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SESISENAI

1. A História da Cardação
O Historiador de ciência Joseph Needham atribui a invenção de instrumentos
de arco usados na indústria têxtil à Índia
A evidência da utilização de instrumentos de arco na cardação vem da Índia no
século II AC.).
 Este equipamento de cardação chamados Kaman e dhunaki soltavam os
aglomerados de fibras através de uma corda vibratória). [.
Em 1748, Lewis Paul de Birmingham inventou a máquina de cardar manual.
Um revestimento de folhas de arame foi colocado à volta de uma carda e
enrolado num tambor. Este desenho ainda hoje se mantém Daniel
Bourn obteve uma patente similar no mesmo ano e provavelmente usou-a na
sua fiação em Leominster, mas esta ardeu completamente em 1754. 
A invenção foi desenvolvida mais tarde por Richard Arkwright e Samuel
Crompton. A segunda patente de Arkwright relativa à sua máquina de cardar,
foi declarada inválida, por não ser original. 
A partir de 1780, máquinas de cardar foram sendo instaladas em fiações no
norte de Inglaterra e País de Gales.
Em 1838 no vale do rio Spen, à volta de Cleckheaton havia 11 fabricantes de
guarnição de cardas e em 1893 a povoação era considerada a capital mundial
do fabrico de guarnições de carda, sendo que em 2011 apenas existiam em
Inglaterra 2 fabricantes.

2. Carda
A carda (também chamada cardadeira ou cardadora) é uma máquina que
realiza o processo de cardagem (ou cardação) utilizado pelas indústrias de
fiação e tecelagem no tratamento da fibra a ser utilizada no fabrico de fios.
A Cardação é um processo mecânico que desembaraça, limpa e mistura fibras
de modo a produzir um véu ou fita, mecha, de fibras adequada aos passos
seguintes do processo têxtil. Isto é alcançado através da passagem das fibras
entre duas superfícies muito próximas, revestidas com guarnição metálicas de
pontas afiadas, que se movem diferencialmente, tanto a nível da velocidade
relativa como também no sentido da rotação, ela rompe aglomerados de fibras
desorganizadas e, em seguida, alinha as fibras individual e paralelamente
umas às outras. Ao mesmo tempo remove impurezas contidas nas fibras,
sobretudo através da ação do chapéu da carda.
É função desta máquina a limpeza e a separação individualizada de cada fibra, também é
função da carda a retirada de fibras curtas, fibras mortas, fibras enroladas, quebradas,
Neps, e outras impurezas que por ventura não foram amplamente retiradas na sala de
abertura

CARDAR BEM É FIAR BEM!

Para que uma carda possa ser bem sucedida na sua principal função
devemos observar se:
a) As guarnições estão em bom estado de funcionamentos (sem
pontas amassadas, tortas ou quebradas)
b) Todas as guarnições estejam bem amoladas;
c) Todos os orgãos estejam otimamaente calibrados (distancia entre
os orgãos da máquina)
No processo mecânico, as fibras são alimentadas à carda através de uma
manta, ou alimentadores automáticos de nome s específicos para cada
fabricante das máquinas, tal como alimentadores de flocos da Trüetzschler,
entre outros e que são oriundas, feita no batedor. A manta de fibras é puxada
pelos rolos alimentadores que para ser apanhada pelos dentes do rolo
préabridor, que pode se chamar Brisuer, ou Webfeed (com três cilindros)
também, o qual vai arrancando tufos, flocos de fibras e os apresenta ao
tambor, ou grande cilindro. Note que sob esses dois elementos, Brisuer e
tambor, possuem as grelhas que servem de espaço de saída das impurezas
que são provenientes da sala de abertura. Este tambor, grande cilindro,
revestido com guarnição de carda (fita metálica de aço com perfil em dentes de
serra), gira a grande velocidade, em torno de 500 RPM arranca os Flocos de
fibras e transporta-os até ao chapéu, ou conjunto de Flats, que é composto por
pequenas placas e que o número destas placas varia de acordo com seu
fabricante, são revestidas por agulhas de aço afiadas. O chapéu, com dentes
de guarnição metálica no sentido oposto ao do tambor, gira a velocidades bem
menores ao tambor, ou grande cilindro, aprisiona os tufos ou flocos de fibras e,
como se desloca muito lentamente em relação ao tambor da carda, estes são
sucessivamente “penteados” pela guarnição da carda, a qual os vai
arrancando, limpando as impurezas paralelizando e individualizando-as. Neste
espaço chamamos de cardagem. Quando o chapéu deixa de estar em
contato com o tambor, as remanescentes fibras que normalmente são as
curtas, são removidas pelo Pente C e enrolados na vara, ou levadas por
ventilação para o filtro central das cardas. A escova também remove algumas
fibras que não o foram retiradas pelo pente.
As fibras já cardadas são removidas pelo tambor tirador chamado de Doffer, o
qual gira a uma velocidade inferior e dentes de guarnição em sentido oposto ao
do tambor, recebe as fibras do tambor e transporta-as ao pente vibratório, em
máquinas muito antigas. Atualmente são destacadores por cilindros de aço o
qual remove as fibras sob a forma de véu. Este véu é aglomerado ao passar
por um funil e transformado numa fita, a qual passa pelas calandrinhas e é
introduzido num pote que chamamos de lata de carda.
Atualmente essas máquinas possuem controle de variação de massa,
provocando assim um controle excepcional nos títulos de saída. Esse controle
que são executados eletronicamente oferecem uma variação muito baixa de
peso por unidade de comprimento, chegando a ser menor que 1% de variação.
Já existe fabricantes que em determinados fluxo de fiação dispensa já os passadores, pois
em sua carda, na saída ou chamada também de sentinela, sobre a mesma, possui um
conjunto de cilindros, ou também chamado de conjunto de estiragem, (trem de estiragem)
que faz a regularização do material dispensando o tal passador, ou como também
chamam de passadeira,
Atualmente, após ser retirado o pente vibratório, que limitava a velocidade do tirador a 16
rpm, foi substituído por um sistema de rolos de aço, ou calandras, que permitiu aumentar a
produção de uma carda desde os 5 kg/h em 1965 até aos 220 kg/h atuais. Teoricamente!
A cardação de fibras longas (Lã) segue exatamente o mesmo princípio, no entanto, as
cardas operam em tandem, duplas de 3 ou 4 e não possuem chapéus, sendo que estes
são substituídos por rolos revestidos de guarnição.

Regulagem ou Registros entre as partes da carda

Nº do Em Em MM Nº do Em Em mm
Calibre polegada Calibre polegada

3 3/1000 0,0762 9 9/1000 0,2286

5 5/1000 0,1270 10 10/1000 0,2540

6 6/1000 0,1525 11 11/1000 0,2794

7 7/1000 0,1778 12 12/1000 0,3048

8 8/1000 0,2032 13 13/1000 0,3302

Obs. Uma unidade do calibre equivale a 1/1000 da polegada = 0,0254

Elementos de Pré e Pós Cardagem

Funis de saída

Mecanismos de regulagem de Flats


Os mecanismos de regulagens de flats são normalmente dependendo do fabricante
automatizados por sistema muito próprio a cada marca. Porém em máquinas mais antigas
somos levados a fazer as regulagens de forma manual através dos calibres que
normalmente encontramos no mercado de máquinas têxteis.
Truetzschler Flatscontrol
Resíduo das cardas

Carda Acoplada com O passador

Carda Rieter C 75

MÓDULO DE ESTIRADOR AUTONIVELADO RSB-MODULE 50 –


O NOVO REFERENCIAL EM ENCURTAMENTO DE PROCESSO
A conexão direta da carda com o novo módulo de passador autonivelado RSB-
Module 50 reduz o número de passagens do passador e melhora a eficiência
da fiação.
O RSB-Module 50 é baseado na comprovada tecnologia de acionamento e
estiragem do passador autonivelador RSB-D 50. Um tipo de escaneamento
completamente novo e sem contato para o nivelamento automático das fitas
alimentadas e o monitoramento da fita da carda fornecida garantem uma carda
ainda melhor qualidade da fita e do fio. Se o peso da matéria-prima ou da fita
da carda for alterado, nenhum rolo de digitalização deve ser substituído. Isso
aumenta a flexibilidade e reduz os custos.

https://youtu.be/lXjwbuUEU0M

Montagem da guarnição no grande cilindro.


A guarnição Graf permite que os clientes produzam fibras de igual qualidade
sem comprometer a vida útil e a estabilidade do processo, mesmo com níveis
mais altos de algodão contaminado com fragmentos da casca da semente. O
aumento do teor de fibras curtas ou fragmentos da casca da semente pode ser
facilmente alcançado com o produto certo.
O portfólio Graf oferece componentes de tecnologia adequados para todas as
aplicações e quaisquer requisitos. A combinação certa de fio cilíndrico e flats
flexíveis opera perfeitamente os cartões para fornecer:
Excelente qualidade da fita, mesmo com alto teor de impurezas de mais de 8%,
graças à alta estabilidade do processo
Até 15% de redução de imperfeições na contagem de fios finos como resultado
da paralelização melhorada das fibras
Custos de fio mais baixos, obtendo rendimentos de matéria-prima excepcionais
Operação suave com qualidade de fio consistente durante toda a vida útil da
guarnição da carda
Mais de 20% de vida útil estendida em comparação com os planos flexíveis
convencionais, graças ao diâmetro do fio da carda relacionado à aplicação

Flat estacionário utilizado em pré e pós cardagem

Guarnição utilizada em grandes cilindros e doffer


https://youtu.be/G0YGH2yrgNI?t=10

https://youtu.be/G0YGH2yrgNI?t=220
https://youtu.be/gDUVkqUVHvM?t=429
https://youtu.be/gX026oTjXeY?t=316
https://youtu.be/UalCnV84SdU?t=265
https://youtu.be/rYfXqhhlgMM?t=171
https://youtu.be/rYfXqhhlgMM?t=280
https://youtu.be/BQgrDZpGJEA?t=10
https://youtu.be/BQgrDZpGJEA?t=199 passador
https://youtu.be/T1oxCuv42zQ?t=233 fiação completa
https://youtu.be/JkYKx1M04Qw?t=167 Fiação

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