Você está na página 1de 97

AULA 06 – MATERIAIS CERÂMICOS

Angicos, RN
2023
Produtos cerâmicos para
construção
1. Produtos de cerâmica vermelha
a) Porosos: tijolos, telhas, ladrilhos, etc.

b) Vidrados ou gresificados: tijolos especiais, manilhas, etc.

2. Materiais cerâmicos para acabamento


a) azulejos, materiais sanitários, pastilhas, porcelanato e
ladrilhos.

2
Produtos cerâmicos para
construção
3. Materiais refratários
a) Silicosos

b) Silico-aluminosos

c) Aluminosos

d) Magnesita

e) Cromomagnesita

f) Cromita.
3
Materiais de Argila
Tijolos
Tijolos comuns maciços – alvenarias

Tijolos comuns furados – alvenarias

Tijolos especiais furados – elementos das lajes mistas ou peças de


ligação de viguetas pré-fabricadas.

Telhas
curvas (coloniais, portuguesas ou árabes),

planas (ou de escamas)

de encaixe (francesas ou de Marselha) 4


Materiais de Argila

Manilhas
Os tubos cerâmicos para condução de esgotos
sanitários, remoção de despejos industriais e
canalização de águas pluviais são produtos
cerâmicos vidrados.

Ladrilhos
Os ladrilhos cerâmicos são moldado pelo método
da prensagem a seco, cuidando-se de preencher
bem o molde para obter peças de espessura
uniforme e igualmente prensadas. 5
Materiais de Argila

Ladrilhos
As temperaturas de cozimento são altas, de
1250 a 1300oC, até alcançar um elevado grau
de vitrificação, tornando o material compacto
e impermeável.

Tem bom aspecto, geralmente de cor


vermelha, podendo apresentar-se coloridos
com o uso de pigmentos adequados. São
duráveis, resistentes aos ácidos e elevada
resistência ao desgaste. Esta última
propriedade é a mais importante, pois são
materiais usados em pisos.
6
Materiais de louça
Azulejos
Constituídos de 2 camadas:

Uma de argila selecionada, espessura grande (biscoito) e outra fina, de


um esmalte que recobre uma das faces e que lhe proporciona
impermeabilidade e alta durabilidade.

Função: Revestir outros materiais, dando proteção e bom acabamento.

Moldagem por prensagem ou extrusão, secagem por meios naturais ou

artificiais e queima a cerca de 950oC.

Após aplicação do esmalte o material é recozido. Na parte posterior


deve apresentar saliências e reentrâncias. 7
Materiais de louça
Aparelhos sanitários
Bacias sanitários, lavatórios e
mictórios.

Aparelhos de grés branco.

Cozimento a 1200oC, antes e


depois da esmaltagem.

8
Materiais refratários
Um material refratário tem ponto de fusão
elevado. Deve resistir à ação de gases e
escórias que são produzidos durante o
processo. Alta resistência à abrasão a
quente e condutibilidade térmica baixa e
estabilidade dimensional .

Matéria prima: quartzitos, arenitos e areias


silicosas, com mais de 90% de SiO2.

Feitos à base de argilas refratárias com 50


a 70% de SiO2, 20 a 40% de Al2O3 e menos
de 10% de fundentes.
9
Novidades do mundo das cerâmicas

10
O que são
Materiais
Cerâmicos?
11
E o que são materiais cerâmicos?
Microestrutura dos materiais cerâmicos

❖ Os materiais cerâmicos podem ser definidos como sendo


materiais formados por compostos de elementos metálicos (Al,
Na, K, Mg, Ca, Si, etc) e um dos cinco seguintes elementos não
metálicos: O,S, N, C e P.

❖ Esses elementos são unidos por ligações fortes iônicas e/ou


covalentes.

❖ Alguns exemplos de compostos cerâmicos são a sílica (SiO2), a


alumina (Al2O3) e óxido de magnésio (MgO).

12
E o que são materiais cerâmicos?
Microestrutura dos materiais cerâmicos

❖ Existem muitas fases cerâmicas, uma vez que são muitas as


combinações possíveis de átomos metálicos e não metálicos,
além do mais podem existir vários arranjos estruturais diferentes
para uma mesma combinação (por exemplo, a sílica pode se
apresentar sob várias formas cristalinas, como o quartzo, a
cristobalita e a tridimita.

❖ A maior parte das fases cerâmicas é cristalina; no entanto, existe


também materiais cerâmicos com estrutura amorfa, como os
vidros.

13
E o que são materiais cerâmicos?
Microestrutura dos materiais cerâmicos

❖ Os materiais cerâmicos apresentam uma grande diversidade de


estruturas cristalinas algumas simples outras complexas. Entre a
mais famosa está a estrutura dos silicatos (compostos
essencialmente por Si e O).

❖ Os silicatos é caracterizado pelo seu amplo emprego como


matéria prima dos materiais de construção.

❖ Um exemplo clássico de material de construção onde os silicatos


estão presentes é o cimento portland e os agregados para
concreto. Os silicatos são os principais responsáveis pela
resistência mecânica dos compósitos preparados com cimento.
14
Microestrutura dos materiais cerâmicos
❖ O silicato mais simples é o dióxido de silício ou sílica (SiO2).
Existe três formas cristalinas polimórficas principais da sílica:
quartzo, cristobalita e tridimita.

15
Características dos materiais cerâmicos

❖ Estabilidade térmica: apresentam temperatura de fusão superior à


dos metais e polímeros, pois é necessário grande quantidade de
energia para romper suas ligações.

❖ Má condutores de calor: por não possuírem elétrons livres na


superfície.

❖ Baixo coeficiente de dilatação térmica: pois necessita de grande


quantidade de energia para promover separação atômica de
maneira que o material apresenta dificuldade em se expandir.

16
Características dos materiais cerâmicos
❖ Boa resistência mecânica: as resistências à compressão e
ao cisalhamento são muito maiores que a resistência à
tração. Eles geralmente apresentam ruptura frágil.

17
Características dos materiais cerâmicos
❖ Boa resistência mecânica:

18
Características dos materiais cerâmicos
❖ Baixa resistência à tração: a resistência à tração não é tão alta, pois
qualquer irregularidade interna (fissura, poro, canto vivo) produz
concentração de tensão no material. Nos materiais dúcteis essas
concentrações podem ser aliviadas por deformação plástica, o que não
ocorrem nos materiais frágeis.

Material com tensões Cerâmico: não ocorre o alívio de Metálico: através de


concentradas em função de uma tensões – a resist. à tração pode ser deformações há o alívio de19
fissura ultrapassada. tensões.
Características dos materiais cerâmicos
Microestrutura dos materiais cerâmicos

❖ Baixa resistência à tração: o concreto, a argamassa, os


tijolos e os blocos cerâmicos são usados basicamente em
locais sujeitos à compressão. No caso do concreto, quando é
necessário submetê-lo à tração, oriunda da flexão, em vigas
e lajes, por exemplo, empregam-se as barras de aço. Essas
barras atuam como reforço, sendo colocadas na região de
tração, aproveitando-se melhor o potencial de cada um dos
materiais.

20
Características dos materiais cerâmicos
Microestrutura dos materiais cerâmicos

❖ Elevada dureza: por apresentarem muito pouca ou


nenhuma deformação plástica. Esta característica é
respaldada pelos elevados níveis de energia de ligação
existente entre os átomos, o que impede ou dificulta a
mudança de posição relativa dos átomos entre si na estrutura
do material e consequentemente, dificuldade de
escorregamento dos cristais.

❖ Alta resistência às alterações químicas

❖ Baixa condutividade elétrica


21
Cerâmica Vermelha
❖ As cerâmicas vermelhas são obtidas a partir de uma massa a base de
argila, submetida a um processo de secagem lenta e, após a retirada
de grande parte da água, cozida em temperaturas elevadas.

❖ As cerâmicas vermelhas são provenientes de argilas sedimentares,


com altos teores de compostos de ferro, responsáveis pela cor
avermelhada após a queima.

❖ Como visto, são empregadas na fabricação de tijolos, blocos, telhas,


tubos cerâmicos, dentre outros.

❖ A argila é um material natural, de baixa granulometria


(com elevado teor de partículas com diâmetro inferior
a 2 µm), que apresenta plasticidade quando
misturado com quantidades adequadas de água.
22
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha
❖ O processo de fabricação de componentes de cerâmica vermelha
pode ser dividido entre as etapas de preparação da massa,
moldagem, secagem, queima e resfriamento da cerâmica.

23
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha
❖ Preparação da massa: tem por objetivo adequar a dimensão dos
grãos de argila ao processo de moldagem a que será submetida e
reduzir o teor de impurezas existentes.
❖ A mistura de duas ou mais argilas é um processo muito utilizado. Tem
a finalidade de corrigir deficiências existente na argila proveniente da
jazida principal.
❖ Durante esse processo o teor de água é ajustado de modo a permitir
um moldagem adequada.

Na fabricação da cerâmica vermelha, procura-se determinar a mínima


quantidade de água necessária para permitir uma moldagem adequada, uma vez
que teores excessivos poderão gerar elevadas contrações durante as etapas se
secagem e queima, resultando em deformações e fissuras. Além disso, o
excesso de água aumenta a porosidade da cerâmica, com consequente perda
de resistência mecânica e aumento da permeabilidade a água.
24
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha

25
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha

Índices que permitem a caracterização da


argila e determinação da quantidade de
água a ser utilizada.

LP: é o mínimo teor de água que permite a


moldagem de cilindros com cerca de 3 mm de
diâmetro e 100 a 150 mm de comprimento, sem
que ocorram fissuras.
Ou seja, é quantidade de água necessária para a
argila sair do seu estado seco e passar para um
estado plástico capaz de conseguir ser moldada.26
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha

Índices que permitem a caracterização da


argila e determinação da quantidade de
água a ser utilizada.

LL: é o teor de água, em relação a argila seca,


acima da qual a massa flui, quando agitada. No
Brasil é determinado por meio do método de
Casagrande.
Ou seja, a quantidade de água máxima que pode
ser colocada na argila.
27
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha
❖ Moldagem ou conformação: pode ser realizada por extrusão ou por
prensagem. O método de extrusão é o mais comum na fabricação de
tijolos e blocos.

❖ O equipamento usado é uma


maromba a vácuo, que tem a
função de retirar o excesso de ar
existente na massa cerâmica e
conformá-la por meio da
passagem por uma boquilha, que
funciona como molde para
cerâmica.
❖ O bloco de argila extrudido é
contínuo e deve ser cortado nas
dimensões previstas.
28
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha
❖ Moldagem ou conformação:

29
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha
❖ Moldagem ou conformação:

30
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha
❖ Secagem: as argilas utilizadas na fabricação da cerâmica vermelha
possuem, usualmente, um teor elevado de umidade, necessário para
viabilizar a moldagem. Esse teor de água deve ser retirado
lentamente do componente cerâmico, de modo a impedir o
aparecimento de deformações ou fissuras.

❖ A secagem pode ser realizada


naturalmente ou de modo artificial.
❖ A secagem natural é realizada por meio
da estocagem do material extrudado
em prateleiras, em local protegido da
chuva.
❖ Os componentes ficam expostos ao ar
ambiente, até que sua umidade chegue
ao teor especificado para a fabricação
(geralmente inferior a 1%). O tempo
necessário fica entre 10 e 30 dias
31
dependendo das condições ambientais.
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha
Secagem
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha
❖ Secagem: a secagem artificial é realizada em estufas ou em câmaras
de alvenaria onde se aproveita o calor do forno. Em geral sua
duração é inferior a 3 dias.

❖ Queima:

O aquecimento da argila gera


alterações físico-químicas
irreversíveis, que resultam em
mudanças em suas propriedades. No
início do processo de aquecimento,
até cerca de 150ºC, ocorre
evaporação da água adsorvida. A
partir de então ocorre a desidratação
química e decomposição da matéria
orgânica existente na argila. A partir
dos 800ºC a 1100ºC ocorre a
33
vitrificação da argila.
Fabricação dos componentes de cerâmica
vermelha
❖ Queima: fatores como a velocidade em que ocorre o acréscimo de
temperatura, a temperatura máxima atingida durante o processo, o
tempo de manutenção da temperatura máxima atingida, velocidade
do resfriamento, além da uniformidade da temperatura no forno são
determinantes das propriedades que se deseja obter, tais como a
resistência mecânica, a absorção de água e a contração linear.

Na fabricação dos blocos e tijolos de


cerâmica vermelha, a temperatura
máxima atingida fica na ordem de
800º C a 1100ºC. Em outros
componentes pode superar os 1200ºC.

Após a queima, os componentes


deverão ser submetidos a um
resfriamento lento, variando entre 8 e
24 horas.
34
Componentes de cerâmica vermelha

tijolos maciços

❑ Na construção de alvenaria os
componentes da cerâmica
vermelha que são utilizados
são os tijolos maciços e os
blocos cerâmicos.
❑ Ambos são fabricados por
extrusão.

Características:
• peso: 2,50kg
• resistência do tijolo: 20kgf/cm²
• quantidades por m²:
parede de 1/2 vez: 50 und
35
parede de 1 vez: 100und
Componentes de cerâmica vermelha

Tipos de blocos

• Vedação: função principal


é suportar o peso próprio
da alvenaria da qual faz
parte.

• Estrutural: devem
suportar todo o peso da
edificação que atuam
sobre suas paredes,
sendo estas
dimensionadas para tal
fim.

36
Componentes de cerâmica vermelha

Propriedades requeridas para os blocos e tijolos

– Resistência à compressão compatível com as exigências de


projeto.
– Estabilidade volumétrica e dimensões adequadas para o
levantamento da alvenaria;
– Características de superfície e distribuição dos poros compatível
com a argamassa a ser utilizada para o assentamento e/ou
revestimento da alvenaria.

37
Componentes de cerâmica vermelha

Normalização brasileira para os blocos e


tijolos – NBR 15270: 2005
Normalização – Blocos Cerâmicos
de Vedação
▪ Identificação:
• Nome da empresa fabricante.
• Dimensões, em cm, na sequência, largura (L), altura (H)
e comprimento (C).
• Inspeção: amostragem simples – 13 blocos (lotes de
1.000 a 100.000 blocos – para todos os casos)
• Aceitação / rejeição: o não atendimento de qualquer
corpo de prova é suficiente para rejeição do lote.

39
Normalização – Blocos Cerâmicos
de Vedação
▪ Características visuais:
• O bloco não deve apresentar defeitos sistemáticos,
como quebras, superfícies irregulares ou deformações
que impeçam o seu emprego adequado.
• Inspeção: dupla amostragem – (13 + 13) blocos
• Aceitação / rejeição:

U N I D A D E S DEFEITUOSAS
AMOSTRA
1ª amostra 1ª + 2ª amostra
1ª 2ª aceitação rejeição aceitação rejeição

13 13 2 5 6 7
40
Normalização – Blocos Cerâmicos
de Vedação
▪ Características geométricas:
• Comprimento das arestas das faces (largura, altura, comprimento)
– Tolerância: + 5mm (vlr individual).
• Planeza das faces, desvio em relação ao esquadro
– Tolerância: 3mm
• Inspeção: amostragem simples – 13 blocos
• Aceitação / rejeição

Nº blocos Und não


conformes
Amost Nº para Nº para
simples aceitação rejeição
13 2 3 41
DIMENSÕES REAIS !!! 42
Normalização – Blocos Cerâmicos
de Vedação
Planeza das faces ou flecha (F): Presença de concavidades ou
convexidades, manifestada nas faces dos blocos. Fenômeno medido
pela distância (F) conforme indicado nas figuras abaixo.

DESVIO CÔNCAVO DESVIO CÔNVEXO


43
PLANEZA DAS FACES 44
Desvio em relação ao esquadro (D): Ângulo formado entre o plano de
assentamento do bloco e sua face. Fenômeno medido pela distância D,
conforme indicado nas figuras abaixo.

DESVIO EM RELAÇÃO AO ESQUADRO 45


DESVIO EM RELAÇÃO AO ESQUADRO 46
Normalização – Blocos Cerâmicos
de Vedação
▪ Características físicas:
• Absorção de água: 8% < Abs. < 22%
• Inspeção: amostragem simples – 6 blocos
• Aceitação / rejeição: o não atendimento de qualquer corpo de prova é
suficiente para rejeição do lote.

Nº blocos Und não conformes


Amost Nº para Nº para
simples aceitação rejeição
6 1 2
• CASO ESPECIAL: Absorção de água inicial (casos especiais): Caso superior a
(30g/193,55cm2)/min os blocos devem ser umedecidos antes do
assentamento, estes blocos são considerados blocos de alta absorção.
NBR 15270-3 47
Normalização – Blocos Cerâmicos
de Vedação
▪ Características mecânicas - Resistência à
compressão:
• Individual > 1,5MPa

Nº blocos Und não conformes


Amost Nº para Nº para
simples aceitação rejeição
13 2 3
48
Resistência Mecânica
• Avaliação em laboratório:
– Componentes individuais
– Prismas
– Paredes em escala real

49
Prismas
• Sobreposição de dois blocos
• Aplicações:
– Blocos vazados de concreto para alvenaria estrutural
– Tijolos maciços cerâmicos
– Blocos de alvenaria cuja relação altura/largura for inferior a
0,8.

50
Paredes em escala real
• Corpos de prova: (120x260)cm

51
Componentes de cerâmica vermelha
Telhas: são componentes utilizados na
construção de telhados.
• Exigências
– Retilineidade e planidade: sem
as quais ocorrerão problemas de
encaixe que podem
comprometer o desempenho do
telhado;
– Tolerância dimensional
(estabilidade volumétrica);
– Impermeabilidade: uma das
principais exigências para um
telhado.
– A absorção de água: deve ser
pequena de modo a impedir a
passagem de água pelo corpo
da telha após longos períodos
de exposição à chuva.
– Resistência: compatível com os
esforços decorrentes das
atividades de montagem do
telhado, como também permitir o
trânsito eventual de pessoas
sobre o telhado, após sua
execução. 52
Componentes de cerâmica vermelha

Outros elementos
• Tubos ou manilhas
• Elementos vazados
• Ladrilhos
• Plaquetas
• tavelas

53
Fabricação de componentes de cerâmica vermelha

Outros elementos
• Tubos
• Elementos vazados
• Ladrilhos
• Plaquetas
• tavelas

54
Fabricação de componentes de cerâmica vermelha

Outros elementos
• Tubos
• Elementos vazados
• Ladrilhos
• Plaquetas
• tavelas

55
Fabricação de componentes de cerâmica vermelha

Outros elementos
• Tubos
• Elementos vazados
• Ladrilhos
• Plaquetas
• tavelas

56
Fabricação de componentes de cerâmica vermelha

Outros elementos
• Tubos
• Elementos vazados
• Ladrilhos
• Plaquetas
• Tavelas ou lajotas

57
Materiais cerâmicos para acabamentos e aparelhos

Revestimento cerâmico
• Sistema em que a qualidade de seu funcionamento
depende basicamente:
1. Qualidade do substrato
2. Qualidade do chapisco
3.Qualidade da placa em função do local de uso (absorção
de água, EPU e resistência mecânica adequada ao local de
utilização)
4. Qualidade do assentamento Alvenaria
(preparação, aplicação e especificação Chapisco

da argamassa e do rejunte e M.O). Emboço

Atender ao disposto na NBR 13818


(ABNT – 1997) 58
Cerâmica
PLACAS CERÂMICAS
Por que usar revestimento cerâmico?

• Adequado ao clima brasileiro


• Facilidade de limpeza
• Durabilidade e resistência – material inerte
• Antialérgico (15% da população sofre de algum tipo de
alergia)
• Anti-inflamável e baixa condutividade térmica
• Diversas possibilidades de decoração

59
PLACAS CERÂMICAS
Conceituação

PLACAS CERÂMICAS PARA REVESTIMENTO:


PRODUTO UTILIZADO PARA REVESTIMENTO DE PISOS
OU PAREDES , FABRICADO COM ARGILA E OUTRAS
MATÉRIAS-PRIMAS, COM FACE ESMALTADA, E COM
CARACTERÍSTICAS COMPATÍVEIS COM SUA
UTILIZAÇÃO.

61
60
PLACAS CERÂMICAS
Conceituação
• BISCOITO
– CORPO POROSO DA PLACA

• FACE
– SUPERFÍCIE DE USO DA PLACA (com detalhes para fins
decoração ou construtivo)

• TARDOZ
– SUPERFÍCIE DE ADERÊNCIA DA PLACA, DESTINADA A
SEU ASSENTAMENTO

61
Processo de fabricação de placas cerâmicas
Matéria prima - Preparação: constitui-se basicamente de materiais
argilosos e não argilosos.
❖ Os materiais argilosos - são utilizados uma grande variedade de tipos
e misturados de forma a obter as características desejadas
❖ Os não argilosos – são acrescidos para promover a fusão da massa,
sendo o quartzo, feldspato e calcário os principais minerais
normalmente utilizados;
❖ No processo de fabricação a etapa de moagem é essencial, é nessa
etapa que a massa obtém a granulometria e forma dos grãos exigidos
para a prensagem ou extrusão.
❖ A moagem insuficiente resulta em perdas de resistência mecânica da
placa o que resulta em quebras e trincas;
❖ A granulação deficiente resulta ainda em um menor número de peças
fabricadas por hora, retrações diferenciais do produto seco
prejudicando a esmaltação e formando espessuras desiguais ao longo
do produto acabado. 62
Processo de fabricação de placas cerâmicas
Conformação: pode ser realizada por prensagem ou
por extrusão.
❖ Prensagem: O material é depositado na fôrma da
prensa e submetido á elevada pressão, resultando na
placa com as dimensões finais (largura, comprimento
e espessura).
❖ As placas conformadas por prensagem apresentam
no verso (tardoz), ranhuras paralelas com a finalidade
de melhorar a aderência com a argamassa colante.
❖ Extrusão: a massa cerâmica é forçada a passar pela
boquilha do equipamento chamado extrusora. Nessa
etapa a placa possui duas dimensões, largura e
espessura. Na sequência, o filete de argila extrudado
é cortado na dimensão desejada.
❖ As placas conformadas por extrusão apresentam, no
verso, ranhuras diagonais convergentes para o centro
da placa. 63
Processo de fabricação de placas cerâmicas
Secagem : visa à redução do teor de umidade antes da queima.
Quando realizada adequadamente reduz a presença de defeitos
como rachaduras e trincas que podem ocorrer durante a queima.
Queima: pode ser precedida ou não de esmaltação. A temperatura e
o tempo de queima devem ser suficientes para que as
transformações cerâmicas na base ocorram plenamente.
❖ Temperaturas ou tempos de exposição menores que o
necessário podem resultar em placas com resistências
menores do que o exigido pela norma bem como, placas com
alta expansão por umidade.
❖ A queima pode ser de três tipos: monoqueima, biqueima e
terceira queima.
❖ Na monoqueima a placa cerâmica passa somente um vez
pelo forno, em geral, com temperaturas em torno de 1100ºC,
em que a base da argila e do esmalte são queimados
simultaneamente.
64
Processo de fabricação de placas cerâmicas
Queima:
❖ Na biqueima, a base é queimada a temperaturas em
torno de 980ºC. Ocorrem as reações físico-químicas
que conferem ao produto resistência e estabilidade. Em
seguida, a peça recebe a decoração e esmaltação e
retorna ao forno para a sinterização do esmalte.
❖ A terceira queima é um recurso de decoração. É
realizada com o intuito de se criarem efeitos especiais,
como relevo e aplicação de metais ou pigmentos. A
peça sofre nova queima com o objetivo de fundirem-se
esses produtos sobre a superfície.
Esmaltação: Muitos produtos cerâmicos, como louça sanitária, louça
de mesa, isoladores elétricos, materiais de revestimento e outros,
recebem uma camada fina e contínua de um material denominado de
esmalte ou vidrado, que após a queima adquire o aspecto vítreo
65
Processo de fabricação de placas cerâmicas
Esmaltação:
❖ Tem por finalidade aprimorar a estética, tornar o produto
impermeável, melhorar a resistência mecânica e propriedades
elétricas entre outros fatores;
❖ Entre as matérias-primas naturais: quartzo, areia do mar,
quartzito, caulim, feldspato, calcita, fluorita, talco, dolomita e
zirconita.

66
Processo de fabricação de placas cerâmicas
Composição e Fabricação

Esquema de fabricação dos revestimentos cerâmicos 67


PLACAS CERÂMICAS
Especificação
Para a correta especificação dos revestimentos cerâmicos precisamos
conhecer:
✓ Propriedades do material em função do local de uso.
✓ O clima ou variação de temperatura a que o revestimento cerâmico
será submetido.
✓ Local de uso conforme esquema abaixo:

68
PLACAS CERÂMICAS
Especificação
A correta especificação deve ser feita a partir da diferenciação
entre as partes que compõem o revestimento cerâmico: base e
superfície (esmaltada ou não)

 CUSTO

> absorção
< carga de ruptura
admissível

69
PLACAS CERÂMICAS
Composição e Fabricação

Mesmo
LOTE

71

70
PLACAS CERÂMICAS
Composição e Fabricação

72
71
PLACAS CERÂMICAS
Defeitos visuais
❖ A análise visual envolve, segundo a NBR 13818: Placas
Cerâmicas para Revestimento - Especificação e Métodos
de Ensaios, não apenas os defeitos visuais de superfície
que possam afetar a aparência como também diferenças
de tonalidade.
❖ É importante destacar que a cor da base da placa não tem
relação direta com a qualidade;
❖ Entre os defeitos a norma cita diferença de tonalidade do
esmalte (efeito ≠ defeito), rachadura, furos, depressões,
crateras, bolhas, pintas, falha no vidrado, cantos e lados
lascados.
❖ A análise pode ser feita montando-se um painel de 2m²
cujo observador deve ficar em pé a 1,0 m de distância.
Segundo a norma é classificado de primeira qualidade
quando 95% ou mais das peças examinadas não
72
apresentam defeitos visíveis.
PLACAS CERÂMICAS
Características geométricas

❖ A NBR 13818 estabelece as tolerâncias dimensionais das


placas cerâmicas, bem como o desvio da forma, ou seja: a
ortogonalidade, a planaridade e a retitude dos lados.
❖ As tolerâncias admitidas pela norma são em função das
dimensões nominais das placas, ou seja, placas maiores
têm variações dimensionais permitidas maiores.
❖ No entanto, devido a retração que ocorre durante a
queima, as dimensões reais das placas sempre diferem
das dimensões nominais.
❖ Para que seja possível assentar cerâmicas com
rejuntamento adequado, os fabricantes identificam na
embalagem o número do lote.

73
PLACAS CERÂMICAS
Características geométricas

74
75
PLACAS CERÂMICAS
Características geométricas
❖ Cada lote tem suas tolerâncias das variações dimensionais
em função das dimensões reais produzidas. Logo o
usuário deve adquirir revestimentos sempre de um mesmo
lote para evitar peças com variações geométricas
diferentes.

75
76
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas - Absorção de água

❖ Indica a quantidade de água que é absorvida pela placa


cerâmica. Esta absorção é dependente da porosidade da
placa e relaciona-se com a sua resistência ao impacto e
com o módulo de resistência à flexão.

❖ A resistência ao impacto refere-se à capacidade da placa


de resistir a impactos, como quedas de objetos pesados
ou pontiagudos, e é uma característica importante em
ambientes com grande circulação de veículos ou cargas
pesadas, cozinhas e mesmo quarto de crianças, devido à
manipulação de objetos pesados.

76
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas - Absorção de água

77
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas - Absorção de água

78
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas - Absorção de água

79
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas - Absorção de água

❖ As placas cerâmicas que apresentam elevada absorção de


água e que não foram adequadamente queimadas podem
apresentar expansão por umidade alta, com
consequente alteração nas suas dimensões.
❖ Assim, uma EPU alta causa destacamento da placa devido
ao estufamento.

80
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas - Absorção de água
❖ A faixa de absorção de água é um dado importante na
especificação de placas cerâmicas para utilização em locais onde
as placas estão sujeitas a cargas diferentes, como por exemplo,
pisos industriais, pisos em áreas públicas, garagens, paredes,
saunas, piscinas, etc.
❖ É a característica mais importante que, por exigência da norma,
deve constar na embalagem, e o fabricante é obrigado a cumprir
a resistência mecânica associada ao grupo de absorção de água
que declara.
❖ Observa-se que a carga de ruptura é um valor dependente da
espessura da peça. Quanto maior a espessura, maior a carga de
ruptura.
❖ Por isso, a espessura mínima definida para pisos é de 7,5 mm.
Para parede essa carga não é importante e, por isso, as
espessuras podem ser menores que 7,5 mm, mas não menores
81
que 4 mm.
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas - Absorção de água

82
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas – Resistência à abrasão

❖ Consiste na resistência ao desgaste superficial que a placa


cerâmica apresenta devido ao movimento de pessoas e objetos.
❖ O ensaio foi desenvolvido pelo Porcelain Enamel Institute
(Instituto de Esmalte para Porcelana) – PEI.
❖ O ensaio era realizado de acordo com a norma NBR-13818:
1997, para produtos de cerâmica vidrada e queimada.

83
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas – Resistência à abrasão

❖ Nas peças esmaltadas, determina-se o número de ciclos


que estas suportam sem apresentar desgastes
apreciáveis, promovidos por esferas de aço e material
abrasivo.
Classificação:

84
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas – Dureza

❖ A resistência ao risco ou dureza da superfície da placa é


uma característica de grande importância na
especificação, sendo importante frisar que todos os pisos
riscam em proporções diferentes.
❖ Pisos lisos e brilhantes têm baixa resistência ao risco, logo
riscam com mais facilidade que pisos rústicos.
❖ Em áreas externas os pisos rústicos são mais
recomendados, já para áreas internas podem ser usados
os lisos e brilhantes.

85
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas – Coeficiente de atrito

❖ A especificação da placa cerâmica para utilização em


pisos deve levar em conta, entre outros fatores, a
segurança do usuário ao andar sobre a superfície.
❖ Placas lisas e brilhantes, que apresentam coeficiente de
atrito mais baixo, só devem ser utilizadas em pisos de
ambientes internos e secos.

86
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas – Resistência a manchas
▪ Conceito: Está relacionada com a facilidade de limpeza do
vidrado da cerâmica mediante ataque de diferentes agentes
manchantes não devendo apresentar alteração na sua aparência
.
▪ Características importante para locais onde a higiene é
fundamental.
▪ Ex. Hospitais, cozinhas, lanchonetes, etc.

▪ Agentes manchantes: ▪ Agentes limpantes:


▪ Ação penetrante: CrO ▪ Água quente
verde ou FeO ▪ Agente de limpeza fraco
vermelho
▪ Agente de limpeza forte
▪ Ação oxidante: iodo
▪ Reagentes de ataques e
▪ Formação de película: solventes 87
óleo de oliva
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas – Resistência a manchas

❖ A NBR 13817 apresenta uma classificação em função da


facilidade de remoção das manchas.

C L A S S E S C O N F O R M E A FACILIDADE DE LIMPEZA
Classe 5 – máxima facilidade de remoção de manchas
C lasse 4 – mancha removível com produto de limpeza fraco
C lasse 3 – mancha removível com produto de limpeza forte
Classe 2 – mancha removível com ácido clorídrico, hidróxido de potássio e
tricloroetileno
Classe 1 – impossibilidade de remoção da mancha

❖ Quanto mais lisa e menos porosa a superfície da placa,


mais fácil a sua limpeza.
88
89
90
PLACAS CERÂMICAS
Característica técnicas – Resistência a gretagem

• Conceito: Fissura capilar limitada à camada esmaltada de


revestimento com espessura de um fio de cabelo,
proveniente da incapacidade do esmalte de acompanhar
as variação volumétricas do biscoito.
• Critério (qualitativo): Não ocorrência – em qualquer
situação

90
91
92
PLACAS CERÂMICAS
Peças especiais

❖ São utilizadas para personalizar o ambiente e podem ter


função decorativa ou construtiva.

❖ As peças com função decorativa realçam o efeito estético do


revestimento cerâmico e são divididas em ponto, linha e chão.
92
PLACAS CERÂMICAS
Peças especiais

93
PLACAS CERÂMICAS
Peças especiais

94
PLACAS CERÂMICAS
Peças especiais

95
PLACAS CERÂMICAS
Peças especiais

96

Você também pode gostar