNT NBR 7188:2013

As forças horizontais devido à frenagem e/ou


aceleração aplicadas no nível do pavimento são um percentual
da carga características dos veículos aplicados sobre o tabuleiro,
na posição mais desfavorável, concomitantemente com a
respectiva carga.

B - largura efetiva em metros, da carga distribuída;

L - comprimento, em metros, da carga distribuída.


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS - CARGAS HORIZONTAIS

Frenagem e aceleração - ABNT NBR 7188:2013

As forças horizontais provenientes da força centrífuga nas


obras em curva horizontal, aplicadas no nível da pista de rolamento,
são um percentual da carga do veículo tipo aplicado sobre o tabuleiro,
na posição mais desfavorável, concomitante com a respectiva carga.

em kN, para curva com raio R < 200 m

em kN, para curva com raio 200 m < R < 1500 m

para raios superiores a 1500 m

R  Raio da curva horizontal no eixo da obra, expresso em metros.


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS – ABNT NBR 7187:2003


ESTRUTURAS DE PONTES

Cargas de construção

 No projeto e dimensionamento devem ser consideradas as


ações de construção, montagem e lançamento da estrutura.

Cargas de vento

 As cargas de vento devem ser consideradas segundo a ABNT


NBR 6123 (2013).
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS – ABNT NBR 7187:2003


ESTRUTURAS DE PONTES

Empuxo de terra provocado por cargas móveis

 Transforma-se as cargas móveis no terrapleno em altura de


terra equivalente. h0 = q /   Ranquine

→ Carga distribuída atuando em toda largura da ponte  q = 5 kN/m²

→ Peso do veículo dividido por sua área atuando em cada linha de pilares
 q = 450 kN / (3x6) m² = 25 kN/m² (em largura de 3 m)

 Quando a superestrutura funciona como arrimo dos aterros de


acesso, a ação deve ser considerada em apenas uma das
extremidades, a menos que seja mais desfavorável considerá-la
simultaneamente nas duas, nos casos de tabuleiros em curva
horizontal ou esconsos.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS – ABNT NBR 7187:2003


ESTRUTURAS DE PONTES

Pressão da água

 A determinação da pressão de água sobre pilares e


fundações deve ser determinada pela expressão:

onde

p é a pressão da água em kN/m²;


k = 0,34 para elementos com seção
va é a velocidade da água em m/s; circular;
K=0,71 para elementos retangulares com a
k é um coeficiente de forma: água incidindo perpendicularmente a
alguma das faces;
k = 0,54 para um ângulo de incidência de
45°.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

B) CARGAS VARIÁVEIS – ABNT NBR 7187:2003


ESTRUTURAS DE PONTES

Pressão da água

 Para situações intermediárias o valor de k pode ser obtido por


interpolação linear;
 A pressão p deve ser aplicada sobre uma área igual a
projeção do elemento medida perpendicularmente ao plano
de ação da água;

 Para seções diferentes das citadas deve-se buscar


bibliografias especializadas.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

C) CARGAS EXCEPCIONAIS – ABNT NBR 7187:2003


ESTRUTURAS DE PONTES

A ABNT NBR 7188 (2013) determina que:

 As ações excepcionais (colisões) sobre os diversos


elementos estruturais, e sobre a obra, de uma forma global,
exigem verificações somente no estado limite último e de
estabilidade global de forma isolada concomitante apenas
com as cargas móveis.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

C) CARGAS EXCEPCIONAIS – ABNT NBR 7187:2003


ESTRUTURAS DE PONTES

Colisão em Pilares

 Todos os pilares próximos a rodovias e ferrovias devem ser


protegidos por dispositivos de contenção apropriados.
 Carga horizontal de colisão de 1000 kN na direção do tráfego e
500 kN perpendicular ao tráfego, não concomitantes entre si,
aplicadas a uma altura de 1,25 m do terreno do pavimento.

→ Esses valores decrescem linearmente com a distância do pilar a


pista, sendo zero a 10,0 metros.
A consideração acima não elimina a hipótese de colapso parcial
ou total da estrutura em função da magnitude da colisão.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

C) CARGAS EXCEPCIONAIS – ABNT NBR 7187:2003


ESTRUTURAS DE PONTES

Colisão ao nível do tabuleiro

 A ação é aplicada em um comprimento de 50 cm, no topo do


elemento, admitindo-se distribuição espacial a 45°.

Dispositivo de contensão (Exemplo: Barreiras)

 O elemento deve ser dimensionado para


uma carga horizontal perpendicular a
direção do tráfego de 100 kN e carga
concomitante de 100 kN.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.1 AÇÕES

C) CARGAS EXCEPCIONAIS – ABNT NBR 7187:2003

Dispositivo de contensão tipo cortina

 O elemento deve ser dimensionado para uma carga horizontal


perpendicular a direção do tráfego de 450 kN e carga
concomitante de 100 kN a 1,5m acima do pavimento.

Guarda-corpo

 O elemento deve ser dimensionado para uma carga horizontal


transversal linearmente distribuída de 2,0 kN/m.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

A NBR 8681 (ABNT, 2003) define os estados limites de uma


estrutura como as condições nas quais a estrutura apresenta
desempenho inadequado às finalidades da construção.
→ Condições adequadas: segurança, durabilidade, funcionalidade.

Deve-se atender:
Estados-limites últimos (ELU);
Estados-limites de serviço (ELS).
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS


ESTRUTURAS DE PONTES

No projeto, os estados limites últimos podem ser


caracterizados por:

→ Perda de equilíbrio, global ou parcial, admitida a estrutura como


um corpo rígido;
→ Ruptura ou deformação plástica excessiva dos materiais;
→ Transformação da estrutura, no todo ou em parte, em sistema
hipostático;
→ Instabilidade por deformação;
→ Instabilidade dinâmica.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO


ESTRUTURAS DE PONTES

Os estados limites de serviço podem ou não causar ruína,


mas causa desconforto aos usuários e, em determinadas situações,
podem levar ao ELU. São caracterizados por:
→ Danos ligeiros ou localizados, que comprometam o aspecto estético da
construção ou a durabilidade da estrutura;
→ Deformações excessivas que afetem a utilização normal da
construção ou seu aspecto estético;
→ Vibração excessiva ou desconfortável.

Em concreto armado pode ser dividido em:


 Estado-limite de formação de fissuras;
 Estado-limite de abertura de fissuras;
 Estado-limite de deformação excessiva;
 Estado-limite de vibração excessiva.
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

COMBINAÇÕES ÚLTIMAS – ABNT NBR 8681:2004


 ESTADO LIMITE ÚLTIMO (ELU)
• Combinações últimas normais
• Combinações últimas especiais ou de construção
• Combinações últimas excepcionais

COMBINAÇÕES DE SERVIÇO – ABNT NBR 8681:2004


 ESTADO LIMITE DE SERVIÇO (ELS)
• Combinações quase Permanentes de Serviço
• Combinações frequentes de Serviço
• Combinações raras de Serviço
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 COMBINAÇÕES ÚLTIMAS NORMAIS

Incluídas as ações permanentes e a ação variável principal, com seus


valores característicos e as demais ações variáveis, consideradas
secundárias, com seus valores reduzidos de combinação.

Ação variável principal Demais ações variáveis

PERMANENTES VARIÁVEIS

Coeficiente ψ0j, leva em conta a baixa probabilidade de ocorrência simultânea das


ações variáveis.
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 COMBINAÇÕES ÚLTIMAS ESPECIAIS

Devem estar presentes as ações permanentes e a ação variável


especial, quando existir, com seus valores característicos e as demais
ações variáveis com probabilidade não desprezível, de ocorrência
simultânea, com seus valores reduzidos de combinação.
Ação variável especial Demais ações variáveis

PERMANENTES VARIÁVEIS

Coeficiente ψ0j, que será o mesmo, a menos que a ação variável principal Fq1,k tenha
um tempo de atuação muito pequeno, neste caso ψ0j,ef = ψ2j. Este pode ser o caso
para ações sísmicas e situação de incêndio.
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 COMBINAÇÕES ÚLTIMAS EXCEPCIONAIS

Em cada combinação devem figurar as ações permanentes e a ação


variável excepcional, quando existir, com seus valores
representativos e as demais ações variáveis com probabilidade não
desprezível de ocorrência simultânea, com seus valores reduzidos de
combinação.
Ação variável excepcional Demais ações variáveis

PERMANENTES VARIÁVEIS

Diferença está na consideração da ação transitória excepcional sem coeficientes.


9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

COMBINAÇÕES ÚLTIMAS – ABNT NBR 8681:2004

Tabela 2 NBR 8681 - Ações permanentes diretas agrupadas.


9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

COMBINAÇÕES ÚLTIMAS – ABNT NBR 8681:2004

Tabela 4 NBR 8681 - Ações variáveis consideradas separadamente


9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 COMBINAÇÕES QUASE PERMANENTES DE SERVIÇO

Verificação
de flechas

 COMBINAÇÕES FREQUENTES DE SERVIÇO

Abertura de
fissuras
Fadiga → ψ1 diferenciado

 COMBINAÇÕES RARAS DE SERVIÇO

Formação de
fissuras
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES
Combinações Combinações
últimas de serviço

Tabela 4 NBR 8681 - Ações variáveis consideradas separadamente


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 COMBINAÇÕES FREQUENTES DE SERVIÇO- FADIGA


ESTRUTURAS DE PONTES

Tabela 4 NBR 8681 - Ações variáveis consideradas separadamente


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Coeficientes de minoração da resistência


ESTRUTURAS DE PONTES

A resistência de cálculo fd é dada pela expressão:


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

AÇÕES DINÂMICAS E FADIGA

 Conforme a ABNT NBR 6118 (2014) as ações


dinâmicas podem provocar estados-limites de serviço e
estados-limites últimos por vibração excessiva ou por
fadiga dos materiais;

 As cargas de pontes são basicamente móveis


(dinâmicas) necessitando dessas verificações;

 A verificação à fadiga se faz necessária em função da


constante variação nas solicitações das peças.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

AÇÕES DINÂMICAS E FADIGA

 Estado-limite de vibrações excessivas

 A análise das vibrações pode ser feita em regime linear no caso das
estruturas usuais;
 Para que a estrutura apresente comportamento satisfatório, deve-se
afastar o máximo possível a frequência natural da estrutura (f) da
frequência crítica (fcrit), que depende da destinação da respectiva
edificação.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

AÇÕES DINÂMICAS E FADIGA

 Estado-limite último de fadiga

 A fadiga é um fenômeno associado a ações dinâmicas


repetidas, que no caso da ponte são geradas pelos veículos;
 É um processo de modificações progressivas e
permanentes da estrutura interna de um material submetido a
oscilação de tensões decorrentes dessas ações (ABNT NBR
6118, 2014);
 Pode tornar a estrutura mais deformável e até levar a
ruptura;
 Elementos avaliados quanto à fadiga são os que recebem
diretamente os carregamentos: lajes, longarinas e
transversinas.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

AÇÕES DINÂMICAS E FADIGA

 Estado-limite último de fadiga

 A verificação da fadiga quanto ao ELU pode ser feita


considerando uma única intensidade de solicitação, expressa
pela combinação frequente de ações.

A avaliação pode ser separada em 4 etapas:

A. Ruptura das armaduras longitudinais;


B. Ruptura das armaduras transversais;
C. Esmagamento do concreto;
D. Ruptura do concreto à tração.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

A. Armaduras Longitudinais

Segundo a ABNT NBR 6118 (2014) a fadiga é verificada quando:

onde

γf é o coeficiente de majoração das ações adotado como igual a 1;

∆σSs é o variação máxima de tensão calculada na armadura passiva;

∆fsd,fad é a variação de tensão limite adotada para armadura passiva


(Tabela 23.2 - ABNT NBR 6118/2014).
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

A. Armaduras Longitudinais
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

A. Armaduras Longitudinais

A variação de tensão na armadura pode ser obtida pela equação:

onde
𝒆 representa a razão entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto,
adotado igual a 10, conforme a ABNT NBR 6118/2014;
∆Md,freq é a variação de momentos fletores máximos e mínimos para as
combinações frequentes;
xII corresponde a posição da LN no estádio II de deformação;
III é o momento de inércia em relação ao eixo de flexão no estádio II de
deformação.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

A. Armaduras Longitudinais

Seção Retangular

 Posição da LN estádio II:

 Sem armadura de compressão simplifica-se:


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

A. Armaduras Longitudinais

Seção Retangular

 Momento de inércia no estádio II:

 Sem armadura de compressão simplifica-se:


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

A. Armaduras Longitudinais

Seção T (sem armadura de compressão)

1. Calcular aposição da LN estádio II considerando seção retangular de


dimensões bf x h;

2. xII < hf  LN na mesa: seção retangular com largura bf


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

A. Armaduras Longitudinais

Seção T (sem armadura de compressão)

xII < hf xII > hf


Seção retangular com largura bf Seção T
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

A. Armaduras Longitudinais

Seção T (sem armadura de compressão)

3. xII > hf  LN fora da mesa: Seção T


4. Calcular o valor de xII para seção T:

5. Calcula-se o valor do momento de inércia da seção T no estádio II:


1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

B. Armaduras Transversais

 Pode-se calcular as tensões através dos modelos I ou II:

 Modelo I: Vc multiplicado pelo fator redutor 0,5

 Modelo II: Vc multiplicado pelo fator redutor 0,5 e correção da


inclinação da diagonal de compressão:
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

B. Armaduras Transversais

A variação de tensão nos estribos segundo as combinações


frequentes é dada como:

Ver ∆fsd,fad tabela 23.2 - ABNT NBR 6118/2014 85 MPa ou 65 MPa
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

C. Esmagamento do concreto

onde
ηc é um fator que considera o gradiente de tensões de compressão no
concreto;
fcd,fad representa a resistência de cálculo de compressão do concreto para
efeitos de fadiga;
Σc,máx representa a tensão máxima de cálculo de compressão do concreto
para as combinações frequentes de fadiga.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

C. Esmagamento do concreto

onde
σc1 é o menor valor, em módulo, da tensão de compressão a uma distância
não maior que 300 mm da face sob a combinação relevante de cargas;

σc2 é o maior valor, em módulo, da tensão de compressão a uma distância


não maior que 300 mm da face sob a mesma combinação de carga usada
para cálculo de |σc1|.
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

C. Esmagamento do concreto
1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES
9.2 SEGURANÇA E ESTADOS-LIMITES

 Estado-limite último de fadiga

D. Tração no concreto

 Considerar o concreto no estádio I, determinar a tensão de tração


máxima ct,máx e comparar com a tensão de tração limite do
concreto para efeitos de fadiga fctd,fad.

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