EM | Novembro / Dezembro | 2022 3

S umá rio

E S PE CI A LI S T A S PE S Q U I S A
u m i o v eo e
p o d c a s t
B arramen tos b lin dados
os e in s e tri s
s ec o o i s e isposi vos e r ri s os rr entos
proteç ão con tra surtos in os exi e nt ens e r i e
N e s t a e d iç ã o , S e r g io R o b e r t o S a n t o s d e s c r e v e e se ur n n inst o enores
e o ent e rti o eo e u io s er s e tri s flexi i i e ix
r ter sti s e rin ios e tu o os nuten o e enor ne essi e e O s Produtos do A n o
i erentes o onentes uti i os n ri o es o e nt ento es re e s r s e e en s e ro utos r
os orient n o e is o so re u o ert e i ers s e res s e orne e inst es e tri s e e i u in o is

2 4 2 8 3 0
te no o i uti i r e os eios e ont to en i s n s o s e teri
i o e tri o

PR O T E Ç Ã O
M otores elé tricos de Coorden aç ão de en ergia
alto ren dimen to en tre D PS – Parte 2 : coorden aç ão
ui ist e res s orne e or s e D PS – eq uipamen to
otores tri si os e to ren i ento ri eir rte este rti o u i
ue tu no er o n ion o s n a e d iç ã o a n t e r io r d e E M or r se
r ter sti s e su o ert o o ot n i os e eitos s onex es e inter i es
no in is r sse e iso ento r u est se un rte o utor
e rote o ren i ento e s tra ta d a c o o rd e n a ç ã o e n tre D P S
nor s ten i s e e ui ento

4 0 4 2
V O CA B U LÁ R I O T É CN I CO
eve e o es e
u i oeu i o distrib uidores de
corretamen te n o m i n a l v a l u e e materiais elé tricos
r a t e d v a lu e
tu i o nu ente o e nt ento
sses ois ter os t si o tr u i os tr u re o e ro utos
in istint ente o o or no in o er i i os or e res s e re en
s utores o rti o n is s e teri e tri o e inst oe e
efini es ori in is I C e ress t s i u in o e to o o s s u is s o
i eren s entre os o ue i ort nte ru s so s si s os st os
r i ers s ti i es in uin o e or o Fe er o e ue est o se i s

5 0
e nor s t ni s

5 4
S E Ç Õ E S
Capa
6 Carta ao Leitor 62 A gen da o erto
Foto
onti e i W
ro u tions
r

8 N o Circuito 65 Pub licaç õ es u ersto

2 2 E M S in ton ia 65 Í n dice de A n un cian tes s o ini es os rti os ssin os n o

60 66
s o ne ess ri ente s ot s or
E M A terramen to M omen to E M o en o es o ser ontr ri s
est s
E M E x
6 EM | Novembro / Dezembro | 2022

DIRETORES
Edgard Laureano da Cunha Jr.,
José Roberto Gonçalves e José Rubens

Carta ao Leitor
Alves de Souza (in memoriam)

REDAÇÃO
Editor: Mauro Sérgio Crestani
(jornalista responsável – Reg. MTb. 19225)
Redatora: Jucele Menezes dos Reis

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R ev en dedores,
Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti
Contatos: Eliane Giacomett
eliane.giacomett@arandaeditora.com.br
Ivete Lobo

D PS e muito mais
ivete.lobo@arandaeditora.com.br
Tel. (11) 3824-5300

Ma u r o C r e s t a n i
Esta edição de E l et ri c i d a d e M od ern a traz bom sortimento de assuntos,
ed i t or d e E M
como sói, mas exibe certo viés para o segmento de revenda de material
elétrico. A começar por mais uma edição da importante pesquisa “Os
Produtos do Anos”, que levanta junto a revendedores e distribuidoras o
REPRESENTANTES BRASIL
Interior de São Paulo e Rio de Janeiro: Guilherme
Freitas de Carvalho – cel. (11) 98149-8896;
guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br
Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R.
Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160
Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31)
99975-7031; oadc@terra.com.br
Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – Rua
Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000
Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel.
(41) 99728-3060; romildoparana@gmail.com
Rio Grande do Sul: Maria José da Silva
tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 981-799-661;
maria.jose@arandaeditora.com.br

desempenho de vendas das marcas de dezenas de produtos elétricos e de INTERNATIONAL ADVERTISING

iluminaçãonochamadocanaldedistribuição.Realizadahádécadas,sendo
a mais antiga entre as pesquisas de E M , é também uma das mais longevas
pesquisas de mercado existentes no País, ademais realizada fora da esfera
oficial e independente de entidades de classe ou outras. Costumamos
sempre dizer que a pesquisa possui três objetivos principais: 1) premiar os
esforços das empresas, tanto no difícil atendimento ao binômio qualidade-
preço quanto em marketing; 2) servir de balizamento para correções de
rumos nas estratégias dos fabricantes, posto que permite acompanhar o
desempenho das marcas no tempo; e 3) trazer para o “centro do palco” esse
agente que é fundamental na cadeia de fornecimento de produtos elétricos
e nem sempre suficientemente reconhecido: o revendedor.
Agente este que nesta mesma edição é contemplado ainda com outro
levantamento de fôlego, o Guia de Revendedores e Distribuidores de
Material Elétrico, mais uma tradicional pesquisa de E M atualizada
anualmente. O guia mostra, aos interessados em adquirir produtos e
equipamentos elétricos, quem são e onde estão os estabelecimentos de
revenda que os fornecem, com suas informações de contato. Guias de
compras não são novidades. E M realiza usualmente dezenas desses
levantamentos úteis, publicados na revista e/ou em seu website (www.
arandanet.com.br/revista/em/guias). A grande maioria é dedicada a
um produto específico ou grupo de itens para determinada finalidade, e
retrata a oferta de fabricantes locais ou de representantes de fabricantes
estrangeiros, exclusivamente. O guia de revendedores, aqui destacado, é
dospoucosacontemplar evalorizar opapel dessa tão importante categoria.
Esta edição traz também o complemento do artigo de José Claudio de
Oliveira e Silva sobre coordenação de energia de dispositivos de proteção
contra surtos, cuja primeira parte saiu em nossa edição anterior. Nesta
série, o consultor apresenta e comenta com a proverbial competência as
interações DPS/DPS e DPS/equipamento, com especial atenção à divisão
de energia entre eles. Saudamos neste espaço esta nova e importante
contribuição de José Claudio, que há tempos não publicava conosco.
E destacamos por fim a seção interativa “EM Especialistas” desta edição,
com o artigo de Sergio Roberto Santos sobre tecnologias de dispositivos
de proteção contra surtos – os quais constituem assunto de inesgotável
interesse.Nela,Sergio(queestáaquitambémcomsuacolunahabitual,“EM
Aterramento”) mostra e comenta características e princípios de atuação
dos diferentes componentes utilizados na fabricação de DPS, dessa forma
subsidiando a decisão, pelos projetista, de qual tecnologia utilizar em cada
situação. “EM Especialistas”, uma inciativa recente de E M , compreende
artigo, vídeo e áudio em que especialistas renomados abordam temas de
grande atualidade e interesse, dessa maneira ampliando e enriquecendo a
experiência do público. Boa leitura.
SALES REPRESENTATIVES
China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 2-601 Huandong
Gongyu, Hangzhou, Zhejiang 310004 (86-571)
8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide);
jweng@foxmail.com
Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker
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tel.: +49 202 27169 13. fax: +49 202 27169 20
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Italy:Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7
20148 Milan – tel.: +39 2 39216180, fax: +39 2 39217082
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Japan:Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina
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Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073 – tel: +81-(0)3-3263-5065, fax:
+81-(0)3-3234-2064
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Seoul 134-070 – tel: +82 2 481-3411, fax: +82 2 481-3414.
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12 000 exemplares
ELETRICIDADE MODERNA, revista brasileira de
eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da
Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda.

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e correspondência:
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 M o t o re s I n d u s t r i a i s
M o t o re s C o m e rc i a i s &
Appliance
Automação
Digital &
Sistemas
Energiia
Transmiissãoo&
Diistribuição
o
Tintas

A melhor maneira de gerar, transmitir e distribuir confianç

ça é desenvvolvver produtos que se conectam pela qualidade.
Por isso, para continuar conquistando o reconhecimento o do mercado, a WEG usa toda expertise tecnológica de uma
marca que não para de inovar para fabricar equipamentos de transmissão e distribuição mais efific cientes, além de
soluções inteligentes em gestão, monittoramento e controle.

Driving effi
fficiency and sustainability
ffic ty
w w w.we g .net
8 EM | Novembro / Dezembro | 2022
N o Circuito
E E S C- U S P
cria tecn ologia
para reduz ir
in terrupç õ es
Pesquisadores da Escola de Engenharia de
São Carlos da Universidade de São Paulo
(EESC-USP) desenvolveram um sistema
que utiliza inteligência artificial para re-
duzir o tempo de interrupção do forneci-
mento em caso de falhas na rede elétrica.
O objetivo é otimizar os serviços de ma-
nutenção da rede afetada, auxiliando os
operadores das distribuidoras de energia
na tomada de decisão mais rápida. Parte
da tecnologia, que é capaz de diminuir em
até 20% o tempo para execução dos repa-
ros, já foi adotada pela Copel - Companhia
Paranaense de Energia.
Por meio do desenvolvimento de alguns
algoritmos, os cientistas elaboraram um
software que leva em conta diferentes in-
formações para determinar qual a forma
mais eficiente de resolver o problema. Du-
rante a avaliação, o programa de computa-
dor considera as condições meteorológicas
das localidades, a posição de origem das
equipes de manutenção, o estado e o nível
de congestionamento das estradas e vias
utilizadas para locomoção, identificando
possíveis obstruções, além do histórico de
H e n r iq u e F o n t e s
Equipe do Laborató rio de P rocessamento de
Sinais (LP S) do Departamento de Engenharia
Elétrica e de C omputação (SEL) da EESC que
desenvolveu o estudo
reparos e problemas ocorridos anterior-
mente. A tecnologia, que levou cerca de
cinco anos para ser desenvolvida, utiliza
até mesmo um sistema da agência espacial
americana Nasa para ajudar nas estimati-
vas das condições climáticas.
“Não existia um algoritmo capaz de reunir
todos esses dados, interpretá-los e trans-
formá-los em uma informação útil, mas-
tigada, traduzida e em tempo real para o
operador, que pode ser iniciante na função.
Muitas vezes, o profissional precisa tomar
uma decisão rápida, mas com tantas va-
riáveis, ele não consegue interpretá-las no
tempo necessário e acaba seguindo uma
estratégia padrão, que pode não ser a mais
eficaz para resolver o problema. Por isso,
é importante termos diferentes fontes de
informação para agilizar o conserto e até
prever uma possível falha para que, caso
ela realmente aconteça, a energia retorne
o mais rápido possível. Nosso sistema será
o braço direito do operador”, afirma Hen-
rique de Oliveira Caetano, doutorando do
Programa de Pós-Graduação em Enge-
nharia Elétrica da EESC e um dos autores
do estudo.
A plataforma também considera o histó-
rico das ocorrências. Segundo Matheus
Fogliatto, doutorando em Engenharia
Elétrica da EESC e um dos autores da
pesquisa, os algoritmos analisam infor-
mações relacionadas a falhas e acidentes
ocorridos anteriormente em determinada
região a fim de propor a melhor solução
para a ocorrência que está sendo atendida
e para outras que poderão ocorrer no futu-
ro. “O sistema consegue avaliar as regiões
que são mais suscetíveis a alagamentos, os
equipamentos ou locais que mais apresen-
tam falhas, quais são os problemas mais
recorrentes, entre outros. Com esses da-
dos, sabendo com antecedência que haverá
uma tempestade, por exemplo, podemos
até mesmo deslocar equipes para posições
estratégicas antes que uma falha ocorra,
otimizando ainda mais a manutenção e
reduzindo o valor das multas para a con-
cessionária”, explica.
Quanto às rotas traçadas pelo novo soft-
ware para guiar as equipes de manuten-
ção até os locais das falhas, os algoritmos
foram customizados com o objetivo de
reduzir o tempo da interrupção. Desta for-
ma, os códigos definem o melhor trajeto
com base nos reparos necessários para a
solução das falhas, diferenciando-se dos
aplicativos convencionais de GPS. “Basi-
camente, os apps de mapas utilizados hoje
em dia traçam rotas considerando apenas
dois pontos, o de origem e o do destino
final, indicando o caminho mais rápido
para uma simples locomoção. No entanto,
no caso do conserto de uma rede elétrica
o cenário é diferente porque, muitas vezes,
as inspeções precisam ser feitas em mais
de um ponto da rede, em diferentes loca-
lidades. Isso é exatamente o que nossos al-
goritmos consideram na hora de calcular
as rotas, pois talvez seja preciso parar em
algum ponto específico para reparos adi-
cionais”, explica Luiz Desuó Neto, douto-
rando em Engenharia Elétrica da EESC e
também autor do artigo.
Para validar a tecnologia, os cientistas
realizaram diversos testes com programas
de computador que simulam diferentes
cenários da realidade de um sistema de
distribuição de energia, as possíveis falhas
que podem ocorrer, variáveis atmosféricas,
histórico, além do prazo estimado para re-
paro de cada problema, buscando sempre
reduzir os prejuízos tanto de quem fica
sem energia como os da concessionária.
Para o professor do Departamento de Enge-
nharia Elétrica e de Computação (SEL) da
EESC, Carlos Maciel, que orienta os douto-
randos envolvidos no trabalho, um dos des-
taques do estudo é a capacidade do software
de unir e realizar a fusão de diferentes fontes
de informação, proporcionando decisões
mais ágeis e precisas por parte dos operado-
res. “Do ponto de vista do cliente, é menos
tempo sem energia, enquanto aos olhos da
concessionária, serão multas bem menores
a pagar. Os sistemas de distribuição de ener-
gia elétrica vão falhar, isso é algo inevitável,
por mais que a tecnologia dos equipamentos
esteja evoluindo nos últimos anos. Então,
nós temos que desenvolver estratégias para
melhorar e acelerar a recuperação das re-
des”, conclui.

O trabalho, que também teve a partici-
pação do ex-aluno da EESC Rodrigo Fa-
nucchi, contou com apoio da Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), por meio do INCT-SAC, sediado
na EESC.
W eg aumen tará
produç ão de
motores elé tricos
A catarinense Weg vai investir R$ 660 mi-
lhões, nos próximos três anos, para expan-
dir a capacidade de produção de motores
industriais e de tração elétrica de sua uni-
dade em Jaraguá do Sul, em Santa Cata-
rina. O planejamento é aumentar em 25%
sua atual capacidade produtiva.
A ideia é ampliar os prédios de fabricação
de componentes e de logística de exporta-
ção e ainda construir uma nova fábrica de-
dicada à produção de motores industriais,
com destaque aos que atendem o segmento
de mobilidade elétrica. O cronograma pre-
vê a conclusão da nova fábrica de motores
industriais e de tração no primeiro trimes-
tre de 2024.
O prédio da nova unidade terá aproxima-
damente 18 mil m² de área construída e
será projetado de forma a permitir o au-
mento gradual e contínuo da capacidade
de produção, visando futuras expansões.
O plano de investimentos inclui ainda a
modernização das fábricas de componen-
tes e de logística já existentes, totalizando
abricante planeja investir mil ões
n os p ró x i mos t rê s a n os p a ra a u men t a r
c a p a c i d a d e em 25 %
ampliação de aproximadamente 23 mil m²
de área construída.
V estas con clui
pá eó lica de
1 1 5 , 5 metros
A fabricante dinamarquesa de aerogera-
dores Vestas concluiu a produção de sua
primeira pá eólica que será usada na maior
turbina da empresa, de 15 MW, com apli-
cação no setor de eólicas offshore. Essa eta-
pa da prototipagem do aerogerador V236-
15.0 MW envolveu a produção de pá com
115,5 metros.
O projeto da pá exigiu uma extensão da
unidade produtiva da empresa em Naks-
kov, na Dinamarca. Segundo a Vestas, a
primeira produção comprovou a capaci-
dade da fábrica de entregar os pedidos a
tempo e com nível de qualidade esperado.
Componente será utili ado no prot tipo
do maior aerogerador da fabricante,
de 1 M de pot ncia
A produção das duas outras pás da prototi-
pagem do aerogerador já está programada
para a sequência. Quando as duas outras
forem concluídas, a Vestas instalará já
neste mês o protótipo da nova turbina no
centro de testes Østerild, em West Jutland,
também na Dinamarca.
Há um ano, a Vestas havia anunciado a
conclusão do molde da pá. Desde então,
uma pá simulada para teste foi produzi-
da com sucesso na fábrica. O aerogerador
V236-15.0 MW tem capacidade para sozi-
nho gerar até 80 GWh/ano, dependendo
das condições específicas do local, o que
EM | Novembro / Dezembro | 2022 9
é energia suficiente para abastecer mais de
20 mil residências. A conclusão do protó-
tipo acontecerá na fábrica em Lindø. Em
agosto, a empresa havia concluído a pro-
dução da nacele que será utilizada na pro-
totipagem.
I S A CT E E P
in v este n a
reciclagem
de ó leo de
tran sf ormadores
A transmissora ISA CTEEP investiu R$
1,7 milhão na aquisição de um equipa-
mento itinerante para reciclar o óleo uti-
lizado em seus transformadores, insumo
que mantém os equipamentos refrigera-
dos e que isola as partes elétricas. Embora
fundamental, o óleo isolante e refrigerante
perde suas características químicas ao logo
do tempo e precisa ser substituído.
O equipamento adquirido tem capacidade
de regenerar cerca de 20 mil litros por dia
de óleo, restabelecendo as características
químicas do líquido, evitando o descarte e
a compra de um novo. Além disso, o equi-
pamento pode ser operado remotamente
por um técnico, a partir de um software e
um sistema de comunicação. Por ser por-
tátil, atenderá todas as instalações da com-
panhia no Brasil.
“Essa iniciativa está em linha com a nossa
busca constante por soluções inovadoras,
or meio de e uipamento m vel, transmissora
pode regenerar mil litros por dia
1 0 EM | Novembro / Dezembro | 2022

N o Circuito
F r e e p ik

que contribuem para o desenvolvimen-

to sustentável do negócio e da sociedade.
Com ele, evitamos o descarte de aproxima-
damente 600 mil litros de óleo por mês”,
explica Gabriela Desirê, diretora executiva
de operações da ISA CTEEP. Outra vanta-
gem é o processo ser feito sem necessidade
de desligar os transformadores.

B ureau V eritas
en tra n o mercado
de H 2 V Empresa de inspeção e certificação criou soluções para atestar ualidade e segurança da cadeia
produtiva do combus vel verde

O Bureau Veritas, consultoria e auditoria
especializada em teste, inspeção e certifi-
cação, entrou no mercado de hidrogênio
verde com soluções voltadas ao atendi-
mento de normas regulatórias e mercado-
lógicas do produto para a garantia de qua-
lidade e segurança do combustível.
Segundo comunicado da empresa, a atua-
ção prevê a medição e inspeção da origem
do hidrogênio e de toda a sua cadeia, in-
dicando a qualidade do combustível verde
para a negociação. “O mercado está aber-
to, estamos ajudando o nosso país a liderar
esse time de certificadores internacionais
e sabemos da importância de olhar para
todo o processo, desde a origem, a produ-
ção, o armazenamento, o transporte com
rastreabilidade e, até mesmo, o impacto
sobre as comunidades e arredores”, disse
a diretora de certificação e auditoria, An-
dressa Lisboa.
Para o Bureau Veritas, é importante que se
estabeleça nível de qualidade mínima do
produto a ser comercializado, com análi-
se de garantia dos processos de produção,
distribuição e utilização do hidrogênio
verde, sob o aspecto de segurança e de
atendimento às regulamentações locais.
Entre os parâmetros a ser considerados, a
auditoria alerta para a definição da pureza
do combustível, análise de riscos indus-
triais e políticas de compliance e rastreabi-
lidade de toda a cadeia produtiva, inclusive
se a fonte de energia utilizada é de origem
renovável ou não.
“Sem a regulamentação de toda a cadeia
de valor do hidrogênio verde, o mercado
corre o risco de entrar em colapso antes
mesmo de atingir o seu ápice e, pior, de
não entregar os resultados ambientais es-
perados de uma matriz energética limpa”,
afirmou a empresa em comunicado.

Portaria lib era
con sumidores
da A T para o
mercado liv re
A partir de 2024, todos os consumidores
de alta tensão, atendidos pela tarifa do
grupo A, poderão migrar para o mercado
livre de energia. A Portaria 50/2022, que
permite a compra de energia de qualquer
supridor por essa classe de consumidores,
que até então estava limitada a uma de-
manda mínima de 500 kW, estabelecida
pela Lei 9.427/1996, foi publicada em 28 de
setembro pelo MME - Ministério de Mi-
nas e Energia. A medida vai permitir que
aproximadamente 106 mil novas unidades
consumidoras se tornem aptas a migrar
para o Ambiente de Contratação Livre de
Energia (ACL). Segundo o MME, estudos
EM | Novembro / Dezembro | 2022 1 1
E studo an alisa ab ertura total do A CL
A proposta de abertura do mercado livre de energia para os consumidores de baixa tensão a partir
de 2028, contida na consulta pública 137/2022, publicada pelo MME no dia 30 de setembro, não vai
resultar em sobrecontratação das distribuidoras. A conclusão é de análise da empresa TR Soluções, que
considerou para sua avaliação a continuidade do crescimento das migrações de consumidores seguin-
do as regras atuais e as propostas pela consulta pública.
Para a análise, publicada em artigo disponível no site da TR, a sobrecontratação não ocorre mesmo que
as migrações aconteçam a uma velocidade maior do que a projetada seguindo as tendências naturais
do mercado, para as 53 distribuidoras de energia do País. Isso porque mecanismos de reduções contra-
tuais vigentes – como a venda de excedentes de energia – já promoveriam o equilíbrio para mitigar a
cobrança de eventual encargo de sobrecontratação, contanto que não sejam ampliadas a contratação de
energia, como alertaram os autores do artigo, Helder Sousa e Paulo Steele.
Ao se considerar o perfil típico esperado para os novos integrantes do ACL, em conexões em média
tensão, para a análise o panorama se assemelharia ao dos atuais consumidores especiais. Além disso,
como a taxa anual de crescimento entre os consumidores elegíveis, nos últimos cinco anos, se deu a
uma média de 2,3% a.a., a projeção do estudo é de que a redução do mercado cativo das distribuidoras
em decorrência da publicação da Portaria 50/2022, do MME, publicada no dia 28 de setembro e que
estabeleceu a abertura total da alta tensão em 2024, se acomode completamente no portfólio de con-
tratos de energia até 2027.
A consulta pública 137 propôs o debate sobre a possibilidade de o consumidor residencial escolher
seu fornecedor no mercado livre a partir de 2028 e o comercial e industrial a partir de 2026. O MME
reconhece que os principais temas para a elaboração de portaria serão a regulamentação do supridor
de última instância e do agregador de medição, a revisão dos mecanismos de gestão de portfólio e des-
contratação das distribuidoras, aprimoramentos à comercialização varejista e separação das atividades
de fio e energia.
1 2 EM | Novembro / Dezembro | 2022
N o Circuito
Medida permitirá, a partir de , ue
consumidores com carga abaixo do limite atual
de migrem para o C
e projeções de mercado apontam que a
abertura para essa classe não provocará
impactos aos consumidores cativos que
permanecerem nas distribuidoras.
A portaria é resultado da consulta pública
131/2022, que recebeu contribuições de 60
agentes do mercado, nenhuma delas con-
trária à medida. A abertura total do mer-
cado, para consumidores de baixa tensão,
de acordo com o ministério, é o próximo
passo e será discutido em outra consulta
pública específica, em linha com a moder-
nização do setor elétrico.
Para a CCEE - Câmara de Comercializa-
ção de Energia Elétrica, a portaria repre-
senta uma etapa importante para a aber-
tura total do mercado e vai fazer com que
os consumidores com demanda abaixo de
500 kW sejam representados por comer-
cializadores varejistas, segundo avaliação
do presidente do conselho, Rui Altieri.
“A figura do comercializador varejista foi
criada para intermediar a negociação, ge-
renciar os riscos inerentes ao segmento li-
vre, e tornar o ambiente mais atrativo para
os consumidores de menor porte, que não
têm familiaridade com a dinâmica do se-
tor elétrico”, comenta.
E stá dio do
Pacaemb u adere
e ci ci
e e c e i umi
A CPFL Soluções vai implantar um projeto
de eficiência energética no Estádio do Pa-
caembu, em São Paulo. Com investimento
de aproximadamente R$ 70 milhões, o pro-
jeto para a concessionária privada Allegra
Pacaembu, responsável pela modernização
e gestão do estádio, terá tecnologias aplica-
das para a redução do consumo, geração
própria e equipamentos preventivos para
os casos de interrupção do fornecimento
de energia e/ou picos de consumo.
Para autogeração, o complexo contará
com duas usinas solares fotovoltaicas de
250 kWp no total e uma usina de minico-
ro eto da C oluções inclui geração solar,
cogeração a gás, baterias, climati ação e
monitoramento inteligente
geração a gás natural – que produz energia
a partir do aquecimento de água da piscina
e de chuveiros dos vestiários do complexo.
As duas iniciativas vão gerar 1670 MWh
no ano e evitarão 210 tCO2/ano.
Além disso, quatro geradores de emergên-
cia com potência total de 4,7 MVA e dois
bancos de bateria de 1000 MVA vão ga-
rantir o fornecimento de energia em caso
de falha na rede externa e suportar picos
de consumo para evitar oscilações. Para a
climatização, que contará com ar-condi-
cionado central, o sistema de 1850 TR que
será instalado terá chillers, bombas e torres
de resfriamento. O projeto prevê ainda um
sistema de monitoramento inteligente com
alarmes remotos, painéis de visualização e
dez carregadores para veículos elétricos.
ie ve ce
o Foram publicadas pelo Ministério de Mi-
pú b lica
A Engie venceu recentemente o leilão de
Parceria Público-Privada (PPP) para a ilu-
arceria envolverá
investimentos de
3 milhões,
com redução de
33 nos custos de
energia na cidade
de Curitiba
minação pública de Curitiba, no Paraná,
realizado na B3, em São Paulo. A empresa
apresentou proposta com uma contrapres-
tação mensal no valor de R$ 1,1 milhão,
com um deságio de 71% frente ao limite
máximo definido em edital de licitação.
O contrato tem prazo de 23 anos e prevê a
operação, manutenção, além da expansão
da infraestrutura de iluminação da cida-
de, que conta com mais de 160 mil pontos
de luz. Com o contrato, a Engie amplia sua
atuação na área, já consolidada global-
mente e com alguns casos importantes no
Brasil. Atualmente, a empresa opera mais
de 1 milhão de pontos de iluminação no
mundo, sendo 130 mil deles no Brasil, dos
quais 90 mil em Uberlândia (MG) e 40 mil
em Petrolina (PE), onde a Engie tem PPPs.
A receita do contrato de PPP é assegurada
por meio da Contribuição para o Custeio
do Serviço de Iluminação Pública (Cosip),
incidente nas contas de luz, o que torna
possível atrair agentes interessados em
desenvolver projetos de iluminação públi-
ca, caso da Engie. Estão previstos investi-
mentos de R$ 329 milhões no sistema de
iluminação pública da capital paranaense,
com redução de 33% na conta de energia
do município. O contrato também prevê a
instalação de telegestão em 30% da cidade.
Portarias
e u me m
ec e o e e e i
s re
nas e Energia no dia 20 de outubro as duas
primeiras portarias regulamentadoras do
Decreto 10.946/2022, que dá diretrizes para
a geração de energia elétrica offshore. Muito
aguardadas pelo setor, as Portarias 52/GM/
1 4 EM | Novembro / Dezembro | 2022
N o Circuito
M M E publicou duas primeiras portarias
para normati ar regramentos do ecreto
10.9 4 6 / 2022
MME e a Portaria Interministerial MME/
MMA 03/2022 foram resultado de duas
consultas públicas, a 134/22 e 135/2022, que
receberam 378 contribuições de 37 diferen-
tes órgãos públicos e privados, entre institui-
ções, universidades, empresas e associações.
A Portaria no 52/GM/MME define as nor-
mas e procedimentos complementares rela-
tivos à cessão de uso onerosa para explora-
ção de energia elétrica offshore. Além disso,
também delega à Aneel as competências
para firmar os contratos de cessão de uso e
para realizar atos necessários à sua formali-
zação. Entre outros pontos, também é res-
ponsável por estabelecer orientações sobre
prazos e condições para emissão das Decla-
rações de Interferência Prévias (DIP). Cons-
tam ainda regramentos para definir o maior
retorno econômico pela cessão do prisma
como critério de julgamento das licitações.
Já a Portaria Interministerial MME/
MMA 03/2022 estabelece as diretrizes
para criação, desenvolvimento e utiliza-
ção do PUG - Portal Único de Gestão do
Uso das Áreas Offshore, uma ferramenta
digital que permitirá a adoção de um bal-
cão único para acompanhamento do uso
do bem público e da evolução dos projetos
pela sociedade, investidores e interessados
em desenvolver empreendimentos eólicos
offshore no Brasil.
Embora sejam decisões importantes para
começar a dar segurança jurídica para os
investimentos, ainda faltam outras regu-
lamentações do decreto, cujo prazo para
conclusão é 30 de julho de 2023. Serão ain-
da objeto de novas consultas públicas para
criação de novas portarias regramentos
com orientações e definições específicas
sobre a metodologia para cálculo do valor
devido à União pelo uso do bem público e o
limite máximo de área a ser cedida em um
mesmo contrato.
F urn as v ai
modern iz ar U H E
Porto Colô mb ia
A geradora Furnas assinou contrato com
a empresa alemã Voith para a moderni-
zação da Usina Hidrelétrica de Porto Co-
lômbia, entre Minas Gerais e São Paulo.
Trata-se de investimento de quase R$ 400
milhões que inclui a prestação dos serviços
de engenharia (projetos), obras civis, des-
montagem e montagem eletromecânica,
fornecimento de materiais, equipamentos
Assinado com a alemã V oith, trata- se de
primeiro investimento ap s a capitali ação da
Eletrobras
e sistemas. Além disso, o acordo inclui
programa de treinamentos, o descomis-
sionamento e comissionamento, ensaios
de rendimento e operação assistida.
Com previsão de implementação comple-
ta em seis anos, este é o primeiro investi-
mento anunciado por Furnas para seus
ativos de geração após a capitalização da
Eletrobras, da qual é subsidiária. “É um
marco da retomada de crescimento da
companhia, agora sem as amarras de uma
empresa estatal e com disponibilidade de
recursos”, disse o presidente da empresa,
Caio Pompeu, na cerimônia de assinatura
do contrato.
Localizada no rio Grande, entre os mu-
nicípios de Planura (MG) e Guaíra (SP),
a UHE Porto Colômbia tem 320 MW de
capacidade total instalada, contando com
quatro unidades geradoras de 80 MW
cada. A operação comercial da usina foi
iniciada em junho de 1973 e, em janeiro
de 1974, ela já atingia sua capacidade total.
 EM | Novembro / Dezembro | 2022 1 5

Com a modernização, serão substituídos
geradores síncronos, reguladores de ten-
são, turbinas, reguladores de velocidade,
sistema digital de supervisão e controle,
sistema de excitação, sistema de proteção
e equipamentos hidromecânicos, entre
outros. As mudanças serão realizadas de
forma gradual, em cada uma das unidades
geradoras, para não comprometer a capa-
cidade da usina.
Cummin s con stró i
dos para produção de hidrogênio verde. A
fábrica será em um terreno de mais de 50
mil m2 na área industrial de Guadalajara,
Castilla-La Mancha, na Espanha.
Está prevista a conclusão da nova planta
no final de 2023. Inicialmente, deve criar
aproximadamente 150 empregos, com po-
tencial para adicionar outros 200 empre-
gos à medida que a produção crescer. A
instalação de mais de 20 mil m² abrigará
a montagem e testes do sistema e terá ca-
pacidade para produzir 500 MW em ele-
trolisadores por ano, escaláveis para mais
“Estamos empolgados por fazer parte de
Guadalajara e estabelecer nossas raízes na
Espanha. A crescente economia de hidro-
gênio na região continua sendo um am-
biente atraente para aumentar sua pegada
global de fabricação de eletrolisadores.
Com o apoio do governo espanhol e da
União Europeia, o mercado de hidrogênio
da Espanha tem um grande potencial”,
disse Amy Davis, vice-presidente e presi-
dente de New Power da Cummins.
A tecnologia da Cummins já faz parte de
projetos pioneiros de hidrogênio verde no

f á b rica de
eletrolisadores
para H 2 V
A Cummins vai erguer uma nova unidade
de produção de eletrolisadores de mem-
brana de troca de prótons (PEM) utiliza-
de 1 GW anual.
O investimento da empresa norte-ame-
ricana na Espanha se soma a outras ini-
ciativas globais voltadas para tecnologias
de descarbonização. Recentemente, por
exemplo, a empresa também anunciou a
expansão da capacidade de fabricação do
eletrolisador PEM em sua fábrica de Oevel,
na Bélgica, para 1 GW.
mundo, como por exemplo o maior ele-
trolisador PEM do mundo em operação
a 20 MW em Bécancour, Canadá. Além
disso, a solução é responsável pela primei-
ra usina de demonstração em escala de
megawatts para armazenar energia eólica
na rede de gás natural em Windgas Falke-
nhagen, na Alemanha; pela alimentação
da primeira frota de trens de passageiros

Soluções Inteligentes para Gestão de Ativos

Consolidação
dos Dados Ensaios
Plano de
Manutenção

Notas
Técnicas

Matriz de Risco

Otimização da
Manutenção Monitoramento Online

&006

Ordens de Programação
Serviço Automática

Planejamento
Inteligente SDUDVDEHUPDLVDFHVVHWUHHWHFKFRPEU
1 6 EM | Novembro / Dezembro | 2022
N o Circuito
100% movidos a hidrogênio do mundo na
Baixa Saxônia, Alemanha; e pela primeira
estação de reabastecimento de hidrogênio
para navios, carros, caminhões e clientes
industriais em Antuérpia, Bélgica.
S iemen s e
V olta T ruck s
se un em n a
mob ilidade
elé trica
A Siemens Smart Infrastructure e a Volta
Trucks, especializada na produção e servi-
ços de veículos comerciais elétricos, anun-
ciaram parceria estratégica para fornecer
infraestrutura de carregamento de frotas
elétricas. O acordo prevê soluções turn
key para transição de frotas de transporte
urbano, com sistemas de cobrança, atua-
lização de instalações e gerenciamento de
energia, sob mínimo de investimento ini-
cial ou conhecimento técnico.
A parceria combina a experiência da
Trucks em serviços de eletrificação de
frotas comerciais, por meio da oferta do
chamado Truck as a Service (TaaS). Já
a Siemens colabora com a expertise em
P arceria visa fornecer infraestrutura e serviços
de carregamento elétrico para veí culos
comerciais
sistemas de controle de software, eletri-
ficação de instalações, infraestrutura de
carregamento, gerenciamento de energia,
equipamentos de construção e pela oferta
de financiamento da Siemens Financial
Services.
Em junho, a Siemens lançou o Siemens
Xcelerator, uma plataforma de negócios
digital aberta contendo um portfólio sele-
cionado de hardware e software habilitados
para IoT, um ecossistema de parceiros e
marketplace. O objetivo é entregar soluções
digitais para clientes comerciais e indus-
triais, juntamente com parceiros-chave.
A infraestrutura técnica das instalações
será supervisionada pela Siemens, incluin-
do o hardware e software necessários para
operar a infraestrutura de carregamento
e distribuição de energia para as frotas de
Volta Zero, veículo comercial de 16 tone-
ladas e totalmente elétrico. O software
será alimentado por modelos analíticos e
de simulação para otimização e considera
fatores como ciclos de trabalho da frota,
tempos de carregamento, vida útil da ba-
teria, utilização e custos de energia ideais e
gerenciamento de ativos.
M M E
ab re CP para
con trataç ão
de margem
O MME - Ministério de Minas e Energia
abriu no dia 3 de novembro consulta pú-
blica com as diretrizes para o primeiro
procedimento competitivo para contrata-
ção de margem de escoamento para acesso
ao SIN - Sistema Interligado Nacional. Ba-
tizado de Procedimento Competitivo por
Margem (PCM), o certame está previsto
para o primeiro semestre de 2023.
A ideia do PCM surgiu depois de discus-
são do MME com associações e agentes do
setor, pela qual foi diagnosticada a necessi-
dade de estimular a conexão dos geradores
de energia em pontos do SIN que possuem
capacidade remanescente de transmissão
de energia elétrica. Na análise do minis-
tério, isso melhora a alocação das centrais
de geração, a utilização dos ativos e, conse-
quentemente, a segurança do investimen-
to realizado.
Segundo o MME, a ideia é estabelecer um
critério de competição transparente para
acesso ao SIN, que vise a redução de tarifas
com a maior competição e o aumento da
segurança para investimentos privados.
Também consta como metas das diretrizes
proporcionar maior eficiência na alocação
dos recursos de transmissão, cujo acesso
tem sido limitado, dadas as restrições téc-
nicas e econômicas para atendimento dos
interessados.
A consulta visa a publicação de norma
complementar ao Decreto no 10.893/2021.
Após a conclusão da consulta pública e
publicação da portaria, o MME publicará
outra portaria com a sistemática do proce-
dimento. Em seguida, a Aneel apresentará
o cronograma de atividades para realização
do procedimento ainda no primeiro semes-
tre de 2023.
Casa dos
V en tos f orma
j o i n t v e n t u r e com
T otalE n ergies
A empreendedora nacional de reno-
váveis Casa dos Ventos e a francesa do
setor de energia TotalEnergies criaram
joint venture de 66% e 34%, respecti-
vamente, para desenvolver, construir e
operar conjuntamente o portfólio reno-
vável da Casa dos Ventos no Brasil, hoje
somando 6,2 GW.
O portfólio inclui 700 MW de capacida-
de eólica onshore em operação, 1 GW de
eólica onshore em construção, 2,8 GW de
eólica onshore e 1,6 GW de projetos sola-
res em desenvolvimento avançado para os
1 8 EM | Novembro / Dezembro | 2022
N o Circuito
N ova empresa vai desenvolver, construir e
operar até 12 G W em projetos eó licos e solares
no B rasil
próximos cinco anos. Além disso, a joint
venture tem o direito de adquirir os proje-
tos atuais e novos que são ou serão desen-
volvidos pela Casa dos Ventos. Isso eleva o
potencial do portfólio da joint venture para
pelo menos mais 6 GW.
Pelo acordo, a TotalEnergies pagará uma
contrapartida em dinheiro de US$ 550 mi-
lhões (R$ 2,9 bilhões) e até US$ 30 milhões
(R$ 159 milhões) em ganhos para concluir
a aquisição. Além disso, a francesa terá a
opção de adquirir uma participação acio-
nária adicional de 15% após 5 anos.
Na parceria, a Total entra com sua capa-
cidade de internacionalização, tendo em
vista sua presença global em mais de 130
países, e com sua alta capacidade de cré- tores mundiais de eletricidade a partir de
dito. Já a Casa dos Ventos colabora com energia eólica e solar.
seu conhecimento no mercado brasileiro,
já que a empresa desenvolveu 25% dos ati-
vos eólicos onshore em operação hoje no
Brasil. E n el in icia
“Depois da Adani Green na Índia e da expan são do
complexo eó lico
Clearway nos Estados Unidos, estou mui-
to feliz com essa nova grande parceria no
Brasil. Com a transação, a TotalEnergies
adquire não menos que uma posição de Lagoa dos V en tos
liderança no mercado brasileiro de energia
A Enel Green Power Brasil, braço de gera-
renovável, um dos mercados mais dinâmi-
ção renovável do grupo italiano de energia
cos do mundo. Esse mercado se encaixa
no Brasil, iniciou a construção do parque
em nossa estratégia de aproveitar o cresci-
eólico Lagoa dos Ventos V, de 399 MW de
mento dos mercados de energia desregula-
potência instalada, no município de Dom
mentados, o que é crucial para a transição
Inocêncio, no Piauí. Trata-se da segunda
energética”, disse Patrick Pouyanné, presi-
expansão do complexo, sob investimento
dente e CEO da TotalEnergies.
de 2,5 bilhões de reais.
Com o total de 12 GW em operação, cons-
A primeira ampliação do empreendimen-
trução e desenvolvimento, tanto eólica
to eólico Lagoa dos Ventos, iniciada em
quanto solar, a transação é mais uma ação
2020, já está parcialmente em operação e a
do grupo para atingir sua meta de chegar
expectativa é de que esteja 100% concluída
a 100 GW de produção renovável até 2030.
até o fim do ano. Atualmente, o complexo
No final de junho de 2022, a capacidade
possui cerca de 1 GW em funcionamento
instalada bruta de geração de eletricidade
e, quando estiver totalmente pronto, terá
renovável da TotalEnergies é próxima de
capacidade instalada superior a 1,5 GW.
12 GW. A expectativa é atingir 35 GW até
2025 e chegar nos 100 GW em 2030, o que O Lagoa dos Ventos V será composto por
a colocará entre os cinco maiores produ- 70 aerogeradores. Quando estiver em ple-

P arque eó lico no P iauí agregará mais
3 9 9 M W de potê ncia, com 2,5 bilhõ es de reais
de investimento, elevando capacidade do
complex o para 1,5 G W
na operação, será capaz de gerar cerca de
1,6 TWh por ano, evitando a emissão de
mais de 910 mil toneladas anuais de CO2
na atmosfera. Com essa segunda expan-
são, o complexo terá 372 aerogeradores,
capazes de gerar mais de 6,7 TWh por ano
e evitar a emissão de mais de 3,6 milhões
de toneladas de CO2 na atmosfera a cada
ano.
Para a construção, a Enel Green Power de-
senhou um layout de planta baseado numa
avaliação em alta resolução dos recursos
eólicos para otimizar a produção de ener-
gia. Segundo comunicado da empresa, es-
tão sendo utilizados novas ferramentas e
métodos, como drones para levantamento
topográfico, rastreamento inteligente de
componentes de turbinas eólicas e plata-
formas digitais e soluções de software para
monitorar e apoiar remotamente as ativi-
dades nos canteiros de obra, além de ferra-
mentas de projeção e acompanhamento da
obra em 3D, 4D e 5D.
CPF L Paulista
modern iz a
ilumin aç ão de
B arretos
A distribuidora CPFL Paulista realizou
um projeto de renovação da iluminação
EM | Novembro / Dezembro | 2022 1 9
pública de Barretos, cidade do interior de
São Paulo. Entre junho e julho deste ano,
foram instaladas 1000 luminárias LED nas
ruas, avenidas e praças da cidade. Em par-
ceria com a prefeitura municipal, o projeto
envolveu investimentos de R$ 1 milhão
por parte da distribuidora.
A estimativa da CPFL Paulista é que os
novos pontos de iluminação representarão
uma economia de 799,98 MWh ao ano,
o que equivale ao consumo médio de 337
residências no mesmo período. A energia
economizada evitará a emissão de 101,13
toneladas de CO2 na atmosfera, o que cor-
responde ao plantio de 607 novas árvores.
Também foram substituídos no projeto
1000 relés temporizadores, equipamentos
responsáveis por ligar e desligar a lâmpa-
da de modo automático, de acordo com a
quantidade de luminosidade, e de 100 bra-
ços de iluminação, a estrutura que susten-
ta a lâmpada.
2 0 EM | Novembro / Dezembro | 2022

N o Circuito

Em 2022, a CPFL Paulista

já havia concluído projeto
de eficiência energética no
Hospital de Amor, de Bar-
retos. Com investimento de
R$ 1 milhão, a companhia
construiu uma usina solar
fotovoltaica na instituição
e substituiu mais de 5 mil
lâmpadas antigas pela tec-
nologia LED. As ações pro-
porcionam economia anual
de 682,83 MWh. Além dis-
so, em maio deste ano, equi-
pes da CPFL distribuíram P rojeto envolveu
1000 luminá rias LED e troca de
3,6 mil lâmpadas de LED a equipamentos
900 famílias de baixa renda
do Conjunto Habitacional Dr. Luís Spina.

N otas
Usinas térmicas a biogás no Sul – O grupo Solví está amplian-
do a geração de energia a partir da captação e do tratamento do
biogás gerado nos aterros sanitários da CRVR - Companhia
Riograndense de Valorização de Resíduos, no Rio Grande do
Sul, por meio de três usinas térmicas a biogás, instaladas nos
municípios de Santa Maria, Victor Graeff e Giruá. Com investi-
mento total de R$ 25 milhões, trata-se do primeiro projeto en-
tregue do plano de investimentos da CRVR, que prevê mais de
1 bilhão de reais nos próximos cinco anos no desenvolvimento
de tecnologias de valorização de resíduos. Para 2023, está pre-
vista mais uma térmica no aterro de São Leopoldo.
Nacionalização de produtos – A Tramontina Ex, divisão espe-
cializada em materiais elétricos para atmosferas explosivas, loca-
lizada em Carlos Barbosa (RS), tem investido na nacionalização
de produtos. A empresa ampliou seu quadro de colaboradores e
aumentou em 85% sua área fabril, a fim de elevar a produção e
reduzir a importação. Segundo a empresa, a iniciativa favorece a
competitividade em prazo de entrega, atendimento customizado
e agilidade no abastecimento. Entre as linhas já nacionalizadas,
estão as de luminárias linear, articulada e redonda. Destacam-se
as luminárias de LED LLEx Série A e LLEx R/2, que são específi-
cas para uso em zonas 2 (ambientes sujeitos a gás), 21 e 22 (áreas
com poeiras combustíveis). Os produtos têm corpo em alumínio
injetado sob pressão e acabamento com pintura eletrostática a pó,
na cor cinza, ampliando a sua durabilidade.
Ampliação de centro de distribuição – A Reymaster, empresa
curitibana de materiais elétricos, implantou em Joinville, SC,
 EM | Novembro / Dezembro | 2022 2 1

um hub para expandir seus negócios no sul do País. A empresa

ampliou seu centro de distribuição instalado na cidade, que sal-
tou de 1 400 m2 para 6 mil m2. Segundo a companhia, a expan-
são proporcionará maior variedade de produtos e aumento do
estoque, agilizando as operações. Com a ampliação, novas va-
gas de trabalho foram abertas, com aumento de 60% no número
de colaboradores, entre vendedores, representantes e pessoal de
logística. A Reymaster oferece aos clientes suporte técnico. De
acordo com a companhia, são profissionais capacitados e à dis-
posição nas áreas de automação industrial; projeção e controle;
rotuladores de etiquetas de identificação; iluminação industrial,
comercial e construção civil; sensores industriais; e drives para
movimentação.
Fabricação de cabo no Brasil – O Grupo Prysmian voltou a
fabricar no Brasil o cabo isolado 138 kV. Este tipo de cabo era
fabricado até 2018 na antiga planta industrial de Santo André,
SP, e agora será produzido na unidade de Poços de Caldas, MG.
Segundo a companhia, a empresa é a única fabricante a produ-
zir este modelo no Brasil, cujo processo de fabricação é bastante
complexo devido ao seu nível de isolamento, e também a ter
um laboratório capaz de realizar os ensaios na tensão requerida
pelos padrões internacionais. O cabo isolado 138 kV pode ser
fabricado em condutores de cobre ou alumínio. A capa pode ser
feita de polietileno de alta densidade, ou composto livre de ha-
lógenos e com baixa emissão de fumaça. Por ser isolado, esse
cabo é indicado para redes de alta tensão subterrâneas em cur-
tas e médias distâncias. O Grupo Prysmian oferece também aos
clientes serviços associados ao produto, desde a instalação, co-
missionamento, até o monitoramento do desempenho do siste-
ma. Isto é feito a partir de fibras ópticas aplicadas junto aos fios
da blindagem que, associadas a um dispositivo de tratamento
de dados, realiza o monitoramento da temperatura de operação,
identificando pontos de falha potencial ou ponto exato da falha,
se for o caso.
Remoção de fios irregulares – A Enel, distribuidora de ener-
gia de São Paulo, removeu, entre janeiro e setembro de 2022, 10
toneladas de fios irregulares de companhias de telecomunica-
ções em postes nos 24 municípios de sua área de concessão na
região metropolitana de São Paulo. Já foram inspecionados em
2022, com o apoio das prefeituras locais, mais de 554 mil pos-
tes e foram encontradas mais de 340 mil irregularidades, que
geraram mais de 500 notificações para 360 empresas que fazem
uso indevido de postes da Enel São Paulo. Em 2021, a empresa
removeu só na capital paulista 22 toneladas de fios irregulares
usados nos postes da empresa. A gestão do compartilhamento
dos postes pela rede de distribuição aérea de energia e as re-
des de telecomunicações se dá por meio de um contrato de alu-
guel. De acordo com as resoluções conjuntas da Aneel/Anatel
001/1999 e 004/2014, que trata do compartilhamento de postes,
as empresas que utilizam a estrutura devem seguir o plano de
ocupação e as normas técnicas da distribuidora local.
2 2 EM | Novembro / Dezembro | 2022
E M S in ton ia
F ragmen taç ão
A fragmentação dos agentes do setor elé-
trico caminha para uma pulverização.
Esse processo avançou mormente depois
do Reseb, que reestruturou o setor elétrico
brasileiro, nos anos 90 do século passado,
liderado pelo saudoso Lindolfo Ernesto
Paixão (ex-diretor de operações da Cesp).
Isso traz dificuldade para a governança (o
G do ESG) porque aumenta exponencial-
mente o número e as questões sustentadas
pelos interlocutores, sendo a voz e a repre-
sentatividade isolada mais fracas.
Para o Poder Concedente, fica cada vez
mais difícil gerir, com uma visão abran-
gente, os impactos de cada decisão, con-
siderando que o novelo de todos é um
só. Ficou impossível exercer uma política
energética sem uma transparente quebra
de ovos e suas respectivas dores.
Apesar de hoje as associações procura-
rem se confederar (caso da Fase, presidida
por Mário Menel), seus esforços não anu-
lam os efeitos da sua multiplicação. Hoje
são dezenas de entidades de ofertantes
de energia. Há pouco, da rede social da
Abren - Associação Brasileira de Recupe-
ração Energética de Resíduos surgiu uma
nova rede independente, com um expres-
sivo número de integrantes, inserida no
universo de biogás.
m ic
A implantação de usinas eólicas na plata-
forma continental no litoral do Brasil trará
consigo consequências que ampliarão o
papel nacional na integração energética
continental, especialmente por conta da
produção do hidrogênio verde de fonte
renovável oriundo dessa nova geração. Há
também projetos de hidrelétricas binacio-
nais em gestação com a vizinha Bolívia,
Argentina e outras virtuais.
No entanto, seria preciso correr com ar-
cabouços regulatórios que eliminassem
assimetrias tributárias, trabalhistas, fi-
nanceiras, ecológicas e de outras ordens e
unificassem ao máximo o modo de operar
das agências reguladoras envolvidas. Nem
no Mercosul se avançou muita nessas pla-
taformas, quanto mais nos Andes e na
Amazônia.
A Argentina e a Bolívia perderam parte
da expressão como driver forces no gás na-
tural (o Brasil cresceu com seu potencial
interno e exploração do mar equatorial).
Em energia elétrica, o Paraguai foi maior
do que é hoje no espectro de driver force,
papel que o Brasil retoma com as fontes re-
nováveis e distribuídas (solar e eólica).
Cogeraç ão
A entidade de classe dos cogeradores de
energia, a Cogen, já agrega 20,3 GW ins-
talados no País, respondendo por 10,8%
da matriz nacional (de 187,21 GW). Nesta
esfera, incrementaram-se 763,4 MW, em
2022.
Ainda assim falta robustecer a segurança
jurídica conforme clama o setor. E man-
tém-se o compasso de espera nos prepa-
rativos do BNDES, que se articula para a
compra qualificada de créditos de carbono.
Clima
O mundo está estourando a meta de con-
ter a temperatura média da Terra num
crescimento de 1,5°C, desenhado como
teto pelo Acordo de Paris (o Brasil é signa-
tário). A rapidez da transição energética foi
atrapalhada pela guerra da Ucrânia, como
é sabido. A Europa teve de recorrer a com-
bustíveis fósseis no inverno.
Na Ásia, a renomada The Economist
publicou artigo divulgando a revolução
verde na Índia. Mais populoso do que a
China, o país envereda para o etanol sob
consultoria da Datagro paulista. A revis-
ta ainda questiona como a Ásia poderá se
descarbonizar completamente. O temor
é o iminente atingimento do ponto de
não retorno, depois do qual as tragédias
climáticas serão inevitáveis e retroali-
mentadas por elas mesmas, ameaçando a
humanidade.
2 4 EM | Novembro / Dezembro | 2022

E specialistas
u m i o v eo e po c s

T ecn ologias de E s p ec i a l i s t a d a ed i ç ã o:
S ergio R ob erto S ilv a
dispositiv os de proteç ão dos S an tos

con tra surtos Engenheiro eletricista (U F R J ) da M P S Energia

e instrutor da Termotécnica P ara- R aios,
participa da comissão da T responsável
pela 1 - roteção contra descargas
A im p o r t â n c ia d e s e c o n h e c e r e m a s atmosféricas e colabora com a comissão
c a ra c te r ís t ic a s e p r in c íp io s d e a t u a ç ã o d o s responsável pela norma IEC 1 3, sobre
dispositivos de proteção contra surtos.
d if e r e n t e s c o m p o n e n t e s u t iliz a d o s n a f a b r ic a ç ã o
d e D P S .

A especificação de um dispositivo de pro- DPS: centelhadores, varistores e diodos. tores como DPS tipo II e diodos como
teção contra surtos (DPS) em um projeto Individualmente ou em conjunto, tais DPS tipo III.
de medidas de proteção contra surtos componentes são responsáveis pela atua-
(MPS) deve indicar obrigatoriamente ção típica do DPS: uma chave aberta que
qual o seu tipo (classe)1, seus principais se torna fechada com o aumento da ten- Comutadores e
valores nominais e a corrente nominal são em seus terminais. Como cada um limitadores de ten são
do dispositivo de proteção contra sobre- desses componentes possui característi-
correntes (fusível ou disjuntor) instalado cas positivas e negativas, não existe aque- Os DPS podem ser divididos em duas
a montante do DPS. Além desses itens, le que seja superior aos outros, devendo famílias, a dos limitadores de tensão
um bom projeto de MPS deve indicar o projetista das MPS, por isso, escolher a e a dos comutadores de tensão [1]. Os
também qual o componente principal tecnologia mais adequada para cada apli- comutadores de tensão possuem alta
do DPS, responsável pelo seu comporta- cação, levando em consideração o ciclo impedância enquanto os valores de
mento não linear, que irá assegurar que de vida completo do DPS. tensão em seus terminais estiverem
ele proteja as instalações elétricas e os dentro de valores pré-definidos como
equipamentos alimentados por ela com Embora todos os componentes citados aceitáveis, e muito rapidamente pas-
confiabilidade, eficiência e segurança. possam ser utilizados na fabricação sam a apresentar baixos valores de im-
de qualquer tipo de DPS (I, II e III), pedância quando a tensão em seus ter-
Existem atualmente três componentes na prática cada componente apresenta minais alcança um valor pré-definido
principais utilizados na fabricação dos vantagens comparativas em relação aos como inaceitável. São comutadores de
1 Emb ora os termos “ cl asse” e “ tip o” sej am corretos
demais quando utilizado em um tipo tensão DPS que utilizam centelhado-
e estej am nas normas té cnicas nacionais e internac- específico de DPS: os centelhadores são res, centelhadores encapsulados a gás
ionais, este au tor d efend e q u e p rog ressiv amente se
passe a utili ar apenas o termo tipo neste caso. mais indicados como DPS tipo I, varis- e tiristores.

U s e o s Q R c o d e s o u o s lin k s p a r a t e r a c e s s o Limitadores de tensão também pos-

D IS P ON Í V EL G R A T UIT A M EN T E
suem impedâncias muito altas em si-
tuações normais, mas na ocorrência de
um surto de tensão ou corrente, quan-
do a tensão em seus terminais sobe
muito rapidamente, reduzem sua im-
pedância interna de forma progressiva,
continuadamente, opondo-se assim ao
ps t e a id c E
próprio aumento de tensão. São limita-
a o podcast
dores de tensão os varistores e os diodos
supressores. Pelas suas próprias carac-
terísticas, um DPS limitador de tensão
absorve muito mais energia do que um
DPS comutador de tensão com carac-
terísticas semelhantes, o que faz com
ps anc r aranda e ent s
que os DPS limitadores de tensão sejam

S E
D E H N
F ig. 1 – V isão interna de um DP S centelhador
menos aptos a conduzir a energia das
correntes de surto.
Cen telh adores
Centelhadores (figura 1) não atuam
(chave aberta) até que a sua tensão de
disparo seja alcançada, quando ele irá
comutar para um estado de baixíssi-
ma impedância (chave fechada), re-
duzindo então, em curtíssimo tempo,
essa tensão para um valor conhecido
como tensão de arco, que no caso dos
centelhadores mais modernos situa-se
entre 900 V e 1,5 kV. Centelhadores
possuem grande capacidade de con-
duzir correntes de surto, sendo ideais
para fabricação de descarregadores de
corrente de raios (DPS tipo I) [2], de-
vido a sua grande capacidade energé-
tica. Centelhadores modernos assegu-
ram níveis de proteção (Up) inferiores
a 1,5 kV, suficientes para proteger os
próprios equipamentos eletrônicos2.
Ao contrário dos varistores e diodos,
que são componentes normalmente
adquiridos de terceiros para a fabri-
cação dos DPS, os centelhadores são
projetados, desenvolvidos e produ-
zidos pelos próprios fabricantes dos
DPS, existindo no mercado diferentes
modelos de centelhadores.
m deve ser utili ado de acordo com a indicação
do seu fabricante, independentemente do seu valor
de p. m tipo com p , , por e emplo,
não pode ser utili ado como tipo ou .
V aristores e diodos
Os varistores e diodos são dispositivos
que iniciam a sua atuação assim que a
tensão em seus terminais ultrapassa o
valor da sua tensão máxima de ope-
ração contínua (Uc). Por esse motivo,
varistores e diodos possuem tempo de
resposta inferior ao dos centelhadores,
sendo mais adequados para ser insta-
lados mais próximos aos equipamentos
protegidos, na fronteira entre as Zonas
de Proteção contra Raios (ZPR) 1→2 e
2→3, respectivamente DPS classe II e
DPS classe III.
V a ri s t ores
O termo “varistor” significa voltage de-
pendent resistor. Os varistores de óxido
metálico (MOV, de metal oxide varis-
tors) ― figura 2 ― são componentes
eletrônicos cujo valor de resistência
elétrica é inversamente proporcional
ao valor da tensão existente entre seus
terminais, ou seja, aumentando a ten-
são aplicada sobre o varistor, diminui-
se o valor da sua resistência interna.
Essa relação é estabelecida numerica-
mente pela fórmula:
I=K·V
Onde α é o coeficiente de não lineari-
dade do varistor, representando a rela-
ção entre a corrente conduzida por ele
e a tensão em seus terminais. Quanto
maior o valor de α, mais eficiente será
o varistor.
Varistores são versáteis, possuem bai-
xo custo e tempo de resposta reduzi-
do. Seu nível de proteção é inferior a
1,5 kV, o que os torna especialmente
atrativos como DPS tipo II (proteção
média), em geral, e na proteção contra
surtos provocados por chaveamentos,
em particular. Seu tempo de atuação
situa-se na ordem de nanossegundos,
menor do que o tempo de atuação dos
centelhadores, além do quê, eles não
EM | Novembro / Dezembro | 2022 2 5
apresentam correntes de seguimento,
a corrente em regime permanente que
flui através do DPS após ele comutar
para o estado de chave fechada.
Ao atuar, o varistor absorve grande
parte da energia recebida, que nesse
caso não alcançará o equipamento
protegido, limitando assim a sobre-
tensão a um valor previamente defi-
nido. Este aspecto é fundamental para
compreensão da diferença entre cen-
telhador e varistor, já que, enquanto o
primeiro conduz praticamente toda a
energia do surto através dele sem ab-
sorvê-la, no varistor parte dessa mes-
ma energia é utilizada na alteração das
suas características físico-químicas,
que dessa forma nunca voltarão ao
seu estado inicial, desgastando assim
o varistor pela sua própria atuação.
E p c o s T D K E le c t r o n ic s
F ig. 2 – V aristor de ó x ido de z inco
Nesse caso ocorre a fusão dos grãos de
óxido de zinco, de forma irreversível,
diminuindo o valor de Uc, até que ele
se iguale ao valor da tensão nominal
do sistema, fazendo o varistor atuar
indevidamente, o que corresponderá
ao final da sua vida útil.
Como sua degradação é inevitável,
varistores apresentam uma grande in-
conveniência quando utilizados como
DPS classe I. Ao conduzir uma parcela
da descarga atmosférica (Iimp) [3], o va-
ristor pode se degradar completamente
em uma única atuação, tornando a ins-
talação totalmente desprotegida. Em-
bora tal fato possa acontecer também
em relação à atuação do varistor como
DPS tipo II, neste caso, como a energia
do surto é menor, dificilmente o DPS
 2 6 EM | Novembro / Dezembro | 2022

T ecnologias de
is ositi os e rote o
3URGXWRV FRQIRUPH QRUPD 1%5  E specialistas contra s rtos

'5 '5
'5

D E H N
do maior capacidade de condução de
'5
correntes de surto e dissipação de ener-

S E
'5
'5
$2
'5
ig. 3 tipo III fabricado a
'5 partir de diodos supressores
se degradaria totalmente em uma única
atuação e sua vida útil seria maior.
'5   Os varistores atuais de óxido de zinco
'5  
(com valores maiores de α) são fabrica-
'5
dos com materiais não homogêneos [4].
Enquanto os valores de Up e Uc de-
pendem do número de grãos de óxido
metálico entre os seus terminais, grãos
em série, os valores das correntes nomi-
nal (In) e máxima (Imáx) dependem da
largura da pastilha do varistor, grãos
'5
'5 em paralelo. Como a quantidade to-
3URGXWRV &RP 'HVFRQWRV (VSHFLDLV
gia. Como a sua capacidade de condu-
ção de correntes se limita a uma única
junção P-N, os diodos supressores con-
duzem correntes de surto com menor
energia do que fazem centelhadores e
varistores. Eles retornam ao seu estado
inicial ao final da sobretensão transi-
tória e limitam as sobretensões a valo-
res mais baixos do que os outros dois
componentes, justificando assim o seu
emprego na fabricação de DPS tipo III.
Con clusão
Centelhadores não são lentos nem par-
rudos, varistores não são descartáveis
nem baratos e diodos não são rápidos
ou frágeis. Cada tecnologia possui van-
tagens e desvantagens, que devem ser

'5 tal desses grãos pode variar durante o avaliadas por parâmetros bem defini-
processo de fabricação, não sendo algo dos, fornecidos pelo fabricante do DPS.
exato, nunca existirão dois varistores Um DPS não é apenas seu centelha-
exatamente idênticos, mesmo que te- dor, varistor ou diodo, existindo outros
nham os mesmos valores nominais, o componentes, como soldas e invólucro,
'5 que dificulta a coordenação entre va- que também são responsáveis pela qua-
'5)
ristores ― caso sejam instalados em lidade do DPS. Cabe ao projetista das
um mesmo painel, ou muito próximos MPS determinar qual a melhor tecno-
entre si, não será possível determinar logia para o seu projeto, levando em
'5'
'5)
qual atuará primeiro, após o quê, será consideração não só o custo do prote-
inibida a atuação do segundo varistor. tor, mas também o valor associado ao
'5& que ele deve proteger.
'5
Di od os
'5
'5 O diodo supressor é o terceiro com-
ponente utilizado como DPS. Os dio-
'5
'5
'5 dos supressores limitam a tensão a
um determinado valor nos terminais
'5 58%,
9(5'(

dos equipamentos protegidos em um R EF ER Ê N C I A S

'5
'5$
tempo menor (picossegundos) do que
os centelhadores e varistores, sendo
por isso indicados para a fabricação de
'5 DPS tipo III (figura 3). Embora diodos
convencionais ou Zener também sejam
[1] Sueta, H.E.; Santos S.R.; Altaf im R. A. C.:
Protection of Low-Voltage Equipment and Systems –
capítulo do livro “Lightning Science, Engineering,
and Economic Implications for Developing
Countries”, Springer, outubro de 2020.
[2] DEHN SE: Lightning Protection Guide, 3 rd updated
edition.

'LYLVmR GH 6HUYLoRV
utilizados para esse objetivo, eles não [3] Associação Brasileira de Normas Técnicas:. ABNT
NBR 5419-4:2015 Versão Corrigida:2018 – Proteção
são tão adequados quanto os diodos su- contra descargas atmosféricas – Parte 4: Sistemas
$7 = *5283 ,1 %5$6,/ elétricos e eletrônicos internos na estrutura.
 /,*+71,1* 6<67(0 3527(&7,21 pressores, principalmente porque estes [4] Masteghin M. G.; Orlandi M. G.: Grain-Boundary
3527(d®2 &20 *$5$17,$ '( 48$/,'$'( foram especificamente desenvolvidos Resistance and Nonlinear Coefficient Correlation
for SnO 2 -Based Varistors. Material Research,
5$<&21 '2 %5$6,/ ,1' ( &20 '( )(55$*(16 /7'$ para a proteção contra surtos, possuin- dezembro de 2016.
$YHQLGD 3DXOD )HUUHLUD    ‡ 3LULWXED ‡ 6mR 3DXOR ‡ 
)É%5,&$  7HOV     ‡ )D[  
$'0,1,675$d®2  7HOV     ‡ )D[  
ZZZUD\FRQFRPEU ‡ UD\FRQ#UD\FRQFRPEU
ENERGIA TOTAL,
EFICIÊNCIA TOTAL
A exposição de infraestrutura elétrica
e gestão de energia

EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRASIL

SAVE
A THE DA
AVE DATE
DATE
AT
2 8 EM | Novembro / Dezembro | 2022

G uia – 1

B arramen tos T a m b é m c h a m a d o s d e “ lin h a s e lé t r ic a s p r é -

f a b r ic a d a s ”, t a is e q u ip a m e n t o s o f e r e c e m

b lin dados v a n t a g e n s d e r a p id e z e s e g u r a n ç a n a
in s t a la ç ã o , m e n o r e s p e r d a s e lé t r ic a s ,
f le x ib ilid a d e , b a ix a m a n u t e n ç ã o e m e n o r
n e c e s s id a d e d e e s p a ç o . O le v a n t a m e n t o
d e s c re v e a o fe r t a d e fo rn e c e d o re s
d e b a r r a m e n t o s b lin d a d o s , c o m s u a s
c a r a c t e r ís t ic a s e lé t r ic a s , m a t e r ia is
D a R e d a ç ã o d e EM e m p r e g a d o s , c o n f ig u r a ç õ e s e n o r m a s .

Configuração

Para transmissão, sem caixas

Para distribuição, com caixas

N ível básico de impulso (kV)
Corrente suportável nominal

Temperatura ambiente (° C)

Acabamento poliéster a pó

arreira corta fogo (min)

Acabamento epóxi a pó
Tensão nominal (V c.a.)

de derivação extraíveis
Invólucro em alumínio

Empresa – Telefone Grau de

Acabamento zincado
Corrente nominal (A)

ABN T/N BR IEC

Barras de alumínio

Barras espaçadas
E-mail proteção (IP)

Baixa impedância
Invólucro em aço
Barras de cobre

Barras coladas

N ão ventilado

de derivação
(1s) kA (Icw )

Ventilado

Bbtec – (11) 5563-5824 350 a 5a

comercial@barramentosblindados.com.br
690
6.000
50
45 • • • • 31 a 55 • • • • • • • 120 61439-1/6 61439-1/6

Forza – (41) 99891-7236 1.200 a -10 a

comercial01@forza-ind.com.br
1.000 4.000 65 12 + 50 • • • • • • 42 a 54 • • • • • • 60439/2 60439-2

H B H olec Barras – (15) 3268-1773 320 a 12 -10 a 61439-1, 61439-1,

vendas@hbindustria.com.br
1.000
6.000
60
40 • • • • • 31 a 55 • • • • • • 61439-6 61439-6

H elzin – (11) 2634-3330 500 a

adm.pedidos@helzin.com.br 1.000 5.000 40 1 35 • • • 54 a 55 • • • • • • 61439-1/2 60439-1/2

egabarre ( ) 5 5 67 até 25 a 120 170 -25 a

vendas megabarre com br 38.000 20.000 + 55 • • • • • • 31 a 65 • • • • • • • • • •

N ovemp – (11) 4093-5300 250 a -15 a

vendas@novemp.com.br 830 6.000 87 8 50 • • • • • • 31 a 55 • • • • • • • 90 61439-6 61439-6

Prodesbus – (11) 98377-1370 160 a 35 a

vendas@prodesbus.com.br
1.000 6.000 300 60 • • • • • • • 31 a 66 • • • • • • • 60 61439 61439

Tech Barras – (11) 98188-0074 até 350 a 24 a -5 a

vendastechbarra gmail com 1.000 6.200 100 5 40 • • • • 55 • • • • • 60439-1/2 61439-1/2

Vepan – (11) 99133-4032 250 a 12 a -5 a 60439-1/2 e

vendas@vepan.com.br
1.000 5.000 120 8 40 • • • • • • • 31 a 55 • • • • • • • 120 61439-1/6 61439-1/6

olga (6 ) 8 56 400 a -5 a
comercial volga com br 1.000 6.000 192 8 40 • • • • • • 31 a 55 • • • • • • 240 5410 61439-1/2/6

W EG – (47) 3276-4000 250 a 12 a 120 a 60439-2 e

automacao eg net 690 5.800 120 8 • • • • • • • 31 a 55 • • • • • • • 240 61439-6 61439-6

Obs.: s dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas ue dele participam, de um total de empresas pes uisadas
Fonte: Revista Eletricidade Moderna, setembro outubro de Este e muitos outros guias estão dispon veis on-line, para consulta.
Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
O ESPAÇO DA ENERGIA
SOLAR FOTOVOLTAICA
A maior exibição e conferência da
indústria solar na América do Sul

EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRASIL

SAVE THE DATE

3 0 EM | Novembro / Dezembro | 2022

Pesq uisa

O s Produtos
do A n o 2 0 2 2
O le v a n t a m e n to a p re s e n t a a s m a rc a s d e
d iv e r s o s p r o d u t o s p a r a in s t a la ç õ e s e lé t r ic a s
e d e ilu m in a ç ã o m a is v e n d id a s n a s lo ja s d e
m a te r ia is e lé t r ic o s

d a R e d a ç ã o d e E M

Realizada ininterruptamente pela revis- evolução de uma marca de um ano para indicações, considerando o universo de
ta E letricidade M oderna desde 1976, a outro, os dados da pesquisa de 2021 são cada produto.
pesquisa “Os Produtos do Ano” detecta as também divulgados nas tabelas.
Um resumo das marcas vencedoras em
marcas de materiais elétricos mais vendi-
Vale destacar que cada tabela tem seu uni- cada um dos 37 produtos pesquisados
das nos canais de distribuição. A partir de
verso específico, pois nem todos os reven- pode ser conferido no quadro ao lado. As
respostas fornecidas por revendedores, o
dedores comercializam todos os itens que demais tabelas fornecem outras informa-
levantamentoapontaodesempenhorelati-
compõem a pesquisa. Ou seja, o universo ções sobre o mercado de material elétrico:
vo no mercado de marcas de diversos itens
específico corresponde ao número de re- uma relação dos dez produtos apontados
comercializados nesses estabelecimentos.
vendedores pesquisados que declararam como os mais comercializados nas lojas,
Nesta edição, a pesquisa é composta por
comercializar o produto em questão, e independentemente de marcas, levando
37 produtos, que são de uso corrente em
não ao universo total, que seria o número em conta o universo total da pesquisa (ta-
instalações elétricas, como lâmpadas LED,
total de respostas recebidas. Outro ponto bela I) e as dez marcas indicadas como as
luminárias e equipamentos auxiliares de
importante é que as tabelas não trazem mais vendidas pelos revendedores, tam-
iluminação, proteção contra descargas
todas as marcas citadas pelos revendedo- bém em relação ao universo total da pes-
atmosféricas, caixas, quadros, contatores e
res, tendo sido excluídas da apresentação quisa, com os produtos associados a tais
vários outros produtos.
as que não atingiram pelo menos 2% de indicações (tabela II).
No total, 118 revendedores e distribuido-
res de materiais elétricos de várias regiões
do território nacional participaram do
levantamento – o gráfico ao lado infor-
ma, percentualmente, em quais Estados
estão localizadas as revendas pesquisadas.
Já a lista com os nomes dessas empresas
e onde estão sediadas está disponível na
página de E M na Internet, no endereço
https://www.arandanet.com.br/assets/
pdfs/PA_2022_consultados.pdf.
Os resultados de desempenho das marcas,
ou seja, a proporção de revendedores que
apontaram determinada marca como a
mais vendida, são publicados na forma de
tabelas, uma para cada produto pesqui-
sado. Para permitir aos leitores avaliar a istribuição geográfica dos revendedores ue responderam pes uisa
 EM | Novembro / Dezembro | 2022 3 1

T a b e la I –O s p r o d u t o s m a is p r e s e n t e s n a s
re v e n d a s
R e v e n d e d o re s
p e s q u is a d o s q u e
o c o m e r c ia liz a m
P ro d u to
N o
A s m a rc a s v e n c e d o ra s d e
“O s P ro d u to s d o A n o 2 0 2 2 ”
P ro d u to M a rc a
A b r a ç a d e ir a s e id e n t if ic a d o r e s p a r a f io s e c a b o s H e lle r m a n n t y t o n
B lo c o s a u t ô n o m o s p a r a ilu m in a ç ã o d e e m e r g ê n c ia S e g u r im a x
% d e
1 1 8 B o r n e s / c o n e c t o r e s p a r a t r ilh o s W e id m ü lle r/ C o n e x e l e W E G

A b r a ç a d e ir a s e id e n t if ic a d o r e s B o t õ e s , b o t o e ir a s e s in a liz a d o r e s W E G
1 0 1 8 5 ,6
p a r a f io s e c a b o s C a b o s M T C o r f io
F io s e c a b o s B T 1 0 1 8 5 ,6 C a ix a s d e lig a ç ã o (c a ix a s d e d e r iv a ç ã o ) L e g r a n d , T r a m o n t in a e S t e c k
C a ix a s p a r a m e d id o r e s T A F
D is p o s it iv o s d e p r o t e ç ã o c o n t r a
1 0 0 8 4 ,7 C a n a le t a s p a r a in s t a la ç ã o a p a r e n t e E n e r b r a s , L e g r a n d e S c h n e id e r E le c t r ic
s u r t o s (D P S )
C h a v e s s e c c io n a d o r a s d e b a ix a t e n s ã o (a ç ã o r á p id a ) W E G
M in id is ju n t o r e s (d is ju n t o r e s
1 0 0 8 4 ,7 C o m u t a d o r e s (c h a v e s r o t a t iv a s ) W E G
m o d u la r e s )
C o n d u le t e s T r a m o n t in a
D is ju n t o r e s in d u s t r ia is e m c a ix a
9 9 8 3 ,9 C o n e c t o r e s e t e r m in a is B T In t e lli
m o ld a d a
C o n ta to re s W E G
D is p o s it iv o s D R (P r o t e ç ã o
9 9 8 3 ,9 D im m e r s (v a r ia d o r e s d e lu m in o s id a d e ) L e g r a n d e Q u a lit r o n ix
D if e r e n c ia l- R e s id u a l)

B o t õ e s , b o t o e ir a s e s in a liz a d o r e s 9 8 8 3 ,0 D is ju n t o r e s in d u s t r ia is e m c a ix a m o ld a d a S o p ra n o e W E G
D is p o s it iv o s d e p r o t e ç ã o c o n t r a s u r t o s (D P S ) C la m p e r
C a n a le t a s p a r a in s t a la ç ã o a p a r e n t e 9 7 8 2 ,2
D is p o s it iv o s D R (p r o t e ç ã o d if e r e n c ia l- r e s id u a l) S o p ra n o
C o n ta to re s 9 7 8 2 ,2 E le t r o c a lh a s E le c o n , P e r f il L íd e r, In e c e l e E le t r o p o ll
In te r r u p to re s e to m a d a s p a r a E le t r o d u t o s is o la n t e s e a c e s s ó r io s T ig r e
9 7 8 2 ,2
in s t a la ç ã o p r e d ia l E le t r o d u t o s m e t á lic o s e a c e s s ó r io s E le c o n
F e r r a g e n s p a r a r e d e s d e d is t r ib u iç ã o R o m a g n o le
F io s e c a b o s B T C o r f io
T a b e la II - A s m a r c a s m a is v e n d id a s
F u s ív e is t ip o D e N H W E G
R e v e n d e d o re s
H a s te s d e a te rra m e n to In t e lli
q u e a p o n ta ra m
In t e r r u p t o r e s e t o m a d a s p a r a in s t a la ç ã o p r e d ia l T r a m o n t in a e L e g r a n d
a m a rc a c o m o
M a rc a P ro d u to a m a is v e n d id a L â m p a d a s L E D A v a n t
L e it o s p a r a c a b o s E le c o n , E le t r o p o ll, D is p a n , In e c e l e P e r f il L íd e r
% d e
N o
L u m in á r ia s , p r o je t o r e s e r e f le t o r e s O liv o
1 1 8
M a t e r ia l e lé t r ic o b lin d a d o W e t z e l
C o n e c to re s e
In t e lli 5 6 4 7 ,5 M in id is ju n t o r e s (d is ju n t o r e s m o d u la r e s ) S o p ra n o e W E G
t e r m in a is B T
H a s te s d e M in u t e r ia s E x a tro n
In t e lli 5 1 4 3 ,2
a te rra m e n to P e r f ila d o s P e r f il L íd e r, E le c o n e E le t r o p o ll
T r a m o n t in a C o n d u le t e s 4 7 3 9 ,8 P lu g u e s e t o m a d a s in d u s t r ia is S te c k
A b r a ç a d e ir a s e Q u a d r o s d e d is t r ib u iç ã o p a r a in s t a la ç ã o p r e d ia l L e g ra n d
id e n t if ic a d o r e s R e lé s f o t o e lé t r ic o s M a r G ir iu s e E x a t r o n
H e lle r m a n n T y t o n 3 9 3 3 ,0
p a r a f io s e
c a b o s S e n s o re s / d e te c to re s d e p re s e n ç a E x a tro n
S is t e m a s d e p a r a - r a io s p r e d ia is (s is t e m a c o m p le t o ) P a ra te c
D is p o s it iv o s d e
C la m p e r p ro te ç ã o c o n tra 3 7 3 1 ,4
s u r t o s (D P S )
P lu g u e s e
S te c k to m a d a s 3 7 3 1 ,4
in d u s t r ia is
B lo c o s
a u t ô n o m o s p a ra
S e g u r im a x 3 2 2 7 ,1
ilu m in a ç ã o d e
e m e r g ê n c ia
W E G C o n ta to re s 3 2 2 7 ,1
S e n s o re s /
E x a tro n d e te c to re s d e 3 1 2 6 ,3
p re s e n ç a
S is t e m a s d e
p a r a - r a io s
P a ra te c 3 1 2 6 ,3
p r e d ia is (s is t e m a
c o m p le t o )
3 2 EM | Novembro / Dezembro | 2022

Pesq uisa
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CLAMPER O
PRODUTOSDO ANO

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PROTEÇÃO CONTRA
RAIOSESURTOS
ELÉTRICOS(DPS)

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313689.9500 Proteçãocont
raRaioseSurtosElétr
icos
3 4 EM | Novembro / Dezembro | 2022

Pesq uisa

Dimmers (variadores de
luminosidade)
# Universo = 78
Total de revendedores
em que a marca é a
Marca mais vendida (%)
2022 2021
Legrand 16,7 18,6
Qualitronix 16,7 10,2
Exatron 12,8 13,6
MarGirius 9,0 8,5
Schneider Electric 6,4 8,5
Tramontina 5,1 -
Rima 3,8 3,4
Roma 3,8 2,5
Fame 3,8 2,5
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c o m a s c a
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r a c t e r ís t ic a s d e s s
io n a l ju n t a
e s e q u ip a m
m e n te
e n to s ,
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c la s s e d e is o la m e n t o , g r a u d e p ro te ç ã o ,
r e n d im e n t o , a lé m d a s n o r m a s a t e n d id a s .

D a R e d a ç ã o d e EM

Tensão nominal Potência Rendimento de motor típico, N ormas

(3f 60 H z) nominal 4 polos, 75% de carga (% )
( )

Empresa –Telefone
E-mail
Classe de isolamento

Grau de proteção IP
Fator de serviço FS

IEC 60034-30-1
Outras

N BR 17094
Até 440 V

Outra (V)

Carcaça

100 cv
10 cv
1 cv
cv

kW

Cantoni Motor (1)

0,06 a 0,04 a F ou
motor@cantonigroup.com • (2)
1.880 6.000
56 a 500 1
H
55 81,7 90,6 95 • N ema MG-1
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Notas: (1) A empresa procura por representante para o Brasil. (2) Sob consulta.
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 17 empresas nacionais e 19 internacionais pesquisadas.
Fonte: Revista Eletricidade Moderna, novembro/dezembro de 2022. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta.
Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
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DATE
AT
4 2 EM | Novembro / Dezembro | 2022

Proteç ão

Coorden aç ão P u b lic a d o e m d u a s p a r t e s , e m e d iç õ e s
c o n s e c u t iv a s d e E M , e s t e t r a b a lh o a b o r d a : o s

de en ergia en tre e f e it o s d a s c o n e x õ e s e in t e r lig a ç õ e s D P S – D

o b je t o d a p r im e ir a p a r t e , e a c o o r d e n a ç ã o e
P S ,
n tre

D PS – Parte 2 : D P S e e q u ip a m e n t o , t e m a d e s t a c o n t in u a ç ã
(R e p e t im o s a q u i a s f ig u r a s 7 , 6 e 2 , n e s s a o r
o .
d e m ,

coorden aç ão D PS – e a t a b e la I, a s q u a is já f o r a m p u b lic a d a s n a
p r im e ir a p a r t e m a s s ã o im p o r t a n t e s p a r a a

eq uipamen to
c o m p r e e n s ã o d o q u e v a i a q u i e x p o s t o .)

J o s é C la u d io d e O liv e ir a e S ilv a ,
c o n s u lt o r

V
imos na primeira parte deste
artigo que, mesmo que no painel
de distribuição, a montante, se tenha
um bom DPS, supostamente adequa-
do para a proteção do equipamento
alimentado pelo painel e localizado a
certa distância deste, existem motivos
para se instalar um DPS próximo ao
equipamento: tensão indutiva nas co-
nexões do DPS a montante, oscilações
e induções nas áreas A1 e A3 da figura
7 [N. do editor: publicada na primeira
parte e reproduzida aqui].
Basicamente, a coordenação de ener-
gia entre os DPS pode ser determinada
através de métodos analíticos, métodos
numéricos (simulação de circuitos, por
exemplo) ou ensaios [3]. Com exceção
dos ensaios, os outros métodos só po-
dem ser aplicados conhecendo-se as
especificações detalhadas dos DPS en-
volvidos. As especificações de DPS não
são tão detalhadas quanto as especifica-
ções dos CPS (componentes de proteção
contra surtos1) comumente utilizados
nas proteções internas de equipamentos
(varistores, diodos supressores, etc.). É
possível que tenhamos que recorrer ao
1 A IEC 61643-12 [ 3] ( aind a sem v ersão
A B N T ) , p ara se referir a comp onentes d e
p roteç ão internos a u m eq u ip amento, u sa
o termo S P C, d e sur e protection compo-
nent – em p ortu g u ês, comp onente d e p ro-
teç ão contra su rtos - CP S .
F ig. 7 – C ircuito
mostrando as á reas
A1, A2 e A3 para aná lise
das conex õ es do DP S,
oscilaçõ es, induçõ es e
outros efeitos
fabricante dos DPS para obter informa-
ções específicas dos seus dispositivos,
com vistas a uma análise mais detalha-
da de coordenação. Quando a análise
envolve coordenação com a proteção
interna de um equipamento, é mais di-
fícil ainda obter dados do fabricante do
equipamento.
Normalmente, as únicas informações
de equipamentos com utilidade para o
estudo de coordenação são a tensão su-
portável de impulso (UW) e/ou o nível
de imunidade a surtos, conforme IEC
61000-4-5 [10], de onde se tira a tensão
UOC2. Rigorosamente, ambos os dados
(UW e UOC) somente permitem lidar
com coordenação em termos de tensão
e sob uma condição particular: quan-
do o equipamento não possui proteção
interna, sendo que isso se restringe,
2 UOC é a tensão d e p ico na saí d a em ab erto
d o g erad or d e ensaio, com forma d e ond a
1, 2 / 50 µ s. Com a saí d a em cu rto, o g era-
d or fornece u ma corrente d e p ico IS C com
forma d e ond a 8 / 2 0 µ s. A rel aç ão UOC/ IS C
é denominada imped ncia de sa da efetiva
d o g erad or combination ave enerator .
ainda, à proteção em modo-comum
(F/N – PE).
Quando um equipamento não possui
proteção interna, sua capacidade de su-
portar sobretensões em modo-comum
é uma questão de suportabilidade a im-
pulso (UW) de suas isolações internas,
conforme a categoria em que se enqua-
dre entre as da tabela 31 da NBR 5410 [2],
ou do nível especificado de imunidade a
surtos (UOC) conforme IEC 61000-4-5
[10]. De fato, eu mesmo já testei imuni-
dade a surtos de conversor chaveado em
que, ao serem aplicados impulsos de até
4 kV entre F e PE, a corrente de saída do
gerador de ensaios era zero. Ou seja, o
produto atendia ao nível especificado de
imunidade “segurando a onda” através
das isolações internas. Deve-se observar
que, no caso de conversores com um dos
terminais de saída ligado à massa do
equipamento, a isolação entre a entrada
e a saída do conversor (transformador e
acoplador óptico, tipicamente) também
fica sujeita a sobretensões de modo-co-
mum na entrada.
nucleotcm
4 4 EM | Novembro / Dezembro | 2022
Proteç ão
Nessas condições, a coordenação entre
o equipamento e o DPS externo, insta-
lado próximo ao equipamento, se torna
uma questão de coordenação de tensão
apenas (valem as três condições envol-
vendo UP/F, UI e UW em C.2.1.8.b na NBR
5419-4 [1]), uma vez que não há CPS no
equipamento atuando em paralelo com
o DPS externo. O DPS deve suportar,
obviamente, a energia prevista no pon-
to de instalação, em coordenação com o
DPS a montante, se houver.
Se o equipamento possuir proteção in-
terna, cujas características normalmen-
te não são conhecidas pelo projetista de
MPS (medidas de proteção contra sur-
tos) da instalação, a coordenação fica in-
definida, mesmo que sejam declarados
os valores de UW e/ou UOC (ver tabela A.1
em [1]). Isso porque:
A proteção interna pode ter nível de
atuação bem abaixo dos valores de-
clarados de UW e/ou UOC. Se, com base
apenas em UW e/ou UOC, um DPS ex-
terno for selecionado com UP um pou-
co abaixo de UW e/ou UOC, o que está
correto, ele pode ficar acima do nível de
F ig. 6 – R elação entre energia
dissipada em cada DP S
e a energia total aplicada
no circuito em função do
comprimento do cabo, para
onda 1/ 100 e cabo de 16 mm2;
DP S1 > DP S2: DP S1 = B 4 0K 275
e DP S2 = B 4 0K 250;
DP S1 < DP S2: DP S1 = B 4 0K 250
e DP S2 = B 4 0K 275;
DP S1 = DP S2 = B 4 0K 250
atuação da proteção interna.
Se este DPS estiver próximo
ao equipamento, como deve
ser (por motivos de indução
e oscilação), a coordenação
de energia ficará prejudi-
cada ― veja o exemplo da figura 6 [re-
cação de impulsos em modo-co-
produzida aqui], que mostra varistores
mum, por exemplo, a impedância
vizinhos (em tensão) compartilhando
de saída efetiva do gerador é 12 .
a energia de forma bastante desigual, se
Para UOC 4 kV, ISC 0.33 kA, que
colocados lado a lado: ¼ e ¾ da energia
é uma corrente relativamente baixa
total, aproximadamente;
e de curta duração. Considerando as
• O ensaio de imunidade segundo impedâncias internas, especialmen-
a IEC 61000-4-5 [10] segue um te a do CPS, a corrente aplicada no
procedimento específico3. Na apli- ensaio deve ser menor que 300 A.
Nesse ensaio, um equipamento
3 Os ensaios conforme IEC 61000-4-5 têm o
objetivo principal de se verificar a imunidade pode ser aprovado sob um “alto”
do equipamento a surtos, em que o desem- nível de ensaio de imunidade, com
penho do produto é monitorado durante
varistores pequenos, ainda menores
o ensaio. Já no caso de UW, os ensaios são
voltados à suportabilidade das isolações do do que o S20K [figura 2, reproduzida
equipamento, não a questões funcionais. aqui]. Assim, numa instalação real,

na falta de coordenação de energia
com o DPS externo, mesmo que haja
coordenação de tensão, pode haver
danos na proteção interna e, conse-
quentemente, no equipamento.
A nota da seção A.2.2 e a nota 3 da se-
ção C.2.1.2 da NBR 5419-4 [1] chamam
atenção para a possibilidade de a prote-
ção interna de um equipamento afetar
a coordenação. O problema é discutido
mais detalhadamente no Anexo K da
IEC 61643-12 [3]: “Immunity vs. rated
impulse voltage withstand”, que conclui
dizendo que, para se garantir a imuni-
dade total do equipamento, são necessá-
rias avaliações adicionais através de en-
saios ou simulações a nível de sistema.
Uma situação muito crítica envolvendo
a coordenação entre CPS de um equi-
pamento e DPS externo é ilustrada na
figura 10. Um equipamento, que atende
F ig. 2 – V aristores Epcos S20K (disco) e
B 4 0K (bloco)
a um certo nível de imunidade confor-
me a IEC 61000-4-5 [10], é colocado na
entrada de uma instalação fisicamen-
te muito pequena, sujeita a descargas
diretas frequentes. Neste exemplo, a
separação entre CPS e DPS (l1) é muito
pequena, podendo ser menor que 1 m.
O espaço e o custo são limitados para
a introdução de indutores de desaco-
plamento. A coordenação tem que ser
direta, DPS-CPS, praticamente sem se-
paração.
Se A e B são integrados num só produto,
do mesmo fabricante, é preferível que
ele desenvolva um DPS classe I II III,
EM | Novembro / Dezembro | 2022 4 5
junto a um ou mais fabricantes de DPS,
para ser integrado ao produto A, em
coordenação de energia com o equipa-
mento B, coordenação essa que deve ser
verificada através de ensaios com altas
correntes em laboratório (10/350). A
solução se torna independente de even-
tuais DPS colocados fora de A.
O ajuste da coordenação através de en-
saios, mencionado acima, não é trivial,
nas condições citadas, particularmente
quanto à aplicação de impulso em mo-
do-diferencial (entre condutores vivos).
Tal sobretensão pode ser moderada em
amplitude (dependendo da tensão re-
sidual do DPS, a proteção interna de B
nem atua), mas possui longa duração.
Ou seja, o DPS transforma o impulso de
corrente numa sobretensão achatada no
início, que decai lentamente, com dura-
ção na casa de milissegundos. Um “tsu-
nami” para os circuitos de B.
 4 6 EM | Novembro / Dezembro | 2022

Proteç ão

Sobretensões com características simi-

lares (baixa amplitude e longa duração),
resultantes da abertura de fusíveis de-
vido a curtos-circuitos de alta ampera-
gem, e seus efeitos num determinado
tipo de conversor chaveado, são relata-
dos no artigo em referência [11]. Cabe
mencionar que conversores chaveados,
diante de uma sobretensão longa, po-
dem cortar os pulsos de chaveamento,
transformando-se rapidamente em car-
gas de alta impedância, o que contribui
para manter a sobretensão na entrada
por mais tempo, colocando capacitores
e chaves semicondutoras sob risco de
danos por alta tensão.

Na tecnologia atual, um DPS classe I do

tipo comutador de tensão (centelhador)
tem maior chance de coordenação com
um CPS, por ter uma tensão residual ig. 1 Site de telecomunicações com
bem baixa (tensão de arco, depois da gabinete outdoor ligado a uma torre,
contendo um e uipamento ue é
ignição), tipicamente próxima da tensão ligado diretamente rede de distribuição
da rede [13], absorvendo a maior parte de energia em T
da corrente e, portanto, da energia. Nes-
se caso, deve-se atentar para que o CPS A coordenação de energia pode precisar
não impeça o disparo do spark-gap do de ensaios e/ou simulações, com dados
DPS, o que resultaria na destruição do mais detalhados de todos os protetores.
CPS. O sistema de ignição de um DPS Nesses tempos em que buscamos maior
desse tipo, em paralelo com o CPS, deve refinamento nas proteções contra raios
atuar mesmo para os impulsos com su- através das MPS [1], seria interessan-
bidas as mais lentas. Mais uma razão te que os fabricantes de equipamentos
para os ensaios. fornecessem informações sobre coorde-
nação de energia nas suas instruções de
No caso do invólucro A (seja um gabi- instalação.
nete ou contêiner) ser uma solução de
um fabricante que integra componentes Fabricantes de DPS também ajudariam
de diversos fornecedores, é possível que com informações mais detalhadas sobre
ele defina a solução de proteção através os seus produtos, como, por exemplo,
de um DPS classe II na entrada (o ‘DPS’
na figura 10), deixando o DPS classe I,
necessário pelo tipo de instalação, a
cargo do responsável pelo site, que po-
derá instalar o DPS classe I num qua-
dro externo ou no padrão de entrada.
A coordenação pode ficar complicada,
pois o projetista de B, o integrador de
A e o responsável pela proteção classe I
do site não conhecem as características
de todos os protetores interligados em ig. 11 E ventil M T Me
cascata, a curta distância um do outro. varistor E CO .
4 8 EM | Novembro / Dezembro | 2022
Proteç ão
T a b . I - C o r r e n t e e e n e r g ia
m á x im a s d o s v a r is t o r e s
V a r is t o r Im
á x .
S 2 0 K 2 3 0
S 2 0 K 2 5 0 8 k A
8 / 2 0 s
S 2 0 K 2 7 5
S 2 0 K 3 2 0
B 4 0 K 2 3 0
B 4 0 K 2 5 0 4 0 k A
8 / 2 0 s
B 4 0 K 2 7 5
B 4 0 K 3 2 0
as características VXI dos dispositivos
limitadores de tensão e níveis de prote-
ção de dispositivos comutadores, antes e
após disparo do spark-gap. A propósito,
um dado muito interessante e útil para
análises de coordenação de energia me
chamou a atenção na folha de dados do
DPS classe I+II+III da DEHN, o DEHN-
ventil DV M2 TN 255 FM [12], que é
do tipo comutador de tensão. O docu-
mento declara que a energia que passa
(let-through energy) para um varistor
S20K275 a jusante (10 m) é menor que
1 J, quando impulsos de corrente Iimp
(10/350) de 2,5 kA até 25 kA são apli-
cados no DPS. A figura 11 dá uma ideia
do ensaio e a diferença do porte do DPS
classe I e do varistor. O S20K275 suporta
151 J (tabela I, reproduzida acima).
Uma dica importante para os projetis-
tas de equipamentos: utilizem proteções
E (J )
m á x . com tensões residuais as mais altas pos-
1 3 0 síveis, que ainda garantam a proteção
1 4 0 do equipamento. A chance de coorde-
1 5 1 nação de energia com DPS externos é
1 8 4
muito maior, além de quê, quanto mais
4 6 0
afastado da tensão nominal da rede, me-
4 9 0
lhor [14].
5 5 0
6 4 0
Con clusõ es
Diversos aspectos envolvendo a coorde-
nação de energia entre DPS foram anali-
sadas nas partes 1 e 2 deste artigo .
Para a coordenação de energia, a NBR
5419-4 nos remete à IEC 61643-12 e à
IEC 61643-22, onde são apresentadas
técnicas analíticas, o que inclui simu-
lação por computador, e ensaio. A NBR
5419-4 e a NBR 5410 também recomen-
dam que os fabricantes de DPS disponi-
bilizem informações e instruções para
se conseguir coordenação de energia.
A distância de separação entre DPS
(comprimento dos cabos) é importante
na redução da energia dos surtos trans-
mitidos para dentro da instalação, mas
para impulsos de longa duração a dis-
tância necessária para garantir coorde-
nação pode ser excessivamente grande.
Nesse caso, uma boa solução consiste
em selecionar um DPS a montante com
nível de proteção menor que do DPS a
jusante, de modo que a maior parte da
corrente flua por esse DPS, aliviando o
DPS menor.
Tensões indutivas nas conexões de DPS,
assim como induções e oscilações na
interligação entre DPS, causam varia-
ções desprezíveis de energia nos DPS.
Apesar disso, é recomendável manter as
conexões dos DPS curtas nos locais de
instalação e manter os feixes de cabos
dos circuitos bem unidos, utilizar cabos
trançados (PP) ou blindados, se neces-
sário, para reduzir a área de indução.
Altas tensões induzidas em grandes
laços, onde os condutores de um cir-
cuito façam parte desses laços, podem
dar lugar a altas correntes circulando
pelos condutores PE, resultando em
forte indução em modo-comum e em
modo-diferencial entre PE e os de-
mais condutores do mesmo circuito,
com possibilidade de aumento signi-

ficativo de energia no DPS menor, a
jusante. Cabos trançados não ajudam
nesse caso, quando o condutor PE é
trançado junto com os condutores
vivos.
Os DPS classe I modernos, do tipo co-
mutador (centelhador), possuem ten-
sões de arco próxima da tensão da rede,
bem abaixo das tensões residuais de dis-
positivos limitadores de tensão (varisto-
res), e por isso oferecem boas chances de
coordenação de energia com os DPS a
jusante e com as proteções internas de
equipamentos.
Em situações especiais, envolvendo
equipamentos sofisticados e que de-
sempenhem funções críticas, é reco-
mendável fazer análises mais rigorosas
de coordenação de energia entre as
proteções internas dos equipamentos
e os DPS externos. No caso de insta-
lações fisicamente muito pequenas,
como gabinetes outdoor e pequenos
contêineres, sujeitas a descargas at-
mosféricas diretas e frequentes, em
que a distância entre equipamento e
entrada de energia é muito pequena
(< 1 m, em certos casos), ensaios po-
dem ser necessários para se verificar
ou ajustar a coordenação de energia
entre DPS e equipamento.
R EF ER Ê N C I A S
[Nota do Autor: As referências apresentadas são as que
estavam disponíveis durante a elaboração do artigo.
Algumas referências podem estar desatualizadas e
algumas normas IEC podem ter equivalentes NBR.]
[1] ABNT NBR 5419-4:2015 – Proteção contra
descargas atmosféricas – Parte 4: Sistemas elétricos
e eletrônicos internos na estrutura; 1ª Edição; 2015.
[2] ABNT NBR 5410:2004 (+ errata 2008) - Instalações
elétricas de baixa tensão.
[3] IEC 61643-12 – Low-voltage surge protective devices
– Part 12: Surge protective devices connected to low-
voltage power systems – Selection and application
principles; Ed. 3.0, 2020.
[4] IEC 61643-22 – Low-voltage surge protective devices
– Part 22: Surge protective devices connected to
EM | Novembro / Dezembro | 2022 4 9
Telecommunications and signalling networks –
Selection and application principles; Ed. 2.0, 2015.
[5] IEC 61643-11 – Low-voltage surge protective devices
– Part 11: Surge protective devices connected to low-
voltage power systems – Requirements and test
methods; Ed. 1.0, 2011.
[6] ABNT NBR 5419-1:2015 – Proteção contra descargas
atmosféricas – Parte 1: Princípios gerais; 1ª Edição; 2015.
[7] Lai and Martzloff: Coordinating Cascaded Surge
Protection Devices: High-Low versus Low-High.
“IEEE Transactions on Industry Applications”,
Vol. 29, No. 4, July/August 1993.
[8] A.R. Panicali; J. Pissolato Filho; C.F. Barbosa;
J.C.O. Silva; N.V.B. Alves: Protection of Electronic
Equipment Inside Buildings: A Hidden Source of
Damages. 33rd Internationa l Conference on
Lightning Protection (33rd ICLP); Estoril,
Portugal; Set., 2016.
[9] A.R. Panicali; Silva, J.C.O.: High touch voltages inside small
buildings due to direct lightning strikes. International
Conference on Grounding and Earthing (Ground’2020/21)
and 6th Lightning Physics and Effects – LPE; Web
Conference; Jun. 2021.
[10] IEC 61000-4-5 – Electromagnetic compatibility
(EMC) – Part 4-5: Testing and measurement
techniques – Surge immunity test; Ed. 3.0; 2014.
[11] Silva, J.C.O.; Bäckman, N.: Overvoltages on AC
ports of DC power systems; IEICE/IEEE Intelec’03;
Yokohama, Japan; October 2003.
[12] Product Data Sheet: DEHNventil modular, DV M2 TN 255
FM (954 205); https://www.dehn.se; 08.2022.
[13] DEHN + SÖHNE: Lightning protection guide; 3 rd
updated edition, Dec. 2014.
[14] Martzloff and Leedy: Selecting varistor clamping
voltage: lower is not better!; 8 th International
Zürich Symposium on EMC, 1989.
5 0 EM | Novembro / Dezembro | 2022

V ocab ulá rio té cn ico

T raduz in do e ue os ois ter os e in s t

tr u i os in istint ente r o ortu u s
si o

eu i o o o
n is
or no in os utores este rti o
s e ini es ori in is I Ce

corretamen te ress t s i eren s entre

i ort nte r i ers s ti i
os o ue
es in uin o

omi v ue e e or o e nor s t ni s

e v ue
Iv o Á z a r a e iag eneg
o In etro Instituto ion e
etro o i u i e e e no o i

O s termos do inglês técnico rated
value e nominal value nem sem-
pre são objeto de uma distinção clara.
Ambos têm sido habitualmente tradu-
zidos para o português como “valor no-
minal”, mas isso não está correto, uma
vez que os dois termos têm definições
diferentes em inglês, fornecidas pela
IEC – International Electrotechnical Co-
mission.
Órgão com poder normativo reconheci-
do em muitos países, inclusive no Brasil,
a IEC mantém na internet a Electrope-
dia - The World’s Online Electrotechnical
Vocabulary [1], onde podem ser consul-
tadas as definições de uma ampla gama
de termos técnicos. Os termos e defini-
ções constantes na Electropedia também
são publicados na série de normas in-
ternacionais IEC 60050 - International
Electrotechnical Vocabulary (IEV).
Como a IEC se dedica à elaboração e à
publicação de normas internacionais
nas tecnologias elétrica, eletrônica e em
outras a estas relacionadas, que em con-
junto são chamadas de Eletrotecnologia
[2], os conceitos aqui discutidos se apli-
cam diretamente a essas áreas, embora
possam ser estendidos a outras, como
veremos.
ise
A Electropedia apresenta uma grande
quantidade de definições para ambos
os termos, com pequenas variações, de-
pendendo do campo de aplicação. Estão
apresentadas a seguir as definições exis-
tentes para esses termos na área Elec-
trical and magnetic devices / Operation
conditions and testing, que mostram a
distinção entre os dois termos.
e s n r r n en o
• 151-16-09 (nominal value) – value of
a quantity used to designate and
identify a component, device, equi-
pment, or system [Note – The no-
minal value is generally a rounded
value].
Tradução dos autores: valor de
uma grandeza usado para designar
e identificar um componente, dis-
positivo, equipamento ou sistema
[Nota – O valor nominal é geral-
mente um valor arredondado].
Nota dos autores: A tradução de no-
minal value para o português, apre-
sentada na própria Electropedia, é
“valor nominal”.
• 151-16-08 (rated value) – value of a
quantity used for specification pur-
poses, established for a specified set of
operating conditions of a component,
device, equipment, or system.
Tradução dos autores: valor de uma
grandeza usado para fins de especi-
ficação, estabelecido para um con-
junto especificado de condições de
operação de um componente, dis-
positivo, equipamento ou sistema.
Nota dos autores: Na Electropedia, a
tradução de rated value para o por-
tuguês é “valor estipulado”.

Há sutis diferenças entre as definições

desses dois termos, as quais podem ser
5 2 EM | Novembro / Dezembro | 2022

V ocab ulá rio té cn ico

melhor ilustradas por meio

dos exemplos apresentados
a seguir.

E xemplo 1

Se para uma lâmpada é

apresentada uma potência
nominal de 20 W, isto sig-
nifica que o seu consumo
se encontra em uma faixa
de valores próximos de
20 W, mas que podem di- ig. 1 ados da especificação de uma l mpada uorescente 3
ferir de uma lâmpada para
outra em uma mesma amostra. O valor
médio medido na amostra, em deter-
minadas condições de ensaio, poderá
ser, por exemplo, 21,5 W. Então, a essa
amostra estarão associados os seguintes
valores:
Potência nominal: 20 W
Potência estipulada: 21,5 W
E xemplo 2
A figura 1 reproduz parte da folha de
dados da lâmpada fluorescente tubular
36 W Frost White 12000K LF da Sylva-
nia [3], apresentando valores de diversas
grandezas identificados como rated.
Embora não esteja sempre mencionado
o termo nominal, quando existem dois
valores, sendo o segundo identificado
como rated, conclui-se que o primeiro é
o nominal. O fluxo luminoso estipulado
(2 350 lm) é o medido na condição es-
pecificada (35 °C). A potência estipulada
(rated) de 36 W ― neste caso específico,
igual à potência nominal ― é a potência
medida utilizando-se alimentação de
alta frequência para a lâmpada.
Os percentuais de manutenção de fluxo
luminoso (rated lumen maint. factor),
também são valores estipulados (rated
values), associados a determinados nú-
mero de horas de operação e de frequên-
cia da rede.
E xemplo 3
As mesmas considerações valem para
equipamentos de outras áreas, por
exemplo motores de combustão in-
terna. Na figura 2 estão apresentadas
algumas características de um motor

ig. arte da especificação de um motor de autom vel


chamado de “1.6L”, o que correspon-
de a uma cilindrada de 1,6 litros, ou
1600 cm3. De acordo com os conceitos
apresentados, o valor apresentado na
figura para “cilindrada”, 1 597 cm3,
seria o valor estipulado, enquanto o
valor nominal seria 1 600 cm3.
Con clusõ es
O valor estipulado (rated value) é um
valor associado ao projeto do equipa-
mento, correspondendo a uma condição
específica, e normalmente é diferente do
valor nominal. Por exemplo, a máxima e
a mínima tensões admissíveis para a ali-
mentação de um motor elétrico, o fluxo
luminoso de uma lâmpada em uma de-
terminada temperatura ambiente, etc.
O valor nominal (nominal value) não
está necessariamente associado a con-
dições específicas. É uma referência, ou
uma designação, e normalmente é um
valor arredondado.
O valor estipulado pode ser determina-
do ou verificado através de ensaio nas
condições especificadas. Os resultados
dos ensaios permitem também verificar
se o valor nominal declarado é compa-
tível com os valores medidos, de acordo
com o intervalo de valores estipulados
correspondentes ao valor nominal. Por
exemplo, o “Regulamento técnico da
qualidade para luminárias para ilumi-
nação pública viária”, do Inmetro, espe-
cifica na tabela 4 de seu anexo B [5] que
o valor nominal de TCC 2 700 K corres-
ponde a valores estipulados (medidos)
de 2 580 K a 2 870 K, em condições pre-
determinadas de ensaio.
Uma vez analisados os conceitos, fica
entendido que no Brasil, em português,
EM | Novembro / Dezembro | 2022 5 3
o termo rated value deve ser traduzido
como “valor estipulado”, em concor-
dância com a tradução da IEC na Elec-
tropedia para o português. Isso se aplica
especialmente aos documentos gerados
pela IEC, por exemplo, quando da tra-
dução de normas IEC para o português.
A gradecimento – O autor I vo Á z ara agradece o apoio do I nmetro,
através do P rograma P ronametro, para o desenvolvimento da pesquisa.
R EF ER Ê N C I A S
[1] https://w w w.electropedia.org/iev/iev.nsf/6d6bdd
8667c378f 7c12581fa003d80e7?OpenForm (consul-
tado em 26/09/2022)
[2] https://w w w.iec.ch/who-we-are (consultado em
26/09/2022)
[3] ht t ps://w w w.sylva n ia-l ig ht i ng.com /produc t /en-
int/products/0000107/ (consultado em 26/09/2022)
[4] https://w w w.ford.com.br/content/da m/Ford/web
site -a s s e t s/ l at a m / br/s er v ic o -ao - c l iente/
manuais/2016/manuais-do-proprietario/New%20
Fiesta%20-%20Manual%20do%20Proprietario%20
-%20MY16.pdf (consultado em 26/09/2022)
[5] h t t p : / / s i s t e m a - s i l . i n m e t r o . g o v . b r / r t a c /
RTAC002452.pdf (consultado em 26/09/2022)
5 4 EM | Novembro / Dezembro | 2022

G uia – 3

R ev en dedores e
A t u a liz a d o a n u a lm e n t e , e s t e le v a n t a m e n to
d e E M t r a z u m a r e la ç ã o d e p r o d u t o s

distrib uidores
c o m e r c ia liz a d o s p o r e m p r e s a s d e r e v e n d a
d e m a t e r ia l e lé t r ic o d e in s t a la ç ã o e d e
ilu m in a ç ã o d e t o d o o P a ís . E la s a p a r e c e m
de materiais n a
E s
t a b e la a g r u p a d a s s o b a s s ig la s d o s
t a d o s d a F e d e r a ç ã o e m q u e e s t ã o

elé tricos p a
s e d ia d a s , c o m s e u s n ú m e r o s d e t e le f o
r a a t e n d im e n t o a o s c lie n t e s .
n e

D a R e d a ç ã o d e EM

Distribuição
Componentes BT Linhas elétricas
Plugue e
terminal Comando, controle Iluminação Outros
tomada
predial

Produtos p/ gerenciamento

Produtos fotovoltaicos (17)

Pára-raio predial (SPDA)
Disjuntor caixa moldada

Iluminação emergência
Lâmpada fluorescente
Empresa – Telefone

Ferramentas elétricas
Sensor presença (10)
UF
Fio/cabo isolado BT

Lâmpada halógena

Luminária LED (13)

Painel e quadro BT

Canaleta, perfilado
Dispositivos DR (1)

E-mail
Conector, terminal

Chave partida (12)

Botão, sinalizador

Contator, relé (11)

Instrumentos (15)
Outras linhas (6)

Relé fotoelétrico
Seccionador (3)

Abraçadeira (4)

Lâmpada LED
Luminária (13)

Capacitor (14)
Interruptor (8)
Eletroduto (5)
Minidisjuntor

Minuteria (9)

de energia
Caixas (7)

Industrial

UPS (16)
Dimmer
DPS (2)
Fusível

Predial

Reator
Plug Eletricidade – (82) 98836-8081
plugeletricidade@uol.com.br
AL • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
BA Elétrica – (92) 9997-4023
sac@baeletrica.com.br
AM • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Amara N Z ero – (71) 3483-3212
sac@amaranzero.com
BA • • • • • •
Photosolar – (73) 99165-2598
comercial@photosolarenergia.com.br
BA • • • • • • • • • • • • • • • • •
Conecta – (75) 99103-7411
conecta.mat.eletrico@hotmail.com
BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Multielétrica – (71) 99956-0232
comercial@multieletrica.net.br
BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Elétrica Bahiana – (71) 99708-9783
contato@eletricabahiana.com.br
BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
W .L. – (61) 3465-9800
vendas@w latacadista.com.br
DF • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ematel – (27) 99316-5526
ematelcompras@gmail.com
ES • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Dmais Multisoluçõ es
(62) 98153-5145 GO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
adriano@dmaismultisolucoes.com.br
Amorim Engenharia – (34) 3831-6300
amorim@amorimeng.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Branco Materiais – (34) 3661-1222
compras@brancomateriaiseletricos. MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
com.br
Central Iluminação – (31) 3429-8500
vendas@centraliluminacao.com.br MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Comercial Elétrica – (38) 3741-1701
moises.assuncao@hmmateriais.com.br MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Edilson Elétrica – (32) 98405-1201
vendas@edilsoneletrica.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
 EM | Novembro / Dezembro | 2022 5 5

Distribuição
Componentes BT Linhas elétricas terminal Comando, controle Iluminação Outros

Plugue e
tomada
predial

Produtos p/ gerenciamento

Produtos fotovoltaicos (17)

Pára-raio predial (SPDA)
Disjuntor caixa moldada

Iluminação emergência
Lâmpada fluorescente
Empresa – Telefone

Ferramentas elétricas
Sensor presença (10)
UF

Fio/cabo isolado BT

Lâmpada halógena

Luminária LED (13)

Painel e quadro BT

Canaleta, perfilado
Dispositivos DR (1)
E-mail

Conector, terminal

Chave partida (12)

Botão, sinalizador

Contator, relé (11)

Instrumentos (15)
Outras linhas (6)

Relé fotoelétrico
Seccionador (3)

Abraçadeira (4)

Lâmpada LED
Luminária (13)

Capacitor (14)
Interruptor (8)
Eletroduto (5)
Minidisjuntor

Minuteria (9)

de energia
Caixas (7)

Industrial

UPS (16)
Dimmer
DPS (2)
Fusível

Predial

Reator
Elétrica Bambuí – (37) 98831-1401
casaeletricabambui@y ahoo.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Elétrica Cidade – (34) 3256-4944
eletricacidade@eletricacidade.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Elétrica Minas – (37) 98839-0587
vendas@eletricaminas.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletromuniz – (37) 98826-2320
eletromuniz@eletromuniz.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletrow atts – (34) 3312-1482
eletrow attsltda@hotmail.com
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
E uiflex (31) 99730-6350
e uiflex e uiflexeletrica com br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ferragens Lucas – (31) 98618-5982
vendas@grupolucas.com,br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Loja Elétrica – (31) 4020-2882
uberlandia@lojaeletrica.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Lumatel – (37) 98402-3765
el.lumatel@gmail.com
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Metrum – (31) 3492-6944
comercial@memt.com.br
MG • • •
Othon – (31) 98225-4604
vendas@othondecarvalho.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Porto Velho – (37) 3221-5533
edison@eletricaportovelho.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Projelmig Elétrica – (33) 99907-4031
compras@projelmig.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Sistel – (35) 98853-5221
vendas@sistelmaterialeletrico.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Sulmins – (35) 99936-6274
vendas sulminasfiosecabos com br
MG • • • • • • • • • • • • • • • •
Universo Elétrico – (31) 99958-1336
universo@universoeletrico.com.br
MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Marques e Borba – (67) 99981-9256
vendas@marqueseborba.com.br
MS • • • • • • • • • • • • • • • •
Elétrica Paraná – (65) 99959-0693
lazaro@eletricaparana.com.br
MT • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Elétrica União – (65) 99213-7575
compras@eletricauniaovg.com.br
MT • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletrofios (65) 3618-2500
vendas eletrofios com br
MT • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Tartari – (65) 3637-8000
vendastartari@terra.com.br MT • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Casa do Eletricista – (93) 99192-4664
pg.c@hotmail.com
PA • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletro Shopping – (91) 98115-9103
contato@eletroshopping-pa.com
PA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
5 6 EM | Novembro / Dezembro | 2022

G uia – 3

Distribuição
Componentes BT Linhas elétricas terminal Comando, controle Iluminação Outros

Plugue e
tomada
predial

Produtos p/ gerenciamento

Produtos fotovoltaicos (17)

Pára-raio predial (SPDA)
Disjuntor caixa moldada

Iluminação emergência
Lâmpada fluorescente
Empresa – Telefone

Ferramentas elétricas
Sensor presença (10)
UF

Fio/cabo isolado BT

Lâmpada halógena

Luminária LED (13)

Painel e quadro BT

Canaleta, perfilado
Dispositivos DR (1)
E-mail

Conector, terminal

Chave partida (12)

Botão, sinalizador

Contator, relé (11)

Instrumentos (15)
Outras linhas (6)

Relé fotoelétrico
Seccionador (3)

Abraçadeira (4)

Lâmpada LED
Luminária (13)

Capacitor (14)
Interruptor (8)
Eletroduto (5)
Minidisjuntor

Minuteria (9)

de energia
Caixas (7)

Industrial

UPS (16)
Dimmer
DPS (2)
Fusível

Predial

Reator
Fácil Construir – (91) 9208-6171
construir2001@hotmail.com
PA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Transol Tecnologia – (91) 3204-7700
vendasbelem@eletrotransol.com.br
PA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Camel – (81) 99173-8533
vendas@cameleletricidade.com
PE • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Lukma Eletric – (81) 99963-7045
vendas@lukmarecife.com
PE • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Lumens – (81) 99521-1413
eletricalumens@gmail.com
PE • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Coeletra – (81) 3231-0018
gilberto@coeletra.com.br
PE • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Sw an – (86) 99988-6470
mccsw an@terra.com.br
PI • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Argos – (41) 98801-1047
argoseletrica@argoseletrica.com
PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ceigon – (41) 3023-4466
vendas@ceigon.com.br
PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Comag – (43) 99618-4262
comercial@comagcondutores.com.br
PR • •
Eletriza Materiais – (41) 3226-4366
eletriza@eletriza.com.br
PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletro Conduluz – (43) 3374-9900
mario@eletroconduluz.com.br
PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletropainel – (44) 3027-9868
eletropainel@eletropainel.com.br PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletrosul – (45) 99973-0222
vendas@eletrosul.com.br
PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletrotrafo – (43) 3520-5000
vendas3@eletrotrafo.com.br PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
N ER – (41) 99974-5362
contato@nerluz.com.br
PR • •
Onix – (44) 3233-8500
cristine@romagnole.com.br PR • • • • • • •
Patoeste – (42) 3621-3366
roberto@patoeste.com.br
PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Thoms – (42) 98431-3795
eliete@thoms.com.br
PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Casa Moreira – (21) 2710-2233
ajms777@gmail.com RJ • • • • • • • • • • • • • •
Eletrofor Conecta – (21) 96486-3328
eletroforconecta@hotmail.com
RJ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Loufan – (21) 99536-6728
vendas@loufan.com.br
RJ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Prime Elétrica – (21) 4063-6600
vendas@primemro.com.br
RJ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
 EM | Novembro / Dezembro | 2022 5 7

Distribuição
Componentes BT Linhas elétricas terminal Comando, controle Iluminação Outros

Plugue e
tomada
predial

Produtos p/ gerenciamento

Produtos fotovoltaicos (17)

Pára-raio predial (SPDA)
Disjuntor caixa moldada

Iluminação emergência
Lâmpada fluorescente
Empresa – Telefone

Ferramentas elétricas
Sensor presença (10)
UF

Fio/cabo isolado BT

Lâmpada halógena

Luminária LED (13)

Painel e quadro BT

Canaleta, perfilado
Dispositivos DR (1)
E-mail

Conector, terminal

Chave partida (12)

Botão, sinalizador

Contator, relé (11)

Instrumentos (15)
Outras linhas (6)

Relé fotoelétrico
Seccionador (3)

Abraçadeira (4)

Lâmpada LED
Luminária (13)

Capacitor (14)
Interruptor (8)
Eletroduto (5)
Minidisjuntor

Minuteria (9)

de energia
Caixas (7)

Industrial

UPS (16)
Dimmer
DPS (2)
Fusível

Predial

Reator
Ivanlux – (84) 99928-0213
vendas@ivanlux.com.br
RN • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Sol Comercial – (84) 9623-3838
sol.ilumina@uol.com.br
RN • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Dambros – (95) 99695-9101
matheus.dambros@hotmail.com
RR • • • • • • • • • • • •
CBM – (51) 3714-2122
compras@cbmlajeado.com.br
RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Celetro – (54) 99154-8708
celetro@celetrocaxias.com.br
RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Cigame – (51) 3356-5555
vitor.ledur@cigame.com.br
RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Elétrica Porto Alegre
(51) 98311-9382 RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
eletricaportoalegre@terra.com.br
Eletro-Star – (51) 99839-6876
eletrostar1982@terra.com.br
RS • • • •
Eletrofar – (54) 3401-3000
eletrofar@eletrofar.com.br
RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Emetec – (53) 98433-0554
contato@emetecpelotas.com.br
RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Esprex – (51) 99977-5977
mozar@ciadaslampadas.com.br
RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Gasima – (51) 98594-4355
contato@gasima.com.br
RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Girondi – (54) 3452-2366
girondi.servicos@y ahoo.com.br
RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Precimech – (51) 99894-6381
vendas@precimech.com.br
RS • • • • • • • • • • • • • • • •
SOS Iluminação – (51) 99991-5278
sosiluminacao@outlook.com
RS • • • • • • • • • • • • •
Teutoluz – (51) 98441-8772
cristiano@teutoluz.com.br
RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Thobe – (51) 98444-6839
thobeltda@terra.com.br
RS • • • • •
Chapecó Materiais – (49) 2049-4100
inacio@chapecocme.com.br
SC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
CJ S Automação – (47) 99967-2231
claudinei@cjsautomacao.com.br
SC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Coisarada – (49) 98406-2120
coisarada@coisarada.net
SC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletrogêneo – (48) 99959-0489
carlos.contessi@terra.com.br
SC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletrolux – (48) 99165-6425
vendas1@comercialeletrolux.com.br
SC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
5 8 EM | Novembro / Dezembro | 2022

G uia – 3

Distribuição
Componentes BT Linhas elétricas terminal Comando, controle Iluminação Outros

Plugue e
tomada
predial

Produtos p/ gerenciamento

Produtos fotovoltaicos (17)

Pára-raio predial (SPDA)
Disjuntor caixa moldada

Iluminação emergência
Lâmpada fluorescente
Empresa – Telefone

Ferramentas elétricas
Sensor presença (10)
UF

Fio/cabo isolado BT

Lâmpada halógena

Luminária LED (13)

Painel e quadro BT

Canaleta, perfilado
Dispositivos DR (1)
E-mail

Conector, terminal

Chave partida (12)

Botão, sinalizador

Contator, relé (11)

Instrumentos (15)
Outras linhas (6)

Relé fotoelétrico
Seccionador (3)

Abraçadeira (4)

Lâmpada LED
Luminária (13)

Capacitor (14)
Interruptor (8)
Eletroduto (5)
Minidisjuntor

Minuteria (9)

de energia
Caixas (7)

Industrial

UPS (16)
Dimmer
DPS (2)
Fusível

Predial

Reator
H iletrolar – (47) 98498-2544
hiletrolar@hiletrolar.com.br
SC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
N euber – (47) 98464-6946
eletricaneuber@netuno.com.br
SC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
N ovaluz – (48) 99609-3519
novaluzeletrica@hotmail.com
SC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Prust e Rozza – (47) 99148-5148
vendas@perautomacao.com.br
SC • • • • • • • • • • • • • •
Ricati – (48) 98837-1599
vendas@ricati.com.br
SC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Rossi – (47) 99794-3312
vendas4@rossimateriaiseletricos.com.br
SC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Tecnoeletro – (48) 3525-0441
comercial02@tecnoeletro.com
SC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Maquimp – (11) 97675-1505
maquimp@maquimp.com.br
SP-G • •
Mastercabos – (11) 2341-3686
vendas@mastercabos.com.br
SP-G •
Coisa Comércio – (11) 4453-0255
coisacomercio@gmail.com
SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
D’ Assis – (11) 98502-2480
atendimento@dassis.com.br
SP-G • • •
Dlight – (11) 99296-5924
contato@dlight.com.br
SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Elétrica Paulista – (11) 97174-0850
andre@paulistalampadas.com.br
SP-G • • • • • • • • • • • •
Eurocabos – (11) 95766-0455
vendas@eurocabos.com.br
SP-G • • •
J T Elétrica – (11) 3816-5711
e.joaotheodoro@uol.com.br SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
KMA Brasil – (11) 99485-3157
sac@kmabrasil.com.br
SP-G • • • •
Lugo Comercial – (11) 98481-1712
vendas@lugo.com.br
SP-G • •
Média Tensão – (11) 99455-5056
mediatensao@mediatensao.com.br
SP-G • • • •
N oferco – (11) 3473-3913
contato@nofercoex.com.br
SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Osnil – (11) 94764-5551
vendas@osnil.com.br
SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Pidegal – (11) 2973-4499
pidegal@pidegal.com.br
SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Revemel – (11) 99495-5167
revemel.vendas@uol.com.br
SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Revimaq – (11) 99888-1575
revimaq@revimaq.com.br
SP-G • • • • • • • • • • • • • • •
 EM | Novembro / Dezembro | 2022 5 9

Distribuição
Componentes BT Linhas elétricas terminal Comando, controle Iluminação Outros

Plugue e
tomada
predial

Produtos p/ gerenciamento

Produtos fotovoltaicos (17)

Pára-raio predial (SPDA)
Disjuntor caixa moldada

Iluminação emergência
Lâmpada fluorescente
Empresa – Telefone

Ferramentas elétricas
Sensor presença (10)
UF

Fio/cabo isolado BT

Lâmpada halógena

Luminária LED (13)

Painel e quadro BT

Canaleta, perfilado
Dispositivos DR (1)
E-mail

Conector, terminal

Chave partida (12)

Botão, sinalizador

Contator, relé (11)

Instrumentos (15)
Outras linhas (6)

Relé fotoelétrico
Seccionador (3)

Abraçadeira (4)

Lâmpada LED
Luminária (13)

Capacitor (14)
Interruptor (8)
Eletroduto (5)
Minidisjuntor

Minuteria (9)

de energia
Caixas (7)

Industrial

UPS (16)
Dimmer
DPS (2)
Fusível

Predial

Reator
Salto Luz – (11) 99740-3010
danislei@saltoluz.com.br
SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Santil – (11) 3998-3000
santil@santil.com.br
SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Siro – (11) 3879-6100
vendas@siro.com.br SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Terrível – (11) 3959-6859
atendimento@eletroterrivel.com.br
SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Transmontana – (11) 2204-2129
daniel.dgp@hotmail.com
SP-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Union Sistemas – (11) 99357-2392
comercial@unionsistemas.com.br
SP-G • • •
Virtus – (11) 94734-3098
carlos@virtusdistribuidora.com.br
SP-G • • • • • • •
AC Engenharia – (14) 99783-1230
vendas@acengenhariaeletrica.com.br
SP-I • • • • • • • • • • •
APE Bauru – (14) 99745-6525
vendas@apebauru.com.br
SP-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
B&B – (19) 99895-9861
bebeletricidade1@gmail.com
SP-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Da Roz – (19) 3573-6900
vendas3@darozeletricidade.com.br
SP-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletro Cidade – (17) 3321-1600
vendas@eletrocidade.com.br
SP-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ferlin Gaona – (16) 98170-3339
material@ferlingaona.com.br
SP-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Galasso – (13) 97417-5469
galasso@galassosantos.com.br
SP-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Garoa – (16) 98851-8856
garoaatende@gmail.com
SP-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
KVA Materiais – (17) 98192-0244
vendas@kvamateriaiseletricos.com.br
SP-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Lig-Bem – (19) 3801-8188
vendas@ligbem.com.br SP-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
MB Distribuidora – (16) 99456-0404
vendas@mbdistribuidora.net.br
SP-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Meta Materiais – (19) 3471-2800
meta@metaeletrica.com.br SP-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Servmontec – (16) 3961-4260
edson@servmontec.com.br
SP-I • • •
Notas: (1) Dispositivos de proteção diferencial-residual; (2) Dispositivos de proteção contra surtos; (3) Chaves seccionadoras de ação rápida, seccionadores-fusíveis e dispositivos correlatos; (4) Abraçadeiras, marcadores -
para amarração e identificação de fios e cabos; (5) Eletrodutos e acessórios; (6) Eletrocalhas, bandejas, leitos; (7) Caixas de ligação, de passagem, conduletes; (8) Interruptores nas suas diferentes versões: simples, paralelo,
intermediário; (9) Minuteria e temporizador; (10) Conjugado ou não com luz e/ou minuteria; (11) Relés térmicos e outros relés para proteção de motores; (12) Chaves de partida convencionais (partida direta, estrela-triângulo,
compensadoras) e soft-starters; (13) Luminárias convencionais, projetores, spots, etc; (14) Para correção do fator de potência; (15) Amperímetros, multímetros, testadores de continuidade, medidores de isolamento, terrômetros,
instrumentos multifunção, etc; (16) Sistemas de energia ininterrupta (no-breaks); (17).Módulos e/ou inversores FV;Cabos FV.
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 1.529 empresas pesquisadas.
Fonte: Revista Eletricidade Moderna, novembro/dezembro de 2022. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta.
Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
60 EM | Novembro / Dezembro | 2022
E M A terramen to
O aterramen to
temporá rio
S ergio R ob erto S an tos
Um dos aspectos mais importantes para
quem trabalha com instalações elétricas
é o aterramento, seja ele o da própria edi-
ficação ou o instalado temporariamente.
Mas enquanto o aterramento principal é si-
multaneamente funcional e de segurança, o
aterramento temporário se destina exclusi-
vamente a proteger profissionais trabalhan-
do com a eletricidade.
O aterramento elétrico temporário é um
equipamento de proteção coletiva, defini-
do pela NR 10 como “ligação elétrica efeti-
va confiável e adequada intencional à terra,
destinada a garantir a equipotencialidade
e mantida continuamente durante a inter-
venção na instalação elétrica”. Segundo a
seção 10.3.6 da mesma norma, todo projeto
de instalações elétricas deve prever condi-
ções para que seja utilizado o aterramento
temporário, e a seção 10.5.1 determina que
somente após a instalação do aterramento
temporário poderá ser considerada dese-
nergizada uma instalação elétrica. E isso
não apenas para trabalhos em instalações
de média ou alta tensão, já que na baixa
tensão os riscos de invalidez permanente
ou morte causada pelo contato com a eletri-
cidade também é muito alto.
Devido à inexistência de uma norma
ABNT sobre conjuntos de aterramento
temporário, estes devem ser especificados
segundo a norma IEC 61230:2008 - Live
working - Portable equipment for earthing
or earthing and short-circuiting, que atual-
mente está em processo de adoção no Brasil
pela ABNT. Tais conjuntos são constituídos
por garras metálicas que se conectam aos
cabos ou barramentos da instalação. Essas
garras têm conectados condutores, normal-
mente cabos de cobre, os quais são conecta-
D E H N S E
terramento temporário
dos ao eletrodo de aterramento já existente barra de aterramento, para em seguida se-
na instalação. rem conectadas as garras nos condutores,
cabos ou barramentos do circuito protegi-
Para que os conjuntos de aterramento do. Quando o serviço for encerrado (nunca
temporário atuem quando e como neces- antes), deve-se proceder na sequência inver-
sário, eles devem ter capacidade de con- sa, sempre sendo retirado por último o co-
duzir a corrente máxima de curto-circuito nector da barra de aterramento. Em algu-
da instalação, ao menos três vezes conse- mas atividades, mais de um conjunto deve
cutivas, durante o tempo necessário para a ser utilizado, aterrando a montante e a ju-
atuação da proteção, e correntes induzidas sante o local onde o trabalho será realizado.
em regime permanente. Também é neces-
sário que seus componentes suportem os Conjuntos de aterramento temporário de-
esforços mecânicos provenientes das cor- vem ser especificados corretamente, rece-
rentes de curto-circuito. Além disso, como bendo a mesma atenção devida aos sistemas
se destinam à proteção de vidas humanas, de aterramento permanente, já que ambos
os conjuntos de aterramento temporário terão a mesma função quando forem soli-
devem limitar a queda de tensão sobre eles citados a atuar. Além da importância da
durante a condução da corrente de curto- qualidade dos conjuntos, em si, também é
circuito a valores que não coloquem em necessário que os profissionais que irão uti-
risco o trabalhador que esteja eventual- lizá-los sejam treinados quanto ao seu cor-
mente em paralelo. reto uso e conservação, porque caso seus
conectores, cabos e varas de manobra não
Um conjunto de aterramento temporário estejam em perfeitas condições, a pessoa
deve ser instalado seguindo uma sequência que estiver executando um serviço onde
predefinida, para evitar que na sua própria eles estejam instalados terá uma falsa sensa-
instalação não se origine um acidente. Ini- ção de segurança, algo tão perigoso quanto
cialmente, deve ser fixado um conector na não haver nenhum aterramento temporá-
rio durante a execução dos trabalhos.
Engenheiro eletricista da M P S Energia, instrutor da Termotécnica P ara- R aios e mestrando
do Instituto de Energia e mbiente da , S ergio R ob erto S an tos apresenta e analisa
nesta coluna aspectos de aterramento e proteção contra descargas atmosféricas e
sobretensões transit rias, temas aos uais se dedica há mais de anos. Os leitores
podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em aterramento@
arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM- terramento.
62 EM | Novembro / Dezembro | 2022
A gen da
N o B rasil
En c o n t r o A b s o l a r – Nos dias 7 e 8 de dezem-
bro, será realizada no Centro de Convenções
Rebouças, em São Paulo, SP, a segunda edição
do Encontro Nacional Absolar, voltada para os
profissionais de toda a cadeia de valor solar,
que visa abordar tendências e estratégias para
o mercado fotovoltaico. O evento terá mais de
15 sessões de conteúdo e negócios, 60 pales-
trantes e interação entre potenciais fornecedo-
res, clientes e parceiros. Mais informações em
eventos@absolar.org.br.
I n t e r s o l a r S u m m i t – O Intersolar Summit
Brasil Nordeste será realizado em Fortaleza,
CE, em 18 e 19 de abril. Voltado para espe-
cialistas brasileiros e internacionais, enfo-
cará a energia solar e renovável na região. O
congresso reunirá especialistas para discutir
políticas, desafios e soluções relacionados
à geração distribuída, FV em larga escala,
financiamento, FV e hidrogênio verde, etc.
Informações: https://www.intersolar.net.br/
en/home/summit-brasil-nordeste.
F I EE – A FIEE - Feira Internacional da In-
dústria Elétrica, Eletrônica, Energia, Au-
tomação e Conectividade, organizada pela
Reed Exhibitions, está marcada para 18 a 21
de julho de 2023, no São Paulo Expo, em São
Paulo, SP. A exposição é considerada um dos
principais eventos de soluções em automa-
ção, conectividade, equipamentos elétricos
e eletrônicos de alta tecnologia para insta-
lações industriais. Conta com presença de
diversos segmentos entre os visitantes: GTD
de energia, óleo e gás, alimentos & bebidas,
agronegócio, automotivo, transporte & logís-
tica, papel e celulose, química e farmacêutica,
siderurgia e metalurgia, mineração, cidades
inteligentes, prefeituras e órgãos públicos.
Mais informações sobre o evento podem ser
obtidas no site www.fiee.com.br.
T h e s m a r t e r E – O evento The smarter
E South America vai acontecer de 29 a 31
de agosto em São Paulo, SP. Realizado no
Expo Center Norte, congregará os eventos:
Intersolar South America - A maior feira &
congresso para o setor solar da América do
Sul; ees South America - Feira de baterias e
sistemas de armazenamento de energia; e
Eletrotec+EM-Power South America - Feira
de infraestrutura elétrica e gestão de energia.
A organização é da Solar Promotion Inter-
national GmbH e da Freiburg Management
and Marketing International, com co-orga-
nização pela Aranda Eventos & Congressos.
Informações: www.thesmartere.com.br.
CU R S O S
ES G – A ABNT vai promover de 14 a 16 de
dezembro o curso online ao vivo ESG (Envi-
ronmental, Social and Governance) e indica-
dores de sustentabilidade, cujo objetivo é for-
necer uma perspectiva atual sobre cadeias de
valor sustentáveis, e que concretizam valores
de dimensões ESG em estratégias de negócios.
Serão abordados temas como: ESG: uma nova
economia, riscos e cenários; Dimensões ESG,
taxonomia, inovação, negócios de impacto e
ODSs, SWOT; O que é matriz de materiali-
dade, quais suas principais análises e relações
com stakeholders; e Indicadores ESG, engaja-
mento e comunicação: Frameworks, objetivos
estratégicos relacionados a temas materiais,
importância de fatores humanos e comunica-
ção para validação de metas ESG. Mais infor-
mações e inscrições: cursos@abnt.org.br.
G e ra d o re s, tra n sfo rm a d o re s, p ro te -
ç ã o – A Conprove Engenharia, de Uberlân-
dia, MG, realiza diversos treinamentos para
qualificação profissional, dirigido a enge-
nheiros, tecnólogos e técnicos, sobre vários
temas, como geradores síncronos; transfor-
madores e reatores de potência; subestações
de média e alta tensão; relés de proteção; des-
cargas parciais; transformadores de corrente
e potencial convencionais e não convencio-
nais; harmônicos, etc. As datas e mais infor-
mações sobre os cursos podem ser obtidas
em https://conprove.com.
C a p a c i t a ç ã o t é c n i c a – Por meio da plata-
forma Centro de Treinamentos, a Schneider
Electric oferece capacitações e cursos nas
áreas técnicas para engenheiros, eletricistas,
técnicos, operadores e estudantes da área de
tecnologia. Os cursos – com duração média
de dois dias – podem ser realizados no for-
mato online (com aulas ao vivo), presencial
(no Centro de Distribuição Inteligente e In-
novation Hub de Cajamar - SP) ou nas loca-
ções dos clientes. São oferecidos cursos sobre
controladores lógicos, interfaces gráficas, sis-
temas de supervisão, relés de proteção, equi-
pamentos de média e baixa tensão, sistemas
de energia ininterrupta e monitoramento e
ar-condicionado de precisão. Mais informa-
ções sobre os treinamentos estão disponíveis
em https://loja.se.com/software-e-servicos.
P r o t e ç ã o – A Termotécnica Para-raios rea-
liza diversos cursos voltados a profissionais
da área. De 12 a 15 de dezembro, a empresa
vai ministrar o treinamento Aterramento de
sistemas elétricos, que abordará sistemas de
aterramento em instalações de baixa e média
tensão, proteção contra descargas atmosfé-
ricas e compatibilidade eletromagnética. In-
formações: www.tel.com.br.
A t m o s f e r a s e x p l o s i v a s – A Schmersal ofe-
rece o treinamento online Experts Schmer-
sal - Conhecimentos básicos em atmosferas
explosivas, que tem o objetivo de difundir os
conceitos sobre atmosferas potencialmente
explosivas com a presença de gases inflamá-
veis e poeiras combustíveis. O treinamento é
ministrado por Ricardo Zanata, engenheiro
especialista de produtos Ex da Schmersal. A
iniciativa é destinada aos profissionais de nível
profissionalizante, técnico e superior, como
engenharia, equipes de instalações, manu-
tenção, projeto e segurança no trabalho, além
de outros envolvidos na segurança das insta-
lações elétricas em áreas com potencial risco
de explosões. Com duração de três horas, o
treinamento apresenta os fundamentos sobre
atmosferas explosivas, onde estão presentes
as áreas classificadas, regulamentação e nor-
mas vigentes, definição das zonas, passos para
uma instalação segura, entre outros. Os parti-
cipantes têm à disposição materiais de apoio
para download e recebem um certificado na
conclusão do treinamento. As inscrições de-
EM | Novembro / Dezembro | 2022 63

vem ser feitas no site https://pts-schmersal.

talentlms.com/catalog/info/id:218.

N o exterior
C a r r e g a m e n t o d e V Es – De 8 a 9 de fe-
vereiro, será realizado o Asia-Pacific EV
Charging Infrastructure 2023, em Cinga-
pura. O evento pretende reunir desenvol-
vedores de pontos de carga elétrica, ope-
radores de redes elétricas e planejadores
de cidades e formuladores de políticas
para explorar e estabelecer infraestrutu-
ra elétrica robusta e pontos de carga para
atender às necessidades da nova geração de
veículos elétricos. A versão norte-america-
na do evento (EV Charging Infrastructure
USA 2023) acontecerá de 29 a 30 de mar-
ço na Califórnia, EUA. Mais informações,
respectivamente, em https://www.asia.
evcharging-infrastructure.com e https://
www.usa.evcharging-infrastructure.com.
C i r e d – A 27a edição da Cired - Internatio-
nal Conference & Exhibition on Electricity
Distribution, realizada a cada dois anos em
diferentes locais da Europa, acontecerá em
Roma, Itália, de 12 a 15 de junho de 2023.
Considerado o principal fórum da comu-
nidade de distribuição de eletricidade, o
evento discute temas relacionados a com-
ponentes de rede, qualidade de energia,
compatibilidade eletromagnética, operação,
proteção, controle e automação, planeja-
mento, regulamentação, gestão de risco,
etc. É esperada a participação de mais de
2500 especialistas da área. Paralelamente à
conferência, será realizada uma exposição
reunindo mais de 140 empresas. Mais in-
formações: www.cired2023.org.
T h e s m a r t e r E/ I n t e r s o l a r Eu r o p e –
Principal evento mundial do setor de ener-
gia solar, composto por feira e congresso, a
Intersolar Europe 2023 vai acontecer de 13 a
16 de junho no centro de exposições Mes-
se München, em Munique, na Alemanha,
sob a plataforma de soluções de energia The
smarter E Europe. Mais informações podem
ser obtidas em https://www.thesmartere.de.
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 EM | Novembro / Dezembro | 2022 65

Pub licaç õ es

El e t r i c i d a d e Enem. O livro é indicado tanto para estu-

d e s c o m p lic a d a dantes do ensino médio, quanto para quem
faz qualquer curso técnico e necessita dos co-
A Artliber Editora publicou recentemente o nhecimentos de eletricidade para estudar dis-
livro Descomplicando a Eletricidade, que abor- ciplinas sobre eletrônica ou eletrotécnica. Foi
da desde os conteúdos mais básicos até os mais escrito por Thales Augusto de Oliveira Ramos,
complexos, de forma dinâmica. A publicação professor de Eletrotécnica no Instituto Fede-
é especialmente indicada para candidatos ao ral de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
Enem, visto que trata de temas relacionados à Grande do Norte, e tem 160 páginas.
eletricidade da forma como são cobrados pelo
concurso. A obra propõe vários exercícios, www.artliber.com.br teressados em adquiri-las encontrem opções
alguns deles com a resolução; além disso, há Eficiência energética em um único lugar, podendo fazer escolhas a
mais de 50 questões retiradas de provas do para a indústria partir de informações confiáveis e compara-
ções entre diferentes produtos. As soluções são
O Programa PotencializEE lançou recente- organizadas em três categorias (intervenções
mente o Catálogo Virtual de Tecnologias de elétricas, intervenções térmicas e gerencia-
Eficiência Energética, que oferece informações mento de energia) e subdivididas em 21 linhas
sobre tecnologias com alta eficiência energé- de produtos, como, por exemplo, motores,
tica disponíveis no mercado para aplicação ventiladores, bombas, coletores solares, caldei-
em projetos que visem a redução do consu- ras, entre muitas outras. A meta do programa
mo de energia em processos industriais. A é aumentar ainda mais a lista de fornecedores
publicação conta com dados de mais de 2000 nacionais e estrangeiros participantes da ini-
produtos cadastrados em diversas categorias ciativa. Os fabricantes ou representantes co-
tecnológicas, permitindo comparar itens de merciais interessados em fazer parte do catá-
uma mesma categoria em relação ao desem- logo virtual podem acessar o site do programa
penho energético, vida útil, normativas aten- e compartilhar as especificações técnicas dos
didas e outros parâmetros técnicos. O objetivo produtos. A utilização do catálogo é gratuita
é que fabricantes e representantes comerciais e está disponível no site https://tecnologias.
possam mostrar suas tecnologias, e que os in- programa-potencializee.com.br

Í n d i c e d e a n u n c i a n t es
A c c e s s o ................................................................................................................1 4 M G T r a f o s ........................................................................................................... 2 0
A n d a lu z .......................................................................................................3 a c a p a N ie d a x - M o p a ................................................................................................. 4 e 5
C la m p e r ............................................................................................................... 3 3 N o v e m p ......................................................................................................2 a c a p a
C o b r e c o m ........................................................................................................... 4 3 P a s c o P a in é is ......................................................................................................5 2
Corfio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 5 P e x t r o n ................................................................................................................4 9
D u t o p la s t .............................................................................................................4 7 P o ly e x c e l ............................................................................................................ 2 0
E d e n t e c ...............................................................................................................2 1 R a y c o n ..................................................................................................................2 6
E m b r a s t e c .......................................................................................................... 4 6 R o m a g n o le ..........................................................................................................1 9
E q u a c io n a l...........................................................................................................1 0 S E W ..................................................................................................................... 2 3
E x a t r o n .................................................................................................................1 3 S o p r a n o ...................................................................................................... 1 7 e 3 9
F lu k e .................................................................................................................... 4 5 T a k a f e r .................................................................................................................5 2
G a z q u e z ...............................................................................................................1 1 T e r m o t é c n ic a ..................................................................................................... 2 2
G o n z a g a Im p o r t a ç ã o ....................................................................................... 4 8 T r a e l ..................................................................................................................... 4 4
G r u p o Z ilo c c h i....................................................................................................1 8 T r e e t e c h .............................................................................................................. 1 5
G t e c h ................................................................................................................... 5 3 W E G ........................................................................................................................ 7
H e lle r m a n n t y t o n ...............................................................................................3 7 Wireflex . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1
Instituto HF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 4
K it A c e s s ó r io s ................................................................................................... 3 6
K r o n a .......................................................................................................... 4 a c a p a
66 EM | Novembro / Dezembro | 2022

M omen to

Cresce a
humanos: cinismo, hipocrisia, deboche, omis- trução em curso da globalização e acordos e
são, indiferença, teatralidade, preconceitos e que soluções transnacionais e ou bilaterais.

complexidade
tais. Muito difícil, todavia, é identificar talentos e
genialidades. Talento é fazer bem feito. Geniali- No nível interno, a lista de quesitos preocupan-
dade é, com talento, ver antes dos outros. tes não é menor diante de uma complexidade

para a gestão
que não tolera amadorismos, não suporta in-
Sejam quais forem as crescentes exigências so- teresses grupais e paroquiais, expansão das
bre os recursos humanos, ocorre que está cada desigualdades, segregação do interior à vida
Paulo Ludmer vez mais difícil e complexo responder pela nacional, segregação regional continental, re-
tessitura e pela gestão da política energética quer a restauração das características da terra,
nacional. As informações e os conhecimentos da água e do ar, sobretudo observa que a polí-
Perdi a conta, durante mais de 30 anos, de demandados online somente estarão aplicáveis tica energética não deve desconsiderar a histo-
quantas reuniões na Esplanada dos Ministérios se postos ao alcance de equipes cada vez mais ricidade e a geografia, a memória dinâmica em
saí ingenuamente animado, depois na Aneel, numerosas e competentes, capazes de se comu- constante renovação.
no ONS ou na EPE. Ia para o aeroporto de Con- nicar cada vez mais e melhor, com percepções
gonhas antes das seis horas da manhã, voltava e domínios internos e internacionais, com fer- E dos incumbentes, o que dizer? As pessoas
para casa extenuado às nove da noite. ramentas multidisciplinares. O Brasil carece de não são nem serão enciclopédias, nem win-
uma pirâmide eficiente e eficaz, uma verdadei- chester de supercomputadores. Mas como,
Hoje, distante, encontro meus antigos interlo- ra linha de montagem, das bases aos comandos para onde, por que conduzirão o Brasil que já
cutores confessando o quanto debochavam, do Poder Concedente, todos – especialmente o fabrica grafenos, tanto quanto responderão à li-
com cara de paisagem, de nossos empenhos, de gestor – enormemente qualificados. gação de embaixadores de potências mundiais
nossas propostas, de nossas esperanças. Tam- perguntando para quando e quanto o país en-
bém não creio que a dinâmica de falsetes tenha Se no Poder Executivo essa configuração ideal tregará ao mundo sua cota de produção de ter-
mudado décadas avante. não se registra, muito menos ela é visível no ras raras. Nossos gestores terão que capitalizar
a fartura de hidrogênio transportado dentro de
nossos biocombustíveis e distribuído para qua-
“É impossível gerir o universo renta mil postos de gasolina (por enquanto). E
haverá de informar sobre as usinas eólicas no
da eletricidade de um país mar, com parte de seus kWh destinados ao hi-
drogênio azul.
continental como o Brasil sem
Haverá que escrever o arcabouço regulatório
atentar, conhecer e perseguir as para esse amanhã que já tem o perfume de
ontem. Quem pensa nos impactos da destina-
mudanças mundiais” ção da energia elétrica para a frota automoti-
Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça va? Será este fornecimento delegado em parte
Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber,
2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.
para a geração distribuída? Para qual brasilei-
ro estamos falando, da zona oeste da cidade
Agora, maduro, tardiamente tento inverter os Congresso Nacional, onde é explícita a ignorân- de São Paulo ou da periferia de Serra Talhada
papéis com eles, procedimento imprescindível, cia dos desafios da política energética, quando em Pernambuco?
desde sempre, para qualquer bom profissional não a má fé com que é abordada. Não tratare-
em atividade, de modo a avaliar seu desem- mos aqui dos contornos do Poder Judiciário Perdemos quatro anos recentes discutindo
penho e vez ou outra corroborar. Não é todo que apenas reage cutucado, que tampouco se costumes, banheiro único nas escolas, esque-
mundo que tem essa paciência disciplinada, pretende craque ativo de todos os assuntos. cendo os nem-nem (que não estudam nem
neste tablado de representações no qual faltam É impossível gerir o universo da eletricidade de trabalham), com os quais deveríamos contar no
ideologias, compromissos aprofundados com o um país continental como o Brasil sem atentar, admirável mundo novo. Perdemos anos para
público, responsabilidades econômico-sociais, conhecer e perseguir as mudanças mundiais privatizar a Eletrobrás inventando térmicas a
visão e missão de mundo no primeiro plano. da descarbonização, transição energética, geo- gás sem gasoduto. Perdemos anos sem separar
política militar, inserção da ESG, mudanças a coleta do lixo nas casas, enquanto o mundo
Entre as autoridades institucionalizadas do setor climáticas, desenvolvimentos tecnológicos e corria para transformar lixo em energia elétri-
de minas (água inclusa) e energia, de hidrocar- científicos, evoluções comportamentais sociais ca, recicláveis, adubo e gás. E agora José? per-
bonetos,hátodososbonseosmausingredientes e humanas, assimetrias entre nações, descons- gunta o poeta Drumond.
 Há mais de 20 anos no mercado nacional a Andaluz tem o
objetivo de fabricar componentes metálicos e termoplásti-
cos para distribuição e controle de energia elétrica.

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normas e leis pertinentes ao desenvolvimento de nossa
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