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ECV 120 – Estruturas Metá licas

Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural

Profa.: Maila Aparecida Pereira da Silva


mailapereira@gmail.com
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural

Ao final deste tópico o estudante será capaz de:

- Diferenciar os tipos de aná lise estrutural;

- Aplicar o método MAES para obtençã o dos esforços na estrutura;

- Classificar a estrutura quanto a deslocabilidade.


Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural

SUBESTRUTURAS DE CONTRAVENTAMENTO
 Subestruturas de contraventamentos sã o subestruturas presentes nas estruturas que devido a sua grande
rigidez lateral sã o responsáveis por resistir aos açõ es horizontais.

• pó rticos em forma de treliça • pó rticos • paredes de cisalhamento ou


(sistemas treliçados) nú cleos de concreto

 Elementos contraventados sã o aqueles cuja a finalidade é transmitir esforços gravitacionais para a fundaçã o.
Esses elementos nã o possuem capacidade resistente para as açõ es horizontais e nã o fazem parte das
subestruturas de contraventamento.
Estabilidade Lateral e Aná lise Estrutural

SUBESTRUTURAS DE CONTRAVENTAMENTO

• A estabilidade lateral das estrutural é geralmente feita por duas ou mais subestruturas de contraventamentos.
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SUBESTRUTURAS DE CONTRAVENTAMENTO
 Elementos isolado sã o os elementos que nã o fazem parte das subestruturas de contraventamentos mas que
possuem estabilidade para as açõ es laterais, possuem comportamento independente do restante da estrutura.

 Paredes de cisalhamento e nú cleos de concreto sã o geralmente de concreto armado, têm forma plana e sã o
utilizadas para estabilizar os edifícios.
As açõ es horizontais sã o conduzidas até as
paredes de cisalhamento e os nú cleos de
concreto pelos conjuntos formados por lajes e
vigas, que trabalham como escoras e
funcionam praticamente como diafragmas
horizontais da edificaçã o
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ANÁLISE ESTRUTURAL

• A aná lise estrutural consiste em determinar os efeitos


das açõ es sobre a estrutura.

• Tais efeitos sã o geralmente os esforços solicitantes


em cada componente da estrutura e os
deslocamentos, portanto, a aná lise estrutural tem por
objetivo a verificaçã o dos Estados-Limites Ú ltimos e
de Serviço.

− Aná lise Elá stica de Primeira Ordem


− Aná lise Elá stica de Segunda Ordem
− Aná lise Elasto-plá stica
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ANÁLISE ESTRUTURAL
 Aná lise Elá stica de Primeira Ordem

• A aná lise é elá stica se os materiais que compõ em o elementos estrutural sã o


considerados sempre com comportamento elá stico

• A aná lise é de primeira ordem se as relaçõ es de equilíbrio sã o estabelecidas com


base na geometria indeformada da estrutura

 Aná lise Elá stica de Segunda Ordem

• Os materiais que compõ em o elementos estrutural sã o considerados sempre


com comportamento elá stico

• As relaçõ es de equilíbrio sã o estabelecidas com base na geometria deformada


da estrutura

• Essa aná lise é mais complexa pois a geometria deformada da estrutura nã o é


conhecida sendo necessá rio o emprego de um processo incremental-iterativo
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ANÁLISE ESTRUTURAL
Ao se trabalhar com a geometria deformada, deve-se considerar os chamados efeitos global e local de
segunda ordem

▶ Efeito Global de Segunda Ordem (Efeito P-D)


• É caracterizado pelas respostas decorrentes dos deslocamentos
horizontais relativos das extremidades das barras, submetidas à s
cargas verticais atuantes na estrutura.

→ Se os nó s da estrutura no primeiro andar (nível das vigas) se


deslocam de D1 considerando ca carga gravitacional total no andar:

M 0 ,1   P11,  P1,2  1   P2 ,1  P2 ,2  1   P3,1  P3,2  1

→ Se os nó s da estrutura no segundo andar (nível das vigas) se


deslocam de D2
Os momentos de 2ª ordem M0,1 e M0,2 podem tornar os
M 0 ,2   P1,2  P2 ,2  P3,2   2
valores dos esforços solicitantes (axial e momento
fletor) nas extremidades das barras mais elevados
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ANÁLISE ESTRUTURAL

▶ Efeito Local de Segunda Ordem (Efeito P-d ou N-d)

• É caracterizado pelas respostas decorrentes dos deslocamentos da


configuraçã o deformada de cada barra da estrutura submetida à sua pró pria
força axial.

• A força axial de compressã o N provoca aumento do momento fletor


nas seçõ es transversais situadas entre as duas extremidades da barra,
cujo valor má ximo é igual ao produto entre N e δ, em que δ é o
má ximo deslocamento transversal da barra

• O efeito local de segunda ordem afeta exclusivamente o valor do momento


fletor.
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ANÁLISE ESTRUTURAL
▶ Método de Amplificação dos Esforços Solicitantes (MAES)
• É um método simplificado apresentado pela NBR 8800 (anexo D) pelo qual a aná lise de 2ª Ordem é simulada
por meio de análises de 1ª Ordem
• Pelo MAES, a estrutura analisada (estrutura original) é substituída pela soma das estruturas nt e lt

= +

Estrutura analisada com a devida Estrutura com carregamento total, mas Estrutura em que se aplicam as
combinaçã o de açõ es é substituída impedida de deslocar lateralmente, onde reaçõ es RSd, obtidas na estrutura nt,
pela soma das estruturas nt e lt. se obtém as reaçõ es de apoio fictícias RSd. aplicadas em sentido contrá rio
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ANÁLISE ESTRUTURAL

• A estrutura nt é instrumento para obtençã o do efeito local N-δ, e a estrutura lt, para obtençã o do efeito global
P-Δ, que decorre dos deslocamentos laterais dos nó s.

• O momento fletor, MSd, a força axial, NSd, e a força cortante, VSd, solicitantes de cálculo, em qualquer ponto da
estrutura analisada, sã o dados por:

M Sd  B1M nt  B2 M lt − Mnt, Nnt e Vnt = sã o respectivamente, o momento fletor, a


N Sd  N nt  B2 Nlt força axial e a força cortante solicitante de cá lculo,
VSd  Vnt  Vlt
obtidos por aná lise de 1ª ordem na Estrutura nt.

− Mlt, Nlt e Vlt = sã o o momento fletor, a força axial e a força


cortante solicitante de cá lculo, obtidos por aná lise de 1ª
ordem na Estrutura lt.

− B1 = coeficiente que leva em conta o efeito N-d

− B2 = coeficiente que leva em conta o efeito P-D


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ANÁLISE ESTRUTURAL
• B1 é um coeficiente de amplificaçã o para consideraçã o do efeito local N-δ no valor do M Sd  B1M nt  B2 M lt
momento fletor, aplicado apenas à estrutura nt;
N Sd  N nt  B2 Nlt
• O coeficiente de amplificaçã o B1 precisa ser calculado para todas as barras da VSd  Vnt  Vlt
estrutura. Se a soma das forças axiais Nnt,Sd e Nlt,Sd resultar em compressã o, tem-se:

− Ne = força axial que provoca flambagem elá stica por flexã o da


 1, 0 (tração)
 C barra no plano de atuaçã o do momento fletor, calculado com
 m
B1    1, 0 (compressão) comprimento real da barra:
N
1  Sd 1
 Ne  2 EI
Ne 
L2

− NSd1 = força axial de compressã o solicitante na barra considerada, é o


N Sd 1  N nt  N lt
somató rio da força de compressã o na estrutura nt e lt:
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ANÁLISE ESTRUTURAL
1,0

Cm   M1
− Cm = coeficiente de equivalência de momentos:  0 , 60  0 , 40
 M2
M 2  M1

- M1/M2 = relaçã o obtida na estrutura nt, no plano de flexã o, nas extremidades apoiadas da barra.

- A relaçã o é tomada como positiva quando os momentos provocarem curvatura reversa e negativa quando
provocarem curvatura simples, M1 = Mnt1; M2 = Mnt2)
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ANÁLISE ESTRUTURAL
Notar que:
→ Cada barra possui um coeficiente B1, que apesar de nã o ser constante ao
longo da barra, ele é tomado como seu valor máximo em toda a barra.

→ B1 será maior quanto maior forem as forças de compressã o.

 1,0 (tração)
 C
 m N Sd 1  N nt  N lt
B1    1, 0 (compressão)
1  N Sd 1
 Ne

→ B1 será maior quanto maior for o deslocamento d que 1, 0



Cm   M1
depende do diagrama de momento fletor, representado 0 , 60  0 , 40
 M2
pelo coeficiente Cm. 

→ B1 será maior quanto menor for a rigidez da barra, representado pela força axial de flambagem Ne
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ANÁLISE ESTRUTURAL
• B2 é um coeficiente de amplificaçã o para consideraçã o do efeito global P-Δ no valor do momento fletor e da força
axial, aplicado apenas à estrutura lt.

• O coeficiente de amplificaçã o B2 precisa ser calculado para todos os andares da estrutura

• Em estruturas espaciais a aná lise estrutural deve ser feita em todos os planos de trabalho.

1
B2 
1  h  PSd
1
Res h  H sd

−  PSd = carga gravitacional total que atua no andar considerado (incluindo contraventamentos e outros
elementos) obtida na estrutura original ou lt
− Res = coeficiente de ajuste que leva em conta o efeito local N-d na amplificaçã o de Dh

0 ,85 (quando pelo menos uma subestruturas de contraventamento na estrutura seja um pó rtico)

Res  
1,0 (quando nenhuma subestruturas de contraventamento na estrutura é um pó rtico)

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ANÁLISE ESTRUTURAL
− Dh = deslocamento horizontal relativo entre os níveis superior e inferior do andar
considerado (deslocamento interpavimento), obtido da análise de 1ª ordem na 1
estrutura original ou estrutura lt, sendo tomado o maior valor entre eles. B2 
1  h  PSd
1
Res h  H sd
−  HSd = força cortante no andar considerado, produzida pelas forças horizontais de
cá lculo atuantes na estrutura lt (forças oriundas das reaçõ es de apoios fictícios)

− h = altura do andar.

 Notar que:

→ Cada andar possui um coeficiente B2,

→ B2 será maior quanto menor for a rigidez da estrutura a deslocamentos laterais, representada pela relaçã o
Dh/ HSd (maior relaçã o, menor rigidez)

→ B2 será maior quanto maior forem as forças gravitacionais

→ Dh/h fornece uma ideia da magnitude dos deslocamentos laterais da estrutura.


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ANÁLISE ESTRUTURAL

• Se a estrutura original for indeslocável


lateralmente, o efeito global de segunda ordem P-Δ
nã o existirá .

• Assim, se a estrutura estiver sendo analisada pelo


MAES, nã o faz sentido dividi-la em estrutura nt e
estrutura lt.

M Sd  B1M est.orig.
N Sd  N est.orig .
VSd  Vest.orig.
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ANÁLISE ESTRUTURAL

▶ Imperfeições Iniciais

• Além de se considerar os efeitos local e global de 2ª ordem, na aná lise estrutural pode ser que seja também
necessá rio considerar os efeitos das imperfeiçõ es iniciais

− Imperfeiçõ es Geométricas
− Imperfeiçõ es de Material

 Imperfeiçõ es Geométricas

• As imperfeiçõ es geométricas consideram possíveis desaprumos de montagem da estrutura

• Para se levar em conta na aná lise estrutural o efeito das imperfeiçõ es geométricas deve-se supor em cada
andar um deslocamento horizontal relativo entre os níveis inferior e superior (deslocamento
interpavimento) de h/333 (h = altura do andar considerado)
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ANÁLISE ESTRUTURAL

▶ Imperfeições Iniciais
 Imperfeiçõ es Geométricas

Deslocamento interpavimento de h/333


(h = altura do andar considerado
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ANÁLISE ESTRUTURAL

▶ Imperfeições Iniciais
 Imperfeiçõ es Geométricas
• O efeito dessas imperfeiçõ es pode ser levado em conta substituindo-se os deslocamentos interpavimentos
pelas forças nocionais correspondentes

• A força horizontal nocional e´ uma força fictícia igual a 0,3 % das cargas
gravitacionais de cá lculo atuantes nos pilares e em outros elementos
resistentes a cargas verticais no andar considerado.

0 ,3
Fn1   Pd11  Pd12  Pd13  Pd14 
100
0 ,3
Fn 2   Pd 21  Pd 22  Pd 23  Pd 2 4 
100
0 ,3
Fn3   Pd 31  Pd 32  Pd 33  Pd 34 
100
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ANÁLISE ESTRUTURAL

▶ Imperfeições Iniciais
 Imperfeiçõ es Geométricas
• As forças nocionais devem ser aplicadas em todas as direçõ es da estrutura, e em uma direçã o de cada vez.
Em cada direçã o, a força nocional de ser aplicada nos dois sentidos

• As forças nocionais nã o precisam se incluídas


em combinaçõ es de açõ es em que existam
forças horizontais.

• As forças nocionais nã o precisam se consideradas no cá lculo das reaçõ es horizontais de apoio para
dimensionamento de bases e pilares.
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ANÁLISE ESTRUTURAL

▶ Imperfeições Iniciais
 Imperfeiçõ es de Material
• As imperfeiçõ es de material consideram que as barras solicitadas que compõ em a estrutura possuem
tensõ es residuais, podendo por isto sofrer escoamentos localizados que nã o sã o detectados na aná lise
elástica, o que pode provocar aumento dos deslocamentos na estrutura.

• A consideraçã o desse efeito pode ser feita na aná lise estrutural reduzindo a rigidez à flexã o (EI) e a
rigidez axial (EA) para 80% dos valores originais.
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CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS

• A aná lise estrutural pode sofrer ajustes dependendo da classificaçã o


da estrutura quanto a sensibilidade a deslocamentos horizontais.

• A estrutura pode ser classificada como:

− Pequena deslocabilidade
− Média deslocabilidade
− Grande deslocabilidade

O coeficiente B2 representa em cada andar da estrutura, em termos aproximados, a relaçã o entre o deslocamento
lateral obtido da aná lise de segunda ordem e o da aná lise de primeira ordem

PEQUENA DESLOCABILIDADE: quando em todos os seus andares, a relaçã o entre o deslocamento lateral do andar
relativo à base obtido na aná lise de 2ª Ordem e aquele obtido na aná lise de 1ª
Ordem, em todas as combinaçõ es ú ltimas de açõ es, for igual ou inferior a 1,1
2
 1,1
1
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CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS

MÉ DIA DESLOCABILIDADE: quando em pelo menos um dos andares, a


relaçã o entre o deslocamentos laterais for
maior que 1,10 e menor ou igual a 1,40

2
1,10   1, 40
1

GRANDE DESLOCABILIDADE: quando em pelo menos um dos andares, a relaçã o entre o deslocamentos laterais for
superior a 1,40

2
 1, 40
1

A classificaçã o da estrutura deve ser obtida para as combinaçõ es ú ltimas em que os deslocamentos horizontais
provenientes das forças horizontais tenham os mesmos sentidos dos deslocamentos horizontais decorrentes das
cargas gravitacionais
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ANÁLISE ESTRUTURAL PARA ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS

PEQUENA DESLOCABILIDADE:

− OPÇÃO 1: Realizar aná lise de 1ª Ordem (os efeitos globais de segunda ordem podem ser desconsiderados )
essa opçã o poderá ser usada desde que:

• As forças axiais solicitantes de cálculo das barras cuja rigidez à flexã o contribua para a estabilidade lateral da
estrutura, em todas as combinaçõ es de açõ es possíveis, nã o forem superior a 50% da força axial
correspondente ao escoamento ( produto da á rea bruta as seçã o transversal pela a resistência ao escoamento)
dessas barras.
N Sd  0 ,5 A f y

• Os efeitos das imperfeiçõ es geométricas iniciais sejam adicionadas à s respectivas combinaçõ es, inclusive
à quelas em que atuem açõ es variáveis devido ao vento

• Os efeitos locais de 2ª Ordem (P-d) devem ser considerados amplificando os momentos fletores pelo
coeficiente B1 obtido na estrutura original

• Os efeitos P-D e das imperfeiçõ es de material nã o são levados em conta.


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ANÁLISE ESTRUTURAL PARA ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS

PEQUENA DESLOCABILIDADE:

− OPÇÃO 2: Efetuar aná lise de 2ª Ordem, levando em conta os efeitos das imperfeiçõ es geométricas por meio da
consideraçã o em cada andar de um deslocamento horizontal relativo h/333 ou por meio da aplicaçã o,
em cada andar, de uma força nocional, exceto nas combinaçõ es de açõ es que atuem forças devido ao
vento.

As imperfeiçõ es iniciais de material sã o desprezadas

 Para verificaçã o dos ELS pode ser feita aná lise elá stica de 1ª Ordem.
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ANÁLISE ESTRUTURAL PARA ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS

MÉ DIA DESLOCABILIDADE: Em via de regra, deve-se efetuar uma análise de 2ª Ordem para a determinaçã o
das solicitaçõ es de cálculo para a verificaçã o do estados-limites ú ltimos das
estruturas:

• Deve ser feita uma aná lise de segunda ordem para cada uma das possíveis combinaçõ es ú ltimas
de açõ es que podem solicitar a estrutura;

• Deve-se levar em conta o efeito das imperfeiçõ es iniciais geométricas por meio de forças nocionais,
exceto nas combinaçõ es de açõ es em que existam forças horizontais;

• Deve-se considerar o efeito das imperfeiçõ es iniciais de material usando as rigidezes reduzidas dos
componentes estruturais (80% das rigidezes originais).

 Para verificaçã o dos ELS pode ser feita aná lise elá stica de 1ª Ordem.
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ANÁLISE ESTRUTURAL PARA ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS

GRANDE DESLOCABILIDADE: Deve ser feita um aná lise rigorosa, levando-se em conta as nã o-linearidade
geométricas e de material

• A critério do projetista pode-se utilizar o procedimento de aná lise para estruturas de média
deslocabilidade, desde que se inclua os efeitos das imperfeiçõ es geométricas iniciais nas combinaçõ es
ú ltimas de açõ es em que atuem açõ es variáveis devido ao vento.

 Para verificaçã o dos ELS devem ser considerados os efeitos globais e locais de 2ª Ordem.

COEFICIENTE DE FLAMBAGEM

− Se a aná lise de 2ª Ordem está sendo realizada, o coeficiente de flambagem por flexã o de barras axialmente
comprimidas que constituem subestruturas de contraventamento e dos elementos contraventados pode ser igual
a 1,0.
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ANÁLISE ESTRUTURAL PARA ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS

ESTRUTURAS INDESLOCÁVEIS LATERALMENTE E SEM MOMENTOS FLETORES:

Em estruturas em que os deslocamentos laterais sã o muito


pequenos e nã o atuam momentos fletores nos elementos
estruturais pode-se efetuar aná lise de 1ª Ordem sem
considerar as imperfeiçõ es de material

• É o caso de treliças de piso ou de cobertura

• Na aná lise de primeira ordem é vá lido o princípio da superposiçã o dos efeitos, o que permite a opçã o de se
obter isoladamente as respostas da estrutura a cada açã o e combiná -las posteriormente
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ANÁLISE ESTRUTURAL PARA ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS

REQUISITOS PARA CONTENÇÕ ES LATERAIS

• Se a aná lise de 2ª ordem for feita apenas com as subestruturas de contraventamento (situaçã o usual, ao utilizar o
MAES, em que as forças desestabilizantes dos elementos contraventados sã o computadas diretamente nas
subestruturas de contraventamento por meio do coeficiente B 2, via ΣPSd ), deve-se assegurar que as contençõ es
laterais tenham capacidade resistente suficiente para restringir perfeitamente a flambagem dos elementos
contraventados
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ANÁLISE ESTRUTURAL PARA ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS

REQUISITOS PARA CONTENÇÕ ES LATERAIS

• Para atender ao requisito de capacidade resistente, as contençõ es laterais devem suportar uma força axial
solicitante de cá lculo cujo valor pode ser tomado como:

Nbr ,Sd   red 0, 01  N cont ,Sd 

- ΣNcont,Sd = somató rio das forças axiais de compressã o solicitantes de cá lculo nos elementos comprimidos
travados, no ponto do travamento

 1
 red  0 ,5 1  
 m

- m = nú mero de elementos travados


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ANÁLISE ESTRUTURAL PARA ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS

REQUISITOS PARA CONTENÇÕ ES LATERAIS

• A Equaçã o deve ser aplicada em diversas outras situaçõ es


Nbr ,Sd   red 0 ,01  N cont ,Sd 
relacionadas a travamento de componentes estruturais
comprimidos, inclusive nas mã os-francesas

• Em determinadas condiçõ es, deve-se adotar um valor mínimo de 75 kN para a força axial nas escoras,
conforme NBR 8800.

• As contençõ es laterais, além de suportar a força Nbr,Sd, nã o podem apresentar deformaçõ es elevadas, que
prejudicariam a eficiência do travamento, razã o pela qual devem possuir uma rigidez mínima, conforme NBR
8800.

• A análise estrutural de 2ª ordem, quando executada de acordo com um programa computacional rigoroso,
incluindo todos os componentes da estrutura e uma modelagem realística, fornece nas contençõ es laterais os
valores das forças desestabilizantes oriundas dos elementos contraventados, o que torna desnecessá rio o uso da
Equaçã o
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EXEMPL 01

O pó rtico plano, cujo modelo estrutural está mostrado na figura


é representativo do comportamento da estrutura de um edifício
e tem ligaçõ es rígidas entre vigas e os pilares. A estrutura está
sujeita a cargas permanentes G devidas ao peso da estrutura, de
paredes, de revestimento de piso, cargas Q devidas ao uso da
edificação e carga V de vento. Obter as solicitaçõ es de cá lculo
para o trecho A do pilar em destaque.

Dados: CVS (Ix =323,39 10-6 m4)


E = 200 000 MPa
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EXEMPL 02
A estrutura a seguir pertence a uma edificaçã o de um pavimento, e é formada por uma subestrutura de
contraventamento (pilar em balanço AB) e por três elementos contraventados (elementos CD, EF e GH).
Nessa estrutura sã o previstas as seguintes açõ es características:

• Pga,k – peso pró prio de


estruturas metá licas;
• Pge,k – peso pró prio de
elementos construtivos
industrializados;
• Psc,k – sobrecarga na
cobertura;
• qve,k – vento.
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EXEMPL 02 – continuação

Considerando a utilização normal da estrutura:

a) Obter, usando o Método da Amplificaçã o dos Esforços Solicitantes (MAES), no plano da estrutura, os esforços
solicitantes de cá lculo no nó A do pilar AB.
b) Verificar a aplicabilidade do método MAES.
c) Determinar os esforços solicitantes de cá lculo má ximos nos elementos contraventados.
d) Verificar se o deslocamento horizontal no topo da estrutura é aceitável, no que se refere ao conforto dos usuários.

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