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Faculdade de Engenharia
Departamento de Transportes e Geotecnia
1 INTRODUÇÃO 1
2 METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DO EQUIVALENTE DE AREIA 2
2.1 Aparelhagem 2
2.2 Reagentes e soluções 4
2.2.1 Preparo da solução concentrada 4
2.2.2 Preparo da solução de trabalho 4
2.3 Amostra para o ensaio 4
2.4 Execução do ensaio 5
2.5 Cálculos e apresentação de resultados 9
3 EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÕES DE EA 11
8 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 13
REFERÊNCIAS 14
1
1 INTRODUÇÃO
Site e argila
Definição do EA a partir das leituras
Areia realizadas na proveta com o solo em suspensão
Leitura no topo da areia
EA (%) .100 (%)
Leitura no topo da arg ila
Portanto, como as camadas dos pavimentos rodoviários estão propensas à entrada de água
proveniente das mais diversas origens (Figura 2), é necessário limitar a presença de finos plásticos
nos materiais usados em sua construção, para que os fenômenos de inchamento e de retração
ocasionados por estes, não resulte em fissuramento dessas camadas, facilitando ainda mais a
entrada da água e o agravamento das patologias associadas.
2.1 Aparelhagem
Na Figura 3 são ilustrados alguns itens que compõem a aparelhagem necessária para a
execução do Ensaio de Equivalente de Areia, sendo alguns deles descritos a seguir.
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Tubo lavador de
cobre ou latão
Rolha de borracha
Garrafão de 5 litros
Tubo de borracha
Solução
reagente
Funil
Pinça de Mohr
Recipiente de medida
a) peneira de 4,8 mm, de acordo com a norma DNER-EM 035/95 (Peneiras de malhas quadradas
para análise granulométrica solos);
b) proveta cilíndrica, transparente, de vidro ou matéria plástica, de 32 mm de diâmetro interno e
cerca de 43 cm de altura, graduada de 2 em 2 mm, até pelo menos 38 cm, a partir da base,
ou apresentando dois círculos de referência a 10 cm e 38 cm, respectivamente, da base;
c) tubo lavador de cobre ou latão, de 6,4 mm de diâmetro externo e 50 cm de comprimento. A
extremidade inferior é fechada em forma de cunha, tendo dois orifícios de 1 mm de diâmetro
perfurados nas faces da cunha e junto à ponta;
d) garrafão com capacidade de 5 litros, dotado de sifão constituído de rolha de borracha com
dois furos e de um tubo de cobre dobrado.
e) tubo de borracha de 5 mm de diâmetro interno, com pinça de Mohr ou dispositivo similar para
interromper o escoamento. Este tubo é usado para ligar o tubo lavador ao sifão;
f) pistão constituído por uma haste metálica de 46 cm de comprimento, tendo na extremidade
inferior uma sapata cônica de 25,4 mm de diâmetro. A sapata possui três pequenos parafusos
de ajustagem que permitem centrá-la com folga na proveta. Um disco perfurado, que se
adapta ao topo da proveta, serve de guia para a haste. Um lastro cilíndrico é preso à
extremidade da haste para completar ao pistão a massa de 1 kg;
g) recipiente de medida, com capacidade de (855) ml;
h) funil para colocar o solo na proveta.
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As soluções para a execução do ensaio podem ser adquiridas prontas, ou então preparadas
no laboratório. No segundo caso, inicialmente procede-se ao preparo de uma solução concentrada
e em seguida ao preparo da solução de trabalho.
Obtida com o material que passa na peneira de abertura de malha 4,8 mm. Se a amostra
inicial não estiver úmida, deverá ser umedecida antes do peneiramento. Se o agregado graúdo
apresentar finos aderentes que não se desprendam durante o peneiramento, deve-se secá-lo e
esfregá-lo com as mãos, juntando-se os finos resultantes ao material que passou na peneira.
Para a execução do ensaio o garrafão de 5 litros com a solução de trabalho deve ser colocado
a 90 cm acima da mesa de trabalho, conforme ilustrado na Figura 4.
Sifão
Solução de trabalho
Tubo de borracha
Tubo lavador
Garrafão
a 90 cm
da mesa Proveta
de
trabalho
Pistão metálico com
sapata e lastro
Pinça de Mohr
Funil
Recipiente de medida
a) abrir a pinça de Mohr do tubo de ligação. Acionar o sifão, soprando-se no topo do garrafão
que contém a solução, através de um pequeno tubo. Assim que verificar o escoamento da
solução, fechar a pinça;
b) sifonar a solução de trabalho para a proveta, até atingir o círculo de referência a 10 cm da
base;
c) transferir para a proveta, com auxílio do funil, o conteúdo de um recipiente de medida cheio
de amostra preparada e rasada na superfície, conforme ilustrado na Figura 5.
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e) após a agitação, retirar a rolha e introduzir o tubo lavador. Lavar as paredes rapidamente
e imediatamente inserir o tubo até o fundo da proveta, como mostra a Figura 8. Agitar
levemente com o tubo lavador a camada de areia para levantar o material argiloso
eventualmente existente. Esta operação deve ser acompanhada de leve giro da proveta.
Lastro cilíndrico
Haste metálica
Nível superior
da solução
Nível superior da
(b) Esquema suspensão de argila
para a leitura
(a) Introdução do nível Parafuso de ajustagem
do pistão na superior da da sapata cônica
proveta areia
A leitura correspondente ao nível superior da areia também pode ser determinada a partir
da distância d2, entre o topo do disco que se apoia na boca da proveta e a base inferior do
peso cilíndrico (Figura 11 (a)). Assim, para obter a altura da areia na proveta basta subtrair
de d2 a distância K (constante do aparelho), medida quando a sapata está assente no
fundo da proveta (Figura 11 (b)).
Peso cilíndrico
Disco
Leitura no topo da areia = d2 - K
Dependendo da forma como foram realizadas as leituras correspondentes aos níveis da areia
e da argila na proveta, o cálculo do Equivalente de Areia pode ser feito como segue:
Nesse caso, o valor do Equivalente de Areia do material pode ser calculado pela relação a
seguir, cujos termos são ilustrados na Figura 12.
Nesse caso, com base na Figura 13, o Equivalente de Areia do material será calculado pela
expressão abaixo onde:
d1 - distância do traço de referência superior da proveta ao nível da suspensão argilosa, em
mm;
d2 - distância do topo do disco que se apoia na boca da proveta à base inferior do cilindro do
pistão quando a sapata estiver apoiada na areia, em mm;
k - constante do aparelho (caso particular da distância d2) quando a sapata do pistão estiver
assente no fundo da proveta, em mm.
d1
3 EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÕES DE EA
Em geral materiais não plásticos apresentam EA > 30% e materiais plásticos EA < 20%. Os
materiais com 20 < EA < 30 são considerados de plasticidade intermediária.
Na engenharia rodoviária é comum a adoção destes limites para a escolha das jazidas de
materiais a serem utilizados em pavimentos (EA > 30%), procurando limitar a quantidade de finos
plásticos presentes no material.
Como exemplos de especificações de valores mínimos para o Equivalente de Areia na área
de pavimentação, citam-se:
b) Para concreto asfáltico: (Norma DNIT 031/2006 – ES: Pavimentos flexíveis – Concreto
asfáltico – Especificação de Serviço).
O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos ou outro material
indicado nas Especificações Complementares. Suas partículas individuais devem ser
resistentes, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deve apresentar
Equivalente de Areia igual ou superior a 55%.
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As especificações descritas neste capítulo tiveram como objetivo apenas exemplificar o uso
dos resultados do ensaio de Equivalente de Areia em pavimentação. As definições dos termos
inerentes a esta área e, as demais especificações para as camadas e materiais citados, serão
detalhadas na disciplina “Pavimentação”.
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4 - EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Exercício 1: Determine o valor do Equivalente de Areia (EA) de uma amostra de solo passante na
peneira de malha 4,8 mm, cujos resultados após o período de sedimentação de 20
minutos foram aqueles mostrados a seguir.
82 mm 84 mm
78 mm Argila
84 mm Areia 86 mm 86 mm
Exercício 2: Determine o valor do Equivalente de Areia (EA) de uma amostra de solo passante na
peneira de malha 4,8 mm, cujos resultados após o período de sedimentação de 20
minutos foram aqueles mostrados a seguir.
Constante do Distância d2
aparelho K
Distância d1 d2
K
d1
Argila Argila
Areia Areia
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12052: Solo ou agregado miúdo
- Determinação do equivalente de areia. Rio de Janeiro, 1992.