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Conceitos de armadura

passiva, ativa e altura útil

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Conceitos de armadura passiva,
ativa e altura útil:
 No concreto armado, a armadura que integra um elemento
estrutural é passiva, ou seja, ela irá trabalhar e se deformar
somente após a aplicação dos carregamentos que a estrutura
estará sujeita.

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Conceitos de armadura passiva,
ativa e altura útil:
 Como exemplo, podemos pensar em uma viga bi apoiada de
concreto armado recebendo constantemente uma carga
distribuída.
 As armaduras dessa viga estarão absorvendo junto com o
concreto os esforços provenientes dessa carga distribuída, com
isso, ocorrerá o aparecimento de fissuras, até o instante que as
armaduras atingirão seu limite de deformação 0,10%.
 Caso o carregamento aumente continuamente, haverá o
rompimento da peça estrutural.

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Viga bi apoiada em concreto armado recebendo uma carga distribuída

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Conceitos de armadura passiva,
ativa e altura útil:
 No concreto protendido, dizemos que as armaduras são ativas,
porque elas são solicitadas antes de a estrutura ser carregada.

 Essa solicitação é feita através de uma pré-tensão ou pós-tensão


(alongamento) das armaduras utilizando um macaco hidráulico.

 Com a pré-tensão ou a pós-tensão, as armaduras são


tracionadas e o concreto é comprimido, e essa é a condição
inicial da estrutura para receber os carregamentos
posteriormente.

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Conceitos de armadura passiva,
ativa e altura útil:
 A diferença entre pré e pós é que uma é feita antes da
concretagem da peça, como no caso de pré-moldados e a outra é
feita após a concretagem, como no caso de pontes.

 Esse sistema estrutural viabiliza a execução dos grandes vãos e


das estruturas mais leves, além da diminuição de fissuras.

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Viga bi apoiada protendida - alongamento inicial das armaduras

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Viga bi apoiada protendida - posição final após o carregamento

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Conceitos de armadura passiva,
ativa e altura útil:
 Um outro ponto importante sobre as armaduras, e que
precisamos ficar atentos, é o seu posicionamento dentro da
seção transversal de um elemento estrutural.

 Voltando para nossa viga bi apoiada, se passarmos um corte


transversal nela, podemos identificar todas as armaduras
existentes.

 Sabemos que para uma viga bi apoiada o maior esforço de


flexão, provocado pelo momento fletor, está na fibra inferior
dessa viga, logo, a armadura principal também estará na fibra
inferior.
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Conceitos de armadura passiva,
ativa e altura útil:
 Para um elemento estrutural sujeito à flexão, a armadura principal
é o nome dado à armadura responsável por absorver os esforços
de tração.

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Conceitos de armadura passiva,
ativa e altura útil:
 Para a situação descrita, dizemos que a altura da viga que está
trabalhando, é aquela que vai da face mais comprimida (fibra
superior) até o centro de gravidade da armadura principal (fibra
inferior).

 Essa altura é a que efetivamente trabalha quando a viga é


solicitada.

 Ela é denominada altura útil e é representada pela letra "d".

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Corte transversal da viga bi apoiada - posicionamento das armaduras e
altura útil
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Agressividade do ambiente -
recobrimento das armaduras

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Agressividade do ambiente -
recobrimento das
armaduras:
 As armaduras utilizadas no concreto armado são barras de aço
(armaduras passivas) que quando expostas a ambientes úmidos
ou agentes agressivos, como gases, podem sofrer um processo
de corrosão.

 Quando há corrosão da armadura, ela perde seção transversal,


diminuindo sua área e consequentemente sua resistência.

 Diante disso, é importante que as armaduras utilizadas nos


elementos estruturais estejam protegidas pelo concreto.

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Agressividade do ambiente -
recobrimento das
armaduras:
 A proteção das armaduras é feita por meio do recobrimento, que
é uma espessura de concreto deixada nas faces do elemento
estrutural, durante a concretagem, com a função de garantir a
sua vida útil e evitar patologias.

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Agressividade do ambiente -
recobrimento das
armaduras:
 A norma brasileira NBR-6118 (ABNT, 2014), item 6.4.2, tabela
6.1, estipula as espessuras dos cobrimentos das armaduras em
função do grau de agressividade do meio ambiente.

 Quanto maior a agressividade do ambiente, maior deverá ser o


cobrimento.

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Agressividade do ambiente - recobrimento das
armaduras:

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Agressividade do ambiente -
recobrimento das
armaduras:
 Ainda sobre a agressividade do ambiente, é importante saber que
o engenheiro projetista deve ficar atento à resistência do concreto
a ser especificada no projeto.

 A classe do concreto também varia com o grau de agressividade.

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Agressividade do ambiente -
recobrimento das
armaduras:
 O Quadro 1.3 apresenta as classes do concreto armado (CA) e
protendido (CP) para as diferentes classes de agressividade.

 Nela também é possível obter a maior relação água/cimento para


cada classe do concreto.

 Lembrando que: quanto menor a relação água/cimento e maior o


fck menos poroso será o concreto, dificultando a penetração de
agentes agressivos e umidade.

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Estados Limites

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Estados
Limites:
 Quando vamos dimensionar um elemento estrutural, seja ele uma
viga, uma laje ou um pilar é importante ficarmos atentos aos
valores limites preestabelecidos pela norma, que garantam sua
segurança e sua adequação quanto ao uso.

 Pensando nisso, a NBR-6118 (ABNT, 2014) estabelece a


verificação das estruturas quanto a dois estados limites:

 o estado limite de serviço (ELS) e,


 o estado limite último (ELU).

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Estado Limite de
Serviço (ELS):
 O estado limite de serviço é quando a estrutura torna-se
inadequada para o uso;

 Ou seja, ela não atende ao usuário, seja por desconforto em


função de vibrações ou por apresentar fissuras com aberturas
excessivas ou, ainda, devido a grandes flechas (deformações)
que causam insegurança ao usuário.

 O ELS está relacionado ao conforto, durabilidade, aparência e


desempenho das estruturas.

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Abertura excessiva de fissura - Exemplo de ELS
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Estado Limite
Último (ELU)
 O estado limite último é quando existe o esgotamento da
capacidade de uma estrutura e ela deixa de ser segura.
 Quando uma estrutura está em ruína, independente do motivo,
dizemos que ela atingiu seu ELU.

Colapso de uma ponte - Exemplo de ELU


Estado Limite
Último (ELU)
 Quando acontece a ruína de uma estrutura, seja por colapso
progressivo, esforços dinâmicos excessivos, exposição ao fogo,
efeito de segunda ordem acima da norma, abalos sísmicos e
outros, significa que essa estrutura atingiu seu ELU.

Colapso de uma ponte - Exemplo de ELU

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