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Tecnologia dos Materiais de

Construção
AULA 3: MATERIAIS CERÂMICOS.
Pedras artificiais
Costuma-se chamar de pedras artificiais a uma série de
materiais que substituem as pedras em suas aplicações
ou têm aparências gerais semelhantes.
As pedras artificiais pertencem a dois grandes grupos:
os materiais de cerâmica e os de cimento.
Cerâmica

A indústria cerâmica é uma das mais antigas do


mundo, em vista da facilidade de fabricação e
abundância de matéria-prima – o Barro.
Cerâmica

Os homens primitivos revestiam as cestas de vime com


barro para estas terem maior resistência e
durabilidade. Mais tarde eles viram que poderiam
dispensar os vimes e usar apenas o barro.
Cerâmica

Posteriormente, constatou-se que o calor endurecia o


barro lhe dando mais resistência, daí surgiu a cerâmica
propriamente dita, que depois foi sendo empregadas
para os mais diversos fins.
Cerâmica
 Definição

Chama-se cerâmica a pedra artificial obtida pela


moldagem, secagem e cozedura de argilas ou de
misturas contendo argilas
Cerâmica vermelha
O setor industrial responsável pela fabricação da
cerâmica vermelha no Brasil possui grande
importância, em função da grande quantidade de
produtos utilizados na construção civil.

• A indústria de cerâmica vermelha corresponde a


4,5% da Indústria da construção civil;
• Totaliza cerca de 7.400 empresas;
• Consome cerca de 10.300.000 toneladas de argila
por mês.
Cerâmica vermelha
 Argila
A argila é um material natural, terroso, de baixa
granulometria, que apresenta plasticidade quando
misturado com quantidade adequada de água. As
argilas são provenientes da decomposição de rochas.
Cerâmica vermelha
Cerâmica vermelha
 Sazonamento

Consiste na exposição da argila a intempéries, de


modo que ocorra alterações de suas características,
tais como a desagregações de torrões. O tempo de
sazonamento pode variar de 1 a 12 meses.
Cerâmica vermelha
 Mistura

É comum a mistura de argilas de duas jazidas


diferentes para corrigir defeitos que a argila da jazida
principal tenha.
Cerâmica vermelha
 Moldagem
A moldagem das peças podem ser realizada por
extrusão ou por prensagem. O processo de
extrusão é o mais comum na fabricação de tijolos,
enquanto a prensagem é utilizada para telhas.
Cerâmica vermelha
 Secagem
Para a moldagem da argila é necessário um teor
elevado de umidade. Esta umidade deve ser
retirada lentamente de forma a evitar o
aparecimento de deformações ou fissuras.
Cerâmica vermelha
 Queima
O aquecimento da argila gera alterações físico-
químicas irreversíveis, que resulta na mudanças nas
suas propriedades.
 Até 150°C: ocorre a evaporação da água livre;
 Até 600°C: ocorre a perda de água absorvida;
 Até > 600°C: decomposição de matérias orgânicas;
 Entre 800 e 1100°C: ocorre a vitrificação da argila.
Componentes

Os principais componentes de cerâmica vermelha


são os tijolos maciços, de bloco cerâmico, as telhas
e os tubos cerâmicos.
Cerâmica vermelha
 Tijolos

Vedação com Vedação com Estrutural com Estrutural com


furos na furos na vertical paredes maciças paredes vazadas
horizontal
Cerâmica vermelha
 Tijolos de adobe

O tijolo de adobi é um material usado na construção civil.


É considerado um dos antecedentes históricos do tijolo de
barro e seu processo construtivo é uma forma rudimentar
de alvenaria. Adobi são tijolos de terra crua, água e palha e
algumas vezes outras fibras naturais, moldados em fôrmas
por processo artesanal ou semi-industrial.
Cerâmica vermelha
 Tijolos

Dimensões de fabricação de blocos cerâmicos segundo a NBR 15.270 (ABNT, 2005).


Cerâmica vermelha
 Tijolos

Resistência à compressão mínima de blocos cerâmicos segundo a NBR 15.270 (ABNT,


2005).
Cerâmica para acabamento
 Definição

Em construção civil, define-se como o


recobrimento de uma determinada área utilizando-
se placas cerâmicas corretamente especificadas
com rejuntamento e argamassa colante adequados.
Cerâmica para acabamento
 Vantagens da utilização de revestimentos
cerâmicos
• As placas cerâmicas possuem uma facilidade de
limpeza, o que quando corretamente especificada
de acordo com o ambiente de uso, torna uma
manutenção simples;

• São materiais antialérgicos;


Cerâmica para acabamento
 Vantagens da utilização de revestimentos
cerâmicos
• Os revestimentos cerâmicos, se bem especificados
em função do local de uso e bem assentados,
apresentam excelente durabilidade, pois são
materiais considerados inertes;

• Protege a estrutura dos edifícios com relação a


incêndio, pois são materiais não inflamáveis e de
baixa condutibilidade térmica;
Cerâmica para acabamento
 Atenção!

O especificador deve sempre verificar se o


revestimento atende às exigências do local através
da absorção de água, da expansão por
umidade e da resistência mecânica da base
da placa. Além de verificar a resistência à
abrasão e a resistência ao ataque químico.
Cerâmica para acabamento
 Atenção!
Cerâmica para acabamento
 Atenção!
Cerâmica para acabamento
 Atenção!
Cerâmica para acabamento
 Fabricação
Cerâmica para acabamento
 Fabricação Absorção de Água
Nomenclatura
Classificação Norma
Comercial

< que 0,5 % -


Porcelanato BIa
Porcelanato Técnico

0,5 a 3,0 % Grês BIb


3,0 a 6,0 % Semi – Grês BIIa
6,0 a 10 % Semi – Poroso BIIb
10 a 20 % Poroso BIII

O que a absorção de água causa nos revestimentos cerâmicos longo


prazo?
Os revestimentos cerâmicos em primeiro lugar escurecem, outro
fator importante é que a longo prazo quanto mais uma placa absorve
umidade mais frágil ela se torna!
Cerâmica para acabamento
 Fabricação
Cerâmica para acabamento
 Resistência à abrasão

A resistência à abrasão consiste na resistência ao


desgaste superficial que a placa cerâmica apresenta
devido ao movimento de pessoas e objetos.
A classificação da cerâmica quanto a resistência a
abrasão varia de 0 a 5 e é denominada de PEI.
Cerâmica para acabamento
 Resistência à abrasão
Cerâmica para acabamento
 Encardido

Como o esmalte é fundido sobre a placa, este pode


apresentar microbolhas em seu interior. Quando a
placa for submetida a desgaste, as microbolhas
podem se abrir e permitir a entrada de sujeira, o
que faz com que a placa fique encardida, a
chamada “trilha de circulação”.
Cerâmica para acabamento
 Coeficiente de atrito

A especificação da placa cerâmica para a utilização


em pisos deve levar em consideração, dentre
outros fatores, a segurança do usuário ao andar
sobre a superfície.
Cerâmica para acabamento
 Coeficiente de atrito

Nas áreas públicas cuidados especiais devem ser


tomados em: calçadas, bordas de piscina,
vestiários, rampas e escadas;
Nas áreas residenciais deve haver um cuidado
maior no boxe do banheiro, área de serviço e
sacadas.
Cerâmica para acabamento
 Análise visual
Os defeitos
inspecionados na
análise visual são:
rachaduras,
depressões, cantos
lascados, manchas,
saliências, etc. A
norma classifica como
o lote de qualidade
quando mais de 95%
das peças não
apresenta defeitos
Cerâmica para acabamento
 Classificação quanto ao critério de fixação

• Não aderentes (insertos metálicos);


Cerâmica para acabamento
 Classificação quanto ao critério de fixação

• Não aderentes (insertos metálicos);


• Aderentes (argamassa colante ou sistema úmido
sobre úmido).
Cerâmica para acabamento
 Classificação quanto ao critério de fixação
 Chapisco
• aumentar a aderência da
argamassa;
•homogeneizar absorção da base.
 Camada de regularização
• promover regularização da base;
• servir de substrato para o
acabamento;
• auxiliar na estanqueidade da
vedação;
• contribuir para o isolamento
termo-acústico;
• proteger a base contra agentes
agressivos.
Cerâmica para acabamento
 Fixação com argamassa colante

• AC-I - Interior;
• AC-II - Exterior;
• AC-III - Alta resistência;
• AC-III-E - Especial;
Cerâmica para acabamento
 Fixação com argamassa colante
Cerâmica para acabamento
 Sistema úmido sobre úmido

O sistema úmido sobre úmido não é um sistema


normalizado como o da argamassa industrializada,
mas é muito empregado no mercado local de
Fortaleza. Têm as suas peculiaridades: a argamassa de
assentamento, rica em cimento (muito rígida), não é
recomendável em placas cerâmicas de baixa absorção
(< 2,0 %).
Cerâmica para acabamento
 Sistema úmido sobre úmido
• Interação da argamassa de
assentamento com o emboço;
• Execução do assentamento
das placas cerâmicas logo após
a realização do emboço;
• Argamassa de assentamento
(cimento e areia fina):
• Traço: 1:0,5 ou 1:1.
Cerâmica para acabamento
 Fatores de agressão

As placas cerâmicas podem sofrer diferentes tipos de


agressão, provenientes tanto do meio externo como do
meio interno da edificação.
Cerâmica para acabamento
 Fatores de agressão

 Meio externo:

• Aquecimento e dilatação pelo sol;


• Umidificação pela chuva;
• Ressecagem e resfriamento pelo vento;

• Ação de poluentes.
Cerâmica para acabamento
 Fatores de agressão

 Meio interno:

• Resfriamento por ar condicionado;


• Umidade interna;
• Aquecimento.
Cerâmica para acabamento
 Principais patologias
O fenômeno da EFLORESCÊNCIA, bastante conhecido e
pesquisado, resulta da dissolução dos sais presentes na
argamassa (ou nos componentes cerâmicos, ou provenientes
de contaminações externas etc.) e seu posterior transporte
pela água através dos mais variados materiais porosos.
Cerâmica para acabamento
 Principais patologias
O GRETAMENTO é um problema que ocorre no
revestimento quando o esmalte se rompe devido à
incompatibilidade de dilatação entre a base e o esmalte,
agravada pela variação de umidade e temperatura.
Pode ser entendido como uma série de aberturas inferiores a
1 mm e que ocorrem na superfície esmaltada das placas.
Cerâmica para acabamento
 Principais patologias
DESPLACAMENTO
Cerâmica para acabamento
 Classe de agressividade

 Quarto;
 Banheiro;
 Sala;
 Entradas de hotéis;
 Shopping;
Cerâmica para acabamento
 Classe de agressividade

 Quarto; PEI II;


 Banheiro;
 Sala;
 Entradas de hotéis;
 Shopping;
Cerâmica para acabamento
 Classe de agressividade

 Quarto; PEI II;


 Banheiro; PEI I;
 Sala;
 Entradas de hotéis;
 Shopping;
Cerâmica para acabamento
 Classe de agressividade

 Quarto; PEI II;


 Banheiro; PEI I;
 Sala; PEI III;
 Entradas de hotéis;
 Shopping;
Cerâmica para acabamento
 Classe de agressividade

 Quarto; PEI II;


 Banheiro; PEI I;
 Sala; PEI III;
 Entradas de hotéis; PEI IV;
 Shopping;
Cerâmica para acabamento
 Classe de agressividade

 Quarto; PEI II;


 Banheiro; PEI I;
 Sala; PEI III;
 Entradas de hotéis; PEI IV;
 Shopping; PEI V;

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