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SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SERRA TALHADA

FACULDADE DE INTEGRAÇÃO DO SERTÃO


CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

Larissa Ferreira da Silva

Resumo dos Ensaios de Pavimentação

Serra Talhada-PE
2023
Larissa Ferreira da Silva

Resumo dos Ensaios de Pavimentação

Resumo dos ensaios de pavimentação para


matéria de Projeto de Estradas do curso de
Bacharelado em Engenharia Civil do 9º
período da Faculdade de Integração do
Sertão.

Serra Talhada – PE
2023
• Ensaio de solubilidade

O ensaio de solubilidade permitir dá uma ideia da quantidade de betume puro e


qualidade do asfalto, feito o ensaio com um frasco de Erlenmeyer. Diante deste ensaio é
possível identificar o grau de pureza do ligante asfáltico, quando o ligante asfáltico é
dissolvido em um solvente. O ensaio é padronizado pela NBR 14855/2002.
As principais características do ensaio de solubilidade ou do teor de betume são as
seguintes:
I. No ensaio, uma amostra de CAP é dissolvida por um solvente em um recipiente
apropriado;
II. Na sequência, é colocado um filtro no recipiente de filtragem (ou cadinho);
III. O recipiente de filtragem (ou cadinho) com o filtro é instalado no topo de um
frasco de vidro, que é ligado ao vácuo;
IV. Em seguida, a mistura (CAP dissolvido mais solvente) é filtrada, através do
recipiente de filtragem (ou cadinho) instalado no topo do frasco ligado ao vácuo;
V. A quantidade de material retida no filtro instalado no recipiente de filtragem (ou
cadinho) representa as impurezas contidas no CAP ensaiado;
VI. O teor de betume contido no CAP é dado pela seguinte equação:

em que:
TB = teor de betume contido no CAP (%);
PAM = peso inicial da amostra de CAP (g); e
PR = peso dos resíduos contidos no CAP, os quais ficaram retidos no filtro (g).

Figura 01 - Foto do recipiente de vidro utilizado no ensaio de solubilidade, o qual contém uma
amostra de CAP dissolvida no solvente tricloroetileno.
Figura 02 - Foto da filtragem do CAP dissolvido no solvente tricloroetileno, através do filtro do
cadinho, o qual está instalado no topo do frasco de vidro ligado ao vácuo.

• Ensaio de durabilidade

Este ensaio é um método que determina a resistência à desintegração dos agregados


sujeitos à ação do tempo, pelo ataque de soluções saturadas de sulfato de sódio ou de
magnésio.

Procedimento de ensaio:

I. A amostra é imersa na solução de sulfato de sódio ou de magnésio por um período


de 16 a 18 horas, de modo que o nível da solução fique 1 cm acima da amostra,
devendo ser coberto para reduzir a evaporação e evitar contaminação;

II. Após o período de imersão a amostra deve ser retirada da solução, drenada durante
15 ± 5min. e colocada em estufa para secar a 105ºC – 110ºC, até constância de
peso. São tomadas, durante a secagem, precauções que evitem a perda de
partículas retidas na peneira de menor abertura na qual a amostra foi preparada.
Depois da secagem, a amostra é esfriada até a temperatura ambiente;

III. O processo de imersão e secagem alternadas constitui um ciclo, que é repetido até
que o número desejado de ciclos seja completado;

IV. As frações maiores que 19 mm são examinadas qualitativamente após cada


imersão.
• Ensaio de espuma

O teor de água deve ser pequeno nos materiais betuminosos, deste que não espume
quando aquecido acima de 100ºC. O CAP não deve conter água pois, ao ser aquecido
pode causar explosões, por ser um material que há dificuldade de liberar bolhas, e quando
forçado a liberação pode-se lançar gotículas de asfalto a longa distância. A presença de
água no asfalto pode causar acidente, por isso é feito os ensaios para que possa transmitir
segurança. “A especificação brasileira de CAP vigente até julho de 2005 tem uma
observação de que o ligante não pode espumar quando aquecido até 175ºC.”

• Ensaio de massa especifica e densidade

A massa especifica do ligante asfáltico é obtido através de picnômetro para determinação


do volume do ligante e é definida como relação entre a massa e o volume. Ao ser feito o
ensaio deve-se anotar a medida da massa especifica e a densidade relativa do CAP para
que possa ser utilizado posteriormente na dosagem das misturas asfálticas. Os ligantes
têm em geral massa especifica entre 1 e 1,02 g/cm³.

Figura 03 - Etapas do ensaio de massa específica do ligante


• Ensaio de ponto de ruptura Frass

O pesquisador Frass em 1937 propôs um método de ensaio para qualificar o asfalto


sob condição de temperaturas negativas, aumentando a durabilidade do asfalto, pois este
ensaio busca determinar a temperatura que leva o ligante a uma rigidez crítica que resulta
em trincamento. “Muitos países que têm invernos muito rigorosos como, por exemplo,
Canadá, Finlândia, Noruega, Alemanha e Suécia, têm valores máximos de “temperatura
Fraass” nas especificações de asfaltos.”

Figura 04 - Equipamento de ensaio de ponto de ruptura Fraass

• Índice de susceptibilidade térmica

A susceptibilidade térmica indica a sensibilidade da consistência dos ligantes


asfálticos à variação de temperatura. Trata-se de uma propriedade importante dos ligantes
asfálticos, pois se forem muito suscetíveis à variação de estados ou de propriedades frente
à variação de temperatura, com isso não será possível ser utilizado na pavimentação.
“Normalmente tem-se calculado para essa finalidade o Índice de Susceptibilidade
Térmica ou Índice de Penetração. Pelo procedimento proposto em 1936 por Pfeiffer e
Van Doormaal esse índice é determinado a partir do ponto de amolecimento (PA) do CAP
e de sua penetração a 25ºC, incluindo-se a hipótese que a penetração do CAP no seu ponto
de amolecimento é de 800 (0,1mm). Muitos autores têm reportado que a penetração de
um grande número de CAPs no seu PA pode diferir consideravelmente de 800,
principalmente nos casos de CAPs com altos valores de PA. Portanto, é prudente medir-
se a penetração em alguma outra temperatura em adição à medida a 25ºC, em vez de
admitir a hipótese mencionada. Os pontos correspondentes ao logaritmo da penetração
pela respectiva temperatura do ensaio, sendo que as penetrações são determinadas em
duas temperaturas diferentes, são grafados, fornecendo uma reta como resultado.”
O ensaio tem por finalidade verificar a influência das variações de temperatura na
consistência do asfalto, correlacionando os dados obtidos, para os ensaios de penetração
e ponto de amolecimento.
O índice de susceptibilidade térmica correlaciona as variações de temperatura e a
consistência das misturas asfálticas. Asfaltos pouco susceptíveis tornam-se duros e
quebradiços, em condições de baixas temperaturas. Asfaltos muito susceptíveis
modificam sua consistência para pequenas variações de temperatura.

• Ensaio do ponto de fulgor

É a temperatura a qual o material betuminoso se inflama quando aquecido. Mais


utilizado para identificar contaminações por solvente e para prevenir acidentes, pois os
seus ensaios consistem em determinar a temperatura na qual a amostra asfáltica libera
gases inflamáveis suficiente para provocar uma inflamação em contato com faísca.
O ensaio é de extrema importância pois verifica a contaminação do material com
algum outro tipo de solvente, ou para ter o controle da temperatura tendo em vista as
misturas que precisam do aquecimento do CAP, para promover o concreto asfáltico.
É feito o ensaio de caracterização, ou seja, ensaio de ponto de fulgor onde que é
colocado uma amostra do CAP que será aquecida com chamas de fogo abaixo do
equipamento, no equipamento tem um termômetro, para que possa medir a temperatura
que será liberado gases a partir do aquecimento, logo será feito a leitura da temperatura e
será determinada o ponto de fulgor.

Figura 05 – ensaio de ponto de fulgor


Referências

BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M. G.; CERATTI, J.A.P; SOARES, Pavimentação


asfáltica Formação básica para engenheiros Rio de Janeiro. 2008.
MARQUES, Geraldo Luciano de Oliveira. PAVIMENTAÇÃO, 2006. 210 f. Notas de
Aula. O pavimento rodoviário.

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