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Sistema MKS
Força – kilograma-força [kgf]
Massa – kilograma [kg]
Comprimento –metro [m]
Tempo – segundo [s]
Temperatura – Kelvin [K]
m ⋅ kg
g c = 9,806
kgf ⋅ s 2
Nesse sistema tanto a força [F] como a massa [M] são dimensões primárias, neste caso
existe a constante de proporcionalidade gc. A Segunda Lei de Newton fica
ma ML
F= → gc 2
gc Ft
Primeiras Propriedades Físicas
Conceituação Qualitativa de Fluido
- Sólido;
- Líquido;
- Gasoso.
m
ρ=
V
Onde: ρ – massa específica
m – massa do fluido
V – volume do fluido
Unidade: M/L3
W
γ =
V
Onde: γ – peso específica
m – peso do fluido
V – volume do fluido
Unidade: F•L-3
Densidade Relativa ou Densidade (δ)
= =
Referência:
Líquido – água a 4ºC (1000 kg/m3 )
Gás – ar a 0ºC e 1 atmosfera (1,22 kg/m3 )
1 V
Vs = =
γ W
Onde: Vs – Volume Específico
γ – peso específica
m – peso do fluido
V – volume do fluido
Unidade: F-1L3
µ)
Viscosidade (µ
• Viscosidade Cinemática
µ
ν=
ρ
Unidade = L2T-1
Onde:
∆F = Esforço devido ao contato físico
∆N = Componente Normal de ∆F
∆T = Componente Tangencial de ∆F
W = Peso da porção fluida (espaço de massa)
→ →
→ ∆ N d N
p = lim →
= →
∆ A → 0
∆ A dA
Lei de Pascal
Em X
∗ ∗ = ∗ ∗
=
Como
=
Analogamente
Em Z
∗ ∗ = ∗ ∗ −
∗ ∗ = ∗ ∗ − ∗ ∗ ∗ ∗
=
= = =
E desprezando o peso
Velocidade corresponde a uma tensão tangencial e depende da viscosidade.
• Tensão Superficial
r
Tubos Capilares
σ σ
α α
W = m.g = ρ.V.g = ρ.g.π.r2.h
F = 2.π.r.σ.cosα (resistencia)
Como o peso é sustentado pela tensão superficial
W=F
2.σ . cosα
h=
γ .r
Coesão e Adesão
Adesão – é o esforço entre o líquido e o recipiente
Coesão – é o esforço entre as moléculas do líquido
Água
Adesão > Coesão
Mercúrio
Adesão < Coesão
Álcool
Adesão = Coesão
Cavitação
Golpe de Aríete
Água parada,
comprimida
k
Ponto P
(pressão P)
dy
dz
dx
j
i
y
x
- Forças em x
− +
dz
P
dx x
− ! ∗ = + ! ∗
2 2
Logo =0
- Forças em y
− +
dz
P
dy y
− ! ∗ = + ! ∗
2 2
Logo =0
- Forças em z
+
z
dz g W=γ*dx*dy*dz
P
dx x
− ! ∗ =# + ! ∗ $+% ∗ ∗ ∗ &
2 2
simplificando
=−
Plano de Carga
p = p 0 − γz ⇒ p 0 = p + γz
p atm = p 0 − γ z 0 ⇒ p 0 = p atm + γ z 0
Logo
p + γz = p atm + γz 0
dividindo por γ
p p atm
+z= + z0 = H
γ γ
Onde:
z é a carga de pozição ou altimétrica
p/γ é a carga piezométrica ou de pressão
H é a carga total
Vasos de pressão
Fluido Imiscível e imcompressivel sobreposto
( ã *+ = ,-. + / ℎ/ + ℎ + 1 ℎ1
Diagrama de Pressões
Exemplo 1 – Um reservatório aberto, cuja cota de fundo é 475 em relação ao nivel do mar,
possui 3 m de altura de lamina de água. A esse reservatório se encontra conectado uma
tubulação que passa por um ponto intermediário a cota 450 e termina em um registro, na
cota é 457. Determine:
a) a pressão medida no ponto intermediário e no registro;
b) o nivel do reservatório caso se deseja a pressão minima no registro de 3 kgf/cm2;
c) no caso de se manter o nivel inicial e fechar o reservatório mantendo ar
pressurizado na superfície, qual devera ser a pressão desse ar.
Exemplo 2 – Um reservatório, com 1 m de altura e area da base igual a 0,4 m2, possui 30
litros de água, 30 litros de oléo (δ=0,78) e 30 litros de glicerina (δ=1,26). Determine a
pressão no fundo do reservatório, lida em um manometro de boudon em kgf/cm2 e Pa.
Re: h=0,075 m; Pf=2236,68 Pa; Pf=228kgf/m2; Pf=0,0228 kgf/cm2
- Piezometro
= ,-. + ℎ
- Manômetro em U
= ,-. + ℎ = ,-. − ℎ
- Manômetro em U inclinado
= ,-. + 2
- Manômetro de Boudon
- Transdutor de pressão
- Barometro de Torricelli
,-. = ℎ
- Manômetro diferencial em U
3 − 4 = ℎ% − /&
3 − 4 = ℎ
EXEMPLO 1
Um piezômetro de tubo inclinado, desenho abaixo, é usado para medir a pressão no interior
de uma tubulação. O líquido do piezômetro é um óleo com γ = 800 kgf/m3. A posição
mostrada na figura é a posição de equilíbrio. Determinar a pressão no ponto P em kgf/cm2,
mm Hg e m H2O.
PP = Pa
z
h
Equilíbrio Relativo
Porção Fluida Acelerada por uma Força Vertical
Se está em equilíbrio
, 1 10
- = = →,= = 1,67 ./
6 6
Segunda Hipotese – Qual o volume de fluido irá transbordar caso a aceleração seja de
2 m/s2.
, < 2∗6
- = = →<= = 1,2 .
6 10
Segunda Hipotese – Qual o volume de fluido irá transbordar caso a aceleração seja de
3 m/s2.
, < 3∗6
- = = →<= = 1,8 .
6 10
Logo o real é:
, 1,5 1,5 ∗ 10
- = = →M= = 2,5 .
M 6
N@ = ∗ 1,5.
Pressão máxima
<,
- = =
→ < = 0,3 ∗ M
M
∀@? = 6 ∗ 2 ∗ 0,5 = 6.1
∗<
∀@? = 6 = ∗2→M∗< =6
2
X=4,47 m e Y=1,34 m
, ∆ℎ
- = = → ∆ℎ = 0,46.
6−M
N@ = ∗ %1,5 + ∆ℎ&
Quinta hipótese – qual a maxima pressão quando o reservatório estiver cheio de fluido e
acelerado a 3 m/s2.
, ∆ℎ
- = = → ∆ℎ = 0,3 ∗ 6 = 1,8.
6
N@ = ∗ %1,5 + ∆ℎ&
− +, ( =0
,
= (
R (
= (
T U
R (
S =S (
R ∗(
'=
2
Volume do Paraboloide
∀V@?@CDHDF WX3∗
∀V@?@CDHDF WXY? Z ∗
=,∗( → = 2,( (
Como
∀V@?@CDHDF WXY? Z∗ @? ?
Substituindo
∀V@?@CDHDF WX Y? [ ?
∀
S ∀
]
V@?@CDHDF WX\^ @ Y? [ ?
,_` a
∀V@?@CDHDF W =
2
_` ∗ '
Como Z=aR2
∀V@?@CDHDF W =
2
Bombas Centrífugas
Motor
Superfície
x Piezométrica
Recalque
ω
Bomba
Sucção
Recipiente
de água
2m
2m
Exercício 2 – Qual a pressão encontrada no centro e nas bordas de um reservatório
cilíndrico, que contém água, se este gira em torno de seu eixo geométrico a uma velocidade
angular de 8 rad/s. Resposta: Pcentro=2975 kgf/m2; Pborda=5025 kgf/m2
6m S
4m
1,6 m
θ
h
dA
y’
x’
y
Não havendo tensão cisalhante num fluido em repouso, a força hidrostática é normal a
bc = d
superfície.
= + ℎ
bc = % + ℎ& d
ℎ=
bc = d+ d
bc = d+ G d
y ´ FR = ∫ A ypdA
ao eixo x
e
d=f
Pelo teorema dos eixos paralelos I xx = I x x + Ay c2 onde f g g é o momento de inércia da área
fg g
e
= +
Gd
G
x´ FR = ∫ A xpdA
I xy
x' =
Ayc
Pelo teorema dos eixos paralelos I xy = I x y + Ax c y c onde Ixy é o produto da inércia da área
fg g
e
= +
Gd
G
Exercício 1 – Um tampão, com 4 cm de diâmetro, colocado na lateral de um reservatório
suporta a força máxima de 25 N. Nessa condição determine a deflexão do manômetro de
mercúrio (δ=13,6) instalado reservatório.
Glicerina
2m
A
1m
B 60º
• Força hidrostática sobre superfície curva submersa
bc = d
Força horizontal
= + ℎ
bc = % + ℎ& d
ℎ=
bc = d+ d
bc = d+ G d
fg g
Ponto de aplicação da força horizontal
e
= +
Gd
G
bh = d
Força Vertical
= + ℎ
bh = % + ℎ& d
bh = d+ ∀@GFN@ @ GE?i@
Ponto de aplicação da força vertical
x, é o centro de massa do volume acima da curva
B=largura
bh = @>N ∗d+ ∀@GFN@ @ GE?i@
_`
Considerando Patm=0
bh = j ∗ kl
4
4R
x, =
3π
Considerando Patm=0
_`
bh = j ∗ kl
4
4R
x, =
3π
bh = @>N ∗d+ ∀@GFN@ @ GE?i@
_`
bh = p%` ∗ k & − j ∗ klq
4
r s = 0 → bc ∗ e
= bh ∗ e
r s = 0 → bc ∗ e
= bh ∗ e
Comportas Segmento
• Muito utilizado na engenharia (ex. barragens);
• Contrapeso na extremidade oposta reduz ao mínimo o esforço para manobra;
• A linha de ação da pressão passa sempre pelo eixo de rotação .
bh = ∀@GFN@ @ GE?i@
t ` ∗`
bh = #w _` kx − ∗ k!$
360 2
bc = G d
` t
bc = ∗ %` t ∗ k&
2
bh = ∀@GFN@ @ GE?i@
u` + %` − ` &v ∗ ` t
bh = pj ∗ kl − w _` kxq
2 360
bc = G d
` t
bc = ∗ %` t ∗ k&
2
bh = ∀@GFN@ @ GE?i@
} = IHEF D ∗ ∀BECNW?BD
fC@BW
~~~~~
s} =
∀BECNW?BD
O que é Escoamento?
Trajetória
x y
Linha de Corrente
z
Partícula no
Partícula no instante t3
Partícula no
instante t1
instante t2
x y
Linha de Emissão
Linha definida pela sucessão de partículas que tenham passado pelo mesmo ponto.
Método de Euler
Esse método consiste em adotar um intervalo de tempo, escolher uma seção ou volume
de controle no espaço e considerar todas as partículas que passem por essse local.
Classificação Geométrica do Escoamento dos Fluidos
Escoamento Tridimensional: As grandezas que regem o escoamento variam nas
três dimensões.
UD
Re =
ν
• Generalização do Conceito de Número de Reynolds
UL
Re =
ν
Onde L=4Rh (L- diâmetro hidráulico)
• Viscosidade Turbulenta
τ = (µ + ε t )
dv
dy
• εt = viscosidade turbulenta
• εt cresce com o aumento da velocidade
• em velocidades muito elevadas µ é desprezível
Equação da Conservação da Massa
Conservação de massa
dM
=0 dN ∂ → →
dt sistema e = ∫ vc ηρd∀ + ∫ sc ηρ V d A
dt sistema ∂t
como N = M e η = 1
dM ∂ → →
= ∫ vc ρd∀ + ∫ sc ρ V d A = 0
dt sistema ∂t
• Casos especiais
a) escoamento incompressível (ρ é constante)
∂ → → ∂ → →
0=ρ ∫ vc d∀ + ρ ∫ sc V d A = (÷ ρ ) = ∫ vc d∀ + ∫ sc V d A
∂t ∂t
b) para um volume de controle não deformável (V é constante) e escoamento
permanente
%•d&B@F @€ %•d&WA>?@ @ = 0 → • = •d
→ →
0 = ∫ sc V d A
Onde Q é a vazão volumétrica (m3/s), V é a velocidade média (m/s) e A é a área (m2)
c) escoamento permanente e compressível
% •d&B@F @€ % •d&WA>?@ @ = 0 → ‚ = •d
→ →
0 = ∫ sc ρ V d A
D=225 mm
D=125 mm
D=150 mm
D=200 mm
∂ →
Para um escoamento permanente a parcela ∫ V ρd∀ é igual a zero. Assim a equação fica
∂t VC
→ → → → →
FS+ FB = ∫ V ρV d A
SC
Lista de Exercícios
1 – A água que sai de um bocal atinge uma placa plana. A água deixa o bocal a 10 m/s, e a
área do bocal é de 0,005 m2. supondo que a água seja dirigida normal a placa e que flui ao
longo desta, determine a força horizontal sobre o suporte.
2 – Um recipiente de metal com 0,6 m de altura e seção interna de 0,1 m2, possui massa de
2,5 kg quando vazio. O recipiente é colocado sobre uma balança e água é escoada para seu
interior através de uma abertura no topo e para fora através de duas aberturas iguais nas
laterais. Sob condições de escoamento permanente, a altura de água do tanque é h=0,5 m.
Determine a leitura da balança.
1
2 2
Dados: A1=0,01m , V1=1,5 m/s e A2=A3=0,01m .
3 2
Balança
3 – Água escoa em regime permanente através de um cotovelo redutor de 90o. Na entrada
do cotovelo a pressão absoluta é de 221 kPa e a área da seção transversal é 0,01 m2. Na
saída a área da seção transversal é 0,0025 m2 e a velocidade é 16 m/s. O cotovelo
descarrega para a atmosfera. Determine a força necessária para manter o cotovelo no lugar,
considerando a massa do cotovelo seja de 0,5 kg e o volume no interior do cotovelo seja de
8 l.
Equação de Bernoulli para Fluidos Ideais
A equação de Bernoulli é derivada da equação da conservação da quantidade de movimento
para escoamento do tipo:
• Escoamento permanente;
• em uma linha de corrente;
• fluido incompressível;
• escoamento sem atrito.
∂ →
∫ V ρd∀ = 0 escoamento permanente
∂t VC
∫ V ρV dA = [(V
sc
s +`dVs )ρ (V s +`dVs )( A +`dA)] − (Vs ρVs A)
Vs ρdVs A + dVs ρV s A + V s ρV s dA
Logo fica
dpdA dA
− (dpA) − 2 − (ρgAdz ) + ρg 2 dz = (Vs ρVs A) + (Vs ρdVs A) + (Vs ρVs dA) + (Vs ρdVs dA)
+ (dVs ρVs A) + (dVs ρdVs A) + (dVs ρVs dA) + (dVs ρdVs dA) − (Vs ρVs A)
Restando
[− (dpA)] − [(ρgAdz )] = (Vs ρdVs A) + (Vs ρVs dA) + (dVs ρVs A)
Bernoulli entre 1 e 2
•/ • •
'/ + + =' + + →ℎ=
/
2 2 2
• = ƒ2 ℎ
Medidor Venturi
•3 •4
Bernoulli entre A e B
'3 + + = '4 + +
3 4
2 2
Como os dois pontos estão a mesma cota ZA=ZB
•4 •3
− = −
3 4
2 2
_ ∗ „3 _ ∗ „4
Como Q=VA
•3 ∗ = •4 ∗
4 4
„4
•3 = ! ∗ •4
„3
„4 a
•3 = ! ∗ •4
„3
2∗ ∗ℎw − 1x
Substituindo
•4 = … /
†
„ a
1 − w 4x !
„3
Manômetro em U invertido
•3 •4
Bernoulli entre A e B
'3 + + = '4 + +
3 4
2 2
Como os dois pontos estão a mesma cota ZA=ZB
•4 •3
− = −
3 4
2 2
_ ∗ „3 _ ∗ „4
Como Q=VA
•3 ∗ = •4 ∗
4 4
„4
•3 = ! ∗ •4
„3
„4 a
•3 = ! ∗ •4
„3
Substituindo
2∗ ∗ℎ
•4 = … †
„4 a
1−w x !
„3
p V2
H = z+ + + ∆hf
γ 2g
2 •
- Equação Universal ou de Darcy-Weisbach
∆ℎ = * ∗ ∗
„ 2
Onde: f é o fator de perda de carga;
L é o comprimento da tubulação;
D é o diâmetro da tubulação;
V é a velocidade média do escoamento;
g é a aceleração da gravidade.
f = 0,316. Re −0, 25
- Equação de Colebrook
1 k 2,51
= −2. log +
f 3,7.D Re f
- Equação de Nikuradse
1 D
= 1,14 + 2. log
f k
Ábaco de Moody
Outras equações:
U2
hf = k
2g
E através desta equação pode-se chegar a valores de comprimento equivalente (leq) que
2Wo •
correspondem aquele que causa a mesma perda de carga devido a uma dada singularidade.
∆ℎI = * ∗ ∗
„ 2
• A camada limite turbulenta cresce mais rapidamente que a camada limite laminar.
• Ponto de separação – forma uma esteira viscosa atrás dos pontos de separação
Forças atuantes
• Cisalhamento – tangente a superfície do corpo
• De Pressão – normal a superfície do corpo
Forças resultantes
• Força de arrasto – paralelo ao escoamento
• Força de sustentação- perpendicular ao escoamento
Camada Limite
Conceito introduzido por Ludwig Prandtl, alemão estudioso de aerodinâmica, em 1904.
Prandtl, pelas dificuldades de utilizar as equações de Navier-Stokes, dividiu o escoamento
viscoso em duas regiões, uma perto das fronteiras solidas e outra cobrindo o restante do
escoamento.
Para cálculo
Transição Rex=500.000
Para o escoamento com velocidade de 30 m/s de ar, a transição ocorre aproximadamente
x=0,24m.
Espessura da camada limite
Camada Limite Laminar de Placa Plana: Solução Exata
Para escoamento bidimensional, permanente, incompressível, com gradiente nulo, as
equações que regem o escoamento são:
Assim, chega-se
5 5x
δ≈ ≈
U Re x
νx
A tensão de cisalhamento na parede é dada por
∂u
τw = µ
∂y y =0
d2 f
τ w = µU Uνx 2
dη η =0
Assim
U 0,332 ρU 2
τ w = 0,332U ρµ =
x Re x
Coeficiente de cisalhamento
τw 0,664
Cf = =
1 Re x
ρU 2
2
ρU 2
Arrasto = C f l
2
Onde Cf é o coeficiente de cisalhamento, ρ é a massa específica, U é a velocidade fora da
camada limite, e l é a área por largura unitária.
• Para 400.000<Re<4.000.000
−1
C f = 0,072 Re x 5
• Para 5x105<Re<107
−1 1700
C f = 0,072 Re x 5 −
Re x
• Para 106<Rex>109
0,455
Cf =
(log Re x )2,58
• Condução
A transferência de energia por condução ocorre por dois mecanismos:
o Interação molecular – maior movimento das moléculas em níveis de maior
energia (temperatura) concede energia para moléculas adjacentes com níveis
de energia menor (líquidos, gases e sólidos)
o Elétrons livres – os metais mais puros possuem maior concentração de
elétrons livres e com isso possuem maior capacidade de condução.
Como pode ser observado a condução é um fenômeno molecular. A equação que descreve
o fenômeno é a de Fourier (1822):
qx dT
= −k
A dx
Onde qx é a taxa de transferência de calor em x [Watts ou Btu/hr]; A é a área norma a
dT
direção do fluxo de calor [m2 ou ft2]; é a gradiente de temperatura na direção x [K/m
dx
ou °F/ft]; e k é a condutividade térmica [W/mK ou Btu/hr ft °F]
• Convecção
A transferência de calor por convecção envolve a troca de energia entre a superfície e
um fluido adjacente. Existem dois tipos:
o Convecção forçada – onde o fluido passa pela superfície devido a atuação de
um agente externo (bomba ou abanador);
o Convecção livre – onde o aquecedor (ou refrigerador) promove a circulação
do fluido próximo a superfície devido a diferença de densidade promovida
pela diferença de temperatura.
A transferência de calor por convecção, expressa pela primeira vez por Newton (1701), é a
‚ = ℎd%‡ˆ − ‡‰ &
referida lei de Newton de resfriamento:
Placa Plana
‹d
‚= %‡/ − ‡ &
Onde k é a condutividade, A é a área, e é a espessura, T1 e T2 são temperaturas.
`=
Resistência a transferência de calor
‹d
%‡/ − ‡ &
‚=
∑` • - •,
Cilindro Oco Longo
O fluxo de energia radial através de um cilindro oco longo é um exemplo de condução
unidimensional, descrita por:
qr 2πk
= (Ti − Te )
L ln re
r
i
Onde ri é o raio interno, re é o raio externo, Ti é a temperatura da superfície interna e Te a
temperatura da superfície externa. Para essa condição a resistência térmica é:
ln e
r
ri
R=
2πkL
Esfera Oca
O fluxo de calor radial por uma esfera oca é uma condução unidimensional.
dT
q = −k A
dr
Onde A é a área da esfera 4πr2
dT
q r = −4πkr 2
dr
para T = Ti ⇒ r = ri
para T = Te ⇒ r = re
tem − se
4πk (Ti − Te )
q=
1 1
−
ri re
1 1
(F − (W
`=
4_‹
Transferência de Calor por convecção
A transferência de calor entre a superfície e o fluido adjacente, e pode ser descrita como:
q
= h∆T
A
Onde q/A é o fluxo de calor, h é o coeficiente de transferência de calor por convecção e ∆T
a diferença de temperatura entre a superfície e o fluido.
Convecção forçada
As variáveis importantes nesse fenômenos são:
Variável Símbolo Dimensão
Diâmetro do tubo D L
Massa específica ρ M/L3
Viscosidade absoluta µ M/LT ou Ft/L2
Calor específico Cp Q/MT
Condutividade Térmica k Q/tLT
Velocidade V L/t
Coeficiente de h Q/tL2T
transferência de calor
St = f 2 (Re, Pr ) =
h
ρvc p
Onde Re é o número de Reynolds, Pr é o número de Prandt e St é o número de Stanton
(relação entre o fluxo térmico advectivo devido a uma diferença de temperaturas e
quantidade de energia por tempo e área necessária para atingir a mesma diferença de
temperaturas considerando o deslocamento de fluido).
Convecção natural
A diferença de densidade provoca pela troca térmica promove a expansão ou contração do
fluido. Tendo de ser, assim, levado em consideração o Coeficiente de expansão
volumétrica, β, dado pela equação:
ρ = ρ 0 (1 − β∆T )
Onde ρ0 é a massa específica do fluido no volume, ρ é a massa específica do fluido dentro
da linha aquecida, e ∆T a diferença de temperatura entre o fluido aquecido e o do volume.
βgρ 2 L3 ∆T
Gr =
µ2
Nu = f 3 (Gr , Pr )
= h(T p − Tm )
q
A
Convecção forçada
Quando o índice, no numero de Nusselt, for x indica que se está considerando na posição x,
que é denominado de numero de Nusselt local. Em outros casos a dimensão representada é
o número de Nusselt médio.
1 1
Nu L = 0,664 Re L 2 Pr 3
Para Re<5.105 e Pr>0,1
Onde L é o comprimento da placa.
A relação entre os dois números de Prandtl, nas duas temperaturas envolvidas, visa a
correção do valor de Nusselt para melhor representar o fluxo térmico.
4 1
Nu L = 0,036 Re L5 Pr 3
Para Re>5.105 e 60>Pr>0,5
Bennett e Myers (1978) sugerem:
4
Nu x = 0,0292 Re x 5 Pr 0,62
4
Nu L = 0,0365 Re L5 Pr 0,62
0 , 25
4 Pr
Nu x = 0,03 Re x Pr 5 0 , 43
Pr
p
0 , 25
4 Pr
Nu L = 0,037 Re L Pr 5 0 , 43
Pr
p
0,7<Pr<380
Gases: Nu D = b Re nD
1
Líquidos: Nu D = 1,11 Re nD Pr 3
Convecção Natural
gL3 (Ts −T ∞ )
Onde Gr =
ν 2T∞
Onde Gr é o número de Grashof, g é a aceleração da gravidade, L é o comprimento, Ts é a
temperatura superficial, T∝ é a temperatura do fluido, ν é a viscosidade absoluta do fluido.
Escoamento Turbulento
Nu L = 0,0210(GrL Pr )
2
5 para Gr > 109
Escoamento Laminar
0 , 25
Pr
Nu L = 0,576(GrL Pr ) 4
1
para 103<Gr Pr < 109
Pr
p
Escoamento Turbulento
0 , 25
Pr
Nu L = 0,15(GrL Pr ) 5
2
para Gr Pr > 109
Pr
p
Cilindro horizontal com temperatura constante
Nu D = 0,53(GrD Pr )
1
4 para Pr>0,5 e 103<Gr Pr < 109
Regime turbulento
1
Nu L = 0,14 Ra L 4 2.107<Gr<3.1010
Onde Ra=GrPr
Ra é o numero de Rayleigh – razão em força de empuxo e forças viscosas e uma razão da
intensidade de difusão de quantidade de movimento e calor.
1
Nu L = 0,27 Ra L 4 3.105<Gr<3.1010
Exemplos:
1- Em uma instalação industrial, ar quente a 300 °C flui sobre uma placa fina metálica plana, com
velocidade de 36 km/h. Como a placa contém alguns sensores, a mesma deve ser mantida a uma
temperatura de 27 °C. Para isto, utiliza-se um sistema de refrigeração composto por tubos sob a
placa, por onde circula água de refrigeração. Considerando que a placa é quadrada, com 1,5 m de
lado, determine o fluxo de calor a ser extraído pelo sistema de refrigeração para manter a placa na
temperatura de 27 °C. (νar=3,13x10-5 m2/s; Pr=0,687; kp=0,0364 W/mK)
Transferência de calor em superfícies estendidas
Assim:
• • •
q = qR + qA
•
q = h( AR + ηAA )(Ts − T∞ )
Tipos de Aletas
• Seção retangular
P = 2b + 2e ≅ 2b
At = be
2h
m=
ke
• Aletas curvas
P = 2(2πr ) + 2e ≅ 4πr
At = 2πre
2h
m=
ke
• Aletas Pinos
P = 2πr
At = πr 2
2h
m=
kr
Exemplo: Um dissipador de calor consiste de uma placa plana de alumínio ( k = 175 Kcal/h.m.oC )
de resistência térmica desprezível com aletas retangulares de 1,5 mm de espessura e 12 mm de
altura, espaçadas entre si de 12 mm, ocupando toda a largura da placa. O lado com aletas está em
contato com ar a 40 oC e coeficiente de película 25 Kcal/h.m2.oC. O lado sem aletas está fixado
sobre uma superfície a 150 oC. Calcule por unidade de área da placa o fluxo de calor.
Radiação
Irradiação
• Corresponde à taxa na qual a radiação atinge uma superfície (W/m2).
• A radiação incidente pode ser proveniente de uma fonte específica, como por
exemplo o Sol, ou de outra superfície.
• A irradiação total (G) é obtida pela integração em toda a faixa de comprimento de
onda:
∞
G = ∫ G y (λ )dλ
0
Irradiação: absortividade
• A fração da radiação total incidente que é absorvida pela superfície é chamada de
absortividade (α) e varia com o comprimento de onda:
∞
radiação absorvida 1
α= = ∫ α λ Gλ dλ 0 ≤α ≤1
radiação incidente G 0
• Se α < 1, existe uma parcela da radiação que é não absorvida, ou seja, é refletida
ou transmitida.
Irradiação: refletividade
• É a fração da radiação total incidente que é refletida pela superfície (ρ) e como a
absortividade, varia com o comprimento de onda:
radiação refletida 1 ∞
ρ= ρλ Gλ dλ 0 ≤ ρ ≤1
radiação incidente G ∫0
=
Irradiação: transmissividade
• É a fração da radiação total incidente que é transmitida através do corpo (t) e
também depende do comprimento de onda:
radiação transmitida 1 ∞
τ= = ∫ τ λ Gλ dλ 0 ≤τ ≤1
radiação incidente G0
• Logo: α + ρ + τ = 1
• Para a maioria das superfícies sólidas, a transmissividade é igual a zero, já que os
corpos são normalmente opacos à radiação incidente: τ = 0
α + ρ =1
Poder emissivo
Corresponde à taxa de radiação que é emitida pela superfície por unidade de área.
• Existe o poder emissivo espectral, Eλ (W/m2µm), que corresponde à taxa pela qual
a radiação de comprimento de onda λ é emitida em TODAS as direções no espaço
hemisférico de uma superfície, por unidade de área da superfície e por intervalo (dλ) de
comprimento de onda.
Poder emissivo total (En) - Corresponde à taxa de radiação que é emitida por unidade de
área em todas as direções possíveis e em todos os possíveis comprimentos de onda (W/m2):
Corpo negro
• É um corpo ideal cuja superfície é um emissor perfeito de radiação (em todas as
direções e comprimentos de onda), também conhecido como irradiante ideal:
– Para uma dada temperatura e comprimento de onda, nenhuma superfície
pode emitir mais radiação que um corpo negro;
– A emissão é difusa: depende de T e λ, porém não depende da direção.
• Também é um absorvedor ideal de radiação incidente, independente do
comprimento de onda ou da direção da radiação.
• Serve como padrão de comparação para a radiação de superfícies reais.
Corpo Cinza – é o corpo cuja energia emitida ou absorvida é uma fração da energia emitida ou
absorvida por um corpo negro. As características de radiação dos corpos cinzentos se aproximam
das características dos corpos reais.
Logo:
( )
•
q = σA1 εT14 − αT24
Exemplo: Um cilindro unitário de aço inox (k=52,9 W/mK), com 200 mm de diâmetro
interno, 10 m de comprimento e 5 mm de espessura, é utilizado para transportar produto
químico à 140 °C (temperatura da parede interna). Sabe-se que o ar do compartimento,
onde o cilindro é colocado, está a 20 °C, e uma brisa de 1,0 m/s cruza a tubulação,
determine o fluxo de calor transmitido do tubo para o meio. Considere ε = 0,6, σ (constante
de Stenfan-Boltjmann) é 5,672x10-8 W/m2k4.
Fundamentos da Transferência de Massa
Lei de Fick
A lei de transferência de massa mostra a relação entre o fluxo de difusividade da substancia
e o gradiente de concentração de massa transferida.
Fluxo de massa
dϖA
J A, y = − ρDAB
dy
N A , y = J A, y A
PA M A
Para gases - ρ A = C A
RT
Onde PA é a pressão parcial da espécie A na mistura, T é a temperatura absoluta, R é a
constante dos gases (82,05cm3 atm / moleK ) , CA é a concentração, e MA é a massa molar.
Coeficiente de Difusividade
A difusividade mássica DAB, a difusividade térmica α = k ρc p e a viscosidade cinemática
7,4 x10−8 (ψ B M B ) 2 T
1
DAB =
µ B∀0A,6
Onde DAB é a difusividade de A no solvente B (cm2/s), µ é a viscosidade da solução
(centipoises), T é a temperatura absoluta (K), MB é o peso molecular do solvente, VA é o
volume molecular do soluto (cm3/g mole) e ψB é o resultado dos parâmetros associados ao
solvente B.
Os valore de ψB são: 2,6 para água, 1,9 para metanol e 1,0 para benzeno, éter, heptano e
outros solventes.
19400θ 2 T
DK ,eff =
τS ' ρ M
Onde x0 é o comprimento do percurso de difusão, ρ é a massa específica da partícula, M é a
massa molecular, τ é a tortuosidade, S’ é o fator forma e θ é o ângulo.
Exemplos
temperatura DAB
substancias (K) (cm2/s)
CO2-N2 273 0.144
H2-CH4 298 0.726
água -
butanol 303 1.24x10-5
Hélio -pirex 293 4.5x10-11
Hélio -pirex 773 2x10-8
Hg - Pb 293 1.1x10-16
R=0,082057 L.atm/K.kmol
R=8,31451 J/K.kmol
R=1,9872 cal/K.kmol
R=831,451 L.bar/K.kmol
R=82,057 cm3.atm/K.kmol
R=62,36 L.torr/K.kmol
Placa Plana
1 1
Para escoamento laminar: Nu AB = 0,664 Re L 2 Sc 3
1
Para escoamento turbulento: Nu AB = 0,036 Re 0L,8 Sc 3
Esfera unitária
1 1
Nu AB = 2,0 + 0,95 Re 2
Sc 3
Para 100<Re< 700 e 1200<Sc<1525
1 1
Nu AB = 2,0 + 0,552 Re 2
Sc 3
Para 2<Re< 800 e 0,6<Sc<2,7
Nu AB = 2,0 + 0,569(GrAB Sc ) para GrABSc<108
0, 25
Cilindro unitário
Exemplos
1- Estime a distancia percorrida por uma bolha de água, inicialmente com 1,0 mm de
diâmetro, caindo no ar a 50°C para reduzir seu volume em 50%. Assuma que a
velocidade da bolha é a velocidade terminal do diâmetro médio a 20°C. (Dados:
CD=0,78, ρágua =995 kg/m3; ρar=1,14 kg/m3, µar =1,91x10-5N.s/m2; DAB=0,26x10-
4
m2/s; pressão de vapor de água a 297K= 2,33x103Pa; R=8,314Pa m3/mol K; massa
molecular da água = 18,02g/mol).
4d p ( ρ p − ρ ) g
A velocidade terminal é de v0 =
3C D ρ