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DIMENSIONAMENTO DE

PAVIMENTOS FLEXÍVEIS
MÉTODO DNER
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS
FLEXÍVEIS
 O método de dimensionamento de pavimentos flexíveis do antigo DNER
(Departamento Nacional de Estadas de Rodagem), atual DNIT ( Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes) é um método empírico, e tem
como base o método Americano, desenvolvido pelo Corpo de Engenheiros
Americanos, e adaptado pelo Engenheiro Murilo Lopes nos anos 1960, porém
ainda utilizado até os dias atuais.
 Também é chamado de Método do CBR.
VARIÁVEIS ENVOLVIDAS

 Número N: variável que representa o tráfego previsto ou estimado para a


rodovia em estudo, conforme visto em aulas anteriores, é obtido através de
estudos e levantamentos de tráfego, e tratado de forma técnica e estatística
até a obtenção do valor N, que indica um suposto número de repetições de
um eixo padrão de 8,2 Toneladas Força.
VARIÁVEIS ENVOLVIDAS

 CBR ou ISC (Índice de Suporte Califórnia) – Indica a resistência dos materiais a


serem utilizados na construção da estrutura da rodovia, os valores do CBR são
obtidos através de ensaios laboratoriais dos solos, conforme mostrado em
aulas anteriores e a disciplina de Mecânica dos Solos
O MÉTODO

 O método têm como premissa a substituição de materiais de qualidade


inferior por materiais que qualidade superior, tabelados e classificados
através de coeficientes estruturais, tendo como parâmetro a base de brita
graduada (camadas granulares).
COEFICIENTES ESTRUTURAIS
ESTRUTURA DO PAVIMENTO: REVESTIMENTOS
 O tipo e espessura do revestimento são escolhidos em função do número N,
conforme tabela, devendo ser obedecidas as espessuras mínimas:
ESTRUTURA DO PAVIMENTO
 As espessuras das demais camadas são obtidas através dos cálculos com as
seguintes inequações:
ESTRUTURA DO PAVIMENTO
 Consultando os valores de H20 , Hn e Hm no ábaco:
ESTRUTURA DO PAVIMENTO
 Considerando que, Quando se está dimensionando uma camada específica, o CBR
de entrada do ábaco é o valor de CBR da camada imediatamente abaixo daquela
que se está dimensionando.
 A consulta no ábaco se dá pelo valor de N, no eixo horizontal, subindo até o valor
do CBR considerado e levando à esquerda para encontrar o valor da espessura de
H20 , Hn ou Hm .
EXEMPLO
 Dimensionar um pavimento de uma estrada , em que N= 10³, e:
 CBR da base =60%;
 CBR da sub base = 20%;
 Material para reforço do subleito com CBR = 9% e
 CBR do subleito = 3%.
RESOLUÇÃO:
 1º passo: escolher o tipo de revestimento e espessura:
 Como temos N= 10³, pela tabela, escolhemos revestimento com tratamento
superficial duplo.
RESOLUÇÃO:
 2º passo: dimensionar a espessura da base:
 Através da inequação:

 Onde: R = espessura do revestimento =1,0 cm;


 KR = coeficiente estrutural do revestimento = 1,2;
 B = espessura da base (queremos calcular);
 KB = coeficiente estrutural da base = 1,0;
 H20 = ábaco = 17;

 Assim: B>= 14,16 cm : adotamos B=15 cm


RESOLUÇÃO:
 3º passo: dimensionar a espessura da sub base:
 Através da inequação:

 Onde: R = espessura do revestimento =1,0 cm;


 KR = coeficiente estrutural do revestimento = 1,2;
 B = espessura da base=15 cm;
 KB = coeficiente estrutural da base = 1,0;
 h20 = espessura da sub base que queremos calcular;
 k20 = coeficiente estrutural do material da sub base = 1,0;
 Hn = ábaco = 25;

 Assim: h20>= 8,8 cm : adotamos h20 =15 cm


RESOLUÇÃO:
 4º passo: dimensionar a espessura do reforço do subleito:
 Através da inequação:

 Onde: R = espessura do revestimento =1,0 cm;


 KR = coeficiente estrutural do revestimento = 1,2;
 B = espessura da base=15 cm;
 KB = coeficiente estrutural da base = 1,0;
 h20 = espessura da sub base = 15 cm;
 k20 = coeficiente estrutural do material da sub base = 1,0;
 hn = espessura do reforço que queremos calcular;
 kn = coeficiente estrutural do material do reforço = 1,0;
 Hm = ábaco = 43;
 Assim: hn>= 11,8 cm : adotamos hn=15 cm

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