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ELÉTRICOS
Cícero Augusto de Souza
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SUMÁRIO
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Apresentação
Caro estudante, neste bloco vamos estudar a aplicação prática de motores elétricos
monofásicos, envolvendo tipo de motores, vantagens e desvantagens de cada tipo. Os
motores elétricos monofásicos são bastante presentes em instalações residenciais e
comerciais de pequeno porte. Por conta disso, é muito importante detalharmos a
operação dessas máquinas. Esse é o objetivo desse bloco bem como passar ao aluno
tópicos de normatização e segurança elétrica
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Como pode ser visto na Figura 1.1, os terminais 1 e 2 são conectados a uma metade e
os terminais 3 e 4 à segunda metade do enrolamento. Assim, podemos conectar o
motor em uma tensão maior ou menor. Conectando 2 e 3 temos a tensão maior e
conectando 1 com 3 e 2 com 4 temos a tensão menor. Nesse tipo de ligação também
não é possível a inversão do sentido de rotação.
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Esses motores de indução podem ser Shaded pole, Split phase e com capacitores
auxiliares.
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Para identificar as bobinas nesses motores, devemos medir a resistência ôhmica entre
cada terminal. A bobina com maior resistência, identificamos como bobina auxiliar. E,
como consequência, as demais bobinas são as principais.
Agora, temos que medir a polaridade das bobinas. Devemos conectar as bobinas
conforme a Figura 1.11 e aplicar a tensão nominal delas e medir a corrente.
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Solução:
𝑷𝒆𝒊𝒙𝒐 𝟐. 𝟕𝟑𝟔
𝑰𝑵 = = = 𝟖, 𝟒𝟓 𝑨
𝑽𝒏 . 𝒇𝒑. 𝜼 𝟐𝟐𝟎. 𝟎, 𝟖𝟖. 𝟎, 𝟗𝟎
𝑽𝑵 𝟐𝟐𝟎
𝑿𝑳 ≅ = = 𝟐𝟔 Ω
𝑰𝑵 𝟖, 𝟒𝟓
𝟏 𝟏
𝑪= = ≅ 𝟏𝟎𝟎 𝒖𝑭
𝟐𝝅𝒇𝑿𝑳 𝟐𝝅. 𝟔𝟎. 𝟐𝟔
O relé térmico deverá ter, em seu range de ajuste, o valor de 8,45 A ou próximo. Para
especificar o fusível, devemos saber a corrente de partida:
𝑰𝒑 = 𝟔. 𝑰𝑵 = 𝟔. 𝟖, 𝟒𝟓 ≅ 𝟓𝟏 𝑨
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A 𝑰𝒇𝒖𝒔í𝒗𝒆𝒍 𝑴á𝒙𝒊𝒎𝒐 𝑪𝒐𝒏𝒕𝒂𝒕𝒐𝒓 e 𝑰𝒇𝒖𝒔í𝒗𝒆𝒍 𝑴á𝒙𝒊𝒎𝒐 𝒓𝒆𝒍é 𝒕é𝒓𝒎𝒊𝒄𝒐 foi considerada 20 A (dados do
fabricante).
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Dessa forma, os motores síncronos podem ser utilizados para a correção do fator de
potência no lugar da aplicação de capacitores. Para potências inferiores a 50 CV não é
aconselhável essa aplicação.
O motor de relutância variável (MRV) é uma tecnologia bem antiga. Possui uma
estrutura simples, combinando a simplicidade dos enrolamentos de campo das
máquinas CC com a robustez dos motores de indução. Esse tipo de motor não utiliza
escovas ou comutadores. Essas máquinas são produzidas de tal forma que a estrutura
de ferro do estator e motor proporcione a alteração da relutância, dependendo da
posição do rotor.
O acionamento desse tipo de máquina é feito por controles eletrônicos, pois não é
possível simplesmente ligá-lo a rede elétrica.
Esses motores também são conhecidos como motores de passo. As aplicações desses
motores são encontradas em impressoras de jato de tinta, máquinas CNC etc.
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Esses acidentes geralmente ocorrem por causa de falta de atenção ou pressões para
atender a alguma ordem do chefe ou supervisor.
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Exemplo: Se você entrar em contato direto com 120 V e a resistência do seu corpo for
100.000 Ω, então a corrente será:
𝟏𝟐𝟎
𝑰= = 𝟏, 𝟐𝟎 𝒎𝑨
𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
Agora, se você estiver suado e descalço, então a sua resistência para a terra pode ser
tão baixa quanto 1000 Ohms. Para esse caso, a corrente será:
𝟏𝟐𝟎
𝑰= = 𝟏𝟐𝟎 𝒎𝑨
𝟏𝟎𝟎𝟎
Assim, podemos concluir o quão danoso pode ser o choque elétrico dependendo das
condições do ambiente e do corpo no momento do acidente. Por isso, é muito
importante o uso de EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual) para os trabalhos
com eletricidade (luvas e calçados isolantes por exemplo).
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Conclusão
Caro estudante, neste bloco nós vimos os principais tópicos de motores monofásicos,
aplicações e modos de ligações. Também foram apresentadas as aplicações de
motores síncronos e motores universais muito importantes para a utilização em
eletrodomésticos e ferramentas giratórias. Vimos também os motores de relutância
variável, muito utilizados em impressoras e máquinas de usinagem de precisão (CNC).
Os tópicos de segurança do trabalho em eletricidade também foram abordados
Referências Bibliográficas
AGNIHOTRI, N. Stepper Motor: Basic, Types and Working. Engineers Garage, 2011.
Disponível em: <https://bit.ly/3hDWCtV>. Acesso em: 31 mar. 2021.
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Apresentação
Caro estudante, neste bloco vamos estudar a aplicação prática de motores elétricos
trifásicos, envolvendo tipo de motores, características operacionais, ligações etc. Os
motores elétricos trifásicos são amplamente disseminados nas instalações elétricas
industriais e comerciais de pequeno e grande porte. O objetivo do bloco é, também,
estudar o motor de indução trifásico, que é o mais usual em instalações, e detalhar sua
operação e fator de potência.
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Para grandes potências, é mais indicado do que os motores de rotor gaiola de esquilo.
É possível controlar a velocidade de motores com rotor bobinado através do controle
das resistências conectadas através das escovas. A figura a seguir apresenta esse
controle.
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O freio é acionado através de pastilhas montadas junto a uma mola que, através de
uma bobina que é energizada junto com o motor, faz com que a pastilha de freio libere
o giro do eixo. Ao desligar a energia, a bobina perde sua alimentação e ocorre a
frenagem do eixo do motor.
São motores projetados especialmente para ocorrer a redução das perdas por efeito
joule nos enrolamentos, correntes parasitas etc. São características dele:
Bitola dos enrolamentos aumentada para reduzir perdas por efeito Joule;
Rendimento (η);
Escorregamento (s);
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Sentido de rotação;
Elétricas;
Magnéticas;
Mecânicas;
Parasitas.
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Na vida prática, podemos nos deparar com terminais de motor sem identificação,
assim, é muito importante sabermos identificá-las para evitar erros de conexão e
possível danos ao motor.
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Os motores elétricos possuem Potência Ativa (kW), Reativa (kVAr) e Aparente (kVA).
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Os motores possuem um baixo fator de potência por conta de sua natureza indutiva.
Motores superdimensionados ou com baixa carga também ajudam a decrescer o fator
de potência. Como são máquinas indispensáveis na transformação de energia,
devemos conviver com eles. O fator de potência mínimo permitido para não ser
penalizado é 0,92 (ANEEL). Para melhora do fator de potência podemos:
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Como os MIT´s são amplamente difundidos na indústria e tem o custo reduzido frente
a máquina síncrona, vamos enfatizar a correção do fator de potência com os motores
de indução. Preferencialmente, temos que procurar instalar os capacitores de correção
do fator de potência próximos ao motor (acoplado) ou em seu painel de acionamento
(CCM). Isso evita o investimento em grandes bancos de capacitores ao tentar corrigir
no painel geral de baixa tensão da instalação, por exemplo. Como prática, recomenda-
se sempre que instalar um MIT, já providenciar a instalação da devida correção do
fator de potência.
Segue equacionamento:
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Os motores trifásicos são especificados por sua potência mecânica em seu eixo em CV
ou kW. A corrente elétrica extraída da rede deve levar em conta além dessa potência,
as perdas do motor (rendimento). A potência ativa extraída da rede de um MIT pode
ser calculada conforme a seguir:
𝑷𝒆𝒊𝒙𝒐
𝑷𝒓𝒆𝒅𝒆 =
𝜼
𝜼 à Rendimento do motor;
Através dos dados de placa de motor, podemos também calcular a potência ativa no
eixo do motor (caso essa não esteja indicada):
Isolando 𝑰𝑳 e fazendo 𝑰𝑳 = 𝑰𝑵 :
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𝑷𝒆𝒊𝒙𝒐
𝑰𝑵 =
√𝟑. 𝑽𝑳 . 𝐜𝐨𝐬 𝝋 . 𝜼
Tensão Nominal;
Corrente Nominal;
Velocidade;
Tabela de Motores
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Figura 2.12 - Tabela com Característica de Motores WEG W22 Super Premium .
Exercício 1: Determinar a corrente de partida que circula pela rede que alimenta um
motor de 20 CV, 60 Hz, 220 V, Ip/In = 6,3 ligado em delta com rendimento de 89,30% e
fator de potência de 0,79, com uma carga de 75%.
Solução:
𝑷𝒆𝒊𝒙𝒐 𝟏𝟒, 𝟕𝟐 𝒌𝑾
𝑷𝒓𝒆𝒅𝒆 = = = 𝟏𝟔, 𝟒𝟖 𝒌𝑾
𝜼 𝟎, 𝟖𝟗𝟑
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𝑷𝒆𝒊𝒙𝒐 𝟏𝟔, 𝟒𝟖 𝒌𝑾
𝑺𝒓𝒆𝒅𝒆 = = = 𝟐𝟎, 𝟖𝟔 𝒌𝑽𝑨
𝒇𝒑 𝟎, 𝟕𝟗
𝑺 𝟐𝟎, 𝟖𝟔 𝒌𝑽𝑨
𝑺 = √𝟑. 𝑽𝑳 . 𝑰𝑳 → 𝑰𝑳 = = = 𝟓𝟒, 𝟕𝟒 𝑨 = 𝑰𝑵
√𝟑. 𝑽𝑳 √𝟑. 𝟐𝟐𝟎
𝑰𝒑
= 𝟔, 𝟑𝟎 → 𝑰𝒑 = 𝟔, 𝟑𝟎. 𝑰𝑵 = 𝟔, 𝟑𝟎. 𝟓𝟒, 𝟕𝟒 = 𝟑𝟒𝟒, 𝟖𝟔 𝑨
𝑰𝑵
𝑷𝒆𝒊𝒙𝒐 𝟏𝟒, 𝟕𝟐 𝒌𝑾
𝑰𝑵 = = = 𝟓𝟒, 𝟕𝟓 𝑨
√𝟑. 𝑽𝑳 . 𝐜𝐨𝐬 𝝋 . 𝜼 √𝟑. 𝟐𝟐𝟎. 𝟎, 𝟕𝟗. 𝟎, 𝟖𝟗𝟑
Solução:
𝑪𝒖𝑭 𝟒𝟎𝟎
𝑪∆ = = = 𝟏𝟑𝟑 𝒖𝑭
𝟑 𝟑
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Conclusão
Referências Bibliográficas
WEG. W22 Motor Elétrico Trifásico: Catálogo Técnico Mercado Brasil. 2021. Disponível
em: <https://bit.ly/36zcffN>. Acesso em: 1 abr. 2021.
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3.DIAGRAMA DE COMANDO
Apresentação
Para controle desses dispositivos, são utilizadas botoeiras que possuem cores definidas
conforme a seguir:
Branco ou azul função customizada, que deve ser diferente das anteriores.
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Chave com retenção ou trava Ao acioná-la, seu contato é comutado e fica na nova
posição até que seja desacionada. Um exemplo desse tipo de chave é uma botoeira de
desligamento de emergência. Uma vez acionada, só com outra manobra é possível
fazê-la retornar à condição inicial.
Com a mesma lógica do descrito anterior, há chaves com diversos contatos auxiliares
com ou sem retenção, chaves seletoras etc.
Manobra e Proteção
Dispositivos de baixa tensão (BT) Utilizado em circuitos com tensão de linha menor
que 1 kV;
Dispositivos de alta tensão (AT) Utilizado em circuitos com tensão de linha maior
que 1 kV;
Circuito Auxiliar Se difere do principal pelo fato de ser responsável pelo comando e
intertravamentos do acionamento da máquina;
Proteção
Os circuitos conectados a uma rede elétrica estão sujeitos a sofrerem falhas por algum
motivo. Essas falhas devem ser detectadas pelo sistema de proteção para que os
danos sejam minimizados. As principais falhas em instalações com motores elétricos
são:
Curto-circuito Trata-se do contato entre uma fase e a terra ou ambas as fases entre
si. Esse tipo de defeito costuma causar altas correntes pelo circuito de potência, por
conta disso, os dispositivos de proteção devem atuar o mais rápido possível para evitar
danos às instalações elétricas;
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Para evitar que os defeitos à que instalações estão sujeitas causem danos e/ou
perturbações adicionais, devem ser adotadas medidas de proteção que visem:
Inversão de fase;
Falta de fases;
Fusíveis
São dispositivos que tem a função de proteção dos circuitos de força e/ou comando
contra curtos-circuitos. Também atuam como limitadores de correntes de curto-
circuito. Os fusíveis atuam conforme uma curva de operação que, quanto maior a
corrente de defeito, menor seu tempo de atuação.
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Geralmente, os fusíveis podem ser do tipo D (Diazed) ou do tipo NH. Os fusíveis do tipo
D geralmente são utilizados para proteção de circuitos de comando. Já os fusíveis do
tipo NH são usados para proteção dos circuitos de força.
Os fusíveis podem ser de ação rápida ou retardada. Os fusíveis de ação rápida, como o
próprio nome diz, são mais velozes para atuação frente aos retardados. Para proteção
de motores, os fusíveis de ação retardada são os mais recomendados, por conta da
natureza motórica, há sobrecorrentes que são admissíveis, como a corrente de partida
por exemplo.
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Relé de tempo com retardo na energização Comuta seus contatos após um tempo
pré-ajustado após sua energização.
Relé de sequência de fase São relés que monitoram a tensão trifásica e detectam se
ela está com a sequência invertida. Se assim for, comutam os contatos para que eles
sejam utilizados para intertravamentos;
Relé de falta de fase São relés que monitoram a tensão trifásica e detectam quando
falta 1 ou mais fases. Se assim for, comutam os contatos para que eles sejam utilizados
para intertravamentos;
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Relé de mínima e máxima tensão São relés que monitoram a tensão trifásica e
detectam quando há sub ou sobretensão na rede. Se assim for, comutam os contatos
para que eles sejam utilizados para intertravamentos;
Há, também, versão desses relés que fazem várias funções em um único dispositivo,
são os chamados relés supervisores trifásico.
Diagrama Multifilar
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Diagramas Unifilares
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Diagramas de Bloco
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Solução:
O sistema elétrico, de uma forma geral, tem origem em grandes usinas geradores de
energia. Essas usinas, no Brasil, em sua maioria, são de origem hidroelétrica.
Geralmente, a tensão é gerada em média tensão (2,4 a 13,8 kV). Assim, ao lado dessas
usinas são montadas estruturas com subestações para elevar essa tensão a níveis
propícios para transmissão (tais como 138/230/440 kV). Próximo aos centros urbanos,
essa alta tensão é rebaixada e inserida nas redes de distribuição.
São nessas redes de distribuição que são conectadas as cargas finais (a maioria dos
usuários), sejam eles industriais, comerciais e residenciais. No caso dos industriais
(onde existem a maioria dos motores), geralmente recebem energia em tensão
primária de distribuição. Portanto, obrigatoriamente, esse tipo de consumidor deve
possuir uma subestação primária para transformar essa tensão oriunda da
concessionária de energia a níveis de utilização. Para isso, essas instalações são
dotadas de transformadores de potência.
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Esse quadro deve possuir aterramento e deve ser sinalizado para sua função. Também
deve possuir identificação das botoeiras e led´s e seus diagramas devem ser fixados
em sua porta pelo lado de dentro.
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Número de fases: 3
Potência: 10 CV
In = 25 A
Total de gavetas 5
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Solução:
Componentes da gaveta:
01 contator tripolar
01 relé térmico
03 fusíveis tipo D
01 botão Liga
01 botão desliga
01 led vermelho
Pela tabela acima, o modelo escolhido foi do CWM25 da Weg. Para esse modelo, a
corrente máxima dos fusíveis deverá ser de 50 A.
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Pela tabela acima, o modelo escolhido foi do RW67D – 25 a 40 A da Weg. Para esse
modelo, a corrente máxima dos fusíveis deverá ser de 80 A.
Ip = 6 . 25 = 150 A
50
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Conclusão
Caro estudante, neste bloco, nós vimos os principais componentes para acionamento
eletromecânico para controle e manobras de motores elétricos. Esses dispositivos são
aplicados nos circuitos de força e de comando. Para comando de motores,
conhecemos os dispositivos de força principal e auxiliares para viabilizar o
funcionamento dos equipamentos de forma segura. Também conhecemos os
dispositivos de proteção e os passos necessários para dimensionamento de quadros e
CCM´s.
Referências Bibliográficas
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Apresentação
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Essa partida é bem simples, porém, é mais vantajosa frente a anterior. Isso ocorre por
conta da operação liga/desliga o motor que é feita por um contator através de um
comando elétrico. Esse comando geralmente fica dentro do quadro e o operador não
tem contato com o circuito de potência, assim, qualquer dano no componente de
partida não gera risco ao trabalhador. Essa chave de partida necessita de um
dimensionamento de dispositivos de proteção (fusíveis, relés etc.). Esse tipo de partida
é em tensão plena, ou seja, haverá o pico nominal do motor durante a ligação.
Por conta da corrente de partida elevada, esse tipo de chave deve ser aplicado em
motores até 5 CV (instalações residenciais e pequenos comércios) e até 10 CV em
instalações industriais.
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Partida rápida;
Baixo custo.
E, também, há desvantagens:
Para o funcionamento dessa chave de partida, deve ser montado um painel de força
contendo os circuitos de força e comando para esse motor. O painel deverá ser
montado conforme diagramas abaixo:
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Na prática, a exigência principal dessa partida é que ela seja feita em vazio. Pois nesse
momento não necessita de um torque de partida elevado. Aplicando-se a carga
somente após o motor ser conectado em delta e atingir seu regime nominal. Com a
redução da tensão de alimentação no momento da partida, o torque da máquina será
de 20 a 50% do conjugado nominal. O tempo de transição entre a conexão estrela e
triângulo vai depender do tempo o qual o motor estabiliza-se com a rotação,
geralmente, entre 75% e 85% da velocidade nominal. Esse tempo de transição é
controlado através de um relé de tempo.
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𝑻∆ = 𝑲. 𝑽𝟐𝑵
K é a constante do motor;
𝑽𝑵 = 𝑽𝑳 𝒆 𝑰𝑵 = 𝑰𝑳
Assim:
𝑻∆ = 𝑲. 𝑽𝟐𝑳
Em Y:
𝑽𝑳
𝑽𝒇 =
√𝟑
𝟐
𝑽𝑳
𝑻𝒀 = 𝑲. ( )
√𝟑
𝑽𝑳 𝟐
𝑻𝒀 = 𝑲.
𝟑
Portanto, o torque em estrela vale 1/3 do torque em delta. Agora, se quisermos saber
a impedância de fase de um MIT:
𝑽𝑵 √𝟑. 𝑽𝑵
𝒁= =
𝑰𝑵 𝑰𝑵
√𝟑
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Desvantagens:
Se a transição for feita com uma velocidade inferior 90% da rotação nominal,
poderá haver um pico de corrente considerável;
01 Autotransformador conectado em Y;
03 Contatores de força;
03 Fusíveis retardados;
01 Relé de tempo.
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A definição do tap a ser utilizado irá depender do conjugado necessário para partir o
MIT. Geralmente esse tipo de partida é utilizado quando se quer uma redução da
corrente de partida e um torque de partida maior do que o conseguido pela chave
estrela-triângulo. Geralmente é utilizada para motores acima de 30 CV.
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A chave compensadora pode ser aplicada em motores que não possuem todos os
terminais acessíveis e sem dupla tensão. Também pode ser aplicada para motores
acima de 1 kV.
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𝑽𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂 𝑽𝒔𝒂í𝒅𝒂
= =𝒂
𝑵𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂 𝑵𝒔𝒂í𝒅𝒂
Se adotarmos:
𝑻𝒂𝒑
𝒂=
𝟏𝟎𝟎
Assim:
𝑰𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂 = 𝑰𝒔𝒂í𝒅𝒂 . 𝒂
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Agora, o torque:
𝑻 = 𝑲. 𝑽𝟐𝑵
Limitação de manobras;
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Quanto maior o valor das resistências no circuito do rotor, menor será a corrente de
partida. Esses resistores devem ser instalados em série com os enrolamentos do rotor.
Quando o motor for partir, ele parte com a resistência total conectada aos
enrolamentos do rotor. E, aos poucos, essa resistência vai sendo desconectada
(automaticamente ou intencionalmente) até que motor atinja sua velocidade nominal
ou próxima. Na prática, esse momento ocorre quando colocamos o rotor em curto-
circuito, isto é, sem nenhuma resistência externa conectada.
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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO 1
Dimensionar uma chave de partida direta para um motor de 20 CV, seis pólos, 380 V,
60 Hz. Sabe-se que a tensão de comando é 220 V e o tempo de partida vale 2
segundos. A corrente de curto do quadro é 40 kA.
70
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In = 32,35 A
Ip/In = 7,50
Solução:
O único critério é que o relé térmico tenha, entre seus ajustes disponíveis, o valor da
corrente nominal do motor. Deve ser observado os modelos disponíveis com o
fabricante desejado. Lembrando que deve haver o “casamento” entre o relé térmico e
o contator escolhido, ambos são acoplados elétrica e mecanicamente.
Deve ser tomado como base, a corrente e o tempo de partida. Esse valor deve ser
espelhado em uma curva tempo x corrente dos fusíveis do fabricante desejado.
Com base na figura a seguir, os fusíveis deverão ser de 50 A. Isso irá permitir a
passagem da corrente de partida sem queimar.
71
,
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO 2
In = 52,60 A
Ip/In = 6,30
Solução:
𝟔𝟎, 𝟓
𝑰𝑲𝟏 = 𝑰𝑲𝟐 = ≅ 𝟑𝟓 𝑨
√𝟑
𝟔𝟎, 𝟓
𝑰𝑲𝟑 = ≅ 𝟐𝟎 𝑨
𝟑
K1 e K2 Contatores CWM40
K3 Contator CWM25
O relé térmico deverá ter no seu range de ajustes o valor de 35 A. Pois é essa a efetiva
corrente que circulará pelo contator/relé com o motor em plena carga.
A tabela de contatores e relés pode ser vista junto à catálogos do fabricante. Agora,
vamos dimensionar os fusíveis. Para isso, devemos saber a corrente de partida com o
motor conectado em estrela. Essa será:
𝟑𝟖𝟏
𝑰𝑷−𝒀 = = 𝟏𝟐𝟕 𝑨
𝟑
Basicamente, a corrente dos fusíveis (If) devem satisfazer:
Sabe-se que:
E que, conforme catálogo do fabricante (WEG), as correntes máximas dos fusíveis dos
componentes especificados anteriormente (contatores e relé térmico) vale 80/100 A
respectivamente.
03 Fusíveis 80 A
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,
Conclusão
Caro estudante, neste bloco nós vimos os principais métodos de partidas de motores
elétricos trifásicos utilizados no mercado. Esses métodos são os aplicados com
componentes eletromecânicos e técnicas de redução de tensão não eletrônicas. Com o
material desse bloco é possível analisar e decidir sobre qual sistema de partida utilizar
e o seu custo-benefício.
Referências Bibliográficas
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,
Apresentação
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,
O tempo para atingir a tensão total do equipamento é ajustável. De uma forma geral
fica entre 2 e 30 segundos. Com esse controle eletrônico da tensão durante a partida,
não há um grande pico de corrente. Esse ajuste deve ser feito conforme a carga.
Também é possível configurar uma limitação para a corrente de partida, geralmente
entre 200 e 400% da corrente nominal do motor.
Soft start Abrange as aplicações gerais. É configurado pelo usuário um torque inicial
para o motor. A partir desse ajuste, a tensão de saída do motor é aumentada
linearmente durante o tempo da rampa de aceleração, que é ajustável pelo usuário;
77
,
Limitação da corrente de partida Esse método fornece uma partida com a limitação
do pico de corrente. Nesse modo, é possível ajustar a corrente e o tempo de partida;
Partida em rampa dupla Esse modo é útil em aplicações com cargas variáveis. A
partida com rampa dupla oferece ao usuário a possibilidade de escolher entre dois
perfis de partida com tempos de rampa e torques ajustáveis separadamente.
Parada suave.
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80
,
Dado um motor de 460 VCA e 60 Hz, temos uma relação V/Hz igual a 7,67. Portanto,
para qualquer valor de frequência entre 0 e 60 Hz, o inversor diminuirá a tensão para
manter sempre a relação igual. Para frequências acima de 60 Hz, devemos manter a
tensão aplicada estável, assim o torque irá diminuir.
Essa variação V/Hz para controlar o motor, chamamos de forma escalar. Essa forma de
controle é a mais usual, porém, não tem precisão quanto a velocidade, mas, de uma
forma geral, atende as principais cargas. A faixa de frequências operadas normalmente
vai de 10 a 60 Hz.
5.3 Teoria do controle vetorial de MIT para controle de posição e aplicação nos
inversores
81
,
𝑻𝒅 = 𝑲𝒕 𝑰𝒂 𝑰𝒇
A figura a seguir mostra um motor de indução alimentado por inversor com duas
entradas de controle de corrente: 𝑰∗𝒅𝒔 𝒆 𝑰∗𝒒𝒔 são as componentes do eixo-direto e eixo-
quadratura da corrente do estator, respectivamente, em um sistema de referência de
rotação síncrona. No controle vetorial, 𝑰∗𝒒𝒔 é análoga à corrente de campo 𝑰𝒇 , e 𝑰∗𝒅𝒔 à
corrente de armadura 𝑰𝒂 de um motor CC. Assim, o torque desenvolvido de um motor
de indução é dado por: 𝑻𝒅 = 𝑲𝒎 ∅𝒓 𝑰𝒇 = 𝑲𝒕 𝑰𝒅𝒔 𝑰𝒒𝒔 .
82
,
Onde temos:
83
,
Basicamente, essa teoria foi desenvolvida para termos um inversor que contenha um
modelo matemático do MIT que consiga controlar a máquina em tempo real. Assim,
pode-se fazer correções no funcionamento sob qualquer condição de carga.
84
,
Para isso, é necessário ter um sistema de controle que receba sinal externo de
velocidade da máquina, conforme a figura a seguir:
Malha aberta;
Malha fechada.
85
,
A definição entre um ou outra irá depender da forma como ele obtêm as informações
de realimentação. Os inversores de malha aberta se alimentam de informações que
são capturadas pelo próprio hardware do inversor e aplicadas no sistema. Os de malha
fechada recebem um sinal externo.
86
,
87
,
O freio é acionado através de pastilhas montadas junto a uma mola que, através de
uma bobina, que é energizada junto com o motor, faz com que a pastilha de freio
libere o giro do eixo. Ao desligar a energia, a bobina perde sua alimentação e ocorre a
frenagem do eixo do motor.
Nesse tipo de frenagem é aplicada uma reversão momentânea ao motor, fazendo que
ele experimente uma força tendendo à reversão, mas antes que isso ocorra, a chave
de frenagem (reversão) é desligada.
88
,
Frenagem Dinâmica
Em motores CA, há uma energia excedente gerada quando a carga aciona o motor
durante a desaceleração, em vez do motor acionar a carga. Essa energia volta para o
tensão se elevar muito, o inversor pode sofrer avarias. Portanto, é necessário aplicar
no barramento CC, conforme figura a seguir, para absorver o excesso de energia. Para
Frenagem CC (Eletromagnética)
Exercício de aplicação 1:
90
,
Solução:
IK1 = In
𝑼𝑵
𝒁=
𝑰𝑵
(𝑲. 𝑼𝑵 )
𝒁=
𝑰𝑺
𝑼𝑵 (𝑲. 𝑼𝑵 )
=
𝑰𝑵 𝑰𝑺
91
,
𝑷𝑺 = 𝑼𝑺 . 𝑰𝑺
𝑼𝑷 = 𝑼𝑵
𝑷𝑷 = 𝑼𝑷 . 𝑰𝑷
𝑷𝑺 = 𝑼𝑺 . 𝑰𝑺
𝑼𝑺 = 𝑲. 𝑼𝑵
𝑰𝑺 = 𝑲. 𝑰𝑵
𝑷𝑺 = 𝑷𝑷 = 𝑼𝑷 . 𝑰𝑷
𝑼𝑺 . 𝑰𝑺 = (𝑲. 𝑼𝑵 ). 𝑲. 𝑰𝑵 = 𝑼𝑵 . 𝑰𝑲𝟐
Assim teremos:
𝑰𝑲𝟐 = 𝑲𝟐 . 𝑰𝑵
𝑰𝑺 = 𝑰𝑲𝟐 + 𝑰𝑲𝟑
𝑰𝑲𝟑 = 𝑰𝑺 − 𝑰𝑷
𝑰𝑷 = 𝑰𝑲𝟐 = 𝑲𝟐 . 𝑰𝑵
e:
𝑰𝑺 = 𝑲. 𝑰𝑵
𝑰𝑲𝟑 = 𝑲. 𝑰𝑵 − 𝑲𝟐 . 𝑰𝑵
92
,
Resultando em:
𝑰𝑲𝟑 = 𝑰𝑵 . (𝑲 − 𝑲𝟐 )
A corrente no relé de sobrecarga FT1 é a mesma do contator K1, pois o relé está ligado
abaixo desse contator e a corrente que circula nele é a mesma do respectivo contator.
Com isso podemos concluir:
𝑰𝑲𝟏 = 𝑰𝑵
𝑰𝑲𝟐 = 𝑲𝟐 . 𝑰𝑵
𝑰𝑲𝟑 = 𝑰𝑵 . (𝑲 − 𝑲𝟐 )
𝑭𝑻𝟏 = 𝑰𝑵
A tabela abaixo resume os valores das correntes nos contatores K2 e K3 para diversos
Taps do autotransformador:
𝑰𝑷
𝑰𝑷 = ( ) . 𝑰𝑵 . 𝑲²
𝑰𝑵
93
,
Dado um sistema com um MIT de 20 CV, tensão nominal de 380 V, fator de potência
de 0,85 e rendimento de 75%. Dimensionar o soft-starter para partida desse motor.
Solução:
𝟐𝟎. 𝟕𝟑𝟔
𝑰𝑵 = ≅ 𝟑𝟓 𝑨
√𝟑. 𝟑𝟖𝟎. 𝟎, 𝟖𝟓. 𝟎, 𝟕𝟓
94
,
95
,
Dado um sistema que possui um motor trifásico, 4 polos, 1 HP, 380 V com rendimento
de 95% e fator de potência de 0,85. Pretende-se instalar um acionamento com
possiblidade de variação de velocidade desse motor. Dimensione o inversor de
frequência para essa aplicação.
Potência do inversor Devemos saber qual o motor e carga que ele acionará.
Exemplo:
Motor 1 HP
96
,
Tipo: Escalar
97
,
98
,
Solução:
𝟒𝟎. 𝟕𝟑𝟔
𝑰𝑵 = = 𝟏𝟎𝟐 𝑨
√𝟑. 𝟐𝟐𝟎. 𝟎, 𝟗𝟓. 𝟎, 𝟖𝟎
Considerando que o torque seja constante (CT), o modelo a ser escolhido conforme
tabela será:
99
,
Modelo 107/220-230.
Conclusão
Caro estudante, neste bloco nós vimos os principais métodos de partidas e controle
utilizando-se de chaves eletrônicas. Vimos, também, aplicações práticas e exercícios de
aplicação para motores elétricos trifásicos utilizados no mercado. Além disso, pudemos
observar métodos de controle avançados e frenagem de motores de indução trifásicos
aplicados na indústria.
Referências Bibliográficas
VIEIRA, F. Frenagem de motor por contra corrente: O que é e como fazer. Blog
ensinando Elétrica, S.D. Disponível em: <https://bit.ly/3wVyaZr>. Acesso em: 6 abr.
2021.
100
,
Apresentação
Caro estudante, você sabia que, apesar da redução da aplicação nos últimos anos, os
motores de CC ainda são encontrados em algumas instalações e máquinas? Com o
avanço da tecnologia de controles eletrônicos, os motores CC vêm sendo substituídos
por motores de indução CA. Apesar disso, é muito importante conhecer as técnicas
que envolvem os motores CC. O objetivo desse bloco é apresentar as técnicas de
acionamento dessas máquinas e aplicações. Vamos lá?!
A maioria dos motores CC, são classificados de acordo com campo. Esse campo pode
ser elétrico ou de imã permanente, série, shunt ou composto.
101
,
Torque Refere-se à força de rotação no eixo do motor. O torque é a força que age
sobre o raio. A unidade de torque geralmente é N.m;
Para especificar um motor CC, é necessário conhecer a potência requerida em seu eixo
e o torque resistente da carga. Com base nisso, o projetista mecânico também deve
fornecer a velocidade de rotação requerida. Assim, pode-se definir a potência e o tipo
de ligação entre campo e armadura (campo de imã permanente, motor CC série,
motor CC shunt e motor CC composto).
Sentido de rotação
Para inverter o sentido de rotação de um motor CC, temos que interver o sentido da
corrente de campo ou da armadura do motor. Se inverter a corrente em ambos os
enrolamentos, o motor girará no mesmo sentido anterior.
103
,
104
,
A figura a seguir ilustra uma aplicação de um motor CC acionado por um Driver que
proporciona um acionamento muito preciso de um sistema transportador. Nesse caso,
o driver controla, além da velocidade e torque, a aceleração e desaceleração inclusive
no sentido reverso.
105
,
106
,
Um servomotor também pode ser sem escovas, conforme a figura a seguir. Assim, a
comutação é feita eletronicamente. O estator é normalmente trifásico, como o de um
MIT, e o rotor possui imãs permanentes montados na superfície. O motor também
possui 3 sensores de efeito Hall (H1, H2, H3) para detectar a posição do rotor, e a
comutação é realizada eletronicamente, com base nos sinais dos sensores. Com base
nos sinais dos sensores, os servoconversores controlam o circuito energizando, as
bobinas do estator na sequência de rotação correta e o torque desejado.
107
,
Corrente nominal;
Torno de superfície;
Sistemas de transporte;
Trefilas;
Misturadores;
Bobinadores;
Sistemas de dosagem.
108
,
𝟐𝝅
𝑷 = ( ) . 𝒏. 𝑻 [𝑾]
𝟔𝟎
Solução:
𝟐𝝅 𝟐𝝅
𝑷 = ( ) . 𝒏. 𝑻 = ( ) . 𝟏𝟕𝟔𝟎. 𝟑 = 𝟓𝟓𝟐, 𝟔𝟒 [𝑾]
𝟔𝟎 𝟔𝟎
Os motores de passo funcionam de forma diferente dos motores usuais, que giram
continuamente quando uma tensão é aplicada em seus terminais. O eixo do motor de
passo gira em incrementos separados quando os pulsos de comando elétrico são
aplicados na sequência correta. Cada movimento é dividido em um certo número de
passos e ao motor é enviado um pulso de tensão para cada passo. A revolução é
diretamente proporcional ao número de pulsos, a velocidade de rotação está
relacionada à frequência dos pulsos.
109
,
Um motor de passo de 1 grau por passo necessita de 360 pulsos para completar uma
revolução. O número de graus por passo é conhecido como resolução. Quando o
motor de passo está parado, ele fica posicionado na sua última posição comandada. Os
sistemas onde são aplicados os motores de passo são frequentemente sistemas de
“malha aberta”, onde o controlador comanda o motor apenas a quantidade de passos
que ele deve se mover e em qual velocidade. Nesses sistemas não há como detectar a
posição em que o motor está no momento do acionamento e nem após.
Relutância Variável;
Imã permanente;
Híbridos.
110
,
111
,
Para ter acesso a todos os tipos de acionamento, o motor de passo deve ter todos os
seus terminais disponíveis.
112
,
Motores com uma resistência de armadura muito baixa apresentam melhor regulação
de velocidade. A regulação de velocidade é calculada pela seguinte equação:
𝑹𝒆𝒈𝒖𝒍𝒂çã𝒐 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
𝑽𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒔𝒆𝒎 𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 − 𝑽𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒆𝒎 𝒑𝒍𝒆𝒏𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂
= 𝒙𝟏𝟎𝟎
𝑽𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒆𝒎 𝒑𝒍𝒆𝒏𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂
Acima da velocidade nominal Para operar nessa faixa, podemos reduzir a corrente
de campo. Essa técnica é conhecida como “enfraquecimento de campo”.
Temos que tomar um cuidado adicional quando operarmos os motores acima de sua
rotação nominal. Geralmente os fabricantes indicam na placa de identificação o valor
da rotação máxima do motor. Quando não há uma indicação, recomenda-se entrar em
contato com o fabricante para ter a certeza do limite de sobre-velocidade, que pode
acarretar danos à máquina e a pessoas.
113
,
Para a partida de motores CC, também temos que ter cuidado com a corrente de
partida, por isso podemos utilizar controladores eletrônicos de partida (eletrônica de
potência) ou reostato de partida. Ambos conectados à armadura e geralmente com a
corrente de campo máxima (caso dos motores Shunt).
Para a aplicação dessa técnica, tem que verificar na placa do motor ou com o
fabricante, quanto a máxima tensão para aumento da velocidade nominal. A figura a
seguir ilustra um motor CC controlado pela armadura:
114
,
Ra = 1 Ohm (Armadura)
Vn = 250 V
Nn = 1700 rpm
In = 27,50 A
Determinar os estágios de partida para esse motor, supondo que a corrente máxima
não possa superar 2 vezes a corrente nominal.
115
,
Solução:
𝑰𝑴 = 𝟐. 𝟐𝟕, 𝟓 = 𝟓𝟓 𝑨
𝟐𝟓𝟎
𝑹𝑨𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 = = 𝟒, 𝟓𝟒 𝑶𝒉𝒎𝒔
𝟓𝟓
Agora, devemos calcular o número de resistências “N” em série que deverá ter o
objetivo de limitar a corrente de partida.
𝑹𝑨𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂
𝐥𝐧 ( 𝟒, 𝟓𝟒
𝑹𝒂 ) 𝐥𝐧 ( 𝟏, 𝟎 ) 𝟏, 𝟓𝟏𝟐𝟗
𝑵= = = = 𝟐, 𝟏𝟖
𝑰 𝒍𝒏(𝟐) 𝟎, 𝟔𝟗𝟑𝟏
𝒍𝒏 ( 𝑰𝑴 )
𝑵
“N” deve ser um número inteiro, portanto, vamos adotar N = 3 (sempre maior). Para N
= 3, a corrente máxima será:
𝟑 𝑹𝑨𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 𝟑 𝟒, 𝟓𝟒
𝑰𝑴 = 𝑰𝑵 . √ = 𝟐𝟕, 𝟓𝟎. √ = 𝟒𝟓, 𝟓𝟑 𝑨
𝑹𝒂 𝟏
Agora, calculamos os estágios para partida desse motor. Como no total serão 3
estágios, teremos:
Estágio 2:
𝑰𝑵 𝟐𝟕, 𝟓𝟎
𝑹𝑨𝟐 = 𝑹𝑨𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 . = 𝟒, 𝟓𝟒. = 𝟐, 𝟕𝟒 𝑶𝒉𝒎𝒔
𝑰𝑴 𝟒𝟓, 𝟓𝟑
Teremos:
𝑹𝟏 = 𝑹𝑨𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 − 𝑹𝟐 = 𝟒, 𝟓𝟒 − 𝟐, 𝟕𝟒 = 𝟏, 𝟖𝟎 𝑶𝒉𝒎𝒔
116
,
Agora no estágio 1:
𝑰𝑵 𝟐𝟕, 𝟓𝟎
𝑹𝑨𝟑 = 𝑹𝑻𝟐 . = 𝟐, 𝟕𝟒. ≅ 𝟏, 𝟔𝟔 𝑶𝒉𝒎𝒔
𝑰𝑴 𝟒𝟓, 𝟓𝟑
𝑹𝟑 = 𝑹𝑨𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 − 𝑹𝒂 − 𝑹𝟏 − 𝑹𝟐 = 𝟒, 𝟓𝟒 − 𝟏, 𝟎 − 𝟏, 𝟖𝟎 − 𝟏, 𝟎𝟖 = 𝟎, 𝟔𝟔 𝑶𝒉𝒎𝒔
Conclusão
Caro estudante, neste bloco nós vimos os principais métodos de controle aplicados a
motores de corrente contínua. Foram verificadas as técnicas para controle de
velocidade e partida desses motores CC. Foi definida também a regulação de
velocidade dos motores que, quanto menor o percentual melhor é a regulação. Assim,
os motores de corrente contínua são vantajosos frente ao CA, dependendo da
aplicação, pois são relativamente fáceis de controlar.
117
,
Referências Bibliográficas
118