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AGLOMERANTES PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

Disciplina: Tecnologia da Construção


Prof. Msc. Antônio Carlos Gomes
acarlosggomes@uol.com.br
AGLOMERANTES

Definição:

 Elementos ativos na confecção de pastas, argamassas


e concretos;
 Apresentam-se geralmente sob a forma pulverulenta
(dimensões inferiores a 0,075mm) e a maioria, quando
misturada com água tem a capacidade de aglutinar e
formar suspensões coloidais.
 Materiais ligantes que servem para solidarizar os grãos
de agregados imersos.
AGLOMERANTES

Classificação quanto ao tipo de endurecimento:

 Ativos: aqueles que endurecem em virtude de uma


reação química:

Inertes: aqueles que endurecem por simples


secagem.
AGLOMERANTES

Inorgânicos Orgânicos

 Cal  Betumes (asfaltos)

 Gesso  Resinas

 Cimento Portland

 Outros cimentos
AGLOMERANTES INORGÂNICOS
AGLOMERANTES

Os aglomerantes Ativos são Classificação em:

 Aéreos:

Hidráulicos:
AGLOMERANTES

Classificação:

 Aéreos:

 menos resistentes à ação prolongada da


água;

 Utilizáveis em ambiente seco.


AGLOMERANTES

Classificação:

 Hidráulicos

 mais resistentes à ação prolongada da


água;

 Utilizáveis em ambiente externo.


AGLOMERANTES

Classificação:

 Aéreos Hidráulicos
 Gesso  Cimento Portland
 Cal : hidratada e virgem
AGLOMERANTES

CAL
AGLOMERANTES - CAL

 Pó branco resultante da calcinação de


rochas calcárias

 Sacos de 20Kg
AGLOMERANTES - CAL

Produto calcinação : cal viva (estrutura


porosa)

 Para ser usado na construção: hidratação


AGLOMERANTES - CAL

> 850º C
AGLOMERANTES - CAL
AGLOMERANTES - CAL

UTILIZAÇÃO MAIS COMUM:


AGLOMERANTES - CAL

Argamassas:
mistas com cimento: cal hidratada, cimento
portland, areia e água, com ou sem aditivos.

 colocada nas paredes, antes da pintura –


acabamento.
 penetrar nas reentrâncias e vazios dos blocos
construtivos.
AGLOMERANTES - CAL

Argamassas:
 mistas com cimento
AGLOMERANTES - CAL

Argamassas:
 mistas com cimento
AGLOMERANTES - CAL

Pintura:

 componente de diferentes tipos de tintas


(excelente poder de cobertura)

 utilizada com água para pintura.


AGLOMERANTES - CAL

Estabilização do solo: processo no qual o solo é melhorado,


adquirindo propriedades necessárias para o fim a que se
destina.

O tratamento consiste basicamente na alteração das


propriedades mecânicas do solo “in situ” , conferindo ao
maciço maior resistência, menor compressibilidade e relativa
impermeabilidade.

OBS.: Na estabilização do solo, em função de suas caracteristicas


pode-se empregar cal , ainda com adição de materiais pozolânicos.
Estudos recentes utilizando cinza-cal (FURG).
AGLOMERANTES - CAL

Estabilização do solo:
 pavimentação
AGLOMERANTES - CAL

Estabilização do solo:
tijolo solo-cal
AGLOMERANTES - CAL

Estabilização do solo:
Jet grouting é uma técnica de melhoria de solos realizada
diretamente no interior do terreno sem escavação prévia, utilizando
para tal um ou mais jactos horizontais de grande velocidade (cerca de
250m/s)
Utilizado em diversas situações como por exemplo:
- Obras provisórias e definitivas, em escavações, reforço de
fundações,estabilidade de taludes, cortinas impermeáveis e túneis.
AGLOMERANTES - CAL
Jet grouting: Sequência executiva de uma coluna injetada
1- Perfuração rotativa, com injeção d´água sob pressão; 2- Vedação da saída d’água
seguida do início do processo de injeção;3- Subida ascencional da haste, a velocidade
constante, com injeção de calda a alta pressão e alta velocidade; 4- Prosseguimento do
tratamento, alternadamente, se consegue a formação de corpos cilíndricos com
diâmetro de até 2 m.
AGLOMERANTES - CAL
AGLOMERANTES - CAL
AGLOMERANTES - CAL
AGLOMERANTES - CAL

.
- Consolidação vertical de
abóbadas de túneis
AGLOMERANTES - CAL
AGLOMERANTES - CAL
AGLOMERANTES - CAL
AGLOMERANTES - CAL

Concreto celular

 Blocos de cimento, cal, areia e outros ( materiais silicosos e


alumínio em pó).

Produzidos em autoclave (sistema através do qual a peça é


exposta a altíssima temperatura e pressão).

 Blocos leves, porosos e têm boas qualidades


termoacústicas. Paredes internas.
AGLOMERANTES - CAL

Concreto celular
AGLOMERANTES - CAL

Lamas asfálticas
AGLOMERANTES - CAL

Blocos sílicos- calcários

 Mistura de areia e cal virgem moída. São blocos


prismáticos para alvenaria, fabricados com cal e
agregados finos, de natureza predominantemente de
quartzo, que depois da mistura íntima são moldados
em peças por pressão e compactação sofrendo
posteriormente endurecimento sob ação de calor e
pressão de vapor.
AGLOMERANTES - CAL

Blocos sílicos- calcários


AGLOMERANTES - CAL

NORMAS:
NBR 7175: 06/1992 – Cal hidratada para argamassas;
NBR 9289: 07/2000 – Cal hidratada para argamassas – Determinação da
finura;
NBR 9205: 12/2001 – Cal hidratada para argamassas – Determinação da
estabilidade;
NBR 9206: 07/2003 – Cal hidratada para argamassas – Determinação da
plasticidade;
NBR 9206: 03/2000 – Cal hidratada para argamassas – Determinação da
capacidade de incorporação de areia no plastômero de Voss;
NBR 9290: 04/1996 – Cal hidratada para argamassas – Determinação de
retenção de água;

NBR 6473: 04/1996 – Cal virgem e cal hidratada – Análise química;


AGLOMERANTES

GESSO
AGLOMERANTES - GESSO

 Pó branco de elevada finura


Calcinação da gipsita

 Predominantemente
Sulfatos e anidridos de cálcio
AGLOMERANTES - GESSO

 Mercado
Gesso, estuque ou gesso-molde

 Sacos 40/20Kg e pacotes de 1Kg


AGLOMERANTES - GESSO

Forros de gesso
AGLOMERANTES - GESSO

Decoração
AGLOMERANTES - GESSO

Revestimentos:

 Pastas e argamassas (não exterior)


substituindo o chapisco, emboço e reboco
(revestimentos em de cimento e cal)
AGLOMERANTES - GESSO
AGLOMERANTES - GESSO

Execução:
1. Aplicar com rolo de textura média uma demão de chapisco rolado
na superfície das lajes para garantir a aderência da pasta de
gesso.
2. Remover sujeiras, incrustações e materiais estranhos com pregos,
arames e pedaços de aço até que o substrato fique uniformizado.
3. Após 72 horas iniciar a preparação polvilhando o gesso na água,
dentro da argamasseira, até que o pó esteja totalmente submerso.
A seguir, misturar até obter uma pasta homogênea e sem grumos.
4. Começar o trabalho pelo teto, aplicando a pasta com o auxílio de
desempenadeira de PVC em movimentos de vai-e-vem.
5. Nas paredes (metade superior), o deslizamento deve ser realizado
de baixo para cima. Algum tipo de referência, pequenas talisaca
ou batentes –deve ser escolhido para medir a espessura da
camada de revestimento.
AGLOMERANTES - GESSO

Execução:
6. Regularizar a espessura da camada, aplicando a pasta com a
desempenadeira, agora, no sentido horizontal. Cada faixa deve
ser sobreposta à anterior e a espessura da camada deve ter de a
1 a 3 mm.
7. Retirar os excessos limpando o teto e a parede com régua de
alumínio. Em seguida conferir a espessura do revestimento junto
à referência escolhida
8. Limpar a superfície com o canto da desempenadeira de aço para
eliminar ondulações e falhas e, depois, aplicar nova camada de
pasta para cobrir os vazios e imperfeições das superfície,
assegurando a espessura final do revestimento.
9. Desempenar cuidadosamente os excessos e rebarbas exercendo
uma certa pressão para obter a superfície final. A aplicação de
pintura deve respeitar o período de cura e ser executada após o
lixamento da superfície.
AGLOMERANTES - GESSO

Dicas:
 Evitar o uso de blocos com superfície muito lisa e que tenham absorção de
água muito baixa (blocos cerâmicos requeimados)
 Utilizar gessos de finura elevada, densidade aparente entre 0,7 e 1 que
tenham, no mínimo, 60% de gesso calcinado na composição.
 Verificar a resistência à tração do gesso (entre 7 e 36 Kgf/cm2) e à
compressão (entre 50 e 150 Kgf/cm2)
 Vedar as caixas elétrica e demais tubulações hidráulicas durante a aplicação
do gesso liso.
 Manter o local da obra livre de sujeiras, pregos, arames, aços e incrustações
para evitar possíveis falhas pré e pós-aplicação do revestimento
 Verificar o alinhamento vertical, horizontal e existência de ondulações ou
defeitos que possam ser corrigidos.
 Verificar com atenção o fator água/gesso. A falta ou excesso pode prejudicar
a pega e o endurecimento da pasta. Recomenda-se o uso de 36 a 40l de
água para cada saco de 40 Kg de gesso.
AGLOMERANTES - GESSO
AGLOMERANTES - GESSO

Paredes divisórias

 gesso acartonado
AGLOMERANTES - GESSO

Gesso acartonado

 placas de gesso industrializadas que substituem


alvenarias e argamassas de revestimento.
 estrutura interna que suporta o painel, formando paredes,
inclusive curvas.
utilizado em ambientes internos, como cinemas, hospitais,
hotéis, dentre outros.
AGLOMERANTES - GESSO
AGLOMERANTES - GESSO
AGLOMERANTES - GESSO
AGLOMERANTES - GESSO
AGLOMERANTES - GESSO
AGLOMERANTES - GESSO

Gesso acartonado
AGLOMERANTES - GESSO

Gesso acartonado
AGLOMERANTES - GESSO

Gesso acartonado

 Material leve: reduz de 10% a 15% as fundações


 Execução mais rápida
 Menor sobra de entulhos
 Possibilita a modificação de layout conferindo flexibilidade ao
sistema
AGLOMERANTES - GESSO

Gesso acartonado

 Chapas normais, resistentes à umidade (tratadas com produtos


hidrofugantes) e ao fogo

 Isolantes acústicos: três placas em cinemas


AGLOMERANTES - GESSO

Gesso reforçado com fibras de vidro

 Blocos de gesso especiais, com fibra de vidro

uso em áreas úmidas, ou que serão submetidas a


impactos
AGLOMERANTES - GESSO

Gesso reforçado com fibras de vidro


AGLOMERANTES - GESSO

Blocos, colas

 Bloco de gesso para paredes


divisória
Cola de gesso: produto em pó
específico para colagem de pré-
moldados de gesso.

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