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Departamento de Ciências Exatas e Engenharia -

DECEEng
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul - UNIJUÍ
Curso de Engenharia Elétrica - EGE

AULA 3
MÉTODOS DE PARTIDA DE MOTORES DE INDUÇÃO
TRIFÁSICOS

Disciplina: Acionamento de Máquinas Elétricas


Prof. Douglas de Castro Karnikowski
douglasdecastrok@gmail.com

15/03/2019 Acionamento de Máquinas Elétricas 1


1. Métodos de Partida
1.1. Critérios de Seleção de Métodos de Partida

✓Capacidade de instalação elétrica;

✓Características da carga;

✓Capacidade do sistema de geração;

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1. Métodos de Partida
1.2. Partida Direta

✓ Partida direta é o método de acionamento no qual o


motor é conectado diretamente a rede elétrica. Ou
seja, ela se da quando aplicamos a tensão nominal
sobre os enrolamentos do estator do motor, de
maneira direta.
✓ É o método de partida mais simples, não sendo
empregados dispositivos especiais de acionamento;
✓ Utilização de contatores, disjuntores ou chaves
interruptoras;

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1. Métodos de Partida
1.2. Partida Direta

(a) Diagrama de
potência;
(b) Diagrama de
comando;

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1. Métodos de Partida
1.2. Partida Direta
1) Nesse diagrama, ao ser acionado o botão de comando liga (B1), seu
contato NA se fecha, energizando a bobina do contator C1.
2) Uma vez energizada a bobina de C1, seus contatos são fechados tanto no
circuito de forca, quanto no circuito de comando.
3) Assim, podemos desacionar B1, visto que a corrente elétrica que
alimenta a bobina fluirá através do contato NA (13, 14) de C1, agora
fechado.
4) O contato NA (13, 14) de C1 realiza a função de selo ou retenção, uma
vez que o mesmo mantem a bobina energizada apos o desacionamento
(abertura) do botão B1.
5) Nessas condições, o motor parte e permanece ligado ate que seja
acionado o botão desliga (B0).
6) Quando isso acontece, e interrompido o percurso da corrente que fluía
pelo contato de C1 e, em consequência disso, a alimentação do motor e
interrompida ate sua paralisação.

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1. Métodos de Partida
1.2. Partida Direta
Quando podemos utilizar a partida direta?
✓A corrente nominal da rede é tão elevada que a
corrente de partida do motor não é relevante;
✓A corrente de partida é baixa (motor de potência
pequena);
✓A partida do motor é feita sem carga, o que reduz
a duração da corrente de partida, atenuando os
efeitos da partida sobre o sistema de alimentação;

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1. Métodos de Partida
1.2. Partida Direta
Quando NÃO podemos utilizar a partida direta?
✓A potência do motor é superior ao máximo
permitido pela concessionária local (na NBR 5410,
item 6.5.3.2, pg 93 cita que para partida direta de
motores com potência acima de 3,7 kW (5CV), em
instalações alimentadas por rede de distribuição
pública em baixa tensão, deve ser consultada a
concessionária local);
✓ A carga a ser movimentada precisa de
acionamento lento e progressivo;
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1. Métodos de Partida
1.3. Partida Direta com Reversão

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1. Métodos de Partida
1.3. Partida Direta
com Reversão

(a) Diagrama de
potência;
(b) Diagrama de
comando;

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1. Métodos de Partida
1.3. Partida Direta com Reversão
1) No diagrama de comando, pressionando o botão B1, é energizada a
bobina do contator C1, através do contato NF de C2. O contato NF de C1
(21, 22) abre, bloqueando a bobina C2 (intertravamento elétrico) e o
contato NA de C1 (13, 14) faz o selo da bobina C1. No circuito de força,
C1 fecha os contatos NA de potência, alimentando os terminais do
motor, fazendo-o partir e permanecer ligado em um determinado
sentido de giro.
2) Estando a bobina de C1 energizada, ao pressionarmos o botão B2 com
intuito de inverter o sentido de rotação, nada irá acontecer, visto que o
contato NF de C1, que se encontra aberto, impede a energização da
bobina de C2 (intertravamento elétrico). A reversão é dita lenta, pois
para se inverter o sentido de giro do motor é necessário pressionar o
botão B0.

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1. Métodos de Partida
1.3. Partida Direta com Reversão
3) Quando o botão B0 for pressionado, a bobina de C1 é finalmente
desenergizada. Assim, o contato NA de C1 (13, 14) abre, desfazendo o selo da
bobina C1, e o contato NF de C1 (21, 22) fecha, permitindo que a bobina C2
seja energizada. Agora, acionando o botão B2, a bobina de C2 é energizada
por meio do contato NF de C1 (21, 22). O contato NF de C2 (21, 22) abre,
bloqueando a bobina de C1 (intertravamento elétrico), e o contato NA de C2
(13, 14) fecha, fazendo o selo da bobina C2. No circuito de força, C2 fecha os
seus contatos NA, proporcionando a inversão das fases S e T e a mudança no
sentido de giro do motor. Caso haja, em algum instante, uma sobrecarga no
motor, o relé térmico aciona seu contato NF (95, 96), fazendo-o abrir e
desenergizar a bobina que estiver ligada (C1 ou C2).
O intertravamento proporcionado pelos contatos NF (21, 22) dos contatores C1 e C2 são de
importância vital neste tipo de circuito, pois eles impedem que as bobinas de C1 e C2 sejam
energizadas ao mesmo tempo, o que iria causar um curto-circuito entre as fases S e T de
alimentação.
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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo

1) Aciona-se o motor na configuração estrela


(Y) até que alcance uma velocidade próxima
da velocidade de regime;
2) A conexão é desfeita e é executada a ligação
em triângulo (Δ);

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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo
✓ Esquematicamente, a ligação estrela-triângulo num motor para
uma rede de 220V é feita da seguinte maneira:

✓ Notando-se que a tensão por fase durante a partida é reduzida para


127V.
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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo
✓ Este tipo de ligação exige seis terminais no motor e serve para
quaisquer tensões nominais duplas, desde que a segunda seja
igual à primeira multiplicada por 3.

✓ Exemplo: 220/380V – 380/660V – 440/760V.


Nos exemplos 380/660V e 440/760V, a tensão
maior declarada só serve para indicar que o
motor pode ser acionado através de uma chave
de partida estrela-triângulo.

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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo
Ligações normais dos enrolamentos dos motores trifásicos

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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo

No diagrama principal,
o contator C2,
juntamente com o
contator C1, realizam
a ligação em estrela. A
ligação em triângulo é
obtida por meio dos
contatores C3 e C1.

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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo
1) No diagrama de comando, pressionando B1, as bobinas de C2 e do relé
de tempo d1 são energizadas. O relé de tempo d1 inicia a contagem,
tendo como referência o período pré-ajustado para operar seu contato
NF (15, 16). C2, por sua vez, abre o contato NF (21, 22), impedindo que a
bobina de C3 seja energizada (intertravamento elétrico) e fecha os
contatos NA (13, 14 e 43, 44), cujas respectivas funções são fazer o selo
da bobina C2 e energizar
a bobina C1.
2) No circuito de força, estando energizados C2 e C1, o motor encontra-se
em regime de partida (ligação estrela), recebendo em cada grupo de
bobina aproximadamente 58% da tensão da rede. Com a redução no
valor da tensão aplicada, a corrente e o conjugado são também
reduzidos à mesma proporção.

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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo
3) A comutação de estrela para triângulo é realizada com a desenergização
da bobina de C2. Decorrido o tempo pré-ajustado em d1, seu contato NF (15,
16) é acionado (abre), sendo desenergizadas as bobinas C2 e d1. C2 abre os
contatos NA (13, 14 e 43, 44) e fecha o contato NF (21, 22), oportunidade na
qual C3 é energizado, visto que o contato NA de C1 (43, 44) está fechado
(a bobina de C1 está energizada).
4) Uma vez desenergizada a bobina d1, seu contato NF (15, 16) retorna à
posição de repouso (fecha); porém, o contato NF de C3 (21, 22) impede o seu
religamento bem como o de C2. Caso ocorra uma sobrecarga, tanto na
partida quanto em funcionamento normal, o relé térmico de sobrecarga (e4)
aciona seu contato NF (95, 96), desenergizando qualquer bobina que esteja
ligada (C1, C2, C3 ou d1). Se for necessário desligar o motor em qualquer
instante, podemos fazê-lo por meio do botão desliga (B0).

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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo

Corrente de partida (Y) (pico) = 19 A;


Corrente em regime (Y)(pico) = 1,8 A;
Corrente de partida (Δ)(pico) = 25 A;
Corrente em regime (Δ)(pico) = 4,7 A;

Tensão na bobina:
127 V (Y) e 220 V (Δ)

No instante 0,3s ocorre a


transição da ligação Estrela para
Triângulo

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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo
Na primeira situação, com baixo
conjugado resistente de carga
(situação A), o sistema se mostra
eficiente, pois o salto de
corrente no instante da
comutação (95% da velocidade)
não é significativo, passando de
aproximadamente 50% para
170%, valor praticamente igual
ao da partida. Isso é uma
vantagem, se considerarmos que
o motor absorveria da rede
aproximadamente 600% da
corrente nominal, caso a partida
fosse direta.
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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo
Já na situação B, com alto conjugado
resistente de carga, o sistema de partida
não se mostra eficaz, pois perceba que o
salto da corrente, no instante da
comutação (85% da velocidade), é
elevado, representando cerca de 320% de
aumento no seu valor, que era de
aproximadamente 100%. Como na partida
a corrente era de aproximadamente
190%, isso não é nenhuma vantagem. Se
o motor em questão não preenche este
quesito por conta da carga instalada, é
conveniente que seja usado outro tipo de
partida como: chave compensadora, soft-
starter ou até mesmo um inversor de
frequência nesta função.

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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo
Vantagens:
✓Custo reduzido;
✓Elevado número de manobras;
✓Corrente de partida reduzida 1/3 da nominal;
✓Baixa queda de tensão durante a partida;
✓Dimensões relativamente reduzidas;

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1. Métodos de Partida
1.4. Partida através de Chave Estrela-triângulo
Desvantagens:
✓ Aplicação específica a motores com dupla tensão nominal e que
disponham de ao menos 6 terminais;
✓ Conjugado de partida reduzido a 1/3 do nominal;
✓ A tensão da rede deve coincidir com a ligação em triângulo do
motor;
✓ Caso a comutação entre a ligação (Y) para (Δ) seja realizada antes
do motor alcançar a velocidade de regime o corrente de partida
ficará próxima da corrente de acionamento direto;
✓ O motor deverá partir a vazio (a partida (Y)-(Δ) poderá ser usada
quando a curva de conjugado do motor é suficientemente elevada
para poder garantir a aceleração da máquina com a corrente
reduzida);

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1. Métodos de Partida
1.5. Partida através de Chave Compensadora
✓Composta por um autotransformador com
várias derivações;
✓As derivações geralmente são de 65% e 80%
da tensão de entrada do autotransformador;
✓Normalmente utilizada em motores de
potência elevada, acionando cargas de alto
índice de atrito;

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1. Métodos de Partida
1.5. Partida através de Chave Compensadora

Vantagens em relação a partida Y-Δ:


✓Na derivação de 65%, a corrente de partida é
próxima da partida Y-Δ;
✓A “autotrafo” se comporta como uma
reatância, atenuando o crescimento da
corrente de partida;
✓Variação gradativa da tensão no motor com os
taps do “autotrafo”;
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1. Métodos de Partida
1.5. Partida através de Chave Compensadora

Desvantagens em relação a partida Y-Δ:


✓Custo superior;
✓Dimensões normalmente superiores às
chaves Y-Δ, acarretando o aumentando do
volume dos Centros de Controle de
Motores (CCM);

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1. Métodos de Partida
1.5. Partida através de Chave Compensadora

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1. Métodos de Partida
1.5. Partida através de Chave Compensadora
1) No diagrama principal, com C1 e C3 ligados, o motor encontra-se em
regime de partida compensada, onde C3 alimenta com a tensão nominal
da rede o primário do autotransformador trifásico, conectado em estrela
por meio do contator C1. Do secundário do autotransformador, é retirada
a alimentação com tensão reduzida para o motor.
2) A passagem para o regime permanente faz-se desligando o
autotransformador do circuito e conectando diretamente à rede de
alimentação o motor trifásico, por meio do contator C2. Esse
procedimento é realizado no diagrama de comando, com o auxílio do relé
de tempo d1, no qual o ajuste de tempo é feito de forma a garantir a
aceleração do motor, até aproximadamente 80% de sua velocidade
nominal.

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1. Métodos de Partida
1.5. Partida através de Chave Compensadora
3) Perceba que, no instante da comutação, o relé de tempo desliga apenas
a bobina C1, ficando energizada a bobina C3 por um curto intervalo de
tempo, mantendo assim o motor sob tensão por meio dos enrolamentos de
cada coluna do autotransformador. Isso faz com que seja reduzido o pico de
corrente no instante da comutação (inserção da bobina C2), pois o motor não
é desligado.
4) Este tipo de partida normalmente é indicado para motores de potência
elevada, acionando cargas com alto índice de atrito, tais como: acionadores
de compressores, grandes ventiladores, laminadores, moinhos, bombas
helicoidais e axiais (poço artesiano), britadores, calandros, máquinas
acionadas por correias, etc.

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1. Métodos de Partida
1.6. Partida Chave Série-Paralelo
✓Nesta partida o motor parte com tensão reduzida nas
bobinas;
✓Proporciona uma redução de corrente de 25% do seu
valor;
✓Aplicação em partidas a vazio, pois o conjugado fica
reduzido em ¼ de seu valor de tensão nominal;
✓Esta partida pode ser feita em motores de 4 tensões e
no mínimo nove cabos;
✓Dividida em dois tipos:

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1. Métodos de Partida
1.6. Partida Chave Série-Paralelo
Triângulo Série-Paralelo (Δ-ΔΔ)
✓Chave para motor com enrolamento nas tensões
220/380/440/660V ou 220/440V.
✓Para esses casos a tensão da rede deve ser 220v.
✓Na partida, faz-se a ligação triângulo série que
estaria pronta a receber 440V e se aplica à tensão
de triângulo paralelo 220V.
✓Após partir, o motor é ligado em triângulo paralelo
e suas bobinas em 220V.

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1. Métodos de Partida
1.6. Partida Chave Série-Paralelo
✓Triângulo Série-Paralelo (Δ-ΔΔ)

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1. Métodos de Partida
1.6. Partida Chave Série-Paralelo
Estrela Série-Paralelo (Y-YY)
✓ Chave de partida para motores com enrolamento
220/380/440/760V ou 380/760V. Neste caso, a
tensão da rede deve ser 380V.
✓ No momento de partida, o motor está ligado em
estrela série para receber 760V e aplica-se uma
tensão de estrela paralelo 380V.
✓ Após a partida o motor deve ser ligado em estrela
paralelo e continuar recebendo a tensão de 380V.

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1. Métodos de Partida
1.6. Partida Chave Série-Paralelo
✓Estrela Série-Paralelo (Y-YY)

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2. Partida Rotor Bobinado
2.1. Rotor bobinado

Estator (Y ou Δ)

Rotor

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2. Partida Rotor Bobinado
2.2. Circuito Equivalente do Motor de Indução
por fase

1  3V1,2eq ( R2 / s) 

Tind =
S  ( R1,eq + ( R2 / s ) ) + ( X 1,eq + X 2 ) 
2 2
 

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2. Partida Rotor Bobinado
2.3. Variação da Resistência Rotórica
250

tind

200 RI < RII < RIII < RIV < RV

150

R2 tpart Ipart
100

50 snom Rend.

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
NR (%Ns)

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2. Partida Rotor Bobinado
2.3. Variação da Resistência Rotórica
✓ Rotor com resistência baixa: baixo torque de partida, elevada corrente
de partida, eficiência elevada em condições normais de operação;
✓ Rotor com resistência elevada: elevado torque de partida, baixa
corrente de partida, baixa eficiência em condições normais de
operação;
✓ Rotor bobinado:
– A partida é realizada com uma resistência conectada em série com
o enrolamento do rotor através de anéis coletores, obtendo
elevado torque de partida e baixa corrente de partida;
– Posteriormente, a resistência progressivamente reduzida até ser
completamente retirada, resultando em um rendimento elevado
em regime permanente.
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2. Partida Rotor Bobinado
2.4. Partida com Reostato

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 39


2. Partida Rotor Bobinado
2.5. Partida Automática

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 40


2. Partida Rotor Bobinado
2.6. Simulação PSIM

Simular a partida direta


de um motor de indução
para 4 valores diferentes
de Rr e analisar o
comportamento do MIT.
Rr1 = 0.156 𝝮
Rr2 = 0.300 𝝮
Rr3 = 0.600 𝝮
Rr4 = 0.900 𝝮
15/03/2019 Acionamento de Máquinas 41
2. Partida Rotor Bobinado
2.6. Simulação PSIM

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 42


3. Partida Motor Dahlander
3.1. Circuito de Força

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 43


3. Partida Motor Dahlander
3.2. Circuito de Comando

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 44


4. Partida Motor Duplo Enrolamento
4.1. Circuito de Força e Comando

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 45


5. Dimensionamento
Exemplo 1 – Partida Direta
Dimensionar uma chave de partida direta para
um motor de 20 cv, 6 polos, 380/60Hz, com
comando em 220V e tempo de partida de 2
segundos.
Dados da placa do motor:

In(380 V) = 32,35
Ip/In = 7,5
15/03/2019 Acionamento de Máquinas 46
5. Dimensionamento
Exemplo 1 – Partida Direta
Dimensionamento Contator:

𝐼𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜𝑟 ≥ 𝐼𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
𝐼𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜𝑟 ≥ 32,25𝐴

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5. Dimensionamento
Exemplo 1 – Partida Direta
Dimensionamento Relé de Sobrecarga:
Deve ter uma faixa de ajuste em que a
corrente nominal do motor esteja
incluída.

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 48


5. Dimensionamento
Exemplo 1 – Partida Direta
Dimensionamento Fusível:
Deve-se tomar como base a corrente e o tempo de
partida.

𝑰𝑷 = 𝟑𝟐, 𝟐𝟓 × 𝟕, 𝟓 = 𝟐𝟒𝟒, 𝟎𝟕𝑨

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 49


5. Dimensionamento
Exemplo 1 – Partida Direta
Dimensionamento Fusível:
De acordo com a curva do fusível do slide anterior, o
fusível a ser utilizado é o If = 50A.

A corrente do fusível (If) deve satisfazer as seguintes


condições:

𝐼𝑓 ≥ 1,2𝐼𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝐼𝑓 ≤ 𝐼𝑚𝑎𝑥𝑟𝑒𝑙é𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝐼𝑓 ≤ 𝐼𝑚𝑎𝑥𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜𝑟

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 50


5. Dimensionamento
Partida Estrela-Triângulo

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 51


5. Dimensionamento
Partida Estrela-Triângulo
Inicia-se a analise, considerando:
𝑰𝑳 = 𝑰𝑵
A relação entre a corrente em Δ e a corrente de linha é
dada por:
𝑰𝑳
𝑰𝜟 =
𝟑
Como a corrente de triângulo (IΔ) é a mesma que circula nos
contatores K1 e K2, tem-se
𝑰𝑳
𝑰𝜟 = 𝑰𝑲𝟏 = 𝑰𝑲𝟐 = = 𝟎, 𝟓𝟖𝑰𝑵
𝟑
15/03/2019 Acionamento de Máquinas 52
5. Dimensionamento
Partida Estrela-Triângulo
E a impedância é dada por:
𝑼𝒏 𝑼𝒏 𝟑
𝒁= =
𝑰𝑵 𝑰𝑵
𝟑

Desta forma, temos a corrente em estrela dada pela tensão


dividida pela impedância:

𝑼𝒏 𝑼𝒏 𝑰𝑵
𝑰𝒀 = = = = 𝟎, 𝟑𝟑𝑰𝑵
𝟑 𝟑 𝟑
𝒁 𝑼𝒏 𝟑
15/03/2019
𝑰𝑵
Acionamento de Máquinas 53
5. Dimensionamento
Partida Estrela-Triângulo
Onde:
𝐼𝐾3 = 0,33𝐼𝑁

A corrente de partida tem uma redução de 33% em


relação à partida direta, devido à ligação estrela-
triângulo. Assim temos:
𝐼𝑃
𝐼𝑃 = 0,33 𝐼𝑁
𝐼𝑁

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 54


5. Dimensionamento
Exemplo 2 - Partida Estrela-Triângulo
Dimensionar uma chave de partida estrela-triângulo para
um motor de 100 cv, dois polos, 380V/660V – 60 Hz, com
comando em 220V, Tp = 10s.

𝑰𝑷
𝑰𝑵 𝟑𝟖𝟎𝑽 = 𝟏𝟑𝟒, 𝟒𝟒; = 𝟖, 𝟐
𝑰𝑵

Dai obtemos a corrente de partida.

𝑰𝑷
𝑰𝑷 = 𝑰𝑵 𝟑𝟖𝟎𝑽 = 𝟏𝟏𝟎𝟐, 𝟒𝟗𝑨
𝑰𝑵
15/03/2019 Acionamento de Máquinas 55
6. CADe SIMU
6.1. Simulação de Partida Direta

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 56


6. CADe SIMU
6.2. Simulação de Partida Direta com Reversão

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 57


7. Síntese da Aula - Questões
1. Explique quando é possível utilizar a partida direta. E quando não é possível
utilizar a partida direta.

2. Qual a função da partida estrela-triângulo? Qual os valores de redução de corrente


de partida e de conjugado de partida entre as ligações Y e Δ?

3. Explique como é realizada a partida estrela-triângulo. Enumere as vantagens e


desvantagem da partida estrela-triângulo.

4. Explique como é realizada a partida compensada. Quais as vantagens e


desvantagens da utilização deste método de partida?

5. Como é realizada a partida de um motor de indução de rotor bobinado? O que


acontece com as características do motor com a variação da resistência rotórica?

15/03/2019 Acionamento de Máquinas 58


8. Referências Bibliográficas

✓FRANCHI, C. M. Acionamento Elétrico. 4ª ed.


Editora Érica. 2008.
✓MAMEDE, J. Instalações Elétricas Industriais.
7ª ed. Editora LTC. 2007.
✓FITZGERALD, A. E. Máquinas Elétricas. 6ª ed.
São Paulo: McGraw-Hill, 2006.
✓RODRIGUES, C. L. C. Eletrônica de Potência e
Acionamentos Elétricos. IFMG. 2015.
15/03/2019 Acionamento de Máquinas 59

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