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1

Capítulo 3
Propriedades de Uma Substância Pura

3.1 – Regra de fases de Gibbs

Sendo:

3
Exemplo 3.1
Calcular a variância para o H2O nos seguinte casos:

a) H2O c) H2O

b) H2O
d) H2O

4
3.2 – Equação de estado do gás real e do gás perfeito
Vamos considerar a seguinte experiência com o dióxido de carbono (CO2)

Nomenclatura: Relações:
V=volume (m3),
m=massa (kg), v=V/m
P=Pressão (N/m2)
T=temperatura (K), ρ=m/V
n=número de moles (kmol),
M=massa molar (kg/kmol), v*=V/n
v=volume específico (m3/kg),
ρ=massa específica (kg/m3), n=m/M
v*=volume específico molar (m3/kmol). 5
Verifica-se que para todos o gases reais que:

Define-se um gás perfeito como sendo aquele gás que obedece


sempre a equação:
6
Várias formas da equações para o gás perfeito:
P v* Definição de cons tan te do gás ( R )
=R (1) ∴ P v* = R T (2)
T R
R= (8), log o de (7) e (8), vem :
V M
Sendo v* = (3) , log o de (2) e (3) vem : P V = m R T (9)
n
V V
Sendo v = (10) , log o de (9) e (10) , vem :
P = R T (4) log o P V = n R T (5) m
n
P v = R T (11)
m
Sendo n = (6) , log o de (5) e (6) vem : 1
M Sendo v = (12) , log o de (11) e (12) , vem :
ρ
m P = ρ R T (13) .
PV = R T (7)
M

Re sumo das Equações do Gás Perfeito


P V= mRT
P v= RT
P = ρR T 7
Erro Relativo no Volume Específico do Ar ao Ser Considerado Gás Perfeito

Ref. [9672] pag.214


Região do H2O Onde Se Aplica a Equação do
Gás Perfeito Com Erro Menor Que 1%

Ref. [7479] pag.15


Região do H2O Onde Se Aplica a Equação do
Gás Perfeito Com Erro Menor Que 1%

Ref. [9961] pag.137


3.3 – Superfície P-V-T e Projeções para o gás perfeito

11
3.4 – Superfícies P-V-T de substâncias reais:
3.4.1 Substância que contrai na solidificação (CO2)

12
3.4.1 Projeções para substância que contrai na solidificação (CO2)

13
3.4.1 Projeções para substância que contrai na solidificação (CO2)

14
3.4.1 Projeções para substância que contrai na solidificação (CO2)

15
3.4.1 Substância que contrai na solidificação (CO2)

Projeções: P-V e P-T

16
Estudo de um processo isobárico para o (CO2)

17
3.4.2 Substância que dilata na solidificação (H2O)

18
3.4.2 Projeções para substância que dilata na solidificação (H2O)

19
3.4.2 Projeções para substância que dilata na solidificação (H2O)

20
3.4.2 Substância que dilata na solidificação (H2O)

21
3.4.2 Substância que dilata na solidificação (H2O)

Projeções: P-V e P-T

22
Estudo de um processo isobárico para o (H2O)

23
3.5 Estudo das propriedades das substâncias puras (exemplo H2O)

Regiões:
Líquido subresfriado ou líquido comprimido,
Vapor úmido=líquido saturado + vapor saturado,
Vapor superaquecido.
Linhas:
AC: água em ebulição=líquido saturado,
BC: vapor saturado seco=vapor saturado.
Ponto:
24
C: ponto crítico.
Nomenclatura para o vapor d´água (H2O):

Nomenclatura:
Fase vapor: vapor saturado
Fase líquida: líquido saturado
Conjunto: vapor úmido

Índices: L=fase líquida; g=fase gasosa; sem índice=vapor úmido

25
Equações para o vapor úmido (H2O):

volume:
V = VL + Vg
massa:
m = mL + mg
volume específico:
vL= VL/mL; vg=Vg/mg; v=V/m
Definição de título do vapor úmido (x)

26
Exercício
Mostre que para o vapor úmido tem-se:
v = vL + x (vg - vL) 0 ≤ x ≤ 1
Solução

V VL + Vg VL Vg m L v L m g v g
v= = = + = + =
m m m m m m
(m − m g ) v L m g v g
v= + = (1 − x ) v L + x v g = v L + x ( v g − v L )
m m
Logo, resulta :
v = v L + x ( v g − v L ) c.q.d.

27
Resumo para o vapor úmido 0≤x≤1

v = v L + x (v g − v L ) Volume específico (m 3 / kg)


h = h L + x (h g − h L ) Entalpia específica (J / kg)
s = s L + x (s g − s L ) Entropia específica (J / kg K )
u = u L + x (u g − u L ) Energia int erna específica (J / kg)

28
Uso das tabelas para o H2O

Tabela 1: Água saturada (Líquido -Vapor) – Entrada: T;


Tabela 2: Água saturada (Líquido -Vapor) – Entrada: P;
Tabela 3: Vapor de água superaquecido - Entrada: P e T;
Tabela 4: Líquido comprimido - Entrada: P e T.

30
38
Exercício 1
Dados: T= 20 (OC); x=0,80
Obter: P, v
Solução

m3
−3 m3
Da tabela1, vem que : P = 0,02339 (bar) , v L = 1,0018 ×10 ( ), v g = 57,791( )
kg kg
v = v L + x ( v g − v L ) = 1,0018 ×10 −3 + 0,80 ( 57,791 − 1,0018 ×10 −3 ) = 46,2330 ( m 3 / kg )

Logo : P = 0,02339 (bar) e v = 46,2330 ( m 3 / kg )


39
Nota sobre o valor de vL no Exercício 1

Da tabela 1 nota-se que: vL x 103 = 1,0018

Logo:
−3 3
v L =1,0018 ×10 (m / kg)

Note ainda que:

1 1 3
ρL = = −3
= 998, 20 ( kg / m )
v L 1,0018 ×10

40
Exercício 2
Dados: P=5 (bar); x=0,50
Obter: T, v
Solução

o m3−3 m3
Da tabela 2, vem que : T =151,90 ( C) , v L = 1,0926 ×10 ( ), v g = 0,3749 ( )
kg kg

v = v L + x ( v g − v L ) = 1,0926 ×10 −3 + 0,50 ( 0,3749 −1,0926 ×10 −3 ) = 0,1880 (m 3 / kg)

Logo : T =151,90 ( o C) e v = 0,1880 (m 3 / kg)


41
Exercício 3
Dados: P=1 (bar); x=0
Obter: T, h, s
Solução

Da tabela 2, vem que : T = 99,63 ( o C) , h L = 417,46 (kJ / kg), s L =1,3026 (kJ / kg K )

h = h L + x (h g − h L ) = h L + 0 × (h g − h L ) = h L = 417,46 (kJ / kg)

s = s L + x (s g − s L ) = s L + 0 × (s g − s L ) = s L =1,3026 (kJ / kg K )

Logo : T = 99,63 ( o C), h = 417,46 (kJ / kg) , s =1,3026 (kJ / kg K )


42
Exercício 4
Dados: P=1 (bar); x=1
Obter: T, h, s
Solução

Da tabela 2, vem que : T = 99,63 ( o C) , h g = 2.675,5 (kJ / kg), s g = 7,3594 ( kJ / kg K )

h = h L + x ( h g − h L ) = h L + 1 × (h g − h L ) = h g = 2.675,5 ( kJ / kg)

s = s L + x (s g − s L ) = = s L + 1 × (s g − s L ) = s g = 7,3594 ( kJ / kg K )

Logo : T = 99,63 ( o C), h = 2.675,5 (kJ / kg) , s = 7,3594 (kJ / kg K )


43
Interpretação dos Exercícios 3 e 4

44
Exercício 5
Dados: P=50 (bar); T=200 (oC)
Obter: v, u, h, s
Solução
1ª parte:
Verificar com P =50 (bar) em que região se encontra o H2O.
Da tabela 2, com P=50 (bar) encontramos a temperatura de saturação Tsat=264 (oC).
Assim vemos no diagrama p-v que o H2O se encontra no estado de líquido comprimido.

45
Continuação do Exercício 5
2ª parte:
Com P =50 (bar) e T=200 (oC), da tabela 4, líquido comprimido, encontramos:

v = 1,1530 × 10 − 3 ( m 3 / kg ) ;
u = 848 ,10 ( kJ / kg ) ;
h = 853 ,90 ( kJ / kg ) ;
s = 2 , 3255 ( kJ / kg K ). 46
Exercício 6
Dados: P=1 (bar); T=200 (oC)
Obter: v, u, h, s
Solução
1ª parte:
Verificar com P =1 (bar) em que região se encontra o H2O.
Da tabela 2, com P=1 (bar) encontramos a temperatura de saturação Tsat=99,63 (oC).
Assim vemos no diagrama p-v que o H2O se encontra no estado de vapor superaquecido.

47
Continuação do Exercício 6
2ª parte:
Com P =1 (bar) e T=200 (oC), da tabela 3, vapor superaquecido, encontramos:

v = 2 ,172 ( m 3 / kg ) ;
u = 2658 ,1 ( kJ / kg ) ;
h = 2875 ,3 ( kJ / kg ) ;
s = 7 ,8343 ( kJ / kg K ).
48
Exercício 7
Para o estado crítico da água obter: x, P, T, v, u, h, s
Solução

Para o estado crítico não se define o título x


Da tabela 1, obtem-se:
.
P = 220 , 900 ( bar ); T = 374 ,14 ( C ); v = 0 , 003155 ( m 3 / kg ) ;
o

u = 2029 , 60 ( kJ / kg ) ; h = 2099 , 30 ( kJ / kg ) ; s = 4 , 4298 ( kJ / kg K ). 49


Diagrama de Mollier para o H2O
Fundamentos do Diagrama de Mollier para o H2O

52
Exercício 8
Use o diagrama de Mollier da água
Dados: P=2 (bar); T=200 (oC)
Obter: h, s, v
Solução

Do diagrama de Mollier
da água obtem-se:

h=2870 (kJ/kg),

s=7,50 (kJ/kg K).

v=1,10 (m3/kg).

54
Exercício 9
Use o diagrama de Mollier da água
Dados: P=2 (bar); x=0,90
Obter: T, h, s, v
Solução

Do diagrama de Mollier
da água obtem-se:

T= 120 (oC)

h=2490 (kJ/kg),

s=6,53 (kJ/kg K).

v=0,80 (m3/kg).

55
56
Exercício 10
Use o programa Provap.exe
Dados: P=80 (bar); T=480 (oC)
Obter: h, s, x, v, u

Solução

Passos:
1) Dados P e T, escolha a opção 1;

2) Digite os valores de P e T nos


espaços apropriados;

3) Clique a tecla PROP;

4) Veja a saída dos resultados na


próxima página.

57
Continuação do Exercício 10 Dados: P=80 (bar) e T=480 (°C)

Solução
Passos:
Leia os valores nos retângulos:

P=80 (bar)
T=480 (°C)
h=3348,3 (kJ/kg);
s=6,6585 (kJ/kg K);
Metax=1,4096 (vapor
superaquecido);
v=0,040338 (m3/kg);
u=3.025,6 (kJ/kg).

58
Exercício 11
Use o programa Provap.exe
Dados: P=10 (bar); s=7,50 (kJ/kg K)
Obter: T, h, Metax, v, u

Solução

Passos:
1) Dados P e s, escolha a opção 3;

2) Digite os valores de P e s nos


espaços apropriados;

3) Clique a tecla PROP;

4) Veja a saída dos resultados na


próxima página.

59
Continuação do Exercício 11 Dados: P=10 (bar) e s=7,50 (kJ/kg K)

Solução
Passos:
Leia os valores nos retângulos:

P= 10,0 (bar);
T= 411,15 (°C);
h=3.287,6 (kJ/kg);
s=7,50 (kJ/kg K);
Metax=1,2528 (vapor
superaquecido);
v=3,1192 (m3/kg);0
u=2.975 (kJ/kg).

60
Exercício 12
Compare os resultados obtidos no exercício 4 usando tabelas
da água e usando o programa Propvap.exe.
Dados: P=1 (bar); x=1
Obter: T, h, s
Solução

Valores da tabela 2 Valores do programa Propvap.exe

T = 99 , 63 ( ° C ) ; T = 99 , 627 ( ° C ) ;
h = 2675 ,5 ( kJ / kg ) ; h = 2675 ,5 ( kJ / kg ) ;
s = 7 ,3594 ( kJ / kg K ). s = 7 ,3594 ( kJ / kg K ).

61
Exercício 13
Compare os resultados obtidos no exercício 6 usando tabelas
da água e usando o programa Propvap.exe.
Dados: P=1 (bar); T=200 (oC)
Obter: v, u, h, s
Solução

Valores da tabela 3 Valores do programa Propvap.exe

v = 2 ,172 ( m 3 / kg ) ; v = 2 ,1723 ( m 3 / kg ) ;
u = 2658 ,1 ( kJ / kg ) ; u = 2658 ,1 ( kJ / kg ) ;
h = 2875 ,3 ( kJ / kg ) ; h = 2875 ,3 ( kJ / kg ) ;
s = 7 ,8343 ( kJ / kg K ). s = 7 ,8343 ( kJ / kg K ).

62
Exercício 14
Uma turbina a vapor de água realiza um processo adiabático reversível, isto é,
isentrópico. Na entrada da turbina tem-se: P1=50 (bar) e T1=380 (°C). Na saída
da turbina a pressão é P2=0,50 (bar). Usando o programa Propvap.exe pede-se
determinar: Na entrada da turbina h1 e s1. Na saída da turbina: x2, T2, h2, s2.

Solução

63
Continuação do Exercício 14
Determinar: Na entrada da turbina h1 e s1. Na saída da turbina: x2, T2, h2, s2.

Na entrada da turbina: Na saída da turbina:


h1=3145,9 (kJ/kg) x2=0,84267
S1=6,5708 (kJ/kg K) T2=81,332 (°C)
h2=2283,2 (kJ/kg)
S1=6,5708 (kJ/kg K) 64
Exercício 15
Dados duas propriedades para a água, qual o nome do estado
de a , conforme a lista seguinte:

1) P= 5 (bar) e x=0,5
2) P= 1 (bar) e x=0
3) T=20 (°C) e x=1
4) T= 5 (°C) e x=0,8
5) P= 10 (bar) e T=99,63 (°C)
6) P=0,5 (bar) e T=99,63 (°C)
7) P=220,90 (bar) e T=374,14 (°C)
8) P= 5 (bar) e v=0,30 (m3/kg)
9) T= 20 (°C) e u=2500 (kJ/kg)
10) T= 20 (°C) e s=8,20 (kJ/kg K)

65
Interpretação do Exercício 15

66
3.6 Definição de entalpia

H = entalpia total (KJ )


 kJ 
h = entalpia específica  
 kg 
H =U + P V
H =U + P V
h = u+Pv
H U V
h= = +P =u+Pv
m m m

h = u+Pv

67
Exemplo 16 (Importante)
Considere um sistema constituído de líquido, vapor ou gás.
O sistema tem massa m e realiza um processo isobárico
(P=constante). Pede-se calcular: a) W12 b) Q12

Solução
P=P1=P2

68
Continuação do Exemplo 16

Solução b) Q12
Primeira lei para sistema
a ) W12
Q12 = U 2 − U1 + W12 (2)
2 2 De (1) e (2) vem que:
W12 = ∫ P dV = P ∫ dV = P (V2 − V1 ) =
1 1

= P(mv 2 − mv1 ) = mP( v 2 − v1 ) (1)


Q12 = U 2 − U1 + P (V2 − V1 ) =
= U 2 − U1 + P2 V2 − P1V1 ) =
Logo
= ( U 2 + P2 V2 ) − ( U1 + P1V1 ) =
W12W=12P=(V −2V−1 )V=1 )mP ( v 2(−
= (H 2 − H1 ) = m(h 2 − h1 )
P2(V = mP v 2v−1 )v1 )
Logo

Q12 = (H 2 − H1 ) = m(h 2 − h1 )

69
3.7 Definições de calor específico a volume constante (Cv)
e do calor específico a pressão constante (Cp)

Definições :

 ∂u 
Cv =  
 ∂ T v Definições gerais válidas
 ∂h  para qualquer substância
Cp =  
 ∂ T P
Cp
k=
Cv

70
3.8 Energia interna, entalpia e calores específicos
do gás perfeito
Experiência de Joule

Na experiência de Joule verifica-se que


quando se abre a válvula, as condições
finais do gás são:

71
Nota:
Para o ar (gás perfeito) Solução
du = Cv dT
2 2
u 2 − u 1 = ∫ du = Cv ∫ dT = Cv (T2 − T1 )
1 1

U
u= ∴ U = mu
m
dU = m Cv dT
2 2
U 2 − U1 = ∫ dU = m Cv ∫ dT = m Cv (T2 − T1 )
1 1

Exemplo 17
Calcular a variação de energia interna de Assim, para qualquer processo de um
um gás perfeito num processo arbitrário. gás perfeito tem-se:

u 2 − u1 = Cv (T2 − T1 )
U 2 − U1 = m Cv (T2 − T1 )

Sendo:
u = energia interna específica (J/kg),
U = energia interna total (J). 72
Estudo da entalpia de um gás perfeito

73
Exemplo 18 H
h= ∴ H = mh
Calcular a variação de entalpia de um gás m
perfeito num processo arbitrário. dH = m Cp dT
2 2
H 2 − H1 = ∫ dH = m Cp ∫ dT = m Cp (T2 − T1 )
1 1

Assim, para qualquer processo de um


gás perfeito tem-se:

h 2 − h1 = Cp (T2 − T1 )
H 2 − H1 = m Cp (T2 − T1 )
Solução
dh = Cp dT Sendo:
2 2
h 2 − h1 = ∫ dh = Cp ∫ dT = Cp (T2 − T1 ) h = entalpia específica (J/kg),
1 1
H = entalpia total (J).

74
Resumo:

Equações gerais para o gás perfeito


(Válidas para qualquer processo de um gás perfeito)

du = Cv dT u 2 − u1 = Cv (T2 − T1 )
dU = m Cv dT U 2 − U1 = m Cv (T2 − T1 )
dh = Cp dT h 2 − h1 = Cp (T2 − T1 )
dH = m Cp dT H 2 − H1 = m Cp (T2 − T1 )

75
Conceito de calores específicos
a) Conceito de Cv para um gás perfeito (ar):

Exemplo 19: Num processo para o ar, a volume constante, calcular Cv

Dados :
m = 1 (kg )
Q = 716 (J )
T1 = 20 (°C) = 293 ( K )
T2 = 21 (°C) = 294 (K )
Calcular Cv :
Q 716  J   J 
Q = m Cv (T2 − T1 ) ∴ Cv = = = 716   = 716  
m ∆T 1× 1  kg °C   kg K 

76
Conceito de calores específicos
b) Conceito de Cp para um gás perfeito (ar):

Exemplo 20: Num processo para o ar, a pressão constante, calcular Cp

Dados :
m = 1(kg )
Q = 1.004,0 ( J )
T1 = 20 (°C) = 293 (K )
T2 = 21 (°C) = 294 (K )
Calcular Cp :
Q 1.004,0  J   J 
Q = m Cp (T2 − T1 ) ∴ Cp = = = 1.004,0   = 1.004,0  
m ∆T 1× 1  kg °C   kg K 

77
Conceito de calores específicos
c) Conceito de calor específico (C) para um líquido ou sólido.
Nesse caso tem-se para o calor específico, em qualquer processo: C=Cv=Cp.
Exemplo 21: Num processo qualquer para a água líquida calcular (C)

Dados :
m = 1(kg )
Q = 1 (kcal) = 4,186 (kJ )
T1 = 20 (°C) = 293 (K )
T2 = 21(°C) = 294 (K )
Calcular : C = Cv = Cp
Q = m C (T2 − T1 )
Logo :
Q 1(kcal)  kcal   kcal   kJ   kJ 
C= = = 1   = 1   = 4,186   = 4,186  
m ∆T 1(kg ) ×1 (°C)  kg °C   kg K   kg °C   kg K 

78
Exemplo 22
Calcular o calor fornecido (Q12) em (kJ) ao ar num processo
isobárico.
Dados :
P=P1=P2=1 (bar) m = 20 (kg )
P = 1 (bar )
T1 = 20 (°C) = 293 (K )
T2 = 21 (°C) = 294 (K )

Solução
Para um gás perfeito num sistema realizando um processo isobárico, tem − se :

Q12 = H 2 − H1 = m (h 2 − h1 ) = m Cp (T2 − T1 ) = 20 × 1.004 (21 − 20) = 20.080 (J )

Q12 = 20,08 (kJ )


79
Exemplo 23
Calcular o calor fornecido (Q12) em (kJ) à água num processo isobárico.

P=P1=P2=1 (bar) Dados :


m = 1(kg )
P = 1 (bar )
x1 = 0
x2 = 1

Solução
h1 = h L + x1 (hg − h L ) = h L + 0 × (hg − h L ) =
Para a água num sistema realizando
= h L = 417,46 (kJ / kg)
um processo isobárico, tem − se :
h 2 = h L + x 2 (hg − h L ) = h L + 1× (hg − h L ) =
Q12 = H 2 − H1 = m (h 2 − h1 )
= hg = 2.675,5 (kJ / kg)
Da tabela 2 para a água
Assim vem que :
com P = 1 (bar), obtem − se :
Q12 = m (h 2 − h1 ) = 1× (2.675,5 − 417,46)
h L = 417,46 (kJ / kg) e hg = 2.675,5 (kJ / kg)
Donde resulta :
Logo :
Q12 = 2.258,04 (kJ ) 80
81

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