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FENÔMENOS DE TRANSPORTE
TRANSFORMAÇÃO DE UNIDADES
𝐿 1 𝑖𝑛 1 3 3
• 50 L/min para m3/s: 50 . . = 0,001
𝑖𝑛 60 𝑠 1000 𝐿 𝑠
𝑐 1 ℎ 3 1 3 1000 𝐿 𝐿
• 720 cm3/h para L/s: 720 . . . = 0,0002
ℎ 3600 𝑠 1003 𝑐 3 1 3 𝑠
3 60 𝑖𝑛 1000 𝐿 𝐿
• 5 m3/min para L/h: 5 . . = 300000
𝑖𝑛 1 ℎ 1 3 ℎ
1) MECÂNICA DOS FLUIDOS E TRANSFERÊNCIA DE CALOR
A transferência de calor estuda as trocas de energia entre sólidos e fluidos devido às diferenças de
temperatura.
Fluido é uma substância que se deforma continuamente sob a aplicação de uma tensão de
cisalhamento.
𝐹𝑁
FN 𝜎= σ = tensão normal
F FN = força normal 𝐴
τ = tensão de cisalhamento
FT = força tangencial 𝐹𝑇
FT 𝜏= Unidade de tensão: N/m2
A 𝐴
Diferenças entre sólidos e fluidos
CARACTERÍSTICA SÓLIDOS FLUIDOS
Forma Forma específica Forma variável
(definida) (adaptam-se ao
recipiente)
Espaços Pequenos Grandes
intermoleculares
Forças intermoleculares Grande intensidade Pequena intensidade
Deformação Finita Contínua
Resumindo...
Sólidos: forma e volume definidos
Líquidos: volume definido e forma variável
Gases: forma e volume variáveis
1.1.2) Lei da viscosidade de Newton
FLUIDOS NEWTONIANOS: seguem a lei da viscosidade de Newton. A viscosidade não varia com
a tensão de cisalhamento aplicada. Exemplos: a maioria dos fluidos (ar, água, óleo, glicerina).
• Interno: o fluido está inteiramente delimitado por uma superfície. Ex.: escoamento em uma tubulação.
• Externo: o fluido está parcialmente delimitado por uma superfície. Ex.: escoamento sobre parede.
• Força gravitacional
𝑊= .𝑔 = 𝜌 𝑔
• Força de pressão
Pressão é definida como uma força normal exercida por um fluido por unidade de área (σ – pressão).
DIREÇÃO x:
𝜕𝑃 𝜕𝑃
𝑃𝑑𝑦𝑑𝑧 − 𝑃 + 𝑑𝑥 𝑑𝑦𝑑𝑧 = 0 =0
𝜕𝑥 𝜕𝑥
DIREÇÃO y:
𝜕𝑃 𝜕𝑃
𝑃𝑑𝑥𝑑𝑧 − 𝑃 + 𝑑𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑧 = 0 =0
𝜕𝑦 𝜕𝑦
DIREÇÃO z:
𝜕𝑃 𝜕𝑃
𝑃𝑑𝑥𝑑𝑦 − 𝑃 + 𝑑𝑧 𝑑𝑥𝑑𝑦 − 𝜌𝑔𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 = 0 = −𝜌𝑔
𝜕𝑧 𝜕𝑧
A variação da pressão em um fluido estático está
relacionada com a altura (direção z).
Aplicação da equação da estática dos fluidos para o fluido de massa específica ρ contido no recipiente
abaixo.
Tomando dois pontos para descrever as condições de contorno, ou seja: no ponto 1, onde a altura é
z1, a pressão é P1; e no ponto 2, onde a altura é z2, a pressão é P2.
Considere o recipiente abaixo contendo dois fluidos estáticos (azul e cinza) com massas específicas
diferentes.
P1 ≠ P8 (alturas diferentes)
P2 ≠ P6 (alturas diferentes)
P4 ≠ P5 (fluidos diferentes)
P1 = conhecida
hO ÓLEO (ρO)
𝑃2 = 𝑃1 + 𝜌𝑜 𝑔ℎ𝑂
hA
ÁGUA (ρA)
𝑃3 = 𝑃1 + 𝜌𝑜 𝑔ℎ𝑂 + 𝜌𝐴 𝑔ℎ𝐴
hG GLICERINA (ρG)
PB = Patm
𝑃𝐵 = 𝑃𝐶 + 𝜌𝑔ℎ
h
𝑃𝑎𝑡𝑚 = 𝜌𝑔ℎ
B
MANÔMETRO: dispositivo de medida de pressão, baseado no princípio que uma coluna de fluido
pode ser usada para medir diferenças de pressão. Consiste em um tubo em forma de U, contendo um
ou mais fluidos.
Para determinar a pressão no tanque A, que contém o fluido com massa específica ρA, foi acoplado
um manômetro. Esse manômetro contém o fluido com massa específica ρA e o fluido com massa
específica ρB. Qual é a pressão no tanque A?
𝑃2 = 𝑃𝑎𝑡𝑚
𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝑔ℎ𝐶𝐺
𝑃 = 𝜌𝑔ℎ𝐶𝐺
Substituir o campo de forças de pressão por uma força resultante:
hCG
yCG
ℎ𝐶𝐺
𝐹𝑅 = 𝜌𝑔ℎ𝐶𝐺 𝐴 sen 𝜃 = ℎ𝐶𝐺 = 𝑦𝐶𝐺 sen 𝜃
𝑦𝐶𝐺
Ponto de aplicação (centro de pressão) da força resultante (yP)
CG = centro de gravidade
CP = centro de pressão I = momento de inércia (m4)
𝑎3 𝑏
𝐼=
12
yP CG yP a
CG CP 𝐴 = 𝑎. 𝑏
b
CP
𝜋𝑟 4
r 𝐼=
4
𝐼
𝑦𝑃 = 𝑦𝐶𝐺 + 𝜋 2
𝑦𝐶𝐺 𝐴 𝐴= 𝜋𝑟 2 = 𝐷
4
1.3) ESCOAMENTO DE FLUIDOS
𝑉 = 𝑣. 𝐴 𝑚 = 𝜌. 𝑣. 𝐴
𝑣 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑣 𝜋 2
𝐷 𝐴= 𝐷
4
1.3) ESCOAMENTO DE FLUIDOS
1.3.1) Equação da continuidade
A equação da continuidade vem da lei da conservação da massa.
O princípio do escoamento de massa para um volume de controle pode ser expresso como:
“A transferência total de massa para dentro e/ou para fora de um volume de controle durante um
intervalo de tempo t é igual à variação total (aumento ou diminuição) da massa dentro do volume de
controle durante t.”
𝑚𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE
𝑑𝑚
𝑑𝑚 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑐ú𝑚𝑢𝑙𝑜
𝑑𝑡
= 𝑚− 𝑚
𝑑𝑡
𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎
𝑚𝑠𝑎í𝑑𝑎
1.3) ESCOAMENTO DE FLUIDOS
1.3.1) Equação da continuidade
Escoamento em estado estacionário Escoamento incompressível em estado estacionário
𝑑𝑚 𝑚= 𝑚 𝑉= 𝑉
=0
𝑑𝑡 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎
v2 𝑑𝑚
= 𝑚1 − 𝑚2 − 𝑚3
D2 𝑑𝑡
Escoamento em estado estacionário
𝑚1 = 𝑚2 + 𝑚3 𝜌1 𝑣1 𝐴1 = 𝜌2 𝑣2 𝐴2 + 𝜌3 𝑣3 𝐴3
v1
D1
Escoamento incompressível em estado estacionário
v3
D3
𝑉1 = 𝑉2 + 𝑉3 𝑣1 𝐴1 = 𝑣2 𝐴2 + 𝑣3 𝐴3
1.3) ESCOAMENTO DE FLUIDOS
1.3.2) Equação de Bernoulli
Equação da conservação da energia.
A energia mecânica permanece constante ao longo de uma tubulação, podendo apenas ocorrer
transformação de uma modalidade de energia.
• Energia de pressão: corresponde ao trabalho potencial das forças de pressão que atuam no
escoamento do fluido.
• Energia potencial: é o estado de energia do sistema devido a sua posição no campo de gravidade
em relação a um plano horizontal de referência.
1.3) ESCOAMENTO DE FLUIDOS
1.3.2) Equação de Bernoulli
𝜌𝑣 2
𝑃+ + 𝜌𝑔𝑧 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
2
𝑃1 𝑣1 2 𝑃2 𝑣2 2
+ + 𝑧1 = + + 𝑧2
𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 2𝑔
O objetivos do estudo da transferência de calor é determinar as taxas nas quais o calor é transferido
e/ou as temperaturas no sistema em questão.
T1 T2 T1 > T2
1.4) FUNDAMENTOS DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR
1.4.1) Mecanismos de transferência de calor
1) DIFUSÃO (CONDUÇÃO)
x
T1 > T2 LEI DE FOURIER
𝑑𝑇 𝑇2 − 𝑇1 𝑑𝑇 𝑇2 − 𝑇1
qCONDUÇÃO 𝑞 = −𝑘𝐴 = −𝑘𝐴 𝑞" = −𝑘 = −𝑘
𝑑𝑥 𝐿 𝑑𝑥 𝐿
T1 q = taxa de calor (W) 𝑑𝑇
q” = fluxo de calor (W/m )
2 = gradiente de temperatura
T2 𝑑𝑥
A = área de troca térmica (m2)
L = espessura do sólido (m)
k = condutividade térmica do sólido (W/m.K)
k
L
Condutividade térmica (k): é a propriedade do meio que mede sua capacidade de conduzir calor.
Bons condutores térmicos: metais e cristais puros.
Maus condutores térmicos: borracha, madeira, isopor.
ksólidos > klíquidos > kgases O sinal do fluxo de calor é positivo se
ele tem o mesmo sentido do eixo e
x x
negativo se ele tem sinal contrário.
20 °C 30 °C
COBRE COBRE
k = 401 W/m.K k = 401 W/m.K
1m 1m
20 − 30 30 − 20
𝑞" = −401. = 4010 𝑊 𝑚2 𝑞" = −401. = −4010 𝑊 𝑚2
1 1
1.4) FUNDAMENTOS DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR
1.4.1) Mecanismos de transferência de calor
2) CONVECÇÃO
É o mecanismo que envolve a troca de calor entre um fluido em movimento e uma superfície sólida.
Fluido em movimento
LEI DE RESFRIAMENTO DE NEWTON
T∞
h 𝑞 = ℎ𝐴 𝑇𝑆 − 𝑇∞ 𝑞" = ℎ 𝑇𝑆 − 𝑇∞
qCONVECÇÃO
q = taxa de calor (W)
TS q” = fluxo de calor (W/m2)
A = área de troca térmica (m2)
Ts = temperatura do sólido
Ts > T∞ T∞ = temperatura do fluido
h = coeficiente convectivo de transferência de calor (W/m2.K) →
parâmetro experimental ou obtido através de correlações que depende
da geometria da superfície, das propriedades e da velocidade do fluido.
1.4) FUNDAMENTOS DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR
1.4.1) Mecanismos de transferência de calor
3) RADIAÇÃO
qCONVECÇÃO
qRADIAÇÃO
Tviz
Fluido em movimento
Fluido em movimento
T1
𝑞"𝐶𝑂𝑁𝐷𝑈ÇÃ𝑂 = 𝑞"𝑅𝐴𝐷𝐼𝐴ÇÃ𝑂 + 𝑞"𝐶𝑂𝑁𝑉𝐸𝐶ÇÃ𝑂
T2 T∞
h
𝑇2 − 𝑇1
−𝑘 = 𝜀𝜎 𝑇2 4 − 𝑇𝑉𝐼𝑍 4 + ℎ 𝑇2 − 𝑇∞
k 𝐿
L
1.4) FUNDAMENTOS DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR
1.4.2) Teoria das resistências térmicas
Resistência térmica: é definida como sendo a razão entre a força motriz do processo de transferência
de calor e a taxa de transferência de calor.
T1
T2
𝑇𝑆 − 𝑇∞
𝑅𝐶𝑂𝑁𝑉𝐸𝐶ÇÃ𝑂 =
ℎ𝐴 𝑇𝑆 − 𝑇∞
k 𝐿
𝑅𝐶𝑂𝑁𝐷𝑈ÇÃ𝑂 =
𝑘𝐴 1
L 𝑅𝐶𝑂𝑁𝑉𝐸𝐶ÇÃ𝑂 =
ℎ𝐴
Para determinar a taxa de calor e as temperaturas em um sólido de geometria plana composto por
diversos materiais e em contato com um fluido, usa-se a teoria das resistências térmicas.
∆𝑇
𝑞=
𝑅
Seja uma parede em contato com um fluido quente e um
fluido frio.
𝑇∞1 − 𝑇∞2
𝑞=
𝑅𝐶𝑂𝑁𝑉1 + 𝑅𝑃𝐴𝑅𝐸𝐷𝐸 + 𝑅𝐶𝑂𝑁𝑉2
𝑇1 − 𝑇∞2 𝑇∞1 − 𝑇2
= =
𝑅𝑃𝐴𝑅𝐸𝐷𝐸 + 𝑅𝐶𝑂𝑁𝑉2 𝑅𝐶𝑂𝑁𝑉1 + 𝑅𝑃𝐴𝑅𝐸𝐷𝐸
Seja uma parede composta por dois materiais, com condutividade térmica k1 e k2. A taxa de calor q através do
sistema pode ser escrita como:
∆𝑇
𝑞=
𝑅
A termodinâmica é a ciência que estuda as trocas de energia que ocorrem entre o sistema e as
vizinhanças durante uma mudança de estado deste sistema.
SUBSTÂNCIA PURA: uma substância pura é aquela que tem composição química invariável e homogênea.
Pode existir em mais de uma fase, mas a composição química é a mesma em todas as fases.
Ex.: ar (21% de O2 + 79% de N2) – não é substância pura; água líquida + gelo – substância pura (duas fases)
SISTEMA: se refere a uma certa porção de matéria incluída em alguma superfície fechada chamada fronteira
do sistema. A fronteira não é necessariamente fixa. Tudo que é externo ao sistema é denominado
vizinhanças.
PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS: temperatura (T), pressão (P), volume específico (v – m3/kg), energia
interna específica (u – J/kg), entalpia específica (h – J/kg), entropia específica (s – J/kg.K).
𝑉
𝑣=
𝑀
FASE: é definida como uma quantidade de matéria totalmente homogênea. Líquido comprimido (LC), líquido
saturado (LS), mistura líquido saturado-vapor saturado (L-V), vapor saturado (VS), vapor superaquecido
(VSA).
PROCESSO E CICLO: mudança de estado ocorre quando pelo menos uma propriedade de um sistema é
alterada. O caminho definido pela sucessão de estados que o sistema percorre é chamado processo. Quando
um sistema, em um dado estado inicial, passa por certo número de mudanças de estado, ou processos, e
finalmente retorna ao estado inicial, o sistema realiza um ciclo.
VARIÁVEL DE ESTADO: o valor depende somente do estado do sistema (condição inicial e condição final).
Ex.: energia interna, entalpia.
VARIÁVEL DE CAMINHO: o valor depende de como o processo ocorre. Ex.: trabalho, calor.
Considere um sistema com certa quantidade de água líquida no pistão-cilindro. Com o aquecimento da água
e mantendo a pressão constante, a temperatura aumenta e o volume aumenta ligeiramente. Quando T =
99,6 °C, uma transferência adicional de calor resulta em uma mudança de fase, com formação de alguma
quantidade de vapor. Mais aquecimento gera mais vapor e aumento do volume até a última gota de líquido
vaporizar.
Líquido saturado: é o que está em temperatura igual à de saturação na pressão que está submetido.
Vapor superaquecido: é o que, em determinada pressão, está a uma temperatura superior à de saturação.
T < TSAT: líquido comprimido
T > TSAT: vapor superaquecido
P > PSAT: líquido comprimido
P < PSAT: vapor superaquecido
Se o experimento for repetido para diferentes pressões, tem-se uma temperatura de saturação diferente.
Ponto triplo: ponto em que as curvas se encontram; combinação em que as três fases podem coexistir.
Ponto crítico: a partir deste ponto não existe distinção entre líquido e vapor.
Repetindo o experimento, mas medindo o volume total de água, que, junto com sua massa, fornece a
propriedade volume específico. Aquecendo a água, a temperatura aumenta e o volume se expande. Indo de
A para B, a pressão é constante. Chegando ao estado B, tem-se água líquida = líquido saturado. Um
aquecimento adicional aumenta o volume a temperatura constante, produzindo mais vapor, alcançando o
ponto C, denominado vapor saturado. Um aquecimento adicional produzirá vapor a temperaturas superiores,
em um estado denominado vapor superaquecido.
2.2) Tabelas de propriedades termodinâmicas
ESTADOS BIFÁSICOS
Título (x): é definido como a razão entre a massa de vapor contido na mistura líquido-vapor e a massa da
mistura.
𝑚𝑉
𝑥=
𝑚
𝑚 = 𝑚𝐿 + 𝑚𝑉
𝑉 = 𝑉𝐿 + 𝑉𝑉
𝑉 = 𝑚𝐿 𝑣𝐿 + 𝑚𝑉 𝑣𝑉
𝑚𝐿 𝑣𝐿 + 𝑚𝑉 𝑣𝑉 (𝑚 − 𝑚𝑉 )𝑣𝐿 + 𝑚𝑉 𝑣𝑉
𝑣= = = (1 − 𝑥)𝑣𝐿 + 𝑥𝑣𝑉
𝑚 𝑚
𝑣 = 𝑣𝐿 − 𝑥𝑣𝐿 + 𝑥𝑣𝑉
𝑣 − 𝑣𝐿 = 𝑥(𝑣𝑉 − 𝑣𝐿 )
𝑣 − 𝑣𝐿
𝑥=
𝑣𝑉 − 𝑣𝐿
2.3) Equação dos gases ideais e fator de compressibilidade
𝑷𝑽 = 𝒏𝑹𝑻
𝑉
𝑃 = 𝑅𝑇
𝑛
̃ = 𝑹𝑻
𝑷𝒗
𝑚
𝑛=
𝑀
𝑚
𝑃𝑉 = 𝑅𝑇
𝑀
𝑉 𝑅𝑇
𝑃 =
𝑚 𝑀
𝑹𝑻
𝑷𝒗 =
𝑴
v = volume específico (m3/kg)
̃
𝒗
𝒗=
𝑴
FATOR DE COMPRESSIBILIDADE (Z)
𝑣̃𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑣̃𝑟𝑒𝑎𝑙
𝑍= =
𝑣̃𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 𝑅𝑇 ⁄𝑃
̃
𝑷𝒗
𝒁=
𝑹𝑻
𝑷𝒗𝑴
𝒁=
𝑹𝑻
Os valores do fator de compressibilidade Z são determinados por tabelas a partir da pressão reduzida e
da temperatura reduzida da substância.
𝑷
𝑷𝑹 =
𝑷𝑪
𝑻
𝑻𝑹 =
𝑻𝑪
PR = pressão reduzida
TR = temperatura reduzida
PC = pressão crítica
TC = temperatura crítica
2.4) Primeira Lei da Termodinâmica
PROCESSO E CICLO: mudança de estado ocorre quando pelo menos uma propriedade de um
sistema é alterada. O caminho definido pela sucessão de estados que o sistema percorre é chamado
processo. Quando um sistema, em um dado estado inicial, passa por certo número de mudanças de
estado, ou processos, e finalmente retorna ao estado inicial, o sistema realiza um ciclo.
VARIÁVEL DE ESTADO: o valor depende somente do estado do sistema (condição inicial e condição
final). Ex.: energia interna, entalpia. (Diferencial exata – d).
VARIÁVEL DE CAMINHO: o valor depende de como o processo ocorre. Ex.: trabalho, calor.
(Diferencial inexata – δ).
Considere o gás contido em um cilindro com êmbolo. Ao retirar um dos pesos, o êmbolo se desloca
para cima, percorrendo uma distância dL.
Unidade de trabalho: J
𝛿𝑊 = 𝐹. 𝑑𝐿 2
𝛿𝑊 = 𝑃. 𝑑𝑉 𝑊 = 𝑃∆𝑉
1𝑊2 = 𝑃𝑑𝑉
𝛿𝑊 = 𝑃. 𝐴. 𝑑𝐿
1
Para determinar o trabalho envolvido em um processo, é necessário conhecer a relação P-V, na forma
de uma equação ou um gráfico. O trabalho corresponde à área debaixo da curva.
O processo poderia ter ocorrido por outros caminhos diferentes. Existem “n” caminhos para ir de 1 a 2.
Como o trabalho é a área debaixo da curva, percebe-se que diferentes caminhos resultarão em
diferentes quantidades de trabalho. Desta forma, o trabalho não é somente uma função dos estados
final e inicial, mas também uma função de caminho. Assim, o trabalho é uma variável de caminho.
CALOR (Q): definido como sendo a forma de transferência de energia através da fronteira de um
sistema, em uma dada temperatura, a um outro sistema, que apresenta uma temperatura inferior.
Considera-se positivo o calor transferido para um sistema (aquecimento) e negativo o calor transferido
de um sistema (resfriamento).
1𝑄2 = 𝛿𝑄
1
Unidade de calor: J
O calor e o trabalho são fenômenos transitórios. Os sistemas nunca possuem calor ou trabalho, porém
ambos podem atravessar a fronteira do sistema quando este sofre uma mudança de estado.
ENUNCIADO DA PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA
A primeira lei estabelece que, para um sistema que percorre um ciclo, a integral cíclica do trabalho é
igual à integral cíclica do calor.
𝛿𝑄 = 𝛿𝑊
2 2 2 2 2 2
(δQ – δW) depende somente dos estados inicial e final, portanto é uma variável de estado. Esta
variável é a energia interna.
𝑑𝑈 = 𝛿𝑄 − 𝛿𝑊 ∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊
ENERGIA INTERNA (U): é uma propriedade termodinâmica proveniente da soma das energias
cinéticas de translocação dos átomos. Unidade: J.
𝑑𝑈 = 𝛿𝑄 − 𝛿𝑊 𝑈2 − 𝑈1 = 1𝑄2 − 1𝑊2
2
𝐻 = 𝑈 + 𝑃𝑉 𝑑𝐻 = 𝑑𝑈 + 𝑃𝑑𝑉 ∆𝐻 = ∆𝑈 + 𝑃∆𝑉
CALOR ESPECÍFICO (C): quantidade de calor necessária para aumentar em um grau a temperatura
de 1 mol de um determinado sistema. Unidade: J/mol.K.
∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊 ∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊
∆𝑈 = 𝑄 − 𝑃∆𝑉 ∆𝑈 = 𝑄 − 𝑃∆𝑉
∆𝑉 = 0 𝑄 = ∆𝑈 + 𝑃∆𝑉 = ∆𝐻
∆𝑈 = 𝑄
𝛿𝑄 𝑑𝐻
𝐶𝑃 = =
𝛿𝑄 𝑑𝑈 𝛿𝑇 𝑃
𝑑𝑇 𝑃
𝐶𝑉 = =
𝛿𝑇 𝑉
𝑑𝑇 𝑉
𝑑𝐻 = 𝐶𝑃 𝑑𝑇
𝑑𝑈 = 𝐶𝑉 𝑑𝑇
∆𝐻 = 𝐶𝑃 ∆𝑇
∆𝑈 = 𝐶𝑉 ∆𝑇
2.5) Processos e ciclos termodinâmicos envolvendo gases ideais
∆𝐻 = 𝐶𝑃 ∆𝑇
𝐻 = 𝑈 + 𝑃𝑉 𝐶𝑃 𝑇 = 𝐶𝑉 𝑇 + 𝑃𝑉
𝑃𝑉 = 𝑅𝑇 𝑅 = 𝐶𝑃 − 𝐶𝑉
• PROCESSO ISOCÓRICO (V constante)
Estado 1 Estado 2
V1 V2
P1 P2
T1 T2
𝑃1 𝑉1 = 𝑅𝑇1 𝑃2 𝑉2 = 𝑅𝑇2
𝑇1 𝑇2
Volume constante: V1 = V2 = 𝑃∝𝑇
𝑃1 𝑃2
𝑊 = 𝑃∆𝑉 ∆𝑉 = 0 𝑊=0 ∆𝑈 = 𝐶𝑉 ∆𝑇
∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊 ∆𝑈 = 𝑄
∆𝐻 = 𝐶𝑃 ∆𝑇
• PROCESSO ISOBÁRICO (P constante)
Estado 1 Estado 2
V1 V2
P1 P2
T1 T2
𝑃1 𝑉1 = 𝑅𝑇1 𝑃2 𝑉2 = 𝑅𝑇2
𝑇1 𝑇2
Pressão constante: P1 = P2 = 𝑉∝𝑇
𝑉1 𝑉2
𝑊 = 𝑃∆𝑉 ∆𝑈 = 𝐶𝑉 ∆𝑇
∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊 = 𝑄 − 𝑃∆𝑉 ∆𝑈 + 𝑃∆𝑉 = 𝑄
∆𝐻 = 𝐶𝑃 ∆𝑇
𝑄 = ∆𝐻
• PROCESSO ISOTÉRMICO (T constante)
Estado 1 Estado 2
V1 V2
P1 P2
T1 T2
𝑃1 𝑉1 = 𝑅𝑇1 𝑃2 𝑉2 = 𝑅𝑇2
1
Temperatura constante: T1 = T2 𝑃1 𝑉1 = 𝑃2 𝑉2 𝑉∝
𝑃
𝑅𝑇
𝑊= 𝑃𝑑𝑉 = 𝑑𝑉
∆𝑈 = 𝐶𝑉 ∆𝑇 𝑉
∆𝑈 = 0
∆𝑇 = 0
∆𝐻 = 𝐶𝑃 ∆𝑇 𝑉2 𝑃1
∆𝐻 = 0 𝑊 = 𝑅𝑇 ln = 𝑅𝑇 ln
𝑉1 𝑃2
∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊 𝑄=𝑊
𝑉2 𝑃1
𝑄 = 𝑅𝑇 ln = 𝑅𝑇 ln
𝑉1 𝑃2
• PROCESSO ADIABÁTICO (Q = 0)
Estado 1 Estado 2
V1 V2
P1 P2
T1 T2
𝑃1 𝑉1 = 𝑅𝑇1 𝑃2 𝑉2 = 𝑅𝑇2
𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2
=
𝑇1 𝑇2
𝑄=0 ∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊
∆𝑈 = 𝐶𝑉 ∆𝑇
∆𝑈 = −𝑊 ∆𝐻 = 𝐶𝑃 ∆𝑇
• PROCESSO ADIABÁTICO (Q = 0)
𝑇2 𝑉2
𝑅𝑇 𝑑𝑇 𝑅 𝑑𝑉 𝑇2 𝑅 𝑉2
𝐶𝑉 𝑑𝑇 = −𝑃𝑑𝑉 𝐶𝑉 𝑑𝑇 = − 𝑑𝑉 =− ln = − ln
𝑉 𝑇 𝐶𝑉 𝑉 𝑇1 𝐶𝑉 𝑉1
𝑇1 𝑉1
𝑅
− 1−𝛾
𝑇2 𝑉2 𝐶𝑉 𝑅 𝐶𝑉 − 𝐶𝑃 𝐶𝑃 𝐶𝑃 𝑇2 𝑉2
𝑇1
=
𝑉1
−
𝐶𝑉
=
𝐶𝑉
=1−
𝐶𝑉
=1−𝛾 𝛾= =
𝐶𝑉 𝑇1 𝑉1
1−𝛾 −𝛾 −𝛾
𝑉2 𝑃1 𝑇2 𝑇2 𝑃1 𝑇2 𝑇2 𝑃1 𝑇2 𝑃1 𝑇2 𝑃2 𝑃1 𝑇2
= = = =
𝑉1 𝑃2 𝑇1 𝑇1 𝑃2 𝑇1 𝑇1 𝑃2 𝑇1 𝑃2 𝑇1 𝑃1 𝑃2 𝑇1
1 1 1 𝛾−1
−𝛾 −𝛾 −𝛾 −𝛾 1
𝑃2 𝑃1 𝑇2 𝑃2 𝑃1 𝑇2 𝑇2 𝑃2
−𝛾
𝑃2 𝑇2 𝑃2 𝛾
= = = .
𝑃1 𝑃2 𝑇1 𝑃1 𝑃2 𝑇1 𝑇1 𝑃1 𝑃1 =
𝑇1 𝑃1
𝛾−1
1−𝛾
𝑉2 𝑃2 𝛾
=
𝑉1 𝑃1
2.6) Segunda Lei da Termodinâmica
Segunda Lei: espontaneidade das trocas de energia. A troca de energia é espontânea de um sistema
com maior energia para um sistema com menor energia.
Enunciado de Kelvin Planck: é impossível a construção de uma máquina que converta toda a
quantidade de calor recebido em trabalho.
Enunciado de Clausius: o calor não pode fluir, de forma espontânea, de um sistema de menor
temperatura para um outro sistema de temperatura mais alta.
MOTOR W 𝑄𝐻 = 𝑄𝐿 + 𝑊 𝑊 = 𝑄𝐻 − 𝑄𝐿
TÉRMICO
Fonte a alta 𝑄𝐻 = 𝑄𝐿 + 𝑊 𝑊 = 𝑄𝐻 − 𝑄𝐿
temperatura (TH)
QH
Coeficiente de desempenho do refrigerador (β):
razão entre a energia pretendida e a energia gasta pelo
BOMBA DE W refrigerador (β > 1).
CALOR
𝑄𝐿 𝑄𝐿
QL 𝛽= =
𝑊 𝑄𝐻 − 𝑄𝐿
Fonte a baixa
temperatura (TL)
MÁQUINA TÉRMICA DE CARNOT: máquina térmica que opera de forma completamente
reversível. Apresenta o maior rendimento e o maior coeficiente de desempenho possível. A eficiência de
um motor/refrigerador de Carnot depende somente das temperaturas dos reservatórios.
𝜂𝑞𝑢𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑟 ≤ 𝜂𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡
𝑇𝐻 − 𝑇𝐿 𝑇𝐿
𝜂𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 = =1−
𝑇𝐻 𝑇𝐻
𝛽𝑞𝑢𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑟 ≤ 𝛽𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡
𝑇𝐿
𝛽𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 =
𝑇𝐻 − 𝑇𝐿