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UNIVERSIDADE DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS-DEC 2570

LIMITES DE CONSISTÊNCIA DO SOLO

Vinícius Vicentim da Silva RA:118243


Murilo Mercial Miranda RA: 118500
TURMA: 03

Profª. Dra. Julia Azoia Lukiantchuki

MARINGÁ - PR
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3
2 OBJETIVO 3
3 MATERIAIS E MÉTODOS 4
4 RESULTADOS 10
CONCLUSÃO 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17
1. INTRODUÇÃO

A engenharia civil sempre se preocupou em solucionar os problemas do ser


humano buscando as melhores soluções com maior custo benefício, e um dos meios é tentar
prever e estudar o comportamento dos materiais que englobam a engenharia . O solo é um dos
principais objetos de entendimento e com isso busca-se prever também seu comportamento e
classificá-lo.
Segundo a professora Dra. Julia A. Lukiantchki, a estrutura de um solo consiste
no arranjo geométrico das partículas ou grãos minerais, assim como as forças que atuam entre
as partículas. A estrutura governa o comportamento do solo, sob o ponto de vista de interesse
da engenharia. Portanto, a composição mineralógica está relacionada diretamente com o
comportamento do solo, por exemplo, os solos granulares se apresentam na natureza
basicamente com o mesmo tipo de estrutura, chamada de intergranular, prevalecendo as forças
de gravidade. Já em solos finos, as forças de superfície dominam predominam devido a
grande constituição de partículas lamelares e/ou fibrosas.
Portanto, um dos meios de tentar caracterizar e prever o comportamento de
resistência, permeabilidade e deformabilidade do solo é estudando os seus Limites de
Consistência, que basicamente são teores de umidade que permitem caracterizar e diferenciar
diversos estados de uma massa amolgada de solo. Sendo o Limite de Plasticidade (LP) o teor
umidade limite para que o solo passe de “estado semi-sólido” para “plástico” e o Limite de
Liquidez (LL) de “plástico” para "semi-líquido", sendo possível calcular o Índice de
Plasticidade (IP), denominado como a faixa de umidade em que um determinado solo se
apresenta com plasticidade.

2. OBJETIVO

Essa prática experimental tem como objetivo determinar o Limite de Liquidez


(LL) e Limite de Plasticidade (LP) respectivamente descritos nas NBR 6459 e NBR 7180 e
com esses 2 índices físicos calcular o Índice de Plasticidade (IP).
3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para realização dos ensaios de LL e LP é necessário:


● Balança com capacidade de medição de 10 kg, 5 kg, 1,5 kg, 200g, com as suas
respectivas resoluções de 1g, 0,5 g, 0,1 g, 0,01g;
● Cápsula de porcelana com aproximadamente 120 mm de diâmetro;
● Espátula de lâmina flexível com aproximadamente 80 mm de comprimento e
20 mm de largura;
● Aparelho Casagrande com as dimensões mostradas na figura 1;
● Cinzel com as dimensões mostradas na figura 2;
● Balança que permita pesar nominalmente 200 g, com resolução de 0,01 g
● Gabarito para verificação de queda da concha;
● Àgua destilada;
● Estufa capaz de manter a temperatura entre 60° e 65°C e 105° a 110°C ;
● Cápsulas metálica de material não corrosivo e que suportem altas
temperaturas;
● Gabarito cilíndrico para comparação, com 3 mm de diâmetro e cerca de 100
mm de comprimento;
● Placa de vidro de superfície esmerilhada, com cerca de 30 cm de lado;
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Figura 1: Medidas do Aparelho casagrande.

Fonte: NBR-6459/1984.

Figura 2: Medidas do cinzel.

Fonte: NBR-6459/1984.
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Para o preparo do material de solo que será analisado, para ambos os ensaios
pode-se realizar o experimento com a secagem prévia e sem secagem (esse somente quando o
solo possui menos de 10% do material retido na peneira 0,42 mm). Utilizando a secagem até
próximo da umidade higroscópica, desmancha-se os torrões após a secagem e
homogeneiza-se a amostra, depois faz-se o peneiramento do material na peneira de 0,42 mm e
toma-se em torno de 200 g de solo. Sem a secagem, a amostra deve estar convenientemente
embalada, desmanche os torrões e homogeinize a amostra, tome 200 g de material e remova
manualmente os materiais grosseiros presentes. Deve-se lembrar que os dois jeitos de
preparação de amostra estão regidos pela NBR-6457.

3.1 - Limite de Liquidez (LL)

Primeiramente, inspecione o aparelho casagrande segundo a NBR-6459 e ajuste o


mesmo de forma que a concha fique a 10 mm acima da base no ponto mais alto do seu curso
utilizando o gabarito, como mostra a figura 3 abaixo.

Figura 3: Ajuste da concha.

Fonte: NBR-6459.

Agora, separe metade da amostra reservada anteriormente (100 g) e coloque-a na


cápsula de porcelana, acrescente água destilada cuidadosamente até atingir a consistência
desejada (nesse procedimento a experiência pode ser de grande ajuda) e misture
energeticamente o material até atingir a consistência necessária a fechar a ranhura de 2 mm,
nesse caso o primeiro ponto desejado será próximo de 35 golpes. O tempo de
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homogeneização deve ser de 15 a 30 minutos, sendo maior para solos argilosos. Coloque o
material na cápsula do aparelho casagrande, remova o excesso de material da cápsula e divida
em duas partes a pasta restante , cuidadosamente, utilizando o cinzel de modo que a ranhura
fique com 10 mm e na parte central, mostrado na figura abaixo.

Figura 4: Vista de cima da ranhura feita.

Fonte: NBR-6459.

Agora, faz-se o golpeamento da amostra contra a base, girando a manivela à uma


razão de duas voltas por segundo, até que as bordas inferiores da ranhura se unam ao longo de
13 mm de comprimento, aproximadamente, e anote o número de golpes necessários. O
objetivo é que se feche corretamente em 35 golpes no primeiro ponto. Observe que se forem
necessários golpes excessivos, colou-se muita água anteriormente, portanto deve-se fazer a
homogeneização novamente até secagem da água em excesso, e se utilizou-se poucos golpes é
necessário acrescentar mais água, cuidadosamente, para assim aplicar os golpes novamente.
Transfira uma pequena parte do material que se fechou no centro para uma cápsula metálica e
faça a medição do teor de umidade, seguindo a NBR-6457.
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Figura 5: amostra antes e depois dos golpes sofridos.

Fonte: NBR-6459.

Feito o primeiro ponto (35 golpes), transfira o material para a porcelana


novamente, adicione novamente água destilada e misture-a com o auxílio da espátula por 3
minutos, energicamente. O processo deve ser feito para diferentes teores de umidade (entre 35
e 15 golpes) por, pelo menos, quatro pontos. Lançam-se os pontos em um gráfico monolog
(eixo das abscissas em escala logarítmica correspondendo ao número de golpes e das
ordenadas o teor de umidade) e constrói-se uma reta para o determinado intervalo, sendo o
Limite de Liquidez o teor de umidade correspondente a 25 golpes. O valor deve ser
representado em porcentagem , aproximado para o número inteiro mais próximo. Além disso,
se for impossível de se fazer a ranhura ou seu fechamento com mais de 25 golpes, se
considera a amostra como não apresenta limite de liquidez (NL).

3.2 - Limite de Plasticidade (LP)

Primeiramente, toma-se metade da amostra reservada (100 g) segundo a


NBR-6457, coloque-a na cápsula de porcelana, adicione água destilada em pequenas
quantidades e homogenize até a pasta atingir uma consistência plástica desejada, com o
auxílio da espátula. O tempo para homogeneização deve ser de 15 a 30 minutos, sendo o
maior tempo para solos argilosos.
Tome aproximadamente 10 g da pasta e faça uma pequena esfera. Utilizando a
palma da mão, role a esfera sobre a placa esmerilhada transformando-a em um pequeno
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cilindro. O objetivo é que o cilindro fissure quando chegar em aproximadamente 3 mm de


diâmetro e 100 mm de comprimento, utilizando o gabarito para comparação das medidas,
como mostra a figura abaixo. Por fim, fragmente o cilindro, transfira as partes para uma
cápsula metálica adequada e faça a leitura do teor de umidade, conforme a NBR-6457. Repita
o procedimento até obter, pelo menos, três valores de teor de umidade e faça a média entre os
mesmos, correspondendo ao valor de LP. Os três valores não devem diferir até 5% em relação
a média e o valor de LP deve ser expresso em porcentagem e na forma de número inteiro
(arredondar para o número inteiro mais próximo).

Figura 6: Comparação das medidas dos cilindros.

Fonte: Slide Prof. Dra Juliana Azoia L. - Aula 09 e 10_Estruturas dos solos e
limites de consistência.pdf.

Observe que, se o solo atingir o comprimento suficiente mas houver fissuras com
um diâmetro maior que 3 mm significa que não há água suficiente, então deve-se retornar a
amostra para a cápsula cerâmica e adicionar mais água, misturar novamente e refazer o
processo de molde. Ou, se o solo atingir o comprimento suficiente mas houver fissuras com
um diâmetro menor que 3 mm significa que há água em excesso, então deve-se retornar a
amostra para a cápsula cerâmica e misturar a pasta novamente, buscando evaporar um pouco a
água, para moldá-lo novamente. Além disso, se não for possível o molde do cilindro,
considere a amostra como não apresentando Limite de Plasticidade (NP).
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3.2 - Índice de Plasticidade (IP)

O IP dos solos deve ser obtido a seguinte equação:

𝐼𝑃 = 𝐿𝐿 − 𝐿𝑃

Tal que:
IP = Índice de Plasticidade
LL=Limite de Liquidez
LP=Limite de Plasticidade

Sendo o resultado final expresso em porcentagem. Se não for possível obter o valor final de
IP, considera-se a amostra como não plástica (NP).

4. RESULTADOS

Com a realização dos experimentos, para uma amostra 01 coletada a 1 metro de


profundidade na cidade de Maringá, os valores das massas das 5 amostras separadas úmidas e
secas após o período na estufa, assim como as massas das respectivas cápsulas e o número de
golpes executados, valores estes encontrados no teste de limite de liquidez, estão
representados na tabela abaixo.

Para a obtenção da massa de água presente nas amostras basta encontrar a diferença entre as
massas do conjunto antes e depois da secagem na estufa, logo:
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎 = 𝐴𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 ú𝑚𝑖𝑑𝑎 + 𝐶á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎 − ( 𝐴𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎 + 𝐶á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎)
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Para as cinco tentativas, tem-se:


𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎 1 = 27, 33 − 22, 52 = 4, 81𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎 2 = 26, 59 − 21, 83 = 4, 76𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎 3 = 26, 80 − 21, 74 = 5, 06𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎 4 = 25, 98 − 21, 31 = 4, 67𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎 5 = 25, 03 − 20, 20 = 4, 83𝑔
Para a massa de Sólidos basta subtrair da Massa da amostra seca a massa da cápsula:
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 = 𝐴𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎 + 𝐶á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎 − 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝐶á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎
Para as cinco tentativas, tem-se:
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 1 = 22, 52 − 5, 65 = 16, 87𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 2 = 21, 83 − 5, 75 = 16, 08𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 3 = 21, 74 − 5, 43 = 16, 31𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 4 = 21, 31 − 6, 71 = 14, 6𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 5 = 20, 20 − 5, 71 = 14, 49𝑔

Para encontrar o teor de umidade basta dividir a massa de água da amostra pela massa de
sólidos e multiplicar por 100:
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒(%) = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠
· 100, para todas as tentativas, obtém-se:
4,81
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 1 (%) = 16,87
· 100 = 28, 51%
4,76
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 2 (%) = 16,08
· 100 = 29, 60%
5,06
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 3 (%) = 16,31
· 100 = 31, 02%
4,67
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 4 (%) = 14,6
· 100 = 31, 99%
4,83
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 5 (%) = 16,87
· 100 = 33, 33%
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Com os valores obtidos, basta agora elaborar um gráfico em escala logarítmica com o teor de
umidade no eixo y em porcentagem e o número de golpes no eixo x.

Traça-se uma linha de tendência unindo os pontos encontrados:


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Após isso, projeta-se no gráfico o valor de 25 golpes para encontrar o respectivo valor de teor
de umidade que será o valor de limite de liquidez da amostra 01.

Com isso encontra-se o valor correspondente no gráfico de 30,6, porém é necessário


arredondar para o número inteiro mais próximo para encontrar o real valor. Portanto o Limite
de Liquidez da amostra é 31%.
Para encontrar o valor de Limite de Plasticidade, novamente é preciso calcular o teor de
umidade das porções da amostra separadas, as quais formaram o modelo de cilindro desejado.
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As massas das quatro porções úmidas e secas, juntamente com a massa de suas respectivas
cápsulas estão representadas na tabela abaixo.

Basta, então realizar o mesmo processo utilizado previamente na obtenção do Limite de


Liquidez, sabe-se que:
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎 = 𝐴𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 ú𝑚𝑖𝑑𝑎 + 𝐶á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎 − ( 𝐴𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎 + 𝐶á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎),
calculando as quatro tentativas, obtém-se:
Para as quatro tentativas, tem-se:
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎 1 = 9, 53 − 9, 07 = 0, 46𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎 2 = 9, 48 − 9, 06 = 0, 42𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎 3 = 8, 58 − 8, 18 = 0, 4𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎 4 = 8, 38 − 7, 97 = 0, 41𝑔

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 = 𝐴𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎 + 𝐶á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎 − 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝐶á𝑝𝑠𝑢𝑙𝑎


Para as quatro tentativas, tem-se:
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 1 = 9, 07 − 6, 6 = 2, 47𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 2 = 9, 06 − 6, 61 = 2, 45𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 3 = 8, 18 − 5, 78 = 2, 4𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 4 = 7, 97 − 5, 54 = 2, 43𝑔
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Para encontrar o teor de umidade basta dividir a massa de água da amostra pela massa de
sólidos e multiplicar por 100:
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 Á𝑔𝑢𝑎
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒(%) = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠
· 100, para todas as tentativas, obtém-se:
0,46
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 1 (%) = 2,47
· 100 = 18, 62%
0,42
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 2 (%) = 2,45
· 100 = 17, 14%
0,4
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 3 (%) = 2,4
· 100 = 16, 67%
0,41
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 4 (%) = 2,43
· 100 = 16, 87%

Fazendo a média dos valores encontrados, encontra-se a umidade média de 17,325%,


arredondando para o número inteiro mais próximo, acha-se o valor do Limite de Plasticidade
igual a 17.
Por fim, para encontrar o valor do Índice de Plasticidade basta realizar a diferença entre o
limite de liquidez e o limite de plasticidade, logo IP = 31 - 17 = 14. Portanto, obtém-se o
resultado final.
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5. CONCLUSÃO
Mediante os resultados apresentados, conclui-se que a amostra de solo apresenta um limite de
liquidez relativamente baixo, o que indica que para grandes teores de umidade, acima de 31%,
o solo entra em estado de liquidez, não tendo mais formato próprio e não apresentando
resistência a cisalhamento. Quanto ao limite de plasticidade, também é baixo, com menos de
17% de teor de umidade a amostra fica pouco moldável, quebradiça e pouca trabalhabilidade.
Portanto o intervalo no qual o solo se apresenta em estado plástico, referente ao índice de
plasticidade, igual a 14, é entre 17% e 31% de teor de umidade, um intervalo curto se
comparado a outros tipos de solo como a Ilita, Montmorilonita-Sódica e Montmorilonita.
Portanto é possível concluir que a amostra é de um solo granular classificado como
argilo-mineral de baixa atividade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LUKIANTCHUKI, Prof. Dra. Juliana Azoia. AULA 09 E 10_ESTRUTURA DOS SOLOS


E LIMITES DE CONSISTÊNCIA. 2022. Material da aula do dia 09/08/2022.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: Amostras de solo -


Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. - Ago de 1986.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6459: Solo - Determinação


do Limite de Liquidez. - Out 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7180: Solo - Determinação


do Limite de Plasticidade. - Out 1984.

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