Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
LABORATÓRIO DE PAVIMENTAÇÃO - 2596

ASFALTO

MIKHAEL GOUVEIA DEI TOS RA:116828


MURILO MERCIAL MIRANDA RA:118500
TURMA:2596-01

MARINGÁ - PR
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3
2. MATERIAIS E MÉTODOS 4
3. RESULTADOS E ANÁLISES 11
3.1 RESULTADOS ENSAIO DE PENETRAÇÃO 11
3.2 RESULTADOS PONTO DE AMOLECIMENTO 13
3.3 RESULTADOS ENSAIO DE VISCOSIDADE SAYBOLT FUROL 14
3.4 RESULTADOS ENSAIO DE PONTO DE FULGOR 17
4. CONCLUSÕES E DISCUSSÕES 18
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19

2
1. INTRODUÇÃO

Os pavimentos são estruturas de múltiplas camadas, sendo que o revestimento


asfáltico recebe a atuação direta do contato das rodas dos veículos e, mais diretamente, a ação
climática dada sua elevada área de exposição às intempéries. Portanto, é muito importante
saber se o asfalto é de boa qualidade ou não, garantindo características quanto a resistência a
água, cisalhamento, temperatura e entre outros.
Mas o que é o Asfalto? Asfalto é uma mistura de hidrocarbonetos derivados do
petróleo de forma natural ou por destilação, cujo principal componente é o betume, podendo
conter ainda outros materiais, como oxigênio, nitrogênio e enxofre, em pequena proporção.
Além disso, é semi sólido à temperatura ambiente, de cor marrom escura a preta, impermeável
à água, viscoelástico, pouco reativo, com propriedades adesivas e termoplásticas que, além de
ligar os agregados, proporciona segurança, conforto e durabilidade, é reciclável e, depois de
aplicado no pavimento, não produz emissões tóxicas. Quando o asfalto se enquadra em uma
determinada classificação particular, que, em geral, se baseia em propriedades físicas que
pretendem assegurar o bom desempenho do material na pavimentação, ele passa a ser
denominado comumente pela sigla CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo).
Portanto, para tentar prever as características do CAP e classificá-lo, realiza-se vários
tipos de ensaio no campo e em laboratório. Nesse relatório serão abordados quatro ensaios:
Determinação da Penetração, Ponto de Amolecimento, Determinação da Viscosidade
Saybolt-furol e Determinação do Ponto de Fulgor.
Primeiramente discorrendo a respeito sobre o objetivo de cada ensaio, temos que para
o de penetração é determinar a penetração de materiais sólidos e semi-sólidos no asfalto a fim
de determinar o seu tipo. Para o segundo, o método consiste em se obter o ponto de
amolecimento dos materiais asfálticos na faixa de 30°C a 157°C, utilizando o método do Anel
e Bola. Seguindo a ordem acima, o terceiro método é basicamente determinar-se a viscosidade
Saybolt-Furol de materiais betuminosos na temperatura de 121°C, 135°C, 149°C, 163°C,
177°C, 204°C e 232°C. Por fim, para o ensaio de ponto de fulgor, deve-se definir o mesmo
por meio de um ensaio utilizando os gases provenientes do asfalto aquecido.

3
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Determinação da Penetração
Primeiramente, a amostra é aquecida até, no máximo, 90 ºC do Ponto de
Amolecimento, depois transferida para o recipiente de penetração e deixada esfriar até
temperatura ambiente entre 60 e 120 minutos (depende do tamanho do recipiente), tomando
cuidado para não adquirir poeira. Coloca-se a amostra na cuba de transferência totalmente
submerso em água, de preferência destilada, também em temperatura ambiente e deixa-se
esfriar novamente com o mesmo tempo já citado acima. Para iniciar a penetração, deve-se
verificar se a agulha está limpa, com ausência de água e outros materiais que poderiam
influenciar no resultado do experimento. Limpe-a com solvente (no nosso caso foi utilizado o
Diesel) e insere-se no penetrômetro. Ainda no penetrômetro, utilizando um nível, nivela-se o
conjunto.
Para exercer a força adequada coloca-se sobre a agulha o peso de 50 g, totalizando 100
g o conjunto total. Coloca-se a cuba de transferência com o material totalmente imerso em
água no prato do penetrômetro e ajusta-se a agulha e a haste para ficar rente à superfície do
asfalto sem exercer nenhuma pressão no material. Libera-se a agulha rapidamente durante 5
segundos e marca-se a penetração total durante esse tempo, em décimo de milímetro (0,1
mm). Deve-se fazer, pelo menos, 3 medições na amostra, tomando cuidado para que cada
medição esteja distanciada entre si e da borda do recipiente de, no mínimo, 1 cm.

Figura 1: Amostra após experimento

Fonte: Autoria própria (2023)

4
Após cada medição a agulha deve ser limpa com solvente e secada adequadamente
para não haver interferência na próxima leitura. A definição do tipo do asfalto é dada pela
média de, no mínimo, 3 medições que os valores não distem entre si os valores indicados na
tabela abaixo. A referência completa está na norma do DNIT 155/2010-ME

Tabela 1: Critério para classificação.

Fonte: NORMA DNIT 155/2010-ME

2.2. Determinação do Ponto de Amolecimento

A determinação do Ponto de Amolecimento do Asfalto será pelo método do anel e


bola que consiste em mergulhar o asfalto em um recipiente vazado dentro de água destilada
ou fervida, à temperatura ambiente, colocar uma esfera de aço em cima do asfalto e aquecer o
conjunto até a esfera perfurar o corpo de prova e tocar no fundo, sendo a temperatura medida
nesse momento respectivamente ao ponto de amolecimento.
Primeiramente, deve-se aquecer os equipamentos de auxílio como espátula, anel
metálico e superfície plana de apoio, e o asfalto até temperatura próxima de 135 ºC, tomando
cuidado para não aquecer demais e envelhecer a amostra. Agora, com o anel apoiado em uma
superfície plana e seu fundo tratado com algum material que evite a amostra grudar no fundo
(no nosso experimento foi utilizado talco), derrame o asfalto no anel até a borda e se
necessário ajeite a superfície com a espátula, tomando cuidado para não transbordar, e espere
esfriar até temperatura ambiente.

5
Figura 2: Materiais do Ensaio.

Fonte: Autoria Própria (2023)


Para amostras em que o ponto de amolecimento esperado está entre 30ºC e 80ºC, os
anéis com asfalto devem ser mergulhados em água destilada ou água fervida. Então monta-se
o equipamento ilustrado no anexo A da norma DNIT 131/2010, em que os anéis são
posicionados no suporte e as guias de centro sobre eles, ao centro o termômetro na altura dos
anéis, como mostra a figura abaixo.
Figura 3: Conjunto imerso em água destilada.

Fonte: Autoria Própria (2023)

6
Posicionado tudo corretamente, com um aquecedor elétrico ou Bico de Bunsen (na
nossa ocasião foi utilizado aquecedor elétrico), a amostra é aquecida durante 15 minutos a
uma taxa de 5ºC/min. À medida que a temperatura do conjunto aumenta, o asfalto vai
perdendo sua capacidade de suporte até chegar no ponto de amolecimento, onde perde
totalmente sua capacidade de suporte, nesse momento a esfera atravessa o asfalto e toca no
fundo do conjunto, sendo essa temperatura medida. O Ponto de Amolecimento deve ser a
média das temperaturas indicadas pelo termômetro no instante em que o material que envolve
cada bola tocar a placa inferior, em que a diferença das temperaturas medidas não pode
ultrapassar 2 ºC. Para maiores detalhes deve-se consultar a norma DNIT 131/2010.

2.3. Determinação da Viscosidade Saybolt-Furol

O processo de determinação da viscosidade é um processo que pode ser feito de


diferentes maneiras. Na método Saybolt-Furol, o asfalto é aquecido em diferentes
temperaturas e determinado sua viscosidade correspondente. O equipamento utilizado para
medição se chama Viscosímetro Saybolt-Furol.

Figura 4: Viscosímetro Saybolt-Furol do laboratório.

Fonte: Autoria Própria (2023)

7
Primeiramente, o asfalto deve ser aquecido na estufa até 128 ºC até sua temperatura
ficar constante. Depois, coloca-se o asfalto na parte superior do equipamento, onde ele fica
em banho maria e mantém a temperatura constante, em seguida posiciona-se o frasco de
medidas padrão indicadas na NBR 14756/2001 na parte inferior. Com tudo posicionado
corretamente, pode-se iniciar o ensaio deixando o asfalto escoar para o frasco até encher 60
ml, cronometrando o tempo.

Figura 5: Realização do ensaio.

Fonte: Autoria própria (2023)

O tempo deve ser reportado em segundos, que corresponde a viscosidade em unidade


de segundos Saybolt-Furol (sSF). Por fim, realiza-se o mesmo procedimento para as
temperaturas 121ºC, 135ºC, 149ºC, 163ºC, 177ºC, 204ºC e 232ºC e constrói-se a curva de
Viscosidade em função da Temperatura. No nosso caso mediu-se para as temperaturas de
128ºC, 135ºC, 137ºC, 149ºC, 156ºC, 163ºC, 170ºC e 177ºC.

8
2.4. Determinação da Ponto de Fulgor

O Ponto de Fulgor é quando os gases que são liberados do asfalto criam uma
atmosfera próxima à superfície que quando expostos a uma chama padrão inflamam, porém
incapaz de segurar a chama. Portanto, esse é um critério importante para a segurança de quem
manuseia, faz a estocagem, transporta e produz o asfalto. O ensaio é feito no vaso aberto
Cleveland, mostrado abaixo.

Figura 6: Equipamento do ensaio.

Fonte: Autoria própria.

A amostra é adicionada a cuba de ensaio, cerca de 70 mL, tomando cuidado para que a
temperatura da amostra não esteja sólida, como fala a norma NBR 11341/2008. Acender a
chama padrão especificada na norma e aquecer a amostra no equipamento. Inicialmente
deve-se aquecer a uma taxa de aproximadamente 14 a 17 ºC/min, quando a temperatura da
amostra estiver a aproximadamente 56ºC abaixo do ponto de fulgor diminuir a taxa para 5 a
6ºC/min. Aplica-se a chama padrão a cada 2ºC, fazendo movimentos circulares, contínuos e
suaves, onde a chama passa no acima e no centro da amostra. Quando a chama padrão
“incendiar” a amostra por toda superfície e se apagar instantaneamente, toma-se essa
9
temperatura como o ponto de Fulgor. É necessário realizar, pelo menos, dois ensaios e tomar a
média das medições como ponto de fulgor da amostra. Geralmente, ensaia-se também o ponto
de combustão como continuação do ponto de fulgor, porém no nosso caso não foi realizado.
Além disso, é de extrema importância que o operador utilize os equipamentos de segurança
indicados na norma e tome todos os cuidados necessários. Para uma descrição mais detalhada
deve-se consultar a NBR 11341/2008.

10
3. RESULTADOS E ANÁLISES

3.1 RESULTADOS ENSAIO DE PENETRAÇÃO


Para o ensaio em questão foram obtidos os seguintes valores de penetração da agulha.

Tabela 01: Resultado ensaio de penetração

Fonte: Autoria própria

A fim de que se possa obter resultados mais satisfatórios, são adotados os valores com
menores desvios entre si, sendo assim para ser calculada a média segue os pontos utilizados
do ensaio:

Tabela 02: Valores adotados para a média da penetração

Fonte: Autoria própria

Feito isso por meio de uma média simples determina-se a penetração média do ensaio,
e posteriormente a mesma será utilizada para a classificação provável do CAP, que foi dado
como CAP 30-45. Segue as tabelas a respeito de tais cálculos:

11
Tabela 03: Penetração média

Fonte: Autoria própria

Tabela 04: Classificação provável

Fonte: Autoria própria

A respeito deste resultado, temos que o asfalto ensaiado se encaixa na primeira classe,
a CAP 30-45, ou seja dentre todas possíveis classificações a sua penetração é a do grupo
menor. Sendo assim para cada tipo de utilidade de asfalto se vê necessário diferentes
características que serão específicas para cada caso, nessa situação o asfalto apresenta um
bom desempenho a penetração.

12
3.2 RESULTADOS PONTO DE AMOLECIMENTO

Nesse ensaio para os resultados que foram medidos por meio de um termômetro foi
feito uma média simples entre os dois para se obter a temperatura média que será utilizada
para a sua classificação.

Tabela 05: Resultados Ensaio Ponto de Amolecimento

Fonte: Autoria própria

O ponto de amolecimento é uma medida empírica que relaciona a variação da


temperatura com a capacidade suporte do asfalto, ou seja a medida que se a temperatura vai
aumentando se estabelece uma condição de escoamento do conjunto ensaiado. De acordo com
a resolução proposta pela ANP em conjunto com a NBR 6560, temos que o valor mínimo
para o ponto de amolecimento paro o CAP 30-45 é de 52°C, sendo assim ele não atinge o
valor mínimo, que pode modificar a integridade do ligante asfáltico.
Após determinados a penetração e o ponto de amolecimento pode ser calculado o
índice de suscetibilidade térmica, que tem por função indicar a sensibilidade da consistência
do ligante asfáltico à variação de temperatura. Segue a fórmula usada para o cálculo:

500𝑙𝑜𝑔(𝑃) +20𝑃𝐴 − 1951


𝐼𝑃 = 120 − 50𝑙𝑜𝑔(𝑃) + 𝑃𝐴
(Equação 01)

Sendo “P” a penetração em (0,1 mm) e “PA” o ponto de amolecimento em (°C).

Substituindo os valores encontrando temos que

500𝑙𝑜𝑔(36) +20*51,9− 1951


𝐼𝑃 = 120 − 50𝑙𝑜𝑔(36) + 51,9

𝐼𝑃 = -1,43
Como a norma brasileira responsável por classificar os CAPs estabelece uma faixa
aceitável entre (-1,5) e (+0,7) , temos que esse asfalto se encontra dentro da zona aceitável de
suscetibilidade térmica. Esse valor negativo indica que o asfalto não está oxidado, estando
13
dentro do limite estabelecido, sendo sensível a elevadas temperaturas e não quebradiço em
baixas temperaturas.

3.3 RESULTADOS ENSAIO DE VISCOSIDADE SAYBOLT FUROL

No que diz respeito a esse método, para cada temperatura atribuída foram medidos
valores de viscosidade em segundo saybolt-furol, e a fim de se realizar uma melhor análise
foram ajustados esses valores de viscosidade para a escala logarítmica, segue a tabela com tais
resultados:
Tabela 06: Resultados Ensaio de Viscosidade Saybolt Furol

Fonte: Autoria própria


Para uma melhor visualização desses valores e do comportamento do asfalto em
questão, foram feitos dois gráficos, um de viscosidade x temperatura, com a viscosidade na
escala logarítmica e outro de viscosidade x temperatura em escala padrão
.
Gráfico 01: Viscosidade em log10 x Temperatura

Fonte: Autoria própria


Gráfico 02: Viscosidade x Temperatura
14
Fonte: Autoria própria

Pela tabela 1 da resolução nº 897 da ANP de 2022, foram estabelecidos valores


mínimos de viscosidade Saybolt-Furol em temperaturas de controle, mostrado abaixo no
recorte da Tabela.
Figura 7: Valores mínimos estabelecidos pela ANP

Fonte: Tabela 1 da resolução nº 897 da ANP de 2022


Portanto, para melhor comparação, é traçado uma linha de tendência no gráfico em
escala logarítmica.

Gráfico 03: Viscosidade em log x Temperatura, com linha de tendência.


15
Fonte: Autoria própria.
Portanto, utilizando a equação linear de tendência ( y = -0,0177*x + 4,6646) pode-se
avaliar a viscosidade nas temperaturas de controle mostradas na tabela 7.

Tabela 7: Viscosidade no pontos de controle

Fonte: Autoria própria.

Comparando com os valores mínimos especificados, observa-se que em 135ºC e


177ºC a viscosidade Saybolt-Furol está abaixo dos valores mínimos, estando apenas dentro do
intervalo correto em 150 ºC. Pode haver algum erro associado, como mostra o R² de 98,61 %.
Além disso, de acordo com a norma NBR 15184:2004 ou NBR 14950:2003 a
temperatura do ligante asfáltico para mistura e compactação pode ser obtida por meio da
viscosidade, sendo os valores de (85 +/- 10) SSF para a temperatura de mistura e de (140 +/-
15) SSF para a compactação.
Portanto, para se obter os valores de temperatura de mistura e compactação, utiliza-se
a equação da linha de tendência já apresentada.

16
y = -0,0177*x + 4,6646 (Equação Viscosidade x Temperatura)

Substituindo os valores de viscosidade para os procurados, é possível obter as


temperaturas de mistura e compactação. Segue as substituições:

y = log(85) SSF (temperatura de mistura)


y = log(140) SSF (temperatura de compactação)

log (85) = -0,0177x + 4,6646


x= 154,53 °C

log (140) = -0,0177x + 4,6646


x= 142,29 °C

Sendo assim, temos que a temperatura de mistura segundo as normas NBR


15184:2004 ou NBR 14950:2003 é de 154,53°C e a de compactação é de 142,29°C.

3.4 RESULTADOS ENSAIO DE PONTO DE FULGOR

Primeiramente, foi realizada apenas uma medição para o ponto de fulgor e para o
ponto de combustão não houve tempo suficiente para a medição do mesmo. Com o auxílio de
um termômetro foi possível medir o ponto de fulgor do asfalto analisado e posteriormente
fazer sua classificação, segue a tabela com os valores obtidos:

Tabela 08: Resultados Ponto de fulgor

Fonte: Autoria própria

Segundo a ANP, o Ponto de Fulgor mínimo deve ser de 235 ºC, ou seja, para a amostra
ensaiada ficou bem acima do mínimo. Além disso, esse valor mostra que a amostra não sofreu

17
adulteração. Para valores muito altos de ponto de fulgor, pode indicar que a amostra está
oxidada, porém esse não é o nosso caso.

4. CONCLUSÕES E DISCUSSÕES

Por fim, para que se possa determinar as características do asfalto devem ser feitos
diversos ensaios que visam entender o comportamento do ligante asfáltico para determinada
situação, visto que os pavimentos estão sujeitos a diversos efeitos climáticos e dinâmicos que
necessitam uma atenção especial.
O ligante asfáltico ensaiado em questão foi inicialmente classificado como CAP 30-45
de acordo com o ensaio de penetração, feito isso é utilizado o método do ponto de
amolecimento, para determinação da propriedade em questão, no caso avaliado o ponto de
amolecimento experimentado não atingiu o valor mínimo estabelecido pela norma NBR 6560,
que é de 52 °C, acima dos 51,9°C obtidos. É importante ressaltar que foram realizadas apenas
duas medições, se houvesse mais medições poderia se concluir de fato que a amostra não
atingiu o valor mínimo. Após isso, foi determinado o índice de suscetibilidade térmica que foi
de -1,43 que está dentro do limite estabelecido pela norma brasileira, sendo assim o asfalto
apresenta uma sensibilidade às variações de temperatura aceitáveis.
Seguindo, temos que para o ensaio de viscosidade os valores para as temperaturas de
135°C e 177°C são de 188,41 sSF e 34 sSF respectivamente os CAPs observados se
encontram abaixo do mínimo determinado pela norma, que é de 192 sSF para 135°C e entre
40 e 150 sSF para 177°C. Após encontradas as medidas de viscosidade é realizado o cálculo
das temperaturas de mistura e de compactação por meio da relação com valores de
viscosidade já pré-determinados pela norma

18
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 11341. Derivados


de petróleo-Determinação dos pontos de fulgor e combustão em vaso aberto Cleveland.
Rio de Janeiro, 2008.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT


155. Materiais asfálticos-Determinação da penetração - Método de ensaio . Rio de
Janeiro, 2010.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT


131. Materiais asfálticos-Determinação do ponto de amolecimento - Método do Anel e
Bola - Método de ensaio . Rio de Janeiro, 2010.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADA E RODAGEM. DNER-ME 004. Materiais


Betuminosos-Determinação da viscosidade Saybolt-Furol a alta temperatura método da
película delgada. 1994.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADA E RODAGEM. DNER-ME 043. Misturas


betuminosas a quente -ensaio Marshall. 1995.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADA E RODAGEM. DNER-ME 148. Material


Betuminoso-Determinação dos pontos de fulgor e de combustão (vaso aberto Cleveland).
1994.

BERNUCCI, L. B.; CERATTI, J. A. P.; MOTTA, L. M. G.; SOARES, J. B. Pavimentação


Asfáltica - Formação básica para engenheiros. 2. ed. Rio de Janeiro: PETROBRAS,
ABEDA, 2022.

19
20

Você também pode gostar