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n egócios
técnica
Alta tecnologia na produção
Motores de indução alimentados
de aço
por inversores de freqüência cultura de automação foi re-
lativamente fácil, pois, ape-
sar de alguns detalhes espe-
penho dos motores quando alimenta- cíficos, já dominávamos a
Nema MG1-1993-Revisão 1
Este trabalho apresenta dos por inversores de freqüência. Os (Estados Unidos)
técnica”, salienta Knihs.
principais questionamentos são quan- Simultaneamente ao for-
resultados de ensaios realizados IEC 34-17-Primeira Edição-1992
to ao rendimento, ruído, vibração, fator necimento do forno e lami-
(Internacional)
de potência, tensão no eixo e elevação nador, que intensificou o re-
com motores de indução CSA C22.2 Nº 100-95 Item 12
lacionamento comercial en-
de temperatura. (Canadá)
tre as duas empresas, estão
trifásicos alimentados por Com o objetivo de responder às in- JEM-TR 148 - 1986 (Japão)
sendo comercializados, com
dagações dos clientes e também de ob-
inversores de freqüência. ter dados que permitam criar melhores a Belgo, motores e inverso-
Existem outras normas relativas ao res Weg para três pontes-ro-
critérios de especificação dos motores assunto, porém direcionadas a motores
WEG para aplicações com inversores de lantes, inversores e soft star-
de tração e motores síncronos. ters para a aciaria e transfor-
freqüência, uma grande quantidade de
madores para a subestação
ensaios foi realizada. Condições distin- 3 - Motores e inversores do laminador.
tas de funcionamento foram aplicadas
Hugo G. G. Mello aos motores onde variou-se a freqüên- utilizados nos ensaios
Weg cia de operação dos motores e também MOTORES
a freqüência de chaveamento dos inver- Os ensaios foram realizados com mo-
Pacote completo
sores. Para esses ensaios foram utiliza- tores 4 pólos, pois estes representam No escopo fornecido para
dos motores e inversores WEG de dis- mais de 90% das aplicações dos moto- o forno estão motores de bai-
tintas potências e linhas. De um modo res WEG com inversores. xa tensão, centros de coman-
do de motores (CCM), inver-
1 - Introdução geral, este trabalho apresenta os resul-
sores de freqüência (CFW-
As aplicações de motores de indu- tados obtidos nas experiências. Linhas:
Linha Standard (ABNT/IEC); 06), soft starter (SSW-03),
ção alimentados por inversores de fre- CLPs, sistema supervisório
qüência (acionamento com velocidade 2 - Aspectos normativos Linha Alto Rendimento
em plataforma PC e sistema
variável) têm apresentado um cresci- As aplicações de motores de indu- (ABNT/IEC);
Linha Premium Efficiency Design B interligado em três níveis de
mento significativo nos últimos anos. ção com inversores de freqüência é um
(NEMA). rede de comunicação: Profi-
A evolução tecnológica da eletrônica assunto relativamente novo. Conse-
bus - DP, Profibus - FMS e
com o desenvolvimento de semicondu- qüentemente, muitas discussões e po-
Ethernet - TCP/IP.
tores (transistores, tiristores etc) cada lêmicas surgem com relação a este tema, Potências-tensões-carcaças:
vez mais rápidos, aliada a controles e principalmente, no que diz respeito às IEC
interfaces (usuário/máquina) sofistica- normas técnicas. Em nível nacional 1cv-380V-80 até
dos e principalmente de custos meno- existem normas para dispositivos semi- 100cv-380V-250S/M América
res têm tornado este tipo de aplicação condutores e para acionamento eletrô- NEMA Latina na mira
uma realidade irreversível. Com isso, as nico de máquina CC, mas não existe 1cv-460V-143T até Com sede em São Paulo,
exigências aos motores de indução tor- nenhuma norma que oriente quanto aos 100cv-460V-405T a Interfor atua no mercado
naram-se maiores, provocando melho- inversores eletrônicos para acionamen- nacional desde 1997, tendo
rias contínuas em seus projetos e pes- to de máquinas CA [1]. No entanto, INVERSORES como meta para os próximos
quisas profundas de novos materiais e percebe-se, com o avanço nesta área, a Dois tipos de inversores foram utili- anos a penetração no merca-
métodos de ensaios. No entanto, além necessidade da elaboração ou adoção zados nas experiências, com controle do latino-americano. Dis-
das inovações tecnológicas incorpora- de uma norma que padronize os proce- escalar e com controle vetorial. Ambos pondo de uma equipe de
das aos motores como melhores siste- dimentos de avaliação dos motores para são do tipo tensão imposta e utilizam a profissionais com experiên-
mas de isolamento, fios especiais, rola- estas aplicações. técnica PWM (Pulse Width Modulati- Weg, que praticamente se mudaram para genharia e Automação. O projeto, se- cia consolidada no setor, a Interfor vem
mentos isolados, muitas indagações são Por outro lado, em nível internacio- on ou Modulação por Largura de Pul- Piracicaba durante a instalação do for- gundo ele, foi inédito para Weg, em conquistando espaço no mercado por
realizadas pelos clientes aos fabrican- nal, existem algumas normas que abor- so) para comando dos transistores no”, comenta Valter Luiz Knihs, geren- função das características e proporções. oferecer agilidade nas respostas ao cli-
tes de motores com relação ao desem- dam o assunto, como: (IGBT´s). te do departamento de Projetos de En- “Mas a adequação do projeto à nossa ente, aliada ao custo reduzido.
12 WEG em Revista Nov. - Dez. 1999 WEG em Revista Nov. Dez. - 1999
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n egócios
Inversores com controle escalar
utilizados nos ensaios:
m atéria
técnica
A
s usinas siderúrgicas brasi- nhantes, aquecimento com 4 - Ensaio de ruído cionando em vazio apoiado sobre uma
leiras não estão poupando gás ou óleo e capacidade base elástica devidamente dimensiona-
As máquinas elétricas girantes têm,
esforços no aperfeiçoamen- para 80 toneladas/hora e da. Foram ensaiados diversos motores
basicamente, três fontes de ruído [3]:
to tecnológico, acreditando 500 mil toneladas/ano. com distintos inversores, conforme ex-
num aumento do consumo de aço de Instalado em julho des- posto no item 3. As condições de en-
te ano, o forno foi desen- O sistema de ventilação;
alta resistência. Os prognósticos do se- Os rolamentos; saio podem ser vistas no exemplo da
tor apontam para um crescimento de volvido em parceria entre tabela a seguir.
a Weg e a Interfor, empresa Origem magnética.
até 400% no consumo nos próximos Fig. 2 - Ruído em função da freq. de operação do
dois anos, exigindo um investimento de tecnologia na área de motor e da freq. de chaveam. do inversor CFW- Tab. 2 - Resultados de vibração para um dos
temperatura, especializada Para motores com alimentação se-
em torno de US$ 2 bilhões pelas usinas 05. motores ensaiados.
na fabricação de fornos in- noidal (rede) a principal fonte de ruído
(dados da publicação especializada
dustriais para a área side- é o sistema de ventilação, particular-
Metalurgia & Materiais).
rúrgica, contratada direta mente para motores 2 e 4 pólos. Em mo-
Top de mercado na fabricação de CONSIDERAÇÕES SOBRE OS EN-
da Belgo Mineira para o tores de 6 ou mais pólos, geralmente a
aço, principalmente de produtos lon- SAIOS DE RUÍDO:
projeto. “No início existia principal fonte de ruído é o circuito ele-
gos, como fio-máquina, barras e arames, Referente aos resultados de ensaios
até uma preocupação com tromagnético. Em acionamentos de
a Belgo Mineira tem investido na me- mostrados anteriormente, pode-se con-
os resultados, por se tratar velocidade variável, devido ao con-
lhoria contínua de processos e méto- cluir que os motores de indução trifási-
do nosso primeiro trabalho teúdo harmônico da tensão, o ruído
dos. cos da linha Standard alimentados
com a Weg em termos de magnético pode ser a maior fonte de
ruído para motores de quaisquer pola- por inversores de freqüência WEG
automação. Mas isso foi CFW-05 (escalar) apresentam os se-
mudando já na primeira ridades [3]. A norma Nema parte 30, ci-
O projeto foi inédito para a guintes acréscimos no nível de ruído:
etapa, durante a avaliação tada anteriormente, mostra que para
Weg, pela sua amplitude inversores do tipo PWM, o acréscimo
do software, que foi muito Para freqüência de chaveamento do
positiva. Começamos en- no ruído, situa-se entre 5 dB(A) e 15
dB(A). inversor menor ou igual a 7,2kHz:
Mesmo sendo o fio-máquina o car- tão a nos tranqüilizar ao Aumento do ruído:
perceber que a Weg, assim O nível de pressão sonora (ruído) dos
ro-chefe da empresa, as barras para cons- de 2 a 11 [dB(A)]
como nós, trabalha consi- motores foram medidos em vazio, con-
trução civil, de 6 a 32 milímetros de Para freqüência de chaveamento do CONSIDERAÇÕES:
derando o cliente em pri- forme a norma ISO 1680/1-86 para 4
diâmetro (redondas ou nervuradas), inversor igual a 14,4kHz: Os ensaios confirmaram que a vibra-
meiro lugar”, comenta pontos. Com os 4 pontos medidos para
vêm ganhando destaque no mercado. Aumento do ruído: < 2 [dB(A)] ção dos motores de indução aumenta
Lourenzo Amato, diretor da cada freqüência de operação e respec-
O processo de fabricação é simples, mas quando estes são acionados por inver-
Interfor. tiva freqüência de chaveamento, cal-
exige uma estrutura de porte e alta tec- Os motores de indução trifásicos da sores de freqüência.
culou-se o nível de pressão sonora mé-
nologia. Começa com a matéria-prima linha Standard alimentados por inver- De um modo geral, para todos os mo-
dio em [dB(A)].
(barras quadradas com comprimento de sores de freqüência WEG CFW-06 tores ensaiados, o acréscimo de veloci-
10 metros e 1.100 quilos) sendo aque- Dedicação total Tab.1 - Ruído para motores standard (vetorial) apresentaram um acréscimo dade de vibração foi menor para a
cida no forno, passando a seguir para o alimentados com inversor CFW-05.52/380- no nível de ruído < 5 [dB(A)]. Este re- maior freqüência de chaveamento
laminador, onde é gerado o produto fi- Na parceria, a Weg ficou 480 (escalar) . sultado confirmou-se para as duas fre- (5kHz) do inversor, mas em algumas
nal. responsável pela parte elé- qüências de chaveamento disponíveis condições ocorreu o contrário. Estes
Grande parte da produção das bar- trica e de automação, que 2,5kHz e 5kHz. resultados reforçam o que já foi mos-
ras é centralizada na unidade de Piraci- inclui projeto e materiais, enquanto a “Foram seis meses de trabalho para Percebeu-se, durante os ensaios, que trado nos ensaios de ruído. Portanto,
caba, interior de São Paulo, onde está Interfor respondia pelo desenvolvimen- o desenvolvimento do projeto e insta- o ruído diminuía à medida que a fre- em termos de vibração e ruído, quanto
sendo instalado também um novo la- to global da engenharia do forno e pela lação dos equipamentos, exigindo uma qüência de chaveamento aumentava, maior a freqüência de chaveamento,
minador em parceria com a Morgan- fabricação do equipamento. dedicação extrema dos profissionais da conforme pode ser observado nas figu- melhor para o motor.
8 WEG em Revista Nov. - Dez. 1999 WEG em Revista Nov. - Dez. 1999
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6 - Ensaio de
rendimento
O rendimento do motor de indução
m atéria
técnica
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WEG em Revista Nov. - Dez. 1999 WEG em Revista Nov. - Dez. 1999