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Materiais Betuminosos e Projetos de Misturas

Prof. Jorge Soares

Emulsões, ADP e Asfalto Espuma

2020.1
Tipos Básicos de Ligantes Asfálticos

CAP

Emulsão (EAP)
RR – RM – RL - RC ADP
Fabricação da Emulsão Asfáltica
Água
Asfalto Emulsificantes
Solvente Ácido

Fase Fase
ligante=145ºC aquosa=50ºC

Moinho
coloidal

Emulsão asfáltica
Emulsão Asfáltica

Suspensão coloidal e suspensão comum


Emulsões Asfálticas

FASE AQUOSA ACIDIFICADA


COM EMULSIFICANTES AMINADOS

CATIÔNICAS
Diferentes velocidades de ruptura;
MOINHO COLOIDAL PARA DISPERSÃO E FORMAÇÃO
rápida, média e lenta – RR, RM e RL DAS MICELAS EM DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO ADEQUADA
Exemplo de Emulsões
Fase Meio Nome do
Dispersa Dispersante Sistema

Sol sólido
Corantes Minerais

Sol ou
suspensão
Areia movediças - tintas

Aerosol
sólido
Fumaças
OS CONSTITUINTES
Emulsão
sólida
Opala
SÓLIDO LÍQUIDO GASOSO

Emulsão
Latex de Borracha - Leite

Aerosol
líquido
Atomizantes

Espuma
sólida Pedra-pomes

Espuma
Espumantes
Exemplo de Fábrica de Emulsão Asfáltica

(Maracanaú, CE)

Vista geral do galpão Tanques do produto acabado

Tanques da fase aquosa Tanques de CAP Moinho coloidal


Esquema do ensaio de carga de partícula de uma Emulsão Aniônica

Esquema do ensaio de carga de partícula de uma Emulsão Catiônica


Fatores que Afetam a Ruptura das
Emulsões
FATORES QUE RETARDAM FATORES QUE ACELERAM
A RUPTURA A RUPTURA
Emprego de um asfalto Emprego de um asfalto de
de alta viscosidade baixa viscosidade
(cimentos asfálticos) (asfaltos diluídos ou
fluxados)
Pequena concentração Concentração de
de asfalto asfalto elevada

Emprego de uma elevada Emprego de uma pequena


quantidade de emulsivo quantidade de emulsivo

Emprego de um emulsivo Emprego de um


aniônico emulsivo catiônico

Utilização de um material Utilização de um material


úmido pouco reativo e uma seco reativo e com alta
pequena superfície específica superfície específica
Temperatura ambiente. Temperatura ambiente.
Temperatura baixa dos Temperatura alta dos
agregados e da emulsão agregados e da emulsão

Ausência ou pequena
agitação das misturas Agitação intensa da mistura
emulsão + agregados emulsão + agregados
Ensaios de Laboratório em Emulsões
Asfálticas
Determinação da viscosidade Saybolt-Furol
(ABNT - NBR 14491)

Viscosímetro
recebendo a emulsão Frasco padrão

Medida do tempo
(viscosidade em SSF)
Ensaios de Laboratório em Emulsões
Asfálticas
Determinação de ruptura - Método
da mistura com cimento (DNER-
ME 07-94); ABNT NBR 6297:

Uma quantidade de 50g de cimento Portland


é misturada com 100g de emulsão de ruptura
lenta, adicionada água destilada, lavada e
peneirada.

Depois de seca em estufa calcula-se a % de


ruptura por diferença de peso.
Ensaios de Laboratório em Emulsões
Asfálticas
Determinação da sedimentação
(DNER-ME 06-94)
Ensaios de Laboratório em Emulsões
Asfálticas
Determinação do peneiramento
(DNER-ME 05-94)

Glóbulos retidos na peneira


Peneiramento
Ensaios de Laboratório em Emulsões
Asfálticas

Verificação do não
Determinação deslocamento da
película asfáltica que
da resistência à recobre o agregado
água – quando a mistura
adesividade agregado – asfalto
residual é imersa em
(ABNT NBR água a 40ºC durante
6300) 72 horas® análise
visual.
Ensaios de Laboratório em Emulsões
Asfálticas
Determinação da desemulsibilidade
(ABNT/IBP - MB 590)

Aerossol OT reagindo com emulsão


Ensaios de Laboratório em Emulsões
Asfálticas
Determinação da desemulsibilidade
(ABNT/IBP - MB 590)
Ensaios de Laboratório em Emulsões
Asfálticas
Determinação de pH (NBR 6299)
Ensaios de Laboratório em Emulsões
Asfálticas
Determinação do resíduo por evaporação (NBR 14376)

Aquecimento da Pesagem do resíduo


amostra

Resíduo (CAP)
Ensaios de Laboratório em Emulsões
Asfálticas
Determinação do resíduo por destilação
de emulsões asfálticas
Ensaios de Laboratório em Emulsões
Asfálticas

Determinação de carga de partícula


Aplicação de Emulsão

Imprimação
Microrrevestimento
asfáltico

Lama
Asfáltica Tratamento
superficial Reciclagem

Pré-misturado a
frio
Pinturas
de
ligação
Tratamento Superficial Duplo - TSD

Execução
Tratamento para Eliminação de Poeira
Tratamento Superficial
Tratamento Superficial
SERVIÇO DE IMPRIMAÇÃO
LAMA ASFÁLTICA
LAMA ASFÁLTICA
PINTURA DE LIGAÇÃO
SERVIÇOS DE PINTURA DE LIGAÇÃO
Micro revestimento Asfáltico a Frio
em Rodovia
MICRO REVESTIMENTO
Comparação com Lama Asfáltica - Desempenho
600,0 600,0

540,0 540,0

480,0 480,0

Adesão de Areia - LWT (g/m2)


Desgaste - WTAT (g/m2)

420,0 420,0

360,0 360,0

300,0 300,0

240,0 240,0

180,0 180,0

120,0 120,0

60,0 60,0

0,0 0,0
8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0
Teor de Emulsão (%)
BR-040 (Rio-Juiz de Fora)

Antes Após a aplicação do Micro


MICRO REVESTIMENTO
Wet Track Abrasion Test (WTAT)
Teor de ligante mínimo: f(perda máxima)
- 1 dia de imersão: 538g/m2
- 6 dias de imersão: 807g/m2

6mm espessura; 280mm diâmetro


MICRO REVESTIMENTO
Loaded Wheel Test (LWT)

1000 ciclos + 100 ciclos (com 300g areia)


Aumento de massa de 538g/m2
50mm largura
375mm comprimento
50mm largura; 375mm comprimento
MICRO REVESTIMENTO
Teste de Coesão (tempo de cura e abertura para tráfego)

Coesímetro Verificação do torque

Ensaio em andamento
MICRO REVESTIMENTO
Schulze-Breuer and Ruck test

Corpo de prova Confecção do C.P. Compactação do C.P.

Corpo de prova no tubo Tubo sendo colocado no Equipamento


com água equipamento
Asfalto Diluído de Petróleo (ADP)
CR-70 CR-250 CM-30

Imprimação de
bases de solos e
granulares

Base imprimada com CM-30


Por que se Usar Emulsão no
lugar de ADP?
Regulamentações
ambientais

Perda de produtos
valiosos

Segurança

Aplicação a
temperaturas
ambientes
Pesquisa na UFC – Rede Petrobras
Síntese da Metodologia
Materiais e Métodos
Imprimação pelo método da Cápsula
Ø Ensaio de penetração simplificado:
• Almeida et al. (2014).
Ø Taxa: 1,2 L/m²
Ø Umidades: Wót-2
Ø Penetração adotada como aceitável: entre 4 e 13 mm
• Dantas (1959);
• Nogami et al. (1989);
• Mantilla e Button (1994);
• Castro (2003);
• Duque Neto (2004);
• Rabêlo (2006).
Materiais e Métodos
Coesão superficial
ü Ensaio de coesão por torção, utilizando-se o coesímetro

ü Norma ISSA TB 139, que avalia a coesão em microrrevestimentos


preconiza 20 kgf.cm para liberação do tráfego.
ü Segundo a experiência de laboratório desta pesquisa decidiu-se adotar
10 kgf.cm para aceitação da coesão da imprimação.
Materiais e Métodos
Aderência (teste de arrancamento)

ü Com base na NBR 13528 decidiu-se adotar 34 kgf.cm


como aceitável para a aderência da imprimação.
Materiais e Métodos
Desgaste (WTAT e LWT)

WTAT ü Aceitável valores de desgaste < 538 g/m²


LWT

ü Segundo Duque Neto (2004)


Resultados dos Ensaios da Cápsula
18 100%
16 90%

14 80%

Coeficiente de Variação
70%
Penetração (mm)

12
60%
10
50%
8
40%
6
30%
4 20%
2 10%
0 0%
EMULPEN G8 G14 G15 G17 G18 CM-30
Ligantes na taxa de 1,2 L/m² - Wót-2

SOLO ARGILOSO SOLO ARENOSO


CV S ARENOSO CV S ARGILOSO
Resultados do Ensaio Marshall
16 100%

14 90%

Coeficiente de variação
80%
12
Penetração (mm)

70%
10 60%
8 50%

6 40%
30%
4
20%
2 10%
0 0%
EMULPEN G8 G14 G15 G17 G18 CM-30

Ligantes na taxa de 1,2 L/m² - Wót-2

SOLO ARGILOSO SOLO ARENOSO


CV S ARGILOSO CV S ARENOSO
Resultados do Ensaio de Coesão
Solo Argiloso

25 50%
45%
20 40%

Coeficiente de variação
Coesão (kgf.cm)

35%
15 30%
25%
10 20%
15%
5 10%
5%
0 0%
G8

0
)

)
EN


G1

G1

G1

-3
10

12
P

CM
UL

8(

8(
EM

G1

Ligantes na taxa de 1,2 L/m² - Wót-2 G1

24h 48h 72h CV 24h CV 48h CV 72h


Resultados do Ensaio de Coesão
25
Solo Arenoso 50%
45%
20 40%

Coeficiente de variação
35%
Coesão (kgf.cm)

15 30%
25%
10 20%
15%
5 10%
5%
0 0%

0
)

)
G8

7
EN

-3
G1

G1

G1

10

12
P

CM
UL

8(

8(
EM

G1

G1
Ligantes na taxa de 1,2 L/m² - Wót-2
24h 48h 72h CV 24h CV 48h CV 72h
Resultados de Arrancamento

90 100%

Coeficiente de variação
80%
Arrancamento (kgf.cm)

60
60%

40%
30

20%

00 0%
G15 G8 G17 G14 CM 30 G18 EMULPEN
Umidade (%)

Aderência S. Arenoso 1,2 L/m² Aderência S. Argiloso 1,2 L/m²


Coeficiente de variação Arenoso Coeficiente de variação Argiloso
Resultados de Desgaste WTAT

4500
4000
Desgaste (g/m²)

3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
G15 G8 G17 G18 G14 CM30 EMULPEN

Ligantes
ARENOSO ARGILOSO
Resultados de Desgaste LWT
Asfalto - Espuma de Asfalto
Esquema da câmara de expansão
(WIRTGEN, 2001)
Tambor Fresador/Misturador -
Espuma de Asfalto

água para a expansão asfalto quente

água para a
compactação
sentido de avanço
da obra

(INSTITUTO CHILENO DEL ASFALTO, 2002)


Barra de injeção da recicladora
com Espuma de Asfalto

(WIRTGEN, 2001)
Pré - Misturado a Frio
EQUIPAMENTOS: BETONEIRA
Usina de Pré - Misturado a Frio
DESCARGA DE MASSA NA VIA

ESPALHAMENTO COM
MOTONIVELADORA
ANEXOS:
Informações
complementares
Tipos Básicos de Ligantes Asfálticos
— Cimento asfáltico:
— mistura química complexa cuja composição varia com o
petróleo e processo de produção.

— Do seu peso molecular, 95% são hidrocarbonetos

— Para ser usado deve ser aquecido

— Cimento asfáltico de petróleo = CAP


Tipos Básicos de Ligantes Asfálticos
EMULSÃO ASFÁLTICA (EAP)

Dispersão do CAP em
água com o uso de
emulsificante e energia
mecânica.

Existem vários tipos,


identificadas pelo tempo
Devem ser usadas de ruptura, pela carga da
preferencialmente as partícula e pela finalidade.
catiônicas.
Tipos Básicos de
EMULSÕES ASFÁLTICAS (EAP)
EMULSÃO ASFÁLTICA (EAP)
— Pelo tempo de ruptura podem ser:
— RR = ruptura rápida Rapidez na liberação/menos densa/>vazios
— RM = ruptura média

— RL = ruptura lenta Demora na liberação/mais densa/<vazios


— RC = ruptura controlada

Existem ainda
emulsões para lama
asfáltica e
modificadas por
polímeros.
Tipos Básicos de Ligantes Asfálticos
ASFALTO DILUÍDO (ADP)

Denominação dada
segundo a velocidade de
evaporação do solvente:
Avaliado em relação à
Diluição de CAP em viscosidade cinemática.
derivados de petróleo cura rápida (CR) –
para permitir a solvente é a
utilização a gasolina ou a nafta;
temperatura ambiente. Ex: CM 30,
CR250.
cura média (CM)
– solvente é o
querosene.
Fabricação da Emulsão Asfáltica

Cimento asfáltico aquecido e água contendo um agente


emulsificador são passados sob pressão por um moinho coloidal
para produzir glóbulos pequenos de CAP que ficam suspensos na
água.

O agente emulsificador impõe uma carga elétrica à superfície dos


glóbulos de CAP, que faz estes se repelirem e não coalescer.

O processo de emulsificação quebra o asfalto em glóbulos, o que é


dificultado pela coesão interna e viscosidade do CAP e pela tensão
superficial que resiste à criação de novas interfaces.
Fabricação da Emulsão Asfáltica
Para obter uma emulsão é necessário:

agente mecânico que promove a


Uma energia de fragmentação da fase dispersa e a sua
dispersão:
consequente dispersão.

baixar a tensão interfacial


entre as duas fases,
facilitando a emulsificação;
agente físico-químico que
Um atende a uma dupla
emulsificante estabilizar a emulsão obtida
finalidade: fixando-se à periferia dos
grãos da fase dispersa,
impedindo assim que os
mesmos se juntem
(coalescência).
Emulsão Asfáltica

Uma dispersão é um sistema de várias fases, onde uma


é contínua (fase dispersante – líquida) e outra, pelo
menos, é finamente dividida e repartida (fase dispersa
ou descontínua). Entre as diferentes dispersões, existem
duas categorias exploradas no campo industrial: as
suspensões e as emulsões.

As emulsões têm maior


regularidade no tamanho e na
distribuição do grão do que as
suspensões comuns e grãos maiores
do que as soluções coloidais.
Emulsão Asfáltica

• O tamanho médio dos grãos de uma emulsão é da ordem de 1 mícron,


podendo o seu tamanho máximo atingir alguns mícrons. Enquanto nos
coloides é impossível a separação das micelas por meios mecânicos, a
exemplo das soluções moleculares, na emulsão isto é possível.

Suspensão coloidal e suspensão comum


Emulsão Asfáltica
Óleo e água podem formar emulsão, Esquema de preparação de
porém se separam rapidamente quando emulsão asfáltica
cessa a agitação.

EMULSÃO GROSSEIRA

As emulsões estáveis têm o emulsificante, FASE


OLEOSA
FASE OLEOSA

que previne ou retarda a separação das FASE


FASE AQUOSA

fases. AQUOSA

FENÔMENO DE
COALESCÊNCIA

AGENTE
QUÍMICO
As emulsões asfálticas são do tipo “óleo em EMULSIFICANTE

água” e constituídas por: EMULSÃO


ESTÁVEL
(GROSSEIRO)
Cimento asfáltico (60 a 70%), disperso em fase
aquosa, que é composta de ácido + emulsificante
(0,2 a 1%) + água + solvente.
Fabricação da Emulsão Asfáltica
Moinho coloidal

— Consiste de um rotor de alta velocidade que gira


entre 1000rpm a 6000rpm num stator. O
espaçamento entre o rotor e o stator é tipicamente
de 0,25mm a 0,50mm, ajustável.
— O asfalto aquecido e o emulsificante são colocados
no moinho simultaneamente. As temperaturas dos
componentes (100°C a 140°C do asfalto, < 90°C
da emulsão no final) variam com o tipo e
porcentagem de asfalto na emulsão, o tipo de
emulsificante, etc.

Exemplo de lab.
Exemplo de Fabrica de Emulsão
Asfáltica

Paulínea, SP
Fotos de Soares (2003)
Classificação das Emulsões

As emulsões asfálticas podem ser classificadas:

Quanto à carga da partícula, os dois


tipos mais comuns são:
• catiônicas
• aniônicas

Quanto ao tempo de ruptura


• ruptura rápida (RR)
• ruptura média (RM)
• ruptura lenta (RL).
Parâmetros da Emulsão Asfáltica (EAP)
As emulsões asfálticas catiônicas são divididas em três
categorias: emulsões de ruptura rápida, ruptura média e
ruptura lenta.
Parâmetros utilizados na classificação
Classificação das Emulsões
Classificadas de acordo com ruptura, viscosidade Saybolt Furol, teor de
solvente, desemulsibilidade, resíduo de destilação e quanto à utilização
em 7 tipos:

Teor mín. Viscosidade


Emulsão Tipo Vel. de Ruptura de resíduo Saybolt Desemulsibilidade
asfáltico Furol a 50oC
RR-1C Catiônica Rápida 62% entre 20 e 90s Superior a 50%
RR2-C Catiônica Rápida 67% entre 100 e 400s Superior a 50%
RM-1C Catiônica Média 62% entre 20 e 200s Inferior a 50%
RM-2C Catiônica Média 65% entre 100 e 400s Inferior a 50%
RL-1C Catiônica Lenta 60% máx de 70s -
LA-1C Catiônica - 58% máx de 100s -
LA-2C Catiônica - 58% máx de 100s -
Agente Emulsificante

Comportamento do
— Longa cadeia hidrocarbonada que emulsificante na emulsão
termina com um grupo funcional
catiônico ou aniônico. A parte
parafínica da molécula tem uma
afinidade pelo betume e a parte
iônica (polar) uma afinidade pela
água. O emulsificante não é apenas
um agente estabilizador, mas um
promotor de adesividade.
Esquema de Emulsões Aniônicas
Tipos de Emulsão quanto à Carga
(a) Aniônicas
§ São as mais antigas. Os glóbulos de asfalto são carregados negativamente.
Ao imergir dois eletrodos em uma emulsão aniônica (ensaio de
eletroforese), os grãos se dirigirão para o anodo (ensaio de carga de
partícula).

Esquema do ensaio de carga de partícula de uma Emulsão Aniônica


Tipos de Emulsão quanto à Carga
(b) Catiônicas
— Atualmente este tipo de emulsão é a mais empregada. Os glóbulos de asfalto são
carregados positivamente.
— Ao imergir dois eletrodos em uma emulsão catiônica, os grãos se dirigirão para o
catodo.
— O agente emulsificante utilizado é um sabão ácido (sal de amina resultante de uma
base fraca + ácido forte), por isto são chamadas emulsões ácidas.

Esquema do ensaio de carga de partícula de uma Emulsão Catiônica


Ruptura da Emulsão
Quando a emulsão entra em contato com o
agregado pétreo inicia-se o processo de Esquema de Coalescência na
ruptura da emulsão, que é a separação do
interface emulsão/agregado
CAP e da água, o que permite o
recobrimento do agregado por uma película
de asfalto. A água é liberada e evapora-se.

A ruptura da emulsão consiste na anulação


da camada de proteção dos grãos de asfalto
dispersos na água e se observa pela união dos
mesmos (coagulação ou floculação).

A velocidade de ruptura é função da composição química do


agente emulsificante e da sua dosagem na emulsão.
CONCEITOS IMPORTANTES

Convencionalmente, denomina-se por "penetração


invertida" o tratamento que e iniciado pela
aplicação do ligante. Já o termo "penetração direta"
foi introduzido para melhor identificar os
tratamentos executados em acostamentos com
emulsões de baixa viscosidade, em que há
necessidade de se iniciar por um espalhamento de
agregado para evitar o escorrimento do ligante.
Tratamento Superficial

As • proporcionar uma camada de


rolamento de pequena
principais espessura,
• porem de alta resistência contra
funções dos o desgaste;
• impermeabilizar o pavimento;
tratamentos • proteger a infraestrutura;

superficiais • proporcionar um pavimento


com revestimento
antiderrapante.
são:
Tratamento para Eliminação de Poeira
Tratamento Superficial
IMPRIMAÇÃO
Consiste na aplicação de uma camada de material asfáltico
sobre a superfície de uma base concluída, antes da execução de
um revestimento betuminoso.

Finalidade

• Aumentar a coesão superficial da base pela penetração


(absorção) do material asfáltico empregado (0,5 a 1,0 cm)
• Impermeabilizar a base
• Promover aderência entre a base e o revestimento.
SERVIÇO DE IMPRIMAÇÃO
LAMA ASFÁLTICA

• impermeabilizar revestimentos antigos, com


FINALIDADES

desgaste superficial;
• proteção de revestimentos recentes de graduação
aberta;
• selar fissuras e melhorar estética de pavimentos
antigos (rejuvenescimento superficial);
• eliminar problema de derrapagem, elevando o
coeficiente de atrito (pneu/ pavimento);
• construir revestimentos em vias de tráfego leve.
LAMA ASFÁLTICA

• À realização dos serviços em período chuvoso, sobre revestimento


EMPREGO
RESTRIÇÃO AO

asfáltico antigo com deficiência estrutural do pavimento, sobre


trincas (retráteis) do revestimento tipo “pele-de-jacaré” e sobre
pavimento com umidade nas camadas subjacentes;

• Sobre revestimentos asfálticos lisos (ou polidos) ou vias de alta


densidade de tráfego, recomenda-se a execução de pintura de
ligação, para evitar descolamentos da camada de lama asfáltica;

• Abertura ao trafego antes da cura camada;

• A compactação da camada sob precipitação de chuva


(desagregação total).
PINTURA DE LIGAÇÃO

• Consiste na aplicação de uma camada de


Finalidade
Definição /

ligante asfáltico e a formação de película


contínua sobre a superfície de base/solo-
cimento ou pavimento.

• Objetivo é promover aderência do novo


revestimento e a camada subjacente.
MICRO REVESTIMENTO
Revestimento selante constituído de argamassa pré-misturada de
emulsão asfáltica com polímero e agregados em usina móvel, com
faixas granulométricas de 04 a 20mm aplicados em 02 camadas.

• Liberação Rápida ao tráfego;


Vantagens

• Alta resistência aos esforços tangenciais;


• Maior atrito pneu / pavimento;
• Baixo custo;
• Uso urbano e rodoviário;
• Execução a frio ou a quente.
Micro revestimento Asfáltico a Frio
em Rodovia Pública
Micro revestimento Asfáltico a Frio
em Rodovia sob Concessão
Micro revestimento Asfáltico a Frio
em Rodovia sob Concessão
SISTEMA ANHANGUERA
- BANDEIRANTES – SP
-2001

RODOVIA COLINAS
SANTOS DUMONT – SP
-2001
MICRO REVESTIMENTO
MICRO REVESTIMENTO

Camada acabada

Aspecto da superfície
Após 2 horas de execução
Micro revestimento Asfáltico a Frio
em Via Urbana
MICRO REVESTIMENTO

Peneira Faixa II Faixa III Tolerância


% passante % passante
3/8 (9mm) 100 100
#4 (4,75mm) 90-100 70-90 ±5%
#8 (2,36mm) 65-90 45-70 ±5%
#16 (1,18mm) 45-70 28-50 ±5%
#30 (600µm) 30-50 19-34 ±5%
#50 (330µm) 18-30 12-25 ±4%
#100 (150µm) 10-21 7-18 ±3%
#200 (75µm) 5-15 5-15 ±2%
Asfalto Diluído de Petróleo (ADP)

Asfaltos diluídos são asfaltos líquidos


O contato do ADP com agregados
produzidos pela adição de solventes
de petróleo (ou diluentes) aos ou com o material de base provoca a
evaporação do solvente, deixando o
cimentos asfálticos para diminuir a
resíduo de cimento asfáltico na
viscosidade do CAP para aplicação a
temperaturas próximas da ambiente. superfície.
Asfalto Diluído de Petróleo (ADP)

Baseado na velocidade de evaporação, os ADP’s são


divididos em três grupos:

Cura rápida (CR) – produzido pela adição de um diluente leve de alta volatilidade
(geralmente gasolina ou nafta);

Cura média (CM) – produzido pela adição de um diluente médio de volatilidade


intermediária (querosene); usado para imprimação impermeabilizante;
Asfalto Diluído de Petróleo (ADP)
Em duas taxas de evaporação,
classificado por viscosidade a 60ºC:
§ de cura rápida: CR-70, CR-250;

§ de cura média: CM-30.

Em países desenvolvidos, seu uso em


imprimação está sendo substituído por
emulsões asfálticas devido a problemas
ambientais.

Imprimação de bases de solos


e granulares Base imprimada com CM-30
Asfalto Diluído de Petróleo (ADP)
Cada categoria apresenta tipos de diferentes viscosidades
cinemáticas em função da quantidade de diluente:
§ Os CR são constituídos pelos tipos: CR-70, CR-250;
§ Os CM pelos tipos CM-30 e CM-70.

A quantidade de cimento asfáltico e diluente usada na fabricação de


ADP varia com as características dos componentes, sendo, em
geral, em volume:
§ Tipo 30: 52% de asfalto e 48% de diluente;
§ Tipo 70: 63% de asfalto e 37% de diluente;
§ Tipo 250: 70% de asfalto e 30% de diluente.
Asfalto Diluído de Petróleo (ADP)
- APLICAÇÕES

• Recomenda-se o uso dos ADPs CM-30 • Sobre a superfície de bases não


Em serviços de imprimação

Pintura de ligação
- Não se fabrica mais no Brasil o CM- absorventes e não betuminosas pode
70. ser usado ADP CR-70
• Não se recomenda o uso de ADP CR, • Não há necessidade de penetração do
devido a penetração não adequada na material asfáltico aplicado, e sim de
base. cura mais rápida. A taxa de aplicação é
• A taxa de aplicação varia de 0,8 a em torno de 0,5l/m2.
1,4l/m2, devendo ser determinada
experimentalmente mediante absorção
pela base em 24 horas.
• O tempo de cura é geralmente de 48
horas, dependendo das condições
climáticas locais (temperatura, ventos,
etc.).
Por que se Usar Emulsão no
lugar de ADP?
As emulsões asfálticas vêm sendo cada vez mais usadas no lugar de
ADP devido a:

Regulamentações • emulsão não polui pois há uma pequena quantidade de


ambientais: voláteis (em relação ao ADP) que evapora além da água;

Perda de produtos • na cura do ADP, os diluentes, que demandam grande


valiosos: energia para serem produzidos, são perdidos para a
atmosfera;

• o uso de emulsão é seguro. Há pouco risco de incêndio


Segurança: comparando com ADP, que pode ter baixo ponto de
fulgor;

Aplicação a • emulsão pode ser aplicada a temperatura mais baixa


temperaturas comparativamente ao ADP, economizando combustível.
ambientes:
Asfalto - Espuma de Asfalto

— ESPUMA DE ASFALTO: “Mistura de asfalto, aquecido à aproximadamente


1800C, e água a temperatura ambiente” (WIRTGEN, 2001)

— ESPUMA DE ASFALTO: “Técnica de utilização do ligante asfáltico que


consiste em promover o encontro, sob condições apropriadas, entre o asfalto
aquecido a temperatura típica de utilização a quente, com água aspergida a
temperatura ambiente” (MOTTA et al., 2000)
Breve Histórico

1957:
Prof. Ladis 1960 e 1970:
Csanyi, Companhia Mobil 1990:
Universidade Oil Austrália Ltda Perda da validade
Estadual de Iowa, também das patentes.
USA, estabelece o desenvolve uma Grande surto de
conceito de tecnologia para aplicações
espuma de asfalto. esta nova forma coincidindo com o
de usar o CAP. desenvolvimento
da fresagem e
reciclagem.
Asfalto - Espuma de Asfalto
Equipamento piloto para gerar a espuma de asfalto para estudos de
laboratório (WLB 10 -WIRTGEN, 2001)
Como Age a Espuma de Asfalto?

Age formando um
mástique através do
contato do asfalto
espumado com as
partículas finas,
menores que 0,075mm
de diâmetro (material
passante na #200).
Propriedades Fundamentais
Espuma de Asfalto

TAXA DE EXPANSÃO

É a relação entre o volume máximo do CAP em estado de "espuma" e


o volume de CAP remanescente, após a espuma estar completamente
assente.

MEIA VIDA

É o tempo em segundos necessário para uma espuma regredir do seu


volume máximo até a metade deste volume.
Asfalto - Espuma de Asfalto
Taxa de expansão e meia vida
Asfalto - Espuma de Asfalto
Otimização da taxa de expansão e a meia vida
(WIRTGEN, 2001)
Fatores que Influenciam nas
Propriedades - Espuma de Asfalto
Temperatura do asfalto.

Quantidade de água adicionada ao asfalto.

Pressão sob a qual o asfalto é injetado na câmara de expansão:


baixas pressões (menores que 3 bar) afetam negativamente
tanto a taxa de expansão, como a meia vida.

Consistência do asfalto de origem.

Presença de agentes anti-espumantes, tais como, compostos


de silicone.
Principal Uso

— Reciclagem a frio “in situ” de


revestimento.

— Reciclagem a frio “in situ” de


revestimento e base com espuma de
asfalto e cimento.

— Mistura final será utilizada como


camada de base, recebendo uma nova
capa.
Esquema de Aplicação da Espuma
de Asfalto
Aplicação da espuma de asfalto no campo: fresadora recicladora com
câmara de expansão + caminhão de CAP+ caminhão de água
(WIRTGEN, 2001)
Pré Misturado a Frio - Produção
Aplicações em Rodoviárias a Frio
— EMULSÃO ASFÁLTICA – emulsão
de CAP (óleo) em água.

— ASFALTO DILUÍDO – CAP


diluído com querosene ou nafta.

— Usos:
1. tratamentos superficiais;
2. pré-misturados a frio;

3. imprimação de bases;
4. pintura de ligação

5. microrrevestimento.
Estocagem do Pré Misturado a Frio
Distribuição do Pré Misturado a Frio
com Acabadoras
Areia – Asfalto a Frio
Produção de massa de Tapa - Buraco
Serviço de Tapa - Buraco

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