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Eng: Mucambe
GENERALIDADES
Colheitas de amostras
Antes de se definirem as características principais dos materiais
betuminosos correctamente utilizados em trabalhos sobretudo de
pavimentação definem-se as regras gerais a observar na colheita das
amostras dos materiais betuminosos líquidos, sólidos e semi-sólidos.
Princípios gerais
As mãos do operador devem estar perfeitamente limpas:
Os recipientes isentos de pó, água, dissolventes, resíduos de soldadura, ferragem
ou outros indícios de corrosão.
Os recipientes para recolha de amostras não podem deteriorar-se durante o
manuseamento e transporte e devem ser feitos de material que não altere o
conteúdo.
Para a colheita de amostras de sólidos e semi-sólidos os recipientes devem ter
boca larga.
Depois da colheita os recipientes devem ser fechados hermeticamente e
marcados.
A colheita de amostras deve ser feita preferencialmente quando o material estiver
em movimento, isto é a carregar ou descarregar ou em escoamento.
Quando os materiais têm que ser aquecidos, deverão ser apenas o suficiente para
atingir a temperatura de aplicação.
O objeto de uma amostra é submetê-la a ensaios laboratoriais para
se determinar se determinado produto cumpre com as exigências
das especificações, assim temos os seguintes ensaios mais
importantes:
Ensaio de Penetração
A penetração é uma medida da dureza ou consistência relativa
dos betumes asfálticos. Os betumes asfálticos classificam-se
segundo a sua dureza ou consistência através da penetração em
vários graus.
Essa propriedade é das mais importantes, e foi por muito utilizada para a
classificação de diversos betuminosos.
Um betuminoso muito duro, provavelmente terá pouca ductilidade e pode
trincar sob baixas temperaturas. Se for de baixa dureza, provavelmente,
escorrerá em clima quente. Essa característica é decisiva na fabricação ou
uso de materiais betuminosos para impermeabilização.
Asfaltos diluídos (AD) ou soluções asfálticas. São ligantes asfálticos tratados com
solventes orgânicos de petróleo que podem ser aplicados com pequeno aquecimento
(60ºC a 100ºC) ou a frio. São menos viscosos, o que facilita o emprego, mas têm
menor poder aglomerante, se empregam em pavimentação para rêgo de imprimais e
em pavimentos construídos por penetração invertida
Asfaltos modificados
Pela terminologia de betuminosos para pavimentação, asfalto modificado é o
material resultante da adição de determinadas substâncias, por exemplo: polímeros,
aos CAP e seus derivados (emulsões, soluções, etc).
Cabe salientar que pela terminologia de materiais para impermeabilização, asfalto
modificado é aquele devidamente processado, de modo a se obter determinadas
propriedades. Por esse conceito, se enquadram todos os tipos de asfaltos anteriores,
mas a tendência é de reservar este termo aos asfaltos modificados com polímeros.
Em impermeabilização, as misturas com elastómero são empregadas tanto para a
fabricação de mantas de impermeabilização ou para a execução de membranas
“in situ” como também para a produção de mástiques.
Membranas asfálticas. São sistemas impermeabilizantes, moldados “in situ”,
com ou sem armadura e que têm o asfalto como material impermeabilizante
básico. As membranas asfálticas, tanto podem ser feitas com asfaltos oxidados,
soluções ou emulsões asfálticas, sendo as duas últimas mais utilizadas, pela
facilidade de aplicação.
Mantas asfálticas
São produtos à base de asfalto modificados com ou sem armadura (véu
ou tecido de reforço), impermeáveis, fabricados em rolos, obtidos por
calandragem, extensão ou outros processos, destinados à
impermeabilização.
Podem ser aplicadas de forma aderido ou não ao substrato (conforme a
natureza das movimentações previstas para a obra e características da
manta).
Hoje, as mantas possuem armaduras diversas (véu de fibra de vidro,
polietileno, lâmina metálicas, filme de polietileno externo, para evitar
pegajosidade da manta enrolada) e acabamentos especiais para
protecção solar (escamas de ardósia ou lâmina de alumínio, em locais
não transitáveis), bem como resistência elevada para resistirem à
penetração de raízes de árvores e outras solicitações desfavoráveis.
As mantas podem ser classificadas:
a) Quanto ao acabamento superficial: superfície granular, metálica ou anti-aderente.
As duas primeiras podem ser expostas às intempéries, enquanto a terceira deve
ser protegida (apenas contém filme de polietileno);
b) Quanto à forma de aplicação no substrato: totalmente aderidas, parcialmente
aderidas, não aderidas;
c) Quanto à resistência mecânica
Feltros betumados ou asfálticos. São produtos constituídos por fibras ou fios
naturais (celulose, algodão) ou sintéticos sem fiação ou tecelagem, impregnados
de betuminosos e usados como armadura ou protecção em impermeabilização. Os
feltros asfálticos não devem apresentar desagregação, pontos sem saturação,
bordas fissuradas, excesso de saturante na superfície, etc.
Os feltros são, principalmente, utilizados como material de reforço em
membranas asfálticas e também como elemento para libertar a movimentação de
lajes de cobertura sobre paredes de alvenarias, por efeito térmico com o objectivo
de reduzir fissuras das paredes por cisalhamento