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GOIÂNIA AGO/2022
D1 - CONCEPÇÃO DE ESTRUTURAS DE AÇO
BIBLIOGRAFIA GERAL
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Ações para o cálculo de estruturas de edificações.
ABNT NBR 6120:2019. Rio de Janeiro, 2019.
Atuam permanentemente na estrutura, não variando ao longo do tempo, nem mudando o ponto de aplicação
Exemplos: peso próprio da estrutura, peso próprio de todos os elementos construtivos, tais como: pisos, paredes
permanentes, revestimentos e acabamentos, instalações e equipamentos fixos.
Em coberturas: - telhas
- peso próprio das estruturas
- forro e instalações fixas
Podem atuar ou não na estrutura, podem atuar parcialmente, agindo em determinados trechos, podendo ser ações fixas ou
móveis
R=q L
q
R=q L L
L
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Ação do Vento
0
Pode-se considerar o vento atuando em duas direções preferenciais VENTO 0
em relação à edificação.
VENTO
LONGITUDINAL
q2 q3 q q
0
q1 q4 q q
VENTO 90
V.T.
VENTO
TRANSVERSAL
V.L.
V.T.
qL
V.L.
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Definições de Norma
Velocidade Básica do Vento ( V0) é a velocidade de uma rajada de 3 segundos, que é excedida, em média, uma vez
em 50 anos, a 10 metros acima do terreno, em campo aberto e plano.
Velocidade Característica do Vento ( Vk ) é a velocidade do vento que carateriza uma condição de topografia e localização
do terreno, dimensões da edificação e sua importância em relação à uma tempestade destrutiva.
Vk = V0 S1 S2 S3
onde S1 é o fator topográfico / S2 é o fator de rugosidade / S3 é o fator estatístico
S1 – FATOR TOPOGRÁFICO
2. Taludes e Morros
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S2 – FATOR DE RUGOSIDADE
O Fator de Rugosidade é função de três parâmetros: rugosidade do terreno, dimensões da edificação e cota acima
do terreno
Rugosidade do Terreno
Rugosidade I
Superficies lisas de grandes, com mais de 5 km de extensão, medidas
na direção e sentido do vento incidente. Exemplos:
- mar calmo
- lagos e rios
- pântanos sem vegetação
Rugosidade II
Terrenos abertos em nível ou aproximadamente em nível, com poucos obstáculos isolados,
tais como árvores e edificações baixas
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Exemplos:
- zonas costeiras planas;
- pântanos com vegetação rala;
- campos de aviação;
- pradarias e charnecas;
- fazendas sem sebes e muros.
Cota média do topo dos obstáculos é considerada igual ou inferior
a 1,0 m.
Rugosidade III
Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como
sebes e muros, poucos quebra-ventos de árvores,
edificações baixas e esparsas. Exemplos:
- granjas e casas de campo, com exceção das
partes com matos;
- fazendas com sebes e/ou muros;
- subúrbios a considerável distância do centro,
com casas baixas e esparsas.
Cota média do topo dos obstáculos é igual a 3,0 m.
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Rugosidade IV
Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona
florestal, industrial ou urbanizada. Exemplos:
- Zonas de parques e bosques com muitas árvores;
- cidades pequenas e seus arredores;
- subúrbios densamente construídos de grandes cidades;
- áreas industriais plena ou parcialmente desenvolvidas.
Rugosidade V
Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e
pouco espaçados. Exemplos:
- Florestas com árvores altas de copas isoladas;
- centros de grandes cidades;
- complexos industriais bem desenvolvidos.
A cota média do topo dos obstáculos é considerada igual ou
superior a 25m
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Dimensões da Edificação
Classe A: todas as unidades de vedação, seus elementos de fixação e peças individuais de estruturas sem vedação. Toda a
edificação cuja maior dimensão horizontal ou vertical seja menor que 20 m.
Classe B: toda a edificação ou parte de edificação cuja maior dimensão frontal esteja entre 20 e 50 m.
Classe C: toda a edificação ou parte de edificação cuja maior dimensão frontal seja maior que 50 m.
p
z
S 2 b Fr Fr = fator de rajada é sempre o correspondente ao da Rugosidade II
10
Para usar a expressão acima: - verificar a Rugosidade do terreno,
- a classe da edificação Classe A ,,,,,,,, Fr = 1,0
Classe B ....... Fr = 0,98
0,105 Classe C ....... Fr = 0,95
- adotar b e p cfe. a rugosidade do terreno e a classe da edificação
zg CLASSES
Rugosidade (m) Parametros A B C
b 1,1 1,11 1,12
I p 0,06 0,065 0,07
b 1,00 1,00 1,00
II Fr 1,00 0,98 0,95
p 0,085 0,09 0,10
III b 0,94 0,94 0,93
p 0,10 0,105 0,115
IV b 0,86 0,85 0,84
p 0,12 0,125 0,135
V b 0,74 0,73 0,71
p 0,15 0,16 0,175
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S3 – FATOR ESTATISTICO
Mede a responsabilidade de um tipo de edificação frente a uma tempestade destrutiva.
Vida útil
98 anos
50 anos
37 anos
22 anos
15 anos
Vk 2
Pressão dinâmica (do vento ao longe): pdin pdin ou p 0,613 Vk
2
16 din
Vk em m/s, obtém-se pdin em kgf/m2 Vk em m/s, obtém-se pdin em N/m2
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D1 - CONCEPÇÃO DE ESTRUTURAS DE AÇO
Coeficientes Aerodinâmicos
A ação estática do vento é determinada a partir dos chamados coeficientes aerodinâmicos.
Eles “traduzem/transformam” a pressão dinâmica em ação estática nas diversas partes da edificação.
Esses coeficientes dependem da dimensão, forma e da parte da edificação a ser considerada, e eles majoram ou minoram
a pressão dinâmica.
Assim a ação numa “parede” da edificação será, sempre, o produto da pressão dinâmica por um coeficiente
aerodinâmico.
q c p din
Entre outros, citam-se os coeficientes externos: coeficiente de pressão, coeficientes de forma e os coeficientes de arrasto
e o coeficiente de pressão interna.
Cálculo do coeficiente de pressão interna: por intermédio de um equilíbrio de vazões, i.e. o volume do ar que entra deve
ser igual ao volume do ar que sai.
n m
Aentra Ce C pi Asai Ce C pi
1 1
O coeficiente de pressão interna é considerado constante em toda a edificação
Conceitos de Parede Permeável e Parede Impermeável com relação ao vento.
Uma parede é dita Permeável quando ela tiver alguma abertura, mesmo que esteja fechada.
Uma parede é dita Impermeável quando ela não tiver abertura alguma.
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Coeficiente de Arrasto
Coeficiente do Arrasto : para prédios com planta retangular a NBR 6123 apresenta 2 casos: Vento em locais de alta
turbulência e vento em locais de baixa turbulência.
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PONTES ROLANTES
São equipamentos para movimentação de cargas dentro de um galpão
De uma forma simplificada, pode-se dizer que a Ponte Rolante é uma viga, apoiada nas laterais do prédio, que se desloca
sobre estas laterais, movimentando-se num vai e vem longitudinal ao galpão.
Sobre a viga-ponte um carrinho contendo uma talha se desloca ao longo do comprimento da ponte, fazendo um movimento
transversal no galpão.
Os apoios da viga-ponte são dois troles que contém as rodas motrizes – responsáveis pela
movimentação da ponte, que correm sobre trilhos.
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1. Sobre os Pilares
FORÇAS VERTICAIS
Deve ser aplicada, em ambas vigas de rolamento, uma força horizontal longitudinal
APLICAÇÃO
AÇÕES
D1 - CONCEPÇÃO DE ESTRUTURAS DE AÇO
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D1 - CONCEPÇÃO DE ESTRUTURAS DE AÇO
onde
FGi são as ações permanentes;
FQ1 é a ação variável considerada como principal nas combinações normais, ou como principal para a situação transitória nas
combinações especiais ou de construção;
FQj são as demais ações variáveis;
FQ,exc é a ação excepcional;
g é o coeficiente de ponderação das ações permanentes, conforme a tabela 1;
q é o coeficiente de ponderação das ações variáveis, conforme a tabela 1;
0 é o fator de combinação, conforme tabela 2;
0,ef é o fator de combinação efetivo das demais ações variáveis que podem atuar concomitantemente com a ação
principal FQ1, durante a situação transitória.
O fator 0,ef é igual ao fator 0 adotado nas combinações normais, salvo quando a ação principal FQ1 tiver um tempo de
atuação muito pequeno, caso em que 0,ef pode ser tomado igual ao correspondente 2.
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Ações permanentes (g) a c
Diretas
Tabela 2 — Valores dos coeficientes
de ponderação das ações
Peso próprio de
Combinações estruturas Peso próprio de
Peso Peso próprio de
moldadas no elementos
Peso próprio de próprio de elementos Indiretas
local e de construtivos
estruturas estruturas construtivos em
elementos industrializados
metálicas pré- geral e
construtivos industrializados com adições in
moldadas equipamentos
e empuxos loco
permanentes
Especiais ou
1,00 1,20 1,10 1,30
de construção
a Os valores entre parênteses correspondem aos coeficientes para as ações permanentes favoráveis à segurança;
ações variáveis e excepcionais favoráveis à segurança não devem ser incluídas nas combinações.
b O efeito de temperatura citado não inclui o gerado por equipamentos, o qual deve ser considerado ação decorrente
do uso e ocupação da edificação.
c Nas combinações normais, as ações permanentes diretas que não são favoráveis à segurança podem,
opcionalmente, ser consideradas todas agrupadas, com coeficiente de ponderação igual a 1,35 quando as ações
variáveis decorrentes do uso e ocupação forem superiores a 5 kN/m2, ou 1,40 quando isso não ocorrer. Nas
combinações especiais ou de construção, os coeficientes de ponderação são respectivamente 1,25 e 1,30, e nas
combinações excepcionais, 1,15 e 1,20.
d Nas combinações normais, se as ações permanentes diretas que não são favoráveis à segurança forem
agrupadas, as ações variáveis que não são favoráveis à segurança podem, opcionalmente, ser consideradas
também todas agrupadas, com coeficiente de ponderação igual a 1,50 quando as ações variáveis decorrentes do
uso e ocupação forem superiores a 5 kN/m2, ou 1,40 quando isso não ocorrer (mesmo nesse caso, o efeito da
temperatura pode ser considerado isoladamente, com o seu próprio coeficiente de ponderação). Nas combinações
especiais ou de construção, os coeficientes de ponderação são respectivamente 1,30 e 1,20, e nas combinações
excepcionais, sempre 1,00.
e Ações truncadas são consideradas ações variáveis cuja distribuição de máximos é truncada por um dispositivo
físico, de modo que o valor dessa ação não possa superar o limite correspondente. O coeficiente de ponderação
mostrado nesta Tabela se aplica a este valor-limite.
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Ações variáveis causadas pelo uso e ocupação Locais em que há predominância de pesos e de
equipamentos que permanecem fixos por longos
0,7 0,6 0,4
períodos de tempo, ou de elevadas concentrações de
pessoas c
a) combinações quase permanentes de utilização(relacionadas com a aparência da edificação): combinações que podem atuar durante grande
parte do período de vida da estrutura, da ordem da metade deste período.
m n
F
i 1
Gi (
j 1
2 j FQj )
b) combinações freqüentes de utilização (relacionadas com o conforto dos usuários): combinações que se repetem muitas vezes durante
o período de vida da estrutura, da ordem de 105 vezes em 50 anos, ou que tenham duração total igual a uma parte não desprezível desse
período, da ordem de 5%. m n
F
i 1
Gi 1 FQ1 (
j 2
2 j FQj )
c) combinações raras de utilização (relacionadas a danos irreversíveis à estrutura): combinações que podem atuar no máximo algumas
horas durante o período de vida da estrutura.
m n
F
i 1
Gi FQ1 (
j 2
1 j FQj )
D1 - CONCEPÇÃO DE ESTRUTURAS DE AÇO
onde:
FG é ação permanente;
FQ1 é a ação variável principal da combinação;
1FQ é o valor freqüente da ação;
2FQ é o valor quase permanente da ação;
1, 2 são os fatores de utilização, conforme tabela de Fatores de combinação e fatores de utilização
2 REFLEXÕES
D1 - CONCEPÇÃO DE ESTRUTURAS DE AÇO
............................................
REFLEXÃO FINAL
Como conclusão, apresenta-se uma, das diversas, definições de projeto estrutural.
(Esse texto deveria ter sido o primeiro a ser apresentado nesse curso, como forma lembrar e focar a real posição de um projetista estrutural.)
O PROJETO ESTRUTURAL pode ser definido como uma mistura de ARTE e CIÊNCIA, combinando a intuição do projetista
estrutural experiente, relativa ao comportamento da estrutura, com uma boa dose de conhecimento nos princípios de
estática, dinâmica, mecânica dos materiais e análise estrutural, para produzir uma estrutura segura e econômica e que
atenda sua função prevista.
Até ~1850 o projeto estrutural era uma arte assentada na intuição, para determinar o arranjo e dimensionamento dos elementos estruturais.
Os primeiros projetistas aplicavam aquilo que podiam observar na natureza, tais como vigas, colunas e arcos.
Como os princípios que governam o comportamento das estruturas e os materiais estruturais estão sendo melhor entendidos, os
procedimentos de projeto se tornaram mais científicos.
Entretanto, os cálculos baseados em princípios científicos devem servir como guia para orientar nossa decisão e não para serem seguidos
cegamente.
A arte ou habilidade intuitiva de um projetista experiente deve ser utilizada para decidir, orientada pelos resultados dos cálculos.
Os programas computacionais não são mais que ferramentas que compilam conjuntos de experiências e procedimentos.
Caberá, sempre, ao projetista a decisão do que deva ou não aplicar em sua estrutura.
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OBRIGADO!
Paulo Roberto Marcondes de Carvalho
paulo.roberto@stabile.com.br