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FUNDAMENTOS DO
CONCRETO ARMADO
3
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO
ARMADO
6
Primeiros materiais empregados nas construções:
pedra natural, madeira e ferro (surgiu por volta de 3.200
a.C.)
7
Concreto Armado
Alia as qualidades da pedra (resistência à
compressão e durabilidade) com as resistên-
cias do aço, com as vantagens de poder
assumir qualquer forma com rapidez e
facilidade e proporcionar a necessária
proteção do aço contra a corrosão.
8
Figura – Construção
antiga em rocha.
http://www.flickr.com/photos/luisbravo/2282791148/sizes/o/in/photostream/
9
Figura – Madeira em
construções antigas.
http://www.englishoakbuildings.com/
2012/01/30/medieval-harmondsworth-barn-
bought-by-english-heritage/ 10
http://www.castlewales.com/caerphil.html
CONCRETO ARMADO
o concreto absorve as tensões de compressão e as
barras de aço (armadura), convenientemente
dispostas, absorvem as tensões de tração.
13
Porém, é imprescindível a aderência entre
os dois materiais: real solidariedade entre
o concreto e o aço, para o trabalho
conjunto, tal que:
s = c
14
Concreto Armado
=
concreto simples
+
armadura
+
aderência
15
“Elementos de Concreto Armado”
“aqueles cujo comportamento estrutural depende da
aderência entre concreto e armadura, e nos quais não
se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes
da materialização dessa aderência”.
“Armadura passiva”
“qualquer armadura que não seja usada para produzir
forças de protensão, isto é, que não seja previamente
alongada”.
16
Uma viga de concreto simples (sem armadura) rompe
bruscamente logo que aparece a primeira fissura, após
a tensão de tração atuante igualar a resistência do
concreto à tração na flexão. Entretanto, colocando-se
uma armadura convenientemente posicionada na
região das tensões de tração, eleva-se significativa-
mente a capacidade de carga da viga.
Ideia básica
aplicar tensões prévias de compressão nas regiões da
peça que serão tracionadas pela ação do carregamento
externo aplicado.
Objetivo
diminuir ou anular as tensões de tração.
18
Ideia básica da
protensão
19
19
“Elementos de concreto protendido”
“aqueles nos quais parte das armaduras é previamente
alongada por equipamentos especiais de protensão, com a
finalidade de, em condições de serviço, impedir ou limitar a
fissuração e os deslocamentos da estrutura, bem como
propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência
no estado-limite último (ELU).”
21
Sistema de pré-tensão
adquirir resistência, o aço de protensão é solto
(relaxado) das ancoragens e, como o aço tende
elasticamente a voltar à deformação inicial
(nula), ele aplica uma força (de protensão) que
comprime o concreto de parte ou de toda a
seção transversal da peça. Esse processo de
aplicação da protensão é geralmente utilizado
na produção intensiva de grandes quantidades
de peças, geralmente em pistas de protensão.
22
Sistema de pré-tensão
23
23
Sistema de pré-tensão
27
Sistema de pós-tensão
http://www.rudloff.com.br/downloads/catalogo_concreto_protendido_rev-06.pdf 28
Sistema de pós-tensão
http://www.rudloff.com.br/downloads/catalogo_concreto_protendido_rev-06.pdf 29
Sistema de pós-tensão
http://www.rudloff.com.br/downloads/catalogo_concreto_protendido_rev-06.pdf
30
Sistema de pós-tensão
http://www.algabrasil.com.br 31
Sistema de pós-tensão
32
FISSURAÇÃO NO CONCRETO ARMADO
- A armadura tracionada pode alongar-se até 10 ‰ (10 ‰
= 1 % = 10 mm/m). O concreto, aderente à armadura,
fissura sob tal alongamento.
33
- Eliminar completamente as fissuras seria
antieconômico, pois teria-se que aplicar tensões de
tração muito baixas na peça e na armadura. As
fissuras devem ser limitadas a aberturas aceitáveis
( 0,3 mm) em função do ambiente, e que não
prejudiquem a estética e a durabilidade.
- Dispor barras de diâmetros pequenos e
distribuídas (fissuras capilares que ocorrem não
levam ao perigo de corrosão no aço).
- Retração também origina fissuras. Fazer
cuidadosa cura nos primeiros dez dias de idade do
concreto e utilizar armadura suplementar (armadura
de pele) quando necessário.
34
Figura – Fissuras em uma viga após ensaio
experimental em laboratório.
35
BREVE HISTÓRICO DO CONCRETO ARMADO
37
- Em Paris (1770), associou-se ferro com pedra para
formar vigas como as modernas, com barras
longitudinais na tração e barras transversais ao
cortante.
- O cimento Portland foi criado na Inglaterra em
1824.
- O cimento armado (argamassa armada) surgiu na
França (1849) - barco de Lambot. Construído com
telas de fios finos de ferro preenchidas com
argamassa (sem sucesso comercial).
- 1861, francês Mounier fabricou vasos de argamassa
de cimento com armadura de arame, reservatórios e
ponte (vão = 16,5 m). 38
Primeira ponte do mundo em Concreto Armado, de
Mounier, na França, construída por volta de 1873.
(WITTFOHT)
39
- 1850, americano Hyatt fez ensaios e vislumbrou a
verdadeira função da armadura no trabalho conjunto
com o concreto.
41
NO BRASIL
Rio de Janeiro
42
São Paulo
http://martaiansen.blogspot.com.br/2010/04/primeira-ponte-de-concreto-
armado-no.html 43
São Paulo
44
Recordes do Brasil no Século Passado
46
- Edifício “A Noite” no Rio de Janeiro em 1928, com 22
pavimentos, o mais alto do mundo em concreto armado,
com 102,8 m de altura, projeto de Emílio Baumgart;
47
Figura – Edifício A Noite. Hoje é sede do INPI.
48
Edifício Martinelli (São Paulo - 1925), com 106,5 m de
altura (30 pavimentos – recorde mundial);
50
Figura – Ponte Emílio Baumgart
em teste de carga.
http://www.indaial.com.br/saudosa-indaial/2013/8/15/19251926-a-histria-da-ponte-emlio-baumgart-dos-arcos 51
- Elevador Lacerda (Salvador - 1930), com altura total de 73 m;
52
- Museu de Arte de São Paulo (1969), com laje de 30 x
70 m livres, recorde mundial de vão, com projeto
estrutural de Figueiredo Ferraz;
55
ASPECTOS POSITIVOS DO
CONCRETO ARMADO
a) Custo: especialmente no Brasil, os seus componentes são
facilmente encontrados e relativamente a baixo custo;
b) Adaptabilidade: favorece à arquitetura pela sua fácil
modelagem;
c) Resistência ao fogo: As estruturas de concreto, sem proteção
externa, tem uma resistência natural de 1 a 3 horas.
d) Resistência a choques e vibrações: os problemas de fadiga
são menores;
e) Conservação: em geral, o concreto apresenta boa
durabilidade, desde que seja utilizado com a dosagem
correta. É muito importante a execução de cobrimentos
mínimos para as armaduras;
f) Impermeabilidade: desde que dosado e executado de forma
correta.
56
ASPECTOS NEGATIVOS DO
CONCRETO ARMADO
a) Baixa resistência à tração;
b) Fôrmas e escoramentos dispendiosos;
c) Baixa resistência por unidade de volume
58
PRINCIPAIS NORMAS BRASILEIRAS PARA
CONCRETO ARMADO
59
ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM
CONCRETO ARMADO
CLASSIFICAÇÃO GEOMÉTRICA
Elementos lineares:
Aqueles que têm a espessura da mesma ordem de grandeza
da altura, mas ambas muito menores que o comprimento.
São as “barras” (vigas, pilares, etc.).
60
Figura 3 – Classificação geométrica dos elementos estruturais.
Elementos bidimensionais:
Aqueles onde duas dimensões, o comprimento e a largura,
são da mesma ordem de grandeza e muito maiores que a
terceira dimensão (espessura). São os elementos de
superfície (lajes, as paredes de reservatórios, etc.).
Cascas - quando a superfície é curva;
Placas ou chapas - quando a superfície é plana.
Placas - superfícies que recebem o carregamento
perpendicular ao seu plano (lajes).
Chapas - têm o carregamento contido neste plano (viga-
parede)
Elementos tridimensionais:
Aqueles onde as três dimensões têm a mesma ordem de
grandeza. São os elementos de volume (blocos e sapatas
de fundação, consolos, etc.).
62
a) placas b) chapas
63
Figura – Exemplos de estrutura em
forma de casca.
64
PRINCIPAIS ELEMENTOS ESTRUTURAIS
DE CONCRETO ARMADO
a) Lajes
Lajes Maciças
As lajes maciças têm geralmente espessuras de
8 a 15 cm. São comuns em construções de
grande porte, como edifícios de múltiplos pavi-
mentos, escolas, indústrias, hospitais, pontes,
etc.). Não são geralmente aplicadas em constru-
ções de pequeno porte (casas, sobrados,
galpões, etc.). As lajes maciças são geralmente
apoiadas nas quatro bordas, mas podem
também ter bordas livres.
67
Lajes Maciças de Concreto
http://www.nativaguaratuba.com.br/Obra http://jasmimdosacores.blogspot.com.br/
%20Firenze%202008.html 2011/04/2-laje_01.html
68
Lajes Maciças de Concreto
http://residencialvivendasdoatlantico.blogspot.com.br/2012/07/segunda-laje-estava-tao-bonita-que-deu.html
69
Figura – Vista por baixo de
laje maciça de edifício.
73
Figura - Laje lisa com
capitel.
http://projest-engenharia.com/forum/
viewtopic.php?t=31
74
Lajes Nervuradas
“Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou
com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para
momentos positivos está localizada nas nervuras entre
as quais pode ser colocado material inerte”
76
Figura – Dimensões de molde plástico.
http://www.atex.com.br/ 77
Figura – Laje nervurada.
http://www.flickr.com/photos/atex 78
Figura – Laje nervurada com enchimento em isopor.
http://residencialvivendasdoatlantico.blogspot.com.br/ 79
Figura – Laje nervurada.
http://www.flickr.com/photos/atex
80
Figura – Laje nervurada.
http://www.flickr.com/photos/atex 81
Figura – Laje nervurada.
http://www.flickr.com/photos/atex
82
Figura – Laje nervurada.
http://www.flickr.com/photos/atex
83
Figura – Planta de
fôrma do pavimento de
um edifício com laje
nervurada moldada com
fôrmas plásticas.
84
Figura – Exemplo de laje nervurada moldada no local, com
enchimento de bloco de concreto celular autoclavado. 85
Laje Nervurada Protendida
86
Lajes Pré-Fabricadas
Existem alguns tipos no mercado:
- nervurada treliçada;
- nervurada convencional;
- nervurada protendida;
- alveolar protendida;
- pré-laje;
- steel deck.
87
Laje Pré-Fabricada Treliçada
Lajes pré-fabricadas do tipo treliçada apresentam
bom custo e bom comportamento estrutural e
facilidade de execução. São comumente aplicadas
em construções residenciais de pequeno porte e
edifícios de baixa altura.
92
Laje Pré-Fabricada Treliçada
96
Laje Pré-Fabricada Protendida
97
Laje Pré-Fabricada Protendida
101
b) Viga
103
Figura – Exemplo de armação de uma viga contínua.
104
Figura – Construção de pequeno porte
em execução mostrando vigas com
pequena altura, sem projeto.
105
Figura – Construção de pequeno
porte com estruturação em
concreto armado.
106
Figura – Escada de edifício
com lajes maciças apoiadas
em vigas.
107
Figura – Escada de edifício
com lajes maciças apoiadas
em vigas.
108
Figura – Vista de viga em fachada de sobrado e
109
viga em balanço para apoio de telhado.
Figura – Vistas de vigas internas
para apoio de lajes pré-fabricadas
e paredes do pavimento superior
de sobrado.
110
Figura – Vista de vigas internas do pavimento superior de sobrado.
111
Figura – Vistas sobrado em
construção.
112
Figura – Vistas de vigas
internas do pavimento
superior de sobrado.
113
Figura – Vista de piscina e
vigas internas do pavimento
superior de sobrado.
114
Figura – Trançado exagerado de vigas do
pavimento superior de sobrado.
115
Figura – Escada em balanço
com peças pré-fabricadas
de concreto.
116
Figura – Vigas baldrames de
residência com três fiadas de
tijolos revestidos com
argamassa impermeabilizante.
117
Figura – Produto aplicado nos
tijolos sobre as vigas
baldrames.
118
Figura – Detalhe dos tijolos
sobre as vigas baldrames.
119
Figura – Corte em viga para
passagem de tubulação.
120
Figura – Detalhe da escada e
vigas do pavimento superior.
121
Figura – Vigamento do pavimento superior do sobrado.
122
Figura – Vigas na fachada do
sobrado em construção.
123
Figura – Detalhe de vigas e
viga com mudança de direção.
124
Figura – Verga feita como viga
de concreto e viga invertida na
base da parede.
125
Figura – Viga com mudança
de direção e blocos com furos
na vertical sobre abertura.
126
Figura – Fachada de sobrado.
127
Figura – Viga com mudança
de direção e viga para apoio de
telhado.
128
Figura – Vigamento e detalhe
de escada.
129
Figura – Pequena laje em
balanço e pilar com seção
exagerada.
130
Figura – Vigamento do pav.
superior de sobrado.
131
Figura – Fachada de sobrado.
132
Figura – Detalhe dos degraus
da escada apoiados no
centro.
133
Figura – Detalhes da escada.
134
Figura – Vigamento da
varanda com pilares circulares
em concreto aparente.
135
Figura – Vigamento do
sobrado e tubulações de água
e esgoto.
136
Figura – Vigamento de pavimento de
edifício com lajes maciças (vigas
apoiadas sobre vigas).
137
Figura – Vigas em balanço do edifício com lajes maciças.
138
Figura – Exemplo de viga em concreto aparente. 139
c) Pilar
- “São elementos lineares de eixo reto, usualmente
dispostos na vertical, em que as forças normais de
compressão são preponderantes”.
- Transmitem as ações às fundações, mas podem
também transmitir para outros elementos de apoio.
- As ações são provenientes geralmente das vigas, bem
como de lajes também.
- São os elementos estruturais de maior importância nas
estruturas (capacidade resistente dos edifícios e
segurança).
- Comumente fazem parte do sistema de
contraventamento responsável por garantir a
Estabilidade Global dos edifícios às ações verticais e
horizontais.
140
Figura - Pilar.
141
Figura – Armadura de pilar.
142
Figura – Pilar de edifício.
http://www.ufrgs.br/eso/content/?m=201109
143
Figura – Pilar de edifício.
http://blog.construtoralaguna.com.br/soul-batel-soho/page/3/ 144
Figura – Pilares em
construção.
145
Figura – Pilares em construção.
146
Figura – Pilares em edifício.
http://www.ufrgs.br/eso/content/?m=201109
147
Figura – Armação junto ao pilar.
148
Figura – Primeiro lance de pilar
de edifício.
http://www.skyscrapercity.com/
showthread.php?t=756068&page=111
149
Figura – Primeiro lance de pilar
de edifício.
http://www.skyscrapercity.com/
showthread.php?
150
t=756068&page=111
Figura – Pilares em edifício.
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=756068&page=111 151
Figura – Pilares em
construção com fôrmas pré-
fabricadas e cura com sacos de
pano úmidos.
152
Figura – Concretagem de pilar com auxílio de
caminhão com guincho.
153
Figura – Detalhe de pilares em
edifícios.
154
Figura – Pilar moldado com fôrma de papelão
e pilar sob estrutura metálica.
155
Figura – Estrutura de concreto armado de edifício
de vários pavimentos. 156
Figura – Detalhe da estrutura do edifício.
157
Figura – Detalhe da tela para
ligação dos pilares com as
paredes de alvenaria.
158
Figura – Detalhes de utilização
de telas de aço para ligação
dos pilares com a alvenaria.
159
Figura – Detalhes de utilização
de telas de aço para ligação
dos pilares com a alvenaria.
160
Figura – Vinculação de vigas com pilar no
pavimento tipo de edifício.
161
Figura – Exemplos de pilares. 162
Figura – Exemplos de pilares.
163
Figura – Pilar de edifício de pavimentos.
164
d) Bloco de Fundação
166
Figura – Desenho de tubulão.
167
Figura – Visão de um tubulão já executado.
168
Figura – Armação de bloco de fundação.
http://osgavioescivil.blogspot.com.br/2012/05/armacao-das-estacas.html 169
Figura – Desenho de
blocos sobre três, quatro e
cinco estacas.
170
Figura – Bloco sobre uma estaca.
https://sites.google.com/site/obra20072/oitavavisita 171
Figura – Esquema dos blocos sobre estaca da edificação.
172
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=756068&page=111
Figura – Esquema dos blocos sobre estaca da edificação.
173
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=756068&page=111
Figura - Bloco com 44 m3 de concreto e 3820 kg de aço.
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=756068&page=111 174
Figura - Bloco com 60 m3 de concreto e 6360 kg de aço.
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=756068&page=111 175
Figura – Blocos de fundação e vigas de equilíbrio.
http://blog.construtoralaguna.com.br/soul-batel-soho/page/3/ 176
Figura – Armação de bloco sobre estaca.
http://jasmimdosacores.blogspot.com.br/2010/12/poco-do-elevadorservico-parachocho.html
177
Figura – Armação de bloco sobre estaca.
http://residencialvivendasdoatlantico.blogspot.com.br/
2012/02/bloco-de-fundacao-cuidados-importantes.html 178
Figura – Vista de blocos de fundação.
http://www.cimentoitambe.com.br/itambe-utiliza-formas-de-blocos-
de-concreto-na-fundacao-de-seu-novo-moinho/ 179
Figura – Armação de bloco sobre estaca.
http://juuuninho.blogspot.com.br/ 180
Figura - Ed. com 44 pav.
(Curitiba), bloco de
fundação com 3 m de
altura, 800 m3 de concreto
e 120 t de aço.
181
http://www.consultoriaeanalise.com/2012/10/concretagem-de-bloco-de-fundacao-com.html
Figura – Bloco sobre quatro
estacas.
182
Figura – Bloco sobre três estacas.
183
Figura – Bloco sobre uma
estaca.
184
Figura – Escavação manual da
base de tubulão de edifício.
185
Figura – Escavação
mecanizada de fuste de
tubulão.
186
Figura – Armadura do fuste
do tubulão e concretagedo
fuste com adição de
matacões de basalto no
concreto.
187
Figura – Vista geral e
concretagem do fuste do
tubulão.
188
Figura – Vibração do
concreto do fuste do
tubulão.
189
Figura – Posicionamento das barras de vinculação da
armadura do pilar com o topo do fuste
(chamada armadura de espera).
190
Figura – Bloco de fundação.
191
http://www.sepais.com.br/site/lerConteudo.php?id_noticia=507
e) Sapata
194
Figura – Sapatas isoladas.
195
Figura – Sapata isolada.
196
Figura – Sapata de fundação.
http://www.geodactha.com.br/obras/tiberio1.htm 197
Figura – Sapatas em
construção para edifício.
http://www.geodactha.com.br/obras/pse1.htm 198
Figura – Sapatas em
construção para edifício.
http://www.geodactha.com.br/obras/seisamester5.htm 199
MATERIAIS COMPONENTES DO
CONCRETO ARMADO
CONCRETO
200
Massa Específica
Se a massa específica real do concreto
simples não for conhecida, pode-se adotar
2.400 kg/m3.
201
Resistência à Compressão
Concretos com classes de resistência à
compressão dos Grupos I e II (NBR 8953):
2F
f ct ,sp
dh
F
sp vem de “splitting” F
de compressão diametral. l ll
F
Resistência do Concreto à Tração
P
f ct ,f 2
bh
206
A resistência à tração máxima na flexão é
também chamada “módulo de ruptura”.
208
Na falta de valores para fct,sp e fct,f , a
resistência média à tração direta pode ser
avaliada por meio de expressões:
f ct , m 0,3 3 f ck 2
209
b) para concretos de classes C55 até C90
210
Módulo de Elasticidade
O módulo de elasticidade (ou módulo de
deformação longitudinal), é um parâmetro
relativo à deformabilidade do concreto sob
tensões de compressão.
Eci = tg ’
Ecs = tg ’’
E ci E 5600 f ck
1/ 3
3 f ck
E ci 21,5 . 10 E 1,25
10
214
Módulo de Elasticidade
O módulo de elasticidade secante a ser
utilizado nas análises elásticas de projeto,
especialmente para determinação de
esforços solicitantes e verificação de
Estados-Limites de Serviço, pode ser obtido
por ensaio ou estimado pela expressão:
E cs i E ci
f ck
i 0,8 0,2 1,0
80 215
Diagrama Tensão-Deformação do
Concreto à Compressão
Para o dimensionamento de seções transver-
sais de peças de Concreto Armado no
Estado-Limite Último (ELU) deve ser utilizado
o diagrama tensão-deformação à compres-
são, composto por uma parábola do 2º grau e
de uma reta entre as deformações 2 ‰ e 3,5
‰ (ou cu), para os concretos do Grupo I.
216
a) para concretos de classes até C50
c
f ck
0,85 fcd
c
2‰ 3,5 ‰
90 f ck
4
cu 2,6 ‰ 35 ‰
100
219
No caso de concretos de baixa e média resistência, a
resistência máxima é alcançada com deformações de
encurtamento que variam de 2 ‰ a 2,5 ‰ .
MPa MPa
c c
fc fc = 50
50 50
fc = 50
40 40
fc = 38
fc = 38
30 30
fc = 25
fc = 25
20 20
fc = 18
10 fc = 18 10
0 c 0 c
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3
( ‰) ( ‰)
a) b)
Figura – Diagramas x de concretos com diferentes
resistências: a) velocidade de deformação constante; b)
velocidade de carregamento constante. 220
A deformação máxima de 3,5 ‰ é convencional
e foi escolhida entre valores que podem variar
desde 2 ‰ para seção transversal com a linha
neutra (LN) fora da seção transversal, até 5 ‰
para seções triangulares.
A deformação última de 3,5 ‰ indica que nas
fibras mais comprimidas a máxima deformação
de encurtamento que o concreto pode ter é de
3,5 mm em cada metro de extensão da peça.
Convenciona-se que, ao atingir esta defor-
mação, o concreto estaria na iminência de
romper por esmagamento (ELU).
221
O fator 0,85 é devido ao efeito Rüsch:
“Quanto maior é o tempo de carregamento para
se alcançar a ruptura, menor é a resistência do
concreto”, ou “é a diminuição da resistência do
concreto com o aumento do tempo na aplicação da
carga”.
c
1,0
fc
t = duração do carregamento
0,8
0,6
0,4
0,2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 c ( ‰)
223
Deformação por Variação de Temperatura
cc,
cc
ci
ci
t0 tempo
228
Figura – Fluência e deformação imediata.
Fluência (Deformação Lenta)
A deformação que antecede a deformação
por fluência é chamada “deformação
imediata” (ci), que é aquela que ocorre
imediatamente após a aplicação das primeiras
tensões de compressão no concreto, devida
basicamente à acomodação dos cristais que
constituem a parte sólida do concreto.
229
Os fatores que mais influem na fluência:
Fios - CA-60.
232
Tipos de Superfície
Pode ser lisa (geralmente o CA-25),
nervurada (com nervuras ou mossas – CA-
50) ou entalhada (pode ser o CA-60), com a
rugosidade medida pelo coeficiente de
aderência (η1).
234
234
Figura – Nervuras na superfície das barras, com identificação do
fabricante e da categoria do aço. (Fotografia do Autor)
235
235
Figura – Barras longitudinais e estribos de viga.
(Fotografias do Autor) 236
236
Características Geométricas
Comprimento = barras de 12 m e outras
formas, como rolos.
239
239
Diagrama Tensão-Deformação
s s
fy fy
0,7fy
y s 2‰ s
240
Diagrama simplificado para cálculo nos
Estados-Limites Último e de Serviço:
f yd
yd
Es
243
Tela soldada
Figura – Tela
soldada
(Catálogos
Arcelor Mittal).
244
Arame recozido
Figura – Arame
duplo recozido
(Catálogos Arcelor
Mittal).
245
Arame recozido
247
As estruturas de concreto, delineadas
pelo projeto estrutural, devem obrigato-
riamente apresentar:
248
b) Desempenho em Serviço: “Consiste
na capacidade da estrutura manter-se em
condições plenas de utilização durante sua
vida útil, não podendo apresentar danos
que comprometam em parte ou totalmente
o uso para o qual foi projetada.”
c) Durabilidade: “Consiste na capacidade
de a estrutura resistir às influências
ambientais previstas e definidas em
conjunto pelo autor do projeto estrutural e
pelo contratante, no início dos trabalhos de
elaboração do projeto.”
249
“Por vida útil de projeto, entende-se o
período de tempo durante o qual se
mantêm as características das estru-
turas de concreto, sem intervenções
significativas, desde que atendidos os
requisitos de uso e manutenção
prescritos pelo projetista e pelo
construtor, conforme 7.8 e 25.3, bem
como de execução dos reparos
necessários decorrentes de danos
acidentais.” (NBR 6118/14, item 6.2.1).
250
O projeto estrutural deve ser feito de
forma a atender aos três requisitos, bem
como considerar as condições arquite-
tônicas, funcionais, construtivas, de
integração com os demais projetos
(elétrico, hidráulico, ar-condicionado e
outros), e exigências particulares, como
resistência a explosões, ao impacto, aos
sismos, ou ainda relativas à estanquei-
dade e ao isolamento térmico ou
acústico.
251
O projeto estrutural pode ser conferido por
um profissional habilitado, de responsa-
bilidade do contratante. A conferência ou
avaliação da conformidade do projeto deve
ser realizada antes da fase de construção e,
de preferência, simultaneamente com o
projeto, como condição essencial para que
os resultados da conferência se tornem
efetivos e possam ser aproveitados. Na
seção 25 da NBR 6118 encontram-se os
critérios de aceitação do projeto, do
recebimento do concreto e do aço, entre
outros. 252
O projeto estrutural
deve proporcionar as
informações
necessárias para a
execução da
estrutura, sendo
constituído por
desenhos,
especificações e
critérios de projeto.
Figura – Exemplo de
armação de pilares.
253
Figura – Exemplo de planta de fôrma de projeto estrutural.
Figura – Exemplo de legenda e informações de projeto. 255
Figura 16 – Detalhe de parte da planta de fôrma do pavimento de um edifício.256
DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS
DE CONCRETO
259
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO
DO CONCRETO
263
A frente de carbonatação, ao atingir a
armadura, destrói o filme protetor,
possibilitando o início da corrosão da
armadura, que ocorre com expansão de
volume e leva ao surgimento de fissuras,
descolamento do concreto de cobrimento
aderente à armadura, e principalmente a
redução da área de armadura.
A corrosão obriga à necessidade de
reparos nas peças, com sérios prejuízos
estéticos e financeiros.
264
A espessura do cobrimento e a
qualidade do concreto são os
principais fatores para a proteção das
armaduras, ao se interpor entre o meio
corrosivo e agressivo e a armadura,
evitando que a frente de carbonatação
alcance as armaduras.
265
b) despassivação por ação de cloretos:
“Consiste na ruptura local da camada de
passivação, causada por elevado teor de íon-
cloro. As medidas preventivas consistem em
dificultar o ingresso dos agentes agressivos
ao interior do concreto. O cobrimento das
armaduras e o controle da fissuração
minimizam este efeito, sendo recomendável o
uso de um concreto de pequena porosidade.
O uso de cimento composto com adição de
escória ou material pozolânico é também
recomendável nestes casos.”
266
O cobrimento da armadura é uma ação
isolante, ou de barreira, sendo exercida pelo
concreto interpondo-se entre o meio corrosivo e
a armadura, principalmente em se tratando de
um concreto bem dosado, muito pouco
permeável, compacto e apresentando uma
espessura adequada de cobrimento.
Figura – Cobrimento da
armadura.
267
267
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO
DA ESTRUTURA
“São todos aqueles relacionados às
ações mecânicas, movimentações de
origem térmica, impactos, ações cíclicas,
retração, fluência e relaxação, bem
como as diversas ações que atuam
sobre a estrutura.” (NBR 6118/14, item
6.3.4).
268
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO
DA ESTRUTURA
272
AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE
273
Tabela 3.1 - Classes de agressividade ambiental
(Tabela 6.1 da NBR 6118/14).
Classe de Classificação geral do
Risco de deterioração da
agressividade Agressividade tipo de ambiente
estrutura
Ambiental para efeito de Projeto
Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
II Moderada Urbana1, 2 Pequeno
Marinha1
III Forte Grande
Industrial1, 2
Industrial1, 3
IV Muito forte Elevado
Respingos de maré
NOTAS: 1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma classe
acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de
apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com
argamassa e pintura).
2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras em regiões
de clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65 %, partes da estrutura
protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde raramente chove.
3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em
indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.
274
QUALIDADE DO CONCRETO
DE COBRIMENTO
275
Tabela 3.2 - Correspondência entre classe de
agressividade e qualidade do concreto armado
(Tabela 7.1 da NBR 6118/14).
Classe de agressividade ambiental (CAA)
Concreto
I II III IV
Relação
água/cimento ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
em massa
Classe de concreto
≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40
(NBR 8953)
276
ESPESSURA DO COBRIMENTO DA
ARMADURA
Cobrimento de armadura é a espessura da
camada de concreto responsável pela proteção
da armadura em um elemento. Essa camada
inicia-se a partir da face mais externa da barra
de aço e se estende até a superfície externa do
elemento em contato com o meio ambiente.
Figura – Cobrimento
da armadura. 277
Para garantir o cobrimento mínimo (cmín) o
projeto e a execução devem considerar o
cobrimento nominal (cnom):
c nom c mín c
c nom barra
c nom feixe n n
É o “estado-limite relacionado ao
colapso, ou a qualquer outra forma de
ruína estrutural, que determine a
paralisação do uso da estrutura.” (NBR
6118/14, 3.2.1).
283
Estados-Limites Últimos que devem
verificados:
286
ESTADOS-LIMITES DE SERVIÇO (ELS)
287
Os Estados-Limites de Serviço definidos
são:
a) Estado-limite de formação de
fissuras (ELS-F): Estado em que se
inicia a formação de fissuras. Admite-se
que este Estado-Limite é atingido
quando a tensão de tração máxima na
seção transversal for igual a resistência
do concreto à tração na flexão (fct,f);
288
b) Estado-limite de abertura das
fissuras (ELS-W): este Estado é
alcançado quando as fissuras têm
aberturas iguais aos valores máximos
especificados pela norma no item
13.4.2. As estruturas de Concreto
Armado trabalham fissuradas (uma
característica básica), porém, no projeto
estrutural as fissuras devem ser
controladas e ter aberturas pequenas,
não prejudiciais à estética e à dura-
bilidade;
289
c) Estado limite de deformações
excessivas (ELS-DEF): este Estado é
alcançado quando as deformações
(flechas por exemplo) atingem os limites
estabelecidos para a utilização normal,
dados em 13.3 da norma. Os elementos
fletidos, como vigas e lajes, apresentam
flechas em serviço. O cuidado que o
projetista estrutural deve ter é de limitar
as flechas a valores aceitáveis, que não
causem insegurança aos usuários nem
prejudiquem a estética;
290
d) Estado limite de vibrações exces-
sivas (ELS-VE): este Estado é alcançado
quando as vibrações atingem os limites
estabelecidos para a utilização normal da
construção. O projetista deverá limitar as
vibrações de tal modo que não
prejudiquem o conforto dos usuários na
utilização das estruturas.
291
e) Estado-Limite de Descompressão
(ELS-D)
f) Estado-Limite de Descompressão
Parcial (ELS-DP)
g) Estado-Limite de Compressão
Excessiva (ELS-CE)
292
A NBR 6118/14 estabelece que “as
resistências não podem ser menores que
as solicitações e devem ser verificadas em
relação a todos os Estados-Limites e todos
os carregamentos especificados para o tipo
de construção considerado, ou seja, em
qualquer caso deve ser respeitada a
condição:”
Rd ≥ Sd
Rd = resistência de cálculo;
Sd = solicitação de cálculo.
293
RESISTÊNCIAS CARACTERÍSTICAS E DE
CÁLCULO
CONCEITO DE VALOR CARACTERÍSTICO
Frequência
-
f = 415
s = 62 s = 62
30
20
10
0
430 f
470
270
310
350
390
510
550
590
Figura – Diagrama de frequências de um concreto
(RÜSCH, 1981). 294
f k f m 1,65 s
Frequência 5%
fk fm Resistência ( f )
1,65 s
Frequência
característico
2
Valor
f
- - R e sistê n c ia à co m p re s s ã o
f1 = f 2
Q u a n til d e 5 %
característico
2
Valor
f ck
f cd
c
299
RESISTÊNCIA DE CÁLCULO
DO CONCRETO
300
RESISTÊNCIA DE CÁLCULO
DO AÇO
f yk
f yd
s
301
Coeficientes de Ponderação
das Resistências
305
COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO
DAS AÇÕES
306
Tabela 3.5 - Coeficiente f = f1 . f3 no ELU
(Tabela 11.1 da NBR 6118).
Ações
Combinações de Permanentes Variáveis Protensão Recalques de
ações (g) (q) (p) apoio e retração
D F G T D F D F
1
Normais 1,4 1,0 1,4 1,2 1,2 0,9 1,2 0
Especiais ou de
1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0
construção
Excepcionais 1,2 1,0 1,0 0 1,2 0,9 0 0
onde: D é desfavorável, F é favorável, G representa as cargas variáveis em geral, T é temperatura.
1. “Para as cargas permanentes de pequena variabilidade, como o peso próprio das estruturas,
especialmente as pré-moldadas, esse coeficiente pode ser reduzido para 1,3.”
307
Tabela 3.6 - Valores do coeficiente f2 no ELU
(Tabela 11.2 da NBR 6118).
γf2
Ações
ψo ψ11 ψ2
Locais em que não há predominância de pesos de
equipamentos que permanecem fixos por longos
0,5 0,4 0,3
períodos de tempo, nem de elevadas concentrações
de pessoas2
Cargas acidentais
Locais em que há predominância de pesos de
de edifícios
equipamentos que permanecem fixos por longos
0,7 0,6 0,4
períodos de tempo, ou de elevada concentração de
pessoas3
Biblioteca, arquivos, oficinas e garagens 0,8 0,7 0,6
Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0
Variações uniformes de temperatura em relação à
Temperatura 0,6 0,5 0,3
média anual local
1. “Para os valores de ψ1 relativos às pontes e principalmente para os problemas de fadiga, ver seção 23.
2. Edifícios residenciais.
3. Edifícios comerciais, de escritórios, estações e edifícios públicos.”
308
Estado-Limite de Serviço (ELS)
310
-EstádioIa – o concreto resiste à tração com
diagrama triangular;
311
c c c c
Rcc
Rcc Rcc Rcc x
x
LN
d LN
h
As
Rct Rct
Rst Rst Rst Rst
bw t t t
Ia Ib II III
312