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SUBESTRUTURAS DE CONTRAVENTAMENTO
Subestruturas de contraventamentos sã o subestruturas presentes nas estruturas que devido a sua grande
rigidez lateral sã o responsáveis por resistir aos açõ es horizontais.
Elementos contraventados sã o aqueles cuja a finalidade é transmitir esforços gravitacionais para a fundaçã o.
Esses elementos nã o possuem capacidade resistente para as açõ es horizontais e nã o fazem parte das
subestruturas de contraventamento.
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural
SUBESTRUTURAS DE CONTRAVENTAMENTO
• A estabilidade lateral das estrutural é geralmente feita por duas ou mais subestruturas de contraventamentos.
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural
SUBESTRUTURAS DE CONTRAVENTAMENTO
Elementos isolado sã o os elementos que nã o fazem parte das subestruturas de contraventamentos mas que
possuem estabilidade para as açõ es laterais, possuem comportamento independente do restante da estrutura.
Paredes de cisalhamento e nú cleos de concreto sã o geralmente de concreto armado, têm forma plana e sã o
utilizadas para estabilizar os edifícios.
As açõ es horizontais sã o conduzidas até as
paredes de cisalhamento e os nú cleos de
concreto pelos conjuntos formados por lajes e
vigas, que trabalham como escoras e
funcionam praticamente como diafragmas
horizontais da edificaçã o
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural
ANÁLISE ESTRUTURAL
ANÁLISE ESTRUTURAL
Aná lise Elá stica de Primeira Ordem
ANÁLISE ESTRUTURAL
Ao se trabalhar com a geometria deformada, deve-se considerar os chamados efeitos global e local de
segunda ordem
ANÁLISE ESTRUTURAL
ANÁLISE ESTRUTURAL
▶ Método de Amplificação dos Esforços Solicitantes (MAES)
• É um método simplificado apresentado pela NBR 8800 (anexo D) pelo qual a aná lise de 2ª Ordem é simulada
por meio de análises de 1ª Ordem
• Pelo MAES, a estrutura analisada (estrutura original) é substituída pela soma das estruturas nt e lt
= +
Estrutura analisada com a devida Estrutura com carregamento total, mas Estrutura em que se aplicam as
combinaçã o de açõ es é substituída impedida de deslocar lateralmente, onde reaçõ es RSd, obtidas na estrutura nt,
pela soma das estruturas nt e lt. se obtém as reaçõ es de apoio fictícias RSd. aplicadas em sentido contrá rio
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ANÁLISE ESTRUTURAL
• A estrutura nt é instrumento para obtençã o do efeito local N-δ, e a estrutura lt, para obtençã o do efeito global
P-Δ, que decorre dos deslocamentos laterais dos nó s.
• O momento fletor, MSd, a força axial, NSd, e a força cortante, VSd, solicitantes de cálculo, em qualquer ponto da
estrutura analisada, sã o dados por:
ANÁLISE ESTRUTURAL
• B1 é um coeficiente de amplificaçã o para consideraçã o do efeito local N-δ no valor do M Sd B1M nt B2 M lt
momento fletor, aplicado apenas à estrutura nt;
N Sd N nt B2 Nlt
• O coeficiente de amplificaçã o B1 precisa ser calculado para todas as barras da VSd Vnt Vlt
estrutura. Se a soma das forças axiais Nnt,Sd e Nlt,Sd resultar em compressã o, tem-se:
ANÁLISE ESTRUTURAL
1,0
Cm M1
− Cm = coeficiente de equivalência de momentos: 0 , 60 0 , 40
M2
M 2 M1
- M1/M2 = relaçã o obtida na estrutura nt, no plano de flexã o, nas extremidades apoiadas da barra.
- A relaçã o é tomada como positiva quando os momentos provocarem curvatura reversa e negativa quando
provocarem curvatura simples, M1 = Mnt1; M2 = Mnt2)
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ANÁLISE ESTRUTURAL
Notar que:
→ Cada barra possui um coeficiente B1, que apesar de nã o ser constante ao
longo da barra, ele é tomado como seu valor máximo em toda a barra.
1,0 (tração)
C
m N Sd 1 N nt N lt
B1 1, 0 (compressão)
1 N Sd 1
Ne
→ B1 será maior quanto menor for a rigidez da barra, representado pela força axial de flambagem Ne
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ANÁLISE ESTRUTURAL
• B2 é um coeficiente de amplificaçã o para consideraçã o do efeito global P-Δ no valor do momento fletor e da força
axial, aplicado apenas à estrutura lt.
• Em estruturas espaciais a aná lise estrutural deve ser feita em todos os planos de trabalho.
1
B2
1 h PSd
1
Res h H sd
− PSd = carga gravitacional total que atua no andar considerado (incluindo contraventamentos e outros
elementos) obtida na estrutura original ou lt
− Res = coeficiente de ajuste que leva em conta o efeito local N-d na amplificaçã o de Dh
0 ,85 (quando pelo menos uma subestruturas de contraventamento na estrutura seja um pó rtico)
Res
1,0 (quando nenhuma subestruturas de contraventamento na estrutura é um pó rtico)
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ANÁLISE ESTRUTURAL
− Dh = deslocamento horizontal relativo entre os níveis superior e inferior do andar
considerado (deslocamento interpavimento), obtido da análise de 1ª ordem na 1
estrutura original ou estrutura lt, sendo tomado o maior valor entre eles. B2
1 h PSd
1
Res h H sd
− HSd = força cortante no andar considerado, produzida pelas forças horizontais de
cá lculo atuantes na estrutura lt (forças oriundas das reaçõ es de apoios fictícios)
− h = altura do andar.
Notar que:
→ B2 será maior quanto menor for a rigidez da estrutura a deslocamentos laterais, representada pela relaçã o
Dh/ HSd (maior relaçã o, menor rigidez)
ANÁLISE ESTRUTURAL
M Sd B1M est.orig.
N Sd N est.orig .
VSd Vest.orig.
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ANÁLISE ESTRUTURAL
▶ Imperfeições Iniciais
• Além de se considerar os efeitos local e global de 2ª ordem, na aná lise estrutural pode ser que seja também
necessá rio considerar os efeitos das imperfeiçõ es iniciais
− Imperfeiçõ es Geométricas
− Imperfeiçõ es de Material
Imperfeiçõ es Geométricas
• Para se levar em conta na aná lise estrutural o efeito das imperfeiçõ es geométricas deve-se supor em cada
andar um deslocamento horizontal relativo entre os níveis inferior e superior (deslocamento
interpavimento) de h/333 (h = altura do andar considerado)
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ANÁLISE ESTRUTURAL
▶ Imperfeições Iniciais
Imperfeiçõ es Geométricas
ANÁLISE ESTRUTURAL
▶ Imperfeições Iniciais
Imperfeiçõ es Geométricas
• O efeito dessas imperfeiçõ es pode ser levado em conta substituindo-se os deslocamentos interpavimentos
pelas forças nocionais correspondentes
• A força horizontal nocional e´ uma força fictícia igual a 0,3 % das cargas
gravitacionais de cá lculo atuantes nos pilares e em outros elementos
resistentes a cargas verticais no andar considerado.
0 ,3
Fn1 Pd11 Pd12 Pd13 Pd14
100
0 ,3
Fn 2 Pd 21 Pd 22 Pd 23 Pd 2 4
100
0 ,3
Fn3 Pd 31 Pd 32 Pd 33 Pd 34
100
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ANÁLISE ESTRUTURAL
▶ Imperfeições Iniciais
Imperfeiçõ es Geométricas
• As forças nocionais devem ser aplicadas em todas as direçõ es da estrutura, e em uma direçã o de cada vez.
Em cada direçã o, a força nocional de ser aplicada nos dois sentidos
• As forças nocionais nã o precisam se consideradas no cá lculo das reaçõ es horizontais de apoio para
dimensionamento de bases e pilares.
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ANÁLISE ESTRUTURAL
▶ Imperfeições Iniciais
Imperfeiçõ es de Material
• As imperfeiçõ es de material consideram que as barras solicitadas que compõ em a estrutura possuem
tensõ es residuais, podendo por isto sofrer escoamentos localizados que nã o sã o detectados na aná lise
elástica, o que pode provocar aumento dos deslocamentos na estrutura.
• A consideraçã o desse efeito pode ser feita na aná lise estrutural reduzindo a rigidez à flexã o (EI) e a
rigidez axial (EA) para 80% dos valores originais.
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− Pequena deslocabilidade
− Média deslocabilidade
− Grande deslocabilidade
O coeficiente B2 representa em cada andar da estrutura, em termos aproximados, a relaçã o entre o deslocamento
lateral obtido da aná lise de segunda ordem e o da aná lise de primeira ordem
PEQUENA DESLOCABILIDADE: quando em todos os seus andares, a relaçã o entre o deslocamento lateral do andar
relativo à base obtido na aná lise de 2ª Ordem e aquele obtido na aná lise de 1ª
Ordem, em todas as combinaçõ es ú ltimas de açõ es, for igual ou inferior a 1,1
2
1,1
1
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural
2
1,10 1, 40
1
GRANDE DESLOCABILIDADE: quando em pelo menos um dos andares, a relaçã o entre o deslocamentos laterais for
superior a 1,40
2
1, 40
1
A classificaçã o da estrutura deve ser obtida para as combinaçõ es ú ltimas em que os deslocamentos horizontais
provenientes das forças horizontais tenham os mesmos sentidos dos deslocamentos horizontais decorrentes das
cargas gravitacionais
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural
PEQUENA DESLOCABILIDADE:
− OPÇÃO 1: Realizar aná lise de 1ª Ordem (os efeitos globais de segunda ordem podem ser desconsiderados )
essa opçã o poderá ser usada desde que:
• As forças axiais solicitantes de cálculo das barras cuja rigidez à flexã o contribua para a estabilidade lateral da
estrutura, em todas as combinaçõ es de açõ es possíveis, nã o forem superior a 50% da força axial
correspondente ao escoamento ( produto da á rea bruta as seçã o transversal pela a resistência ao escoamento)
dessas barras.
N Sd 0 ,5 A f y
• Os efeitos das imperfeiçõ es geométricas iniciais sejam adicionadas à s respectivas combinaçõ es, inclusive
à quelas em que atuem açõ es variáveis devido ao vento
• Os efeitos locais de 2ª Ordem (P-d) devem ser considerados amplificando os momentos fletores pelo
coeficiente B1 obtido na estrutura original
PEQUENA DESLOCABILIDADE:
− OPÇÃO 2: Efetuar aná lise de 2ª Ordem, levando em conta os efeitos das imperfeiçõ es geométricas por meio da
consideraçã o em cada andar de um deslocamento horizontal relativo h/333 ou por meio da aplicaçã o,
em cada andar, de uma força nocional, exceto nas combinaçõ es de açõ es que atuem forças devido ao
vento.
Para verificaçã o dos ELS pode ser feita aná lise elá stica de 1ª Ordem.
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural
MÉ DIA DESLOCABILIDADE: Em via de regra, deve-se efetuar uma análise de 2ª Ordem para a determinaçã o
das solicitaçõ es de cálculo para a verificaçã o do estados-limites ú ltimos das
estruturas:
• Deve ser feita uma aná lise de segunda ordem para cada uma das possíveis combinaçõ es ú ltimas
de açõ es que podem solicitar a estrutura;
• Deve-se levar em conta o efeito das imperfeiçõ es iniciais geométricas por meio de forças nocionais,
exceto nas combinaçõ es de açõ es em que existam forças horizontais;
• Deve-se considerar o efeito das imperfeiçõ es iniciais de material usando as rigidezes reduzidas dos
componentes estruturais (80% das rigidezes originais).
Para verificaçã o dos ELS pode ser feita aná lise elá stica de 1ª Ordem.
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural
GRANDE DESLOCABILIDADE: Deve ser feita um aná lise rigorosa, levando-se em conta as nã o-linearidade
geométricas e de material
• A critério do projetista pode-se utilizar o procedimento de aná lise para estruturas de média
deslocabilidade, desde que se inclua os efeitos das imperfeiçõ es geométricas iniciais nas combinaçõ es
ú ltimas de açõ es em que atuem açõ es variáveis devido ao vento.
Para verificaçã o dos ELS devem ser considerados os efeitos globais e locais de 2ª Ordem.
COEFICIENTE DE FLAMBAGEM
− Se a aná lise de 2ª Ordem está sendo realizada, o coeficiente de flambagem por flexã o de barras axialmente
comprimidas que constituem subestruturas de contraventamento e dos elementos contraventados pode ser igual
a 1,0.
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural
• Na aná lise de primeira ordem é vá lido o princípio da superposiçã o dos efeitos, o que permite a opçã o de se
obter isoladamente as respostas da estrutura a cada açã o e combiná -las posteriormente
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural
• Se a aná lise de 2ª ordem for feita apenas com as subestruturas de contraventamento (situaçã o usual, ao utilizar o
MAES, em que as forças desestabilizantes dos elementos contraventados sã o computadas diretamente nas
subestruturas de contraventamento por meio do coeficiente B 2, via ΣPSd ), deve-se assegurar que as contençõ es
laterais tenham capacidade resistente suficiente para restringir perfeitamente a flambagem dos elementos
contraventados
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural
• Para atender ao requisito de capacidade resistente, as contençõ es laterais devem suportar uma força axial
solicitante de cá lculo cujo valor pode ser tomado como:
- ΣNcont,Sd = somató rio das forças axiais de compressã o solicitantes de cá lculo nos elementos comprimidos
travados, no ponto do travamento
1
red 0 ,5 1
m
• Em determinadas condiçõ es, deve-se adotar um valor mínimo de 75 kN para a força axial nas escoras,
conforme NBR 8800.
• As contençõ es laterais, além de suportar a força Nbr,Sd, nã o podem apresentar deformaçõ es elevadas, que
prejudicariam a eficiência do travamento, razã o pela qual devem possuir uma rigidez mínima, conforme NBR
8800.
• A análise estrutural de 2ª ordem, quando executada de acordo com um programa computacional rigoroso,
incluindo todos os componentes da estrutura e uma modelagem realística, fornece nas contençõ es laterais os
valores das forças desestabilizantes oriundas dos elementos contraventados, o que torna desnecessá rio o uso da
Equaçã o
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EXEMPL 01
EXEMPL 02
A estrutura a seguir pertence a uma edificaçã o de um pavimento, e é formada por uma subestrutura de
contraventamento (pilar em balanço AB) e por três elementos contraventados (elementos CD, EF e GH).
Nessa estrutura sã o previstas as seguintes açõ es características:
EXEMPL 02 – continuação
a) Obter, usando o Método da Amplificaçã o dos Esforços Solicitantes (MAES), no plano da estrutura, os esforços
solicitantes de cá lculo no nó A do pilar AB.
b) Verificar a aplicabilidade do método MAES.
c) Determinar os esforços solicitantes de cá lculo má ximos nos elementos contraventados.
d) Verificar se o deslocamento horizontal no topo da estrutura é aceitável, no que se refere ao conforto dos usuários.