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- Aplicar os coeficientes de ponderaçã o e de combinaçã o para determinaçã o das açõ es de cá lculo através das
combinaçõ es de açõ es.
Açõ es, Segurança e Desempenho
CONSIDERAÇÕ ES INICIAIS
Para o projeto e execuçã o de estruturas de aço e concreto de edificaçõ es segue-se a norma brasileira atualmente
em vigor, a ABNT NBR 8800:2008, que adota como método de cá lculo o método dos estados-limites, o mais
empregado atualmente no mundo.
AÇÕ ES
Definição
Entende-se por açõ es em uma estrutura como o conjunto de influências que provocam estado de tensõ es,
deformaçõ es e movimento de corpo rígido em uma estrutura.
Classificação
AÇÕ ES
AÇÕ ES
• As açõ es permanentes podem ser determinadas a partir dos pesos específicos dos materiais de construçã o.
• A norma brasileira ABNT NBR 6120:1980 fornece, para os casos que nã o houver determinaçã o experimental, os
valores de muitos materiais constantemente utilizados.
Açõ es, Segurança e Desempenho
AÇÕ ES
Açõ es, Segurança e Desempenho
AÇÕ ES
• As açõ es variáveis mais comuns sã o as sobrecargas nos pisos
e coberturas das edificaçõ es, referentes a pessoas, mó veis,
utensílios e veículos.
AÇÕ ES
→ as açõ es variáveis podem ser reduzidas nos pilares e nas fundaçõ es de edifícios de vá rios pavimentos para
escritó rios, residências e casas comerciais nã o destinados a depó sitos, tendo por base a probabilidade
reduzida de todos os pavimentos estarem submetidos aos valores estipulados dessas açõ es simultaneamente;
AÇÕ ES
→ Na ausência de especificaçã o mais rigorosa, todas as cargas gravitacionais variáveis, em pisos e balcõ es
suportados por pendurais, devem ser majoradas em 33%;
→ Em pisos, coberturas e outros, deve-se considerar, nã o cumulativamente com as demais açõ es variáveis,
uma força concentrada aplicada na posiçã o mais desfavorável, de intensidade compatível com o uso da
edificação:
2,5 kN para degraus isolados de escadas, valor que nã o deve ser considerado na
composiçã o das açõ es que atuam nas vigas que suportam os degraus
Açõ es, Segurança e Desempenho
AÇÕ ES
AÇÕ ES
→ A açã o variável devido ao vento pode ser obtida pela ABNT NBR 6123.
AÇÕ ES
Os valores das açõ es, fornecidos por normas e especificaçõ es, sã o, de modo geral, característicos.
Para as açõ es permanentes, o valor característico AG,k é o valor médio, que difere muito pouco do má ximo.
Para as açõ es variáveis, o valor característico AQ,k corresponde à quele que tem entre 25% e 35% de probabilidade
de ser ultrapassado durante a vida ú til da edificaçã o
Açõ es, Segurança e Desempenho
▶ ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS
Definição
Sã o aqueles relacionados com a segurança estrutural. Sua ocorrência significa sempre colapso, total ou parcial,
sendo associada à falha de material, instabilidade de um elemento ou de um conjunto estrutural, ou, ainda,
movimento de corpo rígido.
• Na verificaçã o de um estado-limite ú ltimo, considera-se o dimensionamento satisfató rio se for atendida a relaçã o.
Sd
1,0 Sd Rd
Rd
em que Sd é o esforço solicitante de cá lculo (força axial de traçã o ou compressã o, momento fletor ou força
cortante) que causa o estado-limite, e Rd é o esforço resistente de cá lculo correspondente para esse mesmo
estado-limite
Açõ es, Segurança e Desempenho
Um estado-limite ú ltimo também pode ser causado simultaneamente por mais de um esforço solicitante,
como na flexã o composta na qual, por exemplo, uma força axial de compressã o e um momento fletor podem
provocar, em conjunto, falha do material ou instabilidade de um elemento estrutural
k1 k2 kn
S S d ,2 S d ,n
1 d ,1 2 ... n 1, 0
R R R
d ,1 d ,2 d ,n
Sd,1 a Sd,n = n esforços solicitantes de cá lculo que, em conjunto, provocam o estado-limite ú ltimo;
Rd,1 a Rd,n = os correspondentes esforços resistentes de cá lculo;
ω1 a ωn = fatores de ajuste oriundos de resultados de aná lises numéricas;
k1 a kn = potências oriundos de resultados de aná lises experimentais.
Açõ es, Segurança e Desempenho
• Caso atuem na estrutura mais de uma açã o variável, é bastante improvável que todas elas estejam com valor
igual ou superior ao característico ao mesmo tempo, durante o período de vida ú til da edificaçã o.
• Para levar isso em conta, assume-se que o efeito mais desfavorável do conjunto de açõ es ocorre quando uma das
açõ es variáveis está com seu valor característico, e as outras com valores denominados reduzidos, que sã o
valores inferiores ao característico em até 50%, dependendo do tipo da açã o.
• A açã o variável com o valor característico na combinaçã o é denominada açã o variável principal
• A combinaçã o que resultar no maior valor do efeito será adotada na verificação dos estados-limites ú ltimos,
desprezando-se as demais.
Açõ es, Segurança e Desempenho
• Na verificaçã o do colapso estrutural, utilizam-se os efeitos das açõ es (esforços solicitantes e, em algumas
situaçõ es pouco frequentes, tensõ es solicitantes).
• Os coeficientes de ponderaçã o consideram, ainda, incertezas relacionadas aos valores desses efeitos obtidos da
aná lise estrutural, que utiliza um modelo idealizado (dimensõ es das peças, grau de rigidez das ligaçõ es)
• Os efeitos das açõ es para verificaçã o dos estados-limites ú ltimos devem ser obtidos a partir de aná lise estrutural
feita com uma combinaçã o de açõ es, chamada combinaçã o ú ltima de açõ es
n n
gi Fgi,k q1 FQ1,k qj 0 j FQj ,k
i 1 j 2
Açõ es, Segurança e Desempenho
n n
gi Fgi,k q1 FQ1,k qj 0 j FQj ,k
i 1 j 2
Deve-se notar que as incertezas variam em funçã o do tipo de açã o, desta forma sã o prescritos diferentes tipos
de coeficientes de ponderaçã o
Utilizadas para os estados-limites ú ltimos que podem ocorrer durante a fase de construçã o.
Rk
Rd
a
▶ ESTADOS-LIMITES DE SERVIÇO
Definição
Relacionam-se à capacidade da estrutura de desempenhar satisfatoriamente as funçõ es à s quais se destina
Sua ocorrência pode prejudicar a aparência, a funcionalidade de uma edificaçã o, o conforto dos ocupantes do
edifício, funcionamento de equipamentos. Podem causar trincas e rachaduras em alvenarias, danos diversos a
portas, esquadrias, janelas, materiais de acabamento, etc.
Para que nã o ocorra os estados-limites de serviço, os deslocamentos determinados a partir de uma combinação de
açõ es de serviço nã o podem superar os limites impostos pela ABNT NBR 8800:2008
As combinaçõ es de açõ es de serviço que, de acordo com seu período de atuaçã o sobre a estrutura, sã o classificadas
em:
- Quase permanentes
- Frequentes
- Raras
Açõ es, Segurança e Desempenho
Pode-se citar vibraçõ es excessivas, movimento laterais excessivos que comprometam a vedaçã o, empoçamentos em
coberturas e abertura de fissuras m n
FGi,k 1FQj,k 2 j FQj ,k
i 1 j 2
Açõ es, Segurança e Desempenho
Combinações Raras
Podem atuar no má ximo algumas horas durante o período de vida ú til da estrutura, devem ser usadas quando se
verificam estados-limites irreversíveis, isto é, que causem danos permanentes à estrutura ou a componentes da
construçã o e danos relacionados ao seu funcionamento adequado ..
m n
FGi,k FQj ,k 2 j FQj,k
i 1 j 2
• Açõ es variáveis que reduzam o efeito procurado devem ser excluídas das combinaçõ es de serviço (por exemplo,
caso se esteja calculando a flecha de uma viga, de sentido gravitacional, açõ es que causem translaçõ es de baixo
para cima nã o entram nas combinaçõ es).
• Devem ser feitas tantas combinaçõ es de açõ es de serviço quantas forem as açõ es variáveis (uma combinaçã o
para cada açã o variável considerada principal), para as combinaçõ es frequentes e raras
Açõ es, Segurança e Desempenho
▶ DESLOCAMENTOS MÁXIMOS
A ABNT NBR 8800:2008, em seu anexo C, estabelece os deslocamentos má ximos permitidos para cada componente
de estrutura
- As vigas de cobertura e de piso, inclusive as treliçadas, devem possuir deslocamentos verticais (flechas) má ximos
de L/250 e L/350, respectivamente.
- Caso uma viga suporte pilares, seu deslocamento vertical má ximo nã o deve superar L/500.
Açõ es, Segurança e Desempenho
- o deslocamento horizontal do nível da face superior da viga de rolamento em relaçã o à base nã o pode ser maior
que Hvr/400, em que Hvr é a distâ ncia entre esses dois pontos.
- no caso de pontes rolantes siderú rgicas, o deslocamento horizontal do nível da viga de rolamento nã o pode
superar 50 mm.
- o deslocamento horizontal diferencial entre pilares do pó rtico que suportam as vigas de rolamento nã o pode
superar 15 mm.
Açõ es, Segurança e Desempenho
Se a flecha total (δt) de uma viga for maior que a flecha limite imposta pela ABNT NBR 8800:2008 entã o pode
aplicar uma contraflecha.
Nesse caso a nova flecha total (δt) calculada apó s a contraflecha será dada por?
t p v c
• A contraflecha é dada a um perfil de aço durante a fabricaçã o, podendo ser executada por meio de:
- flexã o mecâ nica, com a utilizaçã o de equipamentos adequados para aplicar forças na viga que causam
tensõ es acima do regime elá stico, provocando uma curvatura permanente;
- aquecimento de uma das faces da viga, o que faz a viga sofrer deformaçõ es plá sticas e apresentar uma
curvatura que se manterá , em parte, apó s o resfriamento.;
• Na maioria das vezes, a contraflecha varia entre 50% e 100% da flecha provocada pela carga permanente
Açõ es, Segurança e Desempenho
Todas as consideraçõ es relacionadas a flecha sã o vá lidas para vigas treliçadas, sendo que a contraflecha pode ser
executada de duas maneiras:
▶ VIBRAÇÕES EM PISOS
A ABNT NBR 8800:2008 recomenda um método simplificado em substituiçã o à aná lise dinâ mica, advertindo que
eventualmente seu emprego pode nã o levar a um resultado satisfató rio, composto pelas seguintes regras
EXEMPLO 01
Na treliça de cobertura a seguir, pertencente a uma edificaçã o de uso comercial, atuam as açõ es indicadas, com seus
valores característicos, originadas dos seguintes carregamentos: carga permanente, sobrecarga, equipamento mó vel
e vento de sentido de A para C.
1) Obter as forças axiais solicitantes de cá lculo de traçã o e compressã o má ximas em todas as barras, para
uso normal da estrutura.
2) Verificar o deslocamento vertical do nó F (suposto como o nó que tem o maior deslocamento.
Açõ es, Segurança e Desempenho
EXEMPLO 01 - continuaçã o
Açõ es, Segurança e Desempenho
EXEMPLO 02
EXEMPLO 03
O piso mostrado a seguir pertencente a um edifício industrial, é constituído pelas vigas principais V1 e secundá rias
V2 e V3, todas birrotuladas, sobrepostas por uma laje de concreto armado, maciça, moldada no local, sem
revestimento, de 10 cm de espessura.
Sobre o piso atua uma sobrecarga de 6 kN/m², além de uma carga devida a um equipamento mó vel, que
eventualmente para pelo piso, igual a 14 kN/m². nã o haverá pesos ou equipamentos que permanecem fixos por
longos períodos de tempo, nem elevadas concentraçõ es de pessoas.
Sabendo que as vigas V1 possuem perfil soldado VS 500 x 86 e as vigas V2 perfil laminados W 310 x 38,7, fletidas
em relaçã o ao eixo de maior momento de inércia, para uso normal da edificaçã o:
EXEMPLO 03 - continuaçã o
Açõ es, Segurança e Desempenho
EXEMPLO 04
Determinar as açõ es de cá lculo críticas de acordo com a NBR 8800:2008 para uma coluna de um edifício industrial
submetida à s seguintes açõ es:
NCP = -270 kN → Peso pró prio da estrutura e dos elementos ligados a ela
EXEMPLO 05
Determinar o momento de cá lculo má ximo (Md) para a viga indicada abaixo, considerando as seguintes açõ es:
EXEMPLO 06
Determinar o carregamento para a verificaçã o do estado-limite de serviço de deslocamento excessivo da viga piso
indicada abaixo, considerando as seguintes açõ es :
q4 = 20 kN/m → Vento
EXEMPLO 07
Determinar as açõ es de cá lculo que devem ser consideradas no projeto da treliça abaixo, de acordo com a NBR
8800:2008, tendo em conta as seguintes açõ es: