INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DO BARREIRO

MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL

ESTRUTURAS ESPECIAIS

CAPÍTULO 2 – ACÇÕES ESPECÍFICAS DE PONTES

MIGUEL SÉRIO LOURENÇO (ADAPTADO DE PEDRO SALVADO FERREIRA)

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 BASES PARA O PROJETO

TEMPO DE VIDA ÚTIL DE PROJETO (EN 1990)

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 2/33

 BASES PARA O PROJETO

CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES (EN 1990)

➢ Ações permanentes (G):
Peso próprio dos elementos estruturais e não estruturais.

➢ Ações variáveis (Q):

Sobrecargas de utilização, ação do vento e ações térmicas. EN 1991
➢ Ações de acidente (A):
Choque provocado por veículos e explosões.

Assentamentos de apoio e impulsos do terreno (ação permanente)  EN 1997.

Retração e fluência do betão (ação permanente)  EN 1992.

Pré-esforço (P, ação permanente ou variável)  EN 1992.

Ação sísmica (A, ação variável ou de acidente)  EN 1998.

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 3/33

 BASES PARA O PROJETO

Peso próprio dos elementos não estruturais

Guarda
≈ 0.5kN/m
Pavimento rodoviário
Cornija ebet x 20 kN/m3

Travessa Carril Balastro

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 4/33

 BASES PARA O PROJETO

EN 1991-1-1:
(Quadro A.6)

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 5/33

 BASES PARA O PROJETO

EN 1991-1-1:
(§5.2.3)

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 6/33

 BASES PARA O PROJETO

COMBINAÇÃO DE AÇÕES PARA O ESTADO LIMITE ÚLTIMO (EN 1990)

➢ Situações de projeto persistentes e transitórias:

gG gP gQ
Situação
Desfavorável Favorável Desfavorável Favorável Desfavorável Favorável
A – EQU 1,10 0,90 1,30 1,00 1,50 0,00
B – STR/GEO 1,35 1,00 1,30 1,00 1,50 0,00
C – STR/GEO 1,00 1,00 1,30 1,00 1,30 0,00

➢ Situações de projeto acidentais:

➢ Situações de projeto sísmicas:

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 7/33

 BASES PARA O PROJETO

COMBINAÇÃO DE AÇÕES PARA O ESTADO LIMITE DE UTILIZAÇÃO (EN

1990)
➢ Combinação característica:

➢ Combinação frequente:

➢ Combinação quase-permanente:

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 8/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES RODOVIÁRIAS
CAMPO DE APLICAÇÃO (§4 da EN 1991-2): Comprimento da carga inferior a 200 m.

FAIXA DE RODAGEM
➢ Largura (w): w

w
Passeio Passeio

w
Separador temporário

w w

Separador definitivo

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 9/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES RODOVIÁRIAS
PISTAS FICTÍCIAS
➢ Número (nl) e largura (wl):

➢ Localização e numeração: 2m
3m
1: Pista que produz o efeito mais desfavorável
 3m
3: Pista que produz o efeito menos desfavorável
4: Restante área 3m
BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 10/33
 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES RODOVIÁRIAS
CARREGAMENTO VERTICAL
➢ Modelo 1 (LM1):
o Cargas concentradas do veículo tipo (Q) e uniformemente distribuídas (q);
o Usado para verificação global e local;
o Na verificação global o veículo tipo terá que estar centrado na pista fictícia;
o Na verificação local o veículo tipo poderá estar em qualquer posição na pista;
o Valores característicos:

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 11/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES RODOVIÁRIAS
o Geometria: Fatores de ajustamento
(1,0 – valores recomendados no EC1)
4x50 kN 4x100 kN 4x150 kN

9 kN/m2

2,5 kN/m2

2,5 kN/m2

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 12/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES RODOVIÁRIAS
➢ Modelo 2 (LM2):
o Eixo simples (Q) composto por 2x200bQ kN (2 rodados) ou 1x200bQ kN (1 rodado);
o Usado apenas para verificação local;
o Poderá estar em qualquer posição na faixa de rodagem;
o Geometria: Fator de ajustamento
(1,0 – valor recomendado no EC1)
Limite da
Faixa de rodagem
Fator de amplificação dinâmica
adicional (Dj) na proximidade
com juntas de dilatação:
Eixo
longitudinal

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 13/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES RODOVIÁRIAS
➢ Modelo 3 (LM3):
o Modelo de veículos especiais (ver anexo A do EC1-2);
o Usado para verificação global e local.

➢ Modelo 4 (LM4):
o Carga uniformemente distribuída de 5 kN/m2 devido a concentração de pessoas;
o Usado apenas para verificação global.

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 14/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES RODOVIÁRIAS
DEGRADAÇÃO DAS CARGAS CONCENTRADAS NA ESTRUTURA (Modelos LM1 e LM2):

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 15/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES RODOVIÁRIAS
CARREGAMENTO HORIZONTAL
➢ Forças de frenagem e aceleração (±Ql):
o Parcela do carregamento vertical LM1 a atuar na pista fictícia 1;
o Aplicadas uniformemente ao longo do eixo da pista 1 ao nível da faixa de rodagem;
o Valor característico:
Comprimento do carregamento

➢ Força centrífuga (Qt):

o Aplicada radialmente ao longo do eixo e ao nível da faixa de rodagem;
o Valor característico: Raio do eixo da faixa
de rodagem (m)

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 16/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES RODOVIÁRIAS
➢ Outras forças transversais (Qtr):
o Aplicadas simultaneamente com Ql ao nível da faixa de rodagem;
o Valor característico: Qtrk = 25%Qlk

CARREGAMENTOS EM PASSEIOS OU CICLOVIAS

➢ Força uniformemente distribuída (qf): qf
o Valor característico: qfk = 5 kN/m2

➢ Veículo tipo de serviço (Qsv):

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 17/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES RODOVIÁRIAS
GRUPOS DE CARREGAMENTOS

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 18/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES RODOVIÁRIAS
AÇÃO NA GUARDA
o Valor recomendado no EC1: carga uniformemente distribuída de 1,0 kN/m com
direção vertical ou horizontal aplicada ao nível do topo da guarda.

FORÇA NO TOPO DO ENCONTRO

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 19/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES FERROVIÁRIAS
CARREGAMENTO VERTICAL (sem efeito dinâmico)
➢ Modelo 71:

➢ Modelo SW/0 e SW/2:

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 20/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
SOBRECARGAS DE UTILIZAÇÃO EM PONTES FERROVIÁRIAS
➢ Modelo HSLM:
o Comboio tipo para alta velocidade (ver anexo E do EC1-2).

➢ Modelo descarga:
o Carga uniformemente distribuída de 10 kN/m.

EFEITO DINÂMICO  §6.4 DO EC1-2

CARREGAMENTO HORIZONTAL  §6.5 DO EC1-2

AÇÃO AERODINÂMICA DEVIDA À PASSAGEM DO COMBOIO  §6.6 DO EC1-2

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 21/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
AÇÃO DO VENTO
CAMPO DE APLICAÇÃO (§1 da EN 1991-1-4): Vão máximo inferior a 200 m e altura
estrutural inferior a 200 m.

A Norma não fornece orientações para:

o Vibrações de tabuleiros de pontes devidas à turbulência transversal do vento;
o Acções do vento em pontes suspensas ou de tirantes;
o Vibrações em que seja necessário considerar outros modos de vibração para além do
fundamental.

FORÇA EXERCIDA PELO VENTO (Fw)

Coeficientes Área de
estruturais referência
Coeficiente Pressão dinâmica de
de força pico para a altura de
referência Ze
BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 22/33
 AÇÕES VARIÁVEIS
AÇÃO DO VENTO
COEFICIENTES ESTRUTURAIS (cscd)

No caso de pontes rodoviárias e ferroviárias com vão inferior a 125 m, não é necessário,
em geral, utilizar um procedimento de cálculo de resposta dinâmica  cscd poderá ser
considerado 1,0.

COEFICIENTE DE FORÇA EM TABULEIROS (cf)

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 23/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
AÇÃO DO VENTO
➢ Coeficiente de força na direção x (cfx)
o Pontes normais cfx = 1,3 ou 

o Tabuleiros com inclinação

transversal, cfx deverá ser
aumentado de 3% por grau
de inclinação (máx. 25%);
o Tabuleiros com a face
exposta ao vento inclinada
em relação à vertical, cfx
poderá ser reduzido de
0,5% por grau de inclinação
(máx. 30%).

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 24/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
AÇÃO DO VENTO
o Definição da área de referência para forças na direção x (Aref,x = dtotL)

dtot 

o Para combinações de acções com carga de tráfego considerar (dtot - d), caso a área
de referência resultante seja maior: 2 m a partir do nível da plataforma de rodagem
em pontes rodoviárias ou 4 m a partir do nível superior dos carris em pontes
ferroviárias.
BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 25/33
 AÇÕES VARIÁVEIS
AÇÃO DO VENTO
➢ Coeficiente de força na direção z (cfz)
o Pontes normais cfx = ±0,9

o Excentricidade e = b/4;
o Para ter em conta a
turbulência  a = ±5º.

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 26/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
AÇÃO DO VENTO
COEFICIENTE DE FORÇA EM PILARES (cf)
➢ Definidos com base na forma da secção transversal usando as seguintes cláusulas:
o Secção retangular  §7.6;
o Secção poligonal  §7.8;
o Secção circular  §7.9 (coeficientes de pressão).

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 27/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
AÇÃO TÉRMICA
COMPONENTES DA AÇÃO TÉRMICA

Variação
uniforme
Variação diferencial linear
Variação diferencial
não linear

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 28/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
AÇÃO TÉRMICA
VARIAÇÃO UNIFORME DE TEMPERATURA EM TABULEIROS (DTN,con e DTN,exp)

Temperatura inicial
(ver anexo A do EC1-1-5)

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 29/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
AÇÃO TÉRMICA
VARIAÇÃO DIFERENCIAL DE TEMPERATURA EM TABULEIROS (DTM,heat e DTM,cool)
➢ Componente vertical

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 30/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
AÇÃO TÉRMICA
➢ Componente horizontal

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 31/33

 AÇÕES VARIÁVEIS
AÇÃO TÉRMICA
SIMULTANEIDADE DAS COMPONENTES UNIFORME E DIFERENCIAL EM TABULEIROS

VARIAÇÃO DIFERENCIAL DE TEMPERATURA EM PILARES (DTM,heat e DTM,cool)

BASES PARA O PROJETO | AÇÕES VARIÁVEIS 32/33