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Notas de aula
Assunto: Ações devidas ao vento e coeficientes de pressão
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
➢ Analisar as condições exigíveis na consideração das forças devidas à ação estática
e dinâmica do vento, para efeitos de cálculo de edificações.
Contextualização Velocidade básica (V0)
AÇÕES DO
VENTO
Pressão
Dinâmica
Parede
Externo (Cpe)
Ação Estática e Telhado
Coeficientes de Pressão Forma (Ce)
Interno (Cpi)
INTRODUÇÃO
❑ Espectro de rajada;
❑ Topografia local;
❑ Meteorológicos;
❑ Aerodinâmicos.
O VENTO NAS EDIFICAÇÕES
➢ ASPECTOS METEOROLÓGICOS
❖ Local da edificação;
❖ Altura da edificação;
❖ Tipo de ocupação.
ONDE:
V(t): Velocidade num dado instante t;
Vm(t): Velocidade média do fluxo de ar neste instante;
∆V(t): Variação da velocidade média (o efeito da rajada ou
turbulência).
NOTA: As flutuações, (rajadas), são de curta duração e apresentam uma velocidade superior à média.
Produzirão a maioria das solicitações nas estruturas, analisadas por uma ação estática equivalente,
enquanto a velocidade média é responsável pelos efeitos dinâmicos que, em algumas estruturas, podem ser
as principais ações a serem consideradas.
O VENTO NAS EDIFICAÇÕES
ASPECTO AERODINÂMICO
Linhas de fluxo para edificação construída com cobertura tipo duas águas.
❑ ABNT NBR 6123 diz textualmente: Estudos especiais devem ser feitos para
estruturas onde efeitos dinâmicos podem ocorrer (Ex. torres esbeltas).
❑ Altura de 10m;
𝑉𝑘 = 𝑉0 𝑆1 𝑆2 𝑆3
ONDE:
V0= Velocidade básica do vento;
S1= Fator topográfico;
S2= Fator de rugosidade do terreno e dimensões da edificação;
S3= Fator estatístico.
FATOR TOPOGRÁFICO (S1)
➢ O fator topográfico S1 considera os efeitos das variações do relevo do terreno onde
a edificação será construída. O fator considera, o aumento ou a diminuição da
velocidade básica em função da topografia.
𝑧
❖ 6° ≤ θ ≤ 17° ↔ 𝑆1 𝑧 = 1,0 + 2,5 − 𝑡𝑔 𝜃 − 3º ≥ 1
𝑑
𝑧
❖ θ ≥ 𝟒𝟓º ↔ 𝑆1 𝑧 = 1,0 + 2,5 − 0,31 ≥ 1 Fator topográfico S1 (z)
𝑑
Onde:
z = altura medida a partir da superfície do terreno no
ponto considerado
d = diferença de nível entre a base e o topo do talude ou
morro
ϴ = inclinação média do talude ou encosta do morro
OBS: Para inclinações diferentes e entre A e B (morros) e Fonte: ABNT NBR 6123
B e C (taludes), interpolar linearmente.
FATOR TOPOGRÁFICO (S1)
c) vales profundos, protegidos de ventos de qualquer direção: S1=0,9;
FATOR DE RUGOSIDADE DO TERRENO E DIMENSÕES DA EDIFICAÇÃO (S2)
RUGOSIDADE DO TERRENO
➢ Esta diretamente associada ao perfil de velocidade que o vento apresenta quando
interposto por obstáculos naturais ou artificiais;
Perfil de velocidade média (Km/h) proposta por Davenport
➢ Num terreno plano, aberto e sem obstruções, o vento terá uma velocidade
superior quando comparada àquela que ocorrerá no centro de uma grande cidade.
FATOR DE RUGOSIDADE DO TERRENO E DIMENSÕES DA EDIFICAÇÃO (S2)
RUGOSIDADE DO TERRENO
➢ A rugosidade do terreno é classificada em cinco categorias (2):
Exemplos:
❖ mar calmo(3);
❖ lagos e rios;
❖ pântanos sem vegetação.
RUGOSIDADE DO TERRENO
Exemplos:
❖ Zonas costeiras planas;
❖ Pântanos com vegetação rala;
❖ Campos de aviação;
❖ Pradarias e chamecas, fazendas
sem sebes ou muros.
FATOR DE RUGOSIDADE DO TERRENO E DIMENSÕES DA EDIFICAÇÃO (S2)
RUGOSIDADE DO TERRENO
c) Categoria III: Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes
e muros, poucos quebra-ventos de árvores, edificações baixas e esparsas.
A cota média do topo dos obstáculos é considerada igual a 3,0 m.
Exemplos:
❖ Granjas e casas de campo, com
exceção das partes com matos;
❖ Fazendas com sebes e/ou muros;
❖ Subúrbios a considerável
distância do centro, com casas
baixas e esparsas.
FATOR DE RUGOSIDADE DO TERRENO E DIMENSÕES DA EDIFICAÇÃO (S2)
RUGOSIDADE DO TERRENO
Nota:
Esta categoria também inclui zonas com
obstáculos maiores e que ainda não possam ser
consideradas na categoria V.
FATOR DE RUGOSIDADE DO TERRENO E DIMENSÕES DA EDIFICAÇÃO (S2)
RUGOSIDADE DO TERRENO
Exemplos:
❖ Florestas com árvores altas de
copas isoladas;
❖ Centros de grandes cidades;
❖ Complexos industriais bem
desenvolvidos.
FATOR DE RUGOSIDADE DO TERRENO E DIMENSÕES DA EDIFICAÇÃO (S2)
DIMENSÃO DA EDIFICAÇÃO
DIMENSÃO DA EDIFICAÇÃO
➢ Os parâmetros Fr, b e p, adotados pela ABNT NBR 6123:1988, estão apresentados
na tabela abaixo;
Parâmetros meteorológicos para o Fator S2
DIMENSÃO DA EDIFICAÇÃO
➢ Valores de S2 para as diversas categorias de rugosidade do terreno e classes de
dimensões das edificações são ilustradas na Tabela abaixo.
Valores do Fator S2, em função da categoria, da classe e da cota z(m)
1 5 0,76
CONSIDERAR:
❑ Região da Categoria IV;
❑ Classe B.
DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE CARACTERÍSTICA DO VENTO
EXEMPLO 3 - SOLUÇÃO
TRECHO Hi V0 S1 S2 S3 Vk
(m) (m/s) (m/s)
1 5 0,76
2 10 0,83
3 15 0,88
4 20 1,0 0,91 1,0
5 30 0,96
6 40 0,99
7 50 1,02
AÇÃO ESTÁTICA DO VENTO E SEUS
COEFICIENTES
EFEITO ESTÁTICO DEVIDO AO VENTO
➢ Segundo Pitta (2013);
❑ Toda ação devida ao vento é dinâmica, pois sua velocidade varia com o
tempo, podendo-se dividi-la, por razões práticas, em uma componente
constante e uma de flutuação;
Gonçalves (2013)
➢ Com base na Figura acima, pode-se escrever que;
ONDE:
𝜌1 𝐴1 𝑉1 = 𝜌2 𝐴2 𝑉2 A= área de uma superfície plana;
v= velocidade média do fluido;
p= densidade do fluido.
➢ Como ρ1=ρ2=ρar, temos;
𝐴1 𝑉1 = 𝐴2 𝑉2
TEOREMA DE CONSERVAÇÃO DE MASSA
➢ A partir do teorema exposto é possível afirmar que as partículas de mesma
velocidade descrevem a mesma trajetória, essa é a definição das linhas de fluxo:
➢ A Figura abaixo ilustra, as linhas de fluxo de uma edificação com cobertura tipo
duas águas;
Linhas de fluxo para edificação com telhado duas águas
Gonçalves (2013)
TEOREMA DE BERNOULLI
➢ Também é conhecido como teorema de conservação da energia;
➢ Para um fluido em regime de escoamento permanente, sem viscosidade, irrotacional
e incompressível, o teorema de Bernoulli traduz-se pela seguinte expressão:
Soma das pressões “cargas”
ONDE: cinética, estática e da posição
p= pressão estática;
p= massa específica do fluido;
g= aceleração da gravidade;
z= cota de referência;
v= velocidade do fluido.
➢ Reescrevendo a equação acima, têm-se;
0 0
1 2 1 1 2 1
𝜌𝑉1 + 𝑃1 + 𝜌𝑔1 𝑧1 = 𝜌𝑉22 + 𝑃2 + 𝜌𝑔2 𝑧2 𝜌𝑉1 + 𝑃1 = 𝜌𝑉22 + 𝑃2 (5)
2 2 2 2
Gonçalves (2013)
1 2 1 2
1 2
𝜌𝑉1 + 𝑃1 = 𝜌 0 + 𝑃2 𝜌𝑉 + 𝑃1 = 𝑃2
2 2 2 1
1 2 1
𝑃2 − 𝑃1 = 𝜌𝑉1 ∆𝑃 = 𝜌𝑉12 = 𝑞
2 2
➢ O ponto 2 tem como particularidade a velocidade nula, neste caso, é denominado
Ponto de estagnação;
PRESSÃO DE OBSTRUÇÃO
➢ O parâmetro q , denominado Pressão Dinâmica do Vento ou Pressão de
Obstrução, é a pressão obtida em um dado ponto que só ocorre pressão estática
“Ponto de interesse na Engenharia”;
➢ A pressão de obstrução será utilizada como referência para todos os demais pontos
onde se deseja determinar a pressão estática total, enfatizando que essa pressão é
perpendicular à superfície da estrutura;
COEFICIENTES DE PRESSÃO
COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNO (Cpe) E DE FORMA (Ce)
➢ Para determinar o coeficiente de pressão externa (Cpe), aplica-se o Teorema de Bernoulli
entre o ponto 1 (Velocidade característica) e o ponto 3 (onde existe pressão dinâmica),
conforme ilustrado na figura;
Aplicação do Teorema de Bernoulli
Gonçalves (2013)
∆𝑃3 = 𝑐𝑝𝑒 𝑞
𝑉32
𝑐𝑝𝑒 = 1− 2 Gonçalves (2013)
𝑉𝑘
➢ Pode-se concluir:
➢ Logo, para 0 < v3 < v1 , a pressão efetiva no ponto 3 é maior, isto é, a uma
distância tal que as linhas de fluxo não sejam perturbadas pela presença do objeto;
➢ Nos ensaios medem-se as pressões que atuam em vários pontos dos modelos
reduzidos, bem como as pressões geradas pelas velocidades características,
associando-as, respectivamente, às velocidades;
COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNO (Cpe) E DE FORMA (Ce)
COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNO (Cpe) E DE FORMA (Ce)
➢ Uma vez determinado os valores de cpe, a força resultante em uma dada superfície
será dada por;
ONDE:
𝐹𝑒 = න 𝑐𝑝𝑒 𝑞𝑑𝐴 = 𝑞 න 𝑐𝑝𝑒 𝑑𝐴 Fe= força externa;
𝐴 𝐴 A= área da superfície;
NOTA:
ABNT NBR 6123:1988 prescreve, para fins de dimensionamento, valores médios (Cpe), em correspondência
às superfícies que compõem uma edificação, os quais passam a ser denominados coeficientes de forma (Ce),
permitindo assim simplificar o dimensionamento.
COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNO (Cpe) E DE FORMA (Ce)
➢ Valores elevados de cpe, não podem ser ignorados. Para dimensionamento de
partes específicas da estrutura (telhas, caixilhos, terças) é necessário adotar esses
valores “mais elevados” de cpe que a norma atribui como parâmetro cpe médio;
Curvas isobáricas (cpe), de uma edificação com cobertura em duas águas para vento na direção diagonal
Vórtices de canto gerados por ventos de aquartelamento. Vórtices cônicos para direções oblíquas do vento.
COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNO (Cpe) E DE FORMA (Ce)
➢ DESPRENDIMENTO DE VÓRTICES
❑ Quando o vento, movendo-se a uma velocidade constante, passa sobre objetos em seu
caminho, partículas de ar são retardadas pelo atrito da superfície;
❑ Sob certas condições (velocidade critica do vento e a forma da superfície), pequenas
massas de ar represado se desprendem e fluem para longe periodicamente.
Liberação de vórtices de viga. A medida que a velocidade do vórtice aumente, ocorre redução da pressão fazendo a
viga mover-se verticalmente.
➢ À medida que a massa de ar se move, sua velocidade causa uma alteração na pressão sobre a
superfície de descarga. Se o período (intervalo de tempo) dos vórtices que saem da superfície
for próximo do período natural da estrutura, as variações de pressão causarão oscilações na
estrutura. Com o tempo, essas oscilações aumentarão e sacudirão a estrutura vigorosamente.
COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNO (Cpe) E DE FORMA (Ce)
➢ DESPRENDIMENTO DE VÓRTICES
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COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNO (Cpe) E DE FORMA (Ce)
Curvas isobáricas (cpe), de uma edificação paralelepipédica. Os fechamentos verticais foram desenhados no mesmo
plano da cobertura.
➢ A ABNT NBR 6123:1988 disponibiliza os valores de (cpe) e (ce) para vários tipos de
edificações;
COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNO (Cpe) E DE FORMA (Ce)
COEFICIENTE DE PRESSÃO E DE FORMA, EXTERNOS, PARA PAREDES DE
EDIFICAÇÃO DE PLANTA RETANGULAR
Notas:
a) Para a/b entre 3/2 e 2, interpolar linearmente.
c) Para cada uma das duas incidências do vento (0° ou 90°), o coeficiente
de pressão médio externo cpe médio, é aplicado à parte de barlavento das
paredes paralelas ao vento, em uma distância igual a 0,2 b ou h,
considerando-se o menor destes dois valores.
Notas:
a) O coeficiente de forma Ce na face inferior do beiral é igual ao da
parede correspondente.
➢ Se o objeto não for maciço e não for totalmente fechado, à semelhança de uma
edificação, qualquer que seja a posição da abertura, em todas as superfícies
elementares que compõem esse objeto ocorrerão pressões tanto do lado externo
como do lado interno.
COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA (Cpi)
EXEMPLO 4
➢ Determinar o Cpi em um andar intermediário de um edifício de dimensões a x b x c
= 40 x 15 x 60m. As permeabilidades e coeficientes médios externos estão dados na
Figura abaixo.
COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA (Cpi)
EXEMPLO 4 - SOLUÇÃO
Área Ci
Local abertura Ce +0,4 +0,7 +0,75 +0,80
(m2) Ce-Ci ±𝑨 … Ce-Ci ±𝑨 … Ce-Ci ±𝑨 … Ce-Ci ±𝑨 …
A 6,0 +0,8 0,4 +0,1 +0,05
B 0,6 -0,6 -1,0 -1,3 -1,35
C1 e D1 0,23 -1,0 -1,4 -1,7 -1,75
C2 e D2 0,23 -0,6 -1,0 -1,3 -1,35
𝚺=
NOTAS:
❑ Maior precisão será obtida se for possível determinar o valor médio do coeficiente de
pressão no contorno de cada abertura (portões, portas, janelas, venezianas, lanternins,
telhas especiais de ventilação, etc.);
COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA (Cpi)
EXEMPLO 5
➢ Determinar o Cpi em um pavilhão industrial, com as características geométricas e
aerodinâmicas indicadas na Figura abaixo. A cobertura é considerada impermeável.
COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA (Cpi)
EXEMPLO 5 - SOLUÇÃO
Ci
Local Área abertura Ce 0,0 -0,2 -0,15 -0,10
(m2) Ce-Ci ±𝑨 … Ce-Ci ±𝑨 … Ce-Ci ±𝑨 … Ce-Ci ±𝑨 …
A 80 +0,7 +0,7 +0,9 +0,85
B 80 -0,5 -0,5 -0,3 -0,35
EF 16 -1,2 -1,2 -1,0 -1,05
GH 16 -0,4 -0,4 -0,2 -0,25
𝚺=
COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA (Cpi)
EXEMPLO 6
➢ Determinar o Cpi do mesmo pavilhão industrial do Exemplo 5, porém com apenas
um portão a barlavento.
COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA (Cpi)
EXEMPLO 6 - SOLUÇÃO
Ci
Local Área abertura Ce -0,4 -0,6 -0,5 -0,45
(m2) Ce-Ci ±𝑨 … Ce-Ci ±𝑨 … Ce-Ci ±𝑨 … Ce-Ci ±𝑨 …
A 20 +0,7
B 80 -0,5
EF 16 -1,2
GH 16 -0,4
𝚺=
COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA (Cpi)
EXEMPLO 7
➢ Determinar o Cpi do mesmo pavilhão industrial do Exemplo 5, porém a fachada com
venezianas fixas está situada a barlavento. Para obter o maior valor de pressão
interna os portões agora, são considerados fechados.
COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA (Cpi)
EXEMPLO 7 - SOLUÇÃO
Ci
Local Área abertura Ce +0,4 +0,5
(m2) Ce-Ci ±𝑨 … Ce-Ci ±𝑨 …
A 80 +0,7
EF 16 -1,2
GH 16 -0,4
𝚺=
NOTAS:
❑ O exemplo mostra o efeito benéfico do lanternim (aberto), que faz diminuir em 0,2 o Cpi,
o qual seria, sem lanternim, igual ao valor do coeficiente de forma externo na região da
abertura: + 0,7;
❑ O valor indicado em 6.2.5 (NBR 6123) é um pouco maior (+0,8), pois a abertura
dominante aí prevista pode estar em região de pressão superior à média (+0,7).
COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA (Cpi)
➢ Do ponto de vista, prático é muito difícil calcular o coeficiente de pressão interna
por meio do procedimento do Anexo D da ABNT NBR 6123:1988. Assim, a mesma
norma, apresenta uma série de situações de abertura e permeabilidade para
facilitar este cálculo;
❑ “A abertura dominante é uma abertura cuja área é igual ou superior à área total
das outras aberturas que constituem a permeabilidade considerada sobre toda a
superfície externa da edificação...”
❑ “Esta abertura dominante pode ocorrer por acidente...”
COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA (Cpi)
𝑨𝒂𝒅 Cpi
𝑨𝒂𝒔
1,0 +0,1
1,5 +0,3
2,0 +0,5
3,0 +0,6
6,0 ou mais +0,8
COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA (Cpi)
c) abertura dominante em uma face; as outras faces de igual permeabilidade;
❑ abertura dominante na face de sotavento;
Adotar o valor do coeficiente de forma externo (ce) correspondente a esta face (ver
Tabela 4 da ABNT NBR 6123:1988).
1. Hipótese:
Não ocorre
2. Hipótese:
❖ Quatro faces igualmente permeáveis. ABNT NBR 6123 – Item 6.2.5(b), pg. 12 e
13;
❖ Vento 0º e 90º
Cpi=-0,3 ou Cpi=0
❖ Vento 90º
✓Área de abertura dominante: 3 janelas, Ad=18m2
✓Área das demais aberturas: 1 janela à sotavento e
𝑨𝒂𝒅 Cpi frestas portão (5%) e oitões (5cm)
𝑨𝒂𝒔
𝐴𝑑𝑎𝑠 = 6,0 + (0,05 × 16) + (2 × 20 × 0,05) = 8,8𝑚2
1,0 +0,1
1,5 +0,3 Relação:
2,0 +0,5
3,0 +0,6 𝐴𝑑 18
= = 2,05 → 𝐶𝑝𝑖 = +0,5
6,0 +0,8 𝐴𝑑𝑎𝑠 8,8
EXEMPLO 8 - SOLUÇÃO
❑ Coeficiente de pressão interna (Cpi)
4. Hipótese:
❖ Vento 0º
❖ Vento 90º
❖ Vento 0º
✓ Abertura de janelas (Adotar menor valor):
Cpi = Ce = -0,4→ (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑟𝑒𝑔𝑖ã𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑙)
❖ Vento 90º
✓ Meio portão aberto (Adotar menor valor):
Cpi = Ce = -0,5→ (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑟𝑒𝑔𝑖ã𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑙)
❖ Vento 0º
❖ Vento 90º
EXEMPLO 8 - SOLUÇÃO
7. Combinações coeficientes de pressão 𝑪𝒑 = 𝑪𝒆 − 𝑪𝒑𝒊
❖ Vento 0º
CASO C – Vento 90º + Cpi = +0,5 CASO D – Vento 90º + Cpi = -0,5
EXEMPLO 8 - SOLUÇÃO
TRECHO Hi V0 S1 S2 S3 Vk q
(m) (m/s) (m/s) (kN/m2)
1 5 0,92 41,4 1,05
45 1,0 1,0
2 10 0,98 44,1 1,19
❖ Vento 0º
❖ Vento 90º
CASO C – Vento 90º + Cpi = +0,5 CASO D – Vento 90º + Cpi = -0,5
PRESSÃO DINÂMICA
EXEMPLO 9
➢ Determinar a pressão dinâmica do vento e os coeficientes de pressão para um edifício situado
na cidade de São Paulo-SP e destinado a uma indústria com alto fator de ocupação. As
dimensões e especificações da edificação estão ilustrados na figura abaixo.