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TT 402 TRANSPORTES B - PAVIMENTAÇÃO

2. PRINCÍPIOS DE PROJETO E GERÊNCIA DE PAVIMENTOS

2.1. GENERALIDADES

Como já foi comentado anteriormente, o estudo dos pavimentos é caracterizado pela


natureza complexa das variáveis de projeto. No que se refere ao dimensionamento pode-se
relacionar o seguinte:
- Dimensionamento = f (condições do subsolo, propriedades das misturas constituintes;
condições climáticas e ambientais; características do tráfego).
- Condições do subsolo = (resistência) f (γ, h, x, y, z, textura, estrutura, composição;
velocidade de carregamento; grau de confinamento).
- Propriedades das misturas = f (local; clima; vegetação; pluviometria; topografia; variações
de temperatura).
- Características do tráfego = f (cargas; distribuição das cargas; número de solicitação;
composição das cargas; caráter dinâmico das cargas).

Além disso, as cargas (carregamentos) devem levar em conta os efeitos do peso, da


pressão de contato e a distribuição/composição de cargas devem ser consideradas tanto em
relação ao espaço como em relação ao tempo.

O projeto de um pavimento envolve duas fases distintas, que são interrelacionadas:


(a) a fase do projeto da mistura ou das misturas e que constitui o que se chama de
"dosagem";
(b) a fase de projeto estrutural, também chamada de "dimensionamento".

Apesar de uma depender da outra, seus estudos podem ser desenvolvidos em paralelo e
separadamente.

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Isto posto, devemos observar que, em resumo, o estudo dos pavimentos deve considerar e
se basear na análise dos solos e materiais naturais disponíveis, seu comportamento individual e
em misturas, sob a ação dos vários carregamentos e sob a influência das mais variadas
condições climáticas e ambientais.

O estudo dos pavimentos envolve, portanto, a análise de diferentes variáveis interligadas


entre si e de naturezas distintas. Sujeitas a vários tipos de condicionamentos empíricos, a maioria
delas tem que ser estimada através de correlações empíricas, ensaios e medidas diretas, quase
sempre exigindo um tratamento de fundo estatístico.

Depois de identificadas as variáveis influentes, bem como as condições específicas em


que elas atuam, o principal problema consiste em escolher a melhor maneira de combiná-las e,
considerando a sua viabilidade, selecionar os valores a serem utilizados. Essa é a fase crítica de
decisão. Feito isso, decorre naturalmente o projeto em si, constituído pela dosagem dos
componentes das várias camadas e pela determinação das suas respectivas espessuras o que
leva finalmente, depois de procedidos os estudos de custo e das iterações geralmente
necessárias, às especificações construtivas.

 Variáveis de projeto

– Condições ambientais
• Temperatura
• Pluviometria

– Materiais
• Solos
• Agregados
• Aglomerantes

– Tráfego
• Classificação
• Carga por eixo
• Pressão aplicada
• Carga Padrão
• Número de repetições

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Os carregamentos transmitidos aos pavimentos são feitos por meio das rodas dos veículos
e daí a denominação genérica de carga de roda ou carga por roda, para caracterizar esse tipo de
carregamento. As rodas podem se agrupar de várias maneiras dando origem a várias
configurações.

No caso dos caminhões elas vão desde rodas simples a rodas duplas em eixos simples ou
em tandem (com 2 ou mais eixos).

Além disso, a carga máxima permitida por eixo é regulamentada em todos os países. No
Brasil, a carga máxima permitida, por eixo simples é de 10 t por eixo isolado, 17 t em tandem
duplo e 25,5 em tandem triplo.

Em qualquer caso, entretanto, como também será visto a seguir, há sempre a possibilidade
de se reduzir os efeitos dos vários tipos de carregamento a um padrão equivalente único, definido
por uma roda simples, caracterizada por uma carga em termos de força (peso), uma pressão de
contato entre o pneu e a superfície do pavimento e um número esperado de repetições (nº de
aplicações da referida carga) durante a vida útil do pavimento.

Oportunamente serão discutidas com detalhes as maneiras de serem consideradas as


cargas de projeto. Neste ponto vale a pena dizer apenas que o modelo mais simples e mais
utilizado como carregamento é o representado por uma carga uniformemente distribuída em uma
superfície circular de raio R, de tal forma que:
P
σo =
πR 2

Em que P é a carga por roda (peso que atua na roda) e σo é a pressão de contato.

A pressão de contato é em geral adotada como sendo igual à pressão de inflação do pneu,
em primeira aproximação. Essa hipótese seria válida apenas no caso de se desprezar o efeito das
paredes dos pneus ou para certo intervalo de pressões em determinadas circunstâncias. Para
baixas pressões de pneu, a pressão de contato sob as paredes do pneu poderá ser maior que a
pressão de contato no centro do carregamento e para altas pressões pode se dar o inverso.

Além disso, a carga, na realidade, não se distribui sobre uma área circular, mas sobre uma
área aproximadamente elíptica. Apesar de atualmente já se contar com recursos suficientes para
poder ser considerado um carregamento de distribuição não uniforma sobre uma área não
circular, o modelo circular uniforme se justifica por ser mais simples e portanto complicar menos
as análises e porque as indeterminações quanto à forma da distribuição, bem como quanto às
dimensões da elipse a ser considerada ainda são grandes e sua conceituação pouco definida.

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CONFIGURAÇÃO E CARGAS
MÁXIMAS LEGAIS
• “ Lei da Balança “

CARGA MÁXIMA (tf)


EIXO

ESRS 5,0

ESRD 10,0

ETD 17,0

ETT 25,5

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CLASSIFICAÇÃO DA FROTA
CIRCULANTE
SÍMBOLO CONFIGURAÇÃO DESCRIÇÃO
AUTOMÓVEL

UTILITÁRIO
2C ÔNIBUS
2C CAMINHÃO RIGIDO
3C CAMINHÃO RIGIDO
4C CAMINHÃO RIGIDO
2S1 SEMI-REBOQUE

2S2 SEMI-REBOQUE
2S3 SEMI-REBOQUE
3S2 SEMI-REBOQUE
3S3 SEMI-REBOQUE
2C2 REBOQUE
2C3 REBOQUE

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PARÂMETROS DE TRÁFEGO
 Número equivalente de operações do eixo padrão
de 8,2 t (N)
N = Vt . FE . FC

Vt - volume total de tráfego durante o período de


projeto numa faixa de tráfego
FE - fator de eixos ( média ponderada das % dos
diversos tipos de eixos )
FC - fator de equivalência de carga para eixo padrão de
8,2 t

Vt = 365 . Vm . P

Vm - volume diário do ano médio numa faixa de tráfego


(TMDA)
P - número de anos de projeto
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2.2. CRITÉRIOS DE FALHA OU RUPTURA

Em pavimentos costuma-se distinguir dois tipos de ruptura:


(a) a ruptura estrutural, que seria a ruptura propriamente dita, ou seja, aquela considerada
por colapso ou quebra estrutural do pavimento ou de qualquer parte do pavimento, de tal forma a
torná-lo inoperante por falta de condições de resistir às solicitações impostas pelo tráfego;
- Ruptura própria / dita
- Pavimento não resiste as solicitações do tráfego
Ex. Afundamentos plásticos e trincamentos por fadiga (couro de jacaré)

TRINCAMENTOS INTERLIGADOS COM EROSÃO E AFUNDAMENTO AFUNDAMENTOS PLÁSTICOS

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(b) a ruptura chamada funcional é a ruptura que, acompanhada ou não de ruptura


estrutural, torna o pavimento inoperante por falta de funcionalidade, ou seja, o pavimento deixa de
funcionar adequadamente devido à diminuição do conforto, à necessidade de diminuição de
velocidade ou à indução de esforços suplementares nos veículos.
- Falta de funcionalidade afeta conforto, segurança, operação dos veículos,
economia.
Ex. irregularidade longitudinal, afundamento por consolidação, desgaste.

AFUNDAMENTOS POR CONSOLIDAÇÃO DESGASTE / EXSUDAÇÃO / CORRUGAÇÃO

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PRINCÍPIOS DE PROJETO E GERÊNCIA /5


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Se a ruptura funcional nem sempre implica na estrutural, a estrutural sempre acaba sendo
também funcional, o que nos leva à consideração de que, em última análise, a preocupação final é
sempre com a ruptura funcional.

O critério de avaliação do comportamento dos pavimentos se baseia, portanto, em


aspectos funcionais e como estes são subjetivos, dependendo da opinião pessoal dos usuários,
resulta que a avaliação do estado de um pavimento é uma questão subjetiva.

A análise da ruptura estrutural, entretanto, deverá ser colocada em termos objetivos e


quantitativos, havendo, portanto, necessidade, para uma análise global, de junção criteriosa das
duas conceituações.

Para finalizar este item temos a dizer que as causas principais das rupturas podem ser
agrupadas em 4 categorias:
a) Sobrecargas, que podem se dar tanto por excesso de peso, como por excesso de
pressão de pneus ou do número de repetições de carga;
b) Condições climáticas e ambientais adversas, não contempladas adequadamente na
fase de projeto ou ocorridas dentro dos riscos assumidos;
c) Defeitos construtivos, decorrentes em geral da falta de controle de qualidade ou da
falta de conhecimentos;
d) Falta de manutenção em níveis inadequados.

Causas principais de ruptura (falha)

- peso / roda
1 – Sobrecargas - pressão dos pneus
- nº. repetições
2 - Condições Climáticas - umidade elevada
Adversas - gradiente térmico
3 - Falta de Conservação
- conhecimento técnico
4 - Defeito Construtivos - controle de qual.
- má execução (operação e mistura)

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2.3. SERVENTIA E DESEMPENHO

- SERVENTIA: Medida de habilidade do pavimento em servir o tráfego que utiliza a rodovia


- DESEMPENHO: Medida da mudança da serventia ao longo do tempo
- PISTA EXPERIMENTAL DA AASHO – Ottawa / Illinois 1958-1960 – 6 pistas

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 SERVENTIA E DESEMPENHO

Serventia
(PSI)

Tráfego

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PSR – Opinião de usuários (subjetiva)


PSI – Interpretação física da serventia (objetiva)
PSI = 5,03 – 1,91 log (1+SV) – 1,38 RD-2 – 0,01 (C+P)
Correlação com PSR: R2 = 0,844
Correlação com SV: R2 = 0,81 (95% da serventia)
SV → IRI ∴ PSI = 5 x e-(0,04 IRI)

A tendência mais recente tem sido a de se procurar quantificar, por meio de medidas e
ensaios adequados, uma escala arbitrária qualitativa baseada em ponderações de vários tipos de
usuários. Dentro dessa linha de idéias surgiu durante a realização do Ensaio AASHO, o conceito
de serventia.
O Índice de Serventia Atual é baseado em uma escala qualitativa construída através de
opinião de vários usuários. Sobre essa escala de opiniões foi associada uma escala numérica
variando de 0 a 5, em que 0 indica um pavimento totalmente destruído ou inaceitável e 5 seria o
valor correspondente a um pavimento perfeito.
Definida a escala, foram desenvolvidos ensaios para a medida de certas características
julgadas associadas ao comportamento do pavimento e que combinadas adequadamente por
meio de uma equação experimental, fornecesse o índice numérico correspondente à escala de
opinião.

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Atualmente os ensaios utilizados ou as medidas efetuadas dizem respeito principalmente à
irregularidade longitudinal, intensidade de trincamento e a profundidade média das trilhas
provocada pelas rodas.

Cumpre ainda observar que o conceito de ruptura associado a essa escala, ou seja, o valor
considerado como mínimo aceitável na escala 0 a 5, varia também com o tipo de pavimento e o
tipo de estrada.

2.4. DIRETRIZES DE PROJETO

- Serventia (PSI)
- Espessura necessária (estrutura do pavimento)
- CBRSL (tipo de subleito)
- Tráfego (idade)
- Nível de conservação
- Qualidade da construção
- Grau de deterioração
- Política de reabilitação

Por uma série de fatores, a serventia diminui com a utilização do pavimento, ou seja, a
serventia decresce com o tempo. A lei da variação desse decréscimo depende do tipo de
pavimento, das condições de suporte do subleito, das condições de tráfego e do nível de
manutenção.

As variáveis de interesse no projeto de pavimentos se resumem em: serventia, espessura


necessária de pavimento, suporte do subleito (C.B.R.), nível ou política de reabilitação e o tráfego
(associado ao tempo).

Partindo de um nível inicial, a serventia cai com o decorrer do tempo e a ação do tráfego,
até atingir o nível mínimo num tempo t1, função das características da estrada. Com um nível de
manutenção digamos normal, o decréscimo de serventia é mais lento fazendo com que se atinja o
nível mínimo num tempo t'1 > t1.

Atingindo o nível mínimo aceitável, para que não haja deterioração total do pavimento é
necessária à execução de serviços de reabilitação mais importantes (reforço, recapeamento,
restauração, etc.), de forma a reconduzir a serventia ao seu nível inicial. Esses ciclos se repetem
ao longo da vida do pavimento e deixa clara a influência da manutenção/reabilitação.

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A espessura do pavimento necessária varia linearmente com o logaritmo do tráfego


acumulado, sendo a variação mais sensível (coeficiente angular da reta maior) para o caso de
menor capacidade de suporte de subleito. Como o tráfego acumulado é função do tempo, a
espessura necessária pode ser colocada em função do tempo. A influência da capacidade de
suporte de subleito na espessura do pavimento e, consequentemente no seu custo, é evidente.

Para um tráfego acumulado correspondente ao tempo t1, seria necessário uma espessura
e1, que terá condições de suportar até o tempo t1, sem levar em conta as necessidades de
manutenção. A partir de t1 a espessura e1 é insuficiente, havendo necessidade de um reforço que
aumente a espessura para e2, que será por sua vez suficiente até o tempo t2, e assim por diante.

Tal esquema é denominado de construção por etapas e permitiria uma aplicação de capital
menor no início de construção. Isto é, permitiria um investimento menor inicial à custa de uma
inversão maior em restauração a ser somado ao custo da manutenção normal para manter a
serventia em níveis adequados.

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Juntando-se os fatos acima, concluímos que as possibilidades de enfoque a serem dadas


no projeto de um pavimento são muitas, dependendo, fundamentalmente, da política de
investimentos a ser seguida.

Considerando que as atividades de recapeamento ou restauração representam parcelas


mais importantes em termos de custo de reabilitação do pavimento propriamente dito, poderíamos
finalmente considerar que o custo inicial cresce com o intervalo necessário ao recapeamento. Isto
é, um pavimento melhor e de maior espessura, portanto mais caro, implicará na necessidade de
recapeamentos a intervalos maiores, seja porque demorará mais para atingir o nível de serventia
mínimo, seja porque tem maior capacidade de suportar o tráfego acumulado.

Os custos anuais de reabilitação, por outro lado, serão tantos menores quanto maior o
intervalo de recapeamento, variando, portanto, em sentido contrário ao do custo inicial.

O custo total ou global, considerando valor presente ou anual equivalente, deverá


apresentar um valor ótimo corresponde ao valor mínimo da soma entre os custos iniciais e os de
reabilitação.

A análise feita foi simplificada de forma a apenas salientar os fatores condicionantes à


fixação das diretrizes básicas a serem consideradas no projeto de um pavimento, em termos de
custo, e para evidenciar os vários níveis de decisão envolvidos.

O problema do projeto de um pavimento é, portanto, um problema de minimização de


custo total, no qual estão envolvidas muitas variáveis de naturezas diversas, onde a decisão do
engenheiro é fundamental e que, para melhor ser obtida, deve contar com os recursos de análise
de sistemas, isto é, necessita de um enfoque sistêmico.

- Os enfoques são diversos e dependem da política de investimentos


1º) ↑ custo inicial ⇒ ↓ custo M/R ⇒ afeta custo operacional ↓
(+ espessuras) (- intervenções)

2º) ↓ custo inicial ⇒ ↑ custo M/R ⇒ afeta custo operacional ↑


(- espessuras) (+ intervenções)

Custo Global = CC + CMR + COP

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A diretriz de projeto é uma decisão negociável que depende da comparação entre custos
de construção, conservação e operação dos veículos, porém deve-se buscar o pavimento ótimo
que é aquele do custo total mínimo.

INFLUÊNCIA DA POLÍTICA DE REABILITAÇÃO

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2.5. GERÊNCIA DE PAVIMENTOS

→ Rede de pavimentos é constituída de milhares de projetos individuais ou concepções de


projeto
→ Cada projeto individual exige processo contínuo de gerenciamento de uma série de
atividades

→ Atividades de Gerência
“SISTEMA INTEGRADO”
Realimentação

MANUTENÇÃO MONITORAMENTO
PLANEJAMENTO PROJETO CONSTRUÇÃO
REABILITAÇÃO DESEMPENHO

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→ Objetivo: “EFICIÊNCIA” MELHOR TÉCNICA


MENOR CUSTO GLOBAL (LONGO PRAZO)

→ Custo de Ciclo de Vida ou Custo Global


Custo Global = C. Construção + C. Manutenção + C. Reabilitação.
+ C. Operação dos Veículos + C. Tempo de Viagem.
+ C. Acidentes – Valor Residual

AVALIAÇÃO ECONÔMICA

 Custos do órgão rodoviário

- Custos iniciais da construção

- Custos futuros de reabilitação

- Custos de conservação rotineira ao longo do


período de projeto

- Valor residual ao final do período de projeto

- Custo de Engenharia e administração

- Custo e controle de tráfego e operação da rodovia

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AVALIAÇÃO ECONÔMICA
 Custos do usuário

- Tempo e viagem

- Operação do veículo

- Acidentes

- Falta de conforto

- Atrasos e custos suplementares durante as operações


de reabilitação do pavimento

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AVALIAÇÃO ECONÔMICA

 BENEFÍCIOS ECONÔMICOS
Referem-se as vantagens, privilégios e/ou reduções de custo que
ocorrem aos usuários, por meio da adoção de uma determinada
alternativa quando comparado com a escolha de outra

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COMPARAÇÃO ENTRE ALTERNATIVAS


DE PAVIMENTAÇÃO
1- Identificar as alternativas viáveis tecnicamente que devem ser
consideradas

2- Determinar o período de análise que será usado para a


determinação da melhor alternativa

3- Definir o fluxo de caixa para cada alternativa incluindo todos os


custos (e benefícios) possíveis

4- Selecionar a taxa de desconto (ou variação da mesma) mais


apropriada para a avaliação

5- Comparar o orçamento disponível com o fluxo de caixa para


cada alternativa

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COMPARAÇÃO ENTRE ALTERNATIVAS


DE PAVIMENTAÇÃO

 6- Verificar as alternativas que atendem o critério inicial de


decisão para aceitação (algumas alternativas podem ser
eliminadas neste ponto). Os métodos recomendados para
avaliar a aceitação de uma alternativa nesta etapa são o valor
presente líquido e seus derivados.

 7- Selecionar entre as alternativas viáveis a mais atrativa do


ponto de vista econômico , isto é, aquela que maximiza o valor
presente líquido.

 8- Realizar uma análise de sensibilidade examinando o efeito


de variações em todas as suposições iniciais e seus impactos
na decisão de aceitação e rejeição final (por exemplo, taxa de
desconto e estimativas de custos e/ou benefícios futuros).

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PRINCÍPIOS DE PROJETO E GERÊNCIA /14


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COMPARAÇÃO ENTRE ALTERNATIVAS DE
INVESTIMENTO

 Método do Valor Presente Líquido: transferência para o instante


presente de todas as variações de caixa esperadas, descontadas a
uma taxa mínima de atratividade

n
VPL = ∑ Xj onde i = taxa de desconto
j = 0 (1+i)j

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PRINCÍPIOS DE PROJETO E GERÊNCIA /15

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