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ARGAMASSAS

INTRODUÇÃO

primeiras misturas de
ARGAMASSAS sucesso na junção de
blocos de alvenaria

CAL AREIA ÁGUA


EXEMPLO

Brasil argamassa começa a ser


utilizada no primeiro século de
nossa colonização, para
assentamento de alvenaria de
pedra
DEFINIÇÃO

ARGAMASSAS

Mistura
homogênea

AGLOMERANTE AREIA ÁGUA


PRINCIPAIS USOS DAS
ARGAMASSAS

Unir elementos;

 Resistir aos esforços;

 selar juntas contra a infiltração;

 colar materiais de revestimento;

 dar acabamento em tetos e


paredes;

 regularizar pavimentos etc.


CLASSIFICAÇÃO

QUANTO À PRODUÇÃO:

 Dosadas em central

*Características

- Tendência a pouco erro humano;


- não ocupa muito espaço no canteiro de obras;
- dosagem controlada.

 Fabricadas na obra
*Características

-Mais fácil de ocorrer erro;


-Ocupa mais espaço no canteiro
de obras;
- dosagem nunca bem
controlada.
CLASSIFICAÇÃO

Industrializada:

Só necessita adicionar água para a utilização.


CLASSIFICAÇÃO

Dosada em central:

Materiais constituintes medidos em massa – grandes obras


CLASSIFICAÇÃO

Preparada na obra:

Materiais dosados em volume na própria obra pode ser


misturada manualmente ou em betoneiras.
CLASSIFICAÇÃO
QUALIFICAÇÃO DAS
ARGAMASSAS

Fatores que influenciam as


propriedades das argamassas:

 Qualidade e quantidade do
aglomerante;
 Qualidade e quantidade do agregado;
 Quantidade de água.
DOSAGEM

> A dosagem da quantidade de cada


componente das argamassas, também é chamada
de traço;

> O traço das argamassas varia bastante, é


calculado de acordo com a finalidade de
aplicação.
DOSAGEM

Finalidade Traço* Materiais Rendimento pôr


saco de cimento
Assentamento de tijolos 1:2:8 Cimento, cal e areia 16 m²
cerâmicos
Assentamento de Blocos de 1:1/2:6 Cimento, cal e areia 30 m²
concreto
Camada de nivelamento 1:3 Cimento e areia Variável
(regularização)
Chapisco 1:3 Cimento e areia 30 m²
Massa única (reboco) 1:2:8 Cimento, cal e areia 17 m² (e=2,5 cm)
Cimentado 1:3 Cimento e areia 4m² (e=2,5 cm)
REVESTIMENTOS DE
ARGAMASSAS

Comumente executada por três camadas:


1. Chapisco
2. Emboço
3. Reboco

Fonte: Baía e Sabbatini, 2004

> CHAPISCO: promove a aderência do emboço, evitando que o mesmo se


solte;

> EMBOÇO: é a camada de regularização da superfície (deve ser  2cm);

> REBOCO: camada fina que serve para preparar a superfície par receber o
acabamento final, lixamento e pintura.
CLASSIFICAÇÃO

QUANTO À SUA UTILIZAÇÃO

 Assentamento : para assentar elementos de alvenaria

 Revestimento: revestir paredes, muros, tetos etc.

 Fixação (colantes) : para revestimento cerâmicos

 Regularização: regularizar um base como piso ou paredes


(são produzidas com areia e cimento)

 Recuperação: usadas em recuperação de estruturas danificadas.


Produzidas em fábrica. São argamassas especiais, necessitam de
dosagem controlada, usa-se aditivos.
QUALIFICAÇÃO DAS
ARGAMASSAS

Condições a que uma boa argamassa deve satisfazer:

 Resistência Mecânica
 Compacidade
 Impermeabilidade
 Aderência
Durabilidade

A maior ou menor IMPORTÂNCIA destas condições


dependem da FINALIDADE da argamassa
ADITIVOS

Produtos adicionados à argamassa em pequena


quantidade com a finalidade de melhorar uma ou
mais propriedades no estado fresco ou
endurecido.

 HIDROFUGANTES
 INCORPORADORS DE AR
 PLASTIFICANTES
RETENTOR DE ÁGUA
ADITIVOS

- HIDROFUGANTE: reduz a absorção de água da argamassa

-INCORPORADOR DE AR: capaz de formar microbolhas de ar


estáveis, distribuídas homogeneamente na argamassa,
conferindo-lhe melhor trabalhabilidade, redução de consumo
de água e menor permeabilidade

TRABALHABILIDADE = FACILIDADE DE MANUSEIO


ADITIVOS

- PLASTIFICANTE: permite a diminuição de água sem


prejudicar a trabalhabilidade;

- RETENTOR DE ÁGUA: reduz a evaporação de água da


argamassa fresca (promove a hidratação do aglomerante).
ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

Constituída de aglomerantes hidráulicos,


agregados minerais e aditivos, em estado
seco e homogêneo, onde o usuário
somente necessita adicionar água nas
quantidades indicadas para obter uma
massa viscosa, plástica e aderente.
ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

Início da produção no Brasil: década de 1990

Atualmente: mais de 30 tipos com diversas aplicações

contrapisos
revestimentos internos e externos
assentamento de cerâmicas e blocos para alvenaria
decoração e texturas
 rejuntes
ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

ARGAMASSAS COLANTES

Denominação das argamassas


industrializadas empregadas no
assentamento de placas cerâmicas para
revestimentos;

Apresentam-se em diferentes tipos


adequados às mais diversas
solicitações .
ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

ARGAMASSAS COLANTES
(CLASSIFICAÇÃO):

1. AC – I (uso interno)

Resistente às solicitações típicas de cerâmicas internas


para formatos inferiores a 45x45cm, em pisos ou paredes,
exceto aquelas aplicadas em áreas especiais como
saunas, churrasqueiras, estufas, etc.
ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

ARGAMASSAS COLANTES
(CLASSIFICAÇÃO):

2. AC – II (uso externo e ou interno)

 Interferências de temperatura e umidade;


 Cerâmicas externas (< 45x45cm), com absorção entre 3% e 6%, em
pisos ou paredes;
 Revestimento de fachada em formatos menores que 20x20cm ou
limitado a altura de 3,0m para formatos maiores;
 Revestimentos de piscinas residenciais não aquecidas.
ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

ARGAMASSAS COLANTES
(CLASSIFICAÇÃO):
3. AC – III (uso externo ou interno em locais com grandes solicitações)

 Possui alta adesividade e flexibilidade;


 Cerâmicas e porcelanatos em fachadas (< 45x45cm) e paredes
internas (< 60x120cm);
 Cerâmicas e porcelanatos em pisos internos de alto tráfego;
 Mármores e granitos em fachadas (< 40x40cm);
 Saunas úmidas e pisos aquecidos até 70oC.
ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

ARGAMASSAS COLANTES
(CLASSIFICAÇÃO):

4. AC – III – E
(uso externo ou interno em locais com grandes solicitações)
Semelhante a AC – III, porém com o tempo em aberto extendido
ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

ARGAMASSAS COLANTES
(CARACTERÍSTICAS):

TEMPO EM ABERTO

Tempo máximo que a argamassa, após a sua aplicação na base, fica


úmida e com suas propriedades otimizadas;

Tempo que o profissional que está aplicando o revestimento tem para


aplicar e alinhar o mesmo, sem comprometer a aderência deste.
ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

ARGAMASSAS COLANTES
(CARACTERÍSTICAS):

TEMPO DE
MATURAÇÃO
Intervalo de tempo entre o fim
da preparação da
argamassa fresca e o início
da aplicação, devendo ser
expresso em minutos na
embalagem.
ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

ARGAMASSAS COLANTES
(CARACTERÍSTICAS):

TARDOZ

Parte da cerâmica a qual se aplica a argamassa colante.


ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

ARGAMASSAS COLANTES
(CARACTERÍSTICAS):

ARMAZENAMENTO
Deve ser efetuado em local protegido da umidade. As pilhas devem
ser colocadas sobre estrados de madeira e não devem ter mais
de 1,5m de altura
ARGAMASSA
INDUSTRIALIZADA

ARGAMASSAS COLANTES
(APLICAÇÃO):
CONCRETO
ORIGEM DO NOME
CONCRETO

>Tradução da obra de Vitruvius (De Architetura


1º séc. a.C.) explica a e produção do concreto
Romano;

>União de pozolânias, pedras vulcânicas e uma


areia vulcânica reativa natural deu origem ao
“opus cimentium” ou “concretus” = fundido e
misturado.
TÉCNICAS
EMPREGADAS

Com as práticas descobriram seus benefícios:

*Resistência de vencer maiores vãos quando


moldado em arcos, abobadas e cúpulas;

*Quando colocados em fôrmas, assumiam as


formas desejadas;

* Maior segurança contra o fogo nas cobertas em


relação as tradicionais vigas de madeira que
sustentavam os telhados.
TÉCNICAS
EMPREGADAS

Não possuíam a técnica das armaduras de ferro


para resistir aos esforços de tração e flexão, e como
solução utilizavam a adição de materiais como
pedras e tijolos (concreto conhecido hoje como
ciclópico = pedras de 40 a 50 cm pesando mais de 5
kg).
CONCEITOS E
DEFINIÇÕES

> O concreto é o material mais utilizado na


construção civil, composto por uma mistura
de cimento, areia, pedra e água, além de
outros materiais eventuais, os aditivos e as
adições;

> Quando armado com ferragens passivas,


recebe o nome de concreto armado, e
quando for armado com ferragens ativas
recebe o nome de concreto protendido.
CARACTERÍSTICAS
GERAIS

Sua resistência e durabilidade dependem da


proporção (traço) entre os materiais que o
constituem.
CONTROLE DO
CONCRETO

Componente Influência
Propriedades
Natureza Pequena
1. Controle dos materiais: Agregado Forma Variável
Graúdo
Granulometria Pequena
Resistência Variável
A qualidade do concreto depende Natureza Pequena
dos materiais que serão utilizados; Agregado Forma Média
Miúdo
Granulometria Média
Finura Grande
Cada material influencia de um jeito Impurezas Grande
as propriedades do concreto. Cimento Tipo Variável
Procedência Variável
Água Impurezas Grande
Nocivas
CONTROLE DO
CONCRETO

2. Controle da resistência:

Controlar a qualidade do concreto;

Proporcionar informações sobre as


propriedades do concreto.
CONTROLE DO
CONCRETO

3. Controle dos equipamentos:


Utilização de equipamentos como: vibradores, balança para dosagem, aplicadores da
película de cura, entre outros;

Equipamentos em bom estado.

4. Controle dos procedimentos:


Procedimentos devidamente conduzidos;

Equipamentos acompanhados com informações sobre capacidade, tolerância,


operação e manutenção;
PRODUÇÃO DO
CONCRETO

1. Mistura:

> Os componentes do concreto devem ser


misturados totalmente, constituindo uma massa
homogênea;

> A mistura pode ser feita no local da obra ou em


uma usina de concreto pré-misturado.
PRODUÇÃO DO
CONCRETO

2. Transporte:

> O transporte do concreto até o canteiro de obras


precisa ser feito o mais rápido possível;

> Atrasos no transporte podem acarretar no


enrijecimento do concreto;

> A forma de como o transporte é realizado pode


causar a segregação (sedimentação) do concreto.
PRODUÇÃO DO
CONCRETO

3. Lançamento:

> O lançamento deve ser feito de maneira uniforme nas


fôrmas, evitando a concentração e deformação das
mesmas;

> Devem ser observados cuidados no lançamento.


(quando a altura de queda livre for superior a dois
metros - Neste caso recomenda-se o uso de funis, calhas
ou trombas);

> O lançamento nas fôrmas deve ser feito em camadas


de altura compatível com o adensamento previsto.
PRODUÇÃO DO
CONCRETO

4. Adensamento:

> É o processo de moldagem do concreto nas formas e


em torno das peças embutidas;

> Tem o objetivo de expulsar bolsões de ar retidos no


concreto;

> Na atualidade é feito quase sempre por meio de


vibração.
PRODUÇÃO DO
CONCRETO

5. Nivelamento:

> É o processo de retirada do excesso


superficial de concreto, de modo a deixar a
superfície com o nível desejado;

> É feito utilizando movimentos de vai e vem


com uma régua pressionada contra a
superfície;

> Esses processos devem ser efetuados antes


que haja um acumulo de águam na superfície,
para evitar defeitos.
PRODUÇÃO DO
CONCRETO

6. Desempeno:

> É uma operação realizada com pranchas de madeira


ou lâminas de metal com o objetivo de embeber os
agregados, compactar a superfície, e remover
imperfeições remanescentes;

> O desempeno feito muito cedo ou por muito tempo


pode enfraquecer a superfície;

> Depois do desempeno pode-se alisar a superfície se


for desejado obter um acabamento muito liso e de
alta resistência ao uso, porém o alisamento não deve
ser feito em superfícies não desempenadas.
PRODUÇÃO DO
CONCRETO
PRODUÇÃO DO
CONCRETO

7. Cura:

> Tem o objetivo de impedir a perda precoce de


umidade e controlar a temperatura do concreto
durante período suficiente pra que ele alcance o
nível de resistência desejado;

> No caso de locais com clima quente, a cura


ocorre com a constante umidificação do concreto
pra impedir que água no concreto evapore;

> Em locais de clima frio, o concreto deve ser


protegido contra congelamento utilizando mantas
termo-isolantes;
PRODUÇÃO DO
CONCRETO
PRODUÇÃO DO
CONCRETO

8. Desmoldagem:

> A desmoldagem é geralmente o ultimo processo


realizado na fase de produção do concreto;

> As formas não devem ser removidas até que o concreto


esteja resistente o suficiente para suportar as tensões de
cargas permanentes e cargas impostas pela construção;

> O concreto deve estar resistente o suficiente para que


não seja danificado pelo processo de desforma ou por
outras atividades da obra;

> Para saber se o concreto já está pronto para desforma é


melhor utilizar medição direta da resistência do que confiar
em escolhas de tempo arbitrários das empresas
cimentíceas.
TIPOS DE CONCRETO

> Concreto convencional: usado no dia a dia da construção;

> Concreto auto adensável: obtido através de aditivos


superplatificantes;

> Concreto ecológico: pode ser usado em sua composição até


30% de brita de borracha;

> Concreto de alto desempenho: possui elevadas resisitências;

> Concreto Protendido: possui cabos de aço de alta resistência;

> Concreto colorido: com pigmentação em sua composição.


Concreto autoadensável

Concreto convencional
Concreto protendido
Concreto colorido
> Concreto leve: com uso de agregado leve em sua composição
(isopor, argila expandida);

> Concreto pesado: com agregados de elevada massa unitária


(hematita – construção de câmaras de raio-x/paredes de reatores
nucleares;

> Concreto ciclópico: possui pedras de mão ou matacão em sua


composição;

> Concreto celular: obtido com o uso de uma espuma especial (pó
de alumínio) em sua composição (blocos leves).

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