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ECV 120 – Estruturas Metá licas

Açõ es, Segurança e Desempenho

Profa.: Maila Aparecida Pereira da Silva


mailapereira@gmail.com
Açõ es, Segurança e Desempenho

https://www.aecweb.com.br/tematico/
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Ao final deste tópico o estudante será capaz de:

- Classificar as açõ es atuantes na estrutura;

- Compreender o que sã o estados limites;

- Aplicar os coeficientes de ponderaçã o e de combinaçã o para determinaçã o das açõ es de cá lculo através das
combinaçõ es de açõ es.
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CONSIDERAÇÕ ES INICIAIS

Para o projeto e execuçã o de estruturas de aço e concreto de edificaçõ es segue-se a norma brasileira atualmente
em vigor, a ABNT NBR 8800:2008, que adota como método de cá lculo o método dos estados-limites, o mais
empregado atualmente no mundo.

AÇÕ ES

 Definição

Entende-se por açõ es em uma estrutura como o conjunto de influências que provocam estado de tensõ es,
deformaçõ es e movimento de corpo rígido em uma estrutura.

 Classificação

No projeto estrutural, as açõ es sã o classificadas como permanentes, variáveis ou excepcionais


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AÇÕ ES

▶ Permanentes • Sã o praticamente invariáveis ao longo da vida ú til da estrutura, e se


subdividem em:

- Diretas: o peso pró prio da estrutura e de todos os elementos


componentes da construçã o (pisos, paredes permanentes,
revestimentos etc.).

- Indiretas a protensão, os recalques de apoio e a retraçã o dos materiais.

▶ Variáveis • variam com o tempo, podendo ter natureza e intensidade:

- normais (uso regular, cotidiano e permanente): sobrecargas de piso e de


cobertura, cargas provenientes de equipamentos mó veis e divisó rias
mó veis, do vento e da variaçã o de temperatura e açõ es truncadas, como
á gua em uma caixa d’á gua.

- especiais (transporte de grande peso ou abalo sísmico, portanto


ocasionais/transitó rias).
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AÇÕ ES

▶ Excepcionais • Variam com o tempo, mas assumem valores significativos apenas


durante uma fraçã o muito pequena da vida ú til da estrutura e, além
disso, têm baixa probabilidade de ocorrência (como explosõ es,
choques, furacõ es etc.).

• Não é possível anular os efeitos deste tipo de açã o

 Valores das ações permanentes e variáveis

• As açõ es permanentes podem ser determinadas a partir dos pesos específicos dos materiais de construçã o.

• A norma brasileira ABNT NBR 6120:1980 fornece, para os casos que nã o houver determinaçã o experimental, os
valores de muitos materiais constantemente utilizados.
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AÇÕ ES
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AÇÕ ES
• As açõ es variáveis mais comuns sã o as sobrecargas nos pisos
e coberturas das edificaçõ es, referentes a pessoas, mó veis,
utensílios e veículos.

• As sobrecargas sã o consideradas uniformemente distribuídas


e seus valores mínimos sã o previstos pela ABNT NBR
6120:1980

• Para algumas situaçõ es usuais, a norma ABNT NBR 6120:1980


estabelece que:

→ ao longo de parapeitos e balcõ es, deve-se considerar a açã o


de uma força horizontal linear de 0,8 kN/m na altura do
corrimã o e de uma força vertical linear mínima de 2 kN/m
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AÇÕ ES

→ as açõ es variáveis podem ser reduzidas nos pilares e nas fundaçõ es de edifícios de vá rios pavimentos para
escritó rios, residências e casas comerciais nã o destinados a depó sitos, tendo por base a probabilidade
reduzida de todos os pavimentos estarem submetidos aos valores estipulados dessas açõ es simultaneamente;

• A norma ABNT NBR 8800:2008 estabelece que:

→ Nas coberturas comuns, nã o sujeitas a acú mulos de quaisquer materiais,


deve-se prever uma sobrecarga mínima de 0,25 kN/m2, valor que pode
englobar as cargas decorrentes de instalaçõ es elétricas e hidrá ulicas, de
isolamentos térmico e acú stico e de pequenas peças fixadas na cobertura,
até o limite de 0,05 kN/m2;
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AÇÕ ES

→ Na ausência de especificaçã o mais rigorosa, todas as cargas gravitacionais variáveis, em pisos e balcõ es
suportados por pendurais, devem ser majoradas em 33%;

→ Em lajes, na fase de construçã o, deve-se prever uma sobrecarga mínima de 1 kN/m2

→ Em pisos, coberturas e outros, deve-se considerar, nã o cumulativamente com as demais açõ es variáveis,
uma força concentrada aplicada na posiçã o mais desfavorável, de intensidade compatível com o uso da
edificação:

ABNT NBR 6120:1980 prescreve:

1 kN para terças e banzo superior de treliças,

2,5 kN para degraus isolados de escadas, valor que nã o deve ser considerado na
composiçã o das açõ es que atuam nas vigas que suportam os degraus
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AÇÕ ES

→ A açã o pode ser aplicada apenas a uma parte da estrutura ou da barra, se


o efeito assim produzido for mais desfavorável que o resultante da
aplicação da açã o sobre toda a estrutura ou toda a barra

→ Diversos equipamentos mó veis de açõ es variáveis ( elevadores, pontes


rolantes) provocam impacto por seu funcionamento.

- Vertical: decorrente do peso pró prio da ponte trole,


dispositivos de içamento peso dos materiais.
- Transversal ao caminho de rolamento: decorrente
da aceleraçã o e desaceleraçã o do trole e do
desalinhamento do trilho da ponte.

- Longitudinal ao caminho de rolamento: decorrente


da aceleraçã o e desaceleraçã o do trole e do
desalinhamento do trilho do trole.
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AÇÕ ES

→ A açã o variável devido ao vento pode ser obtida pela ABNT NBR 6123.

→ A ABNT NBR 6123 fornece a velocidade bá sica do vento que é


convertida e força atuante nas edificaçõ es
→ Os fluxos de ar sobre uma edificaçã o podem causar sobrepressã o e
sucçã o em suas faces e em sua cobertura

→ Além da pressã o externa, o vento pode


provocar pressã o interna, que depende das
posiçõ es e das dimensõ es das aberturas
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AÇÕ ES

 Significado dos valores das ações

Os valores das açõ es, fornecidos por normas e especificaçõ es, sã o, de modo geral, característicos.

Para as açõ es permanentes, o valor característico AG,k é o valor médio, que difere muito pouco do má ximo.

Para as açõ es variáveis, o valor característico AQ,k corresponde à quele que tem entre 25% e 35% de probabilidade
de ser ultrapassado durante a vida ú til da edificaçã o
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MÉ TODO DOS ESTADOS-LIMITES


O método dos estados-limites utiliza uma sistemá tica de dimensionamento que prevê a verificaçã o da estrutura de
uma edificaçã o em vá rias situaçõ es extremas, caracterizadas por estados-limites ú ltimos e estados-limites de
serviço

▶ ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS
 Definição
Sã o aqueles relacionados com a segurança estrutural. Sua ocorrência significa sempre colapso, total ou parcial,
sendo associada à falha de material, instabilidade de um elemento ou de um conjunto estrutural, ou, ainda,
movimento de corpo rígido.

• Na verificaçã o de um estado-limite ú ltimo, considera-se o dimensionamento satisfató rio se for atendida a relaçã o.
Sd
 1,0 Sd  Rd
Rd

em que Sd é o esforço solicitante de cá lculo (força axial de traçã o ou compressã o, momento fletor ou força
cortante) que causa o estado-limite, e Rd é o esforço resistente de cá lculo correspondente para esse mesmo
estado-limite
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Um estado-limite ú ltimo também pode ser causado simultaneamente por mais de um esforço solicitante,
como na flexã o composta na qual, por exemplo, uma força axial de compressã o e um momento fletor podem
provocar, em conjunto, falha do material ou instabilidade de um elemento estrutural

k1 k2 kn
S   S d ,2   S d ,n 
1  d ,1   2    ...  n    1, 0
R  R R
 d ,1   d ,2   d ,n 

Sd,1 a Sd,n = n esforços solicitantes de cá lculo que, em conjunto, provocam o estado-limite ú ltimo;
Rd,1 a Rd,n = os correspondentes esforços resistentes de cá lculo;
ω1 a ωn = fatores de ajuste oriundos de resultados de aná lises numéricas;
k1 a kn = potências oriundos de resultados de aná lises experimentais.
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MÉ TODO DOS ESTADOS-LIMITES

 Fundamentos da combinações de ações


• De modo geral, as estruturas estã o sempre sujeitas a açõ es permanentes e açõ es variáveis.

• Caso atuem na estrutura mais de uma açã o variável, é bastante improvável que todas elas estejam com valor
igual ou superior ao característico ao mesmo tempo, durante o período de vida ú til da edificaçã o.

• Para levar isso em conta, assume-se que o efeito mais desfavorável do conjunto de açõ es ocorre quando uma das
açõ es variáveis está com seu valor característico, e as outras com valores denominados reduzidos, que sã o
valores inferiores ao característico em até 50%, dependendo do tipo da açã o.

• A açã o variável com o valor característico na combinaçã o é denominada açã o variável principal

• A combinaçã o que resultar no maior valor do efeito será adotada na verificação dos estados-limites ú ltimos,
desprezando-se as demais.
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 Fundamentos da combinações de ações


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 Coeficiente de redução – Fator de combinação


• Os valores reduzidos das açõ es variáveis sã o obtidos multiplicando-se o valor característico pelo fator de
combinaçã o y0 que depende do tipo de açã o, do local em ela atua e em alguns casos do elemento estrutural.
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 Determinação das solicitações de cálculo


• As açõ es combinadas precisam ser majoradas por coeficientes de ponderaçã o para considerar incertezas
envolvendo os valores característicos estipulados.

• Na verificaçã o do colapso estrutural, utilizam-se os efeitos das açõ es (esforços solicitantes e, em algumas
situaçõ es pouco frequentes, tensõ es solicitantes).

• Os coeficientes de ponderaçã o consideram, ainda, incertezas relacionadas aos valores desses efeitos obtidos da
aná lise estrutural, que utiliza um modelo idealizado (dimensõ es das peças, grau de rigidez das ligaçõ es)

• Os efeitos das açõ es para verificaçã o dos estados-limites ú ltimos devem ser obtidos a partir de aná lise estrutural
feita com uma combinaçã o de açõ es, chamada combinaçã o ú ltima de açõ es

n n
  
  gi Fgi,k   q1 FQ1,k    qj  0 j FQj ,k
i 1 j 2

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n n
  
  gi Fgi,k   q1 FQ1,k    qj  0 j FQj ,k
i 1 j 2

Fgi,k = valores característicos das açõ es permanentes

FQ1,k = valores característicos da açã o variável considerada como principal na combinação

FQj,k = valores característicos das demais açõ es variáveis


ggi = coeficiente de ponderaçã o das açõ es permanentes
gq1 e gqj = coeficiente de ponderaçã o das açõ es variáveis
yoj = fatores de combinaçã o que levam em conta a baixa probabilidade das açõ es variáveis de naturezas diferentes
atuarem simultaneamente com suas intensidades má ximas
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Deve-se notar que as incertezas variam em funçã o do tipo de açã o, desta forma sã o prescritos diferentes tipos
de coeficientes de ponderaçã o

 Combinação última normal


Usadas para os estados-limites ú ltimos que podem ocorrer durante toda a vida ú til da edificaçã o, apó s a obra
ter sido finalizada.

 Combinação última de construção

Utilizadas para os estados-limites ú ltimos que podem ocorrer durante a fase de construçã o.

 Combinação última excepcional

Quando os estados-limites ú ltimos que podem ocorrer sã o devido a açõ es excepcionais.


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 Coeficiente de ponderação

Pode-se notar que na tabela há dois valores


para os coeficientes de ponderaçã o.

O valor maior que 1,0 deve ser usado quando


a açã o permanente aumenta o efeito
procurado (açã o permanente desfavorável).

O valor igual a 1,0 deve ser usado quando a


açã o permanente reduz o efeito procurado
(açã o permanente favorável).
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• Como opçã o simplificadora para a combinaçã o de açõ es, as açõ es permanentes diretas podem ser
agrupadas e ponderadas por um ú nico coeficiente. Caso isso tenha sido feito, pode-se usar também apenas
um coeficiente para todas as açõ es variáveis.

• Os coeficientes unificados, aplicáveis à s açõ es permanentes e variáveis, dependem da intensidade de todas as


açõ es variáveis características atuantes no piso ou na cobertura em consideraçã o e do tipo de combinaçã o
(normal ou de construçã o).

Para combinaçõ es especiais o


coeficiente é o mesmo que na
combinaçõ es de construçã o

Para combinaçõ es excepcionais o


coeficiente é sempre 1,0

Permite-se que o coeficiente para o


efeito da temperatura seja tomado
como o usado no caso de açõ es
desagrupadas.
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 Determinação das resistência de cálculo


• Um esforço resistente de cá lculo ou uma tensã o resistente de cá lculo, é dado por:.

Rk
Rd 
a

Rk = esforço resistente nominal para o estado-limite em consideraçã o.


ga = coeficiente de ponderaçã o da resistência do aço (>1,0), é dividido em:

ga1 = 1,10 = EL relacionado ao escoamento e flambagem


ga1 = 1,35 = EL relacionado à ruptura
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▶ ESTADOS-LIMITES DE SERVIÇO

 Definição
Relacionam-se à capacidade da estrutura de desempenhar satisfatoriamente as funçõ es à s quais se destina

Sua ocorrência pode prejudicar a aparência, a funcionalidade de uma edificaçã o, o conforto dos ocupantes do
edifício, funcionamento de equipamentos. Podem causar trincas e rachaduras em alvenarias, danos diversos a
portas, esquadrias, janelas, materiais de acabamento, etc.

Para que nã o ocorra os estados-limites de serviço, os deslocamentos determinados a partir de uma combinação de
açõ es de serviço nã o podem superar os limites impostos pela ABNT NBR 8800:2008

As combinaçõ es de açõ es de serviço que, de acordo com seu período de atuaçã o sobre a estrutura, sã o classificadas
em:
- Quase permanentes
- Frequentes
- Raras
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 Combinações Quase Permanentes


Podem atuar da ordem da metade do período de vida ú til da estrutura, devem ser usadas quando se verifica apenas
a aparência da estrutura, o que é feito em situaçõ es nas quais os deslocamentos nã o provoquem danos à estrutura
ou a outros componentes da construçã o.
m n

 FGi,k    2 j FQj ,k
i 1 j 1

 Combinações Frequentes
Se repetem por volta de 105 vezes no período de vida ú til ou que têm uma duraçã o da ordem de 5% desse período,
devem ser utilizadas quando se verificam estados-limites reversíveis que incluem o conforto dos usuá rios e o
funcionamento de equipamentos

Pode-se citar vibraçõ es excessivas, movimento laterais excessivos que comprometam a vedaçã o, empoçamentos em
coberturas e abertura de fissuras m n

 FGi,k   1FQj,k    2 j FQj ,k
i 1 j 2

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 Combinações Raras
Podem atuar no má ximo algumas horas durante o período de vida ú til da estrutura, devem ser usadas quando se
verificam estados-limites irreversíveis, isto é, que causem danos permanentes à estrutura ou a componentes da
construçã o e danos relacionados ao seu funcionamento adequado ..

m n

 FGi,k  FQj ,k    2 j FQj,k
i 1 j 2

• Açõ es variáveis que reduzam o efeito procurado devem ser excluídas das combinaçõ es de serviço (por exemplo,
caso se esteja calculando a flecha de uma viga, de sentido gravitacional, açõ es que causem translaçõ es de baixo
para cima nã o entram nas combinaçõ es).

• Devem ser feitas tantas combinaçõ es de açõ es de serviço quantas forem as açõ es variáveis (uma combinaçã o
para cada açã o variável considerada principal), para as combinaçõ es frequentes e raras
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▶ DESLOCAMENTOS MÁXIMOS
A ABNT NBR 8800:2008, em seu anexo C, estabelece os deslocamentos má ximos permitidos para cada componente
de estrutura

- As travessas de fechamento devem ter deslocamento


limitado a L/180 no plano de fechamento.

- As terças de cobertura devem ter deslocamento


má ximo perpendicular ao plano de fechamento igual a
L/180, no sentido descendente.
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- As vigas de cobertura e de piso, inclusive as treliçadas, devem possuir deslocamentos verticais (flechas) má ximos
de L/250 e L/350, respectivamente.

- Caso uma viga suporte pilares, seu deslocamento vertical má ximo nã o deve superar L/500.
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- No caso do deslocamento vertical, as cargas


verticais nã o devem ser majoradas por coeficientes
de impacto.
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MÉ TODO DOS ESTADOS-LIMITES

- Nos galpõ es em geral e nos edifícios


de apenas um pavimento, o
deslocamento horizontal do topo
dos pilares em relaçã o à base nã o
pode superar H/300.

Em galpõ es com ponte rolante, adicionalmente:

- o deslocamento horizontal do nível da face superior da viga de rolamento em relaçã o à base nã o pode ser maior
que Hvr/400, em que Hvr é a distâ ncia entre esses dois pontos.

- no caso de pontes rolantes siderú rgicas, o deslocamento horizontal do nível da viga de rolamento nã o pode
superar 50 mm.

- o deslocamento horizontal diferencial entre pilares do pó rtico que suportam as vigas de rolamento nã o pode
superar 15 mm.
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MÉ TODO DOS ESTADOS-LIMITES

- Nos edifícios de dois ou mais pavimentos,


o deslocamento horizontal do topo dos
pilares em relaçã o à base nã o pode ser
maior que H/400.

- O deslocamento horizontal relativo entre


dois pisos consecutivos nã o pode superar
h/500.
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MÉ TODO DOS ESTADOS-LIMITES

 Considerações complementares sobre as flechas das vigas

Se a flecha total (δt) de uma viga for maior que a flecha limite imposta pela ABNT NBR 8800:2008 entã o pode
aplicar uma contraflecha.

Nesse caso a nova flecha total (δt) calculada apó s a contraflecha será dada por?

t   p  v  c

• δp e δv sã o, respectivamente, as flechas causadas pelas açõ es permanentes e variáveis


• δc é a contraflecha da viga

→ se δc for maior que δp, deve-se tomar δc igual a δp


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MÉ TODO DOS ESTADOS-LIMITES

• A contraflecha é dada a um perfil de aço durante a fabricaçã o, podendo ser executada por meio de:

- flexã o mecâ nica, com a utilizaçã o de equipamentos adequados para aplicar forças na viga que causam
tensõ es acima do regime elá stico, provocando uma curvatura permanente;

- aquecimento de uma das faces da viga, o que faz a viga sofrer deformaçõ es plá sticas e apresentar uma
curvatura que se manterá , em parte, apó s o resfriamento.;

• Na maioria das vezes, a contraflecha varia entre 50% e 100% da flecha provocada pela carga permanente
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MÉ TODO DOS ESTADOS-LIMITES

Todas as consideraçõ es relacionadas a flecha sã o vá lidas para vigas treliçadas, sendo que a contraflecha pode ser
executada de duas maneiras:

- Encurvando os banzos, projetados como barras contínuas ao longo de todo comprimento;

- Projetando os banzos como um conjunto de barras retas entre os nó s.


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▶ VIBRAÇÕES EM PISOS
A ABNT NBR 8800:2008 recomenda um método simplificado em substituiçã o à aná lise dinâ mica, advertindo que
eventualmente seu emprego pode nã o levar a um resultado satisfató rio, composto pelas seguintes regras

- nos pisos em que as pessoas caminham


regularmente, o deslocamento vertical má ximo
deve ser menor que 20 mm

- nos pisos em que as pessoas saltam ou dançam de forma


rítmica, o deslocamento vertical má ximo deve ser
menor que 9 mm

- nos pisos em a atividade for muito repetitiva, o


deslocamento vertical má ximo deve ser menor que 5 mm

→ Para essa situaçã o deve-se usar combinaçã o frequente de serviço.


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EXEMPLO 01

Na treliça de cobertura a seguir, pertencente a uma edificaçã o de uso comercial, atuam as açõ es indicadas, com seus
valores característicos, originadas dos seguintes carregamentos: carga permanente, sobrecarga, equipamento mó vel
e vento de sentido de A para C.

1) Obter as forças axiais solicitantes de cá lculo de traçã o e compressã o má ximas em todas as barras, para
uso normal da estrutura.
2) Verificar o deslocamento vertical do nó F (suposto como o nó que tem o maior deslocamento.
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EXEMPLO 01 - continuaçã o
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EXEMPLO 02

Refazer o EXEMPLO 01 considerando as açõ es agrupadas


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EXEMPLO 03

O piso mostrado a seguir pertencente a um edifício industrial, é constituído pelas vigas principais V1 e secundá rias
V2 e V3, todas birrotuladas, sobrepostas por uma laje de concreto armado, maciça, moldada no local, sem
revestimento, de 10 cm de espessura.

Sobre o piso atua uma sobrecarga de 6 kN/m², além de uma carga devida a um equipamento mó vel, que
eventualmente para pelo piso, igual a 14 kN/m². nã o haverá pesos ou equipamentos que permanecem fixos por
longos períodos de tempo, nem elevadas concentraçõ es de pessoas.

Sabendo que as vigas V1 possuem perfil soldado VS 500 x 86 e as vigas V2 perfil laminados W 310 x 38,7, fletidas
em relaçã o ao eixo de maior momento de inércia, para uso normal da edificaçã o:

1) Obter os momentos fletores solicitantes de cá lculo má ximos das vigas V1 e V2;


2) Dando uma contraflecha de 75% da flecha causada pela carga permanente, verificar se as flechas das
vigas V1 e V2 sã o aceitáveis.
3) Verificar as vibraçõ es de piso considerando que pessoas caminham regularmente sobre ele, supondo que
a deformaçã o axial dos quatro pilares no nível do piso é igual a 5 mm.
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EXEMPLO 03 - continuaçã o
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EXEMPLO 04

Determinar as açõ es de cá lculo críticas de acordo com a NBR 8800:2008 para uma coluna de um edifício industrial
submetida à s seguintes açõ es:

 NCP = -270 kN → Peso pró prio da estrutura e dos elementos ligados a ela

 NP1 = -350 kN → Ponte rolante 1

 NP2 = -280 kN → Ponte rolante 2

 NW1 = +350 kN → Vento – hipó tese 1

 NW2 = -180 kN → Vento – hipó tese 2

 NT1 = -100 kN → Temperatura

Obs.: As pontes rolantes 1 e 2 podem atuar simultaneamente.


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EXEMPLO 05

Determinar o momento de cá lculo má ximo (Md) para a viga indicada abaixo, considerando as seguintes açõ es:

 q1 = 4 kN/m → Peso pró prio da estrutura metá lica

 q2 = 8 kN/m → Peso pró prio da alvenaria

 q3 = 7,5 kN/m → sobrecarga de piso

 P1 = 20 kN → Carga de equipamento atuando no centro da viga

Obs.: dimensõ es em mm.


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EXEMPLO 06

Determinar o carregamento para a verificaçã o do estado-limite de serviço de deslocamento excessivo da viga piso
indicada abaixo, considerando as seguintes açõ es :

 q1 = 3,5 kN/m → Peso pró prio da estrutura metá lica

 q2 = 5,0 kN/m → Peso pró prio da alvenaria

 q3 = 18 kN/m → sobrecarga de piso

 q4 = 20 kN/m → Vento

Obs.: dimensõ es em mm.


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EXEMPLO 07

Determinar as açõ es de cá lculo que devem ser consideradas no projeto da treliça abaixo, de acordo com a NBR
8800:2008, tendo em conta as seguintes açõ es:

• PCP = 1,0 kN → Peso pró prio dos elementos de aço

• PEL = 1,5 kN → Peso pró prio dos elementos da cobertura

• PQC = 2,5 kN → Sobrecarga de cobertura

• PW1 = -3,0 kN → Vento Sucçã o

• PW2 = 2,0 kN → Vento Sobrepressã o

Obs.: dimensõ es em mm.

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