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FUNDAMENTOS DO
CONCRETO ARMADO
3
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO
ARMADO
6
Concreto Armado
Alia as qualidades da pedra (resistência à
compressão e durabilidade) com as resistên-
cias do aço, com as vantagens de poder
assumir qualquer forma com rapidez e
facilidade e proporcionar a necessária proteção
do aço contra a corrosão.
7
CONCRETO SIMPLES
CONCRETO ARMADO:
o concreto absorve as tensões de compressão e
as barras de aço (armadura),
convenientemente dispostas, absorvem as
tensões de tração. 8
Porém, é imprescindível a aderência entre
os dois materiais: real solidariedade entre
o concreto e o aço, para o trabalho
conjunto, tal que:
s = c
9
Concreto Armado =
concreto simples
+
armadura
+
aderência
10
“Elementos de Concreto Armado”:
“aqueles cujo comportamento estrutural depende da
aderência entre concreto e armadura, e nos quais não
se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes
da materialização dessa aderência”.
“Armadura passiva”:
“qualquer armadura que não seja usada para produzir
forças de protensão, isto é, que não seja previamente
alongada”.
11
Uma viga de concreto simples (sem armadura) rompe
bruscamente logo que aparece a primeira fissura, após
a tensão de tração atuante igualar a resistência do
concreto à tração na flexão. Entretanto, colocando-se
uma armadura convenientemente posicionada na
região das tensões de tração, eleva-se significativa-
mente a capacidade de carga da viga.
CONCRETO COMPRESSÃO
TRAÇÃO
FISSURAS ARMADURA
Ideia básica:
aplicar tensões prévias de compressão nas regiões da
peça que serão tracionadas pela ação do carregamento
externo aplicado.
Objetivo:
diminuir ou anular as tensões de tração.
13
Ideia básica da
protensão
14
14
“Elementos de concreto protendido”:
“aqueles nos quais parte das armaduras é previamente
alongada por equipamentos especiais de protensão, com a
finalidade de, em condições de serviço, impedir ou limitar a
fissuração e os deslocamentos da estrutura, bem como
propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência
no estado-limite último (ELU).”
16
Sistema de pré-tensão:
adquirir resistência, o aço de protensão é solto
(relaxado) das ancoragens e, como o aço tende
elasticamente a voltar à deformação inicial
(nula), ele aplica uma força (de protensão) que
comprime o concreto de parte ou de toda a
seção transversal da peça. Esse processo de
aplicação da protensão é geralmente utilizado
na produção intensiva de grandes quantidades
de peças, geralmente em pistas de protensão.
17
Sistema de pré-tensão:
fôrma
cilindro hidráulico armadura da peça ancoragem
("macaco") de protensão passiva
pista de
protensão
bloco de
reação
18
18
Sistema de pré-tensão:
21
Sistema de pós-tensão:
com o cilindro apoiando-se na própria peça.
Terminada a operação de estiramento, a
armadura é fixada na ancoragem. Esta operação
provoca a aplicação de uma força que comprime
o concreto de parte ou de toda a seção
transversal. Posteriormente, a bainha pode ser
preenchida com calda de cimento, para criar
aderência entre o aço e o concreto da peça.
22
Sistema de pós-tensão:
http://www.rudloff.com.br/downloads/catalogo_concreto_protendido_rev-06.pdf 23
Sistema de pós-tensão:
http://www.rudloff.com.br/downloads/catalogo_concreto_protendido_rev-06.pdf 24
Sistema de pós-tensão:
http://www.rudloff.com.br/downloads/catalogo_concreto_protendido_rev-06.pdf
25
Sistema de pós-tensão:
http://www.algabrasil.com.br 26
Sistema de pós-tensão:
27
FISSURAÇÃO NO CONCRETO ARMADO
- A armadura tracionada pode alongar-se até 10 ‰ (10 ‰ =
1 % = 10 mm/m). O concreto, aderente à armadura, fissura
sob tal alongamento.
Estribo
Armadura
longitudinal
Diagrama de
deformações
sd,máx = 10 ‰
dez fissuras com
abertura de 1 mm
1m
28
- Eliminar completamente as fissuras seria
antieconômico, pois teria-se que aplicar tensões de
tração muito baixas na peça e na armadura. As
fissuras devem ser limitadas a aberturas aceitáveis
( 0,3 mm) em função do ambiente, e que não
prejudiquem a estética e a durabilidade.
- Dispor barras de diâmetros pequenos e
distribuídas (fissuras capilares que ocorrem não
levam ao perigo de corrosão no aço).
- Retração também origina fissuras. Fazer
cuidadosa cura nos primeiros dez dias de idade do
concreto e utilizar armadura suplementar (armadura
de pele) quando necessário.
29
Figura – Fissuras em uma viga após ensaio
experimental em laboratório.
30
ASPECTOS POSITIVOS DO
CONCRETO ARMADO
a) Custo: especialmente no Brasil, os seus componentes são
facilmente encontrados e relativamente a baixo custo;
b) Adaptabilidade: favorece à arquitetura pela sua fácil
modelagem;
c) Resistência ao fogo: As estruturas de concreto, sem proteção
externa, tem uma resistência natural de 1 a 3 horas.
d) Resistência a choques e vibrações: os problemas de fadiga
são menores;
e) Conservação: em geral, o concreto apresenta boa
durabilidade, desde que seja utilizado com a dosagem
correta. É muito importante a execução de cobrimentos
mínimos para as armaduras;
f) Impermeabilidade: desde que dosado e executado de forma
correta.
31
ASPECTOS NEGATIVOS DO
CONCRETO ARMADO
a) Baixa resistência à tração;
b) Fôrmas e escoramentos dispendiosos;
c) Baixa resistência por unidade de volume
34
ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM
CONCRETO ARMADO
CLASSIFICAÇÃO GEOMÉTRICA
Elementos lineares:
Aqueles que têm a espessura da mesma ordem de grandeza
da altura, mas ambas muito menores que o comprimento.
São as “barras” (vigas, pilares, etc.).
35
3
1 1
3
2 b w= 3
2
3
h = 3 2
2
1 1
Elementos tridimensionais:
Aqueles onde as três dimensões têm a mesma ordem de grandeza. São
os elementos de volume (blocos e sapatas de fundação, consolos, etc.).
37
a) placas b) chapas
38
Figura – Exemplos de estrutura em
forma de casca.
39
PRINCIPAIS ELEMENTOS ESTRUTURAIS
DE CONCRETO ARMADO
a) Lajes
LAJE 1 LAJE 2
A A
V 102
V 103
V 104
V 101
P4 P3
PLANTA DE FÔRMA
CORTE A
Lajes Maciças
As lajes maciças têm geralmente espessuras de
8 a 15 cm. São comuns em construções de
grande porte, como edifícios de múltiplos pavi-
mentos, escolas, indústrias, hospitais, pontes,
etc.). Não são geralmente aplicadas em constru-
ções de pequeno porte (casas, sobrados,
galpões, etc.). As lajes maciças são geralmente
apoiadas nas quatro bordas, mas podem
também ter bordas livres.
42
Lajes Maciças de Concreto
http://www.nativaguaratuba.com.br/Obra%2 http://jasmimdosacores.blogspot.com.br/2
0Firenze%202008.html 011/04/2-laje_01.html
43
Lajes Maciças de Concreto
http://residencialvivendasdoatlantico.blogspot.com.br/2012/07/segunda-laje-estava-tao-bonita-que-deu.html
44
Figura – Vista por baixo de
laje maciça de edifício.
Pilares
Laje cogumelo
Capitel
Piso
48
Figura - Laje lisa com
capitel.
http://projest-
engenharia.com/forum/viewtopic.php?t=31
49
Lajes Nervuradas
“Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou
com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para
momentos positivos está localizada nas nervuras entre
as quais pode ser colocado material inerte”
51
Figura – Dimensões de molde plástico.
http://www.atex.com.br/ 52
Figura – Laje nervurada.
http://www.flickr.com/photos/atex 53
Figura – Laje nervurada com enchimento em isopor.
http://residencialvivendasdoatlantico.blogspot.com.br/ 54
Figura – Laje nervurada.
http://www.flickr.com/photos/atex
55
Figura – Laje nervurada.
http://www.flickr.com/photos/atex 56
Figura – Laje nervurada.
http://www.flickr.com/photos/atex
57
Figura – Laje nervurada.
http://www.flickr.com/photos/atex
58
Figura – Planta de
fôrma do pavimento de
um edifício com laje
nervurada moldada com
fôrmas plásticas.
59
Figura – Exemplo de laje nervurada moldada no local, com
enchimento de bloco de concreto celular autoclavado. 60
Laje Nervurada Protendida
61
Lajes Pré-Fabricadas
Existem alguns tipos no mercado:
- nervurada treliçada;
- nervurada convencional;
- nervurada protendida;
- alveolar protendida;
- pré-laje;
- steel deck.
62
Laje Pré-Fabricada Treliçada
Lajes pré-fabricadas do tipo treliçada apresentam
bom custo e bom comportamento estrutural e
facilidade de execução. São comumente aplicadas
em construções residenciais de pequeno porte e
edifícios de baixa altura.
67
Laje Pré-Fabricada Treliçada
71
Laje Pré-Fabricada Protendida
72
Laje Pré-Fabricada Protendida
76
b) Viga
PILARES
p2 F
p1
78
VS1 = VS3 (19 x 60)
4 N3
2 x 4 N6
A 2 N7
P1 P2 P3
2 N8
40 40
225 225 15
N3 - 412,5 C = 450
35
35
N2 - 210 C = 576 N2 - 210 C = 576
135 135
N4 - 412,5 C = 270 (2° cam) 56
135 135
N5 - 110 C = 270 (3° cam)
N1 - 76 5 mm C=152
N6 - 2 x 44,2 CORR
203 203
N7 - 212,5 C = 468 N7 - 212,5 C = 468
10
10
N8 - 212,5 C = 742 N8 - 212,5 C = 742
63 63
14
14
A
N9 - 2 6,3 C = 140 N9 - 2 6,3 C = 140
79
Figura – Construção de pequeno porte
em execução mostrando vigas com
pequena altura, sem projeto.
80
Figura – Construção de pequeno
porte com estruturação em
concreto armado.
81
Figura – Escada de edifício
com lajes maciças apoiadas
em vigas.
82
Figura – Escada de edifício
com lajes maciças apoiadas
em vigas.
83
Figura – Vista de viga em fachada de sobrado e
84
viga em balanço para apoio de telhado.
Figura – Vistas de vigas internas
para apoio de lajes pré-fabricadas
e paredes do pavimento superior
de sobrado.
85
Figura – Vista de vigas internas do pavimento superior de sobrado.
86
Figura – Vistas sobrado em
construção.
87
Figura – Vistas de vigas
internas do pavimento
superior de sobrado.
88
Figura – Vista de piscina e
vigas internas do pavimento
superior de sobrado.
89
Figura – Trançado exagerado de vigas do
pavimento superior de sobrado.
90
Figura – Escada em balanço
com peças pré-fabricadas
de concreto.
91
Figura – Vigas baldrames de
residência com três fiadas de
tijolos revestidos com
argamassa impermeabilizante.
92
Figura – Produto aplicado nos
tijolos sobre as vigas
baldrames.
93
Figura – Detalhe dos tijolos
sobre as vigas baldrames.
94
Figura – Corte em viga para
passagem de tubulação.
95
Figura – Detalhe da escada e
vigas do pavimento superior.
96
Figura – Vigamento do pavimento superior do sobrado.
97
Figura – Vigas na fachada do
sobrado em construção.
98
Figura – Detalhe de vigas e
viga com mudança de direção.
99
Figura – Verga feita como viga
de concreto e viga invertida na
base da parede.
100
Figura – Viga com mudança
de direção e blocos com furos
na vertical sobre abertura.
101
Figura – Fachada de sobrado.
102
Figura – Viga com mudança
de direção e viga para apoio de
telhado.
103
Figura – Vigamento e detalhe
de escada.
104
Figura – Pequena laje em
balanço e pilar com seção
exagerada.
105
Figura – Vigamento do pav.
superior de sobrado.
106
Figura – Fachada de sobrado.
107
Figura – Detalhe dos degraus
da escada apoiados no centro.
108
Figura – Detalhes da escada.
109
Figura – Vigamento da
varanda com pilares circulares
em concreto aparente.
110
Figura – Vigamento do
sobrado e tubulações de água
e esgoto.
111
Figura – Vigamento de pavimento de
edifício com lajes maciças (vigas
apoiadas sobre vigas).
112
Figura – Vigas em balanço do edifício com lajes maciças.
113
Figura – Exemplo de viga em concreto aparente. 114
c) Pilar
Figura - Pilar.
116
Figura – Armadura de pilar.
117
Figura – Pilar de edifício.
http://www.ufrgs.br/eso/content/?m=201109
118
Figura – Pilar de edifício.
http://blog.construtoralaguna.com.br/soul-batel-soho/page/3/ 119
Figura – Pilares em
construção.
120
Figura – Pilares em construção.
121
Figura – Pilares em edifício.
http://www.ufrgs.br/eso/content/?m=201109
122
Figura – Armação junto ao pilar.
123
Figura – Primeiro lance de pilar
de edifício.
http://www.skyscrapercity.com/showthread.
php?t=756068&page=111
124
Figura – Primeiro lance de pilar
de edifício.
http://www.skyscrapercity.com/sho
wthread.php?t=756068&page=111
125
Figura – Pilares em edifício.
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=756068&page=111 126
Figura – Pilares em
construção com fôrmas pré-
fabricadas e cura com sacos de
pano úmidos.
127
Figura – Concretagem de pilar com auxílio de
caminhão com guincho.
128
Figura – Detalhe de pilares em
edifícios.
129
Figura – Pilar moldado com fôrma de papelão
e pilar sob estrutura metálica.
130
Figura – Estrutura de concreto armado de edifício
de vários pavimentos. 131
Figura – Detalhe da estrutura do edifício.
132
Figura – Detalhe da tela para
ligação dos pilares com as
paredes de alvenaria.
133
Figura – Detalhes de utilização
de telas de aço para ligação
dos pilares com a alvenaria.
134
Figura – Detalhes de utilização
de telas de aço para ligação
dos pilares com a alvenaria.
135
Figura – Vinculação de vigas com pilar no
pavimento tipo de edifício.
136
Figura – Exemplos de pilares. 137
Figura – Exemplos de pilares.
138
Figura – Pilar de edifício de pavimentos.
139
d) Bloco de Fundação
BLOCO
ESTACA
TUBULÃO
a) b)
Figura 13 - Bloco sobre: a) estacas e b) tubulão.
141
Figura – Desenho de tubulão.
142
Figura – Visão de um tubulão já executado.
143
Figura – Armação de bloco de fundação.
http://osgavioescivil.blogspot.com.br/2012/05/armacao-das-estacas.html 144
Figura – Desenho de
blocos sobre três, quatro e
cinco estacas.
145
Figura – Bloco sobre uma estaca.
https://sites.google.com/site/obra20072/oitavavisita 146
Figura – Esquema dos blocos sobre estaca da edificação.
147
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=756068&page=111
Figura – Esquema dos blocos sobre estaca da edificação.
148
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=756068&page=111
Figura - Bloco com 44 m3 de concreto e 3820 kg de aço.
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=756068&page=111 149
Figura - Bloco com 60 m3 de concreto e 6360 kg de aço.
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=756068&page=111 150
Figura – Blocos de fundação e vigas de equilíbrio.
http://blog.construtoralaguna.com.br/soul-batel-soho/page/3/ 151
Figura – Armação de bloco sobre estaca.
http://jasmimdosacores.blogspot.com.br/2010/12/poco-do-elevadorservico-parachocho.html
152
Figura – Armação de bloco sobre estaca.
http://residencialvivendasdoatlantico.blogspot.com.br/20
12/02/bloco-de-fundacao-cuidados-importantes.html 153
Figura – Vista de blocos de fundação.
http://www.cimentoitambe.com.br/itambe-utiliza-formas-de-blocos-
de-concreto-na-fundacao-de-seu-novo-moinho/ 154
Figura – Armação de bloco sobre estaca.
http://juuuninho.blogspot.com.br/ 155
Figura - Ed. com 44 pav.
(Curitiba), bloco de
fundação com 3 m de
altura, 800 m3 de concreto
e 120 t de aço.
156
http://www.consultoriaeanalise.com/2012/10/concretagem-de-bloco-de-fundacao-com.html
Figura – Bloco sobre quatro
estacas.
157
Figura – Bloco sobre três estacas.
158
Figura – Bloco sobre uma
estaca.
159
Figura – Escavação manual da
base de tubulão de edifício.
160
Figura – Escavação
mecanizada de fuste de
tubulão.
161
Figura – Armadura do fuste
do tubulão e concretagedo
fuste com adição de
matacões de basalto no
concreto.
162
Figura – Vista geral e
concretagem do fuste do
tubulão.
163
Figura – Vibração do
concreto do fuste do
tubulão.
164
Figura – Posicionamento das barras de vinculação da
armadura do pilar com o topo do fuste
(chamada armadura de espera).
165
Figura – Bloco de fundação.
166
http://www.sepais.com.br/site/lerConteudo.php?id_noticia=507
e) Sapata
SAPATA
SAPATA CORRIDA
169
Figura – Sapatas isoladas.
170
Figura – Sapata isolada.
171
Figura – Sapata de fundação.
http://www.geodactha.com.br/obras/tiberio1.htm 172
Figura – Sapatas em
construção para edifício.
http://www.geodactha.com.br/obras/pse1.htm 173
Figura – Sapatas em
construção para edifício.
http://www.geodactha.com.br/obras/seisamester5.htm 174
MATERIAIS COMPONENTES DO
CONCRETO ARMADO
CONCRETO
175
Massa Específica
Se a massa específica real do concreto
simples não for conhecida, pode-se adotar
2.400 kg/m3.
Aço
3
100 kg/m
1m
1m
1m
176
Resistência à Compressão
Concretos com classes de resistência à
compressão dos Grupos I e II (NBR 8953):
2F
f ct,sp
dh d
sp vem de “splitting” F
h = 15
+
b = 15
20 20 20 =
P
t 2
b h
5 = 60 cm 5
70
P
f ct,f 2
bh
181
A resistência à tração máxima na flexão é
também chamada “módulo de ruptura”.
183
Na falta de valores para fct,sp e fct,f , a
resistência média à tração direta pode ser
avaliada por meio de expressões:
f ct , m 0,3 3 f ck 2
184
b) para concretos de classes C55 até C90
185
Módulo de Elasticidade
O módulo de elasticidade (ou módulo de
deformação longitudinal), é um parâmetro
relativo à deformabilidade do concreto sob
tensões de compressão.
c
A
Eci = tg ’
Ecs = tg ’’
0 c
E ci E 5600 f ck
1/ 3
f ck
Eci 21,5 . 10 E
3
1,25
10
189
Diagrama Tensão-Deformação do
Concreto à Compressão
Para o dimensionamento de seções transver-
sais de peças de Concreto Armado no
Estado-Limite Último (ELU) deve ser utilizado
o diagrama tensão-deformação à compres-
são, composto por uma parábola do 2º grau e
de uma reta entre as deformações 2 ‰ e 3,5
‰ (ou cu), para os concretos do Grupo I.
190
a) para concretos de classes até C50
c
f ck
0,85 f cd
c
2‰ 3,5 ‰
f ck
0,85 f cd
c
c2 cu
c 0,85f cd 1 1
c 2 192
b) para concretos de classes C55 até C90
90 f ck
4
cu 2,6 ‰ 35 ‰
100
193
No caso de concretos de baixa e média resistência, a
resistência máxima é alcançada com deformações de
encurtamento que variam de 2 ‰ a 2,5 ‰ .
MPa MPa
c c
fc f c = 50
50 50
f c = 50
40 40
f c = 38
f c = 38
30 30
f c = 25
f c = 25
20 20
f c = 18
10 f c = 18 10
0 c 0 c
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3
(‰) (‰)
a) b)
Figura – Diagramas x de concretos com diferentes
resistências: a) velocidade de deformação constante; b)
velocidade de carregamento constante. 194
A deformação máxima de 3,5 ‰ é convencional
e foi escolhida entre valores que podem variar
desde 2 ‰ para seção transversal com a linha
neutra (LN) fora da seção transversal, até 5 ‰
para seções triangulares.
A deformação última de 3,5 ‰ indica que nas
fibras mais comprimidas a máxima deformação
de encurtamento que o concreto pode ter é de
3,5 mm em cada metro de extensão da peça.
Convenciona-se que, ao atingir esta defor-
mação, o concreto estaria na iminência de
romper por esmagamento (ELU).
195
O fator 0,85 é devido ao efeito Rüsch:
“Quanto maior é o tempo de carregamento para
se alcançar a ruptura, menor é a resistência do
concreto”, ou “é a diminuição da resistência do
concreto com o aumento do tempo na aplicação da
carga”.
L im
c ite d
1,0 e ru
fc in n p tu r
mi a
m
t = duração do carregamento
20 m in
2
100
t=
t= t=
0,8
ia s
3d d ias
t= 70
0,6 t=
0,4
0,2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 c (‰)
197
Deformação por Variação de Temperatura
Junta de dilatação
Bloco A Bloco B
cc,
cc
ci
ci
t0 tempo
Figura – Fluência e deformação imediata. 202
Fluência (Deformação Lenta)
A deformação que antecede a deformação por
fluência é chamada “deformação imediata”
(ci), que é aquela que ocorre imediatamente
após a aplicação das primeiras tensões de
compressão no concreto, devida basicamente
à acomodação dos cristais que constituem a
parte sólida do concreto.
203
Os fatores que mais influem na fluência:
Fios - CA-60.
206
Tipos de Superfície
Pode ser lisa (geralmente o CA-25),
nervurada (com nervuras ou mossas – CA-
50) ou entalhada (pode ser o CA-60), com a
rugosidade medida pelo coeficiente de
aderência (η1).
Tipo de superfície η1
Lisa 1,0
Entalhada 1,4
Nervurada 2,25
208
208
Figura – Nervuras na superfície das barras, com identificação do
fabricante e da categoria do aço. (Fotografia do Autor)
209
209
Figura – Barras longitudinais e estribos de viga.
(Fotografias do Autor) 210
210
Características Geométricas
213
213
Diagrama Tensão-Deformação
s s
fy fy
0,7f y
y s 2‰ s
214
Diagrama simplificado para cálculo nos
Estados-Limites Último e de Serviço:
s
fyk
f yd
s
yd 10 ‰
f yd
yd
Es
216
Armaduras prontas (dobradas, montadas)
217
Tela soldada
Figura – Tela
soldada
(Catálogos
Arcelor Mittal).
218
Arame recozido
Figura – Arame
duplo recozido
(Catálogos Arcelor
Mittal).
219
Arame recozido
221
As estruturas de concreto, delineadas
pelo projeto estrutural, devem obrigato-
riamente apresentar:
222
b) Desempenho em Serviço: “Consiste
na capacidade da estrutura manter-se em
condições plenas de utilização durante sua
vida útil, não podendo apresentar danos
que comprometam em parte ou totalmente
o uso para o qual foi projetada.”
c) Durabilidade: “Consiste na capacidade
de a estrutura resistir às influências
ambientais previstas e definidas em
conjunto pelo autor do projeto estrutural e
pelo contratante, no início dos trabalhos de
elaboração do projeto.”
223
“Por vida útil de projeto, entende-se o
período de tempo durante o qual se
mantêm as características das estru-
turas de concreto, sem intervenções
significativas, desde que atendidos os
requisitos de uso e manutenção
prescritos pelo projetista e pelo
construtor, conforme 7.8 e 25.3, bem
como de execução dos reparos
necessários decorrentes de danos
acidentais.” (NBR 6118/14, item 6.2.1).
224
O projeto estrutural deve ser feito de
forma a atender aos três requisitos, bem
como considerar as condições arquite-
tônicas, funcionais, construtivas, de
integração com os demais projetos
(elétrico, hidráulico, ar-condicionado e
outros), e exigências particulares, como
resistência a explosões, ao impacto, aos
sismos, ou ainda relativas à estanquei-
dade e ao isolamento térmico ou
acústico.
225
O projeto estrutural pode ser conferido por
um profissional habilitado, de responsa-
bilidade do contratante. A conferência ou
avaliação da conformidade do projeto deve
ser realizada antes da fase de construção e,
de preferência, simultaneamente com o
projeto, como condição essencial para que
os resultados da conferência se tornem
efetivos e possam ser aproveitados. Na
seção 25 da NBR 6118 encontram-se os
critérios de aceitação do projeto, do
recebimento do concreto e do aço, entre
outros. 226
O projeto estrutural
deve proporcionar as
informações
necessárias para a
execução da
estrutura, sendo
constituído por
desenhos,
especificações e
critérios de projeto.
Figura – Exemplo de
armação de pilares.
227
Figura – Exemplo de planta de fôrma de projeto estrutural.
Figura – Exemplo de legenda e informações de projeto. 229
Figura 16 – Detalhe de parte da planta de fôrma do 230
pavimento de um edifício.
O cobrimento da armadura é uma ação
isolante, ou de barreira, sendo exercida pelo
concreto interpondo-se entre o meio corrosivo e
a armadura, principalmente em se tratando de
um concreto bem dosado, muito pouco
permeável, compacto e apresentando uma
espessura adequada de cobrimento.
Cnom
Estribo
Figura – Cobrimento da
armadura.
231
231
Cnom
AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE
“A agressividade do meio ambiente está
relacionada às ações físicas e químicas
que atuam sobre as estruturas de
concreto, independentemente das ações
mecânicas, das variações volumétricas de
origem térmica, da retração hidráulica e
outras previstas no dimensionamento das
estruturas.” (NBR 6118/14, item 6.4.1).
232
AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE
233
Tabela 3.1 - Classes de agressividade ambiental
(Tabela 6.1 da NBR 6118/14).
Classe de Classificação geral do
Risco de deterioração da
agressividade Agressividade tipo de ambiente
estrutura
Ambiental para efeito de Projeto
Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
II Moderada Urbana1, 2 Pequeno
Marinha1
III Forte Grande
Industrial1, 2
Industrial1, 3
IV Muito forte Elevado
Respingos de maré
NOTAS: 1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma classe
acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de
apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com
argamassa e pintura).
2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras em regiões
de clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65 %, partes da estrutura
protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde raramente chove.
3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em
indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.
234
QUALIDADE DO CONCRETO
DE COBRIMENTO
235
Tabela 3.2 - Correspondência entre classe de
agressividade e qualidade do concreto armado
(Tabela 7.1 da NBR 6118/14).
Classe de agressividade ambiental (CAA)
Concreto
I II III IV
Relação
água/cimento ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
em massa
Classe de concreto
≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40
(NBR 8953)
236
ESPESSURA DO COBRIMENTO DA
ARMADURA
Cobrimento de armadura é a espessura da camada
de concreto responsável pela proteção da
armadura em um elemento. Essa camada inicia-se
a partir da face mais externa da barra de aço e se
estende até a superfície externa do elemento em
contato com o meio ambiente.
Cnom
Estribo
Figura – Cobrimento
da armadura. 237
Cnom
Para garantir o cobrimento mínimo (cmín) o
projeto e a execução devem considerar o
cobrimento nominal (cnom):
cnom cmín c
Nas obras correntes c deve ser maior ou igual
a 10 mm, que pode ser reduzido para 5 mm
quando houver um adequado controle de
qualidade e rígidos limites de tolerância da
variabilidade das medidas durante a execução
das estruturas de concreto.
238
Em geral, o cobrimento nominal de uma
determinada barra deve ser:
c nom barra
c nom feixe n n
É o “estado-limite relacionado ao
colapso, ou a qualquer outra forma de
ruína estrutural, que determine a
paralisação do uso da estrutura.” (NBR
6118/14, 3.2.1).
243
Estados-Limites Últimos que devem
verificados:
246
ESTADOS-LIMITES DE SERVIÇO (ELS)
247
Os Estados-Limites de Serviço definidos
são:
a) Estado-limite de formação de
fissuras (ELS-F): Estado em que se
inicia a formação de fissuras. Admite-se
que este Estado-Limite é atingido
quando a tensão de tração máxima na
seção transversal for igual a resistência
do concreto à tração na flexão (fct,f);
248
b) Estado-limite de abertura das
fissuras (ELS-W): este Estado é
alcançado quando as fissuras têm
aberturas iguais aos valores máximos
especificados pela norma no item
13.4.2. As estruturas de Concreto
Armado trabalham fissuradas (uma
característica básica), porém, no projeto
estrutural as fissuras devem ser
controladas e ter aberturas pequenas,
não prejudiciais à estética e à dura-
bilidade;
249
c) Estado limite de deformações
excessivas (ELS-DEF): este Estado é
alcançado quando as deformações
(flechas por exemplo) atingem os limites
estabelecidos para a utilização normal,
dados em 13.3 da norma. Os elementos
fletidos, como vigas e lajes, apresentam
flechas em serviço. O cuidado que o
projetista estrutural deve ter é de limitar
as flechas a valores aceitáveis, que não
causem insegurança aos usuários nem
prejudiquem a estética;
250
d) Estado limite de vibrações exces-
sivas (ELS-VE): este Estado é alcançado
quando as vibrações atingem os limites
estabelecidos para a utilização normal da
construção. O projetista deverá limitar as
vibrações de tal modo que não
prejudiquem o conforto dos usuários na
utilização das estruturas.
251
e) Estado-Limite de Descompressão
(ELS-D)
f) Estado-Limite de Descompressão
Parcial (ELS-DP)
g) Estado-Limite de Compressão
Excessiva (ELS-CE)
252
A NBR 6118/14 estabelece que “as
resistências não podem ser menores que
as solicitações e devem ser verificadas em
relação a todos os Estados-Limites e todos
os carregamentos especificados para o tipo
de construção considerado, ou seja, em
qualquer caso deve ser respeitada a
condição:”
Rd ≥ Sd
Rd = resistência de cálculo;
Sd = solicitação de cálculo.
253
RESISTÊNCIAS CARACTERÍSTICAS E DE
CÁLCULO
CONCEITO DE VALOR CARACTERÍSTICO
Frequência
-
f = 415
s = 62 s = 62
30
20
10
0
430
470
270
310
350
390
510
550
590
f
Frequência 5%
fk fm Resistência ( f )
1,65 s
Frequência
característico
2
Valor
f
- - Resistência à compressão
f1 = f 2
Quantil de 5%
característico
2
Valor
f 5% - - Resistência à compressão
f1 f2
f ck
f cd
c
259
RESISTÊNCIA DE CÁLCULO
DO CONCRETO
260
RESISTÊNCIA DE CÁLCULO
DO AÇO
f yk
f yd
s
261
Coeficientes de Ponderação
das Resistências
265
COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO
DAS AÇÕES
266
Tabela 3.5 - Coeficiente f = f1 . f3 no ELU
(Tabela 11.1 da NBR 6118).
Ações
Combinações de Permanentes Variáveis Protensão Recalques de
ações (g) (q) (p) apoio e retração
D F G T D F D F
1
Normais 1,4 1,0 1,4 1,2 1,2 0,9 1,2 0
Especiais ou de
1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0
construção
Excepcionais 1,2 1,0 1,0 0 1,2 0,9 0 0
onde: D é desfavorável, F é favorável, G representa as cargas variáveis em geral, T é temperatura.
1. “Para as cargas permanentes de pequena variabilidade, como o peso próprio das estruturas,
especialmente as pré-moldadas, esse coeficiente pode ser reduzido para 1,3.”
267
Tabela 3.6 - Valores do coeficiente f2 no ELU
(Tabela 11.2 da NBR 6118).
γf2
Ações
ψo ψ11 ψ2
Locais em que não há predominância de pesos de
equipamentos que permanecem fixos por longos
0,5 0,4 0,3
períodos de tempo, nem de elevadas concentrações
de pessoas2
Cargas acidentais
Locais em que há predominância de pesos de
de edifícios
equipamentos que permanecem fixos por longos
0,7 0,6 0,4
períodos de tempo, ou de elevada concentração de
pessoas3
Biblioteca, arquivos, oficinas e garagens 0,8 0,7 0,6
Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0
Variações uniformes de temperatura em relação à
Temperatura 0,6 0,5 0,3
média anual local
1. “Para os valores de ψ1 relativos às pontes e principalmente para os problemas de fadiga, ver seção 23.
2. Edifícios residenciais.
3. Edifícios comerciais, de escritórios, estações e edifícios públicos.”
268
Estado-Limite de Serviço (ELS)
269
ESTÁDIOS DE CÁLCULO
270
-EstádioIa – o concreto resiste à tração com
diagrama triangular;
271
c c c c
R cc
R cc R cc R cc x
x
LN
d LN
h
As
R ct R ct
R st R st R st R st
bw t t t
Ia Ib II III
272